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Consciência Ética

Cap IV – Ética Profissional


Antonio Lopes de Sá
• Os conceitos são evolutivos e possuem o sabor de onde são
aplicados.

• Consciência – resulta da relação íntima do homem consigo


mesmo (reside no interior de nós mesmos);

- Liga o mais íntimo que possuímos, com o exterior de nós


mesmos, e nos relaciona com o mundo ambiental (exterior),
numa relação entre a reflexão própria e a realidade.

- Age como um tribunal, onde condenam-se ou aprovam-se


nossos atos, através da autocrítica.

- Estado decorrente da mente e espírito, através do qual não só


aceitamos modelos para a conduta, como efetivamos
julgamentos próprios.
- Que nos condiciona mentalmente, para a realização dos fatos
inspirados na conduta sadia para com nossos semelhantes em
geral e os de nosso grupo em particular e também realizamos
críticas a tais condicionamentos.

- A consciência se forma com: parcelas de informações,


ensinamentos, influências ambientais, observações, percepções,
decepções etc.

Espírito, Ego e Consciência

- A energia que nos rege e que denominamos espírito, ao atuar


sobre a complexa massa orgânica, oferece oportunidades
evolutivas de entendimentos e identidades, ou não, com seu
tempo e seu espaço.
• Parece haver um curso inexorável de tendências e uma
diversidade de participações dos seres na vida do planeta, de
modo que cada um cumpra a missão que lhe é atribuída através
das vontades dimanadas de suas consciências.
• O espírito parece nos suprir de elementos energéticos que se
distribuem através do cérebro, para atenderem às necessidades
biogênicas estas se cumprem mesmo sem a participação de
nossa consciência.
• Ter fome, sede, fechar uma ferida, etc. são coisas que
acontecem independente de nossa vontade, para manter o
organismo em atividade – manifestações arraigadas ao regime da
vida do corpo.

•Os sentimentos de enriquecimento, poder, prestígio, prática da


virtude, satisfação artística e intelectual, etc. constituem formas
de busca de uma felicidade interior, que se situam noutro estágio
de nossos pensamentos.
Na relação entre o espírito e a sensibilidade da mente que
percebe tais condições ou necessidades (referidas) que se instala
e age a consciência.
• A felicidade que se busca (como a eficácia de nossa ação em
nosso ambiente em confronto com as necessidades que
programamos) é o que nos condiciona a atitudes, e condutas que
exigem uma linha normativa ou não.
•Nem sempre a felicidade de um ser se consegue sem que outros
percam a sua (ou que a tenham sonegada) – quantos não
assumem o poder pela usurpação?
•O vício também pode promover a felicidade daquele que tem a
mente distante da prática do bem em si – que só entende por tal
seu próprio benefício.

•No campo da Ética – tal forma de conquista não encontra apoio


e nem é considerável – por esta razão a consciência ética é
peculiar.
Coisa alguma é Ética se produzida com o prejuízo de alguém.

O eticismo decorre da ação harmônica entre o ser que pratica e a


comunidade na qual se insere – podem ser tão fortes as
determinações da ambiência que o ser passa a ceder (sem
prejuízo), sua própria liberdade espiritual, em favor da pressão e
dos interesses de seu semelhante.

- A consciência ética com resultante de um condicionamento a


normas reconhecidas e aceitas em favor de uma conduta
virtuosa, educada para vida em comum.

- O reconhecimento do amor como condição essencial da


existência; a prática do amor inicia-se pelo amor próprio e
complementa-se pelo amor ao semelhante, ao grupo, à classe, à
sociedade.
-O “espírito” o “eu”, a “circunstância”, convivem, então para o
cumprimento eficaz da existência.

- O “eu” parece determinado em sua existência, enquanto a


“consciência” é produzida e alterável – como algo que foi criado
por nossa aceitação ou assimilação de elementos recebidos na
vida que cumprimos.

Aspectos da Consciência Ética

Conhecer-se, autojulgar-se e condicionar-se à prática, são


estados da consciência que dependem de vários fatores e
conexões.

- A conduta objetiva de comportamento de grupo – como fruto de


nossa consciência, passa por julgamentos próprios, e de terceiros
– que revisa, fiscaliza, critica e orienta nossas ações.
Consciência subjetiva e Consciência ética

-O que construímos como formação global de nosso


conhecimento e os atos que praticamos em nossa conduta social
(por força normativa), podem ocorrer discrepâncias.

- Sendo a consciência formada (agregada à estrutura mental de


cada um) e como cada ser parece comportar-se como um
universo próprio, a conduta que se origina na vontade gerada na
consciência pode não ser aquela julgada como boa, por terceiros.

- Situação que pode levar a conflitos de diferentes naturezas – a


consciência ética é específica – forma-se para o exercício de
vontades que geram condutas que se submetem ao julgamento
de terceiros – mentir pode ser natural para quem não foi educado
para a verdade (não recebeu em sua consciência o modelo do
verdadeiro), mas não o será perante terceiros.
Agir de acordo com uma consciência moldada em defeitos, pode
ser normal para o defeituoso, mas não o será perante o
julgamento de terceiros.

-Um código de ética profissional que proíba a propaganda de


serviços, pode criar uma norma a ser seguida, mas conflitante
com o que o Ser entende pela questão – a norma pode ser aceita
por um código, mas poderá ferir a direitos individuais,
contrariando o que o Ser entende por correto.

Reflexão transcendental e consciência ética

-A consciência ética forma – uma opinião, derivada da reflexão –


entre a realidade percebida e a que se insere no íntimo do ser.
- existe dentro de cada um, um fluxo de julgamentos e de
intuições para o que é admitido como verdade.
-É essa capacidade que pode estabelecer conflitos com as
normalizações, com as leis – sob certas condições.

- Uma capacidade interior que estabelece um fluxo de ligações


entre nossas percepções da vida e o que interiormente nos é
sugerido por essas energias.

Mundo interior e mundo exterior perante a consciência ética

-Os princípios de consciência apresentam uma tendência para um


conservadorismo moral, para um comedimento compatível com a
própria função de “pessoa de confiança”, como é o profissional.

-Ao absorver os segredos da empresa, obriga-se a manter o sigilo


por uma força ética – o profissional é um homem de comedimento
no falar e no agir.
Para Descartes, consciência é o que se adquiriu como
experiência – quanto mais experiente um profissional, tanto mais
aguçada sua consciência ética (nem sempre isso é verificável !).

-O normal é que a sabedoria derivada da experiência melhore a


conduta – mas as ambições, os egoísmos que o Id entende como
prazer, como felicidade, podem ser canalizados para um
materialismo exacerbado e condenável – na supremacia do valor
monetário sobre o humano, como uma deformação da
consciência que rompe com a moral.

-Pode ocorrer que o profissional se volte contra medidas


originadas do Estado que forcem a medidas em nome do social,
mas com lesões ao interesse individual dos cidadãos.

-Se o Código Civil protege o sigilo e a lei fiscal obriga sua quebra,
o conflito da própria legislação desmoraliza a posição legal.
-O ser se sobrepõe aos fatos – a missão do profissional é de
proteger e defender seu constituinte, ainda que isso contrarie o
Estado.

-A consciência enseja um exercício de vida que busca


fundamentos nas virtudes do espírito e estas seguem a medida
das essências.

-O uso do conhecimento obriga a quem dele se serve e


desclassifica os omissos e incompetentes – a finalidade na
aplicação do saber é maior que os meios de sua aplicação.

-Os que dependem do conhecimento e apelam para um


profissional, confiam que suas necessidades venham a ser
satisfeitas – esse é o princípio.
-É inequívoco que, entre o ideal, o real, o eu, o ético, um
expressivo número de variáveis discordantes pode ocorrer.
Estados especiais de manifestação da consciência ética

Os sentimentos morais, religiosos, partidários, econômicos, etc.


podem superar a razão e em qualquer tempo reformar modelos
conscientes.

O ego, envolvido pela crença, pelo preconceito, pela forte


emoção, pelo desenfreado interesse, pelo descontrole do Id,
tende a deturpar o racional, podendo nega-lo, altera-lo ou
superestima-lo, de acordo com a circunstância.

Pode ocorrer entre um grupo e uma sociedade e até com a


aceitação do Estado, uma posição fanática, logo irracional, que se
torna moral perante o coletivo, mas não se torna ética perante a
doutrina.
Certas doenças da matéria podem vir da mente – certos males
materiais influem nas mentes – modificações nas estruturas da
consciência – podem modificar comportamentos.

A consciência ética pode ceder lugar a deturpações, motivadas


por fanatismos religiosos, preconceitos e paixões de diversas
naturezas – o mundo exterior, pode mudar o mundo interior –
dependendo da força da motivação e da fraqueza do ser.

A maior incidência das alterações, estão favorecidas pela


ignorância, pela inexperiência, pela carência de amor dos seres –
que se espelham em seus medos e consequentes inseguranças e
submissões – quanto menos culto o ser, mais susceptível às
influências – quanto menos culta a sociedade, mais facilmente se
deixa levar por práticas enganosas (dominadas) dos que detem o
poder.
A ignorância facilita o enfraquecimento da virtude - o
erro pode consagrar-se como conduta aceitável perante
o social.

As éticas de cada época não podem ser, senão casos


especiais de estudos, não podendo alcançar o caráter
de universalidade científica.

As práticas viciosas ocorreram e ainda ocorrem, embora


grande tenha sido o progresso científico e filosófico no
campo da ética.

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