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Em 1933, Siskind descobre a Workers Film and Photo League, uma unidade cultural
fundada pela Internacional Comunista, que recorria à fotografia para documentar
preocupações sociais. Foi aqui que encontrou suporte intelectual e artístico, enquanto
que entrava no mundo da fotografia profissional. Entre 1936 e 1940, Siskind produziu
diversos ensaios fotográficos debruçando se sobre a vertente estética da fotografia, indo
assim contra as preocupações políticas da confederação. A maioria dos membros no
entanto rejeitam este trabalho, considerando o demasiado artístico. Siskind decide
abandonar a Liga, fundando uma nova associação a "Feature Group", que viria a
produzir vários ensaios fotográficos sobre o impacto da grande depressão na sociedade
norte-americana. Motivado pela vontade de incentivar mudanças sociais, Siskind
procura focar as condições sociais dos habitantes mais desfavorecidos do bairro de
Harlem. Só em 1981 seria publicado o livro Harlem Document, Photographs 1932
1940: Aaron Siskind, reunindo grande parte das fotografias registadas durante esta
época.
Grande parte da vida de Siskind foi dedicada ao ensino. Era um professor interessado e
dinâmico, que se envolvia nos projectos dos alunos e organizava projectos vários.
Aaron Siskind é, por muitos, considerado o pai da fotografia moderna. O seu trabalho
libertou a fotografia das preocupações com a mera representação e documentação,
transportando a para o domínio da metáfora poética. Com Siskind, a fotografia
encontrou se enquanto forma de arte puramente abstracta e expressionista.