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A

Laicizaçã
o da
Escola na
Primeira
República
“O governo Provisório da República Portuguesa, na missão
patriótica da elevação moral do país, pretende cercar de prestígio o
professorado primário, que a monarquia relegava para último plano
social.
E nesta sua orientação, acaba de ordenar que os sub-inspectores
escolares tratem com a maior deferência os professores, olhando-o
mais como colegas do que subordinados”.

O Serrano, Pampilhosa da Serra, ano 2, n.º 31,


1910.12.30
Circular do subinspector do círculo escolar de Bragança em que se
pede a todos os professores primários que expliquem ao povo e às
crianças o que é a República. Não é desordem e injustiça, é ordem,
justiça equitativa, respeito pelas ideias e crenças de cada um, garantia
da sua pessoa, da sua propriedade ou do lugar público que ocupa, traz
aurora de paz e amor para os oprimidos, para os que trabalham,
cortando apenas abusos, mas protegendo quem precise de protecção,
é a igualdade, a fraternidade. República é o aperfeiçoamento, a
evolução científica da administração pública, o ideal supremo de todos
os povos civilizados! As nações que a abraçam governam-se bem e
estão ricas e prósperas. Também a república não persegue a religião,
como o povo imagina. Contrariamente, respeita as crenças de cada um
e protege os párocos que saibam cumprir a sua missão de paz e amor
para com os povos e se dediquem ao cumprimento dos seus deveres
paroquiais. Só expulsa os jesuítas já expulsos pelo marquês de
Pombal, há século e meio. Suprime as comunidades monásticas e
dissolve todas as ordens congreganistas de freiras e frades nacionais
ou estrangeiras já extintas pelas leis de Joaquim António de Aguiar, em
1834, e por Anselmo Braamcamp, que foi chefe do Partido
Progressista...
In A Pátria Nova, Bragança, nº 108, ano III,
1910.11.02
Uma escola móvel em ValpaçosIn AEscolaMóvel , n.º2, 1916.03.00
Professoras e professores das escolas móveis
em 1910

[http://www.joaodeus.com/jardins_escola/menu/escolas_moveis.htm#
Bandeira nacional invertida na Festa da Árvore a 20 de Março de 1914
em Macinhata da Seixa, Oliveira de Azeméis, Aveiro

In OSéculo, n.º 11592, 1914.03.20


Procissão da Paixão autorizada, mas no mesmo dia realiza-se a
festa da árvore. Pelas 2 da tarde, os alunos de todas as escolas
reúnem-se no Largo Camões e, acompanhados de uma banda de
música, dirigem-se ao Lenteiro do Rio, onde serão plantadas as
árvores, cantando-se “A plantação da árvore” e “A Portuguesa”.
Antes, pelas 11 horas as crianças têm uma matinée gratuita no
teatro Gil Vicente.

O Vouga, S. Pedro do Sul, n.º 655, 1911.04.01


“1º- (...) A maçonaria promove «a propaganda,
defesa e culto da árvore»;
2º- (...) A Festa da Árvore saiu dos templos ou lojas
maçónicas;
3º- (...) A «Associação do Culto da Árvore», isto é,
precisamente aquela associação que organiza e dirige
as Festas da Árvore em todo o país, tem a mesma
origem maçónica;
4º- (...) com estas obras a maçonaria espera fazer
«progredir o país», isto é, descristianizá-lo;
5º- (...) Segundo a própria confissão do Conselho da
Maçonaria, promover o desenvolvimento da Festa da
Árvore e da respectiva Associação é realizar um
valioso trabalho maçónico.
In O Mensageiro da Virgem, Poiares da Régua, n.º 43,
1916.02.20 e n.º 44, 1916.02.27
Correspondência de Fornos de Algodres datada de 1906.05.09
“ Como nos concelhos vizinhos, principalmente em Celorico da Beira,
tem grassado com toda a intensidade a varíola. Está-se procedendo,
com toda a actividade, à vacinação e revacinação, apesar da
injustificável resistência que tem havido por parte dos pais das crianças
que são obrigadas a tal operação.
Bom será que tal medida se estenda às demais povoações do
concelho, exercendo-se essa medida nas escolas, mas com o máximo
rigor, a fim de evitar o alastramento de tão grave doença e tornar mais
atenuados os seus estragos”.

In O Século, XXVI, nº8754, 1906.05.26


“A lanterna” brilhante colega nosso, abriu um plebiscito entre o
professorado primário, a fim de verificar se os castigos corporais
nas escolas são ou não perfilhados pela maioria dos
professores do país.
Não resta a menor dúvida de que uma esmagadora maioria
aprova os castigos. É muito lindo dizer-se que a criança não
deve ser castigada nem premiada mas... esta asserção será
uma utopia por muitos séculos ainda.
Também assim pensávamos. Mas passados que foram oito dias
depois de termos principiado a reger uma escola, mandámos
para o diabo as teorias... porque a criança é filha do homem e o
homem é um animal mal domesticado ainda.”

In Sul da Beira, Mortágua, n.º 239, 1916.07.30

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