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Abaixo a resposta do jornalista israelense Yossi Lapid para o escritor palestino Anton

Shamas que escreveu o seguinte (texto traduzido do francês):

"Senhoras e senhores, chegou o momento, neste dia de festa, de reconhecer com total
franqueza e sem sentimento de vergonha e sem baixar os olhos que esse negocio
acabou mal. A aventura sionista é um fracasso total.

Anton Shamas "

Eis a resposta de Yossef Lapid:

"Shamas, meu amigo,

Um Estado que exporta sistemas sofisticados de computação e ensina estados sul


americanos a plantar melões. Um Estado que exporta todos os meses produtos no
valor de um bilhão de dólares para a Europa, EUA e mesmo Japão. Uma democracia
exemplar onde os ministros temem os controles e a prestação de contas e onde os
juízes só temem a Deus.

Um Estado que possui um dos melhores exércitos do mundo. Um estado onde há


poucos crimes de sangue mas muitos excelentes concertos. Onde os fieis de todas as
religiões gozam de liberdade de culto e onde mesmo os leigos são bem-vindos.
10% dos cidadãos do pais são imigrantes novos; 89% acham que apesar de todas as
dificuldades (e a Agencia Judaica) , é um bom país para se viver. Eis um Estado onde
um Anton Shamas é um homem livre, em um dia de festa nacional, é livre de publicar
um ataque virulento contra tudo que é caro aos judeus que vivem neste país.

Shamas, será talvez capaz de nos perdoar tudo isso. Mas o que ele não agüenta, é o
fato que, apresentados à luz das realizações do sionismo, as falhas dos árabes parecem
tão humilhantes e deprimentes. Quantos Palestinos há, meu amigo? Um milhão, dois?
Três?
E quantos Estados árabes te cercam? Vinte? Vinte países com reis e ditadores de terror
e derramamento de sangue.

Não há uma só democracia árabe com liberdade de expressão e direitos cívicos. Você
nos fala de fracasso do Estado de Israel comparado com quem? A Argélia, o Egito? O
Iraque? Quantos Árabes há entre o Atlântico e o Golfo pérsico? Cem milhões?
Duzentos?

E quantos muçulmanos há? Um bilhão! E eles rezam ao mesmo Alá, em nome do


mesmo profeta Maomé. E todos, tantos são e não conseguem resolver o problema do
esgoto em Gaza!

Há 47 anos vocês se preparam para a independência palestina, e ainda não conseguem


recolher o lixo domestico de Jericó.

Apesar de todo o petróleo do mundo,não conseguem mobilizar a fraternidade árabe


para construir um hospital em Deir Balah.

E todas as torneiras de ouro puro da Arábia Saudita e todas as Jacuzzis do Kuwait não
bastam para fornecer água potável em Jabalya.

Isto posto, amigo, você sabe muito bem não é?

Se um milhão de judeus vivessem em Gaza, esta cidade se tornaria um paraíso


terrestre. Neste momento operários palestinos fariam fila para lá trabalhar.

Se houvesse um bilhão de judeus, os Judeus de Gaza não precisariam de esmola da


ONU. Os Judeus do mundo cuidariam dos judeus de Gaza e Gaza seria há muito a
pérola do Mediterrâneo.

Vamos lá, Anton Shamas, tudo isso você já sabe, e é bem isso que te exaspera.
É a inveja que te devora e te perde.

Assim, veja, o momento chegou de concluir com total franqueza, sem sentimento de
vergonha e sem baixar os olhos: aquilo que não funcionou é a aventura palestina que
terminou em fracasso total.

Em meio século, partindo de quase zero, os sionistas forjaram um Estado que lança
seus próprios satélites no espaço e fornece à marinha americana aviões espiões sem
piloto.
A língua hebraica (uma das maravilhas do sionismo) uniu os sabras aos refugiados dos
campos, os judeus sefaradim e os judeus do leste e do oeste.

O sionismo é a maior 'success story' do século XX!

50 anos após a derrota de Hitler e do Mufti de Jerusalém, o sionismo vive e prospera


no coração do Oriente Médio, num Estado com 4 e ½ milhões de judeus de cuja
sobrevivência em certo momento se poderia duvidar.

Yossi Lapid" 

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