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5 Pare Ulhoa Coelho IL IOOS GQ LEI DE FALENCIAS de recuperacao de empresas (FPabio Uthoa Coetho JA atual Lei de Faléncias (Lein, 11.101, Se 9-2-2005), origindria de um projeto que tramitou por onze anos no Poder Legislat. 10. introduziu no direito brasileio impor. tantissimas mudancas De um lado, substituiu 0 arcaico ins: Guimento da concordata pela recuperacao 2 empresa (udiciale extrajudicial, sinters zando a ordem juridica nacional com a de Palses mais deservolvides. © instituto vi. Sem Possiblta a reorganizacao de empre. S28 €m crise, em beneficio nao apenas se Jen” Mtuleres como também dos emprega- Gos, consumidores, credores e de tods abrem a0 advogado atuante no direito ema Presarial, em vista da complexidade e novi. Gade envoltas na discipina do vecuperacso a empresa, Os interesses do deverior orn Erise @ dos credores conflitam e dever sor Sauacionados em instancias até entao ine. Xstentes ‘no ireito brasileito, como a as. Sembleia geral dos credores, e por meio de istrumentos juridicos inéaitos, como o pla. Re de reorganizagso, De outro lado, @ Lei de 2008 aterou dle forma profunda 0 processo da falencio mo © inquérito judicial e a verificacdo de Boe cesiutiscionatizou a habiltacso los credores, redefiniu 0 papel do Minisre 10 Pilblico, profissionalizou a adminisracso a faléncia, racionalzou a realizagao ue oh, wg atterou significativamente a ordem de Classificacao dos credores comentarios 4 LEI DE FALENCIAS ede Tecuperacdo de empresas E Visite nosso portat comentarios a LEI DE FALENCIAS e de recuperacdo de empresas Fabio Ulhoa Coelho 9 edigao 2013 store CAB Saraiva (CM Ein Setar nS ee foe Sect BBesacton inn ed tiene suas stupa einai So ae Fo ah Ss oe pe Se ae te Soe ny ‘ene = foe 5 tise cs nna a x MSL eos nese fee utes aethst faci seen ne seusroaums, peta 9a fre ster aie ‘cum saan so osera waa ele th tome fe (6 G96 Te) 2112 —Coe Gn cas Sella oe 9—yite Fe 0 3SN—foc G91 doh Baal ne 175 os faye as ae tare 6 so wetnucns Setanta, Few nF S151 ‘eno ro ny ‘efoto 3c fon 108“ DA toe ooeunenersoro sare Ys Son 1901 Fea 27sec Tay oes Bales rocoto sn fete fog fous Sb SHAS aa /sanaser esti nus Fae Oth hte shes oe ‘san Basa2s6579 i Bial §, Respuarto baa aaa Gi aa ns ‘Ind pa cetioge std: 1. Bol: al came Flo. Diao camel 47735814094 58) Di ed! Lat ie er ere eda ig es ‘ir rs sn eae ‘Asie i St Ms Sa, el foes Be sy ‘repaid rea Do fot owe Ate eeprom Gia veep Fes io ds pros Ka i lr Gage, ‘nia ioe Sores Cent ais ee Mai po fas Cone Pebtt tttone aor Tag es Ahora Tog Gets Sams Pees? esse wonsaacom se rete pn aeieataeree rte Rot eee noun Gabe eee Os professores-assistentes so importanttssimos: aliviam tarefas administrativas, coordenam semindrios, esclancen ditvidas dos alunos, auxiliam na avatiagdo. Em mais de ing anos de doctncia, tenho tido a felicidade de contr con colaboracéo desinteressada — além da amizade — de vatioss assistentes Jo pn ogibradecer dedicando-thes este livro. Abaixo nomac, 08 ue sao ou foram meus assisientes nos cursos de Braduacéo wala prtlzagio da Pontificia Universidade Catslioa da Séo Paillo. Procurei lembrar de todos. Se acaso alguém me escapou, ego-the que me perdoe e se considere tambént destinatdrio desta dedicatoria ¢ de meus agradecimentos. ALESSANDRA RIVERALAINEZ TRIDENTE ANA LUCIA ALVES DA COSTA ARDUIN ANDRE MARCOS CAMPEDELLIT CARLOS DAVID ALBUQUERQUE BRAGA CARLOS DIAS MOTTA CELESTE MARIA GAMA MELAO CLAUDIO VILLAR FABIO COSTA CouTO FILHO HELGA ARARUNA SILVA FERRAZ DE ALVARENGA HENRIQUE HILDEBRAND GARCIA JULIANA DARINI TEIXEIRA MAGDA PREVIERO MARCIO FERRO CATAPANI MARCOS ANDREY DE SOUSA MARIA ISABEL ALMEIDA ALVARENGA PEDRO CORDELLI RICARDO BERNARDI RITA DITOMASSO. ROSEMARIE ADALARDO FILARDI SHIRLEY MESCHKE MENDES VERA BOLCIONI FRISONI INDICE Capitulo DISPOSICOES PRELIMINARES 1, Ambito de incidéncia da lei 2. Coneeito de empresa enna 3. Conceito legal de empresétio .... 4. A teoria da empresa no direito brasileiro ... 5 5. Atividades econdmicas empresariaise atividades econ6- micas no empresariais ... 5-A. Associagao nao titula o direito A recuperag’o ..... 5-B. Sécios de sociedade empresdria nfo so empreséirios.. 6, Empresério individual... 7. Sociedade empreséria 8. A crise da empresa 8-A. Sociedades simples. Art, 28 9. Sociedades empresérias excluidas da fléncia da recupe- ragao judicial .. Art, 38 : 10. Dispositivo equivalente na lei anterior .. 11, Competéncia dos feitos falimentares .... 11-A, Competéncia e sede contratual ou estatutéria. Art #8 12. Dispositivo vetado.. 13. Atuagio do Ministeé 14, Atuagdo do Ministério Publico na recuperago de empresa Pablico na faléncia 56 59 60 60 60 61 62 62 66 {indice See eee re Capitulo 11 DISPOSICOES COMUNS A. RECUPERACAO JUDICIAL E A FALENCIA Segio I Disposig6es Gerais Art. 5° 66 15. Dispositivo equivalente na lei anterior o7 16. Credores nao admitidos .... 68 16-A. Garantias concedidas dentro do grupo 68 Art. 68 Sroraseesnoaiected 70 17. Dispositivos equivalentes na lei anterion n 18. Suspensao da prescrig&o a 1 9. Suspensii das execugses individuais na faléncis 3 20. Suspensio das execucdes na recuperacio. judicial 74 21. As ages contra o devedor 75 22. Prevencdo eee 75 22-A, Suspensii das execucdes contra os selon aaah tas 76 22-B. Registro da faléncia no distribuidor.. 17 Segao I Da Verificacdo © da Habilitagao de Créditos AP 7 se a 7 23. Visto geral da verificagao de crédito. 78 23-A. Stimula 44 do TISP. - 7B 24, ‘Habilitacao de erédito e apresentagao de divergéncias . 79 2A. Convengio de arbitragem e recuperacao judicial 80 Art. 8 os pote 81 25. Dispositivo equivatente na lei anterior 81 26. Impugnagao de crédito .. = 81 Art, 92 : 7 : 82 27. Dispositivo equivalente na lei anterior . 83 28. Requisitos da habilitagao de crédito 83 i | i 9 indice Art 10 : ee 84 29. Dispositivo equivaiente na lei antenor 85 30. Habilitacso retardatdtia ..... 85 31. Divergéncia retardatéria eH 86 31-A. Custas na habilitagio de crédito 87 Art 1 ee : 87 32. Dispositivo cquivalente na lei antenoe 87 33. Contestagio da impugnagiio 88 AMT2 ccs st 88 34. Processamento da verificagdio de crcdites : 88 Ant. 13 : 89 35: Dispositivo equivalente na lei anterion ea 89 Art. 14 i : on) 36. Homologagio do QGC (Quadro G s 89 Art 15... eae 90 37. Dispositivo equivalente na lei antoriog a 90 38. Decisio da veriticacao e das impugnagoes . 90, 38-A. Honorérios de sucumbéncia...... 1 38-B. Descabimento ini 92 : - 92 39. Reserva em favor do credor impugnado 92 Art 17 .., 7 ia 92 40. Dispositivo equivalente na lei anterion 93 41. Recurso contra a decisio da habil itagdo ou impugnacio 93 Art. 18 eae 93 42. Dispositivos equivatentes na lei anterior . 94 43. Consolidacio e publicagio do QGC (Quadro Geral de Credores) . 94 Art. 19 oe 7 94 ‘44. Dispositivo equivatente na lei anterior 95 {dice 10 eee reece eee eee eee eee ok 45. Agao resciséria de crédito admitido .... 95 96 96 Secao TI Do Administrador Judicial e do Comité de Credores Alt 2D sstisesnmsense a 96 47. Dispositivo equivalente na lei anterior . 97 48. Perfil do administrador judicial ... ” AM 22 soerrsse He Hanae EHOs 48. Competéncia do administrador judicial na faléncia 101 49-A. Despesas no exterior incorridas pelo administrador na LT isennneinerann — 102 50. Competéncia do administrador judicial na recuperaczo judicial .. a a 103 51, Indetegabilidade da fungao ..... 105 52. Cobranga dos devedores do falido 105 AM 23 socio 106 53. Prestagao de contas do administrador judicial 106 34. Destituicao e substituigtio do administrador judicial 107 55. Destituicao do administrador substituido 107 Art 24 ae 107 56. Dispositivo equivalente na lei anterior 108 57. Remuneragio do administrador judicial : 108 S7-A. Prinefpios norteadores da fixagao da remuneragao.... 110 57-B. A reserva de 40%... M1 Art. 25 eres a 1 58. Dispositivos equivalentes na lei anterior .. ut Art. 26 11 59, O Comité : 112 60. Instalacio do Comité... 113 61. Funcionamento do Comité 4 eee 62. _Informagées confidenciais .. Competéncia do Comité na recuperagao judicial - Competéncia do Comité na faléncia Livro de registro de atas do Comité Inexisténcia do Comité Remuneragao dos membi do administrador judicial e membro do administrador judicial . Destituicsio de membro do Comite ...... . Destituigaio do izagio do administrador judicial e do membro + Ressalva da responsabilidade do membro do Comité Investidura do administrador judici - Substituicdo do administrador judicial e membro do Co- 74-A. Recusa do requerente da faléncia Da Assembleia Geral de Credores 75. Competéncia da Assembleia Geral de Credores Indice 115 115 n6 118 11g 119 119 ng 119 120 121 121 122 122 123 123 124 125 125 125 126 126 127 127 Indice 12 13 Indice Art. 36 : 129 Art. 45 ee 155 76. Convocagio da Assembleia Geral de Credores 130 94. Quorum de deliberagio do plano de recuperacio ...... 156 Art, 37, . 0 = 130 Art. 46 se panes 156 77. Instalacdo e funcionamento da Assembleia. 132 95. Quérum de deliberagio de venda extraocdindria na fa. 78. Quérum de instalagao .. 134 léncia a ee ts Bee - 1ST 79. Voto por procurador .. 135 80. Voto do credor pessoa juridica : Seg Capitulo II 80-A. A representagio dos trabalhadores pelos sindicatos . 137 DA RECUPERACAO JUDICIAL 81. Participacao do advogado na Assembleia 437 Seco 1 Art 38 cersetsssieeinetisticiinne 138 Disposigdes Gerais 82. O direito de voto do credor 138 157 82-A. 0 S6CI0 OCUMOescrsncnne, 139 me 83. Voto do credor em moeda estrangeira 140 Art. 39 ....., = 141 tesenseaseenseen 160 84. Participantes da Assembleia na faléncia Be 142 98. Solugao de mercado e recuperagdo da empresa ., 161 85. Participantes da Assembleia ‘a recuperacao judicial .. 143 Art. 48 168 ni coe ieee jae 99. Requisitos para requerer a recuperacio judicial. 168 99-A. Requerente integrante de grupo econémico. 170 fee ta dees ou 99-B. Litisconséreio ativo.... 171 BB: Garantia de realizacio da Assembieia . ie 99-C, Inatividade da empresa... a . 172 85-A. Excepcionalidade da suspensio ou adiamenio ae 99-D. Recuperacdo judicial de sociedade concordatiria falida 172 AMAT woe scree z 149 100. Requerimento da recuperago judicial pelo sécio 173 89. As inst€ncias deliberativas da Assembleia .. - 149 101. Quem suporta os custos da recuperagio judicial? 174 90. Critica a disciplina das instancias deliberativas .. 150 102. Viabilidade da empresa ....., 176 Art 42 san nnn 151 Art. 49 7 178 91, Quéram geral de deliberagio 151 103. Credores sujeitos & recuperagio judicial .. 179 Art. 43 rveenteserseen wees 153, 103-A. Conceito de bem de capital 180 92. credor sécio da sociedade devedora na Assembleia 153 103-B. Responsabilidade dos coobrigados ae 181 92-A. Impedimento de voto contrétio a0 plano. 154 103-C. Conta vinculada aberta pelo proprio banco credo! 181 Art. 44 sensansersaes 155 103-D. Direitos creditérios sto DEMS eecrrenssnsee 182 93. Eleigdio dos membros do Comité 155 103-E. Execugio promovida pelo credor titular de ACC 184, indice 103-F. Inclusio de credores nao sujeitos no plano de reorga- nizagao ter 103-G. A cessio fiduciria nd esta sujeita A conta vinculada, 103-H. Valores que excedem o crédito com garantia pignora- ticia.. Heo 103-1. Contas de luz, gua e 28s 1 103-5. Constituigio da propriedade fiducidria 103-K. Penhor de recebiveis...... Ce 104, Meios de recuperagao da empresa ie 105. Dilago do prazo ou revisio das condigées de pagamento 105-A. Flexibilidade dos meios de recuperagao we... 106. Operacdo societéria 107. Altera¢io do controle societéti 108. Reestruturagdo da administracdo 109. Concessiio de direitos societérios extrapatrimoniais aos credores 110. Reestraturagio do capita. 111. Transferéncia ou arrendamento do estabelecimento , 112. Renegociagao das obrigagdes ou do passive trabalhistas 113. Dagéo em pagamento ou novagibo . 114. Constituigio de sociedade de credores .... 115. Realizagao parcial do ativo ... 116. Equalizagko de encargos financeiros .. 117. Usufruto de empresa : 118. AdministragZo compartithada .... 119. Emissio de valores mobilidrios .. 120. Adjudicagéo de bens ...... : 121. Financiamentos garantidos por caugao de titulos 121A. Alienacio de bem gravado.. 121-B, Supresséo ou substituicdo de garantia... 14 185 185 188 139 189 189 189 190 191 192 192 193 194 194 195 195 196 196 197 197 198 198 199 199 199 200 201 1s Indice Seco II Do Pedido e do Processamento da Recuperagao Judicial Art 51. naa 122, Fases do processo de recuperagio judicial 123. Requisitos da petig&o inicial de recuperasao judicial 123-A. Falta de instrug%o adequada.... 123-B. Custas do processo de recuperagao. 123-C, Emenda da inicial de recuperagio...... 124. A escrituracio da requerente 125. Fase postulat6ria da recuperagio judicial Art. 52 a + 126. Despacho de processamento da recuperagio judicial 127. Suspensio das agdes e execugdes 127-A. Processamento da recuperagio judicial nfo impede protesto de titulos.. : 128, Fase de deliberagdo da recuperagio judicial 129. Desisténcia do pedido de recuperagio judicial 129-A. Limites do despacho de deferimento do processamento . Secao III Do Plano de Recuperagao Judicial Art. 53 i 130. O plano de recuperagao judicial 131. Planos alternativos 132. Bld-bla-bid... Art. 54 133. Os direitos dos empregados no plano de recuperagao 133-A. Conflito de interesses entre 0 INSS ¢ 0s credores tral thistas Segiio IV Do Procedimento de Recuperagao Judicial Art, SS nso 201 203 203 209 209 210 210 un 212 213 215 216 217 217 218 219 219 222 223 224 225 225 227 Indice 16 — 134. Apresentagtio de objegdes ao plano de recuperacdo Ant. 56 136. Inexisténcia de débito tributirio 137. Concessio da recuperagio judicial 137-A. Soberania da decisio assemblear. Art. 59... : : 138. Efeitos da concessio da Fecuperacao judicial . 139. Sentenga concessiva de Tecuperagiio judicial Art. 60. 140. Alienagao de filiais ou unidaces Produtivas isoladas 141. A questio da sucessio (1) 141-A. Constitucionalidade do dispositive Art. 61 .. : 142. Cumprimento do plano de Fecuperagio Art. 62 sstnnetensntce : 143. Descumprimento do plano de Fecuperagio .. : 144. Reconstituicdo dos direitos dos credores, em caso de fa- lencia .. ait a : 145. Bncerramento da recuperagao Judicial Art. 64 227 228 228 228 230 230 231 231 231 233 234 234 235 236 237 238 238 238 239 241 241 241 242 242 243, 243 244 245 17 fndice AM 65 coecceesee a 246 147. O gestor judicial ..... 246 Art. 66 eee ca 247 148. Restrigdes ao devedor em recuperagao ....... . 247 149. Consequéncias da inobservancia das restrigées «248, Art. 67 ... - oe 248 150. Reclassificacio dos créditos 249 151. Reclassifica, Ihistas eeeecenaeven 250 152. Exclusao dos créditos nao negociais 250 Art. 68 ... - — 250 153. Créditos fiscais na recuperaco judicial 251 ATt. 69 oo... i 251 154. Conhecimento da recuperacao por toroeiney 251 Seco V Do Plano de Recuperagaio Judicial para ‘croempresas e Empresas de Pequeno Porte Arts. 70 a 72 - 252 SS. Recuperagio judicial de microemprosa og empresa de Pequeno porte : 253 Capitulo 1y DA CONVOLACAO DA RECUPERACAO JUDICIAL EM FALENCIA Art. 73 255 156. Vinculacao do insucesso Cretacao da faléncia 256 157. Hipoteses de convolagao nnn . 287 158. Bfeitos da convolagao em relagao aos credores , 258 Art. 74 259 159. Um 259 ‘indice 18 eee Ee eee eeLe eee CEE Heed Capitulo V DA FALENCIA Segio I Disposigdes Gerais Art. 75 ae 260 160. Conceito de faléncia suen 260 161. Devedores sujeitos a faléncia 265 161-A. Operadora de plano de satide.. 268 Art. 76 cece 269 162. Dispositivo equivalente na lei anterior 269 163. Universalidade do jutzo falimentar oes... 269 164. Substituigdo do falido pela massa falida ... 2 Att IF ossn as 272 165. Dispositivos equivatentes na lei anterior ...... 272 166. Vencimento antecipado e equalizacio dos créditos. 272 167. Créditos em moeda estrangeira na faléncia .. 273 ANS, 78.679) cosersse 273 168. Regras de distribuicdo da faléncia .... 274 Art. 80 . Ee 274 169. Credores habilitados na recuperagio judicial ..... 274 An. 81. Sere 275 170. Faléncia do s6cio de responsabilidade ilimitada ... 275 171, Administradores ¢ liquidantes da sociedade falida ........_ 276 Art. 82 .. 277 172. Dispositivos equivalentes na lei anterior 217 173, Responssbilidade dos sécios, acionistas e administradores 278 173-A. Desconsideragdo da personalidade juridica e as execugdes individuais contra os sécios... 280 173-B. Desconsideracio da personalidade jurfdica ¢ 08 direi- tos constitucionais dos S6Ci08 wenn 280 174, A agdo de integralizacao ... 281 al 19 175. Indisponibilidade de bens Segaio Da Classificagao dos Créditos ATE 83 sors : 176. Dispositivo equivalente na lei anterior ...... 177. Ordem de classificagio dos credores 177-A. Constitucionalidade do dispositivo. 178. Tratamento paritério dos credores 179. Credores trabalhistas ¢ equiparados ....... 179-A. Multa derivada da legislagao trabalhista.. 179-B. Multa derivada de acordo trabathista. 179-C, Calculo do limite do crédito trabalhista privilegiado.. 179-D. Equiparacdo do crédito dos representantes comer- ciais aos trabalhistas.... 179-E. Reembolso de honorérios de sSvogao ao reclamante. 180. Credores com garantia real .. 181. Credores fiscai elie 182. Credores com privilégio especial 183. Credores com privilégio geral 184, Credores quirografatios o.oo. ee 185. Cléusula penal e penas pecuniérias ...... 186, Credores subordinados 186-A. Controlador extern ... : 187. Juros posteriores a faléncia e corregao menetaria 188. Sintese i 189. Cessio de crédito e a excegao do crédito trabalhista Art. 84... 190. Os créditos extraconcursais 191. RestituigGes em dinheiro (1) .. Segdo III Do Pedido de Restituicaio AV BS sascescsntstnenee Indice 282 283 284 285 286 288 289 292 292 294 295 295 296 298 302 303 304 306 307 308 308 310 311 3il 312 314 315 Indice to 192. Os pedidos de restituigao : 192-A. Nido cabe pedido de restituigao na recuperagio judicial 193, O pedido de restituigao do caput do art. 85 194. O pedido de restituigao do parigrafo Gnico do an 85. Art, 86 ... : aan 195. Restituigdes em dinheiro (2) oe : 196. O pedido de restituigao de adiantamento ao exportador 197. O pedido de restimigao do art. 136 ... AMIS, 87 22 voeccse : 198. Dispositivos equivalentes na lei anterior 199. Rito do pedido de restituigao AM IF vars Soe 200. Os embargos de terceito Segio IV Do Procedimento para a Decretagdo da Faléncia Art, 94 .. tie 201. Dispositivos equivalentes na lei anten 201-A. Pesquisa da intencao do requerente 202. A insolvéncia juridica 203. Impontualidade injustificada a 203-A. Suficiéncia da prova da impontualidade 204. Execugio frustrada een 204-A. Suspensao da execucao frustrada..... 204-B. Bxecucao frustrada e falta de executividade do titulo. 205. Ato de faléncia : : 206. Instrugio da petigao inicial : 206-A. Instrugdo do pedido fundado em ato de faléncia Z 206-B. Caugio para garamtia de remuneracdio do administrador Judicial... a . 207. Protesto para fim falimentar .. canst 207-A. Protesto cambial e protesto para fins de faleneig, 207-B. A Simula 361 do STS. 330 332 332 333 334 336 336 337 338 338 340 341 342 342 343, 207-C. Inexigibilidade do piotesto .... APIS ccc anes i 208. ‘A recuperacio judicial como meio de defesa . 208-A. Intempestividade do pedido de Tecuperacio judicial. Art. 96 ... eee 209. Excludentes da faléncia Art. 97 310. Dispositivo equivatente na lei anterior 211. Legitimidade para 0 pedido de faléncva de sociedade empreséria : 212. Legitimago do credor com titulo nie vencido 212-A. Emenda da inicial ,. 212-B. Crédito posterior ao pedido de Fecuperagaio. Art, 98 . : : 213. Dispositivos equivatentes na lei anterior 214. Resposta do devedor .. NAA. CitAg9O were 214-B. Descaracterizagao da tansagdo judicial 214-C. Citagao por edital 215. O depésito elisivo 215-A. Descubimento de audiéneia de cone 215-B. Apreciacao da respost: . 215-C. Prejudicialidade externa ¢ suspensio do pedido 216. O Ministerio Publico no pedido de falénei Art, 99 217. Dispositivo equivalente na lei anterior. 218. A sentenga declaratéria da faléncia 29. Contetido da sentenca dectaratéria da falonoia 220. O termo legal da faléncia : : 221. Continuagio proviséria das atividades do falido 222. Publicidade da sentenca declaratéria da faléncia iagdio indice tice 345 345 345 346 346 347 348 348, 349 351 351 352 352 352 353 354 355 355 355 356 357 357 357 358 359 360 361 362 363 363 Indice 22 23 indice AP 100 ecrsssro on ‘| 364 238. Regras especiais sobre alguns beNS weiner 387 223. Sentenga denegatoria da faléncia 364 Art. 109. 388 224. Recursos no pedido de faléncia 366 239. Lacragio do estabeleci mento do falido 388 Art. 101 tea 367 Art. 110 389 225. Dispositivo equivalente na lei anterior... 367 20, O auto de arrecadagao 390 226. Responsabilidade do requerente ..... 367 ie PEE 301 Seco V 241. Venda suméria dos bens arrecadados .... 391 Da Inabilitagao Empresarial, dos | Art. 112 392 Direitos e Deveres do Falido | 242, Guarda dos bens arrecadados 303, Arts. 102 a 104 368 | Art. 113 - 393 227. Dispositivos equivalentes na lei anterior 370 | 243. Venda antecipada dos bens arieondados 303, 228. Bfeitos da faléncia em relagdo ao empresério individual | falido ... 31 ' Art. 114 a 394 229. Efeito da faléncia em tel: | 244, Frigo dos bens asecadados falida ...... ae | Segdo VIII 230. Bfeitos da faencia em lag tos s6cios da sociedade | Dos Efeitos da Decretagdo da Faléncia " i sobre as Obrigagdes do Devedor Seco VI j Art 115. ians Da Faléncia Requerida pelo Proprio Devedor | 245. Credores sujeitos fe admitidas & faléncia 395 Arts, 105 4 107 .... 380 | 246. Direitos dos credores admitidos ....... 397 231. Dispositivo equivalente n: na lei anterior 381 } 247. A massa falida subjetiva 398 232. A autofalencia «rece 381 | 399 233. Consequéncia da falta do pedido de autofalénc’ 382 j Art, 116 cesssseseeon | 248. Titular de direito de retencio .. 399 Seco VII i 249, Titular de direito de retirada 400 Da Arrecadagao e da Custédia dos Bens | ad sat Arts. 117 ¢ 118 : 400 Art, 108 .. oe | i dente na lei anterior 401 234, ‘Dispositivo equivalente na lei anterior 383 ' 250, Dispositive equivalente ni Gene aeendn oi 235. Constrigéo judicial dos bens do cose individual 7 251. Os contratos ‘tunilaterais © laterais do falido abe falido 383, 252. Cldusula de rescisao pela faléncia 403 236. Constrigdo judicial dos bens da sociedade empresécia i Art. 19 : a Fabida oes : nu i tivo equivs rior 405 237. Securitizadora com Recebiveis Imobilidrios em regime 2032 Dasroel tivo caylee na et Sie fiducidtio .. ial aie 385 254, Supletividade do dispositive .... 406 253. Compra e venda mercantil — faléncia do comprador 256. Compra e venda mercantil —faléncia do vendedor ..... 257. Reserva de dominio ... 258. Compra e venda a termo 259. Compromisso de compra e venda 260. Locagao ote 261. Locagio em shopping center . : 262. Camara de Compensagio e Liquidagio 263. Patriménio de afetacao a 263.1. Coneeito de patriménio separado 263.2. Trés digressdes doutri os 263.3. Separagdo do patrim6nio .... 263.4. O patrimdnio separado no direito positive 263.5. Patriménio separado e imprecisées do texto legal 263.6. A faléncie do titular de patcimdnio sepurade . 263.7. Tratamento especifico dos créditos fiscais ¢ traba- thistas. 263-8. Capital para garantir pagamento de pensto 264. Contratos de consumo 265. Alienacao fiducidria em garantia 266. Contratos cm moeda estrangeira 267, Contrato de CAMBIO wna eae 268. Depssito em armazém geral 269. Contratos de trabalho : 270. Contratos administrativos Art. 120 . caiet 271. Mandato © comissao .... ee a 7 272. Dispositivo equivalente na lei anterior 273. Conta corrente ...... AP T22 cars zl : 274. Dispositivo equivalente na lei anterion 24 406 408 409 409 410 410 4iL 412 413 414 417 419 421 424 426 429 430 431 432 433 434 435 436 438 438 439 439 440 440 441 441 25 275. Compensagio «0... Art. 123 ee 276. Apuragto de haveres 277. Condominio indivisivel Art 124 , Poriet 278. Dispositivo equivalente na lei anterior. 279. Suspenséo da fluéncia dos juros 7 280. Excosdes & regra de suspenso dos jurce re 281. Faléncia de espétio Art, 126 sane : i 282. Relagdes patrimoniais nao reguladas ne Les de Fa- cr neta nee AM 127 secsotsteisieieceeise 283. Faléncia de devedores solidarios Art, 128 : . : 284. Credores coobrigados e garantos Segdo IX Da Incficiécia e da Revogagao de Atos Praticados antes da Faléncia Art, 129 : 285. Dispositivo equivalente na lei anterior 286. Atos ineficazes do falido 287. Ineficdcia objetiva 288. Pagamento de divida no vencida : 289. Pagamento de divida por meio no contratado a 290. Constituigao de garantia real no termo legal da fa- eneia ne : 291. Atos gratuitos . 292. Remtincia a heranga ou legado 293. ‘Trespasse irregular indice 441 443 443 444 444 444 445 445 445 445 446 446 446 4a7 447 448 448 449 450 452 453 453 454 454 455 456 Indice 329. Antecipagoes : 491 330. Pagamento de saicios salariais i 491 Art, 152 492 331. Indenizagio punitiva a 493 Art, 153 : Sittin 493 332. Restituigo do saldo ao falido ou sbcioe da falda... 493 Secao XI Do Encerramento da Faléneia e da Extinggo das Obrigagées do Falido AMIS sec me aoe 494 333. Processamento das prestagdes de conta 495 Ants. 155 e 156 .. : 495 334. Encerramento da faléncia a 496 334-A. Ilegitimidade do credor nio habilivade 496 Arts. 157 @ 160... iti 497 335. Dispositivos equivalentes na lei anterior 498 336. Extingao das obrigagoes do falido 498 Capitulo VI DA RECUPERACAO EXTRAJUDICIAL Art. 161... ee 500 337. A recuperagio extrajudicial de empreses 501 338. Requisitos subjetiv so extrajudicial 501 339, Reqi 502 340. 7 503 341. Credores preservados da recuperagio extrajudicial 341-A. Remissio ao CPC ,. Art. 162 505 505 29 indice dive 342. Homologagio facuttativa .... Art 165 F 343. Homologagao obrigatsria 344. Instrugdo da peticao inicial AT 164 vccotnnecsncnscernee eee 510 345. Processamento do pedido de homologagio .. S11 AM IOS oars a 513 346. Efeitos pretéritos da homologagao .. Peete et Art. 166 ‘ : 513 347. Alienago em hasta judicial 513 Art. 167 He S14 348. Outro dispositivo indtil SI4 Capitulo VIT DISPOSICOES PENAIS Segdo I Dos Crimes em Espécie Arts. 168 4178... ‘S14 Segdo IT Disposigées Comuns Arts. 179 e 180 .... Ho S18 349. A designagao “crime falimentar” 518 Art. 181 i ss S18 350. Efeitos da condenagao penal Por crime falimentar ..... S19 Art, 182... S19 Sedo I Do Procedimento Penal 520 520 LEIN. 11.101, DE9 DE FEVEREIRO DE 2005 (*) Regula a recuperagio judicial, a extrajudicial e a fac 'encia do emprescirio ¢ da sociedaste ‘empresaria. © Presidente da Repiiblica ago saber que @ Congresso Nacional decreta € eu sanciono a Seguinte Lei. Capitulo DISPOSICOES PRELIMINARES Art. 1° Esta Lei diseiplina a recuperacio judicial, a Caen extrajudicial ea falencia do emprene eda sociedade empreséria, doravanie veferidos sim- plesmente como devedor. <1. Ambito de incidéncia da lei A tiova Lei de Faléncias tem auetior. Ela se aplica a execugdo concursal Sujcito as normas do Direito Comercial, Desile a entrada em vigor do Cédigo Civil de 2002, 0 sujeito as normas do Direito Comerci ditames da teoria da empresa, Por isso, a identificagio do Ambito de incidéncia da nova lei depende do exame dessa teoria 2. Conceito de empresa Conceitua-se empresa como sendo atividade, cuja marca essen- cial € obtengio de Iucros com o ofereciments 0 mercado de bens Publicada no Didrio Oficial da Unido de 9 de fevercxo 16 2005 (edigao entra) “an. 12 34 ou servigos, gerados estes mediante a organizacao dos fatores de produgao (forga de trabalho, matéria-prima, capital ¢ tecnologia). Bega modo de conceituar empresa, em torno de uma peculiar ativi- dade, embora no seja totalmente Isento de imprecisoes, € corrente hoje em dia entre os doutrinadores!. No passado, contudo, muito se discutiu sobre a unidade da nogio Juridica da empresa, que era vista como resultante de diferentes fa- ores, objetivos e subjetivos?, Certo entendimento bastante prestigia- do considerava-a, em termos juridicos, um conceito plurivalente. Para um dos expoentes da doutrina italiana sobre a empresa, Alberto As- quini*, ndo se deve pressupor que o fendmeno econdmico poliédrico da empresa necessariamente ingresse no direito por um esquema unitario, tal como ocorre na ciéncia econémica. No emaranhado de tcorias juridicas na doutrina comercialista italiana da primeira meta- de do século passado, Asquini enconira o que parecia ser a chave para a questo: a consideragio da empresa como um “fendmeno econd- mico poliédrico”. Dizia o jurista italiano: “O conceito de empresa é 0 conceito de um fenémeno econ6mico poliédrico, 0 qual tem sob o aspecto juri- dico, nao um, mas diversos perfis em relaco aos diversos elementos que 0 integram, As definigdes juridicas de empresa podem, portanto, ser diversas, segundo 0 diferente perfil, pelo qual o fenémeno eco- némico é encarado’ Baseando-se, entio, no multifacetado fendmeno econdmico da ‘empresa, Asquini distinguia quatro perfis: subjetivo, funcional, pa~ trimonial (ou objetivo) e corporativo. Pelo primeiro perfil, a empre- sa € vista como empresério, isto €, como o exercente de atividade Sobre as imprecisGes conceituais de empresa, ver Waldisio Bulgarelli, A teoriat Juridica da empresa, Sto Paulo: Revista dos Tribunais, 1985, p. 113 es, Sabre o ‘acento no aspecto da “atividade” este autor anota: “a falta de um especial relevo quanto [2 atividade] ¢ explicavel pela quase inexisténcia entio de estudos espe- cificos da doutrina juridica a seu respeito, 0 que s6 seria feito a seguiz, até com certo pioneirismo, por Tullio Ascarelli” (p. 124), > Confrontar com Giuseppe Fanelli Intraduzione alla teoria giuridica dell'imprese, Milano: Giusfre, 1950, p. 73-75. * “Perfis da empresa”, traducto de Pabio Konder Comparato publicada na Revista de Direito Mercantil, v. 104, p. 109-126, out.idez. 1996. * Obra citada,p. 109-110, id Art, 12 autnoma, de cardter organizativo e com assungdo de risco. Neste caso, a pessoa (fisica ou juridica) que organiza a produgio ou circu. lagao de bens ou servigos € identificada com a prépria empresa ‘Corresponde este perfil subjetivo a certo uso cologuial da palavra (os empresa faliu”, “a empresa esta contratando pessoal” etc.). Segundo Asquini, “na economia de troca o carter profissional da atividade do empresirio € um elemento natural da empresa, O prineipio da civisdo do trabalho e a necessidade de repartir no tempo as despesas da organizagao inicial, de fato, orientam naturalmente o empresério, bara especializar sua fungio por meio de uma atividade em série, dando lugar a uma organizagao duradoura, normalmente, com esco. po de ganho”®, Pelo perfil funcional, identifica-se a empresa & prépria ativida- de. Neste caso, o conceito € sindnimo de empreendimento e denota uma abstragéo®, um conjunto de atos racionais e seriais organizados pelo empresério com vistas & producto on circulagio de bens ou setvigos. E este perfil da empresa que a evolugao doutrindria da teo- ria ird prestigiar. Para Asquini, porém, ele é apenas um dos conceitos Juridicos atribuiveis a0 fendmeno: “em raz&o daempresa econdmica ser uma organizagao produtiva que opera por definigo, no tempo, guiada pela atividade do empresdrio, € que, sob 0 ponto de vista funcional ou dingmico, a empresa aparece como aquela forca em movimento que € a atividade empresarial dirigida para um determi- nado escopo produtivo” Pelo terceiro perfil, a empresa corresponde ao patrim6nio azien- dal ou estabelecimento. E o conceito objetivo, que muitas vezes Corresponde a certo uso coloquial do termo (“vou & empresa”, “a empresa fica em Sao Paulo” etc.), em que hé a identificagao delacom © local em que a atividade econdmica de produgio ou circulagao de bens ou servigos € explorada, Neste sentido, Asquini pondera: “O Obra citada, p. 111 Para Rubens Requido, “o conceito de empresa se firma na ideia de que é ela 0 exercicio de atividade produtiva. E do exercicio de uma atividade 130 se tem sendo uma ideia abstrata” (Curso de direito comercial, 0. ed, Sao Pauler Sarai. va, 1991, ¥. 1p. 57). 7 Obra citada, p. 116. 36 fenomeno econdmico da empresa, projetado sobre o terreno patrimo- nial, dd lugar a um patriménio especial distinto, por seu escopo, do restante patriménio do empresério (exceto se o empresaio & pessoa Juridica, constituida para o exercicio de uma determinada atividade empresarial, caso em que o patrimdnio integral da pessoa juridica serve Aquele escopo)”*. E. por fim, pelo perfil corporativo, a empresa é considerada, na formulaczo asquiniana, uma instituigio, na medida em que reine pessoas — empresdrio e seus empregados —~ com propésitos comuns, Asquini reputava que “o empresario ¢ 0s seus colaboradores dirigen. tes, funcionatios, operdrios, nao sito de fato, simplesmente, uma Pluralidade de pessoas ligadas entre si por uma soma de relagdes individuais de trabalho, com fim individual; mas formam um niieleo Social organizado, em funclo de um fim econdmico comum, no qual se fundem os fins individuais do empressirio e dos singulares colabo- radores: & obtencio do melhor resultado econdmice na produgio"™ A visio multifacetéria da empresa proposta por Asquini, sem diivida, recebeu apoio entusiasmado da doutrina”®. E certo, por outro Jado, que a teoria asquiniana da empresa como conceito multifaceta, do ainda repercute na doutrina produzida atualmente nos paises de ttadicao romanica''. © Obra cia, p. 118 * Obra citada, p. 122 "© Para Sylvio Mascondes, por exemplo: “Estes pects juldicos do conceito eon tnico de emprese so obra do grande comercialisn italiano Alberto Aseuin, yee resolves ume peodéneis na doctrine italiana, vidi em indimeres someon, cada qual pretendendo que a sua fose a verdadeien conceituagio de empress ony termosjurdicos. A tese de Asquin, hoje geneializadamenteacolhidn ¢ de soe g empress tem um conceitountirioceondmico, mas io wm conceit tana fr dco, porque a lei ora a trata como uma, ort, como outea” (Questoes ae tens ‘mercantl, Sao Pavlo: Sarva, 1977, p. 7-8). " Torge Manuel Coutinho de Abre, professor da Faculdade de Diteito de Coimbra, leciona em obca publicada em 1998: “Penso ser legtima a ullizagso sinortins dos dois vocsbulos [empresa eestabelecimenta] —e tomando em conte quer _sPago uskco-mercantil quer outros domiaios. Com efeo, a leis le ce odenn tal equipoléncia. E cet: ‘empresa’ denota preferencalmenteo “peril bjec, Ant 18 Mas dos quatro pertis delineados por Asquini, rigor, apenas o funcional realmente corresponde a um conceto Jurfdico proprio. A evolugdo da tcoria da empresa, porém, implicou 2 aulatina descon- Sideragio dos petfis subjetivo, objetivo e corporative, Concentraram- Se: Com efeito, os autores no perfil funcional como sendo 0 concei- Pett Cotporativo, por sua vez, sequer comesponde a algum dado de ‘ealidade pois a ideia de identidade de propéeitos a Teunir na empre- Sa proletétios e capitalista apenas existe om ideologias populistas de ireita, ou totalitérias (como a fascista)'*« tapi een © instaconaporsin er, sabelsimeny anda ese iene hendeo perio’ Masami cee ee ao rss am era ous agus da poi ulcons erg oe ene bere snd nemo objectado feninesy rene ‘mata cucu predvadeumajeacaecet )deriee eee ee orrsaltde~ as engine, Clabes sean ee * ashe eno Fer: "0 pebenaecnceis dooney oi Sens ao pr Asai ave fe uma coi am * Como destaca Waldiro Bulgareli: nto hé divide (.) de que.o perfil que ganhou favores ae9 {21 9 da atividade econdmica organizada, que veg merecendo os trans a doutin, inclusive da mais atual endo 66 ma lee ¢ ), que decidida- cei de maaetta 8 Sonsiigo da tora justdiea da empresa docs con. ‘ato de empresario evinculada& do estabelecimento” Ct reori a p. 142), Art 12 ee ; 38 Na verdade, no direito brasileiro, “empresa” deve forgosamente ser definida como atividade, uma vez que hi conceitos legais proprios para empresétio (CC, art. 966) e estabelecimento (CC, art. 1.142)" Estas faces do poligdrico fendmeno descrito por Asquini, entre n6s, devem ser adequadamente referidas pelos termos que o legislador a elas reservou, Ademais, cotrio deflui do conceito legal de empresirio, “empresa” s6 pode ser entendida mesmo como uma atividade reves- tida de duas caracteristicas singulares: é econdmica e € organizada 3. Conceito legal de empresario Empresario € definido na lei como 0 profissional exercente de “atividade econdmica organizada para a produgao ou a circulagao de bens ou de servigos” (CC, art. 966). Destacam-se da definigéo as nogées de profissionalismo, atividade econémica organizada e pro-~ dugdo ou circulagdo de bens ou servicos. Profissionalismo. A nogio de exercicio profissional de certa atividade associada, na doutrina, a consideragées de trés ordens. A primeira diz respeito & habitualidade. Nao se considera profissional quem realiza tarefas de modo esporddico. Nao ser empresétio, por conseguinte, aquele que organizar episodicamente a produgdo de certa mercadoria, mesmo destinando- -2. venda no mercado. Se esté apenas fazendo um teste, com 0 ob- Jetivo de verificar se tem aprego ou desapreco pela vida empresarial ou para socorrer situagio emergencial em suas finangas, ¢ nao se toma habitual o exercicio da atividade, ento ele nfo é empresério. O segundo aspecto do profissionalismo € a pessoalidade. “ Oscar Barreto Filho, com clareza, assinala: “Ao eonceito bésico de empresdrio se ligam as nogées, também fundamentais, de empresa e de estabelecimento. Sio ‘us nogies distintas, mas que na realidade se ucham estreitamente correlacions- «das, O empresdrio, como vimos, & um sujeito de diteito, ¢ a empresa € a ativida- dle por ele orgarizada e desenvolvida, através do instrumento adequado que é 0 estabelecimento, & figura do empresécia & determinada pela natureza da ativids de por ele organizada e dirigida: sob este aspecto, a noczo de empresirio é logi- ‘camente, um corolério da nogio de empresa” (Teoria do estabelecimento comer- ial, S20 Paulo: Saraiva, 2 ed, 1988, p. 115), cd Ami O empresétio, no exercicio da atividade empresarial, deve con- tratar empregados. Sio estes que, materialmente falando, produzem ou fazem circular bens ou servigos. O requisito da pessoalidade ex. Plica por que nio € 0 empregado considerado empresério. Enquanto este dltimo, na condigao de profissional, exerce a alividade empre_ sarial pessoalmente, os empregados, quando produzem ou circulam bens ou servigos, fazem-no em nome do empregador. Estes dois pontos normalmente destacades pela doutrina, na discussdo do conceito de profissionalismo, nao sto os mais impor. tantes. A decorréncia mais relevante da nogao esta no monopdlio das informagGes que o empresirio detém sobre 0 produto ou servico objeto de sua empresa. Este € 0 sentido com que se costuma empre. Bar 0 termo no ambito das relagdes de consumo. Como o empresério € um profissional, as informagées sobre os bens ou servigos que oferece ao mercado — especialmente as que dizem respeito as suas condigbes de uso, qualidade, insumos empre- gados, defeitos de fabricagtio, riscos potenciais & satide ou vida dos consumidores — costumam ser de seu inteiro conhecimento. Porguie Profissional, o empresario tem o dever de conhecer estes ¢ outros aspectos dos bens ou servigos por ele fornecidos, bem como o de informar amplamente os consumidores ¢ usudrios. Atividade. Se empresitio € 0 exercente profissional de uma atividade econémica organizada, entiio empresa é uma atividade, a de produgao ou circulagao de bens ou servigos, E importante destacar a questo. Na linguagem cotidiana, mes- ‘mo Ros mcios juridicos, usa-se a expresso “empresa” com diferentes ¢ improprios significados. Se alguém diz “a empresa faliy” on “s empresa importou essas mercadorias”, o termo € utilizado de forma errada, nBo técnica. A empresa, enquanto atividade, no se confunde Com 0 sujeito de direito que a explora, o empresitio. E ele que ira falir ou importar mercadorias. Similarmente, se uma pessoa enclama “aempresa esté pegando fogo!” ou constata “a empresa foi reforma,

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