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59 tore) ae iic-Palantes O Multimetto na Ofisina hédio Gontrole VII Bis cccilive Bigital Pa do Ginalizacdo i! 5 a 3] 3 iSintonizador ce Fil com Armolifieddor de 50 We (1) J ea Q Es Fy 5 a 4 a 4 res sete ir een er erie litetor era Paina ett dueior ret Perel Pra ose Sees ‘ pr EDITORA SABER LTDA. Savério Fittipaldi Elio Mendes de Oliveira Helio Fitipaldi REVISTA SABER ELETRONICA Reparacao de TV — Curso Sensi .. Dispositivo Digital de Sinalizagfo II Realimentacao Il ..... Bei. (parte I). ....... W. Roth & Ci. Lida. Memérias |! .. ABRIL $.A. - Cultural € Industrial Elio Mendes de Oliveira REDAGAO ADMINISTRAGAO E PUBLICIDAD! tiRAGEM: 66.000 exemplares Av, Dr. Carlos de Campos, n° 273/9 Bektuer CbRRESPOADERCIA: Enderegar & REVISTA SABER eo ELETRONICA, einer ert Caixa Postal 50850 03028 ~ $. Paulo - SP artigot- aesinadot #80 de exclusiva resporsabilidsde de seus autores. E* yorathnente Vedode a reprodupao total ou parcial dot textor e leragBes dea Revista, sob pet ara. NUMEROS ATRASADOS: Padidos & Caixa Postel 60.450 — Sto Paulo, a0 prego ds dltims ecie¥o em banca, male na das saneBes legals, salvo modionte eutorizardo por stcrito da Edi despeses de postausm. SOMENTE A PARTIR DO NUMERO 45 (MARCO/76). sumario Divisores de Frequéncie ¢ Alto-Falantes ........... O Multimetro na Oficina ..... eee R&dio Controle VII - Montagem do Receptor de 1 Canal CURSO DE ELETRONICA — (Li¢fo 13) Sintonizador de FM com Amplificador de 60 W (II) .. 15 52 +e BB + 65 DIVISORES DE FREQUENCIA E ALTO-FALANTES (CIRCUITOS PRATICOS) ‘jw “ep (Cape GRAVES, MEDIOS. AGUDOS Neste artigo focalizamos alguns aspectos fundamentais do projeto de caixas acis- ticas e de divisores de freqiéncia para sistemas ds som de alta qualidade. Com os dados que fornacamas possibilitaremos néo s6 uma perfeita ascolha dos slto-fa- Jantes para seus sistema de som como também a construpao dos filtres cross-over {redes divisoras de freqiiéncia) que lhe garantiréo 0 melhor desampenho possivel de seus alto-falantes dentro das caracter‘sticas para os quais foram projatados. Em suma, nosso artigo tem caracterfsti- assim como a finalidade de cada tipo. cas tedrico-préticas. Com um pouco de Aprenderé também qual & a finalidade de teoria o leitor saberé como sfio escolhidos. uma rede divisora de frequéncia e porque 08 alto-falantes para um sistema de som, so necessérias. Na parte pratica daremos 2 Revista Saber Eletrbnica elementos para que o leitor construa sua propria rede divisora de freqiéncia para um bom sistema de som, qualquer que seja sua carecteristica. Por meio de diver- ‘$08 circuitos o leitor poderé ter a ligacéo de 2 ou 3 alto-falantes, quer seja a impe- dancia de safda do seu amplificador de 4 ou 8 ohms. AS LIMITACOES DOS ALTO-FALANTES Os sons que podemos ouvir cobrem ume faixa de freqiéncias bastante empla, indo dos 15 Hz aos 20 000 Hz, aproxima- damente, 0 que significa sérias dificulda- des de reprodug&o por um unico dispositi- vo (figura 1). $ALE IEEE Reon (ib eat ee) rans oot sous AvDivEN® fig. 1 O que ocorre 6 que o alto-falante 6 um transdutor que tem por finalidade conver- ter os sinais elétrice de frequéncias com- preendidas na faixa acima, em sons corres- pondentes. Como um dispositivo eletro— mecfnico, seu formato, a natureza do material de seu cona @ 0 proprio melo ambiente contribuem para uma limitac&o na sua eficiéncia de operacao. Por esse motivo, por melhor que seja um alto-falante, ele 86 poderé reproduzir com eficiéncia uma determinada faixa de freqiléncias dentro da faixa das frequén- cias que podemos ouvir. De uma maneira resumida, podemos dizer que um fator que influi bastante nas freqiiéncias que o alto-falante pode repro- duzir 6 a dimensfo de seu cone. Enquanto que os alto-falantes pequenos tendem a reproduzir melhor os sons de freqiléncias mais elevadas (agudos), os alto-falantes grandes tendem a reproduzir melhor os Junho/?7 sons de freadéncias mais baixas (graves) {figura 2), 30- 2500Hz 30- 5O00Hz 9-10000) CONFORME 0 TAMANHO DO CONE, DIFERENTE SERA A FAIXA DE REPRODUCAO fig. 2 Nas aplicagdes em que nfo se necesita de uma reproduc8o perfeita em toda a fai- xa de freqdéncias audiveis pode-se utilizar um Unico alto-falante que cubra apenas uma parcela dessa faixa razodvel. E o que ocorre por exemplo com gravadores porta- teis, rédios de mesa, fonégrafos de baixo custo e outros aparelhos que com um tni- co alto-falante permitem uma reprodugao de qualidade apenas aceitdvel: apenas a faixa dos sons médios 6 reproduzida com maior eficiéncia, sendo boa parcela da fai- xa dos graves e dos agudos cortada (figura 3). fig. 3 Em vista da dificuldade de se fazer um nico alto-falante que seja capaz de repro- duzir sons de todas as freqdéncias da falxa audivel, costuma-se utilizar alto-falantes diferentes para cada faixa em que se dese- 3 Ja @ reproduego nos sistemas de som de melhor qualidade. Assim, 6 comum termos numa Gnica caixa actstica trés alto-falan- tes sendo que, cada um destina-se a repro- dugdo de uma faixe de freqiiéncias: graves, médios e agudos. Cada um desses alto-fa- lantes teré um dimensionamento de acor- do com a finalidade a que se destina, ou seja, de acordo com a faixa de freqéncias que deve reproduzir. € claro que também existem alto-falantes de boa qualidade capazes de uma reprodugdo de boa parte da faixa audivel, incluindo os graves e agu- dos, e também os que cobram duas faixas: médios ¢ graves. Desses alto-falantes, falaramos a seguir. OS ALTO-FALANTES PARA SISTEMAS DE SOM DE BOA QUALIDADE 1. 0 EXTENDEND RANGE © extendend range 6 um alto-falante projetado para se obter a maior cobertura possivel da felxa audivel, ou sola, trata-se de um alto-falante projetado para reprodu- zir tanto os sons graves, como também os médios @ os agudos. Evidentemento, como este alto-falante visa uma cobertura com- pleta da faixa audivel, sua utilizacho 6 recomendada nos sistemas de som de um Gnico alto-falante (figura 4). PoRTICO (ABERTURA PARA O AR} EXTENDED RANGE Na escolha de um alto-falante desse tipo para um sistema de som, 0 leitor deve observar a faixa de freqiiéncias que elo 6 capaz de reproduzir sem distorcdes. Essa faixe deve ser a mais larga possivel, isto 6, 0 limite inferior deve corresponder a fre- 4 qG6ncia mais baixs possivel eo superior a mais alta possivel. 2.0 FULL RANGE O full-range 6 um alto-falante projetado para apresentar maior rendimento na reproducdo dos sons graves e médios, ou seja, na reprodugdo de sons de baixas e de médias frequéncias. Esse alto-falante 6 recomendado para os sistemas de som em qua um segundo alto-falante para a repro- ducéo de agudos se faz necessério (figura 5). TWEETER PORTICO fig. 5 Para a separacdodos sinals de baixa 6 média freqiiéncia dos sinais de freqiéncias mais elevadas, deve-se utilizar uma rede divisora de freqiiéncias, da qual falaremos mais adiante. Na escolha de um alto-falan- te desse tipo deve-se observar para que, dentro da gama de freqiiéncias que deve reproduzir, seu comportamento seja o mais linear possivel. 3. 0 WOOFER O woofer € o alto-falantes de graves, ou seja, um alto-falante destinado a reprodu- 980 dos sons de freqiiéncias mais baixas. Como a freqiiéncia de reproducéo est diretamente ligada ao tamanho do cone, e 08 sons de freqiiéncias mais baixas pos- suem maior comprimento de onda, esses alto-falantes se caracterizam pelos seus cones de grande superficie. Observando uma caixa actistica comum © leitor pode faciimente identificar um Revista Saber Eletifnice woofer pelo seu grande tamanho (figura 6). Neste caso, como o woofer se destina & reproduggo de apenas uma pequena par- cela da faixa dos sons audiveis, s80 neces- sdrios mais dois alto-falantes para ajuda-lo na cobertura do restante de faixa: um alto- -falante de médios e um alto-falante de agudos. Em suma, os woofers so sempre encontrados em caixas actisticas de 3 alto- -falantes porque sozinhos 86 podem cobrir a faixa dos graves. E claro que neste caso, encontramos também a rede divisora de freqiéncias que se encarrega de separar os sinais de acordo com a faixa de rapro- dugao de cada alto-falante. 4, 0 TWEETER O tweeter o alto-falante de agudos. Suas dimensées e suas caracteristicas séo tais que permitem a reprodugéo fiel dos sons de altas freqiiéncias. O que o caracte- tiza 6 seu tamanho reduzido, em vista do Pequeno comprimento da onda sonora de alta freqiiéncia (figura 7). Encontramos este alto-falante nas caixas de 2 ou tris alto-falantes que necessitam da reprodu- ¢8o em separado dos sons agudos, como quando se usa o woofer ou ofull range. Na escolha de um tweeter o leltor deve procu- tar Informagdes a respelto da sua lineari- dade na faixa de freqliéncias a que se des- tina. Janbo/77 fa. 7 Nas caixas actisticas com 2 ou 3 alto-fa- lantes dos quais um 6 0 tweeter também encontramos as redes divisoras de fre- qiiéncia. 5. 0 MID RANGE O mid range é 0 alto-falante de médios, ou seja, um alto-falante cujo rendimento melhor se d4& na faixa de fraqiiéncias correspondente aos sons médios. Em conjunto com os woofers 9 os twee- ters encontramos este alto-falante nas cal- xas de trés alto-falantes, AS REDES DIVISORAS DE FREQUENCIAS Conformes dissemos, por melhor que soja um alto-falante ele ndo seré capaz de reproduzir toda a faixa de sons audiveis, Mesmo que disponhamos de trés alto-fa- lantes, cada um destinado 4 cobertura de uma parcela da faixa das freqdéncias audi- vals, nfo 6 conveniente fazer sua ligagdo direta pura e simplesmente a um amplifi- cador, por diversas raz6es. Uma das razées 6 que todos os alto-fa- lantes receberdo a mesma parcela do sinal, correspondente a toda a faixa de frequén- cias, mas nfo poderdo aproveité-la ne sua i im, a parcela da pot&ncia recebida que no podem transformar em som é irre- mediévelmente perdida, o que implica numa perda de rendimento para o sistema de som. Em outras palavras, da poténcia total aplicada acs alto-falantes pelo ampli- ficador, apenas uma pequena parte ¢ real- mente transformada em som (figura 8). AMPLIFICADOR 30-20000Hz OS SINAIS ENTRE 30E 50 E 8900 E 20000 Soiree ees © ALTDSRALANTE 50-8000 Hz fig. 8 A segunda razSo 6 igualmente impor- tante e deve ser observada com bastante cuidado. Os sons que ndo podem ser reproduzidos podem causar danos aos alto-falantes se forem aplicados a eles. Em suma, a energia elétrica fornecida pelo amplificador que deve ser transformada em som pelo alto-falante, se no puder ser AMPLIFICADOR 30 — 2000 Hz wabalhada pelo alto-falante teré de se tansformar em outra espécie de energia. Geralmente, encontrando forte oposicéo do alto-falante que nao é projetado para operar com essas freqiléncias, a energia pode causar-Ihe danos permanentes. Em suma, se aplicarmos um sinal de baixe fre- qiiéncia @ um twester, podemos estragar completamente este alto-falante, Por esses dois motivos, principalmente, para se fazer chegar aos alto-falantes os sinais apenas das frequéncias que estes devem reproduzir s40 usadas redes diviso- ras de freqiiéncias ou filtros cross over, como também so conhecidos. Por meio desses filtros, ligados entre o amplificador: e a caixa actstica podemos fazer ume separaco dos sinais de acordo com o tipo ‘de alto-falantes usados: podemos enviar aos tweters apenas os sinais de fraqiién- cias elevadas, aos woofers apenas os sinais de baixas frequéncias e delxar para 0 mid-range-os sinais de fregliéncias inter- mediérias (figura 9). TWEETER ey we F 0 wt fig. § Com isso néo s6 sé obtém uma maior eficigncia na reproducéo do som como 6 também elimina-se distorg&o por inter- modulacdo que pode ser causada pela Revista Saber Eletrtnica aplicaggo indevida de sinais que no podem ser reproduzidos aos alto-falantes. Para separar os sinais de baixas fre- qiiénclas dos sinais de altas freqliéncias, ou ainda para separar os sinais da gama audi- vel em faixas que correspondam a regio de operacdo dos alto-falantes s4o aprovei- tadas as propriedades elétricas de dois componentes comuns: os capacitores e os indutores. (Os indutores apresentam a propriedade de dificultar a passagem dos sinais de fre- giiéncias elevadas e facilitar a passagem dos sinais de baixas frequénolas, Em suma, os indutores permitem a passagem dos sinais correspondentes aos sons gra- ves € dificultam ou bloqueiam a passage dos sinais correspondentes aos sons agu- dos. Quando maior for a sua induténcia (maior numero de voltas de fio) mais os agudos s&o bloqueados, e portanto maior 6 parcela de graves que chega a0 alto-fa~ lante, quando esté é ligado em série (figura 10). PASSAM OS GRAVES 0S AGUDOS SAO BLOQUEADOS fig. 10 Pelo que explicamos o leitor j4 deve ter percebido que este componente é ligado em série com os woofers. Entretanto, tam- bém podemos lig4-lo em paralelo com os tweeters. Nestas condigées o indutor agiré como um “curto-circuito” para os sinais de baixas freqléncias, evitande que estas atinjam o alto-falante (figura 11). Os capacitores, por outro lado, apresen- tam a propriedade de facilitar a passagem dos sinais de frequéncias elevadas e difi- cultar a passagem dos sinais de frequén- cias mais baixas. Em série com um alto-fa- Junbo/77 PERCURSO DOS AGUDOS PERCURSO DOS MEDIOS — GRAVES TWEETER fig. 11 lante, bloquelam os sinais corresponden- tes aos graves mas deixam passar os agu- dos, Quanto menor for o capacitor, maior a frequéncia que conseguiré passar @ por- tanto mais agudo seré o sinal obtido. Pelo que explicamos, 0 Ieitor jé percebeu que os capacitores normalmente sdo ligados em série com os tweeters de modo a bloquear a aplicacdo dos graves, dando passagem somente aos agudos (figura 12). PASSAM_OS AGUDOS 08 apaves 2 E_MEDIOS SAO BLOQUEADOS TWEETER fig. 12 Do mesmo modo, os capacitores tam- bém podem ser ligados em paralelo com ‘08 woofers quando entdo se comportaréo como um curto-circuito para os sinais de altas freqi@ncias evitando que este che- guem ao alto-falante (figura 13). ‘Quando combinamos capacitores, indu- tores e eventualmente resistores em cir- cultos determinados podemos fazer a divi- s40 do sinal de um aplificador em faixas de 7 PERCURSO DOS GRAVES WOOFER fig. 13 freqiiéncias que correspondam exatamen- te as que os alto-falantes devem reprodu- zir. Estas so as chamadas redes divisoras de freqiiéncia ou filtros cross-over. O nome cross-over (cruzamento) vem do feto de que cada alto-falante recebe uma parcela do sinal fornecido pelo alto-falante de modo que ao elaborarmos um gréfico da poténcia recebida em funcdo da frequién- cia, para cada alto-falante, as curvas se cruzam (figura 14). fig. 14 © ponto de cruzamento 6 bastante importante no eéiculo de um filtro cross-o- ver. Para os alto-falantes ele deve ser escolhido em fungdo da faixa de frequién- cias que cada um deve reproduzir, para que haja uma cobertura total da faixa audi- vel, sem atenuacéo, isto é,ndo pode haver freailéncias que sejam reproduzidas de modo mais fraco. Como as faixas de frequéncias cobertas pelos alto-falantes comerciais podem variar sensivelmente em funcéo da marca @ do tipo, a leitor que deseja construir seu Préprio filtro cross-over, assim como sua caixa acustica, podeencontraralgumasdi culdades. Assim, depois de verificar quais 380 as faixas cobertas pelos alto-falantes que pretende usar no sistema de som, deve determinar os pontos de cruzamento (cross over) e ent&o partir para a constru- ¢&o do filtro. Para a construcdo, a seguir daremos informagées completas com tabelas que permitiréo que, quaisquer que sejam os alto-falantes que o leitor use, qualquer que seja a impeddncia de seu amplificador, o filtro ideal possa ser construfdo. PROJETO DE REDE DIVISORA DE FREOUENCIA As informacSes dadas a seguir permitirao que o leitor, em fungdo dos alto-falantes que possuir ou pretender usar, possa cons- truir sua prépria rede divisora, sem proble- mas. Como os circuitos s4o simples, até mesmo os principiantes poderfo ter éxito na sua elaboragao, desde que sigam as instrugdes que daremos. a) DETERMINAGAO DOS PONTOS DE CRUZAMENTO De posse dos alto-falantes 0 leitor deve escolher em fungdo de suas caracteristicas 98 pontos de cruzamentos, em fungéo de seu numero escolher um dos diagremas que fornecemos (figura 15 e 16). Os componentes correspondentes aos alto-falantes de agudos devem ser escolhi- dos em fungao do segundo ponto de cru- zamento. Parao caso de apenas dois alto-falantes (um full-range e um tweeter) apenas uma freqiiéncia de cruzamentos deve ser esco- thida (figura 17). 1) Os companentes De posse dos pontos de cruzamento, 0 leitor deve preocupar-se com a montagem propriamente dita. Para isso, temos dois tipos de componentes a serem usados: Capecitoras: Os capacitores utilizados nas redes divi- Revista Sabor Etetrinion CI] |tweerer [TWEETER TWEETER 8 Junho/7 fig. 17 soras de fraqliéncia s4o. de grande valor. Como os capacitores de valores elevados 880 do tipo eletrolftico, normalmente, temos um problema: os capacttores eletro- Iticos s80 componentes polarizados, isto 6, tam um lado certo para serem ligados e 86 admitem operagéo com sinais de corrente continua. Como os sinais aplica- dos aos alto-falantes consistem numa corrente alternada, para podermos usar os capacitores eletroliticos nas redes diviso- ras temos de usar um artificio. Esse artifi- clo consiste na ligacdo de dois capacitores eletroliticos em oposi¢go, conforme mos- tra a figura 18. Deste modo o capacitor se comporta como um componente despola- rizado, mas em compensagao sua capaci- SIMBOLO fig. 18 tancia se vé reduzida. Em outras palavras, © efeito obtido pela ligaco de dois capaci- Roles dest DO ES ae capectsraada ed uF. lunhal77 Indutore Como as induténcias recomendadas para as diferentes redes ndo podem ser encontradas em componentes comerciais, 0 leitor interessado na construgdo de suas redes deve enrolar suas pr6prias bobinas. Para isso, damos todas as informacées que o leitor necessitard para isso, ou seja: a) As dimensdes da forma em que deve ser enrolada, em fungao da indut&n- cia desejada b) A espessura do fio usado c}) O ndmero de espiras (voltas) de fio que deve ser enrolado No caso, comeca-se por determinar as indutancias das bobinas que serdo utiliza das, em fungéo das tabelas que fornece- mos. Como o diémetro central da bobina e sua altura sdo constantes, em fungo da indutancia deve-se determinar o ntimero de voltas do fio usado, ou seje, fio 18, € deste 0 diametro externo do carretel (D na figura). Para isso, damos dois gréficos: 0 da figure 19 que permite que se determine o niimero de voltas de fio que deve ser dado para a induténcia desejada. Por exemplo, para enrolar uma bobina de 3 mH séo necessérias 400 voltas de fio, e o segundo gréfico que permite a determinacio do didmetro externo do cerretel em fungao do némero de espiras (figura 20). Por exem- plo, para a bobina de 400 espiras o diame- tro externo do carretel deve ser de 7 cm. c) De posse dos componentes, induto- res © capacitores, o montador deve instalé- -lo na propria caixa acdstica (na tampa posterior) ou se quiser em calxa propria. Os circuitos dados nas figuras 15 @ 16, facilitam a0 maximo o lsitor no acostu- mados com a interpretagdo de diagramas j6 que, ao lado do esquema damos a dis- posicdo real dos componentes fixados no painel. As tabelas de valores para as redes sio dadas a seguir, com valores dos capacito- res arredondados de modo a permitir a utilizagéo de componentes facilmente encontrades no mercado. "4 VOLTAS DE FIO 16 AWG INDUTANCIA (mH) fig. 19 © DIAMETRO INTERNO E 0 COMPRIMENTO SE MANTEN 1000 900 VOLTAS DE FIO 16 Awe Bi RoeiBe 8 op AD ag IRs Way 44 4 8 DIAMETRO "D" DO CARRETEL EM CENTIMETROS fig. 20 12 Revista Saber Eletrnica Tabela 1 - para dois alto-falantes ou trés © amplificader com impedéncia de seide de 4 ohms. (L em mH, C em uF @ fo em Ha). fe 300 | 400 | 500 | 800 SaaS ui} 212 | 1589 | 1.27 | 080 2 212 1,59 1,27 0,80 “a 1,50 112 0,90 0,56 4. 3,00 2,25 1,80 1,12 cl 120 100 80 50 c2 120 100 80 80 ca | 180 | 150 | 110 | 80 ca 100 80 60 30 Tabela 2 - para dois o trés alto-folantes e amplificador com impedancia de salda de 8 ohms. (L em mH, C em uF @ F, am Hz). fe | 300 | 400 | 500 | g00 | 1000 | 2000.| 4000 | 5000 ee u 425 3,18 2.64 1,59 127 0.64 0,32 025 ie 425 3.18 2.54 1,59 127 0,64 0,32 025 ey 3,00 225 180 1,13 O30 045 0,23 0,18 l4 | 600 | 450 | 360 | 226 | 179 | 090 | o48 | ose C1 80 50 40 25 20 5 4 c2 80 50 40 25 20 5 4 c3 100 80 50 40 40 10 5 ca 100 40 25 20 15 4 2 PROJETOS EXEMPLOS Para facilitar os leitores que tenham alguma dificuldade no treto das tabelas damos dois projetos-exemplos que podem ser constru{dos imediatamente: a) Projeto 1 - filtro para dois alto-falantes, sendo um full range © um tweester: fre- qliéncia de cruzamento: 5 000 Hz; impe- dancia do amplificador: 4 ohms. O circuito escolhido seré o de nimero 1 (figura 15 e 16) Pela tabela: C1 = 8 uF (s80 usados dois capacitores de 16 uF em oposicio) L1 = 0,13 mH (essa bobina consta de aproximadamente 100 espiras de fio 18 na forma indicada. Seu didmetro extero & de 4 cm. b) Projato 2 - Flitro para trés alto-falantes, sendo os pontos de cruzamento escolhidos em 500 Hz e 6 000 Hz. O tratamento no projeto sera dado como se fossem feitos dois filtros independentes: um cam ponto Sunho/77 de cruzamento em 500 Hz @ outro em 5 000 Hz. O procadimento 6 0 seguinte: C2 6 calculado para o corte inferior do alto-falante de agudos, ou seja: 5 000 Hz. Seu valor serd: 4 uF. C2A 6 calculado para a freqliéncia de corte do alto-falante de graves, ou seja, 500 Hz. Seu valor seré portanto: 40 uF. 12 6 calculado para a freqiiéncia de cor- te do alto-falante de médios ou seja, o segundo ponto de cruzamento em 5 000 Hz. Seu valor seré; 0,25 mH. L2A 6 caiculado para a freqiiéncia de corte do alto-falante de graves, ou seja, 0 brimeiro ponto de cruzamento em 500Kz. ‘Seu valor seré 2,54 mH. A bobina L2 constaré entéo de 180 espiras de fio 16 ne forma indicada cujo diametro externo D seré de 4.8 cm. L2A constaré de 400 espiras do mesmo fio esmaltado 16, na mesma forma que teré entretanto um didmetro extemo D de 7 om. 13 Como obter as capacitancias (Divisores de frequéncias e Alto-falantes. ca. ii Os valores sao calculados com 20% de tolerancia Para Gi c2 Obter es 470 pF 250 pF 180 uF 50 uF 470 uF 220 uF 150 pF 50 uF 250 uF 250 uF 120 uF 47 uF 220 uF 220 uF 110 uF 47 uF 200 uF 200 uF 100 uF 22 uF 160 uF 160 UF 80 uF 10 uF 100 uF 470 uF 80 uF 10 ue 100 uF 100 pF 50 uF 4.7 uF 50 uF 220 uF 40 uF 4.7 uF MAIORES INFORM AGOESE CATALOGOS. -| i SO)” [DISTRISUDOREXCLUSNO PARA T0000 BRASIL LUNICA CASA ESPECIALIZADA EM ALTO-FALANTES ERRATA do N° 58 Solicitamos aos nossos leitores que corrijam ni figura 11, pég. 14, as liga- ges do “Radio de 3 Tran- sistores”. ua SantaHigénia, 622 INTEGRADGA De SGM para seu carro Revista Saber Elatrnice SINTONIZADOR FM COM AMPLIFICADOR DE 50 W ESTEREO(1N) Continuando a descric4o da montagem, nesta segunda e Ultima etapa vamos abor~ dar a construcao do chassis, painel frontal de acrilico, dial de sintonia, fiacdo, etc... CONFECCAO DO CHASSIS (CAIXA) O chassis que serd naturalmente a pré- pria caixa do aparelho, deverd ser confec- cionado em chapa de aluminio de 1,5 mm de espessura € de acordo com as medidas da figura 14. Antes de se fazer as dobras, na chapa é preciso se fazer os furos. As cantoneiras onde serdo fixadas as laterais de madeira deverdo ser feitas também de aluminio da mesma espessura (ver dese- nho da figura 18) e fixadas no chassis com rebites. Depois de pronto, [furado, dobrado & fixadas as cantoneiras) 0 chassis deveré ser pintado de preto fosco. A pintura pode- ré ser feita com tinta do tipo “Spray”. As laterais do chassis deverdo ser feitas de madeira de lei com as seguintes me: das: 125:mm x 270 mm x 10 mm de sJunhof?? JOSE CARLOS JUNQUEIRA TELLES espessura. Para um bom acabamento, as pecas de madeira deverdo ser lixadas, envernizadas ou enceradas. Depois de ter- minaiias, as laterais deverdo ser fixadas no chassis com parafusos auto-atarrachantes através das cantoneiras conforme pode-se ver nos desenhos das figuras 16 @ 17. A tampa do aparelho, deveré ser feita também de aluminio de 1,5 mm de espes- sura, segundo as medidas da figura 18 Posteriormente, deverd ser também pinta- da de preto fosco. CONSTRUCAO DO PAINEL FRONTAL O painel frontal devera ser feito de acri- lico transparente “fumé" de 2,5 mm de espessura. As dimensées e furacées deve- réo obedecer as indicac6es da figura 19. Trés tiras do mesmo acrilico cujas medidas aparecem no detalhe da figura 19, deverdo ser colocadas no painel com cloroférmio ou cola especial para acrilico. ‘Apés ter sido cortado, furado e coladas as tiras, 0 painel deverd ser pintado pelo 15 Fovista Saber Eletrinica 2) DETALWES DE ‘CANTONEIRAS Fixagéa pas het Al-OMENSOES OAS CANTONEIRAS Fig. 15 - Detalhes de fixacdo e dimensdes das cantoneiras Fig. 16 - Vista da montagem das laterais de madeira no chassis metalico. PARTE FRONTAL Je— LATERALS DE MADEIRA ———= Fig. 17 - Vista superior do chassis para oriontaao dos posicionamentos das laterals de madeira. lado de traz com tinta preto fosco tipo Spray”. Convém lembrarque antes do pai- nel ser pintado, deverdo ser coladas tiras de fita crepe nos espacos destinados as duas janelas reservadas para a visualiza- unho/?7 ¢80 do painel de sintonia “Leds”, indicado- res de FM Stereo e CAF e “Leds” indica- dores de modo. (Ver detalhes desta Gtlima etapa na figura 20} MONTAGEM DO PAINEL DE SINTONIA Para se terminar a montagem do painel de sintonia, uma vez que a glaca impressa jé deve estar pronta, terSo que inicialmen- te, serem feitas es pecas da figura 21, As -pecas (a) e (b) serdo respectivamente os suportes da placa impressa e sistema de tracéo do ponteiro. As pecas (b) deveréo ser dobradas uma para cada lado. O pon- teiro (d) deveré ser om acrilico transparen- te vermetho. O suporte do ponteiro (peca c) deveré correr em uma barra metélica de aproximadamente 3 mm de didmetro e 250 mm de comprimento. Esta peca deveré ter rosca nas pontas_a fim de poder sor fixada no conjunto do painel (ver figura 22). 17 250 10 90 360 Fig. 18 - Dimensées e furacdo da tampe superior. Os dois parafusos que irdo fixar as pecas suporte do painel (pecas a e b) pelo lado superior, deverdo servir de eixo para as duas _roldanas do sistema de tracdo do ponteiro. © diametro das roldanas deverd ser de aproximadamente 10 mm. Um soquete para lampada piloto, deve- ra ser fixado no suporte do lado esquerdo, de modo que a lmpada venha a iluminaro indicador de sintonia, Todos os detalhes para a montagem do painel de sintonia podem ser observados na vista explodida da figura 22. COLOCACAO DAS PARTES NO CHASSIS Inicialmente recomendamos que sejam colon wl ; / Fig. 19 - Medicias e furacdes da placa frontal de acrilico fumé. g ] ° O° ={O==0===0 | | | * 2 f oC oft 5 ser is = é tt ae Fig. 20 - Medidas © localizacéo dos espacos que devi do permanecer transparentes. por ocasiaa da pintura do painel colocadas as tomadas no painel trazeiro do chassis. Essas tomadas devem ser coloca- das de acordo com as instrucées forneci- das junto com o Kit M-350 da IBRAPE. Em seguida, deve ser montada no chas- sis a placa do amplificadar de audio, para tal, deverd ser corifeccionado um suporte de aluminio de 1,5 mm de espessura. 18 Observe as dimensées, furacdes e dobra deste suporte no desenho da figura 23. A parte trazeira da placa deverd ser fixa- da no chassis com parafusos e porcas, sendo que, para se manter a altura cons- tante entre o fundo do chassis 0 a placa deverdo ser empregados dois distanciado- res. Favista Sabor Elotrbica A 2Pecas (6) 2Peces re | @) cal ponreino oe senico Fig. 21 - Dimensées ¢ furegbes das paces do painel de sintonia. i Fig. 22 - Vista explorida da moatagem do painel de sintonia. Fig. 23. - Dimensées e furagdes do suporte de pie- ca do amplificador de anodio. sunho/?7 O préximo passo, deveré ser a coloce- go do pré-amplificador montado também com dois parafusos @ porcas através de dois distanciadores. Em continuagao, coloque a placa da fonte do painel de sintonia da mesma for- ma como foi o pré-amplificador. Dando prosseguimento, fixe as duas 19 chaves de alavanca (FM Stéreo e CAF), 0 eixo de sintonia, o painel indicador de fun Bes que deveré ser fixado com dois para- fusos porcas através de distanciadores, 0 painel de sintonia que dever4 ser fixado com dois parafusos auto-atarrachantes, e finalmente as duas chaves (de fungdes e modo). Note que @ chave de funcées origi- nal fornecida juntamente com o Kit M 350, foi substituldo por uma chave de 4 posicées e Gsecotes. (Veja na figura 26 o formato da chave). Fig. 24 - Viste explodida da montagem dos com- porientes do conjunto. MoLa raunor—= GENOOMA §, 20 Fig. 26 - Ilustraggo da chave seletora de funcdes com finalidade de indentificar as trés partes (A, Fig. 26 - Detalhes da montagem das cordinhas de tracgo do dial de sintonia. evista Sabor Eletrbnica Depois disto feito, monte o sub-chassis do receptor de FM observando que, antes de fixé-lo no chassis deveré ser colocado no eixo do capacitor variével um tambor de sintonia de 100 mm de diémetro. Finalmente monte 0 transformador de forca que seré fixado com 4 parafusos & ‘porcas. Veja os detalhes da montagem das par- tes no chassis na vista explodidada figura 24. Observe que a placa de acriico frontal ser4 presa ao chassis através de uma por- ca aparafusada na parte rosqueada do eixo de sintonia. Complete a parte mec&nica da monta- gem procedendo a colocagto das duas cordinhas de tacao do dial de sintonia orientando-se pela ilustragdo da figura 25. MONTAGEM DA CHAVE SELETORA DE FUNCOES A chave seletora de fungdes, além de selecionar as entradas faz também a comutag¢éo dos sagmentos dos “Leds” indicadores de funcdo a interrup¢ao da alimentacéo DC para o receptor de FM 0 “Leds” do painel de sintonia e a alimenta- ¢80 AC da lémpads que ilumina o Meter indicador de sintonia. Para proceder a montagem desta chave observe as indicagdes mostradas nas figu- ras 27 © 28. Quanto a parte referente a P/tEM GVAC (FONTE PAINEL) P/LAMP. BV. AC + DA PLACA DO AMP. Fig. 27 - Detethes das ligagdes ds parte A da cha- va saletora de funcdes, (M350) Sunhoi77 + PAINEL, Fig. 28 - Detalhes das ligagSes da parte B da cha- ve seletora dp funcdes. Fig. 29 - Detalhes das ligacSes da parte C da cha- ve seletora de funcées. selecdo de entradas, o montador deveré seguir a orientac&o fornecida no livreto da IBRAPE, notando que em virtude da chave seletora ter sido substituida, os resistores deverdo ser soldados diretamente nos fios correspondentes sendo as soldas isoladas com pedacos de espagueti. (Ver detalhes na figura 29). FIACAO GERAL O esquema geral de toda fiagSo do con- junto aparece no diagrama da figura 30. Com ralaggo as ligagdes a serom feitas no conjunto de tomadas do painel trazeiro, o montador devera seguir a orientacdo do livrato da IBRAPE. A alimentagdo DC para o receptor de a + feonsubro of rouapas| AMP ~ESTEREO. M-350 propos: a je rer. 28 E PAINE DE SINTONA Fig. 30 - Diagrams de ligagdes das partes do conjunto AMP/FM. FM dever4 ser retirada diretamente do © Ponto de ligacdo indicado como 5A no catodo de um dos diodos retificadores da esquema fornecido pela UNITAC no folhe- placa do amplificador M-350. to que acompanha o Kit de FM, uma voz Obs. Na figura 11 editada na 1* parte que aquele “Led”, néo é indicador de CAF deste artigo, 0 lado (-) do “Led” AFC desi. desl. mas sim, indicador de sintonia e esta- nfo deverd ir para a chave AFC e sim para 540 transmitindo informagao Stereo. zy Revista Sabor Eittnice Completa linha de potenc’ de carbono. Potenciémetros de carbono é um assunto _indstria eletrénica em si como também ‘que a Constanta domine, dos aparelhos para surdez @ até de naves E ndo é pré menos. Sua linha completa espaciais, Inclul 34 produtos bésicos, produzidos em mais Continue pensando na Constanta quendo de 5.000 oppbes varidveis de acabamento. necgssitar de potencémstros de carbono, Potencidmetros de qualidade, que lum assunto do qual ela entende muito. satisfazem a todos os requisitos no 66 da © CONSTANTA ELETROTECNICA 8.A, Escritério de vandas: Rua Pedvoto Gomide, 996 - 3° andar - Tel: 289-1722 Caixa Postel 1.980 - Séo Paulo SP SUJEIRA NAO | N&o deixe a sujeira, umidade, oxidagdo tomar conta de seu aparelho de som. Agora o profissional pode contar com um auxiliar de grande eficiéncia na re- paracéo e manuteng4o de equipamento de som. RECORD KIT SU Ber ue eee ete te mel aCe EC aS remove toda a sujidade do prato. 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Os mais baratos no entanto esta na faixa dos Cr 400,00, valor este que no pode ser considerado elevado em vista da utilidade que este ins- trumento tem (figura 1). fig. 1 Q que £ UM MULTIMETRO Um multimetro consiste basicamente num sensivel medidor de correntes elétri- cas, um instrumento de bobina mével, a0 qual séo ligados componentes em dispasicées que permitem que esse possa ser usado na medicéo de outras grandezas além de correntes. O instrumento de bobina mével possui diversas escalas graduadas em fun- 40 das grandezas que ele mede (figure 2). Como o instrumento de bobina mével é projetado para ser “percorrido por uma corrente muito pequena, os componentes 26 adicionais que s&o ligados a ele nas diver- sas funcdes tem justamente por finalidade dosar a corrente para que a leitura da grandeza desojada possa ser feita. Temos entéo instrumentos que pos- suem uma chave comutadora que deve ser colocada em cada fungao, conforme o tipo de medida a ser realizada. Para medir corrente de determinada intensidade a chave deve por.exemplo, ficar numa posi- 40; para tenses em outra. Se uma corrente maior do que a prevista na posi- 80 da chave circular pelo instrumento ele Revista Saber Elotrtnica fig. 2 do imediatamente. (figura fig. 3 Em alguns tipos de multimetros, a fun- g&o a ser realizada pode ser trocada por meio da escolha dos pinos aos quais sdo ligadas as pantas de prove (figura 4). Basicamente os multimetros sio feitos para a medida de trés grandezas elétricas que sao: a) corrente b) tensdo c) resisténcia Isso quer dizer que podemos usar o mul- timetro para medir a intensidade de qual- quer corrente circulante num circuito, des- de que esteja dentro de seus limites. Pode- mos usé-lo para medir tensSes continuas e alternadas sobre os componentes de um Sunho/?? circuito, desde que seus valores ndo ultre - passem seus limites, e também podemos usd-lo para medir resisténcias, de compo- nentes isolados ou de circuitos inteiros. Pelo que o multimetro pode medir o lei- tor j pode avaliar a sua import&ncia, prin- cipalmente se for levado em conta que o principio de funcionamento da maioria dos circultos eletrénicos reside justamente na ‘circulag3o de correntes de determinadas intensidades, correntes estas que so esta- belecidas por tensdes sobre circuitos que apresentam resisténcias (figura 5). R CORRENTES £ TENSOES NUM CIRCUITO fig. 5 Os multimetros além do instrumento de bobina mével, da chave comutadora de fungdes, e dos componentes passivos 27 internos como resistores e diodos, pos- suem uma bateria propria que tem por finalidade fornecer energia ao circuito quando este opera na medi¢ao de resistén- cias. Essa bateria 6 necessdria neste caso, porque enquanto na medida das correntes e das tensdes, aproveita-se a propria ener- gia do circulto para causar a movimenta- ¢a0 da agulha do instrumento, quando se mede resisténcia, o componente do circui- to deve estar desligado. Uma fonte de energia propria 6 entdo necesséria. A ESCOLHA DO MULTIMETRO Na escolha de um multimetro para tra- balhos de eletrénica, vocé deve observar as seguintes condigées: a) custo b) ndmero de escalas e seus limites ¢) sensibilidade © precisdo Analisaremos a seguir cada uma desses fatores, indicando os melhores procedi- mentos. a) CUSTO Evidentemente, antes de partir para a compra de um instrumento vocé deve veri- ficar sua carteira. (figura 6). Em fungao da Importancia disponivel, e das exigéncias de seus trabalhos em eletrénica vocé deverd fazer a escolha. fig. 6 Qs estudantes e hobistas que nao necessitam de um instrumento caro de alta preciséo, mas que Ihe fornecam a seguranca de uma medida confiével dentro de suas necessidades poderéo adquirir multimetros de boa qualidade na faixa dos Cr$ 400,00 aos Cr$B00,00 (prego de S40 Paulo). 28 “podem ultrapassar Os que dispuserem de mais recursos e que pretendem adquirir um instrumento que lhes permita um alto grdu de precisio nas medidas podem encontrar bons instru- mentos na faixa dos Cr$ 800,00 aos Cr$ 2 000,00, ¢ finalmente, os profissionals ou 0s que dispuserem de um bor capital para a compra de um instrumento de alto gréu de confiabilidade, com possibilidades de medic¢2o de outras grandezes além das trés indicadas, e outros recursos que dependem do gréu de sofisticagac preten- dido pelo fabricante podem encontrar mul- timetros eletrénicos (VTVM) cujos custos facilmente os Cr 5 000 (figura 7). Para os principiantes e hobistas que acompanham nossas montagens e que n&o pretendem adquirir um instrumento que thes forneca muito mais recursos do que realmente necessitam, o multimetro da faixa dos Cr§ 400,00 aos Cr$ 800,00 é 0 recomendado. Revista Saber Eletibnica b) ESCALAS © prego de um multimetro esté direta- mente ligado a sensibilidade do instrumen- to de bobina mével, 0 qual determina por sua vez o ntimero de escalas para cada grandeza que o instfumento pode medir. A indica¢go direta da sensibilidade do instru- mento 6 verificada na sua escala de ten- sdes, senso expressa em ohms por volt (S. ‘M). Essa grandeza representa a influéncia do instrumento numa medida de tenséo, podendo-se dizer que tanto melhor ser o instrumento quanto maior for a sua sensi- bilidade em ohms por volt, na escala de tensdes continuas (figura 8). Por exemplo, um instrumento de baixo custo, do tipo indicado para estudantes 2 hobistas teré uma sensibilidade que pode variar entre 5 O00 ohms por volt e 30 000 ohms por volt. Existem no mercado instrumentos de bolso cuja sensibilidade € de apenas 1 000 ohms por volt. Tais instrumentos, se bem que possam ser usados em trabalhos de emerg8ncia, néo permitem medidas con- fidveis em trabalhos de maior responsabili- dade. Os instrumentos da segunda-faixa de custo podem ter sensibilidade que chega a 100000 ohms por volt @ até mais, enquanto que os instrumentos eletrOnicos que empregam transistores de efeito de campo (TEC) em seus circultos podem chegar 2 sensibilidades da ordem de 22 000 000 ohms por-volt ou ohms sim- plesmente, na sua entrada. sunho/T7 Podemos em fungdo das escalas classi- ficar os instrumentos conforme se segue: | - Escalas de resistncia: estas podem variar de 1 a 4. Essas escalas permitem a medida de resisténcias com maior ou menor grau de preciso, conforma os valo- res centrais que se obtenha em cada posi- gdo da chave comutadora. Em outras pala- vras, tanto melhor ser o instrumento com relacéo @ preciso, quanto mais posigées tiver esta chave, pois seré maior a probabi- lidade de encontrarmos uma posicéo em que possamos ler a resist&ncia desejada ‘em torno do centro da escala Um instrumento tipico terd faixas com fatores de multiplicagio como X1, X10, X100 e Xtk (x 1 000) - (figura 9). POsICOES PARA "AS ESCALAS DE RESISTENCIAS fig. 9 Il - Escalas de tensdes continuas e alter- nadas: nos instrumentos comuns podem variar de 3 a 6 para cada, ou seja, 3.a 5 continuas e 3 a 5 alternadas. A marcagao dos limites de cada escala é feita na chave. Isso quer dizer que, com a chave na posi- 40 correspondents a 600 V ndo podemos de modo algum tentar medir uma tenséo superior a esse valor porque o instrumento pode danificar-se. Vé o leitor que 0 uso do multimetro n&o 6 téo simples, pois exige gue se saiba a “ordem de grandeze” do que se vai medir, ou seja, “quanto se espe- ra encontrar”, ill - Escalas de corrente: estas variam de 1a & conforme o tipo de aparelho, e sdo as 29 que exigem maior cuidado. Sua marcagdo na chave também 6 func4o de seus limites. Assim, com a chave na posi¢o de 6 mA n&o podemos de modo algum fazer o ins- trumento medir uma corrente maior que essa valor. Para este caso, também deve- mos ter “uma idéia” da intensidade da corrente que queremos medir. para cada tipo de grandeza a strumento deve estar na esca- la correspondente. Se colocarmos o instru- mento na escala de corentes @ formos medir tens8o podem ocorrer danos Irreme- didveis! LEMURA LONGE 00 CENTRO (POUCA PRECISAO fig. Para os Instrumentos comuns, essa pre- cso é da ordem de 1% nas medidas das. trés grandezas para os quais sfo destina- dos. COMO USAR 0 MULTIMETRO a) COMO MEDIA CORRENTES: Para medir uma intensidade de corren- te, devemos fazer com que essa corrente circule através do instrumento. Assim, depois de escolhermos a escala apropria- da, em fungao da intensidade que espera- mos encontrar no circuito, devemos inter- romper 0 citcuito e intercalar o instrumento, conforme mostra a figura 11. O seletor de escalas deve sempre ser colocado na esca- la de maior corrente se nao tivermos idéia 30 co) PRECISAO A preciséo das medidas, conforme dis- depende fundamentalmente da idade do instrumento, mas existe um segundo fator que deve ser lavado em conta: a habilidade de se fazer a leitura. Podemos dizer que a melhor preciso se obtém quando se consegue fazer a leitura de tal modo que o ponteiro dé a indicacao desejada em torno do meio da escala, Para isso, 0 técnico deve ter habilidade pera saber escolher a escala que the permita isso (figura 10). LEITURA PERTO D0_ CENTRO DA ESCALA COM ESCOLHA DE OUTRA ESCALA (MELHOR PRECISAO ) OUTRA POsIGKO. 10 da intensidade da corrente do circuito, devendo-se reduzir gradativamente do escala até que a agulha faca um movimen- to que permita uma leltura precisa. Esse procedimento 6 necessério para se evitar gue uma corrente mais elevada venha a afetar o instrumento. Deve também ser obedecida a polarida- de da ligacdo, ou seja, a ponta vermelha (+) deve ser ligada do lado de maior potencial e a ponta preta ao lado de menor potencial. Atengéo: nunca tente medir a “corrente” de uma tomada ou de uma pilha. Numa tomada n&o existe corrente a ndo ser no momento em que haja um percurso para esta corrente, ou seja, alguma coisa “liga da” a ela. O que existe 6 tensfo, @ se voce Revista Sater EletrOnica | ligar 0 multimetro na escala de corrente na tomada ele inevitavelmente se queimara! CIRCUITO INTERROMPIDO QUEREMOS —_MEDIR A CORRENTE EM R INTERCALAMOS © MULTIMETRO VERMELHO fig. 11 b) COMO MEDIR TENSOES Para medir uma tens8o, devemos esta- belecer essa tensfo sobre o instrumento. ‘Assim, uma vez que saibamos se a tenséo a ser medida 6 continua ou alternada e coloquemos a chave seletora num valor superior a0 que esperamos, fazemos a conexdo do instrumento em paralelo com o circuito a ser provado, ou seja, ligamos uma ponta de prova de cada lado do cir- cuito ou componente no qual devemos saber a tenséo (figura 12). Para 0 caso de tenses continuas deve ser obedecida a polaridade de ligacdo das pontas de prova, ou seja, a vermelha deve ficar do lado positivo do circuito e a preta do lado negativo. c) COMO MEDIA RESISTENCIAS Para medir uma resisténcia, 0 circuito ‘ou componente em prova deve estar com- pletamente desligado, ou seja, néo deve ser percorrido por nenhuma corrente a ndo ser a que serd fornecida pela bateria inter- na do multimetro. Escolha a escala apro- priada e ligue as pontas de prova, uma de cada lado do circuito ou componente figu- ra 13) Sunho/17 LIGAMOS © QUEREMOS MEDIR MULTIMETRO EM ATENSRo MEM R PARALELO. fig. 12 fig. 13 Tenha 0 cuidado de, antes de cada leitu- ra, encoster uma ponte de prova na outra @ fazer o ajuste de nulo (zero adj) que consis- ta em se fazer o ponteiro indicar zero nes- sas condicées. 31

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