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Lançamento do livro “Gustav Mahler: um coração

angustiado” marca as comemorações dos 150 anos de


nascimento do compositor
Livro será lançado na primeira quinzena de junho. Dentre as
homenagens, várias orquestras do Brasil e do mundo têm dado
destaque às sinfonias do compositor em seus programas de
2010
O livro “Gustav Mahler: um coração angustiado” do poeta, escritor,
ensaísta, crítico musical e psicanalista Arnoldo Liberman, autor de várias obras
e que atualmente reside na Espanha, não é exatamente uma biografia no
sentido convencional do termo. O próprio autor declara não ter intenção de
rivalizar com a obra de Henry-Louis de La Grange, “Gustav Mahler”,
considerada por ele como a biografia definitiva desse compositor.

A inspiração do livro decorre da admiração, do respeito e do amor que o autor


dedica a Mahler. É movido por esses sentimentos que Liberman constroi a
estrutura de seu livro - traduzido por Cristina Antunes - e, tal qual uma
sinfonia, é dividido em quatro movimentos que, no final, fecham-se num
posfácio.

Seguindo um caminho não exatamente preocupado com a ordem cronológica


ou a enumeração de dados biográficos, o autor vai sutil e sistematicamente
levando o leitor – seja ele conhecedor ou não de música clássica ou da obra de
Mahler – a aprofundar-se na alma do homem, do músico, no seu modo de ver
o mundo, seus constantes questionamentos e dúvidas, suas paixões e
explosões de humor, seu processo criativo, suas sinfonias, sua vida familiar,
posições políticas e seu percurso até chegar a diretor da Ópera de Viena,
cidade onde viveu boa parte de sua vida e lugar onde parece ter nascido “todo
o século XX”, abrigando grandes nomes do mundo da música (Brahms, Anton
Bruckner, Arnold Schönberg, Alban Berg, Bruno Walter), das artes plásticas
(Gustav Klimt, Kolo Moser, Carll Moll, Egon Schiele, Oskar Kokoschka), da
psicanálise (Sigmund Freud), da filosofia e da linguística (Mach, Schlick,
Carnap e Wittgenstein), da literatura (Franz Kafka, Richard Dehmel, Peter
Altemberg, Rainer Maria Rilke e Karl Kraus), todos personagens cujos
caminhos entrecruzaram-se de uma forma ou de outra nessa história.

Através da citação de inúmeros trechos de cartas trocadas entre Gustav Mahler


e seus amigos, seus mestres e, principalmente, Alma Mahler, sua mulher e
grande amor, o leitor é levado a mergulhar no universo mahleriano de uma
forma tão vívida e tão íntima que só pode ser medida por cada leitor
individualmente.

Trata-se de um livro fascinante e apaixonado, que permeia questões


filosóficas, psicológicas, comportamentais, sociais e políticas do nascimento do
século XX ao mesmo tempo em que retrata belamente a vida do grande
compositor, um “homenzinho de pequena estatura e vasta cabeleira negra,
castigado pelo destino e duramente perseguido pelos críticos da época, em
especial pelo fato de ser judeu”. Não é a toa que esse homem chegou a
declarar e indagar um dia: “Fui três vezes exilado: boêmio para os austríacos,
austríaco para os alemães e judeu para todo o mundo. Em todos os lugares,
um intruso?” Apesar de tudo isso, Mahler sempre manteve seu olhar voltado
para o futuro. E não se enganou: seu tempo é hoje.

Serviço.
● Gustav Mahler: um coração angustiado
● Arnoldo Liberman (com tradução de Cristina Antunes)
● Autêntica Editora
● Aquisições pelo telefone: 0800 28 31 322

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