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Estruturalismo ‘Maro Antoni Cita Este capitulo trata da escola estruturalista, dando énfase as propostas de Ferdinand de Saussure e de Leonard Bloomfield. O legado de Saussure A rigor, nao pademos falar de um conceito tinico para o termo estruturalisma. “Mesmo sem levarmos em considerasio quea antropologia, a sociologia,apsicologia, entre ‘outras éreas das ciéncias humans, podem se apresentar sob a orientagio de uma teria estruturalistae nos restingindo aos dominios exclusivos das diversas escola linguisticas, toma-se evidenteaimpropriedade do uso indistinto do termo para todas elas. Entretanto, «sas escolas, de um modo ou de outro, apresentam concepg6es e métodes que implicam o reconhecimento de que a lingua é uma estrutura, ou sistema," que¢ tarefa do linguista analisar a organizaglo ¢ 0 funcionamento dos seus elementos constituintes. Sistema, estrutura, estruturalismo Sabemos que um sistema resulta da aproximagio ¢ da organizagio de dererminadas unidades. Por possuircm caracteristicas semelhantes e obedecerem a certos prinefpios de funcionamento, essas unidades constituem um todo coerente, coeso. E essa ideia que nos permite falar, por exemplo, da existéncia de um sistema solar, de um sistema circulatério, respiratério, digestivo, etc. Descrever cada um desses sistemas significa revelar a organizagéo de suas unidades constituintes ¢ os prineipios que oriencam tal organizagiio, 114 Manval de inguistica Saussure, o precursor do estruturalismo, enfatizou a ideia de que a lingua ¢ ‘um sistema, ou seja, um conjunto de unidades que obedecem a certos prineipios de funcionamento, constituindo um rodo coerente. A geracdo seguinte coube observar mais detalhadamente como o sistema se estrurura: daf o vermo “estruturaismo” para designar a nova tendéncia de se analisar as lingua. O estruturalismo, portanto, compreende que a lingua, uma ver formada por elementoscoesos, inter-relacionados, que uncionama partirde um conjunto de regras, constitui uma organizacio, um sistema, uma estrutura. Essa organizacio dos lementos se estrutura seguindo leis internas, ou seja,estabelecidas dentro do prdprio sistema, O desenvolvimento da linguistica estrutural representa um dos acontecimentos mais significativos do pensamento cienifico do século xx. Nao poderlamoscompreendet os incontestiveis progressos veriicados no quadro das céncias humanas sem compreen- ddermos a claboragio do conceito de estrurura desenvolvide a partir das investigagies do fendmeno da linguagem. Toda uma geragio de pensadores, entre os quaisfaeques Lacan, Claude Lévi-Strauss, Louis Althusser, Roland Barthes, evidenciaem suasobrasa contribu, ‘$40 pioncirade Ferdinand de Saussure relacionadaorganizasio estrutura da linguagem. Curiosamente, as ideias de Saussure, que se tornaram ponto de partida do pensamento que caracteriza a linguistica moderna, romarai-se piblicas com o fammoso Curso de lingutstica gera,livro que, na verdade, é a reconstrugio, a partit de notas redigidas por alunos, de trés cursos lecionados por Saussure entre 1907 € 1911 na Universidade de Genebra, cidade onde o linguista nasceu. O trabalho foi organizado por dois disciputos, Charles Bally e Albert Sechehaye. E no Curso ~ publicado em 1916, ers anos apds a morte de Saussure ~ que éencontramos os conccitos fundamentais do modelo tebrico estruturalsta. Esse modelo, como jd mencionamos anteriormente, apresenta a linguagem como um sistema articulado, uma estrutura em que, tal como no jogo de xadrez (analogia abundan- temente utilizada por Saussure), 0 valor de cada pega nao é determinado por sua ‘materialidade, ele nfo existe em si mesmo, mas éinsticufdo no interior do jogo. E ficil entendermos que pouco importa se, no xadrez, as pecas so de madeira, ferro, marfim ou de outro material qualquer. A possibilidade de darmos andamento a0 jogo depende exclusivamente de nossa compreensio de como as peeas se cclacionam entre si das regras que as governam, da Funcio estabclecida para cada uma delas e em relagao as demais, Se substituiemos o material das pesas, isso em nada afetaréo sistema, jd que 0 valor de cada pera depende unicamente das relagbes, das oposigdes, entre as unidades Podlemos, por exemplo, utilizar uma simples tampinha de garrafa como se ela valese 2 torre de nosso jogo. Para isso, € necessério t2o somente que o valor atribuldo a essa tampinha nao seja correspondente ao valor do pedo, do bispo, da rainha ou de qualquer outra unidade do sistema de jogo do xadrez. Em relagio © em oposigio a ‘odas as outras unidades, nossa tampinha precisard valer uma torre, Estroturaisme 115, Podemos, como quer Saussure, pensar a estrutura linguistica a partir desse ‘mesmo entendimento: estabelecemos comunicagéo porque conhecemas as regras da gramética de uma determinada lingua. Ou seja, conhecemos as pesas disponiveis do jogo e suas possibilidades de movimento, como elas se oxganizam ¢ se distribuem. Nao se trata, obviamente, do conhecimento acerca das regras normativas que encontramos nos livros de gramtica. Nao estamos falando de regras estabelecidas por um grupo de estudiosos em um determinado momento da histéria. Se assim fosse, aqueles que desconhecessem tais regras nfo se comunicariam, (O que regula funcionamento das unidades que compéem osistema lingulstico so normas que internalizamos muito cedo e que comecam a se manifestar na fase de aquisigao da linguagem. Trata-se de um conhecimento adquitido no social, na relagdo gue mantemos com o grupo de falantes do qual fazemos parte. Esse conhecimento, tal como no jogo dexadrez, independe da materialidade, da subseincia da qual as pegassio formadas. Podemos lembrar que o sistema fonoldgica de uma lingua pode ser expresso ‘nfo a partir de uma substncia sonora, mas, por exemplo, a partir de sensagies visuais (movimento dos labios). E desse modo que, em geral, as pessoas surdas de nascenca aprendem o sistema de uma determinada lingua sem nunca ter ouvido seus sons. O ‘quese pretende demonstrara partir dessa realidade é que substincia nfo determina de ‘modo algum as regras do jogo linguistco, questo independentesdo suporte fisico som, movimento labial, gestos, etc. em que se realizam, Em resumo, a abordagem estrucuralista entende que lingua é forma (estrutura), no substincia (a matéria a partir da qual cla se manifesta). Reconhece, entretanto, a necessidade da andlise da substincia para que possamos formular hipéteses acerca do sistema a ela relacionado. Um sistema que nio apresenta qualquer manifestacso ‘material, que nao seja expresso por algum tipo de subseancia, nao desperta qualquer intetesse ciemtfico, uma vez que nfo pode ser investigado. Essa concepgao de linguagem tem como consequéncia um outro principio do estrururalismo: 0 de que a lingua deve ser estudada em si mesma e por si mesma. Eo que chamamos estudo imanente da lingua, o que significa dizer que toda preocupacao cextralingu{stica precisa ser abandonada, uma ver.que a estrutura da lingua deve ser dscrica apenas a partir de suas relacées internas. Nessa perspectiva, ficam excluidas as relagGes entre lingua e sociedade, lingua e cultura lingua e distribuigio geogréfica, lingua c literatura ou qualquer outra relagio que nao seja absolutamente relacionada com a organizacio interna dos elementos que constituem o sistema linguistico.? Lingua e fala Quando estudamos Saussure, ¢frequente encontrarmos um grupo de dicotomias relacionado ao pensamento do famoso linguista. O termo dicotomia designa a divisio 116 Manual de knguistica ligica de um conceito em dois, de modo que se obtenha um par opositivo, Podemos, assim, observar dualidades como: lingua e fala, sincronia e diacronia, paradigma ¢ sintagma, forma e substincia, significado e significante, motivado e arbitrétio, Essas so algumas das chamadas dicotomias saussureanas. A partir de agora vamos observar algumas delas, comegando pela dicotomia enere lingua e fala. Até agora usamos sem maior rigor o termo linguagem. Para Saussure, encretanto, a Tinguagem deve ser omada como um objeto duplo, uma vez que “o fendmeno linguistico apresenta perpetuamente duas faces que se correspondem e das quais uma ‘Go vale senao pela outra” (Saussure, 1975: 15). Assim sendo, a linguagem tem um lado social, a lingua (ou langue, nos termos saussureanos), ¢ um lado individual, a fala (ow parole, nos termos saussureanos), sendo impossivel conceber um sem 0 outro. ara Saussure a lingua ¢ um sistema supraindividual utilizado como meio de comunicagio entre os membros de uma comunidade, O entendimento saussureano ¢ 0 de que a lingua corresponde & parce essencial da linguagem e constitui um sesouro — um sistema gramatical - depositado virtualmente nos cérebros de um conjunto deindividuos pertencentesa uma mesma comunidade linguistica, Sua existéncia decorre deuma especie de contraco implicito que ¢ estabelecido entre os membros dessa comunidade. Daf seu ‘aritersocial Para Saussure, o individu, sozinho, nfo pode criar nem modificara lingua. Diferentemente, a fala constitu o uso individual do sistema que caracteriza a lingua. Nas palavras de Saussure, & “um ato individual de vontade e de inteligéncia” (1975: 22), que cortesponde a dois momentos: as combinacées realizadas pelo falante entre as unidades que compoem o sistema da lingua, objetivando exprimir seu pensamento, ¢ 0 mecanismo psicofisico que the permite exteriorizat esas combinagbes. Trata-se, portanto, da utilizacao pritica e concrera de um cédigo de lingua por um determinado falante num momento preciso de comunicagio. Em outras palavras, €a maneira pessoal de atualizar esse cédigo. Dai seu caricer individual. De acordo com Saussure, a lingua é a condigo da fala, uma vez que, quando falamos, estamos submetidos ao sistema estabelecido de regras que corresponde lingua. Portanto, o objeto de estudo especifico da linguistica estrutural éa lingua, eno a fala, sendo esta iltima tomada como objeto secundiétio. Isso se dé porque éna lingua, conhecimento comum a todos, que se encontra a esséncia da atividade comunicativa, € no naquilo que ¢ especifico de cada um. Como jé mencionamos anteriormente, toda preocupagao extralingufstica é abandonada, e a estrutura da lingua é descrita apenas a partir de suas relagdes incernas, Isso nio significa que se possa estudar a lingua independentemente da fala, luma ver. que, entre os dois objetos, existe uma estreita ligagdo: a lingua é necessétia para que a fala soja compreensfvel ¢ para que o falante, consequentemente, possa vir 2 atingir os seus propésitos comunicativos; por outro lado, a lingua s6 se estabelece a partir das manifestagdes concretas de cada ato lingufstico efetivo. Assim, a lingua é, 40 mesmo tempo, o instrumento ¢ © produto da fala. Esuturaismo 117 Sincronia e diacronia [Nesta segao, conheceremos mais uma dicotomia saussureana, relacionada ao mé- todo de investigagio a ser adotado pelo linguista em suas pesquisas:sincronia ediacronia, No inicio do século x0x, as semelhangas encontradas entze determinadas linguas levaram os pesquisadores a acreditar na existéncia de parentescos entre elas, As investigagSes passaram a ter como tim de scus principais objetivos o agrapamento dessas linguas em firmilias, o que acontecia através de um método de estudo chamado bist6rico-comparativo, Entre essas familias, temos a indo-europeia, que retine, entte ‘ourras, a maior parte das linguas europeias, asim como as linguas do chamado grupo indo-irénico, como 0 petsa ¢ o sinscrito, lingua sagrada utilizada pelos hindus nos cerimoniais religiosos ha cerca de 1.220/800 a.C. ‘Aos 21 anos, Saussute havia escrito Mémoire sur le systéme primitif des voyeles indo-europeene (apud Malmberg, 1974), obra que faz parte da bibliografia relativa 20 pensamentodo século xix, Durante todo esse século, a investigagao acercadallinguagem foi marcadamente de cariter histérico, Pouco inceresse havia em se estudar alingua de tum determinado grupo de falantes fora de um quadro de consideragoes histéricas. A partir dos anos de 1870, a geracao dos ncograméticos procurou mostrar que a ‘mudanga das linguas possui uma regularidade, segue uma nccessidade prépria, nfo de- pendendo da vontadedoshomens, Comese objetivo, desenvolveram uma eoriadastrans- formagieslinguisticas bascada em mécodo estrtamentecientifico,afastando-se das espe- culagées vagas e subjetivas que marcaram os estudos da linguagem no iniciodoséculo xix. Deacordo com escola dosnneograméticos,alingu‘stica necessariamentedeveriatet lum carter histrico,jé quesua tarefa seria estudaras transformagées das linguasem busca “viraser” dessaslinguas, Para Hermann Paul, ‘o grande tedrico da escola, a simples descrigio de uma lingua representaria, unicamente, a constatagdo de um fato, mas de forma alguma um: A distingao feita por Saussure entre a investigacao diacrOnica e a investigagéo sincrénica representa duas rotas que separam a linguisticaestica da linguiticaevolutiva. “Esincronico tudo quanto se relacione com oaspecto estatico da nossa ciéncia, diacrénico tudo que diz respeito as evolugdes. Do mesmo modo, sincronia ¢ diacronia designaréo respectivamente um estado de lingua e uma fase de evolucao,” (Saussure, 1975: 96). Assim, enquanto 0 ¢studosinerénicodeumalingua tem comofinalidadeadescticio dum determinado estado dessa linguaemum determinado momento norempo, oestudo diactOnico (atravésdo tempo) busca estabelecer uma comparaczoentredoismomentosda cevolugio histdrica de uma dererminada lingua, Podemos citar a andlise da vaiacio entreo uso de “ter” “haver” no portugués contemporaine no Brasil como exemplo de estudo de carter sincrOnico que o rermo “variaga0" implicaa coexisténcia deduas ou mais formas ‘em umamesmaépoce, Por outro lado, aanalise da rajet6ria demudanca pane> pae> “pio”, do latim a0 portugues, caracteriza-se como uma abordagem diacrénica. 118 Manual de lingustica ( esteuturalismo proposto por Saussure no apenas aponta as diferengas entre .essas duas formas de investigagio, mas, sobretudo, registra a prioridade do estudo sincrénico sobre o diacténico. Ou seja, para Saussure, o linguista deve estudar principalmente o sistema da lingua, observando como se configuram as relagSes internas entre seus elementos em um determinado momento do tempo. Esse tipo de estudo € possivel porque os falantes nao tém informagées acerca da histéria de sua lingua e nao precisam ter informagées etimol6gicas a respeito dos termos que utilizam no dia a dia: para os falantes, a realidade da lingua € 0 seu estado sincrénico. Na defesa de ais ideias, o linguista utiliza, mais uma vez, a analogia entre « sistema linguistico e 0 jogo de xadrez. Conforme a andlise de Saussure, tanto no jogo da lingua como durante uma partida de xadrez estamos diante de um sistema de valores ¢ assistimos &s suas modificagdes: assim como ocorre com os sistemas linguisticos, a disposigio das pesas no tabuleito sofre continuas mudangas. A qualquer instante, porém, essa disposigéo pode ser descrita conforme a posigio das pesas naquele momento especifico do jogo, 0 mesmo acontecendo quando se trata da descrigio de um estado particular de lingua, Nao importa o caminho percorrido: “o gute acompanhou toda a partida nao tem a menor vantagem sobre o curioso que ver «spiar 0 estado do jogo no momento crtico: para descrever a posicio, é perfeitamente indtil recordar o que ocorreu dez segundo antes” (Saussure, 1975: 105). Além disso, ‘argumenta-se que, embora nao sejam muitos os falantes conhecedores profundos da cevolusio histérica da lingua que utilizam, todos nés demonstramos dominar, ainda 1a infincia, os prinefpios sisteméticos, as regras da Kingua que ouvimos & nossa volta, A desctigao lingufstica sincrOnica tem por tarefa formular essas regras sistematicas conforme elas operam num momento (estado) especifico, independentemente da combinasio particular de movimentos (das mudangas) jd ocorridos. Cabe observar ainda que o movimento de uma pedra no tabuleiro implica a constituigéo de uma nova sincronia, uma vez que tal movimento repercute em todo 0 sistema. O conjunto das regras do jogo, porém, é mantido. Essas regras, como jé vimos anteriormente,situam-se forado tempo do jogo esio prévias& sua existenciaerealizacio. Eo préprio Saussure, contudo, que nos alerta quanto 20 ponto em que a analogia entre 60 jogo de xadirez € o sistema linguistico se mostra faa: a aco do jogador ao deslocar uma pedra e, consequentemente, exercer uma alteragao no sistema é intencional. Na lingua, diferentemente, nada é premeditado, “é espontinea e forcuitamente que suas ppesas se deslocam — ou melhor, se modificam” (Saussure, 1975: 105). O signo linguistico ‘Uma vez compreendido que a lingua representa um conjunto de elementos solidérios, uma estrutura, cabe-nos conhecer a natureza desses elementos. Saussure afirma que a lingua ¢ um sistema de signos. O signo é, portanto, a unidade constituinte Estruturaismo 119 do sistema linguistico. Ele ¢ formado, por sua ver, de duas partes absolutamente insepardveis, sendo imposstvel conceber uma sem a outra, como acontece com as duas faces de uma folha de papel: um significante e um significado, Poderfamos dizet que o significante consiste numa sequéncia de fonemas, ‘como acontece, por exemplo, com a sequéncia “linguagem”. Precisamos, porém, de ‘um pouco mais de cautela para entender o verdadeiro sentido atribuido por Saussure 20 conccito de significance. Comecemos por compreender que, de acordo com a proposta ‘struturalista saussureana, a lingua é uma realidade psiquica, Como jé dito, um tesouro— tum sistema gramatical ~ depositado virtualmente no eérebro de um conjunto de individuos pertencentes a uma mesma comunidade linguistica. Assim sendo, as faces que compéem o signo linguistico sio ambas psfquicas « estio ligadas, em nosso cérebro, por um vinculo de associagio. Sendo assim, 0 significante, também chamado de imagem actstica, no pode ser confundido com o som material, algo puramente fisico, mas deve ser identificado com a impressao psiquica desse som, a representacio da palavra enquanto fato de lingua virtual, estando a fala absolutamente exclufda dessa realidade. A outra face do signo, o significado, também chamada de conceito, representa fo sentido que é autibuido ao significante —o sentido, por exemplo, que atribufmos 20 significante “inguagem” anteriormente mencionado como “capacidade humana de comunicacio verbal". Daf o entendimento de que o signo, unidade constituinte do sistema linguistico, resulta da associagao de um conceito com uma imagem aciistica. A.arbitroriedade do signa linguistico A filosofia desenvolvida na Grécia antiga & um marco inicial, no Ocidente, do debate sobre as relagées entre a linguagem ¢ o mundo. A discuss era se 0s recursos linguisticos através dos quais as pessoas descrevem o mundo a sua volta sio arbitrétios ou se esses recursos softem algum tipo de motivagio natural, Essas duas tesesrepresentam desdobramentos das especulagées filos6ficas que dividiram os gregos na antiguidade clissica em convencionalistas e naturalistas. Enquanto os primeiros defendiam que tudo na lingua era convencional, mero resultado do costume e da tradigZo, os naturalistas afirmavam que todas as palavras eram, de fato, relacionadas por natureza as coisas que elas significavam, ‘Que relagdo podemos observar entre a sequéncia “linguagem” e o sentido a cla atribuido? Quando nos referimos a “livro” como “conjunto de folhas de papel capaz de guardar uma obra literdria, cientifica, artistica, etc.”, haveria alguma motivacio ‘especial para a escolha desse termo (“livro”), ¢ nao a de um outro qualquer? Afirmar que 0 signo linguistico € arbierério, como fer. Saussute, significa reconhecer que néo existe uma relacao necessiria, natural, entre a sua imagem acistica (seu significante) ¢ 0 sensido a que ela nos remere (seu significado). Isso significa dizer 120 Manual de tnguistca que o signo Linguistico nao € motivado, e sim cultural, convencional, jé que resulta do acordo implicito realizado entre os membros de uma determinada comunidade, ‘Traca-se, portanto, de uma convengio. A arbitrariedade do signo lingufstico pode ser mais bem compreendida quando observamos a diversidade das Iinguas. Cada lingua apresenta um modo particular de expressar os conceitos: ninguém discute, por exemplo, se “livro” ou book se aproximam mais, ou menos, do conceito apresentado anteriormente, Por outro lado, poderfamos argumentar que certas unidades linguisticas apresentam-se como contracxemplos da arbitrariedade. As onomatopeias (do tipo “au-au’, “tic-tac”) parccem ser motivadas, nfo arbieririas. No entanto, argumenta Saussure, elas “ndo apenas so pouco numerosas, mas sua escolha ¢ jd, em certa medida, arbiter, pois no passam da imitagéo aproximativae jd meio convencional decertos ruidos’ (1975: 83) Contudo, Saussure reconhece que a arbicrariedade € limitada por associagées -motivagGes relativas: assim, “vinte” ¢ imotivado, mas “dezenove” nio 0 é no mesmo ‘gran, porque evoca os termos dos quais se compéc, “de2” e “nove”. Saussure observa ainda que o principio da arbitrariedade do signo linguistico ‘iio implica a compreensio de que o significado dependa da livre escolha do falante. AA lingua, como j4 apresentado anteriormente, € social, no estando a0 aleance do individuo nela promover mudangas. Relagées sintagmaticas e relagdes paradigmaticas ‘Sendo a lingua um sistema, cabe-nos compreender a forma como as unidades consticutivas desse sistema encontram-se relacionadas umas as outras. Quando descrevemos essas relagdes, estamos explicicando a organizagio dos elementos constituintes da escrutura linguistica e, em altima inseancia, reconhecendo 0 fancionamento do sistema. Comecemos por entender que 0 signo linguistico exibe uma caracteristica bastante particular, a qual, embora considerada demasiadamente simples, tomna-se fundamental para a compreensio da lingua como um sistema: o signo linguistico representa uma extensio. Isso significa que, ao ser transmitido, cle constitui uma sequéncia caja dimensio 96 pode ser mensurével linearmente. Decorze dai o chamado cardter linear da linguagem articulada. Umma frase, por exemplo, é constituida por um certo ntimero de signos linguisticos que sio apresentados em linha, no tempo, um apés © outro, Sabemos, contudo, que, por se tratar de um instrumento de comunicasio, a frase deve set construfda de acordo com determinadas regras. Por isso mesmo, a Aistribuigao das palavras (dos signos) ndo ocorre de maneita aleatéria, e sim pela exclusto de outros possiveis arranjos distribucionais. Quando combinamos duas ou mais unidades (por exemplo: “re-tet’s “varias pessoas"; “a linguistica estrutural"; “eu cenho alguns projetos para a minha vida’, Estruturolsme 121 etc), estamos compondo sintagmas. As relagées sintagmaticas decorrentes do cardter lineat da linguagem dizem respeito as articulagdes encte os sintagmas ¢ relacionam-se as diversas possibilidades de combinagao entre essas unidades Devers, portanto, entender como sintagméticas as relagées in preesentia, ot scja, entte dois ou mais cermos que estio presentes (antecedentes ou subsequentes) em um mesmo contexto sintético. Por englobar diferentes niveis de andlise, a nogio de sintagma deve ser compreendida de uma maneira ampla. 2) No nivel fonolégico, as unidades se combinam para formar as silabas. Quanto &s testrig6es impostas pelas regras do sistema linguistico, sabemos, por exemplo, que a lingua portuguesa nio admite silaba formada sem som vocilico. Ex: Casa, bar “wy wy cv cvc b) No nivel morfoldgico, os morfemas se unem para formar a palavra, ou sintagma vocabulat, como caracterizam alguns autores. Desse modo, prefixos e sufixos tespectivamente antecedem e sucedem o radical (com Rad (= radical), VI (= vogal temitica), Pref (= prefixo) ¢ Suf (= sufixo)). Ex: Menin -0, in feliz~ mente vVvywviy Rad VT Pref Rad Suf «) No nivel sinético, a palavras se combinam para formar frases. Einadmissivel como frase construgées tais como “De gosta bolo menino 0”. (SN (esintagma nominal), SV (esintagma verbal). Ex: © menino ~ gosta de bolo. v Vv SN sv Alm das relagbes sintagmiticas que dizem respeito & distribuigdo lincar das tunidades na estrucura sincética, as Iinguas apresentam relagées paradigméticas ou associativas que dizem respeito & associago mental que e dé entre a unidade lingulstica que ocupa um determinado contexto (uma determinada posi as outras unidades ausentes que, por pertencerem mesma classe daquela que estd presente, poderiam substitu-la nesse mesmo context. As relag6es paradigméticas manifestam-se como relagées in absentia, pois ccaractetizam a associagdo entre um cermo que estd presente em um determinado contexto sintitico com outros que estao ausentes desse contexto, mas que sa0 importantes para a sua caracterizacio em termos opositivos. corre que os elementos da lingua nunca esti isolados em nossa meméria, Els ‘Go armazenados em termos de determinados tragos que os caracterizam, como estruta, 122 Manval de inguitica classe gramatical, tipo seméntico, entre outros. Assim, a palavra “livreito”, por exemplo, ‘estiassociadaaclementos como “livro” e“livraia” apartirdo radical queesténa base desses elementos. Poroutrolado, podemosestabelecer umaoutra ériede rlagSes paradigmsticas tomando como base o sufixo: “liteiro”, “sapatcizo”, “garimpeito”, entre outros. Dealgum modo essa organizagao dos elementos lingu(sticos na nossa meméria, para Saussure, é imporcante na caracterizagao de uma frase. Por exemplo, podemos substicuir uma desinéncia verbal de pessoa e mimero por outra do mesmo tipo (estudas! estudamos), um adjetivo por outro adjetivo ou locusao adjetiva (Ele é bondosa/Ele ¢ ‘aridoso/ le édo hem), um substantivo por outro substantive (Gostaria de comprar um lixso/Gostaria de comprar uma fazenda), etc. Para Saussure, além da possibilidade de ‘corréncia em um mesmo contexto, as telagdes paradigmiéticas Go também decorientes da semelhanca de significagio (educago/aprendizagem), da semelhanga sonora (livro/ crivo) ou de qualquer ourra situacio em que a presenga de um clemento lingulstico suscita no falante ou no ouvinte a associago com outros elementos ausentes. Desse modo, podemos concluir que as relagdes sintagmaticas ¢ as relages paradigmiéticas ocorrem concomitantemente. Na sequéncia “Gostara de comprar uma fuzenda’, a unidade “comprar”, por exemplo, a0 mesmo tempo em que se encontra ‘em relagdo paradigmética com “vender”, “entregar”, “olhar” ¢ tantas outras unidades, também mantém relagées sintagmticas com “gostaria’ “de”, “uma” e “Fazenda”, Da ‘mesma mancira, no nivel fonol6gico, em se tratando da sequencia /bolal, o fonema /b! sc encontra em relagdo paradigmatica com /s/, ml, fg/, etc. eem relagao sintagmatica com fbf ¢ fal. EssesFatos nos permitem compreender melhor o porque da lingua ser um sistema, uma estrucura, ¢ ndo uma mera reuniio de elementos. Adotando uma Perspectiva estrururalista, poclemos afirmar, entio, que o que permite o Funcionamento dalingua¢ 0 sistema de valores constitu/do peas associacées, combinagbes e excluses verificadas entre as unidades linguisticas, Essassio,em linhasgerais, as principaisideiasformuladas por Saussure. Elasrepresen- tamoalicerce dalinguistica escruturale,a0 mesmo tempo, fundam a linguistica moderna, Durante a primeira metade do século xx, privilegiando diferentes aspectos das ideias de Saussure, surgem, na Europa, pelo menos trés importantes geupos de estudos linguisticos: a Escola de Genebra, a Escola de Praga e a Escola de Copenhague. As ‘dua primeiras nao selimitaram ao estudo meramente formal da linguagem, adotando a visio de que a fngua deve ser vista como um sistema funcional, no sentido de que € utilizada para um determinado fim: a comunicagio. Por outro lado, a Escola de Copenhague focalizou o aspecto formal das linguas, deizando sua fungio num plano sccunditio. Ou seja, esa escola adotou concepcio saussureana de lingua como umm sistema autonomo ¢, através de Helmsley, desenvalveu tuma teoria chamada de glossemética, aprofundando principalmente os conceitos de forma e substincia (expressio e contetido). Etutuclsme 123 Sob o rétulo de estruturalismo, a linguistica moderna conhece duas vertentes, principais: a europeia e a norte-americana, A corrente norte-americana © cstruturalismo norte-americano é representado pelas ideias de Leonard Bloomfield, desenvolvidas ¢ sistematizadas sob o rétulo de distribucionalismo ou lingubstica distribucional, A teoria da linguagem proposta por Bloomficld, dominante nos Estaclos Unidosaté aproximadamente 1950, éapresentada de maneira independente ‘no momento em que o pensamento de Saussure comesa a ser conhecido na Europa. Ocorre que, ao lado de algumas diferengas, muitos sio os pontos em comum ~ ou, pelo menos, convergentes ~ entre as propostas formuladas pelos dois autores, o que ‘nos permite conceber a teoria distribucionalista como uma vertente do esteuturalismo, © objetivo da teoria formulada por Bloomfield a elaboragio de um sistema de conceitos aplicéveis & descrigio sincrdnica de qualquer lingua. Para tanto, parte dos seguintes pressupostos: * cada lingua apresenta uma estruura espeefica: * essa estruturagdo & evidenciada a partir de trés niveis — 0 fonol6gico, 0 morfolégico co sintético — que constituem uma hierarquia, com o fonolégico nna base € 0 sintético no topos * cada nivel € constituido por unidades do nivel imediatamente inferior: as construgbes sio sequéncias de palavras; as palavras, sequéncias de morfemas; ‘05 morfemas, sequéncias de fonemas; + a descriggo de uma lingua deve comesar pelas unidades mais simples, prosseguindo, entao, & descrigio das unidades cada vex. mais complexas; + cada unidade é definida em fiungao de sua posigao estrutural —de acordo com os elementos que a precedem ¢ que a seguem na construsio; + na desctiglo, é necessiria absoluta objetividade, © que exclui o estudo da semantica do escopo da linguistica. ‘O autor pressupde ainda que o processo de combinacéo de unidades para formar construgdes de nivel superior (combinagao de fonemas que resulta em morfemas, combinagio de morfemas que resulta em palavras ¢ combinacio de palavras que resulta em frases) € guiado por leis préprias do sistema linguistico. Ou seja, enquanto decerminadas construgies sio permitidas, outras io totalmente bloqueadas na lingua. No portugués, por exemplo, uma construgio do tipo “Linguistica aluno de gosta estudar o” seria indiscutivelmente inaceitavel De acordo com a concepgao da linguistica distribucional, para que possamos estudar uma lingua, fiz-se necessétio: 124 Manvel de linguistica + a constituigio'de um corpus, isto é, a reuniéo de um conjunto, o mais variado possivel, de enunciados efetivamente emitidos por usudtios de uma determinada lingua em uma determinada época; ‘+a claboracio de um inventério, a partir desse corpus, que permita determinar as tnidades clementares em cada nivel de anise, assim como as classes que agrupam tais unidades, + a vevficagzo das leis de combinacio de elementos de diferentes classes; + a cxclusio de qualquer indagacio sobre o significado dos enunciados que compSem 0 corpus. Essa postura mecanicista da lingu(stica de Bloomfield apoia-se na psicologia bbchaviorista fortemente difundida nos Estados Unidos a partir de 1920, que tem Skinner como um de seus maiotes teéricos. Ao tomar 0 préprio comportamento como objeto de estudo da psicologia, e n20 como indicador de algama outra coisa que se expresse por cle ou através dele, o behaviorismo rompe com a compteenséo de que as impress6es, ctiadas na mente do homem pelos objetos e eventos, geram seu comportamento, Segundo essa corrente, o comportamento humano é totalmente explicavel e, portanto, previsivel a partir das situagdes em que se manifesta independentemente de qualquer fator interno. Logo, ele pode ser compreendido como 6 conjunto de uma excitagio ou estimulo e de uma resposta ou a No que diz respeito 20 comportamento linguistico, a psicologia behaviorista fornece a seguinte explica¢io: uma comunidade ensina o individuo a emitir uma dada resposta verbal (a expresar um terme), provendo estimulos reforgadores quando essa resposta ocorre na presenga da coisa para a qual 0 termo proferido ¢ tomado como referente. O individuo, por exemplo, aprende a dizer “cadeira” na presenca de uma cadcira ou objeto similar nao por uma questio de apreensio do significado de “cadeira’, mas porque essa resposta, na presenga do objeto, tem uma histéria de reforgo provido pela comunidade verbal. Na perspectiva de Skinner, termos como “contetido”, “significado” ou “referente” devem ser desprezados, pelo menos enquanto propriedades de respostas verbais, (Omeétodo deandlise quecaracterizaavertenteamericana dalinguisticacstruturalé conhecido comoanilisedistribucional,apresentado nos Estados Unidos por Bloomfield, ‘coma publicagao de Language, em 1933. Objetivando chegat & descrigao total de um estado sincrénicode lingua, esse método parte da obscrvacio de um corpuspara descrever scus clementos constituintes de acordo com a possibilidade de cles se associarem entre side maneita linear. Pressupe-se, asim, que as partes de um Iingua nao se organizam arbitrariamence, mas, ao contrério, apresentam-se em certas posigées particulares relacionadas umas is outtas,Tiata-se, portanto, de um método puramente descritivo e indutivo quecorroboraoentendimento de que todasas frases ce uma lingua sio formadas pela combinagao deconstrugdes~os seus consticuintes~,ensto de uma simplessequéncia de elementos discretos. Essesconstituintes, por sua vez, sio formados por unidades de Esteuturatsmo 125 ‘ordem inferior. Assim, para decompor os enunciados do corpus, os distribucionalistas utilizam um método chamado de andlice em constituintes imediatos. Nessa perspectiva, uma frase €o resultado de diversas camadasdeconstituintes. Porexemplo,aesteuturada fraseO aluno comprou um livo” édescrita como acombinagio de dois constituintes: uum sintagma nominal (‘oaluno”) eum sintagma verbal ("comprou um livra”). Porsua ‘vez, cada um desses dois constituintes imediatas € formado por outros constituintes:0 sintagma nominal “o aluno” éformado por um determinante (“o") eporumsubstantivo (Caluno”);0 sintagma verbal “comprou um livro”éformado por um verbo ("comprou") por um sintagma nominal (“um livro”). Podemos observar abaixo como nossa frase pode ainda ser segmentada em outros constituintes: > frase. ‘oaluno comprou um livro > Sintagmas.. 6 aluno / comprou um livro > Palavas.. 6 /aluno / comprou / um liv > Morfemas © /alunfo / compefou / um / livilo > Fonema © f allluinfo J kiolpitfolu Fi J Wiv/tlo Conforme podemos observar, a andlise distribucional (eo modelo estrucuralista como um todo) apresenta uma perspectiva demasiadamente formal acerca do fenémeno linguistic, restringindo a tarefa do pesquisador, 20 descrever uma lingua, a classificagion dos segmentos que aparecem nos enunciados do corpus ¢& identificagio das leis de combinacio de tais segmentes. [As formulagées propostas por Bloomfield sob a inspiragio do behaviorismo representaram, nos estudos linguisticos desenvolvidos nos Estados Unidos durante as primeiras décadas do século xx, uma oposicio as ideias mentalistas que defendiam {que fala deveria ser explicada como um efeito dos pensamentos (inteagées, cencas, sentimentos) do sujito falante. Ao lado de Bloomfield, Edward Sapir ¢ apontado como um autor clissico da linguistica norte-americana do inicio do século xx. Entretanto, os estudos de Sapir rompem os limites do estrucuralismo saussureano, uma vez que adotam o postulado de que os resultados da anslise esteucural de uma lingua devem ser confrontados com 1s resultados da andlise escrutural de toda a culeura materiale espiritual do povo que fala tl lingua. As seguintes ideias estio relacionadas & hipdtese Sapir- Whorft + cada lingua segmenta a realidade & sua maneira ¢ impéc tal modo de segmentacio do mundo a todos os que a falam. Nesse sentido, a lingua configura 0 pensamento: as pessoas que falam diferentes linguas vem 0 mundo diferentemente; +osmodeloslinguisticos relacionam-se aos modelossocioculturais. Asdistingoes sgramaticais ¢ lexicais, obrigatorias numa dada lingua, correspondem as distingSes de comportamento, obrigatérias numa dada culeura. 126 Manual de inguistica ‘Tanto a teoria proposta por Sapit-Whorf como 0 modelo de anilise distribucional formulado por Bloomficldinserem-semnasituagao linguistca especifica dos Estados Unidos nnaquele inicio de século, Havia no continente americano cento e cinquenta familias de linguas amerindias ~ 0 equivalente a aproximadamente mil linguas ~ apresentadas sob a forma de material lingu(stico oral ainda nido descrito, o que representava um grande problema para os administradores ¢ exndlogos da época. A perspectiva antropolégica presente nos postulados de Sapit-Whorf ea psicologia comportamental que influenciou asidcias de Bloomfield encontram terreno fértil nesse contexto particular. Esse contexto, portanto, marcou o estruturalismo dos Estados Unidos, diferenciando-o da lingulstica europeia. Podle-se dizer que, enquanto Sapir pionciro, Bloomfield foi o consolidador da linguistica naquele pais, ctiando uma ‘coria mais bem delimitada do que os linguistas anteriores. Exercicios 1) Comente a afirmativa sussurana “A lingua € um sistema cas partes podem e devem ser consideradas em sus solidaviedade sineronia” (Saussure, 1975), 2) Defina os eonceitos de lingua” “fal 3) Um dos postulados de base da lingustica esrutural € que 0 signo é arbitrti. Explique © que significa essa armas 4) Alinguisica esteucralreconhece o principio saussuriano de que todo o mecanism lingiico repose sobre velages de dos ies sintagmdsicase paradigmdtias. Explique tal principio 5) A afirmativa de que "a lingustica tem por Ginico e verdadeico objeto a ingua considerada em si ‘mesma ¢ por si mesma que finaiza 0 texto do Ciro de Lingusca gra, é fundamental para que Possimos compreender os postulidos de Saussure. Faga alguns comentéros 2 respeito deste questo. 6) Aponce us carcterisicas da linguistica desciiva noree-americana (distribucionalismo) que fazen dela uma verente do extrurualismo saussuriano. Notas " Anocioinii era de rtema, propose por Saussure. A ogo de cautura se desenolveu do tet sista: tend sid eabeecido que a ling conte a stem, cup tablet come Serta ewe vata Bsa cacti se desenalve de modo mai fore na chamada Escola de Copenhague, sored com Louis Hicimsex. As chamadas aco de rage cde Genes, desenvelvendo uml im pouco dierent, pout telicionar es estrutura com 3 nosto de “fungi Susur ctcterz at anomaropsautacca como aul que representa ites apoxinativs mio ‘conveacionai de cero dos, em oposgan aqulas que impression por sua sooridade suet. cos, por employ cover pia * Octruualismo euopeu es epresentado pi Praga: AS quests relacionadas avert ipamenee pla ngutsica Fancionl desenvovide pele Escola de ‘waadas em eptlo pectic. ‘Gpyrighi® 2008 Nie Plus Mavclova “Todos os ditos desea edi eservadn 3 adiora Const (Editors Pinsky Lida) Cape diagnmasie Garavo 8, Vil Boas Propo de rete Daniela Marin amono Revie Lian Aquino Dados Inceacionsis de Caalogaso na Publcasto (cs) (Camara Brass do Live, se, Brat) ‘Maal de ingutes/ Mio Eduardo Mamsovay (ong) 2.0, 2reimpresso — Si Paulo Contest, 2013, Vision aon Bibograbe ISBN975-85.7244-386-9 |. Linguistica Mantelor, Maso Eduand, 07.9635, ce para cadlogn siren 1. Linge 610 Eptrosa Coxmmxo Disetoe eicoilJime Psy Rus De. Joo Has, 520~ Ato da Lapa (5085-030 Sao Paulo— 1 sm (11) 3882 5838 comesto@edoracontentacom.br ‘wemedioracontentecombr riba a eprodugio wot ou parcial. Oc infrarres Std procesadon na forma dae

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