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NORMA ABNT NBR BRASILEIRA 7212 Segunda edigao 07.08.2012 Valida a partir do 07.09.2012 Execugao de concreto dosado em central — Procedimento Ready-mixed concrete — Procedure yy S28 omnes @ABNT 2012 ABNT NBR 7212:2012 © ABNT 2012 Todas 05 direitos reservados. A menos que especificado de outro mado, nenhuma parte desta publicagio pode ser reproduzida ou utlzada por qualquer meio, ellrénico ou mecéinico, incluindo folocdpia @ microlime, sem permissdo por esctte da ABNT. ABNT ‘AviTrez0 de Maio, 18 - 28* andar 200531-801 - Rio de Janeiro - RJ Tel: +85 21 3974-2300 Fax: + 55 21 3974-2546 aont@abnl.org br worwabni.org.br ABNT NBR 7212;2012 Sumario Pagina Escopo ... Referéncias normativas. Termos e definigées... Requisitos gerais Armazenamento dos materiais componentes do concreto is componentes do concreto Calibragao dos equipamentos Dosagem dos materials componentes do concreto, Aditivos Outros materials componentes do conereto.. Mistur Centrais misturadoras .. Gentrais dosadoras. Mistura parcial na central e complementagao na Obtamvu Adigao suplementar de &gUa vm Adicdo suplementar de aditivo .. Transporte e langamento do concrete... Tipo de vefculo Perfodo de tempo para o transporte Periodo de tempo para operages de lancamento e adensamento do concreto.. ‘Temperatura. Condigées especials.. Requisitos especificos Pedido do concreto. Pedido pela resisténcia caracteri Pedido pelo consumo de cimento, Pedido pela composigao do trag Requisitos complementares .. Especificagao da trabalhabilidade do concreto Entrega do conereto .. Local e programagao de entrega Unidade de volume de entrega Verificagao fisica do volume. a do concreto & compressao. ABNT NBR 7212:2012 5.2.4 Volume imo de entrega por viagem. 5.2.5 Volume maximo de entrega por viagem..n..- 5.2.6 Fragdo de volume de entrega por viagem....... 5.2.7 Verificagao da consisténcia do concreto fresco. 5.2.8 Operagdes subsequentes. Documentos de entrega Carta de trago Controle do processo de dosagem da central. Amostragem en este Andlise estatistica Formagao da amostra Célculo do desvio-padréo Avaliagdo estatistica do desempenho do ensai Anilise do processo Anélise do desvio-padrao, Andlise de resisténcia Generalidades... Anélise por classe de resisténcla, Andlise da resisténcia transposta por familia ou da central.. Outros métodos de control BIbIOgrAtlA eo Tabelas Tabela 1 - Parmetros ¢ limites. para caminhées betoneiras de centrais dosadoras.. Tabela 2 — Classes de consisténcia.. Tabela 3 - Amostragem .. Tabela 4 ~ Critérios de amostragem Tabela 5 - Critérios de agrupamento. Tabela 6 — Desvio-padrao do proceso... ABNT NBR 7212;2012 Prefacio A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) ¢ 0 Foro Nacional de Normalizagao. As Notmas Brasileiras, cujo contetido é de responsabilidade dos Comités Brasileiros (ABNT/CB), dos Organismos de Normalizagéo Setorial (ABNT/ONS) e das Comissées de Estudo Especiais (ABNT/CEE), sao elaboradas por Comissdes de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas tazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratérios e outros). (Os Documentos Técnicos ABNT sao elaborados confotme as regras da Diretiva ABNT, Parte 2. A Associagao Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) chama atengao para a possibilidade de que alguns dos elementos deste documento podem ser objeto de direito de patente. A ABNT ndo deve ser considerada responsavel pela identificagao de quaisquer direitos de patentes, A ABNT NBR 7212 foi elaborada no Comité Brasileiro de Cimento, Concreto ¢ Agregados (ABNT/CB-18), pela Comissao de Estudo de Concreto Dosado em Central (CE-18:300. 10). 0 Projeto circulou em Consulta Nacional conforme Euital n® 04, de 11.04.2012 a 11.06.2012, com o nmero de Projeto ABNT NBR 7212 Esta segunda ediga0 cancela ¢ substitvi a edigéo anterior (ABNT NBR 7212:1984), a qual foi lecnicamente revisada. © Escopo desta Norma Brasileira em inglés 6 0 sequinte: Scope This Standard establishes the requirements for the ready-mixed concrete, including storage of materials, batching, blending, transportation, receiving, quality control, inspection, acceptance and rejection. This Standard does not cover the operations subsequent to the delivery and receipt of the fresh concrete This Standard applies when the constructor has concrete plant. NORMA BRASILEIRA ABNT NBR 7212:2012 Execugdo de concreto dosado em central — Procedimento 1 Escopo Esta Norma estabelece os requisitos para a execugao de concreto dosado em central e inclvi as ope- rages de armazenamento dos materiais, dosagem, mistura, transporte, recebimento, controle de qua- lidade e inspegao, incluindo citérios de aceitagao e rejeigao do controle interno da central de concreto. Esta Norma nao abrange as operagdes subsequentes a entroga recebimento do concrete fresco. Esta Norma aplica-se também, no que couber, aos casos em que a executante da obra dispée de central de concreto. 2 Referéncias normativas (Os documentos relacionados a seguir sao indispensaveis & aplicaca deste documento. Para referéncias daladas, aplicam-se somente as edigdes citadas. Para referéncias nao datadas, aplicam-se as edi¢des mais recentes do referido documento (incluindo emendas). ABNT NBR 5671, Participagao dos intervenientes em servicos e obras de engenharia e arquitetura ABNT NBR 5738, Concrelo — Procedimento para moldagem e cura de corpos de prova ABNT NBR 6118, Projeto de estruturas de concreto— Procedimento ABNT NBR 8953, Concreto para fins estruturais ~ Classilicacao pela massa especifica, por grupos de resisténcia e consisténela ABNT NBR 9833, Concreto fresco - Determinagao da massa espacifica, do rendimento e do leor de ar pelo método gravimétrico ABNT NBR 12655, Concreto de cimento Portland - Preparo, controle @ tecebimento - Procedimento ABNT NBR 14931, Execugdo de estruturas de concrete — Procedimento ABNT NBR 15823-1, Concreto auto-adensdvel ~ Parte 1: Classificagao, controle e aceitagao no estado fresco ABNT NBR 15823-2, Concreto auto-adensavel - Parte 2: Determinacao do espalhamento e do tempo de escoamento - Método do cone de Abrams ABNT NBR 1590-1, Agua para amassamento do concrato — Parte 1: Requisites ABNT NBR NM 33, Concreto — Amostragem de concreto fresco ABNT NBR NM 67, Concreto ~ Detarminagéo da consisténcla pelo abatimento do tronco de cone ACI 214, Guide to Evaluation of Strength Test Results of Concrete EN 206-1, Concrete ~ Part 1: Specification, performance, production and conformity ABNT NBR 7212:2012 3 Termos e definigées Para os efeitos deste documento, aplicam-se os sequintes termos ¢ defini¢des 34 conereto dosado em central concreto dosado, misturado em equipamento estacionatio ou em caminhao betoneira, transportado por caminhdo betoneira ou outro tipo de equipamento, dotado ou nao de agitagao, para entrega antes do inicio de pega do concroto, em local ¢ tempo determinados, para que so processem as operagdes subse- quentes a entrega, necessérias & obtengao de um concreto endurecido com as propriedades pretendidas NOTA — Nesta Norma, a expresso “concreto" se refere a concreto dosado em central, como definido em 8.1, salvo indicagdes em contratio. 32 caminhdo betoneira Veiculo dotado de dispositivo que efetua a mistura do concreto e mantém sua homogeneidade por simples agitagao 3.3 equipamento dotado de agitagao (DUMPER) veiculo autopropelido que permite manter a homoganeidade do concreto durante 0 transporte e a des- carga, sendo para isso dotado de dispositivos de agitagao, constituidos de eixo com paletas. sistema de ldminas espociais em hélice ou qualquer dispositive equivalente 34 equipamento nao dotado de agita¢ao (caminhao basculante) vetculo constituido de uma cagamba, nao dotado de dispositive de agitacao, que pode ser utilizado somente para o transporte de conerelos nao segregaveis 38 central de concreto conjunto de instatagdes onde sdo realizadas as operagées de recebimento, estocagem e dosagem dos materiais componentes do conoreto e, conforme o caso, mistura do concreto 354 centrais dosadoras de concreto central onde a mistura completa ¢ feita por caminhao betoneira 35.2 centrais misturadoras de concreto central onde a mistura completa ¢ feita por misturador estacionario 36 contratante dos servigos de concretagem entidade, empresa ou pessoa, conforme a ABNT NBR 5671, responsavel pelas sequintes atribuicdes: a) contratagao dos servigos de conoretagem; b) emisso dos pedidos de entrega de concreto; ©) aceitagao do concreto fresco através da veriticagao da concordancia das caracteristicas do concrete, pedido e do concreto entregue; 4d) tecebimento final do concreto endurecido. ABNT NBR 7212;2012 37 dosagem proporcionamento em massa ou em volume dos materiais para obtengao do concreto, 3.8 empresa de servigos de concretagem empresa responsavel pelos servigos de dosagem e, geralmente, mistura e transporte do concreto, da central até o local de entrega, de acordo com o estabelecido em contrato 39 pedido do conereto discriminacao das caracter'sticas, propriedades e parmetros necessérios ao concreto fresco 8 endu- recido, inclusive quantidade, programagao e local de entrega 3.10 veriticagao e aceitagao do concreto fresco ato pelo qual se constata, mediante ensalos ou outras verificagdes, por ocasiao da entrega e recebi- mento do concreto fresco, o atendimento as especificagées e as exigéncias do pedido an entrega do concrete fresco Conjunto de aces que incluem 0 pedido do conoreto (ver 3.9) e a veriicagao e aceltagao do concrato fresco (ver 3.10) 3.12 recebimento do concreto endurecido ato pelo qual se constata, mediante ensaios ou outras verificagées, o atendimento as especilicagses a8 exigéncias do pedida 3.13 viagem termo que designa a quantidade de concreto entrague de uma s6 vez em utn tinico veiculo (caminhdo betoneira ou basculante ou DUMPER) 3.14 resisténcia transposta método estatistico de avaliagao do controle de proceso de uma central de concreto 3.15 carta de traco documento emitido pela empresa de servigos de concretagem que define a composigao do trago, os pardmetros e especificagdes técnicas solicitados pelo contratante 3.16 central operando em condi¢ central que inicia a operagao ou fetoma as operagdes apés uma paralizagao NOTA Quando a central opera em condig3o inicial, ola nao dispde de dados que permitam uma avaliagao eslatistica do processo. ABNT NBR 7212:2012 aa7 central em operagao continua central que opera de forma continuada NOTA Quando a central opera em condigao continua, ela dispée de dados psi do proceso. avallacao estatistice 3.18 documento de entrega do concreto documento que acompanha cada remessa de concreto, contendo os itens obrigatérios pelos dispositivos legais vigentes e informagées técnicas, 4 Requisitos gerais Os requisitos gerais exigiveis do concreto devem ser os apresentados em 4.1 a 4.5, salvo nos casos em que forem estabelecidas condigées especials, que neste caso prevalecem desde que previamente aceitas pelas partes inleressadas. 4.1 Armazenamento dos materiais componentes do concreto armazenamento deve ser feito em locais ou recipientes apropriados, de modo a no permitir a con- taminagao por elementos indesejaveis, evitando a alteragao ou a mistura de componentes com carac- teristicas e de procedéncias diferentes, 4.3.1 Agregados Devem ser armazenados de maneira a evitar a mistura das diversas granulometrias, procedéncias ou outras caracteristicas requeridas conforme a ABNT NBR 12655. 4.1.2 Cimento Cada cimento deve ser armazenado separadamente, de acordo com a marca, tipo ¢ classe, contorme a ABNT NBR 12656. 4.1.3 Agua Agua de diferentes origens, conforme a ABNT NBR 1590-1, deve ser armazenada separadamente de acordo com ABNT NBR 12655, AAA Aditives Devem ser identificados e armazenados, segundo as recomendagdes do fabricante de acordo com a ABNT NBR 12655, a fim de evitar contaminaco, misturas involuntarias, sedimentagao e alteragao da composi¢ao. 4.1.5 Outros materiais componentes do concreto Devem ser identificados e armazenados separadamente conforme as instrugdes do fabricante. 4.2 Calibragao dos equipamentos As balangas devem atender a portaria vigente do Inmetro, para classe 3. ABNT NBR 7212:2012 Os dosadores volumétricos de aqua e aditivos deve ser calibrados periodicamente, de forma a asse- gurar que a diferenga entre o volume nominal e o registrado seja iguat ou inferior a 2 % do primeiro. Devem ser efeluadas calibragdes frequentes contorme o estabelecido a seguir: a) pata centrais com células de carga, fazer a calibragao no maximo a cada seis meses; b) pata centrais com transmissao mecanica, lazer a calibragao no maximo a cada és meses; c) em obras especiais, tais como barragens, pontes e tuneis, 0 periodo de calibragdo deve ser estabelecido, em comum acordo entre as partes, em fungao do volume de concreto preparado. No caso de reposicionamento de uma centtal dosadora, uma calibragao dos equipamentos é obrigatoria NOTA As empresas de servigos de concretagem podem ter procedimentos intemnos de verificagoes dos equipamentes ¢ planos de manutengao periddicos mais restritivos. 4.3 Dosagem dos materiais componentes do concreto Os desvios tolerados pata as dosagens dos materiais componenetes do cancreto so devidos somente a variagdes de pesagem intrinsecas A operagéo. 4.3.1 Agregados Os agregados devern ser medidos em massa, com varlagdo maxima ao {inal do carregamento, em valor absolvto, de 3 % do valor nominal da massa ou 1 % da capacidade da balanca, adotando-se o menor dos dois vatores. 4.3.2 Cimento Ocimento deve ser medido ern massa, com variagSo méxima ao final do carragamento, em valor absoluto igual a 1 % da capacidade da balanga, nas dosagens iguais ou superlores a 30 % dessa capacidade. Para dosagens inferiores a 30 % da capacidade da balanga, a variagao maxima positiva é de até mais 4% do valor nominal da massa. Em nenhum caso 0 cimento deve ser dosado conjuntamante com os agregados. Pode ser admilida a dosagem do cimento em sacos, desde que as quantidades estejam dentro das toleréncias estabelecidas nesta Norma, no se admitindo o fracionamento de sacos. 4.3.3 Agua A.quantidade total de agua deve ser determinada com variagao maxima de 3% em relagao a quantidade nominal, em valor absoluto, Esta quantidade de agua compreende, além da adicionada, a devida a umidade dos agregados, a utii- zada para dissolugao dos aditivos e a adicionada sob forma de gelo. 4.3.4 Aditivos Os aditivos devem ser adicionados de forma a assegurar a sua distribuigo uniforme na massa do con- creto, admitindo-se varlagéo maxima de dosagem igual ou inferior a 5 % da quantidade nominal, em valor absoluto. ABNT NBR 7212:2012 4.3.5 Outros materiais componentes do concreto Silica ativa e metacaulim devem ser medidos atendendo aos mesmos requisites estabelecidos para o cimento (ver 4.3.2) Outros materiais deve ser dosados de acordo com as lolerancias estabelecidas pelo fornecedor. 4.4 Mistura volume de concreto nao pode exceder a capacidade nominal de mistura do equipamento, conforme especificagao do fabricante. 4.4.1 Centrais juradoras Os materiais componentes do concreto, devidamente dosados, sd0 colocados em um misturador € aps homogeneizagao completa, sio descarregados em veiculo para o transporte até a obra Os equipamentos devem ser verificados quanto ao desgaste das pas, estanqueidade do misturador, velocidade e tempo de mistura e aderéncia/limpeza do misturador, a fim de assegurar a eficiencia necesséria para a mistura Dever ser obedecidas as especificagdes dos equipamentos no que diz respeito ao tempo de mistura, velocidade, numero de rotagdes e capacidade volumética. 4.4.2 Centrais dosadoras (Os materiais componentes do conereto deve ser colocados no caminhao betoneira na melhor ordem @ nas quantidades totais techicamente determinadas. A verificagao quanto & qualidade da mistura da betoneira deve contemplar sua estanqueidade, a auséncia de concreto aderido as paredes da betoneira e os parametros ¢ seus limites especificadas na Tabela 1. Tabela 1 - Parémetros e limites para caminhdes betoneiras de centrais dosadoras Paramatro Limite Altura das facas, = _ 2 280 mm Espessura de chapas de aco (cilindro central do balao e das facas) | 22mm Velocidade de mistura da betoneira (14 £2) rpm Pode-se misturar completamente em caminhao betoneira o concreto que sera transportado por equi: pamento dotado ou nao de agitacao. 4.4.3 Mistura parcial na central e complementagao na obra (Os materiais componentes do concreto séo colocados no caminhdo betoneira, com parte da 4qua, que & complementada na obra imediatamente antes da mistura final e descarga. Neste caso deve-se esta- belecer um sistema rigoroso de controle ¢ registro da quantidade de gua adicionada na central ¢ a ser complementada na obra, para evitar ultrapassar a quantidade prevista no trago. Parte dos materiais componentes do conereto (tais como fibras, aditivos, gelo etc.) pode ser adicionada na obra imediatamente antes da mistura final e descarga, desde que previamente acordado entre as partes e especiticado na formulagao. 6 ABNT NBR 7212:2012 Devem ser obedecidas as especificagées dos equipamentos no que diz respeito ao tempo de mistura, desde que respeitados os limites minimos de 30 s/m? de concreto € 3 min em velocidade de mistura conforme a Tabela 1 NOTA — Entende-se por 4gua complementar a quantidade de agua adicionada ao concrelo que nao ultrapassa a prevista na dosagem, 4.4.4 Adigéo suplementar de agua Antes do inicio da descarga, ao verificar que 0 concreto presenta abatimento dentro da classe de con- sisténcia especificada, nao se admite adigdo suplementar de dgua. Qualquer adigéio de Agua exigida pela contratante exime a empresa de servigos de concretagem de qualquer responsabilidade quanto as caracteristicas do concreto constantes no pedido. Este fato deve ser registrado no documento de entrega. NOTA — Entende-se por 4gua suplementar a quantidade de 4gua adicionada ao conereto que ullrapassa a prevista ne dosagem. 4.4.5 Adigdo suplementar de aditivo Caso 0 concreto apresente abatimento inferior & classe de consisténcia especificada, admite-se adi¢ao suplementar de aditivo superplastificante antes do inicia da descarga, desde que a consisténcia final nao ultrapasse a faixa especificada Esta deve ser uma decisdo técnica definida pela empresa de servigo de concretagem e mantém a sua responsabilidade pelas propriedades constantes no pedido. 4.5 Transporte e langamento do concreto 4.5.1 Tipo de veiculo O transporte deve ser feito por veiculo dotado ou ndo de dispositive de agitagéio, desde que apresente estanqueidade necessdtia, fundo e paredes revestidos de material nao absorvente, a fim de que nao haja perda de qualquer componente. Via de regra, o transporte até a obra deve ser feito por caminhao betoneira. Admite-se o transporte por caminhao basculante com carroceria de ago, desde que, devido &s caracteristicas da mistura e 8s condigdes de transporte, fique garantida a no separagéo das partes componentes do concreto e o abatimento seja igual ou inferior a 40 mm, 4.5.2 Periodo de tempo para o transporte O tempo de transporte do concreto decortido entre o inicio da mistura, a partir do momento da primeira adigao da agua, alé a entrega do concreto deve ser: a) fixado de forma que o fim do adensamento nao ocotra apés 0 inicio da pega do conereto langado € das carnadas ou partes contiguas a essa remessa (evitando-se a formagao de “junta-fria"), b) inferior a 90 mi no caso do emprego de caminhao betoneira, observado o disposto em 4.5.1; ©) inferior a 40 min, no caso de veiculo ndo dotado de equipamento de agitagao, observado o dis- posto em 4.5.1 Se esses prazos nao forem atendidos e 0 tempo previsto para langamento e adensamento ultrapassar os periodos previstos em 4.5.3, cabe a contratante recusar 0 recebimento. ABNT NBR 7212:2012 4.5.3 Periodo de tempo para operagées de lancamento e adensamento do concreto CO langamento e 0 adensamento do conereto devem ser 2) iniciados em até 30 min apés a chegada do caminhao betoneira na obra. Em sitvagdes onde este tempo de inicio de descarga nao possa ser cumprido, 0 contratante deve avaliar previamente a melhor solugao técnica junto a empresa prestadora dos servigos de concretagem. Nao se admite adigao suplementar de Agua, conforme 4.4.4; b)_realizados em tempo inferior a 150 min, contado a parlir da primeira adigao de agua, no caso do emprego de caminhao beloneira, observado o disposto em 4.5.1. Decorridos 150 min conta- dos a partir da primeira adigo de qua, fica a empresa prestadora de servigos de concretagem eximida de responsabilidade do concreto aplicado; ©) _realizados em tempo inferior a 60 min, contados a partir da primeira adigao de gua, no caso de veiculo nao dotado de equipamento de agitagao, observado o disposto em 4.5.1. 4.5.4 Temperatura A temperatura ambiente para langamento do concreto deve estar entre 5 °C @ 30 °C, conforme ABNT NBR 14931. Fora desses limites devem ser tomados cuidados especiais acordado entre as parles. A temperatura do concreto por ocasiao de sev langamento deve ser fixada de modo a evitar a ocorréncia de fissuragao de origem térmica, 4.5.5 Condigées especiais Devem ser verificadas as experiéncias anteriores e condigdes especiais, tais como temperatura e umidade relativa do ambiente, propriedades do cimento, caracteristicas dos materiais, peculiari- dades da obra, uso de aditivos retardadores, refrigeraco outras, em fungao das quais podem ser alterados os tempos (prazos) de transporte e descarga do concreto, 5 Requisitos especificos 5.1. Pedido do concreto 5.1.1 Pedido pela resisténcia caracteristica do concrete a compressao O conereto deve ser solicitado especificando-se a resisténcia caracteristica do concrelo & compresséo na idade de contole, a classe de agressividade ambiental, a dimensao maxima caracleristica do agre- gado grauido e a classe de consisténcia do concreto fresco (abalimento) ou classe de espalhamento no caso de concreto autoadensavel no momento da entrega. 5.1.2 Pedido pelo consumo de cimento concreto deve ser solicitado especificando-se o consumo de cimenta por metro cibico de concreto, a dimensao maxima caracteristica do agregado gratido é a classe de consisténcia do concreto fresco (abatimento) ou classe de espalhamento no caso de concreto avto-adensavel no momento de entrega 5.1.3 Pedido pela composigao do traco © concreto deve ser solicitado informando as quantidades dos materiais componentes do concreta por metro ciibico, incluindo-se aditivos, se for 0 caso. ABNT NBR 7212:2012 Neste caso, o profissional responsavel pela composigao do trago responde pelo desempenho do con- creto e pelo atendimento &s especificagdes técnicas. Cabe & empresa prestadora do servigo de con- cretagem a fie! reprodugao do trago recebido. 5.1.4 Real itos complementares ‘Além dos requisitos constantes de 5.1.1 a 5.1.3, podem ser solicitadas outras caracteristicas e paré- metros, entre os quais: 8) tipo de cimento; b) tipo e teor de aditivo; ©) tipo e teor de adigao (metacaulim, ica ativa, fibras metélicas ou sintéticas e outras.); d) relagdo dgqua-cimento maxima; @) consumo de cimento maximo ou minimo; 1) _teor de ar incorporado; 9) _ tipo de langamento (convencional, bombeado, projetado, submerso ete.); h) _caracteristicas especiais como teor de argamassa ou de agregada mitido, cor, massa especifica, uso de gelo em substituigao 4 égua e outras; i) propriedades e condigdes especiais, como: trapao na flexao, retragdo, fluéncia, permeabilidade, médulo de elasticidade ou deformagao, temperatura do concrete e autras. A veriticagaio dos requisites exigidos deve ser feita segundo as Notmas Brasileiras especiticas e, na falta destas, por critétios e métodos previamente acordados entre as partes. 5.1.5 Especificagao de trabalhabilidade do concreto Os concretos devem ser especiticadas por classe de consisténcia, conforme a Tabela 2. Tabela 2 — Classes de consisténcia canes Abatimento (A) mm Sio 405 A<50 S50 50 < A< 100 $100 100 < A< 160 S160 160 < A< 220 $220 A> 220 £m casos especiai de consisténcia. de comum acordo entre as partes, podem ser criadas classes diferentes No caso do uso de concreto autoadensavel a consisténcia deve ser especificada pela classe de espa- Ihamento, conforme a ABNT NBR 15823-1. ABNT NBR 7212:2012 5.2. Entrega do concreto Deve fazerparte do processo de aceitagao do concretona obra a conferéncia de todas as caracteristicas contidas no documento de entrega do concrato comparando-as com 0 pedido do conereto. Caso haja alguma divergéncia 0 conereto nao deve ser aceito, exceto por concordancia do responsdvel da obra devidamente registrada no documento de entrega. 5.2.1 Local e programagao de entrega Ollocal e a programagaio de entrega devem ser informados pela contratante de acordo com o estipulado no contrato e no pedido. Quando a contratante retirar 0 concreto na central, a prestagio do servigo 6 considerada concluida imediatamente apés 0 carregamento, independentemente do tipo de veiculo utlizado. 5.2.2 Unidade de volume de entrega Aunidade de volume de entrega € 0 metro cubico (m3), medido enquanto fresco ¢ apés adensamento. 5.2.3 Verificacdo fisica do volume A verificagao fisica do volume de concreto entregue pode ser efetuada por um dos métodos a seguir: a) conhecida a massa especitica do concreto, o volume pode ser obtido a partir das massas totais, de cada remessa ou viagem; b) pelo calculo do volume absoluto total ocupado pelos componentes do concreto, a partir dos volu- mes absolutos de cada um deles, considerando-se o volume de ar aprisionado, medido de acordo com a ABNT NBR 9833; ©) por medigéo direta, mediante © langamento ¢ adensamento do concreto em recipientes de volume definido: d) pelos volumes das formas ou moldes, devendo ser tomadas precaugdes no que se relere a erros ocasionados por perdas, derramamentos, deformagGes e erros nas dimensdes das formas. 5.2.4 Volume minimo de entrega por viagem Para equipamento nao dotado de agitagao, o volume deve ser fixado de acordo com as especificagées do equipamento. Para equipamento dotado de agitagdo e mistura (caminhao betoneira), 0 volume deve ser igual ou superior a 3 m3. 5.2.5 Volume maximo de entrega por viagem O volume deve ser compativel com 0 equipamento de transporte, nao excedendo a capacidade nominal de mistura ov agitagao, conforme as indicagdes do fabricante. 5.2.6 Fragdo de volume de entrega por viagem Os pedidos devem ser feitos em volumes miltiptos de 0,5 m* om §.2.4e5.2.5, respeitando-se os limites prescritos 10 ABNT NBR 7212:2012 5.2.7 Verificagao da consisténcia do concreto fresco A avaliagZo do concreto fresco compreende a verificagéo da consisténcia pelo abatimento do tronco de cone que deve ser feita conforme a ABNT NBR NM 67, ou espalhamento, conforme a ABNT NBR 15823-2, em fungao do tipo de concreto previamente especificado no pedido, a comprovagao da dimensao maxima caracteristica do agregado gratido solicitada 5.2.8 Operagées subsequentes ‘As operagdes de manuseio subsequentes & entrega do conereto tals como transporte interno, langa- mento, adensamento, acabamento superficial, cura, retirada de escoramento e desforma sao de respon- sabilidade da executante da obra, conforme estipulado em contrato. 5.3. Documentos de entrega © documento de entrega que acompanha cada remessa de concreto, além dos itens obrigatérios pelos dispositivos lagais vigentes, deve conter: a) volume de concreto; b) hora de inicio da mistura (primeira adicao de Agua): ©) classe de consisténcia ou classe de espalhamento no inicio da descarga; d)_dimensao maxima caractaristica do agregado gratido; e) resistencia caracteristica do concreto & compresséo, quando especificada; f) quantidade maxima de dgua complementar a ser adicionada na obra, retida pela contral dosadora; 9) cédigo de identiicagao do traco utilizado na dosagem da concreto, Quando contratante requerer a composigag do trac, a empresa prestadora de servigo de concretagem dove apresentar esta informago pela carta de trago, conforme 3.15. 5.4 Carta de trago A carta de trago deve conter: a) data da elaboragao da carla de traco; ) cédigo de identificagao do traco; ©) especificagdes do concreto; 3) sados; °) insumos; 1) quantidade em massa de cada componente do concreto; 4) _assinatura do responsavel técr ABNT NBR 7212:2012 6 Controle do processo de dosagem da central 6.1 Amostragem ‘As amosiras deve ser coletadas aleatoriamente durante @ operagao de concretagem, conforme 2 ABNT NBR NM 33, apés 0 ajuste e mistura do concreto, conforme 4.4.3 a 4.4.5. Cada exemplar deve ser constituido de dois corpos de prova da mesma viagem, moldados conforme a ABNT NBR 5738, para cada idade de rompimento ¢ no mesmo alo. Toma-se como resisténcia do exemplar o maior dos dois valores obtidos no ensaio (f). Os exemplares devem ser tomados aleatoriamente de concretos de mesmo trago ov de tragos diferentes observando 0 disposto em 6.2 e na Tabela 3. Tabela 3 ~ Amostragem Condigao Frequéncia de amostragem (Operacao inicial da central de conereto uma amostra a cada 20 m® e, no minimo, duas (alé serem obtides, ao menos, $2 resultados) | amostras por dia de operagao Operagao continua (apds serem obtidos, uma amostra a.cada 50 $e, no minimo, uma a0 menos, 32 resultados) amostra por dia de operagao, Em obras especiais, tals como barragens, pontes e tUnels, a trequéncia de amostragem deve ser esta- belecida, em comum acordo entre as partes, em fungao do volume de concrete preparado. 6.2 Anilise estatistica 0 objetivo da anallse estatistica é avaliar 0 processo através de parématros de controle. 6.2.1 Formagao da amostra A avallagao deve ser executada considerando os resultados previstos nos critérlos apresentados na Tabela 4 Tabela 4 ~ Critérios de amostragem 7 5 ji Namero minimo Critério Especiticagao Exemplo ide exemplares ja _| Diversas familias de concreto e suas €30 $100 019, 32 classes de resisténcia @ 025 $160 012.5 __| Uma familia de concreto especifica €30 S100 B18 24 e suas classes de resisténcia 2 C25 $100 019 co __| Umaunica classe de resisténcia de uma Somente 6 determinada familia de concreto €30 $160 019, + Diversas familias de concreto (ver ASNT NBR 12655), com diferentes classes de resisténcia, de consisténcia ¢ diamettos de agregados diferentes, por exemplo: concreto classe de resisténcia 630, classe de consisténcla $100 e dimenséo maxima caracteristica do agregado grade de 19 mm (D1), avaliado juntemente com concreto de classe C25, abatimento S160 ¢ preperado com agre gado gratido de dimensao maxima caracteristica de 12,5 mm (012.5) 12 ABNT NBR 7212:2012 Quando da avaliagao de diversas classes de resisténcia pelo método da resisténcia transposta, critérios A B, é permitido agrupar os valores conforme a Tabela 5. Tabela 5 ~ Critérios de agrupamento Agrupamentos Classes de resisténcia * 1 620. 635 u C40.a C60 Classes de resisténcia nao contempladas no agrupamento devern ser avaliadas individualmente. Cevem ser considerados espurios ¢ desprezados das avaliagdes os exemplares nos quais a variagao dos resultados individuais de corpos de prova for maior que 15 % da média entre eles. Se uma inves- (igagao revelar a razéo que juslifique a eliminagao de um valor individual, o resultado remanescente do par pode ser considerado. E permitido o tratamento e decorrente dépuragdo dos resultados espurios 8 serem considerados na avaliagao do conjunto de valores para determinagao do desvio-padrio, das resisténcias média e caract teristica. Os resultados esptrios devern ser objeto de investigagao para identiicar as causas e traté-las, 6.2.2 Céleulo do desvio-padrao O desvio-padrao deve ser calculado pela expressdo a seguir: f+ (he) f= Mok, raf. + 1,65 x Sg xn Bs Sy € 0 desvio-padrao da central caloulado através dos resultados das amostragens executadas durante um periodo pré-estabelecido, expresso em megapascals (MPa); Sq 6 0 desvio-padrio adotado para o célculo das dosagens do concreto, conforme 5.6.3 da ABNT NBR 12655:2006, expresso em megapascals (MPa); 1’, 60 valor transposto da resisténcia de cada amostragem, expresso em megapascals (MPa); 13 ABNT NBR 7212:2032 r 6 2 média dos valores transpostos da resisténcia de todas as amostras, expressa em megapascals (MPa); 4 do os resultados individuais das amostras de cada classe de resisténcia, expressos em megapascals(MPa); fem @ atesisténcia média dos exemplares, expressa em megapascals (MPa); ” 6 onumero de exemplares da amostra; t 6 a resisténcia de referéncia, expressa em megapascals (MPa); fex.rot & a resisténcia caracteristica @ compressao do concreto tomada como releréncia, que pode ser escolhida arbitrarlamente, dentro dos valores agrupados conforme a Tabela 4, expressa em megapascals (MPa). Recomenda-se que a resisténcia caracteristica & compresséo do concreto tomada como referéncia (ex, rei) Seja a de um concreto frequentemente solicitado e igual ou superior a 25 MPa. © valor do desvio-padtao (S,) do periodo em andlise deve ser estabelecida com base nos mesmos cri- térios de amostragem (familias de concreto ou classes de resisténcia) adotados para o desvio-padrao inicial ou do pertodo imediatamente anterior. 6.2.3 Avaliagdo estatistica do desempenho do ensafo A avaliagao estatistica do desempenho do ensaio deve ser realizada conforme a ABNT NBR 5739, 7 Andlise do processo 7.1 Anilise do desvio-padrio A avaliagao do controle de processo deve ser feita com base no desvio-padrao, calculado de acordo com 6.2.2 @ analisado contorme a Tabela 6, Tabela 6 ~ Desvio-padrdo do processo | Desvio-padréo. Local de preparo do concreto MPa Nivel 1 | Nivel 2 rel | Nivel 4 Central $< 3,0 | 3,05,0 7.2. Anétise de resisténcia 7.24 Generalidades Oprocesso deve ser avaliado continuamente, sendo recomendados ajustes nas dosagens conforme observa-se variagao do desvio-padrdo, da resistancia média da central ou de determinada familia de conereto. Recomendam-se avaliacdes mensais ou em periodos estabelecidos conforme critérios especiticos de acordo com a necessidade. 14 ABNT NBR 7212:2012 O processo pode ser avaliado pelos critérios estabelecidos em 7.2.2 a 7.2.4. 7.2.2 Anilise por classe de resistencia O processo é considerado satistatério em um determinado periodo quando a resisténcia média dos exemplares avaliados de uma classe de resistencia é: fern 2 fe sendo fg = hex + 1,65 * Sg onde fem _ Garesisténcia média obtida pelos resultados de resisténcia individual f) de uma determinada classe de resisténcia considerando 0 perfodo de andlise, expressa em megapascal (MPa); S460 desvio-padrao adotado para o calculo das dosagens do concreto, estabelecido conforme 5.6.3 da ABNT NBR 12.655:2006. 7.2.4 Andlise da resisténcia transposta por familia ou da central O processo é considerado satisfatério em um determinado periode quando a resisténcia média dos resultados transpostos ¢: Pah sendo f= feb, ref + 1465 * Sy onde 1 Ga resisténcia média transposta, expressa em megapascals (MPa); Sn 60 desvio-padrao obtido, conforme 6.2.2. 7.2.4 Qutros métodos de controle Permite-se fazer uso de outros métodos de controle da qualidade, prescritos em normas intemnacio- ais ou estrangeiras como, por exemplo, @ ACI 214 ou EN 208-1 15 ABNT NBR 7212:2012 Bibliogratia [1] Triola, Matio F,, Introdugao & estatistica, Sao Paulo: LCT, 2008, 16

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