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Conclusão

Preliminarmente, conforme verificamos nos artigos anteriores, os


procedimentos que norteiam as contratações públicas não podem ocorrer de
acordo com o livre arbítrio dos administradores, assim como ocorre no setor
privado.

Ao contrário, em conformidade com o objeto a ser licitado, seu valor estimado


e as características de sua execução, há que se realizar o enquadramento da
modalidade e do tipo de licitação, nos limites ditados pela lei.

Diante disso, os onze artigos que precederam a este tiveram o condão de


auxiliar a atividade dos profissionais da licitação, no momento da estipulação
da modalidade e do tipo, fazendo com que nessa escolha se preservem os
princípios que devem nortear todos os procedimentos licitatórios, dentre os
quais destacamos a igualdade, a legalidade, a impessoalidade, a moralidade, a
publicidade, a competitividade e a razoabilidade.

Por outro giro, para que o administrador busque sempre fazer o melhor em
prol do interesse público, ele deverá adotar estratégias de compras e
contratações, com vista à eficaz e eficiente utilização dos institutos estudados,
os quais estão previstos em lei, demonstrando a total transparência no trato da
coisa pública. Como vimos, a fixação da modalidade de licitação está
vinculada, basicamente, no valor estimado do objeto a ser licitado; mas, em
alguns casos, ela também é definida em função das características do objeto e
da contratação pretendidos. Quanto ao tipo de licitação, esse está adstrito à
forma de julgamento que se quer adotar para a seleção da proposta, ou seja,
verificando-se somente o preço, somente a técnica, ou ambos, ou ainda o
melhor lance ou oferta.

No entanto, a adoção de estratégias de compras pelo administrador, levando-


se em conta as premissas acima, somente será possível se ocorrerem o
"conhecimento prévio daquilo que se quer" e o "planejamento das aquisições".

Sendo assim, quando o órgão licitador decide sobre a aquisição de um


determinado item, ele deverá, primeiramente, conhecer esse item, verificando
suas características e sua situação junto ao mercado, inclusive com relação à
disponibilidade e preço (sendo este último importantíssimo para verificações de
ordem orçamentária). Na seqüência, deverá realizar um estudo sobre o
quantitativo, periodicidade e forma de utilização e pagamento. Somente com
esses elementos em mãos será possível se efetivar a opção mais adequada
quanto à modalidade e ao tipo de licitação a serem aplicados.

A guisa de exemplo, trazendo esses conceitos para o mundo prático, pense na


decisão de um órgão em fornecer "pão de soja" para a merenda escolar. A
partir dessa premissa, o administrador deverá conhecer todas as
características desse produto (ingredientes, forma de produção, índices
nutricionais (vitaminas, proteínas, etc.), peso, validade, embalagens,
disponibilidade de mercado, preço, etc.). Com essas definições, será possível
estipular o objeto e as condições de execução da contratação. Como próximo
passo, o administrador deverá definir a periodicidade e a forma de
fornecimento, com o respectivo quantitativo e valor, e estipular a dotação
orçamentária para pagamento dessas despesas. Por fim, com base nesses
elementos, haverá uma definição no sentido de que se trata de um item
comum no mercado (que poderá ser objetivamente definido em edital), com
fornecimento diário, durante todo o ano letivo, numa quantidade e valor
significativos, que contará com repasse de verbas para pagamento.

Obviamente, todos esses dados nos levarão a concluir que a melhor


alternativa de aquisição seria a adoção da modalidade "pregão" (por se tratar
de bem comum), conseqüentemente do tipo "menor preço", todavia sob o
sistema de registro de preços com validade de um ano, tendo em vista que,
embora o objeto apresente uma tendência de fornecimento constante, esse
ainda dependerá do repasse de verbas.

Portanto, essa é a estratégia de compras que o administrador deverá


perseguir em cada uma das licitações que irá efetuar, e tudo isso será fruto de
um processo de conhecimento prévio do objeto e de planejamento, levando-se
em conta, inclusive, o leque de possibilidades oferecido pela lei no que tange à
modalidade (procedimento a ser seguido) e ao tipo (forma de julgamento) da
licitação.

Somente com essas ações é que o administrador realmente estará cumprindo


seu papel com vista a atingir o princípio fundamental das licitações - a busca da
proposta mais vantajosa.

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