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nem murmúrio, mas talvez haja um peixe que murmure, que você escute como
uma criança chora, baixinho, ou um adulto chora, o mar inteiro escuta, você
escuta o peixe e parece que vem do mar inteiro. Embaixo da água não tem
cheiro, para a gente, mas tem peixe que fareja, tem tubarão que sente cheiro de
sangue de gente de longe. E você sabe como é cheiro de ferro que o peixe sente
embaixo da água salgada.(?)
A água do mar enquanto viva, ou a água viva no mar, sente, ou pensa (porque
existe), que é uma coisa louca, que é uma complicada brincadeira, que é uma
eternidade muito rápida, que nada nada, que um mundo não é tudo, que saber
vai ser sempre como morrer na estrada.
Ele vem, o torpedo, rápido: sabe seu rumo, acertaria o alvo mesmo sem
tecnologias, sem sistemas avançados. É um torpedo raro, de raça criada por
alquimistas malvados, um torpedo mal, predestinado. O torpedo esta conectado
a internet, o torpedo tem conexões USB e wireless. O torpedo é poderoso (não
paga impostos, não é chateado), o
Antes da explosão, nenhuma palavra os peixes não falam. O peixe espada ouviu
o zumbi(do)eletrônico (conectado), zumbido. A rubala não TVE medo, os
gêmeos fecharam os olhos {e se olharam}, a caravela pressentiu sua eternidade
de pedaços (viva, despedaçada boiando em vários mares, a enorme caravela ia
viver, ia sentir saldades).
O peixe espada virou Baiacu e chorou, (ponha a cabeça na água, ouça ele chorar,
desgraçado) o baiacu e o zumbido, o baiacu é feio mas fareja bem, cheira a metal
fundido.