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86 INDICE GERAL 378 37 379 384 387 390 301 304 397 401 403 408 410 44 4s 419 422 425 427 430 434 438 439 4a 450 451 455 458 463 467 41 44 475 479 482 485 Costura XXVIIE Debruns e vieses — 1 Truques & Conselhos: Montagem de bolso Ligdo 30; Estudo das golas (gravata ¢ militar) Interpretagao de Modelos: Saia godé em pontas Costura XXIX: Debruns ¢ vieses — 2 Truques & Conselhos: Arremate interno das costuras, Ligdo 31: Estudo das golas (inteira em pé e dei- tada) ~ Costura XXX: Debruns ¢ vieses — 3 Interpretagdo de Modelos: Blusa com gota gra- vata Truques & Conselhos: “Pattes” Ligdo 32: Esiudo das golas (chemisier aberta e i taliana) Costura XXXI: Debruns e vieses — 4 Interpretagio de Modelos: Vestide de mangas japonesas bufantes . “Truques & Conselhos: Costura inglesa Ligdo 33: Interpretagdo do estilo chemisier Costura XXXII: Acabamento da abertura para unho de um vestido chemisier interpretacdo de Modelos: Uma combinacdo Truques & Conselhos: O punho de um vestide chemisier Ligdo 34: Estudo dos drapeados Costura XXXIII: A pala chemisier Interpretagdio de Modelos: Saia com drapeado em pregas ‘Truques & Conselhos; Punho em forma Licdo 35: Calea comprida Interpretagdo de Modelos: Vestido com franzido na pala Costura XXXIV: Colarinho chemisier Truques & Conselhos: Montagem da cintura de uma saia Ligdo 36: Short ¢ bermuda Interpretagdo de Modelos: Vestido de menina Costura XXXV: Saia com prega do 1° tipo ‘Tragues & Conselhos: Babado godé ou cascata Ligdo 37: Saia-calga Costura XXXVI: Sia com prega tipo colegial Interpretagdo de Modelos: Camisa para crianga Truques & Conselhos: Vestide drapeado por meio de cortes Ligdo 38: Macacdo Interpretagdo de Modelos: Calga comprida para crianga Costura XXXVIL: Manga “taller” ou alfaiate Truques & Conselhos. Calga franzida para crianga Ligdo 39: Biquini Interpretagdo de Modelos: Calga franzida para adulto Costura XXXVIII: Camisa masculina Traques & Conselhos: Saia-calga para menina Ligéio 40; Casacéo reto Costura XXX1X: O plissado Interpretarao de Modelos: Balango Final Indice Geral |Agradeco a colaboracio de Nélia Costa e Célia Camacho, {que me acompanham hé muitos anos e me ajudaram nna execusdo deste trabalho. garde montagem (fig. 30). Rebata ‘0 debrum,desta vez para baixo, a fim de que 0 seu direito fique de encontro com o direito da peca, l- berando o lado seguinte para que ‘@costura AC possaserfeita(fig. 31). COSTURA XXX _373 Continuando o trabalho, rebata o debrum, para cima e ‘para fora, completando, assim, a montagem do Angulo A’e 2 do lado seguinte ig, 32). Repita o mesmo processo no Angulo oposto. Depois de mon- tado todo o debrum, aplique por cima o arremate ou olado interno, direito contra direito, faga a costu- rada bordae rebata-o para o aves- s0, conto explicames anteriormen- tena borda reta (fig. 33). DIREITO AVESSO INTERPRETACAO, DE MODELOS, BLUSA COM GOLA GRAVATA anterior, nds vimos como se fezia um gola gravata (foulard). Agora, nesta Inter trazemos uma variagdo desse tipo de gola: 0 laco é lateral e no ombro. © modelo ¢ extremamente feminino ede grande efeto. Fica muito crique € tanto pode ser usado numa reunio ‘esportiva, como numa recepeao mais ‘formal, dependendo apenas do tecido uutilizado. MATERIAL, Um corte de jérsei e trés botdes forrados do mesmo tecido. METRAGEM 2,30m com 1,40m de largura. MOLDE E CORTE NO TECIDO Frente (esquema 1) — Num papel dobrado pelo meio, trace a bbase do vestido inteiro com pence INTERPRETACAO DE MODELOS Cee 19), porém apenas até a altura dos quadris, pois se trata aqui de uma biusa, Desdobre 0 papel, obtendo assim a frente inteira. Trace uma linha paralela 4 do ombro esquerdo, 2 uma disncia de 1,Scm, para o trans passe de abotoamento, Em se- guida, risques outra linha para- Tela, 4em distante da primeira, que serd o arremate do transpasse, Para maior esclarecimento, Ieia 4 ligfo . Na linha do ombro, marque os lugares de trés botGes, sendo um no centro € 0s outros dois, dem para cada lado dele. Corte este molde uma vez no tecido, obedecendo o fio indicado no esquema. Costas (esquema 2) — Trace as ‘costas da base do vestido inteiro com pence (licdo 19). Como na frente, somente até a altura dos quadris. Use 0 primero tipo de Costas de blusa, isto ¢, aquele que possui 0 ombro simples (lipo 14, pig. 164, esquema 2), visto que nele haveré abotoamento. Des- dobre 0 papel e, quanto 20 abo- toamento do ombro, proceda co- mo na frente. Marque as casas nos lugares correspondentes aos dos botdes do ombro da frente. Corte este molde uma vez no tecido, obedecendo ao fio in- dicado no esquema. ESQUEMA 1 ESQUEMA 2 326 _INTERPRETACAO DE MODELOS ‘Manga (esquema 3) — Trace a base da manga clissica com 0 comprimento do bra¢o mais 2 ou 3cm para o bufante e 1,Sem para a bainha, Trabalhe apenas a cabeca dda manga, deixando retas as linhas laterais. Nao é necessdrio tragar a pence do cotovelo. Recorte 0 molde e corte-0 ao meio, ver- ticalmente. Reproduza as’ duas partes sobre outro retangulo de papel, deixando no centro um espaco de 10 a \Scm para o franzido, No meio da linha superior do retdngulo, suba 3cm arredonde a cabega da manga. As linhas em negrito mostram 0 contomo definitive do molde. Corte este molde duas vezes no tecido, seguindo o sentido do fio. Gola (esquema 4) — Trace 0 retangulo ABCD, de modo que AB meca I6cm ¢ AC ¢ BD a medida da metade do contorno total do decote da blusa. Pro- longue este retingulo em CE ¢ DF com 30cm destinados & ponta, que vai ficar solta. Corte este molde uma vez, com © tecido dobrado em pleno viés, colocando a linha AB do molde bem junto A dobra, a fim de ob- ter a gola inteira e totalmente enviesada, Nota: — Deixe margens de costura em todas as pecas. MONTAGEM 1. Costure as pences do busto. 2. Una a frente com as costas da blusa pelas costuras laterais e do ombro direito. 3. Dobre para 0 avesso os ar- remates do abotoamento do om- bro. Faga as casas ¢ pregue os bo- tes nos lugares marcados. 4. Faga a costura de fe- chamento}da manga, franza o trecho assinalado e monte na cava da blusa, Na boca da manga, faga uma bainha de 1,5em de largura ¢ passe por dentro dela um elistico, a fim de franzi-la. 5. Dobre a gola no sentido do comprimento, direito contra direito, e costure apenas as pontas que vio ficar soltas para dar 0 lago. Vire 0 trabalho para direito © passe a ferro, Costure A maquina a parte de baixo da gola no decote da blusa, estando as duas pegas direito contra direito. A borda da parte de cima da gola ¢ costurada 4 m§o, no lado avesso do decote, de modo que os pontos fiquem bem escondidos na margem de costura. Tenha 0 cuidado de costurar a gola até a linhaexata do ombro, deixando livre o transpasse do abotoamento junto a0 decote. 6. Chuleie todas as bordas das margens de costura © faga a bainha da borda. ‘Ag DOBHA 00 TECI00_ ESQUEMA 3 HO. ESQUEMA 4 is an “PATTES” Sao barras superpostas que fe~ ‘cham aberturas centrais em deco- tes de camisas-pélo, blusas espor- te, vestidos chemisiers, etc. As “patties”, que geralmente sao fe- chadas com casas ¢ bot6es ou plic- plaes, tém 0 comprimento deseja- do, indo as vezes até a cintura. De um modo geral, ndo séo muito lar- gas; 3cm, por exemplo, é a largura mais usada, Nas aberturas com “patie”, o decote pode ser arre- matado com uma gola ou com uma bainha interna na forma do mesmo. Para iniciar o trabalho, corte duas tiras com 0 comprimento de- scjado para a “patte” e o dobro da largura. Por exemplo: para uma “patte” que depois de pronta vai ficar com 3em, a largura da tira deve ser de Gem, Em toda a volta de cada tira, deixe lem de mar- gem para a costura, No lado aves- ‘so de cada tira cole uma entretela, atingindo apenas a sua metade ¢ sem margem de costura (fig. 1). No ad iso da ropa, margue com alinhavos 0 contorno da “patte” e risque no centro uma li- nha reta'terminando em Y inverti- do. Nao corte esta linha antes de costurar as barras da “patte” (tig. 2), Dobre cada parte ao meio, di reito contra direito, e costure ape- tas a borda superior (fig. 3A). 318 TRUQUES E CONSELHOS ‘Faga um pique com a tesoura no Angulo superior, vite para odireito € passe a ferro (fig, 3B). Costure cada parte da “patte” sobre a mar- ‘cago de alinhavos, no lado direito da roupa, de modo que as extre- midades costuradas fiquem para cima e as bordas dobradas para os lados (fig. 4). Corte, entéo, a linha reta central até os cantos forma- dos pelo Y invertido (fig. 5). Vire as duas partes para dentro, colo- cando-as uma sobre a outra, a fim de formar o transpasse. Dobre em ‘AB 0 pequeno tridngulo inferior € as margens de costura da “patte” (Gig. 6). Em seguida, fixe as duas partes com alinhavos bem no cen- tro (fig. 7). Para finalizar a monta- gem da “patte”, costure em AB 0 triangulo inferior simmultaneamen- te com as margens de costura das extremidades da “paite” (fg. 8). Observacio: se a “patte” levar ca sas e botdes, as casas devem ser feitas no centro da parte superior © sempre no sentido vertical. 380__ESTUDOS DAS GOLAS Como seu nome indica, a gola chemisier aberta € aquela que lembra a gola do vestido chemi- sier, quando usada aberta. E uma gola mista porque se compde de duas partes: uma inferior, inteira com a frente da blusa, de forma triangular, ¢ outra superior, posti- ca, de forma variada (veja fig. 1). Dependendo do dimensionamen- to € da proporcio entre estas duas partes, inclusive a da lapela mas- culina’para taillers ea das grandes golas recortadas em chemisiers de carter mais feminino. O scu corte nao oferece maiores dificuldades como veremos a seguir. Parte inferior, inteira, triangular ‘Trata-se aqui de dimensionar equilibradamente 0 triingulo que ‘compée esta parte, Faca o seguin- te (esquema 1): 1, Marque © ponto A no meio da frente, indicando o nivel em que se deseja o transpasse da gola. 2. Ligue o ponto C (unitio do de- cote com 0 ombro), quando se ‘quer a gola pegada ao pescogo, 20 ponto A, por uma reta que sera prolongada até B na borda do transpasse de abotoamento. Desta maneira esta delimitado o tridngu- Jo, estando o lado superior tragado_ pela linha do decote. A linha do decote deve sempre cruzar com a linha da dobra da gola, BC, em sua parte superior, a fim de que a costura de unio das duas partes da gola ndo fique visivel até 0 pes- c0¢0, prejudicando assim a beleza da gola. Por outro lado, a linha DC do decote pode ser alterada mais para cima ou para baixo (em tracejado no esquema 1), quando se deseja que 0 tridingulo fique mais curto ou mais longo, nao se esquecendo de que a linha do de- cote deverd sempre cruzar com BC. Se voeé quiser que a gola fi- que longe do pescoco, veja 0 es quema 2, Depois de marcar 0 pon- to A, determine o=ponto C no ‘ombro, de maneira que C’C tenha a distancia de separagéo entre 0 pescogo © 0 ponto por onde passa agola, Leve a medida de CC para ‘© ombro nas costas, a fim de abrir © decote atris. Sé entdo ligue Ca A por uma reta para delimitar 0 tridngulo, que sera fechado, tra- ‘gando-se 0 novo decote CD, que deverd cruzar com CB em sua parte superior, ¢ terminar em D na altura desejada. Da mesma for- ma que este trifingulo pode ser alongado ou encurtado, também pode ser alargado ou estreitado, desde que se incline para dentro ou para fora (em tracejado no es- quema 2) a reta BD, Assim sendo, se DB € vertical, o arremate da frente pode ser inteiro, pois a fa- zenda pode ser dobrada por DB, masse DB é inclinado o arrematé terd de ser postigo. 3. Marque a primeira casa ¢ 0 pri meito botdo na horizontal que passa pelo ponto B, ESTUDOS DAS GOLAS _381 Parte superior, postica Para melhor facilidade de traba- tho, em vez de tragarmos a parte superior em separado, vamos tra- géla no mesmo molde, como se fosse uma gola inteira e, em segui- da, corté-la em separado. Para isto basta utilizarmos todas at nogées jd ensinadas nas ligSes anteriores, quando abordamos 0 assunto das golas inteiras. Sendo, vejamos: 1. Prolongue a reta BC para cima, 1n0 mesmo comprimento do deco- teas costas (veja esquema 3), seja em linha reta para golas em pé, seja em linha curva, para golas mais pousadas (como tracejado no ‘esquema). 2. Trace FG perpendicular a CF e com a altura dependendo da cur- vatura da gola (o dobro da largura desejada, quando a gola ¢ em pé). 3. Agora 6 sé tragar 0 contorno definitivo da gola, podendo ser mais ou menos pontuda, arredon- dada, o Angulo da chanfredura no ponto E pode ser mais para fora ‘ou para dentro ¢ o lado HE tam- bém pode ser mais longo ou mais curto, ou ainda ter o mesmo com- primento de DE (golas do tipo la- pela masculina). 4, Antes de separar a gola da blu- sa, marque Icom para cima da me- tade do decote ¢ diminua a curva- tura da gola entre os pontos Ee C. Depois de cortados os moldes, parando-sc a gola da blusa, a meia-lua entre E ¢ C caird fora, Com isto, 0 decote da gola ficaré ligeiramente menor do que 0 da blusa, de modo que se deve disten- der a'gola na hora da montagem. Como na montagem da gola in- teira, 0 nosso trabalho aqui tam- bém'nio ofereceri grandes difi- culdades, sc for observada uma cer- ta ordem no desenvolvimento da tarefa. A seqiiéncia da montagem da gola chemisier aberta serd a se- guinte: 1. Depois de tracada a frente da blusa ¢ delimitado o tridngulo in- ferior da gola, trace o arremate do abotoamento, que também vai servir como vista da parte inferior da gola. Este arremate, como vi- mos no comego desta ligdo, pode ser inteirigo (como na fig. 3) ou postico, dependendo da borda do transpasse de abotoamento. Se a Icitora nao se lembra bem de como tragar o arremate, leia a li- cao 26. Corte também o arremate do decote nas costas com cerca de 2,5cm de largura, 2. Una a frente com as costas da blusa apenas pelas costuras dos “ombros. Ligue 0 arremate da fren- te com 0 das costas também pela costura dos ombros. Corte a en- tretela pelo molde do arremate da frente, pois as costas nao levam entretela. Dobre o arremate sobre © dircito da blusa, aplicando-o em toda a volta do decote (fig. 4), fi- cando o avesso para fora. Alinha- ve a entretela sobre 0 avesso do arremate, 4382 _ESTUDOS DAs GoLas 3. Prepare a parte superior postiga da gola, entretelando-a, virando-a pelo direito e passando-a cuida- dosamente a ferro, segundo conse- thos dados anteriormente. Para melhor segurar a entretela, faga uma série de linhas de costura em tiguezague, prendendo apenas a entretela ¢ a parte inferior da gola como mostra a fig. 5. 4. Deslize a gola entre a blusa e 0 arremate, de modo que a extremi dade da gola coincida com o pon- to A (Gngulo da chanfradura) em ambos 0s lados. Alinhave a gola, prendendo simultaneamente e ar- temate a blusa. Prove para ver se a gola est caindo bem. Se no hou- ver defeitos faga uma costura & maquina em toda a volta do deco- te, como mostra a fig. 6. 5. Depois de virada a costura pelo direito, 0 arremate do decote nas costas' vai servir para esconder as margens internas da montagem da gola. Fixe entZo 0 arremate sobre 0 forro das costas da blusa (se houver) com pontos de chuleio ou em espinha de peixe (fig. 6). aberta, a gola italiana forma o gru- po das goles mistas. A italiana mista porque a sua parte de baixo € postiga enquanto a vista é intei- ra, A fig. 7 mostra a gola italiana que se apresenta aparentemente inteira e a fig. 8 mostra um lado caido, deixando a vista para cima € 0 outro lado levantado, permi- tindo ver a parte de baixo com a li- nha de montagem da parte infe- rior da gola. Para quem vem seguindo as li- ges de golas com aten¢io, a gola italiana néo oferece maiores difi- culdades, como passaremos a ex- plicar. Para o tragado do molde da gola italiana, pode-se tomar como FIG. 7 383 ESTUDOS DAS GOLAS af ESQUEMA 5 ponto de partida a gola inteira ou a gola chemisier aberta. GolaInteira—Tracetodoo mol- ée da gola inteirae corte a vista da gola, tudo como ensinado na ligiio 31 € como est sendo explicado ‘aqui mesmo. Feito isto, marque 0 contorno do decote primitivo (es- quema 4), No meio do decote, marque 1cm para cima e diminua a curvatura da gola. Separe a par- te superior do resto da blusa, eli minando a meia-lua. Desta manei ra, a vista permanece inteira, en- quanto a parte de baixo da gola fica postiga. Gola Chemisier Aberta — Trace todo 0 molde da gola chemisier aberta exatamente como explica~ mos no comego desta ligdo. Para ‘ransformé-la em italiana, basta fa- zer 0 seguinte: antes de separar a gola da frente da biusa, eliminan- do a meia-lua, trace em outro pa- pel a vista da gola, como mostra a linha tracejada do esquema 4. A Jargura da vista deve ser igual —no minimo — ao dobro da largura do transpasse de abotoamento mais 2cm, O esquema 5 mostra a forma que tomard a vista inteira da gola. Note que no ponto A nao se deve dar aqueles 2em de ombro — que vimos na gola intcira -, descendo a linha da gola diretamente para formar o arremate do abotoamen- to, Isto € necessirio porque, a0 climinarese a meia-lua, 0 decote da gola fica ligeiramente menor do que o da blusa. Neste caso, dis- tende-se um pouco a gola na hora da montagem, ficando 0 ponto A livre para desiizar um pouco mais para cima ou para baixo, ‘A vantagem da gola italiana sobre a gola inteira. € que, a0 se- parar-sc a parte de baixo da gola da frente da blusa, climina-se jun- to com a meia-lua um certo exces- 80 de tecido, que sempre se forma na gola inteira, Emprimeiroluger,monte a parte de baixo da gola, postica, no de- cote da blusa, Feito isto, aplique a vista (com a entretela cortada pelo mesmo molde da vista) ¢ costure-a segundo as explicagdes dadas na montagem da gola inteira (ligio 31). NOTA —0 fio da vista deve se- guir a diregdo do meio da frente Porque, nestas condigées, a parte correspondente a gola ficard auto- maticamente no viés. as EE ¢ DEBRUNS E VIESES- 4 Debrum curvo (interno ou de borda)— A montagem do debrum curvo é feita pelo mesmo sistema do debrum reto, mudando apenas a maneira de costurar. O debrum deve ser cortado com a mesma curvatura da borda ou do recorte ‘onde vai ser incrustado. A monta- gem sc faz pelo dircito, exata- mente como nas costuras curvas, como ja foi ensinado em TRU- QUES E CONSELHOS, fasciculo eS 19, Os alinhavos devem apanhar a linha de montagem do debrum e a linha de montagem mais interna da peca (fig. 34). Depois de alinha- vado ‘0 debrum, levante-o um pouco, a fim de passar a maquina (ig, 35). Faca, entdo, a montagem da pega oposta (se 0 debrum é is temo) ou 0 arremate € 0 lado i temo (se o debrum é de borda), OS VIESES Os vieses so sempre mais es- treitos que os debruns. Geralmente, no ultrapassam a lem de largura, depois de montados. Sdo sempre cortados em tiras retas, mesmo que tenham de acompanhar bordas ou ccosturas curvas. Por iso, sio sempre comados em pleno viés, ‘Dobre o tecido em pleno vies, ito 4 fazendo com que 0 fio atravessa- do fique na direedo da ourela (fg. 36), Corte as tiras dos vieses sempre no mesmo sentido e com larguras iguais, Essa largura deve ser 0 dobro da largura desejada para o vies, mais as margens de costura nas duas bor- das, Se, por exemplo, o viés tiver Jom de largura, a tira deverd ter ‘2em, mais meio centimetro em cada lado para as costuras, o que dari um total de 3m. Se forem necessérios vieses muito longos,deve-secorté-losem varios pedagos, c, em seguida, emendé-los. Para fuzer as emen- das de maneira correta, coloque os dois pedacos do viés, direito contra direito, em angulo reto © costure em diagonal, linha AB (Gig. 37). Esta costura ficard exata- mente no fio reto. Corte as pontas excedentes dos vieses pela linha CD (fig. 37), a fim de igualar a cos- tura, que serd aberta com o ferro de passar, Jamais emende dois pe- dagos de viés com costuras envie- sadas porque ficardo torcidas ¢ re- sultardo em péssimo trabalho. _ Vits de borda — Aplique 0 viés na borda a ser guarnecida por ele, direto contra direito, ¢ costure a borda a uma distancia de meio centimetro (fig. 38). Rebata o viés para o avesso, dobrando-o numa largura de 1cm para fora ¢ o res- tante para dentro da peca. Costure-o 4 mio, no lado avesso, com pontos de chuleio (fig. 39). Quando o viés tiver que contornar Angulos, e para que estes fiquem perfeitos, proceda da seguinte ma- neira: antes da montagem, dobre 0 vies navaltura em que vai ficar 0 Angulo, Faga duas costuras em ponta (se 0 angulo for reto), como se vé na fig. 40. Se o Angulo da peca for agudo ou obtuso, natural- mente 28 costuras serio mais fe- chadas ou mais abertas. Ao dobrar © viés, faga-o de maneira que fi- que direito contra direito. Corte as pontas excedentes paralelamente as costuras. Feito isso, vire para 0 direito, de maneira que a costura fique interna, formando uma cie de seta. Bata 0 viés em sentido contrério, de modo que ele fique dobrado pela linha central, tanto de um lado como do outro. O vies ormard o angulo com perfeigio. A costura fica vistvel, porém o an- gulo fica perfeito, restando apenas montar 0 viés na borda a que se destina, Viés interno — Neste caso, a montagem ¢ extremamente sim- ples. Ao fechar a costura onde fi- cari o vids, deslize entre as duas es- pessuras do tecido 0 viés j4 do- brado (fig. 42). Faga a costura e abra, ficando 0 viés & mostra. O viés poderd ficar virado para um dos lados da costura, ou achatado- € preso por dois pespontos junto as dobras (fig. 43). ‘Observagiio: si encontrados no comércio vieses prontos, jé com as bordas dobradas, Eles sio monta- dos exatamente igual 20 que ja foi ensinado. DIREITO COSTURA ROLOTES © roloté ¢ ium viés recheado, para obter uma forma arredon- dada. O recheio pode ser feito com rabo de rato, quando se de~ seja que ele fique mais duro, ou com fios de li, quando se quer que ele fique mais flexivel. O recheio do roloté pode ser introduzido de- pois da montagem ou entdo esta & feita com o recheio ja introduzido, Freqiientemente, sio usados ro- lotés soltos para amarrar fendas © decotes, Para isso, dobre o viés ao meio, direito contra direito, cos- ture ao longo da borda e vire para © diteito. Para facilitar o trabalho, prenda um barbante numa das ex: tremidades — onde comega a cos tura — e deixe-o ficar por dentro enquanto fizer a costura. Ao ter minar, basta ir puxando o ber bante até virar totalmente o roloté para o direito, Esse tipo de roloté pode dispensar o recheio. 387 INTERPRETACAO VESTIDO DE MANGAS JAPONESAS BUFANTES 4 manga jgponesa ji foi estudada por nos ha algumas ligées. Entdo, rnada methor do que ensinarmos agora a trabalhar com wna de suas ‘miiliplas variagdes. O comprimento da manga ficara a seu critério, podendo ser curta, trésquarios ou comprida, dependendo apenas da ‘medida utilizada, O modelo & bem simples, tendo a sua graca ressaltada pelo bufante das mangas. 388_INTERPRETACAO DE MODELOS MATERIAL Jérsei ou algodio macio. METRAGEM 230m com 1,40m de largura, MOLDE E CORTE NO TECIDO Frente (esquema 1) - Trace a base da frente do vestido sem pen- ce (liso 20), porém com 0 com- primento da blusa acrescido de 2.a 4cm para o blusante. Marque ‘AA’ com 4cm e suba lem na ex- tremidade do ombro. Trace uma linha reta unindo esses dois pontos € prolongue-a até 0 ponto D, de modo que A’D fique com 34¢m. Do ponto D trace uma perpendi- cular com 20cm € coloque ai 0 ponto D’. Em seguida, ligue o ponio D’ a lateial do vestido por ‘uma curva. Marque 0 ponto C na metade do ombro, 0 ponto B’ 2 em abaixo de B ¢ trace a nova li- nha do decote. Trace o fundo do bolso de acordo com as dimensies dadas no esquema. Corte este molde uma vez com o tecido dobrado pelo meio da frente. INTERPRETACAO DE MODELOS _ 289 Meo OA Frente ESQUEMA 3 (J H ESQUEMA : Costas (esquema 2) — Vire 0 molde da frente ¢ reproduza-o num outro papel. Faca uma linha paralela a linha do ombro da fren- te, numa distancia de 20m, de © para C’. Suba B'B” com 6cm. Trace 0 decote das costas unindo 0s pontos C’B”. Corte este molde uma vez com o tecido dobrado pelo meio das costas. O molde do bolso ¢ tragado da mesma manei- ra que na frente, ‘Arremate do decote (esquema 3) — Una o molde da frente ¢ 0 das costas pela linha do ombro, e re- produza o decote sobre um papel. Trace todo o arremate com 4cm de largura. Corte este molde uma vez com 0 tecido dobrado pelo meio da frente. Punho (esquema 4) — Trace 0 retingulo ABCD de modo que AB tenha a medida da largura do bbrago, onde o punho ficari apoia- do, '¢ AC com Sem. Corte este molde duas vezes no tecido. MONTAGEM 1, Una a frente com as costas do vestido pelas linhas dos ombros laterais, sendo que as costuras la- terais devem_contornar 0 fundo dos bolsos e so interrompidas aci- ma da bainha, a fim de deixar uma abertura. 2. Feche o arremate pela linha do ‘meio das costas. Aplique-o sobre 0 decote do vestido, direito contra direito, costure em volta € rebata para 0 avesso. Chuleie a sua borda ¢ prenda-o com pontos inyisiveis nas costuras dos ombros. 3. Cole uma entretela no lado avesso do punko atingindo apenas a sua metade. Dobre direito con- tra direito, costure os lados e vire para o direito. Monte na boca da manga, depois de franzida. pu- nho & fechado com um botaozi- nho em casa de abelha. costura INGLESA A coxtura inglesa é aquela cujas bordas fieam no interior da rrépria costura, dispensando {ssim qualquer acdbamento, A costura inglesa é especialmente indicada para os tecidos transparentes, nos quats as ‘costuras séo visiveis do exterior da roupa, como para casacos sem foro ¢ ainda para pecas do vestudrio de uso intenso, que sido sujeitas a constantes lavagens. Costura inglesa verdadeira —Mon- te as pegas a serem costuradas, avesso contra avesso, ¢ faga uma costura a lcm da borda. Apare as margens da costura, de modo que estas fiquem com 3mm (fig. 1). Abra a costura a ferro, Dobre a peca, direito contra direito, de modo que a costura fique precisa mente na dobra. Costure sobre a linha de costura, que se encontra a 3mm da dobra (lig. 2) Costura.inglesa rebatida — Junte as duas partes a serem costuradas, avesso contra avesso, e faga uma costura a lem da borda, Abra a costura a ferro, assentando-a em seguida para um dos lados. Apare a margem da costura que fica por ‘baixo, deixando-a com uma largu- rade 3mm. A seguir dobre a bor- da da margem de costura que fica or cima, e pesponte-a méquina, Tenha o cuidado de colocar para ‘© mesmo lado as costuras seme- Ihantes (por exemplo, as costuras do ombro em diresdo a frente), como mostra a fig. 3, Nesta lipéio abordaremos 0 estilo chemisier. aibrery! importante, porque 0 chemisier € intemporal ee ies ae deur. ia ou da noit see que sablmeme excolhidos 0 o estilo chemisier se apéia intimamente na camisa masculina (chemise, em Jrarcés), ndo sé pelo corte’ quase ‘sempre folgado como pelos detalhes: abotoameato dianteiro, toial ou parcial; gola esporte ou colarinho ‘com pé: bolsos chapadas com ou sem portinhola, etc. E natural que 0 chemisier sofra a influencia das Slutuacoes da moda, alargando ou ‘estreitando sua linha, subindo ou descendo a bainha de sua saia ou inroduzindo detahes em voga. Sua caracteristica geral, entretanto, lembrando a camisa, permanece inalterada ‘Comentaremos inicialmente as suas principais variantes e, logo a seguir, cada um dos seus detalhes mais wsados. 392_INTERPRETAGAO DO VESTIDO CHEMISIER 1, VESTIDO_CHEMISIER INTEIRO, Nesta variante é evidente que 0 ponto de partida € a base do ves- {ido inteiro, quer seja a base com pence ou a sem pence (ligdo 19). Se vocé no tem busto muito sa- lienie ©. gosta da linha mais fol- guda, dé preferéncia & base sem pence. Frente — (esquema 1) -Umavez tragada a base, acrescente folgas laterais, maiores ou menores — conforme 0 seu gosto ou 0 mo- delo —, inclusive na parte da blusa (veja ligdes 14 e 19), Estas folges variam de | a 3cm no maximo. Quando seus quadris sio maiores que 0 busto em mais de dom (6, 8 ‘ou 10cm), basta que voce prolon- gue a linha lateral da sala para cima, até a cava, Com isso, a blusa soltaré no busto, embora o vestido permanega certo nos quadris, Em caso contrario, a folga deverd ser dada de alto baixo, da bainha até a cava. Feito isso, acrescente no meio da frente 0 transpasse de abotoa- mento € 0 seu arremate (veja a li- ao 26). Costas (esquema 2) ~ Trace a base das costas do vestido inteiro, de acordo com a modalidade da frente (com ou sem pence). Em seguida, trabalhe as folgas laterais exatamente como procedeu na frente, 2. VESTIDO CHEMISIER COM CINTURA COSTURADA Neste caso, voce tragaré os moldes da blusa e da saia separa- damente ¢ depois as costurard pela cintura. ‘O molde da blusa ficard a seu gosto, isto é, terd ou nfo pence, le- vard ou ndo folgas, mas tera sem- © 0 abotoamento no meio da rente, Do mesmo modo, a blusa poderd ser cortada com ou sem blusante. Para a saia, escolha, ¢ modelo que the agradar: rela evasé, god, pregueada, ete. 0 abotoamento que desce pel frente da blusa poderé continua, pela saia em todo o seu compri ‘mento ou interromper-se numa a tura qualquer. Dai a vantage desta variante: vocé tera possibili dade de obter uma diversidade muito maior de modelos, jé que poder langar mao de qualquer modelo de ‘saia, a0 contrario de vestido inteiro, no qual a saia é ge ralmente reta, por ser uma conti nuagdo da blusa, 3, MANGA CHEMISIER Podemos langar mio de dois pro cessos: 1*) Trabalhando-se com um cava qualquer; basta ler 0 que fa ensinado na ligdo 16 a esse re peito. 21)Mega_o contomo total da cava ideal da base ¢ faga o mesmo ‘com a cava chemisier. Esta ultima sempre um poueo maior do que ‘a primeira. Divida esta diferenga Por dois ¢ some o resultado coma largura da manga correspon- dente 4 cava ideal. Desca na co- luna das meias-larguras, na tabela 3,alé a nova medida e procure os demais elementos da manga. Para fixar as idéias, daremos um exem- plo pritico: suponhamos que seja 16cm a meia-largura de sua manga ideal. Quando vocé comparou 0 contomo total da cava da sua base com a cava do chemisier, achou uma diferenga de 3em a mais. Di- vidindo 3 por 2, vamos ter 1,5, que somado a 16, resulta 17,5 cm. Desga entdo na coluna das meias- larguras até 17,5 para procurar os demais elementos da manga, que sabega da manga igual 14, HIN igual a 3,5 ¢ IO igual a 10. De posse ‘destes elementos, trace 0 retingulo da manga (es- quema 3) em que B’B tem o dobro ds meia-largura € B'D’ o compri- Tento da manga até a costura do punho, mais 2cm para um ligeiro bufanie, Trace a cava como foi ex- plicado na ligdo. O restante da manga é muito simples, pois 0 contorno corres- ponds ao proprio retingulo como mosira 0 esquema 3, Nao ha pence de cotovelo. Quando a manga & comprida, no Enecessério diminui-la para a co- locagdo do punho, uma vez que o excesso & necessirio para 0 bu- fante. Desejando uma manga me- nos larga, basta entrar um pouco lateralmente — | a 1,Sem de cada lado -, por uma linha ligeiramente curva (em tracejado no esquema). 0 tracado da boca — Na metade ée CD, isto é, da parte da frente, ‘mega lem para cima e na metade de D'C ou da parte das costas, om para baixo. Trace entéo a lic tha da boca D'CD em forma de S deitado, encurvando-a para cima cena frente e para baixo nas costas, guiando-se pelos pontos marca- os. Essa diferenca de curvatura é recessdria para facilitar os movi- nentos do cotovelo na auséncia ca pence. ‘Abertura para o punho — E uma abertura que se faz na boca da manga para que se processe o fe- chamento do punho. Esta aber- tura € geralmente triangular © deve ser tracada da seguinte ma- neira: a partir do ponto C (meio da manga), marque Sem para as cos- tas ¢ ai trace um angulo com 2cm de abertura e Tem de altura. Quando o chemisier é bem clds- sico, de linhas masculinas, 0 aca~ bamento da abertura é feito pela carcela (como veremos na parte de Costura XXXII), eneste caso, @ abertura triangular € substitulda por uma fenda de 9em de altura, colocada no meio da parte das costas ou a uma distincia minima de Gem do meio da manga, como mostra o esquema 4, ‘A manga ser montada no pu- nho de duas maneiras. 1) Pormeio de franzidos que re~ duzem a sua largura até 0 compri- ESQUEMA 4 el ms NZ PREGAS ESQUEMA 5 A i mento do punho. 2°)Por meio de pequenas pre- gas, Para isso, verifique a dife- Tenga entre 0 punho € a boca da manga. A diferenca seré destinada 4 ues pequenas pregas, como mosira 0 esquema 5. Suponhamos que a manga tenha 12cm mais que © punho. Dividindo 12 pelas trés pregas, cada uma terd 4em de pro- fundidade. A primeira prega parte do meio da manga em direcdo as costas, enquanto as outras duas se dirigem para a frente, intervaladas de Ta 2cm, como se queira. Assim sendo, a fenda que vai receber a carcela estard a Sem de distancia da prega das costas. Tudo isso que foi dito tanto se aplica para a manga comprida ‘como para a trés-quartos (em EF no esquema 3). No caso da manga curta simples, é evidente que tudo isso é dispensivel Existem cinco maneiras diferentes de fazer 0 acabamento desta aber- ‘ura: 1, Careela — usada apenas em chemisiers de cardter masculino (abertura em fenda) 2. Viés — abertura triangular 3. Arremate — abertura tringular 4. Sobreposto — abertura trian- gular 5. Desvio da costura de fecha- mento da manga — abertura em fenda uma ponta de tecido, como se pode ver pelo esquema 6. Trace 0 molde de acordo com as dimen- ses indicadas no desenho, Ao cortar a carvela, deixe margens de costura de meio centimetro de lar- gura, formando piques nos angu- Jos da carcela, como mostra a li- nha pontilhada do esquema, Dobre as margens da ponta acima da linna AFB para 0 avesso c bata bem a ferro, Em seguida, dobre a carcela pela linha FG e passe a ferro, como se vé na fig. 2. Abra com a tesoura a fenda da manga que, como ja vimos, deve medir 9 em de comprimento. Alinhave & depois costure & maquina o lado BC da carcela na borda BC da fenda (fig. 3), do arrematado i FIG. 2 z z ESQUEMA 6 mio, Pesponte toda a carcela, prendendo a ponta superior sobre o tecido da manga, com uma cos- tura delicada, 0 ‘mais préximo possivel da borda e faga a costura transversal FB, como arremate da parte superior fixa_na manga, como indica a fig. 4. O outro lado da fenda, que ficou por baixo da carcela, scr embainhado simples- mente com uma bainha estreita, & maquina. A colocagio da carccla na outra manga devera ser feita em sentido inverso, porque o punho sempre abotoa da frente para as costas, de FIG. 4 COSTURA XXXII_ 395 modo que a borda livre da carcela deve estar sempre voltada para as costas da manga. Neste caso, a abertura ndo é mais ‘em fenda e'sim em forma de um V invertido. Corte 0 V pelo meio até a ponta ¢ abra-o até que se trans- forme numa linha reta. Monte en- ‘to na borda um viés com a técni- ca ordinaria, isto é, costure 0 lado direito & miquina ¢ arremate o avesso com pontos de chuleio, fei- tos & mio (fig. 5). FIG. 6 Também pode-se utilizar um ou- tro tipo de acabamento em lugar do vies. Trata-se do arremate cor tado num retangulo de fazenda (li- nha pontilhada na fig. 6). Aplique © arremate sobre a abertura, direi- to contra direito, fazendo uma costura 4 maquina pelo desenho do Ve vire pelo direito, depois de abrir 0 V até a ponta com uma te- soura, Prenda 0 arremate no lado avesso com pontos falsos feitos & mio. FIG. 5 (896_COSTURA XXXII FIG. 7 SOBREPOSTO Corte- com a forma ¢ a largura indicadas na fig. 7. A seguir costu- re-0 pelo desenho do V, pelo aves- 80, estando 0 direito do sobrepos- to contra 0 avesso da manga. Cor- te 0 V pelo meio até a pontae vire © sobreposto pelo direito. Faga uma bainha esireitinha nas bordas livres € pesponte-as — como na carcela — prendendo assim o sobreposto sobre a manga, DESVIO DA COSTURA "DE FECHAMENTO ‘DA MANGA. E 0 processo mais répido © que exige menos trabalho, Basta fazer © seguinte: prolongue a fenda da abertura BC (fi. 8) para cima, em linha reta, até a cava, separando: assim uma faixa da manga a es querda. Leve esta parte separada para a direita ¢ prenda-a nove. ‘mente no molde com uma fita du. rex, pela linha DE, que éa costura inferior de fechamento da manga. Desta maneira, 2 manga no mais serd fechada pela costura DE, que ficou assim desviada para ABC. Feche a costura de A até B, fican- do BC aberto, A prépria margem interna de costura servird de bai nha para a abertura BC. aor INTERPRETACAO DE MODELOS, UMA COMBINACAO Embora muitas mulheres tenhar deixado de lado tal pega do vestudrio feminino, ou entdo prefiram comprd-la pronta, é sempre bom saber fazé- Ia, Aqui esti 0 molde classieo de uma combinagio, que também serve de base para a execusio de umt vestide-combinacéo, que se pode usar a qualquer Tempo, sem compromissos com as tikimas tendéncias da moda. 398 INTERPRETACAO DE MODELOS: MATERIAL Lingerie, jérsei de seda ou cotim METRAGEM 2,50m com 0,90m de largura MOLDE E CORTE ‘NO TECIDO Frente (esquema 1) — Trace 0 re- tangulo ABGH com as seguintes dimensées: AB igual a um quarto exato da medida do busto ¢ AG igual & altura do busto mais 6em (24a 26 cm em média), Marque GE com a altura do busto trace a linha EF. Prolongue ore- tangulo para baixo até CD, de ma- neira que GC tenha o comprimen- to desejado para a saia. Trace a li- nha dos quadris MN, 20cm abaixo da linha da cintura GH. Assim tra- cadas as linhas de construgdo, pas- semos a0 tracado do molde. Na li- nha do busto EF, marque EO, com a metade da separagao do busto. Com a ponta em O, trace a pence horizontal com Sem de pro- fundidade, medindo 2,5cm para cima do ponto F e 2,5cm para bai- xo. Do ponto O, levante a vertical OL, que ultrapassa 0 lado AB em 2om. Ligue Ea L poruma retae L a0 lado superior da pence por ou- tra reta, que encurva ligeiramente antes de atingir 0 lado da pence. Marque o ponto I, 2m abaixo de Ee, na lateral, mega de baixo para cima HJ com 6cm. Ligue Ia J por uma reta que vai ser a costura por baixo do busto. Para tracarmos a costura lateral, marque 0 ponto J” na linha IJ, a 2em para dentro do pono J. Na cura, marque Ha sm para dentro de’ H. Prolongue a linha dos quadris para fora, de N aN’ em lem, Ligue agora 0 ledo inferior da pence ao ponto J’ por uma reta, encurve-a para passar pelo ponto H!' na cintura, para de- pois passar pelo ponto N’ ¢ descer novamente reta até D’, situado no prolongamento do lado inferior CD. Encurve ligeiramente a bai- nha da combinacdo como mostra ‘oesquema. Do ponto O, trace OP, perpendicular & linha IJ, Feito isso, passemos ds modifica es finais para obtermos o molde definitivo da frente, 0 que é mos- trado no esquema I-A, Corte 0 molde pela linha 1J, separando-o em duas partes. Corte também a linha OP e feche a pence horizon- tal, obrigando 0 corte OP a se abrir em uma nova pence, por bai- xo do busto. Aumente a profundi- dade desta nova pence em lem de cada lado. Assim, a costura do bustié da combinacio fica dimi- nuida em 2cm. Acerte a costura na parte da saia, retirando esses 2cm em IR e ligando o ponto R 20 ponto C embaixo, por uma reta que serd o meio da frente. Scpare no molde a saia do bustié. Corte quatro vezes 0 bustié, pois esta pega & forrada, e a saia é cor- tada uma vez com 0 tecido dobra- do pelo meio da frente. ‘Costas (esquema 2) — Trace o re- tingulo BADC com as mesmas medidas que o da frente, o mesmo. acontecendo com as linhas da cin- tura. HG e dos quadris NM. Para tracarmos a costura lateral, mar- que HS com a mesma medida de HS" (esquema 1) na frente ¢ de- pois SV com lcm. Na cintura, marque HH’ com 2em e prolon- gue a linha dos quacris para fora, de NaN’ em lem. A costura late- ral serd uma reia que desce do ponto V, encurva um pouco para passar por H’ na cintura ¢ desce novamente reta para passar por N’ e terminar em D’ no prolongs mento do lado inferior CD. Marque agora GT com a medida de HS menos Sem e ligue o ponto V ao ponto T por uma curva sua- ve, em continuagdo 4 linha LS da frente, sem fazer angulo 20 nivel da costura lateral, ara tragarmos 0 meio das costas, jue TU no decote com 1,Sem GG’ na cintura com 2em. Ligue Ua G’ por uma reta eG’ aC por outra reta. Trace o arremate do decote com 4cm de largura. Corte este molde duas vezes no tecido. INTERPRETAGAO DE MODELOS 399 400_INTERPRETACAO DE MODELOS. NOTA: — Se este molds for utilizado para vestido, as aleas podem ser amarradinhas nos ‘ombros, ou ainda de outro material qualquer, ‘como, por exemplo, galdo, fita,estrass, etc. —O mole da com. binagio, como foi tragado, terd ‘a medida do busto ¢ a dos qua- ris iguais, o que € um tanto raro de encontrarmos no corpo das mulheres, Em geral, a me- dida dos quadris ¢ maior. Por esta razio, corte a parte inferior da frente © as costas no tecido ‘em pleno vigs, porque, nesias condigdes, ele Se toma eldstico ecedera para caber nos quadris. Isto acontece se a diferenca no for muito grande, de 4a 6em no ‘maximo. Acima disso, 6 conve- niente aumentar um pouco © ‘moide ao nivel da linia dos qua- ris, nos pontos M € N;, tanto na frente como nas costas. Por exemplo, se vocé alargar os quadris em meio centimetro nos pontos Me N’, na frente nas Costas, 0 aumento total seré de 4em, Quando 10 trata de conpins 10 meio das costas terd ape yas uma costura mas quando for um vestido, monte na cos- tura central das costas um ziper de 30cm de comprimenio, ‘A costura UJ, por daixo do busto, tanto ‘pode partir do onto |, como jd foi ensinado, ‘como do ponto E, como se vé no desenho do modelo. Pode ‘até ser horizontal, na metade da altura do busto. Tudo fica a or tério da vontade da leitora. MONTAGEM 1. Feche a pence de cada folha do bustié. Aplique duas a duas, di- reito contra dircito, costure a parte superior (decote) e vire para © direito. 2. Monte a saia no bustié. 3. Faga a costura central das cos tas e monte no decote um arre- mate com a largura indicada no molde. 4. Monte a frente com as costas elas costuras laterais, deixando aberturas em baixo. 5. Chuleie as bordas das margens de costura no lado avesso ¢ faga 2 bainha da borda com pontos em espinha de peixe. 6. Faga as alcas com roloté, O PUNHO DE UM VESTIDO CHEMISIER Existem dois tipos de punhos chemi- sier: 0 de abotoamento, como pode- se ver na figura 9, e 0 de abotoamen- to saliente, que estd represeniado pela figura’ 11. PUNHO DE, ABOTOAMENTO DEITADO (esquema 7) © molde a ser tragado ¢ 0 de um simples retangulo CBDE, de com- primento CB igual ao contorno do antebrago (manga trés-quartos) ou do punho (manga comprida) mais 3 Foom ds fle oe alta BE igual a 6em em média, podendo variar de acordo com 0 modelo, Arredonde os angulos inferiores ou nio, conforme o gosto pessoal. Acrescente no lado esquerdo mais 2m até o ponto A, para o trans- passe de abotoamento. Corte este molde duas vezes para cada punho e entreicle, costuran- do em toda a volta, com excecao da parte superior que vai ser mon- tada na manga, Vire © punho pelo INTERPRETACAO DE MODELOS 401 direito, passe bem a ferro, princi palmente nas bordas, que deverio ficar bem chatas. Para que os an- los do punho fiquem bem ace- s, finos ¢ nitidos, veja o deta- Ihe explicado na Jigdo 29, para 0 ‘mesmo acabamento em relagao as golas. Costure a '¢ superior do punho eee nna, na boca da manga, que jé deve ‘estar previamente franzida ou pre- gueada, ¢ arremate 0 lado avesso @ mao. O transpasse AC deverd corresponder & carcela e, por isso, mede 2em (veja a fig. 10). Esse tipo de punho é sempre usado em chemisiers clissicos, de linhas masculinas, com carcelas, Se a abertura do punho no é arrema- tadacom carcela,entao o transpas- se AC (esquema 7) pode medir 3em. A, B E FIG. 9 \ 402_TRUQUES E CONSELHOS PUNHO COM ABOTOAMENTO. SALIENTE (esquema 8) Esse tipo de punho ¢ aquele que Janga pontas para fora, com botdo comum ou abotoadura para fe- chamento (fig. 11), Como no caso anterior, 0 molde a ser tracado é o de um simples retingulo MNPQ, de comprimento MN (comprimento wil do punho) igual a0 contorno do antebraco ou do punho mais 2.a 3em de folga, e de altura MP igual & largura desejada para o punho. Prolongue lateral- mente o retfngulo, de ambos os lados, de Ma Re de NaS, num ‘comprimento varidvel de acordo com © comprimento desejado para a ponta de abotoamento (4. cm em média). ‘Corte este molde duas vezes para cada punho — ov uma vez.com a fazenda dobrada pela borda livre do punho — ¢ entretele. Coloque lireito contra dirieto, mais entre- tela, © costure em toda a volta, deixando livre apenas a distancia MN (fig. 12), a ser montada na boca da manga, de acordo com os detalhes dados no caso anterior, Se 0 punho for duplo, 0 que pod acontecer nos tipos de camisas ‘masculinas que levam abotoadura, basta cortar o molde com altura dupla, FIG, 12 ESTUDO DOS DRAPEADOS 1. Blusa Transpassada Drapeada Iniciaremos aqui o estudo dos drapeados. De antemio, deixaremos claro que no abordaremos nesta série aqueles vestidos inteiramente cobertos de drapés, com panos ¢ mais panos, que entram aqui, passam por ali e terminam repuxando acola, pois para esse tipo de roupa no existe uma regra especial de corte, mas sim de costura € montagem. Necessitam apenas de muita habilidade de confecgio, porque ‘esto mais apropriados «uma linha artesanal do que técnica. Neste nosso curso, tentaremos explicar os drapés'simples, os decotes drapeados e tudo aquilo que possa ser transformado em molde de papel, de maneira pritica e acessivel a todas as leitoras. 403_ESTUDOS DOS DRAPEADOS Trace a base da frente da blusa, sem colocur pences, como de monstra 0 esquema "I. A seguir corte w inclinagdo do transpasse a seu gosto, isto é, deixando mais ou menos ombro, e dando maior & menor profundidade ao wans- passe, Meca no seu préprio corpo a dis tdincia AB ¢ coloque-a no molde, a fim de tragar o arredondado da cintura, evitando desta maneira que © decote acabe “sobrando” ou ondulando sobre o busio. Com 0 auxilio de uma tesoura, dé Varios cortes no sentido das preges do drapeado, no mimero desejado € abrindo até bem préximo do lado oposto do molde, ‘Abra os cortes sobre outro papel e reproduza 0 nove molde, A sepa ragdo ficaré a seu critério, isto é, para pregas fundas, separe mais os pedacos feitos pelos cortes e, para pregas rasus, separe menos (es- quema 2) Para tragar 0 bico das_pregas, trate-as como se cada uma fosse uma longa pence. Marque eno 0 cixo de cada prega-pence ¢ pro- Jongue a linha da cintura — em cada abertura — até encontrar 0 eixo, dai outra linha até 0 trago coposto da pence, formando os bi- os indicados no esquema 2. Porém, se, em vez de pregas, voce desejar franzir a cintura, € sufi- ienie unir 0 ponto A (esquema 2) a0 ponto C por uma curva cont rua, passando pelo ponto De pe- las pontas dos pedagos separados pelos cories. Ele niio oferece maiores dificuldades que o drapé da blusa transpassada. A maneira de cortar 0 molde é idéntica tanto para o decote franzido como para 0 drapeado. Ra Trace a base da frente da blusa, climinando a pence horizontal € ficando apenas com a vertical, ESQUEMA 2 Abra 0 decote na altura que bem desejar. Em seguida, faga um corte do bico da pence até atingir © decote (esquema 3) € feche a pence vettical, a fim de abrir a do decote, Este seria 0 processo Britico de transporte de pences, Que ja vimos ha algumas licdes. Pelo proceso teérico de trans- porte de pences, 0 poligono gira- torio seria aquele indicado pelas letras BCDF, no esquema 3, Para proceder & rotagio, basta fazer ‘com que 0 ponto Fse sobreponhi ‘a0 ponto E, como esté indicandos seta, fechando a pence vertical ¢ abrindo a do decote. Feito o transporte, s6 resta ligaras pontos extremos do decote, A eC, Ror uma linha praicamenie ra franzirmos 0 decote entre At C, teremos logicamente 0 decote franzido (fig. 1), mas se 0 deixarmos cair_naturalmente, obteremos 0 decote drapeado (fiz 2. ESTUDOS DOS DRAPEADOS 405, ESQUEMA 4 496 _ESTUDOS DOS DRAPEADOS _ ESQUEMA 6 ESQUEMA 5 E muito facil fazer um decote drapeado das cosias, taliez até mais simples do que o drapé na frente. Trace a base das costas do pri- meiro tipo, isto & com 0 ombro normal, sem embebimento ou pence, Abra 0 decote, deixando ‘uma largura de ombro'de acordo com 0 modelo desejado. Em seguida, trace a vertical AB, partindo do bico da pence da cintura até o decote (repare no esquema 5). Divida 0 molde em dues partes, esvaziando a pence, isto €. corte-o com a tesoura pelas linhas BAC ¢ BAC, separando assim a parte central da lateral. ‘A. seguir, afaste as duas partes superiores, mantendo juntos po- rém os pontos Ce C’, Esta se- paragdo_seré maior ou menor em raziio do tipo de decote desejado: mais profundo ou mais aso. Encurve a linha da cintura, wa evitar a formagio de um Angulo no ponto CC’. Trace entdo uma reta partindo do ponto 1D no ombro até encontrar a linha do meio das costas MN, de modo a formar um angulo reto no ponto M. © molde deverd ser cortado em pleno viés. Dobre o tecido em onal, para obté-lo, e coloque o mole de maneira que a linha MN do molde das costas coincida com adobra enviesada do tecido. Deine uma bainha larga no decote = que no seri costurada — a fim de favorecer a queda do dra- peado, que, as vezes, pode ser ajudada por chumbinhos presos dentro da bainha. Note que, para qualquer tipo de drapeado, 5 se deve usar tecidos bem leves ¢ flexiveis, tais como 0 jérsei, as musselines de seda, as gazes ¢ 05 crepes. 4 — Como Tomar mais Farto © Drapeado de um Decote Agora veremos de que mancira poderemos fazer com que wm decote tenha um drapeado mais farto, ESTUDOS DOS DRAPEADOS 407 diferente do que vimos anteriormente, onde aparecia com formas discreias ¢ de souca profundidade. Trace inicialmente 0 molde de um decote drapeado como foi ensinado no item anterior © que aparece no esquema 6. Jé tivemos oportunidade de esclarecer que © decote assim cortado tera um drapeado discreto, sem muitas dobras. Para que o numero destas aumente, tornando os drapés mais ticos ¢ volumosos, proceda da maneira que se segue: Prolongue a linha BC do meio das costas pera cima, de B a B num comprimento que pode variar de 10 a 20cm, conforme se queira menor ou maior fartura de pregas (9s tecidos leves ¢ fleaiveis, como jérseis de seda ou mustelines, ‘cxigem maior fatura). Do ponto B’ trace a reta A’B' paralela a AB ¢ com o mesmo comprimento. Feito isto, ligue o ponto D ao ponto A’ por uma reta que seré 0 novo ombro. Esta re- ta DA’ deverd ser franzida ou Pregueada até reduzir-se ao primeiro comprimento do ombro. ‘Como nos ¢asos anteriores. dobre © tecido pelo pleno viés ¢ leve 0 molde para o tecido, fazendo com que © meio das costas coincida com 2 dobra. Deixe uma bainha de 3cm na borda do decote (linha A’B), Esta bainha serd apenas dobrada. Ha quem faca ut bainha dupla, cujo peso secvird para favorecersa queda do dra- peado. ESQUEMA 7 A PALA CHEMISIER Tanto a blusa como o vestido chemisier podem dispensar palas na Srente ou nas costas; poréma, é muito ‘comum as encontrarmos nos mais variados modelos. Por isso, achamos conveniente dedicar um tépico ao corte bisico das palas mais usadas. Com estas informagées e um pouco de imaginagao, voce poderd cortar qualquer outro tipo de pala Pala na Frente — Caso no existam franzidos, basta fazer o corte da pala na altura desejada, horizontal ou obliquamente, paraiela ao om- bro, Se houver algum. franzido, vocé veri como agit quando der- ‘mos, na Interpretacio de Mode- los, "0 vestido com franzido na pala, mais adiante um pouco, Pala’ Horizontal nas Costas ‘sem Franzidos ou Pregas — Repare a fig. 1. Toda vez que o chemisier comportar pala nas costas, use para o tragado da base as costas do terceiro tipo (com pence no ombro). Corte, ento, a pala, de modo que passe pela ponta da pence do ombro. Uma vez cortada a pala, basta agora fechar a pence no papel, fazendo-a assim desapa- recer, como indica o esquema 1. ‘Observe que, 20 fechar a pence, a linha de costura da pala sofre uma angulago, 0 que ndo trark ne- nhum problema, se o tecido for liso ou estampado, Quando a fa- zenda for listrada, a pala serd sem- pre cortada com as listras na hor FIG. 1 ESQUEMA 1-A zontal para fazer contraste com 2s listras verticais do restante do ves- tido ou da blusa e, neste caso, as listras ficam cortadas ao encontra~ Tem 0 trecho inclinado da costura da pala, o que destruird a beleza da pala. Para evitar este inconve- niente, trace inicialmente a pala com um lapis, A seguir, copie num papel transparente a pence do orh- bro e a transporte para a cava de maneira que um dos lados coin cida com a linha da pala ¢ sua ponta coincida com a ponta da pence do ombro. Corte entio a pala pela linha tragada e descendo pelo lado inferior da pence trans- portada. Fechando agora a pence do ombro, a linha da pala ficard inteiramente reta e a angulaggo passard para a parte de baixo das costas, como mostra o esquema I- AL Pala V mas Costas sem Franzi- dos ou Pregas — Fo tipo que apa- rece na fig. 2. Use, como de habito, as costas do terceiro tipoe corte a pala numa linha obliqua, descendo em direciio 20 meio des costas (esquema 2) e passando, ns- COSTURA XXXINI_409 turalmente, pela ponta da pence do ombro,’Esta linha serd menos ou mais inclinada conforme se deseje um V menos ou mais aberto ao completar-se 0 moide com 0 lado oposto, Caso a pala fique um pouco alta, basta que se aumente ° socmprimenio da pence do om- bro ate a altura desejada, antes de tracar a pala. Esse aumento nunca & muito grande, pois palas muito baixas so feias. Contada a pala, feche a pence do ombro, fazendo- a desaparecer. Se quiser que a li- noha da pala no sofra angulagéo pelo fechamento da pence, pro- ceda como no caso anterior. Pala Horizontal com Franzidos ou ‘Pregas (veia a fig. 3) — Corte a pala de maneira idéntica ao primeiro caso. A parte inferior das costas sera en- to aumentada na diregio do ‘meio das costas, numa medida va- rifvel, de acordo com a profundi- dade.'das pregas ou 0 valor do franzido (esquema 3), Se as costas pertencerem a um vestido inteiro, prolongue 0 molde para baixo, no que a roda da seia ficaré aumen- tada. Se nao for inteiro, com acin. tura, franza-a ou pregueie-a para a montagem na saia, Tratando-se de blusa “chemisier independente, vocé pode lancar mao de um ar- tificio a fim de que a fralda da blusa ndo se encha de dobras, que poderio marcar por baixo’ dos quadris de uma saia reta. O artfi- cio consiste em deixar a fralda nas suas dimensdes normais ¢ fazer 0 aumento para o franzido descendo ‘apenas até a cintura, Corte a linha da cintura até mais ou menos a sua metade (esquema 3), 410 _INTERPRETACAO DE MODELOS INTERPRETACAO, DE MODELOS, a Aproveitando que acabamos de ver ‘como se jaz uma blusa drapeada, aqui esid uma saia também ‘drapeada, sé que apenas na parte da frente. O seu caimento é muito ‘chique e volta e meia retorna firme ¢ Sorte it moda, ou melhor, ao ‘modismo. A saia que veremos é reta: nnela, as pregas se dis assimetricamente, todas dirigides para um lado sb. MATERIAL ou crepe METRAGEM 1,60m x 0,90m de largura ou entio 090m x 140m de largura, INTERPRETACAO DE MODELOS _ 411 MOLDE E CORTE NO TECIDO Frente da saia (esquema 1) ~ Trace a base da saia reta com a frente inteira, devido 4 assimetria do modelo, sem colocar pence al- guma, marcando a cintura exata, sem acrescentar os 3cm para a pence. Em seguida trace a direcao das pregas. Com uma tesoura, corte as retas tragadas até bem junto da costura lateral. Feito isto, abra os cortes dados, como mostra © esquema 2. Note que a se ragio dos cortes vai dimi- nuindo A medida que as pregas encurtam de comprimento. Trace 412 _INTERPRETACAO DE MODELOS n bico de cada prega na linha da cintura — em cada abertura — 3 da cintura, Trate cada prega co- até encontrar 0 eixo; dai, outra ‘Not — Se a prega for virada mo\se ose ‘uma longa pence, linha aléotrigo opens da'pence, °M, Sentlda,conttirio, 9 Marque entdo.0 eixo de cada formando os bicos indicados no Projongamento da, inh tt prega-pence e prolongue a linha esquema 2, coauisse coin Angles para dentro, em vez de pomtas, como mostra a linha tracejada no esquema Costas (esquema 3) — Trace a base das costas da saia reta, con- forme foi ensinado na Corte duas yezes no tecido, INTERPRETACAO DE MODELOS aig Cés (esquema 4) - Corte uma —_Observagiio: ndo esqueca de tira de tecido com a medida da deixar margem de costura em to- cintura mais 2em para o trans- das as pegas, passe © com a largura de écm, ESQUEMA 4 °. > MONTAGEM 1. Dobre as pregas da frente da saia no sentido das setas e prenda-as a0 nivel da cintura, 2, Faga a costura central das. costes, deixando cm baixo uma abertura com aal- tura desejada. Na parte supe- rior, monte um ziper de 20cm, 3. Una a frente com as costas da saia pelas costuras laterais. 4. No lado avesso do cés, colé uma entretela, atinginds ‘apenas a sua metade. Dobre 20 meio, direito contra di- Teito, costure as extremida- des e vire para o direito, Passe a ferro e monte na cin. tura da saia, fechando-o nas costas com um colchete. Para as mangas muito bufantes, a boca possui um elistico, um roloté ou um punho liso. Os punhos abotoados requerem uma a- bertura na manga € via de regra so utilizados apenas nos vestidos € blusas estilo chemisier, o que jd foi visto anteriormente (pag. 402). Desta vez, vamos tratar do punho liso, sem abotoamento, Primeiramente trace a reta MN (esquema 1) medindo 0 contorno do antebraco na altura desejada, menos lem. No meio de MN, trace uma vertical, de modo que ela tenha 2cm pata cima ¢ dem para baixo, no caso do punho medir 6cm de largura, Se medir Sem, seréo 2cm para cima e 3em para baixo, ¢ assim por diante, isto €, os 2m para cima no mudam nunca, Trace entio a curva MN, de cujas extremidades desgam as duas retas MO e NP, ambas coma medida da Jargura do punho e um pouco inclinadas para dentro, de modo que os 2ngulos em M ¢'em N sejam retos, Risque entdo a curva inferior OP. © punhe deverd ser cortado quatro vezes — duas para cada punho — © em pleno viés. A entretela deveri ser cortada pelo mesmo molde ¢ também em pleno vies Preparo e Montagem do Punho — © processo ¢ mais ou menos semelhante ao da montagem de uma gola. Vamos seguir através das figuras: Figura 1 — Coloque as duas espessuras do punho, uma sobre a cutra, direito contra direito, ea entretela por baixo. Alinhave ¢ costure somente a borda livre do punho, ou seja, a linha OP. Figura 2 — Abra o punho pela costura assim feita ¢ junte as extremidades, M com Ne O com P. Alinhave e’costure de MN 2 OP dai a MN, fechando asim 0 punho, Figura 3 — Vire 0 punho pelo direito © passe-o cuidadosamente a ferro, Note que a parte superior do purho permanece aberta, pois esti destinada & montagem na manga. Figura 4 — A boca da manga jé deve estar previamente franzida até ficar reduzida 20 contarno do punho. Vire a manga pelo avesso e aplique a boca franzida sobre 0 unho, ficando, assim, 0 direito do punho contra ¢ direito da manga. Alinhave © costure a manga no punho, prendcndo apenas a espes- sura de cima ¢ a entretela. Figura 5 + Puxe o punho para fora, de modo que a espessura de baixo, que permaneceu livre, fique voltada para cima, Essa parte de baixo vai ento ser costurada 4 mio sobre costura de montagem da manga com © punho, are- matando-a pelo lado de den- tro, FIG. 3 nw Cc r ¥ FIG.1 z FIG. 2 ESQUEMA 1 | Para o tragado da calga com- prida feminina, alm das medidas fundamentais “da cintura e_ dos quadris, precisamos das seguintes medidas complementares: 1. Comprimento total da calga, desde a cintura até 0 tomozelo, 2, Gancho, medida que & to- mada com a ponta da fita métrica no meio da frente da cintura, passando-a entre as pernas ¢ Jevando-a até a cintura. no meio das costas. A fita deve ficar no muito frouxa nem muito apertada, 3. Tornozelo, cuja medida € feita contornando-se esta parte do corpo com a fita métrica. Dé uma média de 20 a 23cm, CALCA COMPRIDA 417 VINCO DAS COSTAS 418_CALCA COMPRIDA _ nosso exemplo, encontramos lSem para a frente, Somando 2cm, teriamos Jem para as cos- tas,que, colocados a cavaleiro so- bre 0 ponto L, dardo 8,5em para cada lado. Assim, tanto ZL como LZ" meditio ambos 8,5em. Ligue entio, por uma rela, 0 ponto K* ~ na jinha dos quadris — 0 ponio Z, € 0 ponto O" — extre- midade inferior do gancho nas costas — go ponto Z’. Como na perna da frente, a fim de eliminar © excesso de lergura, modelando melhor 0 contorno da perna, vida a tinha lateral X'Z em ‘wes partes iguais, entrando Tem no pri- meiro tergo € i,Sem no segundo, Encurve entdo, a linha X°Z, como mostra © esquema, tendo oe dado de nio fazer prowuberdincias a0 nivel da linha dos quadris. Faca © mesmo na reta O'2", que serddi- Vidida em tr8s partes iguais, a fim de ser encurvada em 3cm no pri- meiro tergoe em 2em no segundo, Frente com Prega — Até 0 mo- mento, demos apenas 0 corte de uma calga com a cintura mode- lada por meio de pences (uma ou mais,” como acontece na saia). Este tipo de calca so é adequado is mulheres delgadas, com pouco ventre. Para aquelas mais gordi- has e mais salientes no. ventre, achamos mais aconselhiveis as calcas que possuem pregas na frente, que disfarcam a barr Para intiodusir a prega, basta fe zer 0 que vai explicado. . Diminua a curvatura do qua- dril, aumentando 2 cintura, de cada lado, em. 1,Sem (esquema 2). Com isto, ganharemos 3em para a prega. Em seguida, elimine a ESQUEMA 2 pence da frente, ficando assim a cintura aumentada de éem, dos quais 4cm servirio para a pregae 2cm para uma nova pence, Os dom da prega sero marca- dos a partir da linha do vinco em dirego ao meio da frente. Dobre A prega no sentido indicado pela seta no esquema, partindo o vinco da dobra superior, como nas cal- gas masculinas. Ainda como nes- tas, a prega ser costurada numa altura de 2.a 3m, a partir da ci ura, A nova pence tera 2om de pro- fundidade — como ji vimos — por 80m de comprimento e distard dem da linha do vinco, Se a leitora desejar, a nova pence lateral poderd ser substi tuida por outra preguinha menor, de 2cm de profundidade. os pores seer sie eG INTERPRETACAO DE MODELOS VESTIDO COM FRANZIDO NA PALA Simples e extremamente elegante. 0 detalhe esta na pala que parte dos ‘ombros e interrompe 0 franzido deste vestido, O seu caimeno € perjeito, prineipalmente quando se tratar de fazendas molengas, como as musselines, os crepes, as sedas. Tanto pode ser uma roupa trivial, como algo mais requintado, Nessa ‘hora quem mandard sera 0 tecido escolhido. Seda, jérsei ou malha fina, 2,50m com 0,90m de lagura, 420 INTERPRETACAO DE MODELOS MOLDE_E CORTE NO TECIDO Frente (esquema 1) ~ Trace no retngulo ABCD a frente da blusa sem pences (ligdo 15)eprotonguc-o até EF com 0 comprimento da saia. Nao é necessrio tragar a li nha da cava, Marque A’G com Sem € trace o decote em V, que parte do ponto H ao nivel da cava, no meio da frente e termina no ponto G, onde faz uma ligeira curva. Suba IT com Lom ¢ trace & nova linha do ombro, unindo os pontos GI’. Prolongue esta reta até 0 ponto J ¢ trace a perpendicu lar JL até a linha do busto. Risque, entdo, a linha da pala MN na al- tura da metade do decote. Prolon gue a linha MN para fora na me dida descjada para o franzido até N’ ¢ reproduza para baixo 0 mesmo contorno da lateral do molde N°L'F’. Separe a pala (es: quema 2) do restante da frente do vestido. Corte a frente uma vez com 0 tecido dobrado pelo meio da frente e corte duas vezes. em: © molde da frente sobre outro pa- pel € reproduza 0 seu contorno. Faga « nova linha do ombro 2em cima da anterior. Suba HH’ com Vem ¢ trace a linha do decote Corte este molde uma vez com © tecido dobrado pelo meio das costas Arremate do decote (esquema 4) ~ Sobre uma folha de papel, colo- ‘que 0s moldes da frente e das cos- tas unidos pela linha do ombro, re produza 0 conto do decote ¢ trace 0 arremate com dem de lar- gura. Corte uma vez com o tecido dobrado pelo meio da frente. INTERPRETACAO DE MODELOS 421 2 ¥ ESQUEMA 4 z g g z 4 3 2 OLe99 COLARINHO CHEMISIER Embora, nas lices dedicadas 20 estudo das golas, jd tenhamos ensi- nado varios tipos aplicaveis ao es- tilo chemisier, deixamos 0 estudo do colarinho jpara esta lico, por tratar-se da gola tipica do género, Unies que pode ser conada a fo reto, Hd dos tipos de colarinho chemisier: 0 simples e 0 com pé, Colarinho Simples (fig. 1) — E aquele que, ao ser fechado, man- tém-se baixo, sem subir muito no pescoco. Em primeiro lugar, ve- rifique se 0 contorno do decote no molde est de acordo com a medida do proprio pescoco. Cor- rija, se for 0 caso, por uma linha paralela a0 decote primitive. A medida é feita com a fita métrica, pelo contorno do decote no molde, frente e costas, partindo do meio da frente até 0 meio das cos- tas, sem contar o trespass do abo- toamento, Teremos assim a me- COSTURA XXXIV. 423 ida da metade do decote. Trace entio 0 reténgulo ABCD (cs- quema 1), cujo comprimento AB € igual a medida da metade do de- cote € cuja altura AC ¢ igual a0 dobro da altura desejada para o colarinno (cm em média). Divida © retangulo em trés partes iguais. Marque DH ¢ BG, ambos com 2em, Una F a He Ea G porlinhas ligeiramente curves. A linha CFH é a linha de mon- da gola no decote © AEG a linha da borda livre (que pode ser alterada quando se quer um con- torno diferente para o colarinho). © ponto H corresponde ao meio da frente, Desejando-se uma gola menos pontuda e mais aberta, basta inclinar a linka da borda da frente para dentro, como mostra HN, de modo que BM tenha meio, | ou 2em. Esta gola serd fechada por meio de uma pequens alea — de ina ou de fazenda — ‘colocada na borda direita do abotoamento e de um pequeno botio costurado por baixo da gola no lado oposto (lig. 1). A maneira de execucdo ¢ a mesma jf ensinada anteriormente nas ligdes dedicadas ao estudo das SE COSTOR ARATE __ golas. Colarinho com Pé (fig.2) — E aquele que, ao ser fechado, sobe ais sobre 0 pescoco, a fim de dar I A passagem de gravatas, ecl etc. Tenha os mesmos ‘cuidados’prévios de medida. Em partes iguais. No lado BD, marque © ponto H, 2,Sem acima de D, ¢ li gue Fa H por uma curva. Proton- Bue esta curva até 0 ponto G, de modo que HG tenha a mesma me- dida da largura do trespasse da MEIO DAS COSTAS DOBRA blusa (2.a2,5em nos modelos clas sicos de chemisier). De H levante uma perpendicular 4 curva FG, com 2em até o ponto J. Ligue J a G por uma curva pronunciada ¢, do ponto J, trace uma vertical pa- ralela a BD (da qual dista geral- mente lem) até 0 ponto L, de modo que ML mega 2cm, Una Ea L por uma linha suavemente curva. Desejando-se uma gola me- nos pontuda © mais aberta, basta inclinar a linha JL aié JN, como mostra a linha tracejada do es- quema 14, de maneira que NM mega meio, 1 ou 2cm, Para a montagem no decote, 0 ponto G vai cortesponder 4 borda da blusa, 0 ponto H ao meio da frente e 0 ponto J a0 inicio da do- bra da gola (fig. 2). Estes dois tipos de colarinho, ‘como jé dissemos, podem ser cor: tados a fio reto, sem costura no meio das costas. Para isso, basta dobrar 0 papel pelo meio das cos- tas a fim de obter o molde inteiro, ou dobrar 0 tecido na hora de cor- tar, se o molde estiver apenzs pela metade, como ¢ 0 caso do es- ‘quema, MONTAGEM DA CINTURA DE UMA SAIA Toda saia, ndo pertencendo a um vestido completo, precisa ter um acabamento na cintura, Este acabamenio € feito com uma fita de cis, geralmente de gorgordo, que mantém a saia bem presa i cintura, impedindo-a de deslizar a todo momento. A sata pode ser montada, seja direiamente sobre a fita de ods, isto 6, sem cinto, como indica a fig. 2, seja com um einto aplicado ow Inerustado, Nesta ligdo, daremos algunas nocoes gerais e mosiraremos a montagem da cintura nas dois casos. Qualquer que seja o modelo escolhido, deve-se, antes da montagem, passar a ferro todas as Costuras, as pregus ou os recortes da saia, sem esquecer a maneira (sirva-se de um pano imido, interposto entre o ferro ¢ 0 tecido, para a saia de 18). E preciso, entio, montar a suia sobre a fita de cé: trabalho’ facil, desde que seja guiado pelo alinhavo marcando a linha da cintura e pelos pontos de reparo feitos por ocasiio da rimeira prova (reporie-se as ices precedentes). Nao suprima ‘0s poucos centimetros de largura suplementar que a saia apresenta na cintura em relagdo a fita de cos (toda saia deve ser cortada com a cintura alguns centimetros maior do que a cintura real), porque eles sio indispensiveis & boa queda da saia. Por outro lado, eles desaparecem facilmente na montage, desde que se tenha 0 cuidado de alinhavar a saia na fita de cds, mantendo-se esta arredondada sobre os dedos, como mosira a fig, 1, Em relagdo ao modo de fixar a fita de cos junto as bordas da maneira, basta Teportar-se & ligdo 92. Conselho: sera de grande valia, para a montagem da cintura, descoser os colchetes fixados na fita de ¢ montagem seri assim mas rij mais bem acabada, Em caso contrario, seria necessirio ter- minar & mio as costuras da cin- tura A esquerda © @ direita da 425 maneira, uma vez que 0 caleador da maquina ndo pode passar por cima dos colchetes, Dobre ¢ alinhave a borda da saia, seguindo 0 alinhavo passa- do previamente para este fim. Aplique a saia sobre o alto da fita de cés ou gorgordo, com um segundo alinhayo, fazendo coincidir os pontos de reparo da sia com os do gorgordo. Tenha 0 cuidado de fazer a saia ultrapassar um pouco a parte superior da fita de cds, a fim de dissimulé-la completamente. Chuleie a. pe- quenos pontos, para que a saia ndo deslize sob a miquina de costura € costure toda a borda da cintura. Fixe novamente os colchetes no gorgordo. DIREITD, ESQUERDO Fig. 3 FIG. 426 TRUQUES & CONSELHOS a) Cinto Aplicado — Este pode ser simples ou duplo.” Vejamos como se procede na aplicagdo do into simples (fig. 3): depois de ter slinhavado a saia na borda inferior da fita de 6s, prepare 0 cinto, alinhavando uma pequena bainha nos seus quatro lados. A altura do ‘0 assim preparado deve ser a mesma da fita de cés ¢ 0 seu ‘comprimento igual 4 medida da cintura mais cerca de 10cm. Aplique esta banda ou tira sobre © gorgorio por um primeiro alinhavo na parte de cima, tendo o cuidado de fazé-la ultrapassar 0 gorgorio em Imm, a fim de dissimuli-lo completamente. Dobre 0 cinto sobre si mesmo no ado direito, fazendo deslizar a extremidade por baixo da.fita de 6s. Em seguida, com um segundo alinhavo, fixe a parte inferior, Faga as’ costuras a maquina em todo © comprimento do cinto e prenda os colchetes sobre ele. Quanto 20 cinto duplo, a sua montagem, que dissimula com- pletamente a fita de cés, dife- te um pouco da precedente, Estando j§ a saia alinhavada na borda inferior da fita de cds, prepare 0 cinto (que deve ter duas vezes a altura da fita de cds), alinhavando-lhe apenas a dobra do seu lado inferior. Aplique 0 cinto sobre a saia (fig. 4), pasando alinhavo A, na base da fita de ¢6s, ¢ um segundo B, na parte superior. Mantenha bem o aprumo do cinto na parte superior, a fim de dobré-lo sobre 0 avesso do gorgordo, fazendo um tereeiro alinhavo C, que prendera a dobra da borda’ do cinto_nos tecidos delgados, Nos tecidos espessos, essa dobra ¢ indi pensdvel, Faga as costuras & ma- quina e ‘costure A mao a dobra interna do cinto, se for 0 caso (fig. 1. b) Cinto Incrustado Simples ou Duplo — Esta montagem é, FIG. 4 (OIREITO) tr (AVESSO) sbbretudo, empregada nos tecidos grossos, porque permite realizar 0 trabalho com 0 minimo de espessura. Transporte para 0 cinto ‘08 pontos de reparo marcados no gorgorao, a fim de reunir corretamente, direito contra direito, a saia'e o cinto (fig. 5). Costure. Abra a costura no ferro: de passar. Fixe a fita de cds no lado avesso do cinto, a0 nivel da costura, tomando apenas a margem interna desta costura (ver fig. 6 em D), Rebata entdo 0 cinto sobre 0 gorgordo, seguindo a marcagio dada para os. cintos aplicados, A costura que sublinha as bordas destes tltimos nfo é indispensivel para os cintos incrustados, mas, quando € feita. dé uma grande’ nitidez ao tra- balho. Pode-se também fazer a costura apenas na parte superior do cinto, A fig. 5 mostra, como ja Vimos, 0 acabamento da’ parte into tebatida para o interior do gorgoriio. a 5 | (DIREITO) : m 2 {AVESSO) VARIACOES DA CALCA COMPRIDA: BERMUDA E SHORT 428 _VARIACAO DA CALCA COMPRIDA: BERMUDA E SHORT Na ligio anterior, ensinamos a maneira de cortar uma calga com- prida, elissica. Com um pouco de imaginagio e pritica, voré poderd fazer algumas alteragOes, que se fi- zerem necessarias para adapta-la a um modelo qualquer, de acordo ‘com a moda do momento. Note que, para alargar ou estreitar a boca ou as pernas de uma calca, a modificago tem de ser feita em medidas iguais nas costuras late- rais € de entrepernas. Partindo ainda da calga com- prida, podemos chegar a novas va- riagdes, como a calga trés-quartos (Corsirid ou pescador), a bermuda € © short, como veremos a seguir, CALCA TRES-QUARTOS E BERMUDA Nao ha problema. Basta tragar ‘© molde da calea comprida. € cortar-Ihe as pernas na altura de- sejada: abaixo dos joclhos para a calga tr€s-quartos ¢ logo acima de- les para a bermuda. Se as pernas ficarem um pouco largas ou um. pouco estreitas, aperte-as ou slargue-as — como ja dssemos — igualmente em suas quatro costu- ras, nas duas laterais e nas duas de entrepeinas. SHORT Para o short, utilize uma me- dida de gancho ligeiramente me- nor do que a das calgas compridas (2a 3 cm) ou entdo use a mesma, Fica a seu critério. © molde niio oferece maiores dificuldades. ‘Trace o inicio, a parte supsrior do molde, até a linha do gancho, exa- tamenie como foi feito para a calga comprida na ligdo anterior. Feito isso, risque uma paralela CD, a linha do gancho AC, numa distincia, de 7.em (veja esquema 1), Para isso, basta descer a yerti- cal AC na frente € CD nas costas, ambas com 7 em, ¢ ligar Ca D por uma reta. INTERPRETACAO DE MODELOS, 3 VESTIDO DE MENINA _ MATERIAL Algodao ow linho. METRAGEM. Duas alturas do vestido, in- cluindo costuras e bainha, se 0 te- cido tiver 0,90 m de largura. Sea Jargura for de 1,40 m, compre uma altura do vestido uma altura de manga MOLDE_E CORTE NO TECIDO FRENTE (esquema |) ~ Trace 0 retdngulo ABCD com as seguintes medidas: AB = quarta parte da medida do busto mais 2 em de folga AC = comprimento da blusa ne frente Prolongue o retingulo para baico, até a linha MN, numa medida ~ CM ~ igual ao comprimento de saia, Marque a metade de AC ¢ BD e trace @ linha do busto EF. Em seguida, marque a metade de AE c BF ¢ trace a linha do cos tado GH. INTERPRETAGAO DE MODELOS _ 431 DECOTE — Divida a medida do peseoco (tire esta medida contor- nando 0 pescogo em sua base com a fila metrica) por 6 € coloque 0 resultado no meio da frente, em AT. No lado superior AB, mar- que Al com a medida de AT’ mais 0.5 cm, Trace o decote, unindo La T por uma curva em um quarto de cireulo, OMBRO E CAVA — Marque em cima AL com a metade da medida do costado €, do ponto L, desga a Jinha-guia da cava, a vertical LP, até a linha do busto. Nesta linha, marque LK com 2,5 em (m costado até 13 cm) ou com 3 em (meio-costado maior que 13 cm). Trace o ombro, ligando | @ K por uma reta, Na linha do costado GH, marque J} com 0,5 cm ¢ de- pois divida J/P em trés partes iguais. Coloque 0 ponto O no se- gundo tereo. Trace a cava por uma curva que, partindo do ponto K, passa pelos pontos J e Oe vai tetminar no ponte F. Embaixo, no lado, mega NN’ com 4 a 6 cm (para um evasé maior ou menor) ¢ trace a costura lateral, ligando N' a F por uma reta. No meio da frente, acres- ccente um transpasse de abotoa- mento com 1,5 cm e um arremate ‘com 4 cm de largura. Marque as casas de botiio, a intervalos regu- lares, de acordo com 0 seu gosto. Corte a frente do vestido duas vezes na fazenda, em sentidos opostos. COSTAS (esquema 2) — Trace 0 retingulo BADC com as seguintes medidas: BA = quarta parte da medida do busto mais 1 em de folga BD = 0 mesmo comprimento da blusa na frente Prolongue o retingulo para baixo, até a linha NM, na mesma medida do prolongamento da frente. Na metade de BD ¢ AC, trace a linha do busto FE e, na metade de BF ¢ AE, trace a linha do costado HG. DECOTE ~ No lado superior BA, marque Al com a mesma medida de Al na frente €, no meio das costs, desca AT’ com I em, Truce © decote, ligando Ta I’ por uma curva, OMBRO E CAVA — Em cima, marque AL com a metade di me- dida do costado e, do ponto L, desca a vertical LP, linha-guia da cava, até a linha do busto, Na ver- 432_INTERPRETACAO DE MODELOS tical, marque LK com a mesma medida de LK na frente menos 0,5 ‘om e trace a primeira linha do om- bro, ligando K a1 por uma reta. Prolongue a linha do decote para cima ¢ trace a linha definitiva do ombro, 0,5 cm acima da primeira, com © mesmo comprimento do ‘ombro da frente. Coloque o ponto K’ na extremidade, Divida JP em trés partes iguais ¢ coloque 0 ponto no segundo tergo. Trace a cava por uma reta que, partindo do ponto K’, passa um pouquinho para dentro do ponto J, depois pelo ponto Oc vai terminar no ponto F. Embaixo, no lado, acrescente 0 evasé NN’, igual ao da frente, ¢ le- vante a costura lateral, ligando N’ a F por uma reta. Corte as costas do vestido uma vez no tecido do- brado pelo meio das costas. MANGA (esquema 3) — Trace 0 retingulo ABCD comas seguintes medidas: AB = medida do contorno total, frente € costas, da cava do vestido (faca esta medida com a fita métrica na vertical, para melhor acompanhar as curvas) menos 4 cm AC = comprimento desejado para nga Divida 0 retangulo ao meio, verti- calmente, pela linha GH. Trace a seguir a linha da cabega da manga EF, de modo que AE ¢ BF me- gama terga parte da largura do re- tangulo AB. Nessa altura, conside- remos o lado esquerdo como sendo a frente da manga ¢ 0 lado direito, as costas. Na metade de AE e BF, trace a horizontal U, Por meio de linhas verticais, di vida agora cada metade em quatro partes iguais até a linha da cabeca da. manga. Nestas linhas, vamos marear 0s pontos por onde passa & cava, cujo nivel mais alto € 0 ponto medio G e 0 mais baixo os pontos Ee F. CAVA DA FRENTE Ponto O— marque LO com 1 em Ponto N — marque-o 0,5 cm abaixo da linha 1) Ponto § — marque RS com 0,5 em CAVA DAS COSTAS Ponto 0’ — marque L’O’ com lem Ponto N’ — marque-o 0,5 em acima da linha IJ Ponto S' — marque R’S’ com 15cm. Uma vez marcados 0s pontos, ligue-os por uma linha curva continua, reversa, tendo o cuidado de evitar Angulos ou cotovelos, como mostra o esquema. Se do- brarmos 0 molde, vamos ver que a curvatura da cava na frente é mais profunda que nas costas, facili- tando assim 0 reconhecimento de- las, Note que a cava da manga re- sulta sempre um pouco maior do que a cava do vestido. Esse pe- queno aumento é necessario para que se possa fazer um embebi- mento no topo da cabeca da manga, 0 que é imprescindivel para a'sua boa queda, Os lados da manga podem ser retos para baixo, ou, se vocé qui- ser, pode estreité-los. Para isso, marque em ambos os lados da boca CC’ e DD com 0,52 | eme trace as costuras da manga, li- gando C’a Ee D’a F por meio de Tetas. Corte duas vezes no tecido, A miGcumw 8B I a E F ce Hq DD ESQUEMA 3 A_s_ Bs F 2 c 5 D ESQUEMA 4 INTERPRETACAO DE MODELOS _433 c D ESQUEMA 5 A, B cB, | & ESQUEMA 6 GOLA (esquema 4) — Trace duas retas perpendiculares entre si: AB com 8 eme AC com 12 em. Ligue B a C por uma curva. Prolongue AB até F em 5 cm. BF é 0 meio das costas. Trace em seguida 2 curva FD, paralela 4 BC, numa distancia regular de 5 cm, para ob- ter a borda da gola, Na frente, marque DE com 3 cm e trace a reta CE, Arredonde entdo o an- gulo. Mega 0 contorno do decote do vestido, do meio da frente ao meio das costas, e compare esta medida com 0 decote CB da gola. Devem ser iguais. Se ndo forem, aumente ou diminua 0 comprimento da gola —conforme 0 caso — por uma linha paralela ao meio das costas BF (em tracejado no esquema no caso de diminuigao). Corte a gola duas vezes no te- cido dobrado pelo meio das cos- tas, Corte também a entretela pelo mesmo molde sem dar margens de costura, BOLSO (esquema 5) ~ O tama- ho do bolso ficard a seu critério, A que cle depende da idade da criang, isto 6 das proporees do molde. Lembre-se, porém, de que © comprimento deve ter 2¢m mais do que a largura, Como o bolso apresenta um macho central, au- mente a largura AB em quatro profundidades de prega com 1.5 em cada uma, somando um total de 6 em, Corte 0 bolso duas vezes no tecido. ABA DO BOISO (esquema 6) — ‘A largura AB da aba deve ser igual & do bolso, depois da prega feita, A altura AC deve medir a terga parte de AB e, no meio, para desenhar a ponta E, aumente | em na medida de AC. Abra a casa no centro. Corte a aba quatro vezes no tecido, 1. Cole a entretela no avesso do arremate do abotoamento. Dobre ‘o arremate para 0 avesso ¢ abra as casas nas marcagdes, 2. Dobre as pregas do bolso pelas, marcagdes, virando-as para den- tro, a fim de se tocarem no centro. Segure-as em posigéo com alinha- vos, Dobre para o avesso as mar- gens de costura do bolso, pespon- tando a da borda superior que serve de bainha. Achate bem to- das as dobras, inclusive as pregas, com o ferro’ de pasar. Depois disso, aplique o bolso na frente do vestido. com um pesponto bem juntinho da beira, prestando aten- Go para que o nivel de aplicagio seja. © mesmo em ambos 0s lados da frente 3. Prepare cada aba. Para isso, cole a entretela no avesso de uma das partes e aplique-as uma sobre a outra, direito contra direito. Costure em volta, menos © lado superior de montagem. Por ele, vire a aba para o direito e passe @ ferro, Aplique-a | cm acima da borda superior do bolso, 0 bico rado para cima, Costure e rebata a aba para baixo, sobre o bolso. Pes- ponte « 6 mm da costura. Antes de montar a abu, no esquega de abrir a casa na marcagdo, Pregue © botio correspondente sobre 0 bolso, na linha da prega, 4, Monte a frente com as costas do vestido pelas costuras dos om- bros. 5, Prepare a gola, colando a en- tretela no avesso de uma das par- tes € aplique-as direito contra di- reito. Costure a borda arredon- dada ¢ vire a gola para o direito pelo lado do decote. Passe a ferro € monte no decote do vestido. 6. Feche as costuras laterais do 7, Feche cada manga ¢ faga uma bainha de 2 a 3 em na boca, Em- beba a parte superior da cava, en- tre os pontos O € O' (veja 0 es- quema 3), € monte & manga na cava do vestido, 8. Faca uma bainha de 4 em na barra do vestido e fixe-a com pon- tos em espinha de peixe. Pregue os botdes no lado esquerdo da frente, na mesma altura das casas. 9, Faga um lago com uma fita de cor contrastante © prenda-o na frente do decote. Fixe a ponta su- perior do transpasse por baixo da gol com uma pressio. SAIA RETA COM PREGAS Uma saia reta pode receber pre- gus costuradas até certa altura em qualquer das suas costuras, seja a do meio da frente, a do meio das costas ou a dos lados. O problema no ¢ absolutamente dificil, como teremos ocasido de ver a seguir. MOLDE Suponhamos que voce deseje colocar uma prega na costura do meio das costas. Naturalmente, a primeira coisa a ser feita ¢ a base das costas da saia. Depois disso, naa linha do meio das costas, mar- que 0 ponto A na altura em que a prega deve ter inicio (a seu gosto), A distancia AB representa a altura em que @ prega vai permanecer aberta. Estude entio qual a profuni dade que vocé vai dar a prega. Esta profundidade pode ser em média de 7 a 10 cm quando a prega é unica e sozinha na saia ig. 1). ‘Como a nossa prega € do tipo femea (“pli creux”, dos franceses), isto 6 duas pregas deitadas para dentro, precisamos de quatro pro- fundidades. Assim sendo, trace uma horizontal partindo do ponto A, e nela marque duas vezes 2 profundidade da prega, AC ¢ CA’, Faca 0 mesmo embaixo ¢ marque BD e DB’. Ligue, por meio de re- tas, 08 pontos encontrados. A linha AB vai corresponder & dobra da prega, CD a0 fundo da mesma e A’B" ao meio das costas, onde a fazenda vai ser dobrada. Abrindose 0 molde cortado, ele apresentara o aspecto indicado na ig. 2. Dobre os dois lados da prega para o lado de dentro, apli- FIG. 1 COSTURA XAXY_435, AVESSO cando_a dobra AB sobre 0 meio A’B’ Se o tecido nfo permitir que este molde seja cortado inteito, ndo faga a emends pela linha A'B* do meio das costas, porque, nestas condicdes, a costura ficard visivel quando a prega abrir-se, O aton- selhdvel sera cortar o molde pela linha MN (fig. 2), isto , deixando trés profundidades de prega de um lado e uma s6 profundidade do outro. Assim procedendo, escon- Geremos a costura de emenda do fundo da prega. E, agora, uma observacio final: quando cortar 0 molde no tecido, deixe uma margem de costura na parte fechada da prega como esta indicado pela linha tracejada no esquema 1, isto é, va alargando esia margem para baixo até alcan- gar a largura de uma profundi dade. Este cuidado € necessirio a fim de que possamos prender, no lado avesso, a borda superior livre da prega sobre a margem interna da costura, como a leitora pode ver com clareza na fig. 3. Este aprego € geralmente feito com pontos em espinha de peixe. ‘Com estas indicagSes, pode-se colocar uma prega em qualquer das quatro costuras da sala (meio da frente, meio das costas € late- rais), ou nas quatro simultanea- mente. Neste iltimo caso, nose esquega de que a largura maxima de cada profundidade de prega nido deve exceder i metade da lar- gura de quarta parte da saia,a de que os fundos dus pregas ndo trepem um no outro no lado avesso, Se u prega for simplesmente deitada para um lado s6 ("pli cou- chée”, dos franceses), 0 proceso éidéntico, com a diferenga apenas de que basta dar uma sé profundi- dace — em vez de duas — de cada lado do molde. $936 _COSTURA KXxxv SAIA RETA COM PREGAS (2? TIPO) Na igo anterior, mostramos como se pode incluir pregas nas quatro costuras cldssicas de uma saia reta. Agora veremos como colocer as pregas em outras costu- ras que ndo sejam as referidas. To- ‘memos, como exemplo, o caso das pregas situadas em costuras postas no prolongamento das _pences, como mostra a fig. 4. O fecho ecler tera de ficar ne linha do lado, pois no ha mais costuras no meio da frente e no meio das costas. Trace a base da frente da saia reta normalmente, Em seguida, do ponto B — extremidade da pence = wace a vertical BC. Corte 0 molde em duas partes por esta li- nha e acompanhando os lados da pence, AB e BA’, de um lado e do outro (esquema 2), ‘Afaste os dois pedagos do molde um do outro, paralela- mente, e prenda com uma fita dit- rex, pelas linhas FC (esquema 3), um papel retangular com as qua- tro profundidades de prega ma cadas, como ensinamos na licio anterior. A altura FC, correspon- dente & abertura da prega, seri va- ridvel, de acordo com 0 desejo da leitora. A largura de cada profun- didade, FM, devers medir no mi- ximo a distincia GH, ou seja, ¢ metade da largura do pano cen- tral. Em fazendas de 90 em de lir- gure, geralmente nao € possivel cortar a frente da saia num pano tinico. Neste caso, corte 0 molde pela linha MN, deixando uma so profundidace da prega de um lado © as trés outras do outro, a fim de que a costura de emenda fique COSTURA XXXV_437 ESQUEMA 4 cculta no fundo da prega, como ja tivemos ocasido de explicar. Da mesma forma, quando cortar a sia no tecido, deixe uma margem de costura (veja esquema 3) mais larga para baixo, procedendo de maneira semelnante ao que foi ex- plicado na ligio anterior, quando nos referimos ao acabamento in- terno da prega. ‘Ao ser feita a costura da prega, e AF com A’F, a pence serd por ela absorvida, desaparecendo completamente, COSTAS Trace normalmente a base das costas da saia reta © proceda exa- tamente como na frente. NOTA — Vocé também pode colocar pregas nas costuras late- tals, se assim o desejar, Neste ‘caso, a saia comportard seis largas pregas, que deverdo ter, para efeito estético, a mesma largura, Para isso, faga o seguinte: trace a base ¢ divida a linha dos quadris em trés partes iguais (veja 0 es- quema 4). No primeiro tergo, mar- que a vertical por onde 0 molde vai ser cortado. Essa vertical tam- bém servird de eixo ao tragado da pence. Depois, & s6 colocar as profundidades das pregas e da pence, obedecendo as tegras, ji expostas, O meio da frente ou das costs corresponderd a dobra da fazenda. BABADO GODE OU CASCATA © babado cascata pode ser usado em punhos e decotes ou em ordas longas, No tiltimo caso, so necessirios virios godés, que, de- pois de emendados, sio montados na roupa, Para um punho ou um decote, mega 0 seu contomo € fuga uma citcunferéncia, cujo raio mega a sexta parte dessii medida. Exemplo: Punho de uma manga = 24 em 4+6=4 Logo, o raio mediré 4 em e, ob- viamente, o diametro 8 em, Trace outra circunferéncia em torno da primeira, de modo que a distancia entre as duas seja igual 2 largura desejada para 0 babado. Esvazie 0 centro da circunferéncia menor, deixando 0,5 em de margem para a costura ¢ dé piques com 2 te- soura cm toda a volta da mar- gem, a fim de facilitar a montagem do babado. Abra 0 babado no sen- tido do fio reto (figura 1). Para bordas longas, corte varios godés e, com a tesoura, abra todos no mesmo fio do tecido, Proce- dendo assim, as emendas ficardo ab- solutamentedisfargadas (igura 2). E importante lembrar que 0 vo- lume de gomos depende exclusi- ‘yamente do difimetro da cireuntfe- réncia e est na razio inversa, isto é, maior o didmetro, menor o vo- lume de gomos; menor o didime- tro, maior © volume de gomes. ‘OBS. Este tipo de babado exige, na borda, um ‘acabamento leve € eee Licdo 37 SAIA-CALCA A saia-calca é uma peca ‘extremamente pratica. E uma saia comum, com um jogo de pregas que esconde uma calca por baixo, coriada numa peca tinica com o préprio molde'da saia. O modelo desia ultima pode ser 9 mais variado possivel: reta, gdde, evasé, em panos, em pregas, franzida, etc. Pode ainda levar bolsos placados, embutidos ou em faca. Anigamente, $6 hava uma Constante, que era a prega, simples ou dupla, no meio da frente e no ‘meio das costas, necessdria para esconder, com as suas dobras, a alga interna. Hoje em dia, jd se elimina tais pregas, 0 que vem facititar enormemente a confecedo da saia-calea, transformando-a numa espécie de bermudao. ‘Nos esquemas desta ligao, escolhemos uma saia reta simples ou evasé (em linha tracejada nos esquemas) como ponto de partida para o molde da saia-viga, uma vez que é 0 tragado do gancho 0 que realmente nos interessa aqui. A tinica medida comprementar de que vamos ter necessidade ¢ a do gancho. Nédo hd necessidade de ‘omar uma medida do gancho especialmente para a saia-calga, bettands pare isso, usar a medida que jé fot tomada para a calga comumi. 0 tracado do préprio molde se encarrega de aumentar @ medida do gan’, a fim de ‘ornto mais folgado para a sai ca. 430 440 SAIACALGA FRENTE (esquema 1). Trace © molde da frente da saia que voce bem descjar — aqui, como {4 dissemos, utilizamos 0 de uma saia reta, Em seguida, a partir do meio da frente, marque para a esquerda duas profundidades de prega, em.EE’ e FF’, que devem ser sempre profundas: uma média de 10 a 12 cm cada uma, Prolon- gue a linha dos quadris, de G’ a G, em | cm, Se quiser que a saia- alga fique mais justinha nos qua- dris, nfo precisa dar este cumento. Determine agora a profundi- dade ou altura do gancho da mesma maneira que na calga co- mum, isto €, divida « medida do gancho por 3 ¢ some 5 0 resul- tado. Se vocé gosta de um gancho mais solto, some 6 ou 7. Esta me- dida seré’ marcada em FJ. Por exemplo, se a sua medida de gan- cho for 72, FJ mediré 72 +3 = 24 +5 = 29 em. Do ponto J, trace a horizontal JH com um quarto da quarta parte dos quadris. Se,por exemplo, voce tiver 24 cm como a quaria dos quadris, JH medird 24 +4 =6 Se 0 resultado for um nimero fra. Cionério, arredonde para o ni mero inteiro mais prdximo, por exemplo: 5,8 arredonde para 6, ot 7,2 arredonde para 7. F = A a SAIACALCA 441 Complete 0 molde, descendo de H 2 vertical Hl e fechandoa li- nha da bainha com a reta IF. Res- ta somente tragar o contome do gancho, unindo F a G por uma Teta e encurvando-a até atingir 0 ponto H. COSTAS (esquema 2), Trace © molde das costas da saia de acordo com 0 modelo escolhido. Em seguida, a partir do meio das ‘costas, marque para a direita duas profurdidades de prega, em MM’ e NN’, que devem ser um pouco maiores do que as da frente em a mais aproximadamente). Prolon- gue a linha dos quadris de O" a O em 2 cm. ‘A profundidade ou altura do gancho € a mesma da frente ¢ deve ser colocada em NP. No nosso exemplo, era igual a 29 em. Do ponto P, trace a horizontal PR com os trés quartos restantes da quarta parte dos quadris. Para © nosso exemplo, escolhemos 24 em de quarta parte dos quadris, dos quais ja retiramos para a frente um quarto, ou seja, 6 cm. Restam portanto trés quartos, isto 6, 4 — 6 = 18. PR teri entio, como medida, 18 cm. Marque en- tao 0 ponto T na metade de PR. Faca agora o contorno do gan- cho, ligando N a O por uma reta e prolongando-a até R por meio de uma curva que passa pelo ponto TeCompete o molde de saiacalea nas costas, descendo de R a verti- cal RS ¢ terminando a linha da bainha de N’ até S. SAIA COM PREGAS TIPO COLEGIAL Reservamos wm capitulo especial para a saia pregueada do tipo colegial, porque ela néio mantém uma relagdo com qualquer das saias estudadas anteriormenie, A saia pregueada do tipo colegial 8 inteiramente trabalhada em pregas simples, deitadas, todas se Justapondo de alto a baixo, como no plissado mecdinico. Sua montagem deve ser executada com cuidado, porque ela, e somente ela, sem necessidade de prova, assegura a linha da saia, ajustando-a na cintura © apoiando as pregas sobre os quadris, para deixi-las tombar perfeitamente fechadas embaixo. TOMADA DAS MEDIDAS ‘Cintura — 64 em (quarta parte = 16 em) Quadris — 92 em mais 4 em de folga,ou seja 96 cm (quarta par te = 24 cm) Altura dos quadris — 20 em Comprimento da saia, com- preendendo costura da cintura © bainha — 70 cm PREPARACAO PARA © PREGUEAMENTO- ‘Antes de iniciar 0 preguea- mento, tenha sempre em mente duas nogdes importantes: 1. A saia exige sempre uma lar- gura de tecido igual a trés vezes 0 Contorno dos quadris, qualquer que seja a largura de cada prega, desde que a profundidade da mesma seja igual a esta largura, como acontece no plissado meci- nico. I. Fscolha previamente a lar- gura de cada prega, de maneira a dar um numero exato no contorno: total dos quadris, nao sobrando ‘uma tltima mais larga ou mais es- treita, Para maior facilidade de calculo, rabalhe sempre com a quarta’ parte dos quadris. No ‘nosso exemplo, em que esta me- dida & igual a 34, poderiamos ter, em cada quarto da saia, és pi gas de 8 cm, ou oito de 3. cm, ou seis de 4 cm, ou quatro de 6 cme assim por diante, desde que a mul- tiplicagdo de um numero pelo ou- tro seja igual a 24, Assim determi- nada @ largura de cada prega, corte um pano com a altura da saia ~ 70 cm no nosso exemplo — eo comprimento igual a trés vezes a medida dos quadris, que, no nosso caso, seria 96 cm x 3 ='2,88 m, Acrescente 2 em de cada lado para a costura de fechamento. A DB BAINHA Este pano podera ser inteiro, se cortado ao longo do tecido (quando a sua queda no fio atra- vessado permite um bom aprumo da saia) ou, em caso contririo, corte varias alturas de saia, no sen- tido do comprimento do tecido, junte os panos, ourela com ourel ‘num pano tinico,que terd as medi- das ja indicadas. E conveniente dar sempre um pouco mais de lar- gura, porque as costuras de emenda deverdo ficar escondidas no fundo de uma prega qualquer, havendo necessidade de deslocd- las quando tal nao acontece. Este pano — em qualquer das duas hipéteses — nfo serd fechado sendo apdés a montagem da cin- tura, € essa costura de fechamento deverd coincidit com o fundo de uma prega. Faga a bainha e passe a ferro. Deixe, entretanto, de cada lado, um trecho de 8 cm sem fazer a bainha, a fim de nao ser obri- gada a desfazé-la no momento de fechar a saia. O alinhavo que marea a altura dos quadris s6 sera feito apds 0 pregueamento, aju- dando a prender as pregas. ec Pode ser feito mecanicanfente, tomando entdo o nome de plis- sado cto, para o,que tudo © que vai ser dito é perfeitamente vlido. Nio consideraremos aqui outros tipos de plissa¢o, como 0 “soleil” ou “acordeon’, cujas execugdes so completamente diferentes e as quais dedicaremos uma ligio es- pecial. Passaremos a dar a marcha para 0 pregueamento, quando a leitora desejar fazer ‘0 trabalho manualmenie. Lembre-se de que ‘as pregas sio deitadas da direita para a esquerda, I, Marque as pregas (fig. 1) — ectie Saa Oral da sda pein direito, a bainka para baixo, em diregd0 & pessoa, © escolhamos 4 cm, por exemplo, para a largura de cada prega. Em seguida, com a ajuda de alfinetes colocados em cima © embaixo, partindo da ex- tremidade da frente (a esquerda de quem trabalha), faga as seguin- tes marcagées: Proceda desta maneira, qual- quer que seja a largure eseolhida para cada prega, nfo esquecendo que a profundidade relativa a cada uma sempre dupla: prega de ? cm de largura possui_ profundi- dade de 4 cm, prega de 3. cm, pro- fundidade de 6 cm e assim por diante. A leitora jf deve ter notado que a saia, até este ponto, se transfor- mard, ao ser fechada, num cilin- dro com 0 contorno dos quadris Toma-se necessirio, entio, dimi nuir este contorno acima da linha dos quadris, de modo que a saia se aplique perfeitamente justa na cin- tura, Para isso, é preciso fazer ca- valgar ou trepar, na cintura, cada prega sobre a sua vizinha. A fim de saber a diminuigao ne- cessdria, Ou seja, 0 quanto se deve trepar uma prega sobre a outra, basta dividir a diferenga entre a quarta parte dos quadris © a is secre See quarta parte da cintura pelo ni- mero de pregas em um quarto da saia. Usando as mesmas medidas do exemplo, teremos 24 cm de quarta parte dos quadris ¢ 16 cm de quarta parte da cintura, 0 que a uma diferenca de 8 cm: Como cada prega tem 4 cm de largura, cxistem 6 pregas em um quarto de stia. Dividindo 8 por 6 obteremos m, que & a medida a ser supri- mida em cada prega, quando se faz 0 cavalgamento. Este deve ser feito da seguinte maneira: parte da extremidade inicial da sais, pu- xando a primeira prega sobre a se- gunda, a segunda sobre a terceira € assim por diante, na medida cal- culada, e remontando o fundo da prega correspondente (fig. 5), a fim de que as pregas permanegam bem fechadas embaixo. Fixe com alfinetes. Depois de tudo feito, passe um alinhavo na linha da cin” tura, fazendo um ponto atrés so- bre cada cavalgamento, Costure 0 c6s da cintura direito contra direito «ig. 6) aplique a fita de gorgorio sobre 0 avesso do cés, entre este © a costura (fig. 7) a fim de obter um trabalho per- feito pelo dircito. Alinhave a tira do cds na parte inferior e depois na parte superior do gorgorao para poder dobri-lo para o ledo avesso. Faga, pelo direito, uma costura em todo o comprimento do ¢6s, No caso da saia ser mon- tada diretamente na blusa de um vestido, esta montagem nio existe, evidentemente, pois ela pertence as saias independentes. 1. — a largura da costura, ou seja, 2 em. 2. — a profundidade de uma prega, isto é, 4 cm, que deverd fi- car por baixo da titima prega no momento de fechar a saia. 3. ~a largura do dorso de uma prega, que € igual 4 profundidade, ‘Ou seja, no nosso exemplo, 4 em, 0 que dard a dobra da primeira prega A-A’. 4. a profundidade dupia cor- respondente 4 prega anterior, ou seja, 8 cm, para marcar a linha D- D’, onde ira apoiar-se a dobra A= A’ da primeira prega. 3. —novamente 4 cm para mar- cara dobra B-B’ da segunda Prega. 6, — mais uma vez a profun dade dupla de 8 cm, correspon- dente segunda prega, determi- nando a linha E-E” onde ela ird apoiar-se. 7. —outra vez 4 em para marcar a dobra C-C’ da terceira prega, E assim por diante, marcando alternadamente 4 cm e 8 cm até a Fig. 2 (DIREITO) (AVESSO) COSTURA XXXVI_ 445 Fig. 4 (Costas) Fig. 4 extremidade do pano, terminando a marcagdo como comecou, isto €, depois da tiltima prega, em vez de uma profundidade dupla, mar- que apenas uma_profundidade simples de 4 cm, porque a outra metade ji foi colocada no princi- pio. Termine a marcagio com os 2 €m para a costura, Retina entdo os alfinetes com um trago de giz pelo avesso, marcando assim as dobras € 0s fundos das pregas: A-A’, D-D’, B-BY, etc, IL’Alinhave as pregas de alto a batro, bem préximo ao meio das mesmas, a fim de que as dobras pelo dircito fiquem livres. IIL, Repassagem — para que uma, prega tenha boa queda, & preciso ndo s6 passdla a ferro com um pano iimido, como tam- bém seca-lo completamente sob 0 ferro. Passe sucessivamente todas as dobras pelo direito, porém na face interior da prega (fig. 2) e, em seguida, os fundos das pregas pelo avesso, 'e sempre na face interior (fig. 3). Esta maneira de passagem a ferro evita que o fundo das pre- gas marque o direito da saia, ao mesmo tempo em que a seca com- pletamente. Retire entdio todos os alinhavos ¢ dé um ligeiro golpe de ferro, prega apés prega, pelo di- reito e depois pelo avesso, para apagar todos os tragos deixados pelos pontos do alinhavo. Feito isto, faga um alinhavo ho- rizontal através de todas as pregas, marcando assim a linha dos quar dris, Para isso, coloque alfinetes verticalmente, junto as bordas (fig. 4), para determinar a altura dos uadris. Verifique ento a medida Jos quadris obtida na saia, pa tindo da dobra da primeira prega até a dobra da altima prega. Torne a passar a ferro, pelo avess0, a nova linha do fundo das preges, desde a cintura até so- Mente os quadris. Feche a saia, deixando uma abertura de 15 om junto & cintura, Complete a bainha da saia. A cos- tura de fechamento se encontra, ‘como ja vimos, no fundo da tltima Prega, sobre 0 quadril esquerdo. Por ai, a leitora poderd deduzir que 36 se fecha uma saia pre- gueada colegial depois de tudo feito, inclusive bainha e cds. No cinto do cés, fixe, como mostra a fig. 7, os seguintes elementos: em Fs ganchos dos colchetes, em G as algas e depois duas presses, A superposiedo das duas profundida- des de prega torna injteis todas as pressdes ou colchetes 2o longo da fenda da maneira (veja fig. 7 em H). Algodio ou linho. METRAGEM ‘Até seis anos, compre uma al- tura de camisa e uma ce manga, se © tecido tiver 0,90 m de largura. ‘Acima dos seis anos, acrescen- te mais uma altura de cami Quando o tecido tiver 1.40 m de Targura, compre duas aituras de manga comprida para qualquer i- dade. nae FRENTE (esquema 1) — Trace 0 molde de mancira igual a da frente do vestido (fasciculo 36), dando porém 3 cm de folga a largura AB do retingulo basico. Abaixo da li- nha da cintura CD, prolongue © molde na medida necessdria para ‘0 comprimento da camisa. A cos- tura lateral permanece reta, se- guindo o lado do retdingulo. Trace © arremate como foi ensinado na ligio 26. Corte a frente duas vezes no tecido, em sentidos opostos. COSTAS (esquema 2) ~ Trace 0 molde igual a0 das costas do ves- tido (fasciculo 36), dando porém 2 em de folga & largura BA do re- tngulo basico. Para baixo da li- nha da cintura, prolongue 0 molde na mesma medida do prolonga- mento da frente. A costura lateral também permanece reta. Corte uma vez no tecido dobrado pelo meio das costas. MANGA (esquema 3) — Trace 0 molde da mesma forma que 0 da mange do vestido (fasciculo 36). Utilize, porém, 0 comprimento da manga’ comprida, descontando a largura do punho. Estreite a boca da manga em 2 cm de cada lado, de Ca Cede DaD’. Ligue Ea Ce Fa D’ por meio de res, Trace a boca da manga num $ largo, subindo 0,5 cm na frente ¢ descendo 0 mesmo nas costas. Abra a fenda do punho, no meio INTERPRETAGKO DF MODELOS 447 448_INTERPRETACKO DE MopELOS das costas, com 5 a8 em de altura e 1 cm de base, Corte a manga duas vezes no tecido, em sentidos ‘opostos. PUNHO (esquema 4) — Trace 0 retngulo ABCD com as seguintes medidas: AB medida do contorno do plilso mais 5 cm de folga AC = dobro da largura desejada para o punho Trace a linha da dobra EF no meio do reténgulo, De cada lado, marque 1 cm para o transpasse de abotoamento, Marque a casa e 0 botdo, Come duas vezes no tecido. GOLA (esquema 5) — Trace o re Lingulo ABCD com as seguintes medidas: AB = metade da medida do de- cote da camisa, ou seja, do meio da frente ao meio das costas AC = dobro da largura: desejada para a gola Sendo BD o meio das costas, di- vida 0 lado do decote CD em trés partes iguais. Na frente, mega CE com I cme encurve 0 decote de E até © primeiro tergo. Aumente a ponta da gola, subindo AF em 1 em e tragando a borda de F a B, por uma curva bem suave. Corte duas vezes no tecido dobrado pelo meio das costas, a fio reto para ‘meninos e em pleno viés para me- ninas. BOLSO (esquema 6) — Trace um reténgulo com as medidas descja- das. esauemas D INTERPRETACAO DE MODELOS 449 F Al ® A 8 EI bs E iF © Esauema 5 c ESQUEMA 6 A c s ESQUEMA 7 depois aplicando-as uma sobre a Pregue o punho e monte na bo: MONTAGEM outta, direito contra direto, Cos- da mangar fazendo coincidir suas 1. Cole a entretela no avesso do arremate do abotoamento sem dar margens de costura. Dobre o arre- mate para 0 avesso ¢ abra as casas nas marcagGes feitas, no lado di- reito da frente nas meninas ou no lado esquerdo nos meninos. As ca- sas ajudardo a fixar o arremate. 2. Prepare o bolso e aplique-o so- bbre 0 lugar marcado na camisa, com um pesponto rente a borda, 3. Monte a frente com as costas da camisa pelas costuras dos ombros, 4, Prepare a gola, colando a entre- tela no avesso de uma das partes ture em volta, menos o lado do de- cote, por onde a gola vai ser vi- rada’para o direito. Passe a ferro e monte-a no decote da camisa. 5. Feche as costuras laterais da camisa, 6, Dobre ao meio cada punho, di- reito contra direito, e cole a entre- tela sobre 0 avesso de um dos la- dos. Costure as extremidades ¢ vite © punho para o dircito. Passe a ferro, abra ¢ pregue 0 botdo nas marcagées. 7, Arremate a fenda da boca da ‘manga com um viés chato. Feche a manga e franza a boca até reduzicla ao tamanho do punho. extremidades com as bordas da fenda. Note que 0 abotoamento se faz da frente para as costas do pu- nho. Embeba a parte superior da ‘cava e monte 2 manga na cava da camisa. E.atengdo: em camisa de meninos, em geral, no se embebe a cava da manga’e, por isso, ela deve ter a mesma medida da cava da camisa. Para eliminar a folga do embebimento, veja qual ¢ a di ferenga entre as duas cavas ¢ faga uma preguinha com este valor 10 ceniro do molde da manga. Pren- da a manga com fita durex ¢ leve o mode para 0 tecido. 8, Finalmente, faga uma bainha estreita a maquina na fralda da ca- mia, DE CORTES Quando se deseja drapear ou franzir apenas parte de uma roupa ‘onde nao existem pences, utiliza- mos 0 processo de cortes no molde como se pode ver na figura 1 Faga uma série de cortes na di- rego que os franzidos devem to- mar-depois da montagem. Colo- gus a pes recortada sobre outra ‘olha de papel, abra os cortes até dobrar 0 comprimento do lado a franzir e reproduza com um lapis © novo molds. Arredonde os an gulos que se formam nos pontos em que os cores foram feitos, como mostra 0 esquema 4, CONSELHOS 1, Ha tecidos que franzem me- Ihor do que outros. Para os franzi- dos abundantes — sobretudo se formam drapés — dé preferéncia aos tecidos moles eflexiveis, como 0 jérsei, 0 crepe ov a musselina, Note também que, nos tecidos co- mus, 0 franzido feito no sentido do comprimento cai bem; mas, feito no sentido da largura, 0 fran- zido “incha” 2. O aumento a ser dado para 0 franzido depende da espessura do tecido. Em geral, para tecidos ‘grossos (lds, veludos), a margem deve ser a metade do tecido a ser franzido; para tecidos comuns, 0 dobro; ¢ para tecidos delgados (Gérsei, musselina),o triplo e, algu- mas vezes, até mais. 3. Para uma montagem deli cada, evitando que 0 franzido forme preguinhas, faga duas linhas de franzidos, separadas de meio centimetro aproximadamente, de modo que a linha de montagem da pega passe pelo meio, entre clas. Faga a montagem e retire depois as duas linhas de franzido ou, pelo menos, a que fica visivel. O MACACAO O macacdo de sua posicdo como traje profissional, evoluiu para um posto mais elevado na hierarquia vestimentar: 0 de traje esportivo e social. Néo podemos prever por quanto tempo ele manterd 0 seu novo staius, mas ndo poderemos The negar a praticidade, 0 conforto € a versatilidade para adepar-se ay mais variadas ocusides € aos ‘mais variados tipos de mulher, desde que escolhido 0 modelo adequado. Podemos considerar trés tipos ‘ow tr8s variagées. do macacio: 41 482_0 MACACAO 1. © FALSO MACACAO constituido por duas pegas inde- pendentes, a blusa ¢ a calca, feitas no mesmo tecido, de maneira que, a0 serem usadas conjuntamente, assumirio 0 aspecto de um maca- co inteirigo. E 0 mais pratico, jé que permite novas variagdes com outras pegas do seu guarda-roupa, 2.0 MACACAO ARMADO — cortado em duas pegas separa- das, a blusa e a calea, depois cos- turadas uma na outra pela linha da cintura, Essa costura pode ser dis- farcada por um detalhe adequado ~ carreiras de lastex ou um eds in- crustado — ou entdo coberta por um cinto qualquer. 3.0 MACACAO VERDADEL RO — F executado numa pega i- nica, inteiriga, sem costura alguma a0 nivel da'cintura, Nesta liglo, s6 vamos ensinar este tiltimo tipo, o macacio verda- deiro, jé que os dois primeiros exi- gem apenas os conhecimentos ob- tidos nas ligGes anteriores, Para 0 falso macacdo, basta executar a blusa e a calca separadamente, como ja ensinamos. Portanto, sem nenhum problema. Para 0 maca- céo armado, é s6 proceder como se fosse um vestido, apenas tro- cando a saia pela calga, Novamen- te, sem nenhum problema. Para 0 macacio verdadeiro, este sim, & necessirio 0 conhecimento de al- guns dados extras, como veremos a seguir. FRENTE (esquems 1) Trace a frente do vestido inteiro (ligdo 19 ou 20), usando a base da blusa com pence ou sem pence, a seu critério, Prolongue o retingu- lo basico para baixo no compri- mento desejado para a calea, pre~ vendo sempre um blusante de, no minimo, 2 cm para facilitar os mo- vimentos do macacdo. Risque a linha dos quadris GB, 20 cm abaixo da cintura HJ. Para a linha do gancho CD, proceda como na calca, isto &, divida a me- dida do gancho por 3 ¢ some 5 20 resultado, Leve esta medida em. HE e JD ¢ trace a linha do gan- cho, prolongado-a até C, de ma- neira que EC mega, como vimos na calga, um quarto da quarta par- te dos quadris. Ligue G a°C por uma curva, que sera a curva final do gancho da frente. Para tracar corretamente o vin- co da frente AF — 0 que é impor- tante para o tragado da perna marque HI com a quarta parte da cintura mais 4 cm. Determine o ponto A na metade de HI e desea entio a vertical AF. Trace agora a pera da cal¢a, exatamente como ensinamos na calga comum (ligdo 36). COSTAS (esquema 2) Trace as costas do vestid To (ligo 19 ou 20), usando 2 base da blusa do 2? ou do 3* tipo, a seu critério. Prolongue o retdngulo ba- sico para baixo até o comprimento necessdrio para que a costura late- ral seja igual 4 da frente. Risque a linha dos quadris BCe ado gancho DH na mesma altura que as da frente. Prolongue a linha dos quadris de C a F em 2 om. Faca 0 mesmo com a linha do gancho, prolongando-a até E, de maneira que HE meca o dobro de CE na frente do macacio, mais 3 ‘em. Do ponto F desca a vertical FG e marque 0 ponto O na meta- de de GE. Marque E’ a 15 cm abaixo de E, Trace agora a curva do gancho, partindo do ponto M na cintura e terminando no ponto E’, depois de passar pelos pontos Fc O.A seguir, trace a pema da calga, como ja ensinamos na ligo 36. Depois de tragada a base das costas do macacio, corte a linha da cintura ¢ afaste as duas partes, de M a M’ no meio das costas, em 2 om, mantendo-as porém, juntas na costura lateral, como mostra 0 esquema 3. Este recurso evitard que 0 macacdo repuxe nas costas ‘no ato de sentar-se. A base do macacao, como aca- bamos de ensinar, caberd bem no corpo, se a diferenca entre o busto 4s4_0 MACACAO. © 08 quadris for de, no maximo, 6 em, Se for maior, divida 0 exce- dente por 4 ¢ coloque o resultado na lateral, em B, tanto na frente como nas costas, refazendo a cos- ura lateral, para cima e para bai- ‘xo, conforme ensinamos na base ‘do vestido inteiro. Por exemplo, se a diferenga entre o scu busto ¢ os seus quadris for de 10 cm, 0 exce- dente seri evidentemente de 4.cm que, divididos por 4, dario o resul- tado de 1 cm, Aumente entdo este 1 cm nos lados do macacio. 485 MATERIAL Algodao, linho, 1, tergel, etc. METRAGEM Duas alturas no tecido de 0,90m de largura ou uma altura se 0 teci- do tiver 1,40m de largura. FRENTE (esquema 1) — Trace o retingulo ABCD com as seguin tes medidas: AB = quarta parte da medida dos quadris ‘AC = comprimento da calca Marque o ponto E’ na metade de AB. Meca | cm para a esquer- da de E’ e determine o ponto E. Deste ponto, trace a linha do vin- co EF, que’ desce verticalmente até embaixo. Coloque 0 ponto Z na metade de E’B. A medida de ZB — ou seja, um quarto de AB — € importante para o tragado da calca. 456 _INTERPRETACAO DE MODELOS. Tire a medida do gancho, pas- sando a fita métrica entre as per- nas da crianga ¢ verificando a dis- ‘tancia entre a cintura no meio das costas e a cintura no meio da fren- te, Nao aperte nem solte demais a fita métrica. ‘No meio da frente do ‘olde, marque AI com a metade da me- dida do gancho menos a medida de KB. Faca o mesmo em BJ ¢ trace a linha do gancho IJ. Divida Al om trés partes iguais ¢, no se~ undo terco, trace a linha dos qua- dris GH. Prolongue a linha dos quadris, de Ga G’em0,5cmea linha do gancho, de Ia L, na me- dida de KB. Trace o gancho, gando A a G’ por uma reta e en- curvando-a ligeiramente para bai- xo até 0 ponto L. Para tragar a perna da calga, ¢s- colha a medida da boca, que pode variar de 24 a 30 cm, conforme a idade da crianga, Tome a metade desta medida ¢ dela subtraia cm. Coloque o resultado embaixo, me- tade para cada lado do ponto F, determinando assim M ¢ N. Por exemplo, se vocé escolheu uma boca de 26 em, teremos 13-1 = 12 em, Com isso, MF ¢ FN medirio ambos 6 cm, A seguir, trace a li iha do jociho TU na metade de Ligue L a M por uma reta. Marque, na linha do joclho, TS ‘com I cme determine 0 ponto Ra 1 cm para dentro da metade de LT. Trace a costura de entre- pernas por uma reta do ponto M até 0 ponto S, enc a para cima, a fim de passar pelo ponto R ¢ terminar no ponto L. Trace a costura lateral, ligando N a H por uma reta e encurvando-a ligeira- mente ao nivel de J. Verifique a diferenca entre AB — quarta parte dos quadris — ¢ a quarta parte da medida da cintura. Coloque esta diferenca numa pe- ‘quena prega, marcada do ponto E, na linha do vinco, para dentro, ajustando assim a cintura a0 cor- po. Se voeé quiser que a calea sej lisa na frente, em vez de prega, di- minua metade da difetenca’ de cada lado da cintura, refazendo 0 gancho e o quadril (em linhas tra- Cejadas no esquema). Corte duas vezes no tecido, em sentides opos- t COSTAS (esquema 2)— Trace © retingulo BADC com as seguin- tes dimensdes: BA = quarta parte da medida dos quadris. BD = comprimento da calga. Trace a linha do vinco EF, ver- ticalmente, de maneira que EA e FC tenham a medida de ZB (quar- ta parte de BA), Risque a linha do gancho ea linha dos quedris na mesma altura que as da frente. Prolongue a linha dos quadris de GaKeml,5 cmealinhado gan- cho, de Ta 1’, com o dobro de LI na frente, mais 1 cm, Marque 10 ‘com a medida de ZB e desca L'L com a terca parte de 10. Trace o gancho por uma linha que desce reta de A até Ke depos se encurva para passar porOe ter- minar em L. Prolongue © gancho para cim, de A até A’, em 1,5 cm. Trace a cintura, ligando B’a A’ por uma reta. No meio da cintura, coloque uma pence com 6 a 8 cm de com INTERPRETACAO DE MODELOS 487 primentoe uma profundidade igual &da prega da frente. Dobre 2 pence no papel e corrija alinha da cintura, ara tracar a perna da calea, ris- que primeiramente a linha do joe- ho UT, na metade de JD. Depois, tome ametade da medida da boca esome I cm. Coloque o resultado embaixo, metade para cada lado do ponto F, No nosso exemplo (boca com 26 cm), teremos 13 +1 = 4eme assim, NF e FM medi- rao ambos 7 cm. Ligue M a L por uma reta e, na Tinha do joelho, mega TS com ‘em. Marque 0 ponto R, 2 cm para dentro da metade de TL. Trace a costura de entrepernas por uma reta do ponto M ao ponto Se en- ccurve-a para cima, a fim de passar pelo ponto Re terminar no ponto L ‘Trace a costura lateral, liganco Na H por uma reta, depois de en- curvé-la ligeiramente a0 nivel de J. Corte duas vezes no tecido, em sentidos opostos. ‘COS (esquema 3) — Trace um retingulo ABCD em que o com- primento AB é igual & metade da medida da cintura. A largura AC & igual ao dobro da largura do cos. Esta medida € muito varidvel, pois depende do modelo e da idade da crianga, O cés normal tem uma largura média de 2a 4 em. Corte 0 molde com 0 papel dobrado pelo meio das costas BD © acrescente em uma das extremi- dades um transpasse até EF com 4 a6 em. Abra 0 cés € corte uma vez no tecido, 1. Junte as duas partes da fren- te, direito contra dircito, ¢ faca uma pequena costura no gancho, com um comprimento aproxima- do de 2 om, a partir da marcagaio da extremidade inferior do zlper. 2, Monte 0 ziper entre esta pe- quena costura e a cintura, no gan- cho da frente. Use a técnica da braguilha. 3. Feche a pence da cintura nas costas. Dobre a preguinha da fren- te, virada para dentro ¢ pesponte- a numa altura de 2. 3 cm. Quan- do a calca estiver prota e voc8 passila a ferro, 0 vinco da frente partird da dobra da preguinha. 4. Aplique as costas da calca sobre a frente, direito contra direi- to, em ambos os lados. Faca as costuras laterais ¢ as de entreper- nas, fechando assim cada perna da calca. 5. Vire uma das pernas para 0 direito e enfie esta perna por den- tro da que ficou pelo avesso. Su- nha as duas bordas do Sho em toda extensfo, eleche-o com uma costura, de uma sé vez, desde a pequena costura feita ink cialmente até a cintura nas costas. 6. Prepare o cbs. Para isso, dobre-o ao meio, direito contra di- reito, € cole a entretela (dura) sobre um dos lados. Costure as ex- tremidades ¢ feche a costura infe~ rior do transpasse. Vire 0 c6s para 0 direito e passe a ferro. Monte na cintura da calga, deixando aponta do transpasse solta. Prenda-a com ‘uma pressdo ou com um botao. 7. Termine finalmente a calca, fazendo uma bainha larga — cerca de 4.a5.cm—na boca das pernas. Embora esta manga seja caracteristica do tailleur, principalmente os de estito cldssico, nndo significa que todos os costumes devam ter este tipo de manga. A leitora poderd colocar qualquer ‘outro tipo — a manga cldssica, quimono, raglan, mista, etc. — desde ‘que parta desta base de tailleur para as transformagoes necessdrias, jd ensinadas nas licdes referentes és mangas. CORTE — O nosso primeiro cuidado sera procurar a meia- largura da manga, 0 que poderé ser feito por qualquer dos dois procedimentos ensinados na Ligdo 16. Assim, em pnimeiro lu- gar, mega 0 contorno total da cava no casaquinho, frente © costas, levando esta medida paraa tabela’ 6 (primeiro proceso) ou para a tabela 7 com aumento para embebimento (segundo pprocesso), a fim de procurar a meia- largura que a manga deverd ter. Transporte a meia-largura para ‘a tabela 5 ¢, na coluna das meias- larguras, verifique no horizontal qual a cabeca de manga relativa a meia-largura encontrada. De posse destes elementos, trace a base da mange-alfaiate, que se compée de duas folhas, uma su- perior, mais large, ¢ outra infe- ior, mais estreita. As duas partes settio tracadas no mesmo retangu- lo bdsico, estando a folha superior direita'¢ a inferior a esquerda (veja 0 esquema). Trace 0 reténgulo ABCD, em que AB & igual ao dobro da meia-largura da manga e AC ao comprimento da manga comprida, Marque as linhas horizontais EF, linha da cabega da manga — sendo AE igual a altura da cabeca da manga — ¢ GH, linha do cotovelo — sendo AG igual a altura do cotovelo. Divida o reténgulo ABCD em 6 partes iguais na vertical e, em seguida, 0 retingulo ABEF em 3 partes iguais na horizontal. TRACADO DA CAVA — Para tragar a cava, una os pontos indicados no esquema, sabendo-se que os tracinhos indicam em quantas partes iguais se deve dividir as linhas de cada divisio retangular. FOLHA SUPERIOR — Marque os pontos Q, K ¢ R, se- gundo o esquema, isto é, fazen- do as divisGes iguais indicadas pelos tracinhos. Trace a curva suave KQXR, que correspon- de a costura’ de sangramento posterior da manga. Marque RS, de maneira que se tenha um angu- lo reto, no ponto R. Meca HH’ com 3 cm e VH’ com 2,5 cm. Tra- ce a curva I’VS, que corresponde 4 outra costura de sangramento da manga, a anterior. FOLHA INFERIOR — Marque os pontos P ¢ R’ de acor do com o esquema (0 ponto P fi- ca na metade do ultimo tergo da divisio), Trace a curva KPR’, que vai corresponder 4 costura posterior de sangramento. Como esta costura deve ser embebida na folha superior, torna-se necessério diminuf-la na’folha inferior. Para isso, marque RR’ com | cm. Inferiormente, determine CD igual a_ AB dividido por 9. Do ponto D’ levante a vertical D'S? igual a DS na frente. Para a costura anterior de sangramento, basta tragar a curva IGS’, Na montagem, a costura do ombro do casaquinho devera co- incidir com 0 ponto T, situado 1,5 em para trés do ponto T. COSTURA XXXVII_459 A calea franzida tem a vantagem de prescindir de ziper, assim como pode ser adaptada para bermuda ou short, bastando para isso, fazé-la no comprimento desejado. UUM NCO v7) WI TTRUQUES E CONSELHOS 461 ‘Trace o molde da calca compri- da para crianga de acordo com 0 que foi ensinado anteriormente, e faga as seguintes modificngdes: ‘Na cintura, acrescente um ca- begote de lom ¢ um arremate de 1,5em, Na costura lateral, prolon- gue a linha da cintura para fora em 1,5cm e retrace a parte supe- rior da costura lateral por uma reta da cintura até a linha do gan- cho. Como na frente, acrescente thas costas 0 cabegote ¢ 0 arremate nas mesmas medidas. Depois de montada a calca, dobre o arrema- te da cintura para 0 avesso e pren- da-o com dois pespontos: um, na linha da cintura e 0 outro, lem abaixo, 462_TRUQUES E CONSELHOS 5h _ ESQUEMA 2 Depois de pronta a calca e feita fa bainha da cintura, passe por dentro um elastico, a fim de fran- Zila, ajustando-a ao corpo. Para um bom caimento, este tipo de calga no deve ser feito em tecido armado, como por exemplo (0 brim grosso. ‘Como aqui tratamos apenas da base, fica a critério da leitora, acrescentar bolsos ou qualquer outro detalhe. 463 O BIQUINI 0 biquini, como se sabe, € 0 mato de barho composio de duas partes: 0 ssutiée a caleinha. O sutid pode assu- mir as formas mais variadas, en- quanto a calcinha varia quasé que exclusivamente no seu tamanko, até ‘alearger sua dimensio mais redu- ida, a nossa conhecide tanga. ‘Nesta ligdo, estudaremos a ma- ‘eira de cortar a calcinha dlassica e ‘0s modelos mais comuns de sutié {464_0 BIQUINI CALCINHA (esquema 1) Em primeiro lugar, tire a me- dida do gancho da caicinha, colo- cando a fita métrica entre as per- nas ¢ medindo desde a altura dese- jada na frente até-a altura que se quer nas costas. Esta medida, até © manequim 44, varia de 46 cm a 52cm. A outra medida necessaria € a dos quadris, em sua dimensio normal, porque aqui tratamos do biquini de tecido e nao de “lycra” ou de helanca,que sio clasticas. race iniciaimente o retangulo bisico ABCD, com as seguintes dimensdes: ‘AB = quarta parte dos quadris. AC = medida do gancho. Divida o retingulo na metade pela linha EF, na qual marque EN com 4 cm, Mega 4 cm para cima do ponto E e trace uma pequena horzontal GH com 3 cm. ‘No lado superior do retingulo, marque AA’ ¢ BB’, ambos com I om, € trace a borda superior da calcinha na frente, ligando A’ a B” por uma curva suave. No lado, desca BI com 3 cm e trace B'l por uma reta, que serd a costura late- ral da calcinha. Enibaixo, marque DL com 1,5 cm e depois, para dentro, LL’ com Tem. Suba LM com 3 cm e ligue La M por uma reta que serd a parte das costas da costura lateral, a ser unida com B'l na frente. Para tragar a borda superior da calcinha nas costas, ligue 0 ponto C ao ponto L’ por uma linha curva, suavemente reversa, como mostra o esquema L. BOCA DA CALCINHA — Para tragé-la, ligue 0 ponto H 20s pon- tos I, em cima, ¢ M, embaixo, por duas retas, Divida a reta superior HI em quatro partes iguais pelos pontos O, J e P. Do ponto J, si- tuado na metade, levante uma perpendicular JK, medindo 0 va: lor de PI (um dos quartos) mais 1 em. Do ponto P, levante também uma perpendicular medindo o ‘comprimento de KJ menos 2,5 em ¢, do ponto O, outra perpendicu- lar com a medida de KJ menos 1,5 om, Divida igualmente a reta infe- rior HM em quatro partes iguais e, de cada ponto, levante uma pe- quena perpendicular, a primeira medindo 2 cm, a segunda ¢ a ter- ceira 1,5 cm cada uma. Trace agora 4 curva da boca, come- ¢ando no ponto I ¢ terminando no pont ‘depois de passar pelas extremidades das perpendiculares ¢ dos pontos K, He N. Assim tragado 0 molde da calci- nha, a parte superior serd a frente a parte de baixo as costas. Deve ser cortado com 0 tecido dobrado pelo meio AC. Forre a calcinha — feralmente com o mesmo tecido — e faga um pesponto perto das bordas, a fim de passar por dentro um eldstico que vai ajusté-las ao corpo. © sutidi do biquini ¢ uma peca extremamente facil de ser cortada, bastando para isso apenas um AZ A mao Bg 8 3 1 ros pouco de imaginagdo. Uma sim- ples tira reta, amarrada nas costas, ‘ou um anel de tecido lastecado cumprirdo perfeitamente a fungao de sutid. Mesmo assim, daremos aqui quatro variagdes, das mais corriqueiras, para que voces se fa- miliarizem com a maneira de cor- tar um sutid mais elaborado. PRIMEIRA VARIACAO ~ E aguele formado por duas conchas ‘triangulares, cujo bojo € obtido por meio de uma pence, como se vé na fig. |. Comece iragando 2 horizontal AB com 18 cm de comprimento (Veja 0 esquema 2). No meio de AB, levante a perpendicular DC ‘com 13 cm de altura e prolongue- a para baixo, até F, em 4m. Li ‘gue 0s pontos A, C, B e F por qua- tro retas. Levante’l cm no meio de AC e CB e arredonde estes la- dos. Para tragar a pence, divida DC em trés partes igudis ¢ marque © ponto E no terco inferior. Meca 2 om para cada lado do ponto D € trace os dois lados da pence, unindo 0 ponto E a estes dois pon- tos por duas retas e prolongando- as até os lados inferiores. Forte as conchas com 0 mesmo tecido e monte-as num roloté amarrado na frente ou nas costas. ‘Nas pontas superiores, prenda ou- tros rolotés que se amarram na nuca, m We a —— Esauéma 4 © BIOUINI 465 SEGUNDA VARIACAO - E 0 sutia também formado de duas conchas_ triangulares, modeladas por um franzido, em vez da pence, como mostra a fig. 2. Q molde ¢ 0 mesmo da primeira variagdo. Elimine a pence e arre- donde 0 lado inferior, como mos- tra 0 esquema 3. Forre as conchas fe faca um pesponto préximo da borda inferior, a fim de passar por dentro 0 roloté que vai franzir a concha © amarrar-se nas costas. Vocé pode também, franzir a con- cha antes e depois monté-la numa tirinha, TERCEIRA VARIAGAO — Eo. sutii formado por duas conchas retangulares, franzidas em cima por um roloté que passa por den- tro de uma “coulisse” e se amarra nna nuca, como se pode ver na fig. x O molde é o mais simples de to- dos. Trace um retingulo ABCD (esquema 4) com 10 em de largura € 22 2 26 cm de altura, conforme o tamanho que vocé deseja. Acres- cente 1 cm para costura em todaa volta. Dobre 0 retngulo ao meio, pela linha EF, direito contra di- reito. Costure 0s lados, deixando uenas aberturas junto da do- ra, Vire para o direito ¢ faca um pesponto (linha pontilhada no es- quema) a 1,5 em de distincia da dobra. Passe por dentro do pes- ponto, enfiando-o pelas aberturas, um roloté que se amarra na nuca. Monte o lado inferior de cada re- tangulo em outro rolot?, que se amarra nas costas, QUARTA VARIACAO - E aquela em que o sui ¢ consik tuido por uma tira em forma de raquete que finge amarrar-se na frente, como mostra a fig. 5. Para fazer o molde, comece tra- ando a reta AB (esquema 5) com a metade da medida do busto. Nesta linha, marque AC com 1,9 em e levante a vertical CD com 5,5 em, Depois, marque AO com a metade da separagio do bustoc, do ponto O, levante a vertical OF com 6 cm. Na metade de AB, 15: ESQUEMA 5 trace EG com 2 em e, no meio das ‘costas, marque | cm para cima de B. Ligue 0s pontos encontrados pelo contorno do sutid, conforme indica 0 esquema 5, Dobre 0 pa- pel pela linha AB e repita o mesmo tragado para baixo. Como © sutid é forrado, corte 0 molde quatro vezes no tecido. Franza 0 meio da frente AD € costure uma parte na outra. Passe por cima uma tira de 6 cm de largura e dé um n6. Feche atrds com colchetes apropriados. Vocé pode substituir © franzido do meio da frente por uma pence. Trace-a com a ponta no ponto O ¢ a base no meio da frente, com 8 cm de profundidade, 4 em para cima e 4 cm para baixo do ponto A. Em qualquer das variaeSes, se vyocé quiser aumentar ou diminuir © tamanho das conchas, faga-o em toda a volta igualmente, A tanga nada mais é do que o biquini comum cuja calcinha foi reduzida a um minimo possivel. 0 sutid € igual 20s que ja ensinamos, A caleinha € cortada de tal ma- neira que fica reduzida a um sim- ples tridngulo na frente ¢ um maior ati sem se encontrarem nos lados. A frente e as costes sao ligadas ento, Iateralmente, por rolotés, correntes ou qualquer ou- tro detalhe, Para o molde da tanga, use a mesma base da calcinha desta l- gio, recortando-a mais para der- tro, como mostram as linhas trace- jadas no esquema 1. 467 INTERPRETACAO. DE MODELOS, CAMISA MASCULINA Embora 0 uso da gravata seja cada vez mais resirito, ela ainda é indispensdvel em ocasiées formais, como recepgées, casamentos, etc Para acompanhi-la, usa-se a camisa social, aquela que deu origem ao género chemisier, to acatado pelas mulheres. A camisa social pode sofrer apenas ligeiras mudangas, como, por exemplo, 0 punho, que pode ser simples ou duplo, eo colarinho, que, dependendo da época, poderd ser alterado na sua largura e nas suas pontas, Com um pouco de imaginagiio. a leitora poderd sar este molde para transformé-lo no molde de uma camisa esporte, recordando, para isso, tudo que jé foi ensinado em matéria de abotoamento, golas e mangas MATERIAL Seda, algodio, linho, ete. METRAGEM Num tecido de 0,90m de largura, sdo necessérias duas alturas da ca- misa, uma altura de manga e 0,50m para os detalhes. Se 0 te- cido tiver 140m de largura, bas- tam uma altura de camisa e uma altura de manga, MOLDE FRENTE (esquema 1) — Trace 0 retdingulo ABCD com as seguintes dimensdes: ‘AB = quarta parte da medida do trax mais 4 a S cm de folga (con- forme o desejo de uma camisa me- ‘nos ou mais folgada) ‘AC = comprimento do tronco (do ombro, junto ao pescogo, até a cintura. Prolongue 0 retangulo para baixo, até a linha MN, numa me- 468 _INTERPRETACAO DE MODELOS. dida CM igual a 23 ou 25 em. A li- nha da cintura CD serve apenas de referéncia, Trace agora a linha da cava EF, medindo AE © BF com a quarta parte da medida do térax Em AB, mega AG com a me- tade da medida do costado e, do ponto G, desca a vertical GH até encontrar a linha da cava. Trace a diagonal AH. ‘DECOTE — Marque as seguin- tes medidas: ‘AL = terca parte de AG AK = AI mais 1 om ‘AJ = Al mais 2 cm. Ligue os pontos I, K ¢ J por uma curva em um quarto de cir- culo aproximadamente. OMBRO E CAVA — Marque GL com 5 cm (meio-costado até 21 cm) ov 5,5 em (meio-costado maior que 21 em). Ligue a L pela reta do ombro. A seguir, divida LH em trés partes iguais. Marque © O | cm para dentro do primeiro tergo ¢ 0 ponto P 0,5cm. para dentro do segundo tergo. ‘Trace a cava por uma curva, par- tindo do ponto L, passando pelos pontos O ¢ P ¢ terminando no ponto F. ‘No lado, marque DD’ e NN’ com 2 cm cada. Trace a costura lateral, unindo N’ a D’ por uma Feta ¢ encurvando-a ligeiramente para cima até 0 ponto F na ponta da cava, No meio da frente, acres- cente um transpasse de abotoa- mento com 1,5 cm de largura € um arremate com 4 cm. Se vocé quiser o recorte tradi- cional da fralda da camisa, mega N'R com 7 me N’S com 12 em. Ligue R a S por uma curva suave em $ bem aberto. Corte a frente da camisa dues vezes no tecido, em sentidos opostos, COSTAS (esquema 2) - Trace o retiingulo BADC com as seguin- tes dimensdes: BA = largura do retangulo da frente AB menos | cm BD = comprimento do tronco mais 5 cm. Prolongue o retingulo para baixo, ate a linha NM, numa me- dida DN igual a 23 ow 25 cm (igual da frente). Aqui também a linha da cintura DC 86 serve de referén- cia. Trace agora a linha da cava FE e, para isso, marque DF coma mesma medida de DF na frente. Em BA, mega AG com a me- tade do costado mais 2 cm e, do ponto G, desca a-vertical GH até encontrar a linha da cava. DECOTE ~ Marque Al coma mesma medida de AI na frente mais 2 em e desea AP no meio das ‘costas com 2 om. Ligue 1a P pela curva do decote. OMBRO E CAVA — Marque GL com a mesma medida de GL na frente menos 1 cm (4 ou 4,5 cm). Ligue Ia L pela reta do om- bro, Em seguida, divida LH ao meio © marque 0 ponto O 1,5 cm para dentro deste ponto. Divida agora a metade inferior em trés partes iguais ¢ coloque o porto N no segundo terco. Trace a cava por uma curva que, partindo do ponto L, passa pelos pontos Oe N para terminar no ponto F, Trace a costura lateral € 0 re- corte da fralda, exatamente como na frente, porém em sentido in- verso, Corte as costas uma vez no tecido dobrado pelo m MANGA (esquema 3) — Trace © retangulo ABCD com as seguin- tes medidas: AB = medida do contomo ‘otal da cava da camisa, frente ¢ costas, menos 11 cm AC = comprimento da manga me- nos a largura do punho. Trace a vertical EF na metade do retingulo, sendo 0 lado es- querdo a frente ¢ o direito as cos- tas da nianga. Mega AG ¢ BH com 14 cm (quando AB mede até 40 cm) ou com 15 cm (quando AB mede acima de 40 cm) e trace ali- nha da cabega da manga GH. Divide AG a0 meto pelo pono Ke BH pelo ponto L. Ligue KaL por uma reta. Em seguida, divida cada metade do retangulo cm quatro partes iguais, por meio de retas verticais, até a linha da ca- beca da manga. Nestas retas va- ‘mos marcar 03 pontos por onde Ponto N — marque MN com 1,5 cm Ponto Q—coloque-o | cm abaixo da linha KL Ponto S — marque RS com | Ponto N' ~ marque M’N’ com 1,5 cm Ponto Q’ — coloque-o 1 em acima da linha KL Ponto S' — marque R’S’ com 3em. Marcados os pontos, ligue-os por uma linka curva continua, re- verse, comeyando no ponto G e terminando no ponto H, Se do- brar 0 molde, vooé veri que a cur- vatura da cava na frente ¢ mais pronunciada do que nas costas, fa- Gilitando assim 0 reconhecimento de ambas. Embaixo, marque 3. cm em cada ledo ¢ determine os pon- tos C’ © D’, Trace os lados da manga, ligando Ga C’e Ha D’ por linhas retas. Para 2 boca da manga, ligue Ca D’ por uma ‘curva em S, bem rasa, subindo 0,3 ‘om na frente e descendo 0 mesmo nas costas. Marque a fenda para a carcela, com 10 em do altura, no meio de FD". Determine a dife- renga entre a boca da manga e 0 comprimento do punho. Distribua a diferenga em 4 ou 5 preguinhas de 2 cm. Se sobrar um pouco na boca da manga, embeba o res- tante, Corte a manga duas vezes no te- ido, em sentidos opostos. CARCELA (esquema_ 7 -Eo acabamento da fenda da boca da manga. Forma uma cee patte, cuja rior & apli- Gada’ sobre o tecdo da manga. ‘Trace 0 seu molde de acordo com as dimensdes e a forma do es- quema. Corie duas vezes no te- ido. PUNHO. (gajecea 9) es retingulo ABCD, em que AB é& igual 2 medida do contorno do pulso mais 8 cm de folga ¢ AC & INTERPRETACAO DE MODELOS_469 490 _INTERPRETACKO DE MODELOS | ; | | ESQUEMA 4 | oT B : A E c igual a 14 cm. Risque a linha da dobra EF, na metade do retin- gulo. No lado direito, marque 0 transpasse de abotoamento com 2 em. Sc 0 punho for simples, abo- toado, corte 0 molde duas vezes no tecido, mas se for duplo, fe- chado com abotoaduras, corte quatro vezes. COLARINHO (esquema 6) — Trace o retingulo ABCD, em que AB é igual a metade da medida do decote © AC € igual a7 cm (esta medida pode ser alterada segundo a moda). Divida o lado CD do de- cote em trés partes iguais ¢ mar que CH com I em, Encurve a li- tha do decote de F até He prolongue-a até G, de modo que HG tenha a mesma medida do transpasse de abotoamento da ca- misa. Do ponto H, levante uma equena perpendicular 4 curva do decote, HI, com 2 cm, Trace en- fim a borda anterior do colarinho por uma, vertical partindo do nto I. f esta linka que dard a forma do colarinho, cuja ponta dependerd da inclinagZo dela ou do seu comprimento. © colarinho pode ser cortado 3 le iD inteirigo com 0 pe, oque acontece em algumas camisas esportivas, Nas camisas sociais, entretanto, 0 pé deve ser cortado separada- mente. Para isso, trace ume linha partindo do ponto |, ligeiramente curva no inicio e depois quase eta, até chegar no ponto E no meio das costas, de modo que o colarinho tenha 4 cm ¢ 0 pé 3.cm de largura. Corte por esta linka, separando as duas partes. ‘Tanto © pé quanto o colarinho devem ser cortados duas vezes com 0 tecido dobrado pelo meio das costas. MONTAGEM 1, Cole a entretela no avesso do arremate do abotoamento. Dobre © arremate para avesso e abra as casas verticais nas marcagées fei- tas, apenas no lado esquerdo da frente. As casas ajudardo a fixar 0 arremate. 2, Monte a frente com as costas da ‘camisa pelas costuras dos ombros. 3, Prepare o colarinho, Para isso, cole a entretela no avesso de uma das partes ¢ aplique-as, uma sobre @ outra, direito contra direito. Costure em volta, menos o lado de montagem no pé. Vire 0 colarinho para o diteito por este lado e passe a ferro. Pegue os dois lados do pé ecole a entretela sobre 0 avesso {cm ambas as partes para que © pé fique mais duro). Aplique as duas partes do pé, uma sobre a outra, direito contra direito, ¢ coloque o colarinho entre elas. Costure 0 p& no colarinho, diretamente de uma extremidade ‘saliente até a outra, Rebata 0 pé para baixo, virando-o para o direito. Achate a costura ‘com o ferro de passar e pesponte- a. Dobre o colarinho pela costura e marque a dobra com o ferro, Em seguida, monte o pé no decote da camisa, 4, Feche as costuras laterais da camisa 5. Arremate a fenda da boca da manga com a carcela, Dobre as preguinhas da boca pelas mar- cagées. 6. Dobre cada punho ao meio, pela linha EF, direito contra di- feito, € cole a entretela sobre um dos lados. Costure os lados meno- es e vire o punho para o direito. Passe a ferro © monte na boca da manga, 0 lado do transpasse coin- cidindo com a carcela. Abra a casa e pregue o botiio nas mar- cagées. 7. Pronta a manga, monte-a na ceva da camisa, embebendo ligci- Tamente a cabega da manga e fa- zendo com que’ a costura de fe- chamento coincida com a costura lateral da camisa, 8. Faga uma bainha estreita na borda inferior da fralda. Pregue os botdes no lado direito da frente, exatamente na mesma altura das casas, a CALCA COMPRIDA FRANZIDA Este € um tipo de calga extre- mamente pratica e versdtil, pois, além de no levarziper, serve para © dia-a-dia, para ocasides formais, ou, ainda, para usar em casa, Part cada oc: », basta, logicamente, variar apenas 0 tecido. Vejamos, entéio, o tragado do molde: FRENTE (esquema 1) — Trace © retangulo ABCD com as seguin- tes medidas: ‘AB = metade da medida da sua cintura ‘AC = comprimento da calca mais 10-em para 0 cés Trace a linha PQ, 5 cm abaixo de AB ¢ a linha RS, 5 cm abaixo de PQ, determinando duas faixas: a superior ou arremate e a inferior ‘ou 0 cés a ser trabalhado com car- Seema cor ra a cintura. Trace a linha dos quadris GH, 20 cm abaixo de RS ¢ a linha do gancho IK, de maneira que RI ¢ SK mecam ambos a altura do gan- cho. Coloque 0 ponto E” na me- tade de AB © mega para a es- querda E'E com 3 cm. Do ponto E, desca a vertical EF até a boca, ‘a linha dos quadris para fora, de Ga G’em | cmc a linha do gancho, de I a J, num comprimento igual & medida dos quadris dividida por 16. Se este re- sultado for fraciondrio, arredonde- SUR 4s. Zz EE o parao numero mais proximo, fi cil de marcar. Por exemplo. se for 59, arredonde para 6; 64, para 65 € assim por diante. Trace entéo 0 gancho'da frente, ligando Ra G’ [por uma reta ¢ encurvando-a para baixo até atingir © ponto J. Para tracar a pera da calga, va- mos caleular primeiramente a me- dida da boca. Mega entio 0 con- toro do seu tornozelo e some 10 cm de folga. Divida o resultado por 2e coloque metade para cada lado do. ponto F, determinando os pontos Me N. Por exemplo, se 0 seu tarnozelo medir 22 cm, 'tere- ‘mos 22 mais 10 igual a 32 em, Di- vidindo 32 por 2, obteremos 16 om ¢, assim, MF ¢ FN mediréo cada um 8 em. Para a costura de entrepernas, li- gue M a J por uma reta ¢ divida-a em trés partes iguais. Marque 1,5 cm para dentro do primeiro tergo © 1 cm para dentro do segundo tergo. Trace a linha definitiva da castura, pariindo do, ponto M numa reta até 0 segundo tergo ¢ encurvando-a suavemente para cima, a fim de passar pelo pr- meiro tergo e terminar no ponto J. Para a costura lateral, ligue 0 COSTURA XXAVIIL_473 ponto N ao ponto He arredonde ligeiramente 0 éngulo neste whimo BD =comprimento da calca mais 10 cm para o 5s Trace as linhas QP ¢ SR como na frente, separadas 5 cm. A se- guir, trace a linha dos quadris HG, 20 cm abaixo de SR e a linha do gancho KI, de mancira que SK ¢ RI megam ambos a altura do gan cho. Prolongue a linha dos quadris para fora, de O u G’ em 3 em. Pro- Tongue também a linha do gancho até 0 ponto O, de modo que 10 te- nha a medida de JI na frente mul- tiplicada por 3, Se quiser diminuir um pouco a folga da calga, sub- ttaia 2 cm nesta medida. Do ponto G’, desea a vertical GT. Coloque © ponto U na metade de TO & desga OO" com 1,5 cm. Trace en- tio 0 gancho das costas, igando R 2 G’ por uma reta e encurvando-a para passar no ponto U e terminar 10 ponto O'. Marque em cima AK’ com 10 om e, do ponto K’, desea a vertical KL até embaixo, Para tragar a perna da calga, & preciso determinar primeiramente 2 boca das costas, 0 que se conse- gue somando 4 cm a medida da boca da frente e colocando me- tade do resultado para cada lado do ponto L, a fim de marcar os pontos N e M. No nosso exemplo, 2 boca da frenie medindo 16 em, a das costas medird conseqiiente- mente 20 cm. Assim, NL ¢ LM te- ro 10cm cada um, Para a costura lateral, ligue 0 ponto N ao ponto H na linha dos quadris por uma reta e arredonde ligeiramente o Angulo neste iltimo ponto. Para a costura de entreper- nas, ligue M a O’ por uma reta ¢ divida-a_ em és partes : ‘Trace a linha definitiva da costura, encurvando-a para dentro em 3 ‘em no primeiro teryo © 2 ¢m no segundo tergo. 4 SAIA-CALCA INFANTIL Aqui esti uma variagio da calga infantil muito apreciada pe- las" meninas. Seu molde & de facilima execucho, visto que, 1o- mamos como ponto de partida 0 molde da calea para crianca, en- sinado no fasciculo anterior. Tra- tando-se apenas da base, a leito- ra poderd acrescentar detalhes 2 Bosto, Trace o molde da frente da alga infantil com 0 comprimento da Saia-calga. Trace a costura de entrepernas LM (veja 0 esquema) verticalmente. Marque em AB a ‘quaria parte da cintura e trace a costura lateral, unindo 0 ponto B uo ponto H na linha dos quadris por uma reta ¢ prolongando-e até embaixo, Arredonde a bainha e a linha da cintura. Proceda da mesma maneira nas costs, modificando apenas 0 tra- gado do gancho. Para isso, mega IL’ com trés vezes a medida de LI na frente. Marque 0 ponto © na metade de IL’ € trace 0 gancho como mostra 0 esquema. A linha pontilhada mostra 0 gancho origi- nal, Trace a costura de entreper- nas L'M' verticalmente e arre- donde a bainha ¢ a cintura, Acrescente bolsos € detalhes do SeU gosto. A a CASACAO RETO Para tragarmos 0 molde basico de um manté reto, partimos, camo de costume, da base eldssica do vestido inceiro. Agui mostraremos um ‘modelo simples, bésico, com poucos detalhes, do qual se pode partir para ‘outros modelos, cont outios gonerds de abotoamento, de mangas, de bolsos, etc. Basta que se facam as necessirias modhficagées e se introduzam os novos detalhes. a5 16_CASACKO RETO Trace a base da frente do ves- tido inteiro (ligdo 19) ¢ nela intro duza as seguintes modificacdes: 1 = Coloque um trespasse de abotoamento com 3 cm — 03 bo- tes de um manté séo geralmente grandes — um arremate com 10 ccm de largura, terminando no om- bro com 3 em. A marcagio dos botdes € das cases no importa aqui, jé que dependerd do modelo escolhido, 2— Aumente o ombro, de A a Avem lcm, 3 — No meio da cava, marque BB’ com 1,5 cm. 4 — Desga a extremidade infe- rior da cava, de Ca C,em 2 cm. 5— Alargue a frente, de C aD, em2.cm e, em baixo, de Ee E’em 4.om, Trace a nova linha lateral, gando D a E’ por uma reta, zendo a necesséria correco da pence. Quando o lado superior da pence horizontal fica muito pré- ximo do final da cava, esta corre- cio € praticamente intl, como mostra 0 esquema 1. 6 — Trace a nova cava, unindo 8 pontos A’, B’ até D. — Nao deixe a pence horizon- tal em sua posigdo normal: & dese- legante, Por isso, transporte-a para © ombro ou esconda-a num re- corte qualquer. Em nossa base, es- colhemos, para uma maior simpli- cidade, a primeira hipétese. Para isso, faga 0 corte OF, partindo do nto O até a metade do ombro.¢ feche a pence horizontal, abrindo conseqiientements a do ombro (esquema 2). 8 — Encurte 0 comprimento da pence do ombro — se voe? vai per- manecer com ela no modelo defi- nitivo — medindo 00° no eixo da pence, com 4 em. Refaga os lados, dobre’ cuidadosamente a pence € retifique a linha do ombro, pois encurtamento da pence provoca uma angulagio nela (esquema 2). eee» Trace a base das costas do ves: tido inteiro (ligao 19), utilizando o ombro com embebimento. Sé use pence no ombro se a frente nao ti- Ver o mesmo tipo de pence, ov en- to trace a pence no ombro ¢ de- pois transporte-a para 0 decote. A seguir, introduza as seguintes alte- ragbes: 1 = Retrace a linha do ombro, 1 em acima da primitiva, procedi- mento este que deve ser usual em qualquer base, como jé menciona- mos anteriormente virias veres. 2—Aumente o ombro em | em, de Aaa’. '3— No meio da cava, marque BB’ com 1 cm. 4 — Desga a extremidade infe- rior da cava, de C a Cem 2.em. 5 — Alargue as costas, de C a D, em 2 cme, em baixo, de Ea E em 4 om, Trace a nova linha late- tal, ligando D a E? por uma reta. 6 — Trace a nova cava, unindo ‘0s pontos A’ € B* até 0 ponto D. MANGA EM DUAS FOLHAS (esquema 4) CASACKO RETO_477 © tragado bisico desta manga difere muito pouco da manga des- tinada a uma cava qualquer. Para seber qual a meia largura, basta medir 0 contorno total da cava do manté, frente ¢ costas. Com esta medida vocé deve ir a tabela 7 para verificar qual a meia largura ‘de manga correspondente, Acres- cente 2 cm nesta meia-largura e, cont 6 resultada, v4 A tabela 5 para encontrar os demais elementos da manga, Trace o retangulo basico ¢ a cava, segundo as explicagdes da- 1 4 ESQUEMA 5 das na ligko 16, Nao se coloca pence de cotovelo, de maneira que 0 molde da manga, da cava para baixo, é extremamente sim- ples, bastando entrar na boca, 3 em de cada lado, em BB’ ¢ CC’, ‘Assim feito, vamos separar as dduas folhas da manga. Para isso, proceda da seguinte manei 1 Mega na frente do manté 0 ‘contorno da cava, de A’ até D (es- quema 2) ¢ some | em de folga. Transporte esia medida para a caya da frente da manga em Da. 2 — Faca a mesma coisa na cava das costas (esquema 3), e marque © outro ponto A’. 3 — Marque a metade de A’A’ © trace a vertical EF, por onde as duas fothas da manga serio sepa- radas, Ligue os dois pontos A’ 20 ponto M por duas curvas suaves, GOLA — Mega 0 contorne do decote do mants, frente € costas, Teremos assim a metade do con- torno total Trace 0 retingulo ABCD (es- quema 5) em que AB € igual a me- tade do contorno total do decote € AC igual a 10 cm. Divida CD (lado do decote) em trés partes jguais © coloque E no sezundo terco. Marque DD’ com 2 em e ligue Ea D’ por uma curva. Zf eels rd conada em pleno viés, O PLISSADO Em costura, quando falamos no plissado, estamos nos referindo a um modelo em que as pregas so Jeitas & maquina em casas ‘especializadas. Existem dois grupos principais de plisados corn as suas varianies: I, Plissado chato 1, simples 2. macheado 3. duplo IL Plissado alto 1. acordeom (a fio reto) 2, “soleil” (godé) © plissado chato ¢ aquele cons- tituido de pregas deitadas ¢ bati- das. De suas variantes, teremos, tim’ peimeiro lugar, © simplea (Hig. feito apenas de pregas deitadas, em seguida, 0 macheado (fig. 2), feito de pregas-macho,e 0 duplo (fig. 3),plo de pregas deitadas du- plas, Destas variantes principais surgem subvariantes, em que ma- cchos largos se allernam com gru- pos de pregas deitadas estreitas, ce ‘© plitsado alto é aquele consti- tuido de pregas altas, vincadas, como as dobras de um fole, Suas variantes principais sio 0 acor- deom (fig. 4),feito de pregas a fio eto, todes com @ mesma largura de alto a baixo, ¢ o “soleil”,feito do mesmo tipo de pregas, porém comegando cstreitas ¢ alargando para baixo (fig. 5). METRAGEM - 0 plissado chato simples ou macheado exige ‘uma largura de tecido igual a 3 ve- zes a medida da pega a plissar, en- quanto o duplo requer 6 vezes a Theema medida, O plissado acor- 479 480 _COSTURA XXXIX FIG, 4 FIG. 6 5 FIG. 7 deom, como 0 anterior, também pede 6 vezes a largura da peca a Plissar, a0 paso que 0 “soleil” exige ‘0 tecido conado com a forma godé, de meia-roda, inteira ‘ou miiltipla, conforme a Targura que se deseje. PECAS PLISSADAS — Se o seu véstido comporta uma peca qualquer plissada, o pano a seren- viado para o plissador serd um re- {angulo com a altura da pega mais as margens para costuras ou bai- nhas e um comprimento igual a 3 ‘ou 6 vezes a largura da pega, con- forme se trate de plissado chato ou alto. Tomemos como exemplo ilustrativo a manga plissada de um chemisier cujo molde ¢ tragado ‘como para tecido liso (fig. 6). O re~ Uangulo de fazenda a ser mandado para o plissador terd uma altura igual a AB, mais as margens de costura em cima e em baixo (5 em aproximadamente) ¢ um compri- mento igual a 3 vezes a medida de CD mais 4 cm para as costuras de fechamento da manga. Depois do pano plissado, estenda-o sobre uma mesa, com as pregas bem li- sas e por cima coloque o molde, prendendo-o com bastante alfine: tes, Para reproduzi-lo nao use tra- 0s de lapis ou giz. Prefira fazé-lo por meio de alinhavos pequenos, como mostra a fig. 7, porque os alinhavos ajudardo a manter pre- sas as pregas do plissado, facili- tando assim a moniagem da peca. Em certos casos — costas plissadas. de uma blusa, por exemplo — é Conveniente fazer um forro liso de filé ou gaze, sobre 0 qual os fun- dos das pregas serio presos com pontos esparsos, a fim de que as regas ndo se fiquem abrindo com 0s movimentos do corpo e com marcas feias provocadas pelo ato de encostar-se. ‘SAIAS PLISSADAS — Veja- mos cada caso em separado, de acordo com 0 tipo de plissado: 1. Plissado Chato — As saias com plissado chato, qualquer que seja 0 seu tipo, sto tratadas como se fossem saias pregueadas-& mao, do tipo colegial, que abordamos na ligdo . Assim sendo, 0 pano a ser plissado terd a altura da saia mais 7 cm, dos quais 2 om séo para ‘a costura da cinturae 5 em para a bainha, O comprimento ser igual a 3 vezes a medida dos quadris mais 4 cm para as costuras de fe- chamento (6 vezes se 0 plissado for duplo). Faga a bainha antes de mandar plissat, A montagem da sala deverd ser feita de maneira idéntica A da saia pregueada cole~ gial. A redugdo para a medida da Cintura poderd ser feita pelo caval- gamento das pregas ou por meio de um franzido, se a fazenda for flexivel e as pregas do plissado es- treitinhas. 2. Pissado Acordeom — Proceda de mancira semelhante & do plis- sado chato, s6 que 0 comprimento do pano sera igual a 6 vezes a me- dida dos quadris. A redugdo da cintura seré sempre feita por meio de um franzido, 3. Plissado “Soleil” — © molde do tecido a set mandado para 0 plissador € 0 de uma saia godé ‘com meia-roda, roda inteira ou miltipla (ligdes © ), conforme se queira uma saia com menos ou mais largura. Antes de mandar plissar, tome as seguintes precau- COSTURA XXXIX_481 (gOes: ndo faca a bainha e néo abra © buraco da cintura, cortando 0 molde como um semicirculo (fig. 8), pela simples razo de que os panos voltam como nesgas plissa- das cheias de pontas, que se for- mam porque a maquina apanha 0 tecido simultaneamente fio reto, em falso vies e pleno viés, com di- ferentes distensbes, Sb depois que as nesgas plissadas voltam As sus mos € que voc’ deverd contar a cintura ¢ 0 arredondado da bainha (fig. 9). Esta serd feita em seguida, refazendo-se as pregas com 0 ferro ou ndo refazendo-as absolu- tamente, a fim de que arrebitem na ponta. No caso de godé milt- plo, reduza a cintura por meio de tuma linha de franzido. FIG. 9 awe INTERPRETACAO. DE MODELOS, Desde a primeira aula, quando ensinamos & cortar unr “Vestido Reto em Duas Cores”, até a ul- tima, cujo tema foi uma “Calea Franzida Para Adulto”, voc foi recebendo, gradativamente, uma infinidade de informagées que iam permitindo fazer uma roupa com aquilo que Ihe era ensinado. Saiba que tudo isso foi eriteri mente estudado ¢ analisado, para que vocé nio tivesse maiores difi- culdades ao executar a roupa pro- posta, nem lampouco achasse que estava dando “um passo maior do que as pernas” Agora, chezamos ao fim deste nosso curso. E, a partir daqui, vocé poderd considerar-se apta a fazer qualquer tipo de roupa. Tanto nas ligdes como nas inter- pretagdes, fornecemos a base para os mais variados modelos: saias, vestidos, blusas e calgas. Também explicamos todas as variagdes de uma mahga e de uma gola, A par- tir dai, tudo 0 mais sera uma mera adaptagio do molde bisico. E é a isto que chamamos de “‘Interpre- tacdo de Modelos”. E olhar 0 mo- delo proposto — em fotografia, desenho ou vestido — por uma ou- Ita pessoa € transportd-lo para 0 molde E hora de perder 0 medo. Con- fie no seu potencial e comece a costurar como se ji 0 fizesse ha muito. Se quiser, principie fa- zendo seus testes com tecidos mais baratos, pois, no caso de um erto qualquer, o prejuizo nlo ser significativo, Além do mais, isto faré com que coloque em pritica tudo aquilo que aprender pega confeccionada ni ficard en- costada, podendo trangiilamente ser usada em casa ou até mesmo para fazer uma comprinha pelas redondezas. Arrisque, va om frente, vocé nem imagina o bem que faz vermos um trabalho nosso, a0 qual nos dedicamos de corpo ¢ alma, ser aprovado e elogiado por oe: BALANCO FINAL outras pessoas, muitas até bem te- midas por sua fama de extrema- mente criticas. Essa serd a sua sen- sagdo, quando as suas amigas a elogiarem pels roupas que vose fez. A ESCOLHA E IMPORTANTE, Os moldes basicos silo a chave para tudo. Tanto se pode criar algo bem esportivo como uma peca mais sofisticada, habillé, Tudo dependerd exclusivamente do tipo de tecido escolhido, bem ‘como dos detalhes e complemen- tos, E obvio, no entanto, que uma roupa extremamente esportiva — como um short ou uma bermuda, por excmplo — ndo sc poderd transformar num traje de gala, pois os nossos habitos ainda ni permitem tal extravagincia, Po- rém, como no mundo da moda tudo € possivel, ¢ provavel que um dia desses apareca um estilisia que, na tentativa de inovar, passe @ usé-la como tal, Um ponto importantissimo na interpretagio de um modelo & sa- ber analisé-lo ¢ adequé-lo ao tipo de uso que se pretends para a roupa. Os modelos do dia-a-dia, por exemplo, jamais deverdo ser Tebuscados ¢ exuberantes. Quanto mais discretos, melhor. Assim, voc’ poderé usilos um sem: niimero de vezes, sem “queimar a sua imagem”. J4 os modelos festi- vos podem e devem ter um toque todo especial, pois se destinam a um tipo de compromisso que nor malmente pede um traje mais ela~ borado, realmente diferente, En- to, deixe para este tipo de roupa todo o rebuscamento que gostaria de fazer. Também & fundamental ser bem criteriosa na escolha do te- cido. Um simples vestido tubinho, por exemplo, poderé ganhar um ar mais festivo se em lugar de um algodio vocé preferir uma seda. Deste jeito, muda tudo. Ele perde © jeito simpiério © ganha uma certa austeridade. Citamos isto apenas para que vocé sentisse bern © quanto é importante escolher adequadamente a fazenda certa para o tipo de roupa a ser feita. Ainda com relagio aos tecidos, & importantissimo que eles te- nham a maleabilidade necesséria para a execucdo do modelo dese- Jado, De que adianta, por exem- plo, pretender fazer um bonito Grapeado numa blusa, ow um franzido, se o tecido de que se dis- poe ¢ pesado © armado. Desse modo, jamais se conseguira dar a queda “necessiria 4 roupa, tor- nando-a engomada e desajeitada, Entéo, mos 4 obra, Primeira- » mente, leia atentamente as expli- cagdes dadas para a obtengdo do molde bésico, veja como ser feitas as variagdes desejadas ¢ nfo se intimide em cortar e costu- rar as suas proprias roupas, Além de ser bem mais econdmico, vocé terd ainda o orgulho de usat uma etiqueta exclusiva: a sua propria confecgio, INDICE GERAL 43 INDICE POR TEMA LI¢ko, 1 = Como tirar as medidas 2 —Tabela de manequins .. 3 — Base da saia reta . 4 —Saias evasé placada ¢ conica .. 5 —Saias evasé sem pences 6 — Saias evasé em panos reguiares .. 7 — Saias_evasé em panos irregulares 8 — Saias franzidas ... 9 — Saias godé em um quarto de roda 10 — Saias god8 em meia roda wn... 11 = Saias godé em roda inteira 12 — Saias gode em roda dupla ..... 13 — Base da blusa — frente... 14 — Base da blusa — costas 15 — Base da blusa — variagdes .... 16 — Base da manga ordindria ... 17 — Embebimento de uma manga 18 — Como calcular a meia largura de uma manga 19 — Base do vesti {0 com pence) . 223 20 — Base do vestido inteiro (reto sem pence) . 235 21 — Base do vestido inteiro sesso AT 22 — Proceso pratico para o transporte de pences. 23 — Estudo dos recortes 24 — Variagdes das mangas 25 — Base pratica para diversos tipos de mangas montadas em meia cava 26 — Estudo do abotoamento 27 — Blusa sem bola com arrei abotoamento ¢ de cave 28 — Estudo das golas (rulé aberta e fechada) . 29 — Estudo das golas (ordinéria e colegial) 30 — Estudo das golas (gravata ¢ militar) .. — Gola inteira em pé ¢ deitada .... 32 — Gola chemisier e italiana 33 — Vestido chemixier 31 34 — Estudo dos drapeados - 403 35 — Calga comprida ... 415 36 — Short e bermuda a7 37 — Saia-calga ... 38 — Macacio 39 = Biguini 4) — Casacio reto. INTERPRETACAO DE MODELOS Vestido reto em duas cores Vestido inerivelmente facil ‘ Varias manciras de montegem de uma saia reta 36 ‘Uma saia evasé para o seu dia-a-dia 248 Uma saia reta com pala wernnnnes a) ‘Uma minissaia esportiva snsssnnes 70 ‘Uma saia reta transpassada 183 ‘Uma saia transpassada evasé .. 9 Saia reta com fechos aparentes [Uma saia confortdvel .. Um vestido godé . Uma saia para o calor [Um falso vestido ... [Um vestido listrado .. Um minivestido reto [Um vestido barrado ‘A linha sexy . [Uma minjjardineira .. 216 [Um vestido esporte . 226 [Um vestido decoiado nas costas 230 [Um vestido de linhas curvas sce 8 INo top da moda ... circa DBS [Um vestido para todas as horas .- Um vestido de ultima hora [Um vestido muito simples ... [Um tubinho simples com mangas ragt Vestido com abotoamento lateral |Um vestido com bolsos embutidos Vestido de corpo longo .. [Sia godé em pontas Blusa com gola gravata lateral IVestido de mangas japonesas bufantes Uma combinagao ... Saia com drapeado em pregas Vestido com franzido na pala « IVestido de menina |Camisa para crianga . |Calca comprida para crianga [Calca franzida para adulto Balango final |COSTURA I = Utensflios de costura .nsseasasese I = Utensilios de costura Il — Auxiliares de costura ..- TV —A miquina de costura . 'V = Como” transportar os “moldes”para_o tecido ... Vl —O que se tecidos — 1 VII —O que se deve saber sobre os tecidos — 2 294 IVII]_ —O que se deve saber sobre os tecidos — 3. - 106 IX =O que se deve saber sobre os NECIOS — Fosnsnsnesnetonnes 8 X =O que se deve saber sobre os tecidos — 5... nee 130 XI —O que se deve saber sobre os tecidos — 6... - 146 XIT_ =O que se deve saber tecidos ~ 7.. 159 XIII — Cuidados prévios/Como preparar 0 tecido ... rs XIV —O que se deve saber sobre’os tecidos — 9 XV — Costura A mio ¢ seus pontos XVI — Pontos de costura & mao ~ | XVII — Pontos de costura a mao — 2 484 INDICE GERAL, XVIII — Pontos de costura & mao ~ 3. XIX = Pontos de costura & mio ~ 4. XX — Pontos de costura a mao — 5. XXI_ = Pontos & méquina que imitam Pontos A MEO...smeeeen XXII — Montagem de ziper — | XXIII — Montagem de ziper ~ 2 XXIV — Montagem de ziper — 3 XXV_— Montagem de ziper — 4 XXVI_— Montagem de ziper — 5 XXVII — Arremate de blusa decotada sem mangas .... 336 XXVIII— Debruns e vieses — 1’. XXIX — Debruns ¢ vieses — 2 XXX — Debruns ¢ vieses — 3 XXXI_— Debruns ¢ vieses — 4 yento para um punho XXXII — Pala chemisier . XXXIV — Colarinho chemisier XXXV_— Sain com prega do I° tipo XXXVI — Saia com prega tipo colegi XXXVII— Manga “tailler XXXVIII—- Camisa masculina 47 XXXIX — 0 plissado sosounsnn TRUQUES & CONSELHOS PAG. © cantinho da costura ... A boa execucdo das per Etapas na confecgio de um: Antes de cortar 0 teCido wcoeennncnneen Etapas na confecgiio de uma roupa qualquer (CONCL) eeesessssnieretie Os probleminhas incémodos com a maquina ..... 78 Ainda 0s probleminhas inesmodos com a maquina 90 ‘Outros problemi a maquina ... Tenha cuidado com as listras .. ‘Como trabalhar tecidos transparentes Como trabalhar 0 j€FSei sonore © embebimento ea sua boa técnica... ‘Como corrigir as pences sen A prova de uma roupa — 1 A prova de uma roupa — 2 ‘A prova de uma roupa (con: Use bem o ferro de passar Tenha cuidado com a montagem das manges Nao se atrapalhe com as costuras curvas .. Cavas que bamboleiam ..... ‘Como fazer pespontos com angulos .... Como enfiar uma faixa na “coulisse” 0. A colocacio dos botoes .. Como fazer um bolso — 1 Como fazer um bolso ~ 2... Como fazer um bolso — 3 Como fazer um bolso ~ 4 (montagem) .. Como fazer um bolso — § (montagem) - Como fazer um bolso — 6 (montagem) .. Arremate interno das costuras .. “Pattes” .. Costura inglesa punho de um’ Vestido drapeado por meio de cortes ... alga franzida para crianca Saia-calga para me a 8 10 4 18 19 2B Introdugao Ligdo 1: Como tirar as medidas Interpretagio de Modelos: Vestido reto em duas cores Truques & Consethos: © cantinho de costura Ligdo 2: Tabela de manequins Costura I: Utensilios de costura Interpretagio de Modelos: Vestido incrivel- mente facil Truques & Conselhos: A boa execucio das pences Ligdo 3: Base da saia reta Interpretacdo de Modelos: Vérias maneiras de montagem de uma saia reta Costura I: Utensilios de costura Truques & Consclhos: Etapas na confecgio de uma roupa qualquer — 1 Ligio 4: Saias evasé_placada e cdnica Interpretagio de Modelos: Uma saia evasé para © seu diara-dia Costura III: Auxiliares de costura Truques & Conselhos: Antes de cortar 0 te- cido.. Ligo 5: Saias evasé sem pences Inferpretagio de Modelos: Um saa reta com ala Goatura IV; A. miquina de costura Truques & Consellios: Etapas na confecgio de uma roupa qualquer (conclusio) Ligio 6: Saias evasé_ em panos regulares Interpretagio de Modelos: Uma minissaia es- portiva, Costura V: Como transportar os moldes para o tecido Truques & Conselhos: Os probleminhas incé- modos com a maquina Licdo 7: Saias evasé em panos irregulares Interpretagio de Modelos: Uma saia reta trans- passada CCostura VI: © que se deve saber sobre ostecidos ‘Trugues & Conselhos: Ainda os probleminhas incdmodos com a maquina Ligdo 8: Saias franzidas Costura VII: O que se deve saber sobre 0s tei- dos — Interpretagio de Modelos: Uma saia transpas- sada evasé (2 103, 106 108 ul 1s 118 i 127 130 134 137 139 142 146 150 151 156 159 161 163, 168 i 174 175, 180 182 185 187 192 194 197 199 203 207 2 214 216 219 223 INDICE GERAL 485 Truques & Conselhos: Outros probleminhas in- ‘eémodos com a miguina Ligdo 9: Saias godé em um quarto de roda Costar vi ‘O que se deve saber sobre os teci- dos — Interpretagdo de Modelos: Saia reta com fechos aparentes ‘Truques & Conselhos: Tenha cuidado com as listras LigGo 10: Saias god em meia roda ‘Costura IX: O que se deve saber sobre os tecidos —4 Interpretagio de Modelos: Uma saia confortével Truques & Conselhos: Como trabalhar tecidos transparentes Licdo Il: Saias godé em roda inteira Costura X: O que se deve saber sobre os tecidos =5 Interpretagio de Modelos: Um vestido god Truques & Conselhos: Como trabalhar o jérsei Ligo 12: Saias godé “em roda dupla Interpretagio de Modelos: Uma saia para o calor Costura’XI: O que se deve saber sobre os tecidos ~6 Truques & Conselhos: © embebimento ¢ a sua boa técnica Ligio 13: Base da blusa — frente Interpretagiio de Modelos: Um falso vestido Costura XII: O que se deve saber sobre os teci- dos — 7 Truques & Conselhos: Como corrigir as pences Ligdo 14: Base da blusa — costas Costura XIII-Cuidados prévios~ como preparar 0 tecido Interpretagio de Modelos: Um vestido listrado ‘Truques & Conselhos: A prova de uma roupa — 1 Licdo 15: Base da blusa — variagdes Costura XIV: O que se deve saber sobre os teci- dos - 9 Interpretagdo de Modelos: Um minivestido reto ‘ruques & Conselhes: A prova de uma roupa — Ligdo 16: Base da manga ordindria Costura XV: Costura 4 mio ¢ seus pontos Interpretacdio de Modelos: Um vestido barrado Truques & Conselhos: A prova de uma roupa| (coneluséo) Lido 17: Embebimento de uma manga Interpretagéo de Modelos: A linha sexy Costura XVI: Pontos de costura 4 mio — | Truques & Conselhos: Use bem o ferro de passar Lig&o 18; Como calcular a meia largura de uma manga Costura XVII: Pontos de costura & méio — 2 Interpretagdo de Modelos: Uma minijardineira ‘Truques & Conselhos: Tenha cuidado na monta- gem das mangas Ligo 19: Base do vestido inteiro (reto com 230 233 235 239 242 247 253 256 258 259 263 270 m 275 228 280 290 294 295 300 303 305 312 314 317 319 324 326 329 331 336 338 341 343 347 pence) Interpretagdio de Modelos: Um vestido esporte Costura XVIII: Pontos de costura A mio ~ 3 Trugues & Conselhos: Nao se atrapalhe com as costuras curvas LigGo 20: Base do vestido inteiro (reto sem pence) Interpretagdo de Modelos: Um vestide decotado nas costas Costura XIX: Pontos de costura & mao — 4 Truques & Conselhos: Cavas que bamboleiam Ligdo 21: Base do vestide inteiro Interpretagdo de Modelos: Um vestido de linhas curvas Costura XX: Pontos de costura & mio — 5 Truques & Conselhos: Como fazer pespontos com angulos Ligdo 22: Processo pritico para o transporte de ences Interpretagdo de Modelos: No top da moda Costura XXI: Pontos & maquina que imitam pontos & mio Truques & Conselhos: Como enfiar uma faixa ina “coulisse™ Ligdo 23: Estudo dos recortes Costu’ XXIL Montagem de per — 1 Tnterpietagdo de Modelos: Um vestido para to- das as horas Truques & Conselhos: A colocacdo dos botdes Lipo 24: Variagdes das mangas Interpretagéo de Modelos: Um vestido de ultima hora Costura XXIII: Montagem de ziper — 2 Truques & Conselhos: Como fazer um bolso —1 Ligdo 25: Base pratica para diversos tipos de mangas montadas em meia cava Costura XXIV: Montagem de ziper — 3 Interpretagdo de Modelos: Um vestido muito simples Truques & Conselhos: Como fazer um bolso — 2 Ligdo 26: Estudo do abotoamento Costura XXV: montagem de ziper ~ 4 Interpertagdo de Modelos: Um tubinho simples com mangas ragla Truques & Conselhos: Como fazer um bolso — 3 Ligdo 27: Blusa sem gola com arremate de abo- toamento e de cava Costura XXVI: Montagem de ziper — 5 Interpretagio de Modelos: Vestido com abotoz- mento lateral Truques & Conselhos: como fazer um bolso — 4 Ligdo 28: Estudo das golas (rulé aberta e fe- chada) Costura XXVII: Arremate de blusa decotada sem mangas Interpretagio de Modelos: Um vestido com bol- sos embutidos na costura Truques & Conselhos: Montagem de bolso — 5 Licao 29: Estudo das golas (ordindria e colegial) Interpretagio de Modelos: Vestido de compo longo

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