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A insuficiéncia dos discursos sobre arte ¢ 0 possivel didlogo da antropologia com a filosofia Eduardo Dia by B. de Menezes* Kur Lewin Plerte Franeustet Preliminares A despeito do atual esforgo investigativo e reflexivo na frontei centre estética e antropologia, apgntando para uma estetica cogaitiva, abertura epistémica que nossas disciplinas humanas da sub- ‘missio ao paradigma da ciéncia natural, esse constitui um territério i ls aay 8. de Mens teSoesene tas posit carte, Naa) Foss, que 9 su entre bolose vere, polo etidadaiferegaconco ciem ue Teena Gai ap ci Pe Papen, 1986p $0. Chayeatotrlt dasa Se oeupar de expressoes cu lamente retificador ‘essa tro feta pala reflexd semidtica este ler concen “rove, Hewdegger, Benjamin, Lukie: ariee 0 Nietasche, Freud, Ci t: Phlox Sones 3 1971p 2A al meee: conhecimento, copeio de abrangent ‘rita em um conjunto heters {Go atravessados por sua condigao que fazem, por exemplo, confinaras arte inuseus etnogrificos? Qual o fundamento da di arte para nés e para outras culturas? preensio ¢ esclarecimento. Sequer te por ele? Como subsumir em . decoracso, ender, porum lado, chabilidades, reflexao mais sobre a esté- lade que os idade dos discursos sobre o fe- ras Usb Sada 3s certeza do que falamos quando “arte”. Que fatos ou que manifestagdes sio efe suficiéncia. Todavia, as definigdes, os conceitos, as categorias, a variedade de teorias € procedimentos ana press de que jé se tenha constituido um corpo sistematico de com- icos nao nos deixam a im- uagem, caligra separardoc: 83 Esse seu judicioso reparo final suscita uma das qui liscussGes sobre a natureza ea significagao do a forme venho assinalando neste meu questionamento. 10, hd um gesto intrigante ou no minimo curioso de Bour- fe suscita outro aspecto a considerar nesta discussie, Com ef eu volumoso ensaio La di Des crucinis seja arte, con- duo e consumo de be _205t0, logo abaixo do t duzem epigrate esta ci A, Besangon: “e hoje em dia nds no sabemos ainda se pode sobreviver ao desaparecimento das domésticas”. também na pol les enfrentava ci Desse modo, sor objeto da arte, conforms ele wsartes, nes- ico, so designadas pelo termo fechné, entendido ‘como um saber pelo qual o homem se assegura um lugar na ratureza transformando materiais que ai encontra para a elaboragiio de instrumentos e de obras que hoje chamamos est (Ora, é sobretudo a partir do século X belo so associadas como objetos da mes sendo tal concepeaio resul 84 inculdade de discemir obelo na arte ou em outra esfera externa aes arte como mando q esfera do Espirito abs uma de suas ma gando tribute a pela sociedade em sua condigio hi ‘Ans poucos, essas reflexdes filositicas sobre a est cignela da arte, ene: se para a terceira vertente, que conside~ ra narte como construedo, em conseqiéncia da convergéncia entre urais ¢ liberdade huma into, a supasigaio biisica des ser esse o lugar para discutir se h querer apenas destacarq\ ‘como todos 0s fil6sofos, 20 invés de encarar 0 problema est insonsivelmente inseriuo “espectador” no conceito de “belo”. Assim, 8s falta a Kant ¢ aos demais filésofos do belo boa dose de experiéneia pessoal, de modo que nos dio di enorme verme do erro fundam {ésofo contemporinco, como Heidegger, el eafeti- sparecer na natureza despeite de se vanglo- mento do criador, possolegitimam tulo da psicologia ver essa definigo como um configuragdes de idéias. Por sua vez, Geertz, no i te como sistema cultural como nas ates literirias, etan sons, de pedras, ou do que quer q mas ainda isso parece i 1m pocma nao deve signi osoque é ojazz, jamais chegaremos asabé-lo. Como; reflexio, ele evoca esia afirmagdo de Picasso: “Todo mundo quer cbmpreender a arte; por que no tentar compreender o canto de fem geral um falso caminho,” Todavia, acrescenta'Geertz, nat 1ém — exceto os verdadeiros indiferentes ~ perma- pessoas a falarem e a escreverem sobre isso, de tio: ivo para ns nio pode ficar mergulhado sé n: 3, por isso descrevemos, analisamos, compar ficamos, construimos teorias sobre a criatividade, a fo percepgio, a fungao social; caracterizamos a arte como linguagem, como estrutura, como sistema, como ai is malograr, arrolamos outros elucide 87 ima espécie de mecanismo compen: que isso parece particularmente i, dos poemas, das mos abstratos e transponiveis. Mesmo im, nio se p tar que esse aproche téenivo do discurso s0- rie seja exclusivo do Ocidente ou do mundo moderno, como mbram as teorias elaboradas da musi indiana, da coreo- fanesa, da versificagao arabe ou do trabalho de cour toruba; mesmo 0s primitivos, preferidos dos estudiosos, 08a lianos, analisam seus desenhos corp ‘em dezenas de element dangas ou das exposigdo, em tes questiona- mentos. E, na exposigio que se segue, acompanharei a lags pasos ‘boa parte da " entremenda nani _-ralmente por minhas propriasseflexdes, ‘costuma afirmar que ess: ia beleza esobre o iugaremq) visto que o belo nao é propriamente uma i vel, que esti disponivel a esse tipo especial ji todo um conjunto de indagagdes, pois tanto 0 belo pode icamente 0 feio, como, a questo é bem mais ampla do que as: problema prévio de: com o normative, mais do que com o descr lerpretativo, impondo cénones sempre problemiticos imento dos museus, em uma época vento de nossas sociedades, como considerar 10s deles excluidos, a despei ue seus acervos foram produzidos com essa institucionalizago de objetos como obra de arte suscita a discussdo sobre seus critérios e evidencia a sua 10 pode ser s6 cronolégica, nemas- de sua problemitica, de » que se nutre de uras e inovagdes, mas sempre levando em conta asua jr do momento em que se reconhece a his sto, a saber: se 0 objetocestéticoé {sso decorre de que depende 0 tahecimento, Em outras palavras, o objeto estético esté ligado neces- sariamente & experiéncia estética que o reconhece e 0 consagra, pro- movendo-o a existéncia requerida por seus atributos. Com efeito, 0 que seria uma miisica que nao fosse ouvida ou uma a fosse “devorada pelo remete pelo menos a doi ceptor ou espectador, em sua di dicotomia com énfase em cada Encarados, porém, como uma sso dé lugar a uma estética sub- faz parte da tradigao que v. !a8 que, contemporaneament damentar-se na psicologia. Tal reflexto sobre a sensi 1 pelome- buscou fun- jidade que se ayando, assim, & compreensio miitua entre o eu e a obra, Além disso, essa estética, cujo primado repousa sobre o sujeito, se defionta com problemas semelhantes as das por um lado, como esse suj decorre que los pelos c6- iderar 0 que vi thas de forga que emanam do praprio objeto est a es Formais das obras 2 elaboracio de ss possiveis. Nao obstante isso, ‘analisar por Angulo diverso outra ia docriador, o quea leva parao iando, assim, 0 estiido da recepeao a ois sentidos, ridade,-embora gue desta 9 pode também se valer da hist Ses de producdo e con: cenriqueceram-se com as contrib tcorias da literatura des formalistas russos € tchecos ou do new criti- eda sociologia no estudo das rio Ihe vem de que leva aanilisea discernir ia que os maneja, Eis por que a miisica & por exceléncia, em que a criagio &jus- tamente chamada de composi¢do. Desse modo, tim afresco, uma es- 1e Ou um poema sio feitos de modos diversos e pdem. falar em uma esséncia do pictorico, do escul- conforme se pode depreender dos trabalhos de ‘opp, Tosoroy ou Eco, tras formalistas, -2 ea desprezar 0s eleitas dos condicionamentos tura de um quadeo se diferenciaré conforme sejam con- siderados apenas cédigos perceptives — os quais jé so em is ou que a chra stja confrontada com o mused innagi 2 ‘mesma obra—a pl estruturas préprias de artes diferentes, como ocorre, por exemplo, {quando um pintorilustra um texto ou esboga a decoragiio de cenagiio, igdo sobre 93 renstein, que, apos quase uma centena de piginas de cerrada ar- _gumentago a modo ge es to de teoremas e coro! logico-philoso- ima proposicao de uma forma abso- para quem a fluneZo pri Feensio ca construgao do mundo ou do real can as, ¢, uma vez que o ser nnasceu voltado para Ge simbolos, a construgo do mundo consiste na elabor , denire os quais se situam asartes. Ele, po as observagdes nesse terreno, jé que sio muitos e varia- Por outro lado, as traves: do sfio as relagdes de referéncia que seguiem processos c trajetos m clusies como esta 94 seriamente do que 2 eicias losofia da arte sera sed epstemolga.”* sctido lao de avango da compreeasio ‘oneebida como pare ince dx Na mesma confluéneia das conclusdes de Goodman, sou inclina- do também a concordar com a interpretagao formulads por Geertz no ime outea vez a sentenga de 95

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