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CEP BASIL CALALOGACAONA FONTE BO SWSDICATO NACIONAL DOS EDFTORES OELTVROSAI. ie Wed: osc, 195 “Trbatofor do webuly uaa enagraa iy pocrgSe/ Pheer sextgiofokeru Cova - Rieder Camo, 30%, Stipe regen Talypede Le trad bebe Poth: Ona toad dis peytes Intloton BNS74SS 17 301-9 canal de emprego «Fang 2. Tastes Fanga-Uose or tues 3: Eoget L Tin. ens Florence Weber TRABALHO FORA DO TRABALHO. Uma etnografia das percepcdes Tradusio Roberta Ceva Garamond Copyright © Ferecce Weber, 2008 Diceios cedidnes FEdtora Garamond Lt, Cais Postal 16.239 Cap: 22-222.979 Ro de Janire— Brest Telefe (21) 2508-6211 emai aliion@yaramoed com be Copidesque e Revisio. Mariana Arcurk Gna ‘ida Goren [Andeson Lest Paorasto Eleninia leie Otters het» Eg» Fete RErvstiaue FRANanse Cerowsroge. pubiédoas le ene 82 rake dela France au Brévitet du Programme die {ila Publication Carlo: Drummond de Andrade, Binifcie cy soctien du Monee ranges es Afnives Eeangiren et Buropbennes ‘Prana Br 20092 Vdenée ota France xs Brésil (21 avil~ 1S nosembee et onsets en France. par te Connissarietgantralfranate, le Mestre des ABfves Strangines et Europicnnes te Miithre de fa Caltre et deta Communication et Cubunspatee; + Bris, par le Commissariat géniral résllien, le Ministre de fa Cure ete Méntce des Relators Estiricurs Este tnt, publicado no Smita do Ano da Franga no Basil ¢ de progana de axxo 5 publics» Cavtos Drunmonl de Andre, cance coe o spain da Mlstire laneés as Relopées Execores ¢ Bumpin, Frang fr 2009" An da Franca no Brasil 21 de abel a 15 de acrentro) ogasizalo: + na Franps, prio Comissriado geal france, pelo Mininéso das RelacGes Exteiores € Euopias, pelo Minirio ds Colors ea Comunieagioe por eltuesfrane, + fo Basi ela Comisarndy gra brass, pelo Minit da Cae pelo Minisério, dss Relpses Extevoves Sumario Preféeio. Tntradupio Primeira parte - O officio de etndgrafo Capituto 2 - Principtos de método Observar, eseutze 27 Copitato 2- Em direc a uma auto-anitise A emigrada que reioms.... 37 ‘Ua pesquisa anterior Quis atiangas efetivas? Copituto 3 - & elaboragio dos conceitos Hipéteses e pressupastos se Sarpresas da pesquisa e tentativas de intenpretagd0 ose ‘Reorganizagio da refiexdo: trabalho paralelo e cenas sociais...... 65 Segunda parte - Formas e fungdes do trabalho paratelo Capiuilo $ -.Aimportincia do trabatie paralelo Encontrar a palayra cent: categorias nativase andlise sociolégiea ...72 ‘Nao ter nals parsetamente”:indolénciaou submissio a fibrica?.....B1 Capitulo 5 - A dricote: autoconsumo ou sistema de dons? Empréstime de espagos. ‘Matérias-primas ¢ ferramentas: presentes ou recuperayao, 0 cédigo dos presentes. o “Dur gorjeta": uma relago monctiria ao mercantil... Acomida, ums bricole de escolka.. ‘Dar prazer, se dar prazer Capitulo 6 - © ideal da profissio independente ‘Aagricultura ea fibrica:idss e viedas Peqqueno comércio ¢ ertesanato: tentativas de abandoao da classe operéria?, Captuilo 7-0 segundo salario e a ambiguidade do trabalho paralelo Dupto sstisio, duplos constrangimentos?.. Quais interpretagdes confer a0 trebelho paralelo?. 5 perfencimentes locais Capitulo 2 -Espagos residenciais e trajetirias operirias Bairros operscios na periferia da cidade... Um campo operatio. Diversas trajetérias residenciais. Do espago de encontros possivais aos ‘grupos de interconbecimeato 118 136 m 187 Capitulo 9 -Cenas sociais: compartimentagio on interferéncias? Um exemplo de compartimentagdo extrema: uum téenico na cidedezioha...... - “ Ainverferéncia das cenas em Montbard ¢ suas consequéncia.. 194 201 Capitulo 10 - Orgulho e inveja: erigeacia de igualdade ‘grupos depertencimento ois conceitos nativos e sua interpretagzo. Pertencimeatos teritoriais ¢ exclusdes - 232 Conctusta - Esboca de andlise dos gostos populares © gosto pela atividade. 2287 ‘Valores e referencias alimentares. 0 goste pelo acaso... 249 Posfécio- Uma etnogratia das percepydes Uma etnoprafia das percepts sensoriais Retorna estética da produgao... Os quacros institucionais da ago ecoabmica BibliograGia... Listagem dos mapas. Listagem das siglas Prefacio Este livre € a reedico do meu primeico livro, publicado em 1989, com o thulo Le travail d-r01é. Etude d'ethnogrephie owritre, 20 qual foi acrescentado como posticioum ensaio redigido em 2009, inttulado “Umm cetuografia das percepsdes". A pesquisa etnogrifica foi eferads entre 1978 € 1985, juato os eperérios das usinas Valloures de Montbard, pequena sub-prefeitura do departamento da Cote d'Or, na Borgonha (Franca). Na primeira edigao, 2 usina chamavase Corcreux (do seu entigo nome: les ‘Corps Creux, ou tubos}¢ a cidade, Dambront. Passados mais de vinte anos — ediante da imensa transformago ocorrids, que suprime qualquer riseo de utilizagio local das endlises epreseniadas —, deixei de lado 0 anoni- mato dos lugues ¢ da empresa. Por outra lado, nfo abandonei o anceiima ‘0 das pessoas, pera preservar as fionteiras — a meu ver, cada vez mais necessirias — eatre 0 universo da pesquisa e 0 da anilise e da publica fo cientificas. As falas ao ideniificadas cetomam 0s propésitos daquele 4 quem chamei de Daniel Moreau, meu principal interlocutor ao final da pesquisa: com cle, diseuti tongamente algamas de minkas interpretages, sem renunciar, no entanto, As ferramentas de distanciamento ede objetiva. ‘so proprias ds ciéncias da sociedade. Esta reedicio & dedicads a ele, bem como A sua irma Joalle ea seu irmio René -— moro prematuramente em 1991 —, que em 1985 aceitararn me ajudar a realizar as pesquisas sabre ‘os ritaais de 1° de maio. Este liveo deve muito a Gérard Althabe, Jean-Claude Chamboredoa, ‘Aaron Cicoure, Jean-Claude Combessie, Claude Grignoa, Michel Pialoux ¢ Jean-Claude Pesseron, que me acompaaharem neste empreeadimeato de (ealhusdo entre dois universos sovisis-ndo isento de tensdese mul-entendi- os que &2 anilise etnogrifica. Eu no poderia conduzir adequadamente este trabalho sera o apoio do Institut National de ta Recherche Agronomni- que, onde trabathei como pesquisadora, em excelentes condigées, ce 1982 21998, tempo transcorride desde a primeira edigio desta obra me propor sionou a atividads prazerose de construir um quatro de pesquisa sobre 5 perceprbes, em sues dimensoas estética, econdmica e cienttica, ¢ de unificar areas interesses pelas questdes cognitivas, plas experiéncias esté- ticas € peto cilculo econdmico. E 4 Ecole Normale Supérieure que devo 4 lberdade © « emutagdo intetectuais indispensaveis a qualquer pesquisa cientifica, e& no conrexto de uma equipe maltidiseipliaar ainda proviséria -“Modetizacdo da economia damnéstia eixcidncias das politicas sociais™ ~ que minha interrogapdes ganharam corpo. Quero agradecer aqui cos membros desta equipe e, muito purticu- larmeate, a Aude Béliacd, Jean-Sebastien Eidelimsn, Séverine Gojard e minha edimplice de longa datz Agnés Gramain pela presenga eficaz e calo- rosa, assimn coma Christian Baudetot, Stéphane Beaud, Alain Berthoz, Julien Clément, Francois Jeannet, Laurence Fontaine, Samuel Neubers, Brienne Ollion e Viviana Zetizer, que contribuiram ean momeatas cruciais 4e minha reflexdo, manifestando sua confiaaga, mesmo quindo eu seguia camishos, por vezes, inesperados. Por fia, eu nfo saberia pensar sem aquetes préximos a mim, a quem agradeqo por existivem. 10 | Tabethe fora do Teds ‘Slaps L.A regio de Mentbard,froateira entre des departameaton, Nenatey- jeristines Precio 11 Introdugao Esta obra baseia-se em um ano ¢ meio de cbservagao direta da vida cotidiana em ma pesquena cidade operiria e na andlise das priticas sociais fora do trabalho, conmalmente organizadas sob as etiquetas *resiéncia” e “lazer”, Atribui ztos e palavras que minka observagio transfermavaem acca tecimentes, isto €, em unidsdes significativas clementercs. A anilise destes acontevimtentos em seus miltiplos contextos socia's me permitiré extrairas linias mestras da complena relagdo que os individuos observados mantém. com seu universo social Ful Tevada, como vezemos, a tomar d2 empriéstimo = 2 lerigaa 115 rentes Fendrmenos que estudo: as regras de troca de preseates e de seevigos; as Ericotes ea expresso do gosto pela atvidade; 2 separagio dos espages faminino ¢ masculine em “Fora” e “dentro”; « superposigao das vlasbes ‘entre parentes, viziahos, colegas; a valorizasio das bricofesalimectarcs; a afirmago de uma separesio entre o trabalho assalariado co que hi “extra” ou “parclelamente"; a existéncia de trajet6rias nas cusis se combinam 0 trabatho na frica e outs profissdes, especialmente aquetas indepen- deates. Como jé se pode noter, privilegici em miahas observagSes e anilises © exterior da Fabrica. No entanta, tentei incansavelmente compreender os lagos que unem, tanto nas priticas dos individuos como.em suas relagdes, estes Gois mundos em: comunicagio que sio a fabrica e seu exterior, local do trabalho assalariado ¢ aquele dos modos de vida, o que em ter- ‘mos marcistas chamariamos de lugar da produsio e lugar da reprodusdo, respectivamente. A vontade de pensar eorjuntamente estes fendmeuos oriundos de dois dominios separades, tanto no senso comum como ta divisio do wabalho

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