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DIREITO TRIBUTÁRIO E FINANCEIRO

Matéria do 1º Bimestre

Aula do dia 11/02/2009

LUCIANO AMARO – CURSO DE DIREITO TRIBUTÁRIO


KIYOSHI HARADA – CURSO DE DIREITO FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO

ATIVIDADE FINANCEIRA DO ESTADO

 O Estado moderno existe para suprir as necessidades de seu povo.


 O Estado aqui está entendido como a União Federal, os Estados, os Municípios,
compreendendo ainda, suas autarquias e empresas públicas.
 As necessidades da população podem ser traduzidas por: segurança pública;
saúde; educação; energia elétrica; transporte público, etc;
 Para que o Estado supra a população dessas necessidades públicas ele retira da
sociedade, através de tributos e contribuições, o dinheiro necessário para fazer
face a essas citadas necessidades;
 Toda vez que falarmos em despesa pública temos, também, que pensar na
receita;
 Atuação Estatal voltada à obtenção de receita e gerenciamento dessa à
realização da despesa. Isto significa a atividade financeira do Estado;
 Existem várias formas, ou fontes, do Estado obter o dinheiro;
 É na realização das despesas que se busca a satisfação das necessidades
públicas;
 RECEITA – DESPESA – ORÇAMENTO.
 Esses itens são os objetos do nosso estudo em Direito Financeiro.
 Outra fonte de receita do Estado a ser considerada é o empréstimo. Um
Município, o Estado ou, a própria União podem buscar receita através de
operações de crédito (empréstimo) interna ou externamente, ou seja, dentro
ou fora do País.
 Receita Pública significa todo ingresso de dinheiro nos cofres públicos, a
título definitivo.

FINS DA ATIVIDADE FINANCEIRA. A finalidade última do Estado é a realização do bem comum.


E para isso o Estado precisa prover e aplicar os recursos financeiros. Daí por que os
fins da atividade financeira coincidem com as próprias finalidades da atuação estatal
destinada à satisfação das necessidades coletivas, que crescem na mesma proporção do
agigantamento do Estado moderno. Essas necessidades coletivas são inúmeras e das mais
variadas espécies. Abrangem as construções de edifícios públicos, monumentos
comemorativos, cemitérios, estádios, aeródromos, hospitais, pontes, praças e viadutos;
abertura de ruas, avenidas, estradas vicinais e rodovias; manutenção dos serviços de
transportes e comunicações; preservação e conservação de monumentos históricos e
artísticos integrados em conjuntos urbanos; defesa interna e externa; prestação
jurisdicional; assistência social; previdência social; saúde e higiene; educação e
cultura, mais uma infinidade de bens e serviços.

Cabe ao poder político a escolha dessas necessidades coletivas, encampando-as como


necessidades públicas e, conseqüentemente, inseri-las no ordenamento jurídico,
disciplinando-as a níveis constitucional e legal.

Dessa forma, tudo aquilo que incumbe ao Estado prestar em decorrência de uma norma

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jurídica, de natureza constitucional ou legal, configura necessidade pública, que não se
confunde com necessidade coletiva. Em outras palavras, necessidade pública é aquela de
interesse geral, satisfeita sob o regime de direito público, presidido pelo princípio da
estrita legalidade, em contraposição aos interesses particulares ou coletivos satisfeitos
pelo regime do direito privado, informado pelo princípio da autonomia da vontade.

Quanto maior a gama de necessidades públicas, maior será a intensidade da atividade


financeira do Estado. A concepção do Estado é que, em última análise, irá dimensionar o
volume das finanças públicas.

Pode-se dizer que, entre nós, atualmente, a atividade financeira do Estado está vinculada
à satisfação de três necessidades públicas básicas, inseridas na ordem jurídico-
constitucional: a prestação de serviços públicos, o exercício regular do poder de polícia
e a intervenção no domínio econômico.

DIREITO FINANCEIRO > conjunto de normas jurídicas que regulamentam toda a


atividade financeira do Estado no que se refere à obtenção de receitas públicas,
planejamento e gerenciamento dessas receitas por meio do orçamento, realização
das despesas públicas (gastos) e, conforme a necessidade, a realização de
operações de crédito, sempre com vistas à satisfação das necessidades sociais.

 Como atua o Estado para a satisfação das necessidades sociais?


 Há três formas da atividade financeira do Estado suprir estas necessidades:
- prestando serviços públicos essenciais ou não;
- exercendo o poder de polícia (que também exige dinheiro);
- com a intervenção no domínio econômico.

CONCEITO E OBJETOS DO DIREITO FINANCEIRO. ”A disciplina jurídica da atividade financeira


do Estado denomina-se Direito Financeiro”. Direito Financeiro ‘é o conjunto de normas
jurídicas que regula a atividade financeira do Estado em seus diferentes aspectos: órgãos
que a exercem, meios em que se exterioriza e conteúdo das relações que originam”.

Geraldo Ataliba, por sua vez, conceitua o Direito Financeiro como “ciência exegética, que
habilita – mediante critérios puramente jurídicos – os juristas a compreender e bem
aplicarem as normas jurídicas, substancialmente financeiras, postas em vigor”.

Podemos dizer que o Direito Financeiro é o ramo do Direito Público que estuda a atividade
financeira do Estado sob o ponto de vista jurídico.

Seu objeto material é o mesmo da Ciência das Finanças, ou seja, a atividade financeira do
Estado que se desdobra em receita, despesa, orçamento e crédito público.

AULA DO DIA 16/02/2009

A atividade financeira do Estado é objeto do Direito Financeiro.


 Para prestação de um serviço público o Estado depende não somente de
pessoal, mas, também de bens como maquinas, equipamentos, veículos e
ferramentas necessários à prestação dos serviços essenciais ou não.
 Os serviços públicos de natureza essencial são, obrigatoriamente, prestados
diretamente pelo Estado (não podem, portanto, ser objeto de concessão ou
terceirização).
 O Estado satisfaz as necessidades públicas da população usando de seu Poder
de Polícia.
 Este poder de polícia está conceituado no Código Tributário Nacional, no art.
78:
 Art. 78. Considera-se poder de polícia atividade da administração pública que, limitando ou
disciplinando direito, interêsse ou liberdade, regula a prática de ato ou abstenção de fato, em razão
de intêresse público concernente à segurança, à higiene, à ordem, aos costumes, à disciplina da

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produção e do mercado, ao exercício de atividades econômicas dependentes de concessão ou
autorização do Poder Público, à tranqüilidade pública ou ao respeito à propriedade e aos direitos
individuais ou coletivos.
 Como se observa, através deste poder de polícia o Estado satisfaz as
necessidades da coletividade.
 Os doutrinadores chamam este poder de polícia de verdadeira limitação da
liberdade privada.
 Exemplos desse poder de policia são as normas regulamentadoras que figuram
nos Códigos de Obras e Edificações, ou no Código de Posturas do Município,
onde a liberdade dos particulares sofre várias restrições em benefício da
coletividade.
 Constituição Federal:

Art. 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos
existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios:
I - soberania nacional;
II - propriedade privada;
III - função social da propriedade;
IV - livre concorrência;
V - defesa do consumidor;
VI - defesa do meio ambiente, inclusive mediante tratamento diferenciado conforme o impacto ambiental dos produtos e serviços e
de seus processos de elaboração e prestação;
VII - redução das desigualdades regionais e sociais;
VIII - busca do pleno emprego;
IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e
administração no País.
Parágrafo único. É assegurado a todos o livre exercício de qualquer atividade econômica, independentemente de autorização de
órgãos públicos, salvo nos casos previstos em lei.

Art. 177. Constituem monopólio da União:


I - a pesquisa e a lavra das jazidas de petróleo e gás natural e outros hidrocarbonetos fluidos;
II - a refinação do petróleo nacional ou estrangeiro;
III - a importação e exportação dos produtos e derivados básicos resultantes das atividades previstas nos incisos anteriores;
IV - o transporte marítimo do petróleo bruto de origem nacional ou de derivados básicos de petróleo produzidos no País, bem assim
o transporte, por meio de conduto, de petróleo bruto, seus derivados e gás natural de qualquer origem;
V - a pesquisa, a lavra, o enriquecimento, o reprocessamento, a industrialização e o comércio de minérios e minerais nucleares e
seus derivados, com exceção dos radioisótopos cuja produção, comercialização e utilização poderão ser autorizadas sob regime de
permissão, conforme as alíneas b e c do inciso XXIII do caput do art. 21 desta Constituição Federal.

 O Estado intervém nas atividades econômicas monopolizando umas,


disciplinando outras; ou seja, estabelece-se um controle estatal sobre estas
atividades.
 Esta é a intervenção no domínio econômico pelo Estado.
 Esta intervenção é custeada, em grande parte, pelas contribuições, modalidade
de tributo imposta à população.
 É o Direito Financeiro que contém o conjunto de regras e princípios jurídicos
que regulamenta toda a atividade financeira do Estado.
 Ênfase na arrecadação de receitas, no seu planejamento e, por fim, na
realização de despesas.
 Os tributos em geral, e em especial o Imposto de Renda são a maior fonte de
receitas públicas que o Estado brasileiro tem.

RELAÇÕES DO DIREITO FINANCEIRO COM OUTROS RAMOS DO DIREITO

RELACIONAMENTO COM OS DEMAIS RAMOS DO DIREITO. Autonomia do Direito Financeiro não


significa a separação da Árvore Jurídica a que pertencem todos os ramos do Direito. Não
significa divorciar-se dos princípios gerais de direito. Não existe e nem pode existir
divisos estanques na área do Direito que é uno e indivisível. A proclamada autonomia diz
respeito ao ramo da Ciência Jurídica, nunca à ciência em si. Como assinala Rui Barbosa
Nogueira, “ramos do Direito correspondem a uma especificação ou subdivisão dentro da
própria Ciência do Direito, para melhor elaboração e compreensão das normas que devem
regular relações fáticas especiais, por formas jurídicas também especiais”.

Assim sendo, é natural que o Direito Financeiro se relacione com outros ramos do Direito.
Tem estreitas relações com o Direito Constitucional por representar o tronco da Árvore

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Jurídica, donde nascem os diversos ramos; relaciona-se com o Direito Administrativo,
donde se destacou, mantendo com ele conexões de gênero para espécie; com o Direito
Tributário, que dele se separou, para o estudo específico de uma parte da receita, à luz
de princípios próprios que regem as relações entre o fisco e o contribuinte.

1. Direito Constitucional

Todo e qualquer ramo de direito tem por suporte o Direito Constitucional.


TÍTULO VI
Da Tributação e do Orçamento
CAPÍTULO I
DO SISTEMA TRIBUTÁRIO NACIONAL
Seção I
DOS PRINCÍPIOS GERAIS

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:
I - impostos;
II - taxas, em razão do exercício do poder de polícia ou pela utilização, efetiva ou potencial, de serviços públicos específicos e
divisíveis, prestados ao contribuinte ou postos a sua disposição;
III - contribuição de melhoria, decorrente de obras públicas.
§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.
§ 2º - As taxas não poderão ter base de cálculo própria de impostos.

2. Direito Administrativo

O Direito Administrativo administra a população visando a satisfação de suas


necessidades públicas. Para isto depende de recursos financeiros que são gerados
através das receitas públicas provenientes de impostos, taxas e contribuições.

3. Direito Tributário

Maior fonte de receitas públicas.

4. Direito Penal

Direito Financeiro e Direito Penal se entrelaçam, principalmente quando tratamos


dos ‘Crimes contra a Administração Pública”.

Vários tipos penais visam proteger os Sistemas Tributário e Financeiro, como por
exemplo: sonegação fiscal, crimes de responsabilidade, contra o patrimônio
público, etc.

5. DIREITO PROCESSUAL

Não apenas o Direito Processual Penal, mas, também, o Direito Processual Civil. O
primeiro em função de que só se aplica uma pena após o devido processo legal e o
Processo Civil é utilizado quando, por exemplo, a Administração move execução
contra os contribuintes inadimplentes.

6. DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

Endividamento Externo do Brasil.

RECEITA – DESPESA – ORÇAMENTO – CRÉDITO PÚBLICO

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RECEITAS PÚBLICAS

CONCEITO. Como despesa pública pressupõe receita, pode-se dizer que receita pública é o
ingresso de dinheiro aos cofres do Estado para atendimento de suas finalidades.

Como ensina Aliomar Baleeiro, “para auferir o dinheiro necessário à despesa pública, os
governos, pelo tempo afora, socorrem-se de uns poucos meios universais: (a) realizam
extorsões sobre outros povos ou deles recebem doações voluntárias; (b) recolhem rendas
produzidas pelos bens e empresas do Estado; (c) exigem coativamente tributos ou
penalidades; (d) tomam ou forçam empréstimos; (e) fabricam dinheiro metálico ou de
papel”.

1. Conceito:

Todo ingresso de dinheiro nos cofres das pessoas jurídicas de Direito Público – União,
Estados, Distrito Federal, Municípios – a título definitivo.

2. Classificação das Receitas:

2.1 Quanto à Origem

- originárias
- e derivadas;

2.2 Quanto à obtenção dos recursos

- ordinárias;
- extraordinárias.

2.3 Classificação Legal (dada pela Lei nº 4.320/64)

- Receitas Correntes;
- Receitas de Capital.

As receitas são consideradas originárias quando advindas da exploração que o Ente


Público faz de seu patrimônio, mediante a exploração de atividades econômicas, seja
no setor da indústria, da agropecuária ou do comércio. Ex. Correios; Petrobrás.

As receitas derivadas são aquelas advindas de uma imposição do Estado


(constrangimento legal para sua arrecadação). Ex. Imposto de Renda.
É o jus imperii do Estado que lhe faculta impor sobre as relações econômicas
praticadas pelos particulares, assim como sobre seus bens, o tributo que, na
atualidade, se constitui em principal fonte da receita pública.

Esse poder de imposição tributária do Estado acha-se normatizado em nível


constitucional, mediante a outorga de competência tributária que, ao lado de
inúmeros outros princípios tributários, constitui as chamadas limitações
constitucionais ao poder de tributar, as quais funcionam como escudos de proteção
dos contribuintes.

Aula do dia 18/02/2009

 Receitas Ordinárias

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 Receitas Extraordinárias

 Esta classificação leva em consideração o ingresso das receitas nos


cofres públicos.
 Quando este ingresso de receita se dá de maneira regular, diz-se
que a receita é ordinária. P. ex. cobrança de tributos. Constitui
fonte regular e permanente de recursos necessários ao
atendimento das despesas públicas.

 Quando a receita é gerada em uma situação extraordinária,


anormal no sentido de não ser um ingresso regular, diz-se que a
receita é extraordinária. Ex: empréstimo compulsório; imposto
extraordinário.

Obs. Empréstimo compulsório > imposição que o Estado faz aos contribuintes quando
ocorrem situações anormais no País. Esta imposição trará ao Estado uma fonte de
recursos que deverá ser gasta de forma vinculada. Está previsto na CF, no art. 148:
Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
sua instituição.

Art. 154. A União poderá instituir:


I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;
II - na iminência ou no caso de guerra externa, impostos extraordinários, compreendidos ou não em sua competência tributária,
os quais serão suprimidos, gradativamente, cessadas as causas de sua criação.

A classificação legal das receitas é encontrada na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1.964 que assim as
divide em seu art. 11:

Art. 11 - A receita classificar-se-á nas seguintes categorias econômicas: Receitas Correntes e Receitas de Capital.

§ 1º - São Receitas Correntes as receitas tributária, de contribuições, patrimonial, agropecuária, industrial, de serviços e outras e,
ainda, as provenientes de recursos financeiros recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, quando destinadas a atender
despesas classificáveis em Despesas Correntes.

§ 2º - São Receitas de Capital as provenientes da realização de recursos financeiros oriundos de constituição de dívidas; da
conversão, em espécie, de bens e direitos; os recursos recebidos de outras pessoas de direito público ou privado, destinados a atender
despesas classificáveis em Despesas de Capital e, ainda, o superávit do Orçamento Corrente.

§ 3º - O superávit do Orçamento Corrente resultante do balanceamento dos totais das receitas e despesas correntes, apurado na
demonstração a que se refere o Anexo nº 1, não constituirá item de receita orçamentária.

DESPESAS PÚBLICAS

Conceito:

Todo gasto efetuado pelo Estado e destinado à satisfação das necessidades públicas é
conceituado como despesa pública.

Classificação

 Quanto à regularidade da saída: despesa ordinária, que é todo gasto que


ocorre comumente, regularmente, como por exemplo, o pagamento do
funcionalismo.

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 São despesas extraordinárias aquelas que ocorrem eventualmente,
dependendo de certa situação fática. Ex. reconstrução de uma cidade
destruída em função de uma catástrofe natural.

 Classificação Legal > Lei n. 4.320/64, art. 12:

Art. 12. A despesa será classificada nas seguintes categorias econômicas:

DESPESAS CORRENTES

Despesas de Custeio
Transferências Correntes

DESPESAS DE CAPITAL

Investimentos

Inversões Financeiras

Transferências de Capital

§ 1º Classificam-se como Despesas de Custeio as dotações para manutenção de serviços anteriormente criados, inclusive as
destinadas a atender a obras de conservação e adaptação de bens imóveis.
§ 2º Classificam-se como Transferências Correntes as dotações para despesas as quais não corresponda contraprestação direta
em bens ou serviços, inclusive para contribuições e subvenções destinadas a atender à manifestação de outras entidades de direito
público ou privado.
§ 3º Consideram-se subvenções, para os efeitos desta lei, as transferências destinadas a cobrir despesas de custeio das
entidades beneficiadas, distinguindo-se como:
I - subvenções sociais, as que se destinem a instituições públicas ou privadas de caráter assistencial ou cultural, sem finalidade
lucrativa;
II - subvenções econômicas, as que se destinem a emprêsas públicas ou privadas de caráter industrial, comercial, agrícola ou
pastoril.
§ 4º Classificam-se como investimentos as dotações para o planejamento e a execução de obras, inclusive as destinadas à
aquisição de imóveis considerados necessários à realização destas últimas, bem como para os programas especiais de trabalho,
aquisição de instalações, equipamentos e material permanente e constituição ou aumento do capital de emprêsas que não sejam de
caráter comercial ou financeiro.
§ 5º Classificam-se como Inversões Financeiras as dotações destinadas a:
I - aquisição de imóveis, ou de bens de capital já em utilização;
II - aquisição de títulos representativos do capital de emprêsas ou entidades de qualquer espécie, já constituídas, quando a
operação não importe aumento do capital;
III - constituição ou aumento do capital de entidades ou emprêsas que visem a objetivos comerciais ou financeiros, inclusive
operações bancárias ou de seguros.
§ 6º São Transferências de Capital as dotações para investimentos ou inversões financeiras que outras pessoas de direito público
ou privado devam realizar, independentemente de contraprestação direta em bens ou serviços, constituindo essas transferências
auxílios ou contribuições, segundo derivem diretamente da Lei de Orçamento ou de lei especialmente anterior, bem como as dotações
para amortização da dívida pública.

CONCEITO. No Estado moderno não mais existe a requisição de bens e serviços dos súditos
nem a colaboração gratuita destes no desempenho de funções públicas.

Com a politização das massas, seguida de conquistas democráticas, os indivíduos, assim


como seus bens, tornaram-se intocáveis pelo Estado, a não ser nos limites balizados na
Constituição.

Daí a necessidade de despesas públicas para o regular funcionamento dos serviços


públicos.

Quase a totalidade dos doutrinadores acata o conceito de despesa pública formulado por
Aliomar Baleeiro. Segundo esse autor, a despesa pública pode significar duas coisas:
 “Em primeiro lugar, designa o conjunto dos dispêndios do Estado, ou de outra
pessoa de direito público, para o funcionamento dos serviços públicos”.
 Pode também, significar “a aplicação de certa quantia, em dinheiro, por parte da
autoridade ou agente público competente, dentro duma autorização legislativa, para
execução de fim a cargo do governo”.

O importante é ressaltar que a despesa pública há de corresponder, invariavelmente, a um


dispêndio relacionado com uma finalidade de interesse público, que é aquele interesse
coletivo, encampado pelo Estado.

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EXECUÇÃO DAS DESPESAS PÚBLICAS. Em face dos textos constitucionais, nenhuma despesa
pode ser realizada sem previsão orçamentária. O inciso II do art. 167 da CF: “ Art. 167. São
vedados: I... II - a realização de despesas ou a assunção de obrigações diretas que excedam os créditos orçamentários ou adicionais”; veda
expressamente isto.A abertura de crédito suplementar ou especial depende de autorização
legislativa e da indicação dos recursos correspondentes (superávit, anulação de outra
dotação e operações de crédito), conforme prescreve o inciso V do art. 167: “ V - a abertura de
crédito suplementar ou especial sem prévia autorização legislativa e sem indicação dos recursos correspondentes” . Outrossim, o inciso VI
do mesmo artigo veda a transposição, o remanejamento ou a transferência de recursos de
uma categoria de programação para outra ou de um órgão para outro, sem prévia autorização
legislativa.

Sendo a despesa uma das fases da mesma moeda, integrando o orçamento ao lado da receita,
deve manter posição de equilíbrio em relação a esta última. Não é o quem ocorrendo no
nosso país. Nos últimos anos, o déficit público vem crescendo assustadoramente, tendo
como principais responsáveis desse desequilíbrio as despesas com o pessoal e com o
serviço da dívida.

A contenção de gastos por meio de contingenciamento de despesas, freqüentemente anunciada


por diferentes governos, corresponde mais às práticas deletérias visando à inexecução do
orçamento aprovado pela sociedade do que à efetiva economia de recursos financeiros. Do
contrário, com tantos “contingenciamentos” deveria estar ocorrendo superávit e não
déficit como vem acontecendo.

A realização de despesas, além de observar os princípios constitucionais pertinentes,


deve ser presidida pelo princípio da legalidade. Sua realização sem observância de normas
legais poderá resultar para o agente público no crime de responsabilidade, na forma da
Lei n. 1.079/50 e do Decreto-lei nº 201/67, que define o crime de responsabilidade do
prefeito. Outrossim, ordenar ou permitir a realização de despesas não autorizadas em lei
ou regulamento constituí ato de improbidade administrativa, segundo o art. 10, inciso IX
da Lei n. 8.429, de 2.7-1992, punível na forma do art. 12 e inciso II da mesma lei.

Os procedimentos legais estão previstos na Lei n. 4.320, de 17 de março de 1964,


aplicável no âmbito nacional. Estados e Municípios podem elaborar as leis de execução
orçamentária, desde que respeitem as normas gerais contidas na citada lei federal, que
tem natureza de lei complementar do ponto de vista material.

A primeira providência para efetuar uma despesa é seu prévio empenho, que significa o ato
emanado de autoridade competente que cria para o Estado obrigação de pagamento pendente
de implemento de condição (art. 58). O empenho visa garantir os diferentes credores do
Estado, na medida em que representa reserva de recursos na respectiva dotação inicial ou
no saldo existente. É importante lembrar que o empenho, por si só, não cria obrigação de
pagar, podendo ser cancelado ou anulado unilateralmente. O empenho limita-se a diminuir
do determinado item orçamentário a quantia necessária ao pagamento do débito, o que
permitirá à unidade orçamentária (agrupamento de serviços com dotações próprias) o
acompanhamento constante da execução orçamentária, não só evitando as anulações por falta
de verba, como também possibilitando o reforço oportuno de determinada dotação, antes do
vencimento da dívida. Materializa-se pela emissão de “nota de empenho”, na qual constará
o nome do credor, a representação e a importância da despesa, bem como a dedução desta do
saldo da dotação própria (art. 61). Atualmente, a maioria das unidades orçamentárias se
utiliza de modernos recursos da informática, que substituem com vantagens, em termos de
precisão e velocidade, os empenhos manuais.

A segunda etapa na realização de uma despesa é sua liquidação, que consiste na


verificação do direito adquirido pelo credor tendo por base os títulos e documentos
comprobatórios do respectivo crédito (art. 63). Da mesma forma que o empenho, a
liquidação nada cria, limitando-se a tornar líquida e certa a obrigação preexistente.

A terceira etapa é a ordem de pagamento, que outra coisa não é senão o despacho da
autoridade competente determinando o pagamento da despesa (art. 64).

Finalmente, temos a etapa do pagamento que, uma vez efetivado em decorrência de regular
liquidação da despesa e por ordem da autoridade competente (art. 62), extingue a
obrigação de pagar.

Cumpre esclarecer que em relação aos pagamentos de débitos oriundos de condenação


judicial, além dos procedimentos acima, deve-se observar os requisitos previstos no art.
100 da Constituição Federal: “Art. 100. à exceção dos créditos de natureza alimentícia, os pagamentos devidos pela Fazenda Federal,
Estadual ou Municipal, em virtude de sentença judiciária, far-se-ão exclusivamente na ordem cronológica de apresentação dos precatórios e à conta dos
créditos respectivos, proibida a designação de casos ou de pessoas nas dotações orçamentárias e nos créditos adicionais abertos para este fim”. Estes

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débitos são requisitados pelo Presidente do Tribunal que proferiu a decisão exeqüenda,
por meio de precatório que é inserido pela entidade política devedora, na ordem
cronológica de apresentação. O precatório entregue até o dia 1º de julho deve ter o
respectivo valor consignado no orçamento do exercício seguinte, para pagamento atualizado
até o final desse exercício, dentro da rigorosa ordem cronológica de sua apresentação (§
1º: “§ 1º É obrigatória a inclusão, no orçamento das entidades de direito público, de verba necessária ao pagamento de seus débitos oriundos de
sentenças transitadas em julgado, constantes de precatórios judiciários, apresentados até 1º de julho, fazendo-se o pagamento até o final do exercício
seguinte, quando terão seus valores atualizados monetariamente”. As dotações orçamentárias, bem como os créditos
para pagamento de requisitórios judiciais deverão ser consignadas ao Poder Judiciário,
recolhendo-se as importâncias respectivas à repartição competente, cabendo ao Presidente
do Tribunal determinar o pagamento, segundo as possibilidades do depósito, e autorizar, a
requerimento do credor preterido no seu direito de precedência, o seqüestro da quantia
necessária à satisfação do débito (§ 2º As dotações orçamentárias e os créditos abertos serão consignados diretamente ao
Poder Judiciário, cabendo ao Presidente do Tribunal que proferir a decisão exeqüenda determinar o pagamento segundo as possibilidades do depósito, e
autorizar, a requerimento do credor, e exclusivamente para o caso de preterimento de seu direito de precedência, o seqüestro da quantia necessária à
satisfação do débito.).
Esgotados os recursos orçamentários, não está o Executivo obrigado a
solicitar abertura de crédito adicional suplementar para atendimento dos precatórios.
Nestas hipóteses, cabe à Administração Pública demonstrar perante o órgão judiciário
competente a impossibilidade de cumprir a decisão judicial. De fato, se a entidade
devedora não tem como indicar os recursos correspondentes para a abertura de crédito
adicional (art. 167, V, da CF), não pode ela ser compelida a fazer o impossível. Nenhuma
lei pode exigir mais do que o permitido pelo ordenamento jurídico, da mesma forma que
nenhuma ordem judicial pode conduzir a um beco sem saída. É a teoria da impossibilidade
material. É de se aplicar o brocardo ad impossibilia nemo tenectur.

AULA do dia 02/03/2009


Orçamento

 conceito;
 natureza;
 espécies;
 processo legislativo

Crédito Público
 conceito;

Classificação
 quanto à origem: Dívida Pública Interna e Dívida Pública Externa.

 quanto à forma: voluntário – Forçado

 Quando ao Prazo – Flutuante – Fundada

Classificação Constitucional

 Art.
 Outras Operações de Crédito.

Orçamento > Lei autorizativa que estima a receita de certo exercício financeiro, autorizando
também a realização de despesas.

CONCEITO. Classicamente, o Orçamento é conhecido como uma peça que contém a aprovação
prévia da despesa e da receita para um período determinado.

Dentre as várias definições conhecidas preferimos a de Aliomar Baleeiro para que, nos
Estados Democráticos, “o orçamento é considerado o ato pelo qual o Poder Legislativo
prevê e autoriza ao Poder Executivo, por certo período e em pormenor, as despesas
destinadas ao funcionamento dos serviços públicos e outros fins adotados pela política
econômica ou geral do país, assim como a arrecadação das receitas já criadas em lei”.

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Fases de realização das despesas >

- 1. Empenho > reserva de dotação orçamentária para um determinado gasto;


- 2. Liquidação > verificação documental se o direito do credor existe; ou seja, será
verificado se o material foi fornecido; se o serviço foi executado ou se a obra foi
realizada.
- 3. Pagamento > O órgão encarregado de pagamentos efetuará o pagamento,
mediante recibo do credor.

Natureza jurídica do Orçamento > A Lei é formal. Em sentido amplo > toda lei é norma. Em
sentido estrito > é norma oriunda do Poder Legislativo e depois do trâmite previsto na Constituição
Federal.

A Lei orçamentária difere das demais leis, caracterizadas por serem genéricas, abstratas e
constantes ou permanentes. Ela é, na verdade, uma lei de efeito concreto para vigorar por um
prazo determinado de um ano, fato que, do ponto de vista material, retira-lhe o caráter de lei.
Exatamente, essa peculiaridade levou parte dos estudiosos a sustentar a tese do orçamento como
ato-condição.

Sob o enfoque formal, no entanto, não há como negar a qualificação de lei.

Portanto, entre nós, o orçamento é uma lei anual, de efeito concreto, estimando as receitas e
fixando as despesas, necessárias à execução da política governamental.

Espécies de Orçamento > CF, art. 165.

 Plano Plurianual – art. 165, inc. I e § 1º > É um programa governamental de duração


continuada (Ex. bolsa Família); prevendo as despesas de capital;

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


I - o plano plurianual;
§ 1º - A lei que instituir o plano plurianual estabelecerá, de forma regionalizada, as diretrizes, objetivos e metas da administração
pública federal para as despesas de capital e outras delas decorrentes e para as relativas aos programas de duração continuada.

 Lei de Diretrizes Orçamentárias – LDO – art. 165, inc II e § 2º

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


II - as diretrizes orçamentárias;
§ 2º - A lei de diretrizes orçamentárias compreenderá as metas e prioridades da administração pública federal, incluindo as
despesas de capital para o exercício financeiro subseqüente, orientará a elaboração da lei orçamentária anual, disporá sobre as
alterações na legislação tributária e estabelecerá a política de aplicação das agências financeiras oficiais de fomento.

 Lei Orçamentária Anual – LOA – art. 165, inc. III e § 5º > É o orçamento propriamente dito.

Art. 165. Leis de iniciativa do Poder Executivo estabelecerão:


III - os orçamentos anuais.
§ 5º - A lei orçamentária anual compreenderá:
I - o orçamento fiscal referente aos Poderes da União, seus fundos, órgãos e entidades da administração direta e indireta, inclusive
fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público;
II - o orçamento de investimento das empresas em que a União, direta ou indiretamente, detenha a maioria do capital social com
direito a voto;
III - o orçamento da seguridade social, abrangendo todas as entidades e órgãos a ela vinculados, da administração direta ou
indireta, bem como os fundos e fundações instituídos e mantidos pelo Poder Público.

Crédito Público
CONCEITO.Para a generalidade dos autores, crédito público é um contrato que objetiva
transferência de certo valor em dinheiro de uma pessoa, física ou jurídica, a uma
entidade pública para ser restituído, acrescido de juros, dentro de determinado prazo
ajustado. Corresponde, portanto, na teoria geral dos contratos, ao mútuo, espécie do

10
gênero empréstimo, ou seja, empréstimo de consumo, em contraposição ao comodato, que
configura um empréstimo de uso.

Geraldo Ataliba, que prestigia a corrente contratualista, mais precisamente as definições


que põem em relevo o aspecto da confiabilidade do devedor, conceitua o “empréstimo
público – gerador do débito público – como “contrato pelo qual alguém transfere a uma
pessoa pública – seja ela política ou meramente administrativa – certa quantia em
dinheiro, com a obrigação desta de entregar igual quantia de dinheiro, com ou sem
vantagens pecuniárias, no prazo convencionado”. Mais adiante acrescenta: “se, porventura,
se configurar situação em que a autonomia da vontade sofra detrimento de tal ordem que se
desfigure, descaracteriza-se a relação jurídica de modo a configurar outra feição,
obrigando a inteligência de que de empréstimo não mais se trata, mas de outra figura”.

 é pressuposto de confiança; empréstimo ou Dívida Pública.

Classificação quanto a Origem

 Dívida Pública Interna > significa empréstimos que o Estado toma de pessoas
de Direito Público Interno ou de outras pessoas, mesmo que físicas, residentes
e domiciliadas no Brasil (ex. empréstimos compulsórios);
 Dívida Pública Externa > O Empréstimo é tomado pelo Estado de entes
estrangeiros; caso em que o dinheiro obtido vem do exterior.

Quanto a Forma

 Voluntária > é aquela tomada pelo Estado sem qualquer poder de coerção
sobre o credor;
 Forçada > É aquele empréstimo concedido ao Estado por imposição legal deste.
Ex. empréstimo compulsório.

Aula do dia 04/03/2009

Dívida Pública quanto ao Prazo:

Dívida Flutuante e Dívida Fundada

 Flutuante > é aquela contraída para ser paga em período curto de tempo, geralmente
menos de um ano.

 Fundada > contraída para pagamento em prazo superior a um ano. Ex. empréstimos,
financiamentos.

 Há também a dívida consolidada cujos juros são pagos permanentemente.

Classificação Constitucional das Dívidas Públicas

 Quando o orçamento é realizado o ente político estima as receitas que pretende arrecadar
no exercício posterior. Há também uma fixação dos gastos que serão realizados tendo por
base aquelas receitas que se espera arrecadar.
 Pode ocorrer, no entanto, que os gastos precisam ser realizados mas a receita prevista
não se concretizou ainda.

11
 A Constituição permite, então, que se faça uma Operação de Credito junto a entidades
bancárias, inclusive privadas, sob o título de Operação de Crédito por Antecipação da
Receita.
 Há, no caso, um pagamento vinculado àquele tributo que se esperava arrecadar.

DIREITO TRIBUTÁRIO

Conceito:
Codificação;
Fontes formais;
a) Constituição Federal;
b) Emendas à CF;
c) Lei Complementar;
d) Lei Ordinária;
e) Tratados e Convenções Internacionais;
f) Resoluções;
g) Leis Delegadas;
h) Medidas Provisórias;
i) Decretos;
j) Decretos Legislativos

Fontes Secundárias (art. 100 CTN)

Receitas Originárias > quando o Estado explora seu patrimônio urbano, rural ou de suas
empresas.

Receitas Derivadas > são aquelas decorrentes de uma imposição estatal. Ex. IPVA; IR; INSS;
etc.

A maior fonte de receitas de toda atividade financeira do Estado são os tributos.

Conceito > Complexo de normas e princípios jurídicos que regula todo o processo de
fiscalização e arrecadação dos tributos.

O Direito Tributário é espécie da qual o Direito Financeiro é gênero.

Codificação do Direito Tributário > Código Tributário Nacional – Lei nº 5.172/66. Observe-
se, no entanto, que existem várias leis esparsas que tratam de matéria tributária. A
Constituição vigorante na época não exigia forma específica para aprovação de questões de
natureza tributária. Toda matéria tributária era regulamentada por leis normais, gerais, ou
ordinárias.

 O CTN é uma Lei ordinária. Em 1967, pouco tempo depois da sua edição, em plena
Ditadura, baixou-se uma espécie normativa denominada Ato Complementar nº 36/1967,
que passou a exigir que as matérias tributárias fossem regulamentas por Leis
Complementares.
 Em 1967 a Lei Complementar também exigia um processo legislativo mais rigoroso.
 O que fazer então com o CTN – lei ordinária – que tinha apenas 5 meses de existência?
 Depois de muitas discussões resolveu-se manter o CTN na forma de Lei Ordinária, cujo
processo de aprovação é mais simples; porem, atribuiu-se ao CTN o status de Lei
Complementar.

12
 Portanto, o CTN é visto assim: é lei ordinária, porém, com status de lei complementar. Este
status é reconhecido pelo nosso Supremo Tribunal Federal. Então, o CTN somente pode
ser alterado ou revogado por Lei Complementar.

Estudo das Fontes do Direito Tributário

 Constituição Federal

 > A nossa CF preocupou-se demasiadamente com outros assuntos que podiam ser
perfeitamente regulamentados por leis infraconstitucionais. Por excesso de zelo do
legislador, no entanto, a CF acabou abarcando diversos assuntos, inclusive de matéria
tributária que, originariamente, não seriam do âmbito da Constituição.

 A CF estabeleceu diversas normas tributárias, dentre as quais podemos destacar:

 repartição das competências tributárias;


 A CF não cria os tributos mas, sim, defere aos entes políticos o poder, a
competência de cria-los.
 A CF traça as regras de distribuição, entre os entes políticos: União,
Estados, Distrito Federal e Municípios, os tributos que cada um deles pode
cobrar
 É na CF que encontramos as limitações ao poder de tributar, que são os
princípios que devem ser observados pelo ente competente quando da
instituição ou majoração dos tributos.(princípio da legalidade, anterioridade,
irretroatividade, universalidade dos tributos federais).
 Garantias aos direitos dos contribuintes, etc.

* Emendas a Constituição Federal

Fontes Formais > são a expressão do Direito. O Direito Tributário é encontrado na


Constituição Federal, nas Emendas Constitucionais e em outras espécies legislativas.

Aula do dia 09/03/2009

Continuação de Fontes Formais

Lei Complementar

Art. 146. Cabe à lei complementar:


I - dispor sobre conflitos de competência, em matéria tributária, entre a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios;
II - regular as limitações constitucionais ao poder de tributar;
III - estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre:
a) definição de tributos e de suas espécies, bem como, em relação aos impostos discriminados nesta Constituição, a dos
respectivos fatos geradores, bases de cálculo e contribuintes;
b) obrigação, lançamento, crédito, prescrição e decadência tributários;
c) adequado tratamento tributário ao ato cooperativo praticado pelas sociedades cooperativas.
d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive
regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e §§ 12 e 13, e
da contribuição a que se refere o art. 239.

 Lei Complementar é aquela que tem um processo legislativo mais elaborado, exige
quorum maior do que a lei ordinária;
 A ‘competência’ dos Entes Públicos em matéria tributária deve ser entendida como ‘Poder”
em matéria tributária.

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 É na lei complementar que encontraremos os tributos, fatos geradores, quem são os
contribuintes, formas de lançamento e arrecadação, prescrição e decadência do crédito
tributário, etc.

 Art. 148. A União, mediante lei complementar, poderá instituir empréstimos compulsórios:
I - para atender a despesas extraordinárias, decorrentes de calamidade pública, de guerra externa ou sua iminência;
II - no caso de investimento público de caráter urgente e de relevante interesse nacional, observado o disposto no art. 150, III, "b".
Parágrafo único. A aplicação dos recursos provenientes de empréstimo compulsório será vinculada à despesa que fundamentou
sua instituição.

 A regra geral para instituição de tributos é por lei ordinária, entretanto, a exceção aparece
quando se trata de empréstimos compulsórios, quando a criação é por lei complementar.
 Impostos de competência da União:

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:


I - importação de produtos estrangeiros;
II - exportação, para o exterior, de produtos nacionais ou nacionalizados;
III - renda e proventos de qualquer natureza;
IV - produtos industrializados;
V - operações de crédito, câmbio e seguro, ou relativas a títulos ou valores mobiliários;
VI - propriedade territorial rural;
VII - grandes fortunas, nos termos de lei complementar.

O único imposto até hoje não instituído é o do inciso VII – grandes fortunas, nos
termos de lei complementar.

O artigo seguinte, da CF, permite à União a criação de impostos residuais:

Art. 154. A União poderá instituir:


I - mediante lei complementar, impostos não previstos no artigo anterior, desde que sejam não-cumulativos e não tenham fato
gerador ou base de cálculo próprios dos discriminados nesta Constituição;

 imposto é um dos tributos, ao lado das taxas e contribuições.


 Existem outros impostos que são de competência dos Estados e dos Municípios.
 Impostos não residuais são aqueles não previstos no rol do art. 153 e incidentes sobre
algum fato gerador não previsto nos incisos I a VII, ou seja, que não tenham base de
cálculo de nenhum outro imposto.
 O fator gerador seria aquele não previsto pelo Constituinte, ou seja, um fato gerador novo.
 O fato gerador de um tributo é uma situação em que alguém se impõe ou um ato que
alguém pratica que fazem nascer a obrigação tributária. Ex. eu me coloco na situação de
proprietário de um imóvel rural. Estou praticando o fato gerador que dará origem ao
Imposto Territorial Rural. Da mesma forma, sou proprietário de um automóvel; pratico,
então o fato gerador do IPVA – Imposto sobre propriedade de veículos automotores.

Impostos de competências dos Estados Federados e seus respectivos fatos geradores:

Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
II - operações relativas à circulação de mercadorias e sobre prestações de serviços de transporte interestadual e
intermunicipal e de comunicação, ainda que as operações e as prestações se iniciem no exterior;
III - propriedade de veículos automotores.

Os Municípios podem instituir os seguintes impostos:

DOS IMPOSTOS DOS MUNICÍPIOS

Art. 156. Compete aos Municípios instituir impostos sobre:

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I - propriedade predial e territorial urbana;
II - transmissão "inter vivos", a qualquer título, por ato oneroso, de bens imóveis, por natureza ou acessão física, e de direitos reais
sobre imóveis, exceto os de garantia, bem como cessão de direitos a sua aquisição;
III - vendas a varejo de combustíveis líquidos e gasosos, exceto óleo diesel;
III - serviços de qualquer natureza, não compreendidos no art. 155, II, definidos em lei complementar.

LEIS ORDINÁRIAS

 A lei ordinária é a espécie normativa que, como regra, cria, extingue, majora
ou reduz tributos.
 Da mesma forma é a lei ordinária que majora (aumenta) o tributo, seja
aumentado sua base de cálculo, seja aumentando o percentual que é aplicado
sobre a base de cálculo.
 Código Tributário Nacional:

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer:

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu
sujeito passivo;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

 Como o caput do artigo não diz que lei é (somente a lei...) TRATA-SE DE LEI
ORDINÁRIA.
 A Lei Complementar dita as normas gerais sobre contribuinte, fato gerador, etc.
 O devedor é chamado sujeito passivo da obrigação e é quem pratica o fato
gerador, mas não necessariamente.
 A alíquota e a base de cálculo são os elementos quantitativos do tributo.

Pactos, Protocolos, Convenções, Acordos Internacionais

 Se o Tratado Internacional, ou um Convenção, vier a ser recepcionado pela


legislação interna do Brasil aí então será uma fonte de direito tributário.
 O tratado internacional é assinado pelo Presidente da República com, por
exemplo, a Alemanha. Entre as disposições deste tratado encontramos
disposições sobre matéria tributária. Para ser válido no nosso ordenamento terá
que passar por um processo de internalização; ou seja, o Congresso Nacional
vai analisar e aprovar este Tratado.
 A espécie normativa para internalizar este Tratado será o Decreto Legislativo.
 Portanto o tratado internacional como o decreto legislativo são fontes de
direito tributário.

Art. 98. Os tratados e as convenções internacionais revogam ou modificam a legislação tributária interna, e serão observados
pela que lhes sobrevenha.

15
Resoluções do Senado Federal

 É uma outra espécie normativa;


 Podem tratar de matéria tributária? Se sim de que forma?
 R. Sim. Por Resolução do Senado Federal é que as alíquotas máximas do
imposto sobre sucessão são fixadas – atualmente é de 8% -
 Isto está na Constituição Federal:

 Art. 155. Compete aos Estados e ao Distrito Federal instituir impostos sobre:
 I - transmissão causa mortis e doação, de quaisquer bens ou direitos;
 § 1.º O imposto previsto no inciso I:
IV - terá suas alíquotas máximas fixadas pelo Senado Federal;
 § 2.º O imposto previsto no inciso II atenderá ao seguinte:
IV - resolução do Senado Federal, de iniciativa do Presidente da República ou de um terço dos Senadores, aprovada pela
maioria absoluta de seus membros, estabelecerá as alíquotas aplicáveis às operações e prestações, interestaduais e de
exportação;

V - é facultado ao Senado Federal:


a) estabelecer alíquotas mínimas nas operações internas, mediante resolução de iniciativa de um terço e aprovada
pela maioria absoluta de seus membros;
b) fixar alíquotas máximas nas mesmas operações para resolver conflito específico que envolva interesse de
Estados, mediante resolução de iniciativa da maioria absoluta e aprovada por dois terços de seus membros;

Leis Delegadas

 A Lei Delegada pode regulamentar matéria tributária?


 R. Constituição Federal:

Art. 68. As leis delegadas serão elaboradas pelo Presidente da República, que deverá solicitar a delegação ao Congresso
Nacional.
§ 1º - Não serão objeto de delegação os atos de competência exclusiva do Congresso Nacional, os de competência privativa
da Câmara dos Deputados ou do Senado Federal, a matéria reservada à lei complementar, nem a legislação sobre: {...}

 Desta forma, é possível regulamentação de tributos por lei delegada.


 Então, lei delegada é fonte de direito tributário.

Medidas Provisórias

Constituição Federal:

 Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias, com força de lei,
devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.
 § 1º É vedada a edição de medidas provisórias sobre matéria:
 ....
 § 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153, I, II, IV, V,
e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até o último dia
daquele em que foi editada.

 Exceções: Imposto de Importação; Imposto de Exportação; Imposto sobre


Produtos Industrializados; Imposto sobre Operações Financeiras, de Seguro e
de Câmbio e Impostos Extraordinários.
 Deverá ser observado o Princípio da Anterioridade.
 Medida Provisória é fonte de direito tributário porque não encontramos
na CF nenhuma vedação a este respeito.

Aula do dia 11/03/2009

Decretos

16
 Decreto em sentido amplo é Lei.
 Antes da CF/88 existia a figura do decreto-lei onde o Chefe do Executivo
legislava sem a interferência do Poder Legislativo.
 Decreto em sentido estrito não é Lei. É uma espécie normativa que advém
do Poder Executivo.
 Decreto não é Lei porque apenas regulamenta a Lei.
 O valor de um tributo é calculado em função de dois elementos: ALÍQUOTA,
que geralmente é um percentual e a BASE DE CÁLCULO, valor sobre o qual se
aplica o percentual da alíquota.
 A lei diz, por exemplo, que a base de cálculo do IPTU pode ser corrigida
monetariamente. Esta correção pode ser efetuada por Decreto.
 O decreto, no caso, não inovou nada, apenas regulamentou uma disposição já
contida na lei.
 O Decreto é de competência dos Poderes Executivos da União; Distrito Federal,
Estados e Municípios.
 O Decreto é muito utilizado no Direito Tributário. Principalmente no que diz
respeito a quatro tributos federais na modalidade de Impostos > Imposto de
Importação; Imposto de Exportação; Imposto sobre Produtos Industrializados e
Imposto sobre Operações Financeiras, Câmbio e Seguros; respectivamente, II;
IE; IPI e IOF.
 São denominados tributos extrafiscais.

FINS DOS TRIBUTOS

 Os tributos podem ter finalidades:

- Fiscais;
- Parafiscais;
- Extrafiscais.

Os tributos de natureza FISCAL são aqueles que objetivam arrecadar receitas para a
satisfação das necessidades sociais. Ex. O Imposto de Renda (maior fonte de
arrecadação do País) possibilita a oferta de Educação, Saúde, etc e tal.

PARAFISCAIS são os tributos cuja arrecadação não é feita pelo ente competente
para instituir o tributo, mas, sim, por outras pessoas jurídicas as quais ficam com o
produto da arrecadação. Ex. cobrança de contribuições do INSS – contribuições da
Seguridade Social.

Observar que o INSS não cria as contribuições. Isto é feito por Lei da União que
permite, ainda que o INSS arrecade e destine o produto dessa arrecadação às suas
finalidades previdenciárias.

Ex. OAB – Ordem dos Advogados do Brasil – As mensalidades que os advogados


pagam são consideradas como tributo. Constituição Federal:

Art. 149. Compete exclusivamente à União instituir contribuições sociais, de intervenção no domínio econômico e de
interesse das categorias profissionais ou econômicas, como instrumento de sua atuação nas respectivas áreas, observado o
disposto nos arts. 146, III, e 150, I e III, e sem prejuízo do previsto no art. 195, § 6º, relativamente às contribuições a que alude o
dispositivo.

Portanto, a OAB tem o direito de arrecadar e dispor dos valores cobrados a título de
anuidade.

EXTRAFISCAIS embora arrecadem a função precípua do tributo é servir de


instrumento político nas mãos do Poder Executivo. Ex. Diante da conjuntura

17
econômica nacional o Chefe do Executivo resolve que deve desestimular as
importações para estimular as exportações. Então, por medida governamental, ele
aumenta, em patamar elevado a alíquota do imposto de importações elevando-o, por
exemplo, a 150%. Com isto ele estará estimulando a indústria brasileira, porque o
consumidor fará a opção de um produto nacional similar ao importador que desejava
adquirir.

Estes manejos do Poder Executivo precisam ocorrer de uma hora para outra,
portanto, não podem seguir o trâmite legislativo normal. Nos casos que envolvem o
II, IE, IPI e IOF são questões cuja dinâmica que qualquer alteração de alíquota
ocorram de imediato.

Então a Constituição Federal resolveu atribuir a estes impostos a natureza de


tributos extrafiscais, cuja principal função não é arrecadar, mas, sim, servir de
instrumento de política econômica nas mãos do Poder Executivo, que fará por
DECRETO as mudanças das alíquotas.

Observar que até por portaria do Ministério da Fazenda estes tributos podem ser
alterados.

FONTES FORMAIS SECUNDÁRIAS

CTN:

Art. 100. São normas complementares das leis, dos tratados e das convenções internacionais e dos decretos:

I - os atos normativos expedidos pelas autoridades administrativas;

II - as decisões dos órgãos singulares ou coletivos de jurisdição administrativa, a que a lei atribua eficácia normativa;

III - as práticas reiteradamente observadas pelas autoridades administrativas;

IV - os convênios que entre si celebrem a União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios.

Parágrafo único. A observância das normas referidas neste artigo exclui a imposição de penalidades, a cobrança de juros de mora
e a atualização do valor monetário da base de cálculo do tributo.

 A jurisprudência administrativa em matéria tributária também é fonte


de Direito Tributário > art. 100, inc. I.

QUESTÕES

1. Qual o posicionamento do STF no que concerne à contribuição previdenciária


incidente sobre a remuneração dos servidores inativos dos Entes Políticos? A
incidência, tal como prevista no art. 4º, parágrafo único, incisos I e II da
Emenda Constitucional n. 41/2003, é Constitucional? Explique.

2. O art. 8º da Lei nº 9.718/98, hoje revogado pela Medida Provisória nº 2158-


35/2001, enquanto vigente, feria ou não o Princípio da Isonomia?

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3. É Constitucional o Decreto n. 3.724/2001, que regulamenta o art. 6º da Lei
Complementar nº 105/2001?

4. Os empréstimos compulsórios, em decorrência de relevante investimento


público, sujeitam-se, ou não, ao Princípio da Anterioridade?

5. A Lei que revogar a isenção incondicionada ou sem prazo relativa a um tributo


qualquer, submete-se, ou não, ao Princípio da Anterioridade?

6. O art. 168 do Código Tributário Nacional estabelece que o direito de exigir a


restituição de um indébito tributário extingue-se em 5 anos, contados da
extinção do crédito, como regra. O art. 3º da Lei Complementar nº 118/2005,
que procurou adequar o CTN à nova Lei de Falências previu que, para efeitos
de interpretação daquele dispositivo (art. 168), a extinção do crédito ocorre, no
caso de tributo sujeito a lançamento por homologação, no momento do
pagamento antecipado de que trata o § 1º do art. 150 do CTN. Diante disso,
indaga-se: A referida Lei Complementar retroage aos fatos passados, pelo que
os pedidos de restituição feitos à mais de 5 anos do pagamento antecipado,
passariam a ser negados? Explique.

LIMITAÇÕES AO PODER DE TRIBUTAR

Constituição Federal:

Seção II
DAS LIMITAÇÕES DO PODER DE TRIBUTAR

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão
de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto
na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.
§ 1º - A vedação do inciso III, "b", não se aplica aos impostos previstos nos arts. 153, I, II, IV e V, e 154, II.
§ 1º A vedação do inciso III, b, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, IV e V; e 154, II; e a vedação do inciso
III, c, não se aplica aos tributos previstos nos arts. 148, I, 153, I, II, III e V; e 154, II, nem à fixação da base de cálculo dos impostos
previstos nos arts. 155, III, e 156, I. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
§ 2º - A vedação do inciso VI, "a", é extensiva às autarquias e às fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público, no que se
refere ao patrimônio, à renda e aos serviços, vinculados a suas finalidades essenciais ou às delas decorrentes.
§ 3º - As vedações do inciso VI, "a", e do parágrafo anterior não se aplicam ao patrimônio, à renda e aos serviços, relacionados
com exploração de atividades econômicas regidas pelas normas aplicáveis a empreendimentos privados, ou em que haja
contraprestação ou pagamento de preços ou tarifas pelo usuário, nem exonera o promitente comprador da obrigação de pagar imposto
relativamente ao bem imóvel.
§ 4º - As vedações expressas no inciso VI, alíneas "b" e "c", compreendem somente o patrimônio, a renda e os serviços,
relacionados com as finalidades essenciais das entidades nelas mencionadas.
§ 5º - A lei determinará medidas para que os consumidores sejam esclarecidos acerca dos impostos que incidam sobre
mercadorias e serviços.
§ 6º - Qualquer anistia ou remissão, que envolva matéria tributária ou previdenciária, só poderá ser concedida através de lei
específica, federal, estadual ou municipal.

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§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §
2.º, XII, g. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)
§ 7.º A lei poderá atribuir a sujeito passivo de obrigação tributária a condição de responsável pelo pagamento de imposto ou
contribuição, cujo fato gerador deva ocorrer posteriormente, assegurada a imediata e preferencial restituição da quantia paga, caso não
se realize o fato gerador presumido.(Incluído pela Emenda Constitucional nº 3, de 1993)

 Competência para tributar (criar tributos) somente os entes


políticos tem: União, Estados Federados, Distrito Federal e os Municípios.

 No entanto, nenhum destes entes políticos pode criar tributos que


não estejam previstos na Constituição Federal como de competência de um ou
outro desses entes.

 Pelo Princípio da Supremacia do Interesse Público sobre o


Particular é que os cidadãos são coagidos a pagar tributos.

 Os Entes Políticos podem sim criar, fiscalizar e arrecadar tributos,


mas, existem também limites ao poder de tributar destes Entes.

 Estamos tratando, então, dos Princípios Limitativos do Poder


de Tributar.

 Limitações = Princípios Limitativos.

AULA DO DIA 16/03/09

Princípios limitativos ao poder de tributar:

 Legalidade – A União os Estados e o Distrito Federal não pode


lançar tributos sem que a lei o estabeleça, ou seja, tem que existir
previsão legal. Principio da legalidade estrita – Reserva Legal, todo
e qualquer majoração de tributo que de uma lei que o estabeleça.
Todos os entes políticos podem criar impostos de acordo com a
sua competência e poder, previstas na CF. Nos tributos encontra-
se: tributos, taxas, taxas de melhorias, outras contribuições,
pedágio, cide´s, todos os tipos de tributos submetem-se ao
principio da legalidade. É preciso lei para cobrar e aumentar
por força do principio da legalidade ou legalidade estrita
(reserva legal), ou seja, lei formal, aquela editada pelo
Poder Legislativo.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:

I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;

 Principio do paralelismo das formas - Para reduzir e extinguir


tributos precisa de lei, pelo principio do paralelismo das formas.

 Outras questões sujeitas ao principio da legalidade:

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:

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§ 6.º Qualquer subsídio ou isenção, redução de base de cálculo, concessão de crédito presumido, anistia ou remissão, relativos a
impostos, taxas ou contribuições, só poderá ser concedido mediante lei específica, federal, estadual ou municipal, que regule
exclusivamente as matérias acima enumeradas ou o correspondente tributo ou contribuição, sem prejuízo do disposto no art. 155, §
2.º, XII, g.

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes
no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

II - ninguém será obrigado a fazer ou deixar de fazer alguma coisa senão em virtude de lei;

Art. 97. Somente a lei pode estabelecer: do CTN

I - a instituição de tributos, ou a sua extinção;

II - a majoração de tributos, ou sua redução, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

III - a definição do fato gerador da obrigação tributária principal, ressalvado o disposto no inciso I do § 3º do artigo 52, e do seu
sujeito passivo;

IV - a fixação de alíquota do tributo e da sua base de cálculo, ressalvado o disposto nos artigos 21, 26, 39, 57 e 65;

V - a cominação de penalidades para as ações ou omissões contrárias a seus dispositivos, ou para outras infrações nela
definidas;

VI - as hipóteses de exclusão, suspensão e extinção de créditos tributários, ou de dispensa ou redução de penalidades.

§ 1º Equipara-se à majoração do tributo a modificação da sua base de cálculo, que importe em torná-lo mais oneroso.

§ 2º Não constitui majoração de tributo, para os fins do disposto no inciso II deste artigo, a atualização do valor monetário da
respectiva base de cálculo.

Estamos falando de cobrança e majoração do tributo, a hipóteses de exceção


ao principio da legalidade, sem lei formal que a estabeleça?

Art. 153. Compete à União instituir impostos sobre:

§ 1º - É facultado ao Poder Executivo, atendidas as condições e os limites estabelecidos em lei, alterar as alíquotas dos impostos
enumerados nos incisos I, II, IV e V.

Sim, o Poder Executivo pode alterar ou para menor a alíquota posta sobre os impostos
IE, II, IPI e IOF, através de Decretos baixados pela Presidente da Republica ou
Portarias dos Ministérios em regra o Ministério da Fazenda, são estes exceções ao
principio da legalidade.

Outra exceção do principio da legalidade estrita.

Art. 177. Constituem monopólio da União:

§ 4º A lei que instituir contribuição de intervenção no domínio econômico relativa às atividades de importação ou comercialização
de petróleo e seus derivados, gás natural e seus derivados e álcool combustível deverá atender aos seguintes requisitos: (Incluído pela
Emenda Constitucional nº 33, de 2001)

I - a alíquota da contribuição poderá ser:

b)reduzida e restabelecida por ato do Poder Executivo, não se lhe aplicando o disposto no art. 150,III, b;

Alíquota da cide (convenção de intervenção do domínio econômico) sobre


combustíveis poderá ser reduzida e restabelecida por Decreto do Presidente ou por
Portaria Ministerial, não pode acontecer se for lei infralegal, para majorar ou reduzir.

Medida Provisória é lei . Os tributos podem ser majorados por medida provisória

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Art. 62. Em caso de relevância e urgência, o Presidente da República poderá adotar medidas provisórias,
com força de lei, devendo submetê-las de imediato ao Congresso Nacional.

§ 2º Medida provisória que implique instituição ou majoração de impostos, exceto os previstos nos arts. 153,
I, II, IV, V, e 154, II, só produzirá efeitos no exercício financeiro seguinte se houver sido convertida em lei até
o último dia daquele em que foi editada

As medidas provisórias podem ser utilizadas para criação, cobrança e majoração de


tributos, inclusive impostos – deve-se observar, contudo o principio da anterioridade,
porém toda medida provisória deve ser convertida em lei, no prazo previsto em lei, e
se não foi convertido os tributos já pagos são devolvidos, vai depender da resolução.

>Isonomia – Os desiguais devem ser tratados de maneira desigual na forma que se


desigualam. Os iguais devem ser tratados de maneira igual na forma que se igualam.
Da capacidade contributiva do Estado ao tributar deve levar em consideração os
rendimentos o patrimônio a atividade exercida e enfim tudo o que for necessário para
verificar se o mesmo tem ou não condições financeiras para arcar com a obrigação
tributária. Para tanto o ente tributante poderá exigir dos contribuintes as informações
que entender necessárias, podendo inclusive sem autorização judicial determinar
quebra de seu sigilo bancário.

Art. 145. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios poderão instituir os seguintes tributos:

§ 1º - Sempre que possível, os impostos terão caráter pessoal e serão graduados segundo a capacidade econômica do
contribuinte, facultado à administração tributária, especialmente para conferir efetividade a esses objetivos, identificar, respeitados os
direitos individuais e nos termos da lei, o patrimônio, os rendimentos e as atividades econômicas do contribuinte.

O § 1º é unânime em dizer que este artigo estende-se também aos tributos e taxas e
não só para os impostos.

AULA DO DIA 18/03/09

Continuação do principio da isonomia. A capacidade contributiva tem que ser


evado em conta para que seja respeitado o principio da isonomia. Isto acontece muito
no imposto de renda. A capacidade contributiva está no patrimônio, renda, atividade
do contribuinte e está informações podem ser obtidas através da quebra do sigilo
fiscal.

Sub - princípios da isonomia:

 Não – discriminação, baseado na procedência, (art.152, CF)


Tratar os iguais de maneira igual.

Art. 152. É vedado aos Estados, ao Distrito Federal e aos Municípios estabelecer diferença tributária
entre bens e serviços, de qualquer natureza, em razão de sua procedência ou destino.

 Uniformidade geográfica, (art.151, inciso I, da CF), pela regra a


União não pode traçar diferenças na cobrança dos tributos, entre
os Estados, o Distrito Federal. A exceção encontra-se na 2º parte
do inciso I, do art. 151, a União pode diferenciar a cobrança em
prol de uma região menos favorecida para beneficia-los, exemplo a
região Norte.

Art. 151. É vedado à União:

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I - instituir tributo que não seja uniforme em todo o território nacional ou que implique distinção ou preferência em relação a
Estado, ao Distrito Federal ou a Município, em detrimento de outro, admitida a concessão de incentivos fiscais destinados a
promover o equilíbrio do desenvolvimento sócio-econômico entre as diferentes regiões do País;

 Uniformidade na tributação de rendas ou dos rendimentos –


(art. 151, inc. II, da CF):

Art. 151. É vedado à União:


II - tributar a renda das obrigações da dívida pública dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, bem como a remuneração e
os proventos dos respectivos agentes públicos, em níveis superiores aos que fixar para suas obrigações e para seus agentes;

 Sobre as dívidas públicas – è uma maneira de obtenção de


dinheiro de maneira voluntária, a União tem o poder de lançar
títulos para pobre povo venha adquiri-los, o cidadão adquire um
lote através do titulo pago a União, ou apenas adquiro o titulo no
caráter de empréstimo para a União e a União vai pagar os juros
do período que o dinheiro ficar emprestado.

 Sobre os agentes –

>Princípio da Irretroatividade – O que é fato gerador e o que é vigência? Fato


gerador é um ato praticado por alguém ou situação que este alguém se põe, sempre
previstos em lei, que faz nascer à obrigação tributária, existe 3 tipos de fato gerador:

 Fato gerador instantâneo – é o que faz nascer à contribuição


tributária cada vez que um ato for praticado.

 Fato gerador periódico – diz respeito àquelas situações que se


protraem no tempo.

 Fato gerador complexo ou complexivo -

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

Art. 105. Compete ao Superior Tribunal de Justiça:

Qual a diferença entre publicação, vigência e eficácia de uma lei?

R. Com a publicação a norma é tornada pública é valida, a vigência quando escoar


com a “vacatio legis”, eficácia quer dizer que ela passou a surtir efeitos.

>Anterioridade

> Noventena

> Não-confisco

As imunidades tributárias >

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Aula do dia 23/03/2009

FATO GERADOR > instantâneo – complexivo > periódico.

Instantâneo > a obrigação de pagar o tributo nasce no momento da ocorrência do


ato.

Periódico > situação que perdura no tempo. Ex. propriedade enquanto fato gerador
(de um veículo > IPVA; de um imóvel urbano > IPTU). O legislador fixa por lei um
determinado dia em que ocorrerá o pagamento de tais tributos.

Complexivo ou Complexo > é parecido, em alguns aspectos, com o fato gerador


periódico. Alguns doutrinadores colocam o fato gerador complexo como uma
modalidade de fato gerador periódico.

Aqui, vamos encontrar na legislação um fato X + um fato isolado y + um fato


isolado Z que, no seu conjunto, será fato gerador de um tributo N.

Então, uma série de fatos isolados, os quais, no seu conjunto, gera o nascimento da
obrigação tributária. Ex. o Imposto de Renda > é a obtenção de rendas ou proventos
de qualquer natureza, em momentos diferentes do exercício financeiro, que, no seu
conjunto, formarão a base de calculo do IR.

Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e aos
Municípios:
I - exigir ou aumentar tributo sem lei que o estabeleça;
II - instituir tratamento desigual entre contribuintes que se encontrem em situação equivalente, proibida qualquer distinção em razão
de ocupação profissional ou função por eles exercida, independentemente da denominação jurídica dos rendimentos, títulos ou
direitos;
III - cobrar tributos:
a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;

* A Lei que cobrar tributos, ou majora-los, não pode ser aplicada a fatos passados.
Ou seja, fatos ocorridos antes de sua vigência. É o PRINCÍPIO DA
IRRETROATIVIDADE.

A VIGÊNCIA, como regra, só ocorre após 45 dias da publicação da Lei,


período da vacatio legis.

A validade da Lei ocorre com sua publicação.

Aos fatos geradores ocorridos ANTES DA VIGÊNCIA DA LEI NOVA, se aplicam as


disposições da LEI TRIBUTÁRIA VELHA. Portanto, se hoje eu pratico um fato
gerador de ISS e uma lei passa a ser vigente amanhã estabelecendo uma nova
alíquota de 5% para esse tributo. Eu pagarei o devido PELA LEI VELHA. Que
estabelecia alíquota de 3%.

Alíquotas fixadas por lei publicada em


01/04/2009. Dizendo que a lei entrará em
Alíquotas do IR vigentes em 23/03 vigência após 2 meses de sua
publicação. Portanto, vigorará a partir de
01/06/2009.

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7,5%
15% Esta lei estabelece alíquota única de 25%
22,5%
27,5%

Como se aplica o princípio da irretroatividade nos fatos geradores


complexivos?

 Quando o fato gerador for complexivo este considera-se ocorrido após o final
do exercício financeiro equivalente. Isto quer dizer que a LEI NOVA que no
curso de um exercício financeiro tiver majorado um tributo não poderá ser
aplicada ao fato gerador que ainda irá ocorrer, pois embora esse fato gerador
ainda não pode ser considerado existente, neste caso para fins de aplicação do
PRINCÍPIO a lei precisa ser vigente antes da ocorrência da série de fatos.

 A lei para não violar o princípio da irretroatividade deve estar vigente ANTES
do início da serie de fatos que originou o fato gerador do IR.

 Neste caso (do exemplo da tabela) a alíquota de 25% não poderá ser
aplicada, prevalecendo a lei velha que estabelece alíquotas de 7,5; 15;
22,5 e 27,5%.

 O entendimento jurisprudencial e doutrinário é majoritário neste sentido. Não


é pacífico.

DISPOSIÇÕES DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL SOBRE O PRINCÍPIO DA


IRRETROATIVIDADE:
Art. 150. Sem prejuízo de outras garantias asseguradas ao contribuinte, é vedado à União, aos Estados, ao Distrito Federal e
aos Municípios:

III - cobrar tributos:


a) em relação a fatos geradores ocorridos antes do início da vigência da lei que os houver instituído ou aumentado;
b) no mesmo exercício financeiro em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou;
c) antes de decorridos noventa dias da data em que haja sido publicada a lei que os instituiu ou aumentou, observado o disposto
na alínea b; (Incluído pela Emenda Constitucional nº 42, de 19.12.2003)
IV - utilizar tributo com efeito de confisco;
V - estabelecer limitações ao tráfego de pessoas ou bens, por meio de tributos interestaduais ou intermunicipais, ressalvada a
cobrança de pedágio pela utilização de vias conservadas pelo Poder Público;
VI - instituir impostos sobre:
a) patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;
b) templos de qualquer culto;
c) patrimônio, renda ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das
instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos da lei;
d) livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

O PRINCÍPIO DA IRRETROATIVIDADE COMPORTA EXCEÇÃO? QUAL?

R. NÃO HÁ EXCEÇÃO NENHUMA. Não se pode considerar como exceção aquilo


que não excepciona a regra, como é o caso do art. 106 do CTN.

Obs > Lei que extingue e Lei que reduz tributos NÃO É EXCEÇÃO AO princípio da
irretroatividade.

CÓDIGO TRIBUTÁRIO NACIONAL:

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Art. 106. A lei aplica-se a ato ou fato pretérito:

I - em qualquer caso, quando seja expressamente interpretativa, excluída a aplicação de penalidade à infração dos dispositivos
interpretados;

II - tratando-se de ato não definitivamente julgado:

a) quando deixe de defini-lo como infração;

b) quando deixe de tratá-lo como contrário a qualquer exigência de ação ou omissão, desde que não tenha sido fraudulento e não
tenha implicado em falta de pagamento de tributo;

c) quando lhe comine penalidade menos severa que a prevista na lei vigente ao tempo da sua prática.

Este artigo constitui exceção à regra da anterioridade?

R. não se trata de exceção. Todos os casos aqui previstos referem-se a situações que
não estão na regra.

Aula do dia 25/03/2009

Revisão da matéria do primeiro bimestre.

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