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‘O raduoragzadece prof eanne-Mane Gage de Bons plo inetinve unio areas dete trast, CORNELIUS CASTORIADIS AS ENCRUZILHADAS DO LABIRINTO a Os dominios do homem Tisai: JOS# OSCAR DE ALMEIDA MARQUES [RENATO JANINE Dato PAZ ETERRA O imaginario: a criagao no dominio social-histérico® Mew asunto diz respit ao dominio social historia. Mas anes de incor a sua abontager, devo fazer algumas asergoesdecicidamente dogmatic Er princlr haga °o Ser” fo & um sisters no € wm sista de sistemas eo # um “grande encadeamento O Set € Caos, ou Abii, ‘9 Sem-Fundo. Caos dato de uma etratifiasao nto regular st ‘gue comprta"onganizagoes parca, emre especiias dos diversas restos que desobrios (desebrimonconsruimos,desnbrimodcritos) no Ser Segundo, 0 Ser no existe simplesmente “no” Tempo mas plo Tem po ipor mao do Tempo, em virtude do Tempo). Em exséncla 0 Ser € Tempo. (Ou sind 0 Ser ext, esencialmente, porSer) Tereizo,0 Tempo ndo€ nada, ou cacao. O Tempo, te filando, ¢ impensivel sem a ctiagdo; caso contrri, © Tempo seria ‘apenas uma quara dimensto espacial supranumerdea, Ciao, aqui, significa evdentemeante crag auténica, criagto ontolgic, a cia 25 Gonfrencipronunsad no Spi Internasonl de Stanford “De sowden¢ orem” 14316 estroge 1861)-Tradanida por mim do ingles ‘Ospina pubieado em Dione and Onder Proceing of fe Sento ae ‘tonal Symposton, Pie Livngtore ong) Santor’ Literature Sadist ‘Anim Lib, Strtog, 1984 xoINONIA {éenovas Formas ou nows eid, para utiliza term plato. ej dito, lis, que a cxiag0 como tal, no sentido proprio, ama fo considerad pela teolgia. Em termosMlosSico, a "cragio”teoogica€ 56 una pa lavra — um nome erado para agulo que én verdad, smplesmente producdo,fbricaao ou consrucze A etagio" topics spe sempre ‘© modelo do Tine, obrigada a ego: Deus € um Consteutor, Arteso, que contempla os cid (Fortas) pré-existentes 0 li comma modelos on paradigmas ao modelar a mati Mas Dewsndocria eds, ‘eam em Plato, nem emt qualquer outa teologia tacoma.” ‘Quartoyestsfatosfandamentas relives ao Setyao Tempo e Seti ‘so foram encobertos pela ontologia tradicional (ea sua esti, pela ncia) porque essa ontolgis sempre prose, cm sua vrtente ‘pal, por meio da hipereategoris fundamental i deermnidade (pers, fm gregos Bestnmcz em alemo}. A determinidade leva § nega dd tempo, atemporaldade:se algo eats verdadiramentedeterminado, ‘sti determinado desde sempre e para sempre, Se ese algo se mnifce ‘osmndos de sua mdanga eas formas que es munanca pole prods ‘oj eterminados. Os “acontecimentos” nao so ento, nada mais sq a realzaio deli, ea “histéra” nada mais que v desdobramento, 4 longo de ums quartadimenst, de una “racersto™ Que no passa ‘de uma simples coexistenca para um Espirito Absolut (ou pita ten. a centifica acabada).Nesse caso também o Tempo é pura sspetigao de instanciagbes de les, se nao de“acontecimentos Pars esta ontologi. _ngacio do Tempo como possiiidad permanente daemergtncis do Di ferent ¢ uma questa de vids os morte slo taminém razdes profs. damment igadas 9 ese referencia de deterinidade que learn a onto 236 Dignexictamente toga eatnal Manteo det ue wilt ‘te una eomtngbnea blu de too rf de nds aco lope 36 hug do cater ciao ds "verdad teat” ny teat dseapery {ncomnpatel ale dino, cord gues loi avon vin sencbelcet Wott ito na primera pte da La rion hurtin for Pinto De € esto (demrugo 6 formas "itrneie” lta Rept 397 {S-Comundo neo etado que le conten, na Time ns nce ene po rats rindor dos xchat canoes Arete (Mein 189 “i atria nae dos eth formas utes, senenton matics Te hem tampousodo~tero Vvete: De resto es do Gans mbm eS {gue fon conf present © IMACINARIO: A ERIAGAO NO DOMINIO SOCHAL-HISTORICO. Jogia wadicona imitar os tpos posses de sera és. esoment ts ca- tegoriassubstincias (na verdad, "oisas), suetoseconceiton oe ins 0s canjuntos, combinagoes, sistemas ierarquias de conjunts po seis de substi, jit eis. ‘Quinto, a questo: ‘Que & naquilo que conhecemos, que prover ‘do observador (de ns) e que € qe provém dag qi existe” em tikima anise, ¢ permanccer para sempre indcidive 1 lgagoentfe o que enh a diner © 35 prencupagoes dos que se aplcam 3s ciéncas dura" pode ser encontrada — ao menos exo spe 20— no esorgo aqui realizage para eluciar alguns espectos algo ineer- tos destas duns questOes gémeas: que € ui form: como ola mere? ‘Tear faré-o dscutindo estas duas qustoes tal conse aparecem no orn social -histrieo, o dominio do homem (anthrpos, tanto be sem como mulher a espéie). preciso justifies? Pode ser que w homem no seja mai (em- bora tampouco sj2 menos) um ser do que mma gale € um ser ou 8 ‘expe escherichia coli € un ser. As “sngulridades” posses do ho- ‘mem devem aumentar, eo dimou o interes relativn de uae me neirs de ser ainda que foste apenas pelo fto de que elas padem vir « aaa, ou eta, concepedes gras sobre “o See" colhidas em outros Alorninios. “Doi nso dea de serum mimeo primo peo ato de apee ‘entarasingulasidade de sero nico numero prima que € pat. E€ um rnirtern primo singulsrmente importante, pois ¢ apenas dada Sus exis tencla que se pode refitar uma proposigio que € verdadeira em ms infinidade enamersvel de esos, x aber “Todo rmero primo ipa” “Talve o mesmo possa ocorserno caso do homem, (© homem ago nos interes apenas porque somos homens. 0 -homem deve os interessar porque dado to ue saberos, 0 ft co n6 de quesbesligadas 9 exstncia do horem ¢20 tipo ontologico ‘de er por ele representado nio éredativel 3 Ssics ou 3 bioogia. Se me for permitido ize algo que, a meu ver, nie € apenss um grace eu diria que chego a hore, aber, de inverter a procedimento teadiional Em ver de tentar decobvir em que medida € posivel explicar 0 que sicede a0 homem por meio da fia «da hinogi por exemple, pros Sequie sopondo que uma id um mito, um somho nto sto nada mais aoe resltadosepfenomentis de nm certo estado do sistema ners roINonia ‘que seria, por sua vex, redtive a igamos, um certo arranjo de ee. ‘eons, poderiamos talver tentar, com fnalidades heuctias, inverter rocedimento, Todos ve recordam que, quase sempre os sofas come. ‘am dizendo: “Quero saber © que & 0 Ser, 0 que €#tealidade, Ora. cis ‘gui uma mess que € gue esta mesa me exibe como tras earacteiti, ‘ose um ser real” Jamais qualquer filsofocomegou dizendo: “Quero saber o que €0 Ser 0 que €arelidade. Ora, ce agi minha lembranga de meu sonho da note pssada: que ¢ que ela me exibe como tacos «atacteriticos de um ser real™ Nenhum fidsofo principia dizendes “Seiao Requiem de Mozart como paradigesa do Ses comeceios por agar’ Por que nao poderlamos comesar postlando um sonho, um "oem, una sinfoni como instancas paradigmsticss da plenitude do Sers¢consderaro mundo fsico como vm mod defen do Ser — em ver de ver as coisas de maneieainversa, em vez de er, nomad ima nario (so &humano) de existe, um modo de sr defciente ue sccundirio? © homem so existe na e pela sociedade — e sociedade sempre istics. sociedade como tl € uma forms, ads sciedade dada & ‘ems forma particular e mesmo singular. forma implica a organiza, em outeaspalivras a ordem (ou, se assim ve prefer, ordein/desor etn). Nao tentare defini estes termes — frm, organizaca, order nes, mostrar que eles adguirem sm sentido to tv: "mente novo no domino social-hisérea equ a cnuntasio desse sen ‘ido com 0 que € atribuido a esestermos na matemitiea, na sea oo 1a biologiapoderia se revel benefca pare todas a pttesinteresadas ‘Duss questoesfundamentaissurgem no dominio socal-histrico. ‘ou procu Primeir, 0 que mantém wma socelade coes? Em outras paves ‘qual é base da unidade, do nexoe da dierenciasto organizada dese ‘ccd fntasticamente eompexo de fendimenos que observanos em ta soctedsdet ‘Somos igualmenteconfrontados, poréms, com a multiplicidade ¢ 2 siversidade das wciedades,e com a dimensio histrice interna de cada sociedad que se exprime como alteagae da ordems socal dada © gue ode eventuslmente conduair a fim (sibito ou nic) da “orem ania «A instauragao de ums nova ordem De modo que devenos perguntar: (© IMAGINARIO: A GRIAGKO NO DOMINIO SOCTAL-HISTORICO “Segundo ue fz surge formas de sociedade diferentes e nova? Permitam-me nota brevemente as res elas quis ndo vou lan- arme aqui A discusio e refitagin dos pontos de vista tradicionis Telativos i sciedudee a histria, inclusive os mais ecentes dente eles ‘como, por exemploofuncionalisma eo esrateraismoy poise macs ‘mona verdade,¢ ura vciante do furcionabismo).Na quase totalidade nas cancehem a sociedade como uma colesi0 das vere, ests dout dor fou reunito de “individuos”ligados ene sie todos juntos “cons Bisa uma forma despot de antemio,= questa como resol vido, poisinividuos cosas so erage oss — tant em geal como sob forma particular que eles sseomem em cada sociedade particu Sada Aquila que, as" cosas to é sel € estrato do “mundo fin {due uns “smio humo” perebera eral qua leo pereberia so is ‘no conhecemos enio ¢ relevante par o nosso problema. aguilo au, ino “individuo” no ¢ socal — excetvande- ve urs animal degenerado, inibileincspactado vida — €0 leo a psique a mOnada ps ca que seia totalmente incapaz de sobreviver (quero diet, sobreiver psiquicamente) sem a imposigio violent, sobre els, da forma social in Gividuo Nem pecesididesbiolgicas “permanente, nem “pulses “mecansmos”ou"desejospslgucos etersos poderiam dar conta das ciedade eda historia. Caustsconstantes nfo poderim produzie efeitos wasnt Passo, agora2 minha primeire quest, Agullo que wamtém uma sociedace rou éevidentesiene sia institu, o complex total de sme instaiges patcaares,equilo que chamo ainstuigto da soe Sade como tm toda" — tomando aq palavea instiuiao no sentido ‘mais amplo e mais radia: noemas, valores, linguagem, instruments, procedimentos ¢ metodo de fer frente ab coisas e de fazer coisas © finds é claro, o proprio indiviuo, tanto em eral como no tipo ena form particular quelle dia sociedade considerada (em suas eileren es homers/malher,porexemp) 7 Para uma discus dela dene nse. est imagine ria da soca (a prsesian ocala IV) esas do rin | Como se impaem as istuigses — como podem cas aseyicar sn validade efetivar De modo superficial, © apenas em alguns casos ‘mediante a coero eas sangoes. Menos superfiilments, deforma ‘mais ampla, mediante adesio, o apoio, o consens, a leitimidade, x «renga. Contudo, em stim anise: por mein e através da aoldagem {fsbciasio) da matéva-peima humana em individu vei no qual {stig incorporados tanto as proprias instituigdes como os “mecanse mos? de ua perpetuario, Ntopergunte: como éposstvel que maria as pesoas no veniam a roubaz, ainda que tvesei fone? Nao pers ute nem mesmo: como ¢ possivel que elas contnem ware fl ‘ou qual partido mesmo aps term sido nepetidamente enganadas? Pet ‘tess, anes: qual €a para de todo a mew pensimento e de toxins 2s minhas maneias de vee as cons ¢ de fazer coisas que no esti con dicionada eco-determinada, em um grat dcivo, pela estratura plas sipnifieagoes de minha lingua mateoa, pala organizasso do mun que ‘ssa lingua carega consigo, pelo mew primero ambiente familia, pela ‘Scola, por todos os faa “nao fag" coan que frequentemente fl ase dia, pelos mens amigos, pelt opinidescocentes 1 meu rede pelos rmodos de fazer que me so imposts pelos inumeriveisateitos que ime cercam, ess por diane. Se voce pide vrdadeiramente respon der, com tod a sneeridade, mais ou menos I, voc ser com ceteca ‘© pensador mais — original que jo exstiu, No temos eriamente he ‘shim mérito por no “ver” uma Ninfahabitando cade érvore ow cada fonte em seriamos doenes ou deficients, ea visseros), Somos to- 4s, em primero lugar, fragmentos amsbalantes da institusio de nossa sociedade — fragmentos compleentices, sist "partes totais’ come iis um matemitic. insituiao produrindivios conform sss normat,¢ estes individues, daca sua construgio,nio apenas so cape 2s de, mas obrigados a, reproduzir iat. AI” produ os ele ‘mentos" de tal modo que o pespriofncionsinentodesses elementos” Incorporaereprodue — perpatua — ‘A instnigao da sociedad, no sentido gerl que atibuo aqui ese termo,¢ eta, evidetemente, de muita insituigoes particulars, Estas formatn,« funcionam como, wm todo coerene-Mesmo nas stuagoes de «rise, em meio a conftes« guerras interns st mais volentas, uta sosiedade € ainda esa mesma Sociedade; ela mio fost, nto haveria nem poder havernela uma lta em torno dos mesmo objeto, ot jets comuns. Hi, portant, ama unidad da institugao total da 0 ‘ola, observando-a nas de pert, descobrimos que esa unidade& fn ima insanca a undade ecoesio interna dotecidoimensamente Complexo designees ue inpregnam, orienta edrgem todaa vi tdnquria socisdade e todos 0 individuos concretos que, corperalmen tecnconsitvem, Este tecide eo qe ey chama o magia ds sgicaaes Innis soi reid pela institu da sociedad consderads, que rel we encanam e, por asim der, a anima. Tis sigificages ima~ {ini soca so, por exemple: espiritos, deuses, Des pols cidadao, hago Estodo, prt; nerds dnb captl taxa le rs: tau, virtude, pee, et. Mas tamiem: homem/mhereranga, tas como ‘So especifiados numa sociedade dada, Para alm das defniges pura mente anatomicas on biolgieas, homers, mulher eciancs 320 0 que ‘or mediante as soicactesimaginiia soci qu os fazem ser asim, {Gm homem romano uita mulher romana ert eo algo completa mente dlierete da homem americano ¢ da mulher americana de hoe Cis” um sgnicagio imaginara social, do mesmo modo que"ins- trumento" (aut). "cater instrumental” "out" par esimples do instrumento uma signiiecio imaginira particular, especitia so- bret as moderns sociedadesocidenais Soiedades nas quas 05 ns- ‘rumenton si consierados como simples instrumentos sd raras, se € {que slguma ves extra; basta pensar mas armas de Aguiles ou na es- pds de Siegfried, ‘Denominoinaginirias exes signing bes porque eas nao corres pen endo ecaotam em — referencias eementos"racionais” fu "resi «porque sto inwoduzidas por uma crag Eas denomino ‘ois pois elas somenteeistem enquanto so insutudase compart Inada por um coetivo impessaleandnimo, Quantoao temo "magna votre le ais adiate “Qual € fonts, aria a origem deste magna e de sus unidadet demos perches clcamente, quanto a este ponto, os mites da onto Jogi tradicional. Nenbera “sueito" ou “individuo” (ou “grupo” de s- jets ¢indviduos) podria jamais ter sdo essa oigem. Nao apenas 0 {aber ecolgico, socolic,pscanaltico, et, tanto teérico como ap ‘do, necesirio paa eit por exemplo, a organizagio de uma tbo primi, desta nos naga, cant em quatidage como em ene= Pleidade,e de qualquer mancira, enconta-se muito além de nosso KoINowa seance; mas também, de mode bem mais adc, 08 “‘ujitos05 “ind vidos" e seus grupos" sto eles mesmo os prodtas de wn proceso de ‘ialiagao, sua exstncia pressupoea exist de uma sociedad as. tituida,Tampoaco podemos encontrar esa argent mascots dela de que os mitos ou a msien 30 0 resultado (ti0 mediatizado quanto se ‘queira) da operaga das eis da sca simplesmente despeoviga desea ‘ido. E, pr fm, tampowen podemosreduzias diferentes nsitugoes das sociedades que conhecemos eas correspondents sigificages acon

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