Respiro fundo. Encolhido. Acuado. No quero mais, nunca
mais, nada mais. Exausto. O suor salgado queima minha vista. Mal consigo abrir meus olhos. Deitado. Respirao curta. Cerro os olhos para nunca mais abri-los. Desperto, imvel. Sinto meu corpo arder, no s a pele, meu mago se desfaz em gneo esfarelamento que se irradia at colidir com as paredes, derretendo, desfigurando, descaracterizando tudo minha volta. Furiosamente avana contra as paredes, desejosa em demolir meu forte. Encolhido, vejo as paredes reduzirem-se a p, enquanto a fora impiedosa, sentindo-se satisfeita com seus esforos, sublima vagarosamente minha frente, deixando mero rastro de um p verde brilhante que se amontoa. Repentinamente, o frio. Alvaro! Calma! O que foi?! Grito a plenos pulmes, entremeando um choro compulsivo e soluos incontrolveis permaneo horrorizado por slidos 30 minutos. Finalmente o abrao dela consegue me silenciar. Foi s um pesadelo. Est tudo bem agora. T tudo bem, no chora. O pesadelo j passou. Meu olhar perdido no consegue se fixar em nenhum elemento de onde estou. Desisto e volto a me deitar, o suor j frio da cama e roupas me tomam de sobressalto