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Andrade, Mésto. de, 2608-2045 BGs jeetes da Utersturé, bracilelra.. 6,84, : . Te ay Marios 374, ‘ %, 200 1, Literatura brasletin = Hisiérla eels tes ie Beas eee TE tate, Gee foan 26e-1p-os exp: 800.508 DU: 80,0(82)—05 |, tndioes pata catdloge sistemético (EDD): 1, erature byosflelra :,.CHtiée'e bistéra 869.000. "2. Litorturn brasileira :;' HiGkérin © ceitlea 869,009 aspectos da - iteratura brasileira _ 58 alee . EIVRARIA MARTINS EDITORA S.A. Gua a morte veio naturslissims, com a mesma fatalidade com AMOR B M&DO Jaritve 0a eacottes histbrleos que’ orgauizaram o destizio do omen romAntieo, tm dos mais curioscs foi o de morzer nt mocidade: Morria-se jovem porque isso ere triste,e sobretudo Tamenthvel, “Mais Jamenthvel que penoso. ‘A imagem do rapaz morto est entre - mente penosas, @ 6 sempre a ‘mais imensamente Jamentéyel. Bonem que nio se completa, paisagem vazie om que a.imagi- pagiio tem eapago Pra Your —~ grande assunto pate invocagées, ere discurses pipocantes de “obs!”, Oh morte! ete, Secrets Bigonfessadamente o homem roméntico se inelingwa & morrer tango, ‘B quantos, mas quantos no terfo morride apense "ivan désse preseentimento, nom vale a pena imaginar!. Rntre os maiores poetas do nosso Romantismo tal presventi- ween fol de prexe. # & morte em plena juventade também, Hirmatives, set que sie wz ‘Bocado cinicas, porém nfo aio pri ‘nem pretendo com clas dar explicay Fo do Romantinmo. O que me pazéee incontestavel € ae, assim Gag existe pandemia de sulsidio, de tempo ein tempo. tomando coe cidade, om pais, o mundo certasoutres f6rmas aparen- jemente naturais de ‘morte, sto suiefdios também. | Suiei camufledos com que o homem, sl nfo consegue b. dos seus deuses, burla pelo menos a sua propria Suicida-se o mais bem inteocionsdamente possiva quo 0 ar move oa seus Yentns. a nossos [poetas romintieos foram muito vitimes desea jmagem do rapaz morto. Nio 96 a exntaran is vizes, especial- ute alvares de Azevedo, como viram suas vides eucurtedas, . alguns ealhidos mesmo numa ainda rapatice irvitantemente ‘nscabéda. 1B 0 caso ainda ‘especialmente. de Alvares de Azeve- Go. B tendo morride moges, uo geral poetarain como moges, 200 MARTO DE ANDRADB muito embora finjem is vézes formidével experiéacia da vida. Como ainda especislments é 0 ‘easo do nosso Macario, Assim, 6 agredével gente buscar na poosia deles og temas preferidos da mocidade, @ entre éstes eseolko, pela sus importineis, o do nenhuma que um dos mais terziveis fax- sgnem o rape 6 0 medo do amor, principal- alizagho sexual. Causa do noites de €do de si mesmos, porque o mundo cagéa diss Gonverte o mado do amor numa is ie fisiolégios Mea na verdade as mas eauses ora provenientes de educagio, de convivios; tais, proverientes de nessa psicologia, nosta sensibilidade ¢ ‘Nog roméinticas bi , que foram presiosimente dex- ramados, tere medo do amor aparece ricamsnte, Antes de mais nade, lembromos o poewa de Casimiro de Abreu, Amor ¢ Meds, . Disem as primeiras estrofes: unio too mds ete as df oer Gentge oan suplando.aores: ”* "Mn Deal ge ail! que ix agua!” Como te engeaas! mou amor & chams Que se aliments no vores Hmbore Cisimixo de Abreu tenbe inventado o tigulo mais apropriado to nosso tema, o sentido déste Amor e Meda logo se desvia 9 fiza noutro assunto. O poete, em ver de ter medo do amor, tem medo mas é de mbeular 8 virgem: - [tania Lscnlo Aone jo0306 Jed} Bagui entra » prituelre grande lateralidade em que a. timider do amar, se fixe nos romanticos: 0 respaito & mulher. ‘em gue og'nosscs romantiecs hospedaram os Heine, Musset © Byron, que tinham no coragie, porése a prépria manelra’ desa- ‘bowede, com que Alvares de Azevedo as véues trata a mulher, ou a retina caZedeza, dan minusenlas libertinagens de 0: Ge Abreu, edo provevelmente progam tes ¢ por isso exageradas, daquele mulher vire anja, virgem, orianga, excluem.de sua plenitude feminina veram bem maulkeres ‘os Ansrdas, Postore, Venus, Amor, ete, da. pestoragem arcade, ‘Varels, gum paso do Zuangetho nas Solvas (IV, 11), funde as virgens ¢ as crianges, pra chamar-lhes “aves de Deus”! mito Aves do Deuny ao virgens © as arlanges ‘Adormeoem rizonhas, ccaltendo ‘Nae asta de inooincla as frontee smntes, saldes pro viol&o das esquinas, 2 ngalves Dies tom um soneto de mocidade'ein que o des- tomer de amar estd delisiowumente expreasado: “Contudo, Luis) nfo sinto que ew ame nechune déles, rsbor, copeeg ong op eruaz fine. we, sogmit ye ae sob : 3 Spuprrgwozany « savreden ap ons an fod, gaa uaz0 1p ec seyzede uo! Up sosns08 f0¢ one mg (0. a “o8@q) ‘emxoua aie. 00.» on Singeos9 © p-208t fox ope ugde pury 0 300 “op nb 0 jenope ‘eon man vogseardxe sup WOR BCYUGNY, Ba OREN. syogeepey | TLacEyie HDT PEs ie Bp Ps ee: an Ht op no Tom rP ssénp v “Oarys[orad Ss yenrisvad YUNUVESEFT Va SOROWESY oD ab foo ‘ome O95, ‘eons: send too syitag? Heine Bf e aires Efe HOoH it 208 a 208 MARIO DE ANDRADB 7 ns de quinze:anos ou prostitutas; isto fangivels ou despreaiveis (2). “Alvares de Azevedo fer tudo em suse cbres, pia pass libertino.¢ Zarrista, Blacona de’ conhevedor dos vicios. entre og visios esclhs o-que nko & vioio: entre élcool e fumo, tem marcadissima preferéncia pelo segundo, como demons:rou ‘nis da Camara Ceseudo pela Revista Nova (ano In. 8). das a5 meldades do mulheres que ino mesmo pra designer a mulher pit amor”, “mulher da noite”, “anj Suas grosserias eram inais um desvio, mais ilnséo, mais inverdade, que o transpunham pra féra de ee existéncia ra- tural ¢ de si mesmo. “Daf‘o sinceros.” Spleen, fadige, nfo de blasé pripriamente, de artiste draméticn ; porém, que fizera da prd- pris vide que cantot em verso e prosa, c.imaginava ser & dele, uma falsificagio do teatro. : Em Castro Alves so sente sempre, on pelo menos mais que. nos outros, a mulher, “Ele fol de #6to ‘um. eexual perigoso, cium sexuelidede animal-bem cérreta. ff exatamente o con- vl ‘metn9, 9 amor featamal que 4 atraate emt prov bin coma falla'do cbjetividade mu denergto dos seue mores: sexual. ASPECTOS DA LITERATURA BRASILEIRA 205 Moreninha, om que jocente” “gazela” sogae “calada”, @ quando ola ofexece az flores, engana a “rosa'da aldeia” com | esta safadeza: . Nessie gracinhas Sle 6 mestze, como na Scovia Intima, eni ; quo pede beijos por castigo e no Juramento. Mais tipiea ainda ume certa constancia do perversio que Ihe-pertorze a obra carta: a do chiro da virgem desormando 0 “Basstro esiai- cmedo”. So longes de sadismo, porque de fato o posta se ‘eompraz em yér a peguena chorando. Quando no Lar éle pede amor, se observe ste detalhe de ‘ome quer ¢ amada: 306 wanto DB ANDRADE ‘Chocaste?! — De envergoshads, No teu pudor ofendida, Porque miche alma atvovide No seu palacio de, fad, B no 6 86° 0 poote invents einda-o requinte de beber ‘as lagrimas desaimadetas da pombe. Goorantz?I— @ Tonge ndo pute” ‘Sorvaite a légrime, pur Que funtoute « farmosaral * 3300708): ‘Oht men amen, Chore, chora, por-fever! ‘Neste mesmo Pardo: “Ay 06 lembror « recente marchinka carnavalesea —— (disco ‘Victor, srbozes DA LITBEATURA’ BRASHLPINA 207 No Cant de Amor: Bt rizon — rio, tk chopares -— cheroy +. TOR babe 0 prania que Banbarte & tet | B.guardet pera o fim, 0 poems Quando tx choras, em gue ‘tudo vein claramente confessado. Os grifos so sempre meus, Bie uote ae ‘poesia ¢ dirigida a uma vingem ¢ gentil don geles : . Quando fu choras, meu amet, teu 70810 Britha formosa com mais doce encaitoy Obt nessa jéade ds paiedo lascines Como 0 pracet £0 choar precite, Chora, meu anjo, — bebered (Chora, ehoray por favor! Em Castro Alves nio tem deseas coisas. Senmualidade sa- dia, mareadamente vizil, mesmo mas mais estlisadas metefo- Sos, como no Gesso e Bronas, Nio ser& preciso doeumentar & + “Dpfetiidade oom que fle trate o amor ea mulher, | Todos eo deetdiso, Apenas nfo.ris furto a lembrar como aio o eotists- vevalar am “oxo”, “vixgem”, ete:, eongorme a constinoia do tempo, & no Hino'ao Sono: 208 MARIO DZ aNDRADE Assim, Castro Alves ¢ dentre os grandes vomantices, 0 ‘que mais esgargadamente poetou de ataor e medo. Est claro: também versou o tema nese sequesiro preesrio ¢ geral, eotn wgue 0 amor e medo se mostra ne poesia de todo xapaz que ‘vorssja: 0 tema do “emar sem ser amado". # de.2ato osta, ‘a maneira mais fil da gente escapar do medo de aor ;.¢ por ela deverd se explicar seseenta por cento das trovas ‘oom que os Tapares ge queixam da util “ingrata”. Se. afastam da expe- rignela de amor, eriando o amor irresliadvel por’ ingratido, no correpondéncis, infidelidade, © outras aseapatorias as. sim, Castro Alves, que mais tarde ¢ com outro vigor, 6 quei- jurri (e notar a tiaseulina propensio dele i ldade de vide, sio mais sem ser amade (¥. Mar- tirio, Noite de Amor). No engragado Cansaga, se percebe o thenino que eoté fnginde do amor: Porém mesmo isso 6 mfnimo nele ¢ perderi cedo poiyue ‘na verdade nfo hesitou xo amor. No Amemos dle fala em ter medo, ¢ apesar de pelavra vir como rima de “segrédo”, 6 ex- pressive, cai muito hem como detalhe psicolégico, 1 o finico modo posefvel pros que néo tém medo de amor: kquele cao- tien paroxismo sensual em que o géso verdadeiro do amor se obamabra-na dusia dum temperaments eandaloto por demais Que treme, nfo de timides, mas de impacifncis, incapat de es- evar Reljer tex cole... Ol! vamos minha amante, — Castro Alves rapazola, ASPECTOS' DA LITERATURA BRASILBINA 209 Abreme a seio teal Casimiro de Abzeu, que aliés preferia a tremedeira por timides, uma feita descreveu Sse tremor de ensiedade, que Castro Alves tio bem expressou, ¥ nos Segrsdos, quando galopa: ‘Treimmos de modo... a hoes exndece ‘Mas contanvee c2 pulos do meu: coragfo! Seu seio nevado de amor et entumere... E ot lubios ee tocam np erdor da paixéo! ‘Deis passos por onde a gente, peresbe que of nossos oman ticos quando queriam, eram bem realistas ¢ expressivos... (1), ‘Mas Casimiro preteria tremer. por timides. Na Pobre eriamga que te afliges tontc..., escolhendo adorar a amada ‘ora se adota a Deus, éle reconhece: * No soret triste: a te ouvir’ fala ‘Tremo ¢ pelpite come teme o mar...; em Quando? 6 # Maria que éle se compras de ver iemendo: Como treming, oh vidal ‘Si em mim os olhos fitavas! (1). Alvazes de Azevedo (Il, 270) ‘cambém toca, muito malt Snexpres- sivamente nx mene tele: Dewwaiome de amor, deseoro ¢ trend. ‘Morro wor m= bachs 9 peito lang: Men olher se esourece ¢ en te procur. ‘Gomi on labios sedentos. da Minhe Amante 4.tho frnoo, téo iaventado 2x0 | MARIO (DE‘ANDBADE “ cpg finalmente io Baile espesinher a prépria timides, faxendo etd falando: Lo : ‘Tremia gaande foleva Em pobre tonto — chamava © bile “alegrias fale"! «Bar goito mania denne falas Jue me murmarem nee oils + No pitornelo das valses, “Alvares dé Azevedo, que fol quem mais realmente sentin overou o amor e mado, a nfo sor na penager olada ards, Tarfesimé s¢.confessou tremendo de amor. og % que o pauliste néo teve apenas temor, mas uma verdadeira (quv's ameda fem um nfosai-qué de grande e imacnlado-que & fan estremecer. ..), 6 repetidamente-grato a.Alvares de Aze- ‘vedo reconhecsr que a amada treme, Porque, valida inocencia, ‘Op olhot tous em dormércia Nas Soudodes, a imagem da esirtla faz, @e sentir que aime da amada esth tremendo: ° AGPEOTOS DA LATERATURA PRASILATRA an ao que ajanta ainda o tremer dis mos dela, nas estrofes do Quando falo contiga. ..+ ‘Ohi aunce em fogo 0 teu ardente selo ‘A meu pet fuatol que amor defishe! ‘K fopto epenss ox seni medrona ‘Jun gees mio teamer na minal. Vins deixemés ume ver os tremores, 2 voltemes a estudae a RUST que a da Minko Amonte, do’ Alvazes devirevende identiea situagio: rentse as sfsmay de tua alma, omen, delirante, Beber de amor fe primes ‘May que da um desengen tom miele E guardoe dentre dala o sec tegrédel “tsté oe vendo pra que aspéto novo se desvia 0 medo de amor agora. , niio médo de dmar, porém de, encontrar % desengano, a ingratidéo da amada — o mesmo medo de amor ~ que Juvénel Galeno pleiteou no Medroso de Amor: ag MARTO DE ANDRADE & i Hoje fajo das spulheres Com medo des insensatast 4H nfo deseubro outro aspéte, pelo gual o amor @ miedo so tenha manifestado na obra de Castro Alves. Pre terminar também com Gasimiro de “Abreu que, come om 0 dede impino se pobres Hoses da. grizal verdade 4 que sofreu muito poues o medo de tena dado numerosas frases referiveis a tle e i title apropriado a tsse estado-de-alma juvenil. Ramalho ‘iiupreasionado por ésse ‘Sinlo, deseobriti que idez adoravel, que € sempre insepartvel do ésté, retratade com invejéveis Dra vingem si 0 Lado male exato e gracioso de Casimiro de tar algum'mede de amor, esté numa tal ou quel preferéncia do conko sobre a realidade. Por trés vezes ao ‘menos, nes Primaveras, vedere visies de mulheres que ama, ou que amaria ei fossem realidade, Na Ilusiio: jp pee 9 ms neg jm navlo nay Sombra Boe pope cae ost to adore Como se v4, também nessé pasio 2 amada “chora e ri” B desaparece, Mes: < Nos Desojos também desereve. pormenorizadamonte wine “mulher formosa’ (ne me aparece ein visio”, pra dar A, defi- ASPEOTOS PA LITDRAZURA BRASLEAA 218 nitive £6rma desse constiacia nas estrofes’ de Visdo, em que conta amores apenas iniciedor num baile, traca dum’ olhar, ela acompaihando ao pisno 4 lire simbélice do poste, pre nun- ca aparecet- mais, mostio que um sonko, Quanto © Fagundes Varela, ainda om duas péginas fale em medo de amor. No Disria de Lasars, axeim que casa com Lnoilis, a felicidade taxianha, gue We, ce, volta pra Deus, atemorizado: . iy epee ed See _ Per um aublioe pologo! ‘© medo de aniar aqui se xesuuie a um receio, a um pres ‘Mas na Juvenitia qhe aids a natureze. Caatro Alves, Alvares ‘de Abreu, 0 bem dizer poueo,a sentirazn. ° Gongalves ixou, inepirades por ela, uma ou outre’ rara pégina mais numeroses maorniddes. Varela tinha a. obvessio aturern, & que ais, com a beleza sonora um pouco ass do seu verso, le 46 um polido de oliogravura,’em que setents’ por cento das vezes a gente encontre ume eterna e irri- tante.erseata, Mas nesse poetin setimo fle funde e'confande vigorosamente a netureza coma mulhei ainada Quando, beh teu halite mais pare Que © balejo inefavel des exteran, Enno on rosens labloa" que" aviventani "Tmocteisprimeverss, 2d, MARTO DE. ANDRADE ‘Oh wu ze adoro como adoro & noite Por alto mer, som lux, som claridade, Entre ae reiregan do tufio bras ‘Vingando « Imensidadel ~ Como wore as Hocenas po + Quen aus Ivan ocene je 20 eonbalam nos coquelsoe "Aa rides dos selvagent ‘lo 6 aduhiravel? temos af © téma do amor ¢ modo, vem desvio, na sua mA dade da psfeologia do mogo, ‘Varela fae da.amada wm dos elementos furiosos da naturezn @ tem medo que.a tempestade, o furacii, o mato.virgem, 0 dé- serto, vengam éle na luta, . > -Chagamos a Gongalves Dias, Gongelves Dias versou pon- eo'o medo de amor, porém, nad igualmente adiniréveis esttucias do Ainda uma vee, Adeus! di mais um aspéto do tema. 0. poeta ama e 6 amado, porém sacrifiaa o dau amor porque um okive qualquer, posigdo soclal provivelmente, @ indue a isso: Mas ager sempre, ela também no se eiqueceu déle. B pede perdio: le pereebe qhe, apesar de ser de outco 6 pra- ASPEOTOS. DA LITERATORA. BRASTLELRA 215, “Ela 6 fells (me dni), ‘Sea detcanso & obta rhlaha": Negowso sorte merquinbs.. Perdéa que. me enganei! _ Wlver contente « fais Pordo da minha miseri, ‘Dé dx que me tala 0 peito, Bai do mal que te bei feito, Tembin do tal que ae fil ‘quo assim j6,Fizera, e tudo se pasaéra tdo bem, nas estrofes da Como ew te amo, Nesta poesia, amada p6 saberé do grands amor do poeta, D’Arvers, depois da vida, quando estiver,in-; sexnada ¢ angelica, noa lugares “onde @ Iuz nunca feleos”, +. Si chamo a atenglo pra Gate eousélo de amor dentro de morte, € porque Gongelves Dias tem uma, filosofie, pessimiste do amor, bem wagnetiaus, pra no disér shopenhet parece mesmo ser éss¢ o lado por onde o medo de Dhor ng obre dele, Achs frequentissimamente que a mulher 15, 98, 107, 16%, 184, eorresponde sineeramente 20 amor, em vos de preferir que éste se realize, deseja, ou acha preferivet morrer de sor. Ningaém ignora o entusiasmo dionisiado com que Ale provou que “se amorre de amor”, Amar ... +O Whoo «0 essardmo dente: + eo € aor, ¢ disc anor #6 more Na Analia o posta diz para & amada: 216 MARIO DE ANDRADE i ASPECTOS D4 “LITHRATURA DRASILETRA tie ‘te uina ver! ouvirlhe 03 neentos dd brands terniira; que’ od I iin eee ot et rasio derraima nos 1ébies, ¢ depois morsel: Certo, minbsidoee ge ale cea gage ne o inatanto oth que me. dinpgie — on $8 am — foi Ee ee eee de morte ‘o meltor instante de me cravarem um-punbal no. eoregio! Heke oe mo q iver ‘contign, 36 cimtigos Dorém mars, doce = ‘mais doce — morrer aqui" a ten lado," em tous Nao sebee! por te amar daria @ ‘Alb q gts extreme que em mou Fi ‘f bem j6 wma coneepefo axisiose da eniquilemento, dite com vig6r, a gente pereebe que 0 péeta Bo eatd eponas fazendo mostrar que 0 tema medroso do-morrer no amor rT “uma coneepgéo intimamente dle, WB de. fato, ‘persorre tide. 8 obra dramética de Gongatves Dias, terive no ® ‘por amar noe versos do Protesio # doe Olhos Boabdit, o rmsis sueitito e firme Tristdo ¢ Isolda, naquele frake Verdes: a morte de amor ihe percorre thds & perie sale done de Aben-Hamet (qua aligs 36 fora pré guorra, como Aleofora- olante, mais conceptive de 1 a teatro, rim textro (1). 4 oj 26 pre morrer da, amor...) quando Zoraima! The oat nos i ‘No drema Poth ta pede speaks a Nemry que . bragos:,“AN6] porque nfo me fulminas neste momento ye | aiga que o ama e 6 por isto daré a vide bendigendo o nome ‘Acai someepek ‘ . . dee “Muito mals Apicamente ainde, quando Petkull vence ot oneepa, pate oe tao te quer & definitivamente o amor de Namry, els 56 0 que cimeja: °° rorter equi nos teus beages, deixendo no timo suspiro, ¢ gravando na magqnéria o teu nome inter jo, que acabar nfo poderia”. Ne Leonor de Menidonga, Aleoforado renuuncia, « qualquer possbilidade de congzinte da duquese, ¢ quer partir pré guet” ‘de emor, Recusa as cartas de The poderh dar postos’ bons & le quer 6 posto forte certa, , Tambéra nfo pre~ tende aleangar n osag qué conquisterh @ ama da pra Gle, quer jvamente morrer de amor. B a vemineie, a @nsia de eniqul lamento, H tanto mais tipica Sore o noteo tema do medo de amor que, por se considersr , PA Nortorrivo, o que vai partir © io voltaré mais sues, Hie oo predispte a (ia dizer: sente eoragem pra.) confessar duquesa o sen amor. * protegdo do dua jquisda Ba € Je Alvarey de Azevedo pel ETT 218 MARTO De ANDRADE -Armiie-texe por éle uma-adoragio muito inféliz; eo outro “grande ‘estimulo familier do poeta foi a mana Matis Lnisa, yam inténsamente mio ¢ ir ¢ falaram zauito nels, Bem’ rintuinético: Castro Alves nfo. le, que foi-o mais sexundé o grups, quasi jenora nos verso8, o que nos outros poetas & ‘ina constinela. Se lembra da mile (mie dum amigo) em ‘véraoa, choches: So lembra da imé, s6 ‘pra gostar, do plano Tubenitia, também evoca as deliciss dé ter whe e irm§. Gon gatves ‘Dies, também versa por vities vezes otema, o dedicou ~ smana, um doa seus mais belos.poemas, ay Saudades. “Tanto ; maste, como no “Tid, bem'longe daqui...”, em que-celebra morte’ da irmi dum amigo, deixou expressées sentidas sobre a, felicidade de ter’ imi, 5 curios lembrar ainds que na ‘Mendiga Sle faz imagem com ino o irmi: °" inda Gasimizo dé. Abtet, .c mais fipleamente, inuntja 0 ‘eink por varias veuss.. 6° yram, disso; Ne Poesia. ¢ Anior.agha:” * ad preogupagées ‘egm tuiléts‘éintninas' prinipelenta’ « cdo vouiido da, condenta de. Tguagsi; 0, protutdo:deafervor da oufecanr "pantelsta” nn contemplagho- dx 20098 s Bootes choeres 18 mogae piratiningnnas, Tudo iso cath nes curtas. feydlades por Vie Sowa, ASPEOTOS DA LITERATOBA BRAGILEIRA 219 Os grossos mais ternoa, Os basjos, meternoe ‘Eon worse da emi... frmé sempre fondidas.... kt primavera! ob minke me queridet Ont Sanat * com: deeperdfsig de intorjeigbes. Mas 6 sempre, ¢ agora sintomiticamente; Alvaies de Aze- vedo 0 que avovave versa o tema de mie ¢ irmi uma quest cobcessio, ‘Um dop momentos esplendidos do Afacario, a coisa mais genial que 9 poeta oriou, quando o estadante esouta vm i, eypebginta de quem 6 Satan: — De certs que nko-é pof mim... Insensato! nfo divine que est. ves era do tua mée, que on oragio tro por ‘it " ‘Mavario; — Minha ‘miei minhs mie - Saton: — elas tripas de Alexandre Borgia, choras como tima erléngé! a Macdrio: — Minhs mié! minha mie! \, Seton: — Bntio... fleas aft Mocario: — Vei-te, vei-te, Sutani Em nome de Des! tm nome dp minha mie! ex t6:digo: Vai-te, Niis Zdede Intimas, talves o que fea de, maior eomo poosta, teristics da materia psieolégice de Alyares-de“Azevega... Jam, Plexo de Wdipo, dirfio os paicanalistas,.. Mas a mie de AL || “wards de- Azevedo entrow também uo, jdgo.muito...' elves detalhe exquisitissimo; ela relata ao filho-o pesadolo que teve! + Bo que afirma Jaci Monteiro. H menos de trés méses depois, i quando o filho sdoece pra morrer, ela Ihe oferece a propria cama, afirmando sinds Jaf Monteiro (e 6 psienlogicamente aceltivel ste esquecimento em concifnoia) que ela estar completamente eequecida do que sonhdra, Alvares de Azevedo recusg no momento, pra diss depois pedir 0 lelto da mile, onde more. Nao me parece possivel, diante de eertas nogdes eontam. porfiness, de psicologia, “acsitar como simples dados do senti- mentalismo roméntioo ca } enores que dei désse caso, Tan- to mais ajuntandose a ledicatéria da Lira dos Vinte Anas, Aceitemos lealme Joaquim Norberto, que tanto 4 mile eomo o filko, fo de seus purfasimen. armores, Nos Boemios, oom bastante mau-gisto, encontramos a do feto fazendo imagem : ssa imagem do foto; que fot Alvares de Anevedo, esis, 0 nico a: sentir dentre os nossos grandes xoménticos, inda Ihe ‘volta n0 2acario (IIT, 810). ‘Na destrigao dos amores sexuais, Alvarés de Azevedo sinda encontré repetidamente imagens de-maternidade, “Tanto xo Poema do Frade, como na Gléria Moribwnda, a smante embala 20-colo 0 rapaz morto, H, ainda no Poems do Frade, os veraos i dizem: armen ele do moan aun ante, epouan, son 03 Qual em seto de mde, febrd fafantel _Alveren ‘de Azévedo. “Bo seu. delir + covinciente, o seu maior gogo incomsciente, a xazSo mais iinpor- tante da sua inexperiente rapazice, @ curioso mesmornotar ASPHCTOS DA LITHAATURA BRASTLERA 22a guida (I, ps, 269 © $68), e com mais vigdr, ia: A imagem Ihe to tho gr ‘qué a deeorou ¢ rapetiy, pla- giendose... Bi nouto: pass 11), chara @ emante: fon: didamente lindo perdiio ao’ Tmperador pra Pedro vyossa mile”, 0 que aliés pbde sor. tom: como Inger-ecmum, faz Bovage (I, 287) scuba ameldig: vio a mie, em verses cujo: tebe Imports psieligicamente mito : Mylene mi joton Nido soubesteaperter, i . Ones cope fold Nas rardes' que Penseroéo. alega pra que “se acorde o eozagko de Macatio” (IIT, $14), vém findides o“amor de tua mie, as légrimas do’ teu" amox”, Sintomaticamenté: nuw se. gundo poeme dedicado d Minka Mas, cvoce site’ como nee “Madonas com o Orianga”, dos pintores: © Be ty alin, eving, cam Madoaa Que nos embain ne ineshe de vide, ‘Qee a0 amor indolente se abandona E beja ‘umm otiange aermeaida.., B, msior sonetista que foi denise’ oe isetos nino ‘quando xtim sineto.pede armorte pres “trovador sem srengs * inde tem umasderradeiras, Palavras peainde perdéo a mie “ “ee @le ama ainda”, Por tudd isto pereebe-se que.o amor pele mi anormal, pelo menos absolutamente 222, Santo DE ANDUADE 1 ipambém a ixma o preoeupsu muito. No filtimo sonto da | Noite. na Paberna, adrairdvel, de urdidura romani ‘se: passa entre ixmaos: profanadal pelo irmao, qu miata: por is:0, otro inmio ; de tudo ressaltands muito com. violenta.censualidade, a: esplen i orionge! Quantos ssios-de mivlher beijesto além do seio de tua’ ‘ama de leitet Quantos l6bios além dos de tua frat” De,forme gue 9 nosso Macirio fez 0: Desvonhecido dizor do-dfacdrio que fate fala como si forte wm saciado, man tendo ‘ainda 0s Beigos, de orlaniga. : __ Tessa foi, a mou vér, a yaalbr eanga que levou Alvares de Azevedo ao medo de amor. TFicou timido, ao mesmo tempo ‘que.o amor sexual Ihe repugnevs, No Gap. IX da, parte III do Livro de Fra Govidiearia isso * est bem indlcado:. “Porque:maldizé-lea, esas, miseras (pros- titatas), » quem a Yimider de voss0 coragto, ou. 9 orgulho de vosea alma de poeta. ». J& falei que Alvares de-Auevedo lardeave, de dessbueads em amor} mas Satan (IU, 300), respeitona, acha que 280 que o amor. B por 0 poeta, se folsifiear de extremam: ivide em prazerss’aino- ‘da amada ingrate on 'infiel, do “amar sem ser fzegéo que fas de: si préprio. ASPEOTOS DA TATERATUBA BBASHLEIRA 223, nos-sons vinte anos, porém nilo se realiza por causes obsotras, ‘por eases que 0 posta nfo diz claro, como 6 o caso das Sauda- des, da “virgem que sonhou” na Lembranes de Morrer. ‘Muito expressive disso 6 aquele passo francamente extravagan~ ° te, pra nfo dizer amalueado, do Macario, em que. Penseroso ‘tee uma gritaria danada porque a Ttaliane nfo 0 ems, quando ala est flando que avia sim. Mas € sempre'o estragoso amor fo medo que fez personage fugir do amor... —‘Te amo, - Penserosol — Qusl! nfo me amés ndol Pensstoso prefere ‘amar sorinho, que néo tem porigo nem fantesmas de derrotas ou © ‘preesriedades de qualquer especic. Bra’ o aspéto mais lamen- fével do. amor, porém ménos dolotoso prés dévidas ¢ hesita- ges do Tapas. Mais outra vex em quo Alvares de Avevedo tange o amar sem set atoado, ¢ no Pasma do Frade, em que descrevs a “ex- tétua” numa posigto importantissima pro medo de amer: dor- mindo, - Foi sae 0 jeito que o rapaz deseobria: pra’ disfargar peu medo e evitar a coreografia do amor:.durmamos! O #on0 € 4 mais original invenglo- do sou lirismo, Adora dormir, No Spleen'e Charutos dia pré amada: Amo-te eonio o vinho ¢ como,o sonol; coisa que repete no Conds Lopo'e no Pooma do Frade: Amor, tebor, dormir, eis 0 que amars. Nas Zdéas Indimas considera o sew “leito javenil” como a “pfging de ouro da sua vida”, @ evoce os atos de amor que - nele praticon.., emsonbo: =. vos 228 MARFO pe an'bRape . Gus bio aajos Deus que oar seis tomam A tronte do posta qus decornaal Grifei as imagens maternas‘que também neste passo fre- quentam 0 desejo do poota, B se observe como frequentissi- m , om quasi todas estas citagées, Ble eat expressiva- indolente, entregue, sem uenhuma iniefativa, sem ati- ‘Ainda no Desalento: AbI ietis quem dormiu ap colo ardente Da uel dos amare, Que sofroge bebeu 0 orvalao aunto Das perfumades Sores... Ainda no Zivra de Fra Gondicaria repete 0 diwejo de dor- mir no colo, O sone que tanto aspira, nfo 6 pra éle apenas 0 momento para, Lbertado dos perigos do amor, sonhar os atos do também sabe apreciar o sono gem sdnuho, o sono que & ia da vida, como esté na sitabologia de Gantiga. Mas ainda sspira dormir filielmente no colo de amada, Arnold (IIL, 418}, nums trapalhada que 6 preciso lax, pra se observar em o-quanto op sentimentos naturais de Alvates de Azevedo se sobrepunham ao que élo inventava apenas com a intelighin- fia, pedindo pra Giorgia que Ihe sente nos joclhos; que. deite s cabega mo ombro dele, o que quer pasar ume hora no seio dela, derramar lagrimas no colo-dela, e confesser-se, fazer con fic eontar como. 2 & alma € 0 passado,.contar filjalmente ou Zraternalmente tudo. Mais que o. prazer ativo do amor, o que Alvares do Azovedo espira § dormir, mas dor- mir de verdade, passivamente, no acio de amente. Dormix de verdade ¢ até morrer, como na nota, atris,em que Macério fala em morrer de amor, © Conde Lopo quando abre o coregid ao mogo suicida que salvou, evocs as “dormidas horas com mulher”; Gennaro (ZI, 396), tem eoragem de profanar Laura porque, acordando * do'sono, 2 encontra. na cama dele; o primal + obra de Alvares de Azevedo, tio al , Gualguer eriagdo dele, ASPEODOS DA LITURATUBA DRASILEIRA 225, Bios @ Sangue, publicado na Revista Now ‘evoea Byren e og aromas (!) de Veneza, foi adormentado por tous aromas, ‘com a fronte caida thos dessa mullicr bela”. Q amente dormido frequent "0 que possue 0, inedite, ntedo “adormecendo’ nos: inda no-Poome do Fra- Em Minho Esirsla, o eatite Dragos voluptosos da estrangeize é, 0 posta aspire voluptosemente “dormir ecm. a’ loura -peito a pelo”, Porém a mais Bonita e innis megrose eriagio que Alvares de Azevedo invent, nesse desvio do amor e meds pro dormir no amor, néo esté na. aspiragio ao sono, ou na {imagem 'do répas esté. sim ma imagem da amante dormide. Que Boeta péds gosar o seu amor, junto com a amada dos pavores que o pateeguerx. Azevedo ensontrou & imagem coustra impressfo enorme no paulista, Fez do poome do oritiéo} traduzia ‘em.verso sigumas ‘pessagens dele, ¢ justo a cm que Rolla :encontra ‘Marion dormida, " = ‘Atuagem de aitada dovtindo pide dis gus 6 toda a undentemente fréguenia ‘Uma poesia éle “dedica exciusivaniente a esea imagem CU, 36); (IT, 47): . . : E fez ainds o meims ne Contign do Sertansjo: 228 MARTFO. DEANDRADE ‘Adarmecer docemente Avapite ne pelto meu! ° beni como na Tarde de Verio, ¢ ainda om C.-(TT, 98): ‘wisgem de Deus com tal puresa! a lags a dormir... (1, 856); "Rie dorme: Silicio {oh ile Bela! “Beep 6 pefume 06 dermame o vento ‘non eabeles de enaida doselat ‘Vem comige, maneebo, aqui sentemo ‘Bla dormae, (ID, 384); ¢ binds em UL, 62, 114, 174; 201, 231, 249. Ehtéa acalantos pré’ amante dormida, como no Conde Lopo (p. 27); Ihe peds que acorde (LI, 18, 18) onsado; inventa de olhos abersus, pra: estar mais proxima da ~gio verdadetrs ‘ASPEOTOS DA LITERATURA BRASILZIRA 287 que ambos durmam (I, 225; If, 81); e (11, 89) tein a inven- ante requintads do sequestro, quando imagina que @le dormindo sonka com ela dormindo! © Sem contar qué deseja ser om que ela dorme, © 236)! B, pois que ela em iemores (II, 76, 37, TEI, 817) quér vee e beijé-la de amor; enguanto Macari eve, embora fosse adormecidal Detathe tanto mais importan- te pro amor-e medo, que o poeta concebe possuir a amante dormide, jolfieri (que lids jé déixon.a condesse Barbora quando rouba'o cadaver da igreja ¢ quer saciar-28) verdade esté posouindo uma bela adormecida, pois que a moga fra apenas tomada diim sono cstaleptico; ¢ noutro conto da mesma Noite ne Taverna, Hermann também encontra 2 duqueze Eleonora dormindo ¢ p'ra possutle inde She a4 um ‘nareotico! B o.elimex do sequestro: o medo de amor inventa a idéia de possuir a bela adormecida, BB nem escapon a Alvares de Azévedo o confossix inadver- * tdamente que.era bem o medo de amor que Ihe fazia inventar a imagem da emente dormida. ‘Em. duas passagens, Nos Pensomentos Dela, o amor 6 medo,€ pegado om plena egio de criar a imagem. ‘Destaco trechos : B gee elma dormids pepiands. No taio dos teus ollios se itumina... “0a nomes dos quis 228, MARIO DE A'NDRADE Mai quando 0 tea am E tu, seguions ¢ langu © eminleces a0 slo voluptucne Eg boljasee dos labios no euler Quando trometer main nfo te docra Sent que mevse pet que ‘ivera ‘Marchou ¢ vite em flor? B ne Teresa afirma definitivamente: Nio acordes tio Eu posso - Mas quendo Nio ouso te cedo! enquanto dommes Creio ter demoustrado pelos seus ledos varios, 0 sambi- ahs de sequestro que o amor 0 medo eevacoteoa ma: excessive mocidade dos nossos maiores postas romantics. Todos o sofreram no espirito « o'vencoram com maior ow menor Zacilie dade. Menos Alvares de Azevedo, que parece nfo ter sofrido Gele apenas ino espfrito, que o sonverien na propria razio de ser“ da obra dele, e telves da morte também. Embora Ihe eresceasem as esperangas, a8 vitérias, as felicidades, § sabido que Alvares de Azevedo foi gradative medida que aproziniava ¢ Um anos ¢ préssente que vai morrer. Quer morver,Abusa mesmo do desejo de morrer, no caso de ajuntar a sua prépria Gata mortuaria na parede da pensio em que estavam eseritos istas mortos. Porque morzer, si tudo 0 Porque tamanho tédio real, que a imi- predispunba 4 vi ago dos enropeus nao é suficiente pra explicar! A nfo ser que Ihe entediasse a genialidede Iberrime, tudo 0 que estava 3m Soméndo ela, ¢ prepunciando ¢ nome dile, depois © que fol que ela sonhou: Falelte désee sohigo Quo os Tablog abriute: a edo... Mas 1a fugindo guardeste Daquele'sonho © esarédo, ~ AsPEoTOa DA LITRRATURA BRASILEIRA 229 “ botendo’de falsifieagio em si mesmo ¢ nas obras! Hi véring constfneias e potmenores nos aseritos de Alvares de Azevedo, que poderiam nos levar a suposighes psicopatolégicas que nig ‘me interessam aqui por sezem apenes deeta ou daquele indivi. duo. Nao ttm o, valor universel do feme do amor e medo, que § de todos, “Mas nio me assuste imaginar que em grande parts -foi o medo de amor, a incapacidade que Isvou Macario 2 so ‘momver, E sob éise ponto-de-vista, inde a gente poderd esta. dar certes detalhes do posadelo do Conde Lopo: a obsessso do rio, & capa que os diabinhos tixani do conde, a recusa de amar © esqueloto.... vivo dé stitute, ets, Mais importante ainda mulher-anjo-horhem assexuado quo um anjo, Hé ¢ineo mil anos que ela © anatsma duma vinginddds eterna, « og apetites lascives, mas nfo péde amar, Todos agueles em. que ela toca se gelam. Repouson 0 ssi seio, xogou suas faces em muites virgens « prostitatas, era ‘muitos velhos ¢ eriangas, bateu om todas as portas da eriacko, estendeu-se em todos os leitos e com aléncio... Essa estétua ambulante & quom murcha 93 flores, quem destolba o cutono, quem amortalha as esperangas”. “Quem 6%”, Macario pergunta. Mas Satan muda de conversa,

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