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V uma
transformagio linear. Indica-se por Ker(F) ¢ denominase niicleo de F o seguinte
subconjunto de U:
Ker(F) = (u€ UI F(u) = 0}
Exemplo — Seja F: IR? > IR° a transformagdo linear dada por:
FG, y= @, x+y, 0).
‘Achemos 0 niicleo de F. Temos:
(x, y) © Ker(F) <===> (0, x + y, 0) = (0, 0, 0) <=> x=-y
Logo Ker(F) = (x, =x) 1x € IR}.
Proposigio 1 — Seja FF: U + V uma transformagiio linear. Entdo:
a) Ker(F) & um sub-esparo vetorial de U;
) A transformagio linear F 6 injetora se, e somente se, Ker(F) = {0}
unDemonstragdo
) Como F(0) = 0, entdo 0 € Ker(F).
(2) Sejam uy, us © Ker(F). Entio F(uy) = F(u) = 0.
1 + w) = F(a) + Fly) = 0 +0 = 0,
Portanto uy + uy © Kerf).
(3) Exerefcio: Prove que se u € Ker(F) e a € IR entao au € Ker(F)..
b) Suponhamos F injetora, Seja u Ker(F).Ent&o F (u) = 0, Mas F(0) = 0,
conforme P,. Logo F(u) = F(0). Usando a hip6tese nesta ditima relagGo tiramos
u =o, Enlio, se F é injetora, 0 ndcleo de F se resume a0 ve
Reci
‘ocamente suponhamos Ker(F) = {0}. Dados uy, ty € U, entfo
F(uy) = F(u,) ===> F(ur) ~ F(u) = 0 ==>
==> Fo — y) = 0 ==> wy ~ wy € Ker(F) =>
=u -yto=Sy=y
© que mostra que F 6 injetora,
Exemplo — 0 operador linear D: P,(IR) > Py (IR) dado por D(f(t)) =
= £() 6 uma transformagdo linear injetora (operador injetor)?
Se f(t) = ay + ayt + age +... + ant, entdo D(f() = ay + 2agt+... +
+ nagt"“1, Logo £"({) = 0 tem como conseqiiéncia que a = a; =... = a, = 0.
Portanto f(t) = ao ¢ daf Ker(D) = {a9 | a9 € IR} = IR, ou s
junto dos polindmios reais constantes. Logo D nao é um operador
itor.
A imagem de uma transformagdo linear F :U > V foi definida anteriormen-
te: Im(F) = {F(u) | u€U}. Jé vimos que € um sub-espago vetorial de V.
© teorema a seguir, que relaciona as dimensdes de Ker(F) Im (F) nos casos
em que dim U é finita, 6 bastante importante.
Teorema do Niicleo ¢ da Imagem — Sejam U e V espagos vetoriais de di-
mensfo finita sobre R Dada uma transformagdo linear F: U > V, entdo
dim U = dim Ker(F) + dim Im(F).
Demonstragio — Seja B, = (u;
pode ser estendida a uma base By =
1u,} uma base de Ker(B). Essa base
Up, Vas «+5 Vg} de U conforme o
12
, Ker(D) & 0 con-
teorema do completamento, Mostremos que B = {F(v,), ...,F(v0)} € uma base
de Im).
(@) Dado v € Im(E), existe u € U tal que F(u) = v. Mas u 6 combinagdo
linear de By: u = aju, +... + ay + Bivs +... + Biv, com 08 a; €08 8; em
IR, jf que By 6 base de U. Logo:
v= Flay +... + ate + Biv +... + Beg) =
= ayF(uy) +... + aPC) + BFC) +... + BFC) =
= BF) +... + BFC)
pois como uy, ..., Uy € Ker(F), entio suas imagens, por F, so nulas, EntZo
[B) = Ime).
(b) Suponhamos f,F(¥,) +... + ,F(v,) = 0 com By, ..., By IR. Entfo
F(Givs +... + 6X4) = 0, do que resulta que B,v; +. .. + Bevy pertence aKer(F).
Logo existem ay, ..., a € IR de maneira que:
Biv + + Biv = ay +... + opty
Dat
aay + + au; + OB) +... + CA) = 0
Como o conjunto By € Li., podemos concluir que todos os escalares da
Sltima igualdade so mul ticular By = B =... = By = 0.
Ficou provado entio que B é LI.
Para terminar a demonstragio, basta observar que, como dim Ker(F) = r,
dim U =r + se dimIm(F) = 5, entio dim U = dimKer(F) + dimIm().
Corolério — Sejam U e V espacos vetoriais sobre R com a mesma dimensio
finita ne suponhamos F: U > V uma transformagio linear. Entio so equiva-
lentes as: seguintes afirmages:
(DF € sobrejetora,
(DF 6 bijetora,
(UD F é injetora.
(IV) F transforma uma base de U em uma base de V (isto 6, se B é uma
base de U, entio F(B) é base de V).
Demonstragdo
o—w
Por hip6tese Im(F) = V. Levando em conta que dim U = dim V, a formula
dim U = dimKer(F) + dim Im(F) equivale ento a dimKer(F) = 0. Logo
Ker(F) = {0} ¢ F 6 injetora, Entio F é bijetora,
413(1) => AUD Imediato,
(uy) —=> ay).
Sendo B = Un} uma base de'U mostremos que F(B) = {F(us),
«+1 F(Uq)} uma base de V. Observemos de inicio que F(B) tem tantos vetores
como B pelo fato de F ser injetora.,Entio basta mostrar que F(B) € LI. Supo-
ahamos ay, ..., dq €R € ayF(u;) +... + @gF (Un) = 0, Disto resulta, pela
linearidade de F que
Fu, +... + aptt,) = 0.
Sendo F injetora segue que
ayuy +... + Gqtln = 0.
Como B & LiL concluise que a = a2 =... = Gq = 0.
mM=——> oO
Seja v € V. Tomando uma base B= (uy, ..., Un} de U, ento nossa hipé-
tese garante que F(B) = (F(u,), ..., F(uq)} € uma base de V. Logo v é combi-
naglo linear de F(B):
v= ayF(u) +... + agF(Ug), com ay,
Como F 6 linear podemos afirmar que
v= Fu +... + apa).
Estando em U a combinaedo linear ayu, +... + @qq ficou provado que todo
elemento de V 6 imagem (por F) de um elemento de U. Ou seja, F ésobrejetora. =
1a, ER.
4. ISOMORFISMOS E AUTOMORFISMOS
Definigdo 7 — Entende-se por isomorfismo do espaco vetorial U no espago
vetorial V uma transformago linear F: U V que seja bijetora. Um isomorfismo
F: U + U € um automorfismo de U.
Exemplos
1) 0 operador idéntico 1: U > U dada por I(u) = u para todo vetor u do
espago 6 trivialmente um automorfismo de U.
2) F: IR? > P, (R) definida por F(x, y) = x + (x + y)t é também um
isomorfismo. De fato.
© FOu, ¥1) = Os, ya) > m1 +O HE =
=m tq ty)t => =m em ty: =m ty;
= uke nen
Logo F 6 injetora,
(I) Dado £() = @ + bt EP, (IR) basta tomar u = (a, b — a) para que se
tenha F(u) = f(t). Entio F € sobrejetora,
(UD) FCG, ys) + Oa, ¥a)) = FOG +s Yi ty) = tm +
Forte ty tyt= am +O t yt tx +O tye
= FO, yi) + Fa, ¥2).
(QV) A condigdo F(au) = aF (u) 6 deixada como exercicio,
Proposigio 2 — Se F é um isomorfismo de Uem V, entgo F': VU tam-
‘bém ¢ um isomorfismo (de V em U).
Demonstragto
@ Suponhamos v;, vy € V e F~! (vj) = F-!(\y) = u. Entio F(u) =v, ¢
F(u) = va. Dat vy = vp. Logo F-? 6 injetora,
(II) Para verificar que F~! 6 sobrejetora basta observar que dado u € U,
tomando v = F(u) teremos:
Ft) = FT (F(u)) = a.
(UD Sejam v;, vz © Ve fagamos F(x, + vz) = u. Como F é sobrejetora,
entio existem u,, u © U de maneira que F(uy) = vy (<=> Fy) = us)
) = vz (<=> F'"(y) = up). Substituindo estes resultados na igualdade
cial:
v= F* E(u) + FQ) = FF, +4) =
= buy = Fy) + Fm).
Voltando a igualdade inicial:
FUG ty) = Fl) +P).
(IV) Fica como exercicio a demonstragdo de que:
F"(av) = aF*(¥), Ya Re ¥vEV. #
Nota: A proposico acima nos diz que sempre que existe um isomorfismo F: U>V
‘também existe um isomorfismo F~': V+ U (isomorfigmo inverso de F)e devido
1 isso dizemos; nesse caso, que U e V slo espacos vetoriais isomorfos. Dois espagos
vetoriais isomorfos U e V muitas vezes so considerados indistintos, Para tanto,
se F € 0 isomorfismo considerado de U em V, identificase cada elemento u € U
‘com sua imagem F(u) € V.
usE possivel estabelecer uma caracterizaggo para os isomorfismos entre espa-
608 vetoriais de dimensfo finita, em termos de dimensfo. O lema a seguir nos levaré
asso.
Lema — Sejam U ¢ V espagos vetoriais sobre IR. Se dim U = ne B =
= {415 Us,.-, Un} € uma base de U, entdo, para toda sequéncia vy,... ,vq de veto-
res de V, a aplicagio F : U + V, definida por
eF(u) = WG = 1,2,...4n). Ademais,se G : U + V élineare G(u) = vj
dim im 0G)
pF 0G) < PG.
Portanto p(F °G) < min {o(F), 0(G)}.
operador nul) eF ~ (ug) #0. Mostrar que
Fup), «6, PPE (ug)}
12, Sejam F € L(V) ¢ ue © V tais que
fue, Fe
6 um conjunto Ll. em V,
Solugio
Supoahamos que age + aF(Ug) +... + a9-1F*Mup) = 0 com
cer tna ER. o
a0,
E dbvio que se F = 0, entdo P™*? = PM? =... =0, Apliquemos F*
agF™"(ug) + oF ug) + oF Mug) +... + an-aF? = agh™
fag) # 2, ent¥o ag = 0. Eliminando agug de (1) ¢aplicendo F™?
chegaremos 2 a1 = 0. Repetindo 0 racio« ‘a ~ 2 vezes iremos concluir que
ay = a, =
eeantatol
EXERCICIOS PROPOSTOS
1
Fay, 2=& ty z+ Z) © Gy y, 2) = 4 2y,y— 2x +22)
Deteminar:
a) FoG:;
b) Ker 0G) elm(G oF).
©) uma base © a dimensio de Ker (F? 0 G).
3. Seam F € LOR’, B®) e G © LOR’, IR?) assim definidas:
FO, 9) = (0%, X= 9) © GO% ¥, 2) = (X - ¥, x + 2 + 32).
Determinar FOG OF
x). Determine Fx, y), sendo n > 1 um
4, Scja F LOR?) dado por F(x, y) =
(OR?) dada por Gix, y) = 05, 0).
rnimero inteiro, Mesmo exercicio com
5, Seja F € LOR?) o operador, dado por F(1, 0) = 2, 5) FO, 1) = G, 4). Verificar
se sio automorfismot do R?: G=1+F ce H=1+F
13110.
4,
13.
Mostre que os operadores F, G, H © LOR?) dados por F(x, y) = (8, 2y),
ares de um espago vetorial V, Mostze que Ker(G) ©
C Ker (F © G), Dé um exemplo onde vale a igualdace.
Scam F L(U, ¥) © G € L(V, W) tais que KerF) = {0} e Key
Recep an 1) = {o}. Provar que
). Sejam U e V sub-espaos do espaco W tais que W = U®V. Todo vetor we Wseescrere,
de maneira Gnica, daseguinte forma: w = u + vue Ueve V). Sendo P, © Py a8 pro.
Jegbes dadas por Py(w) = u e Pa(w) = v, mostrar que:
(© ProPy = PyoP; = 0 (operador nulo de W.
Mostrar que um operador F € L(V) 6 idempotente se, somente se, I~ F éidempotente.
Seja F © LORY) dado por
FY, 0 =O, xy + 2%24 dy +n)
Mostrar que:
a) Fao;
¥) 1 F éum automorfisme do RY e+ F 4+ FP 4 P= — Ht
velorial dos nimeros complexos sobre IR. Consideremos F, GE L(C)
a) FS ad) FoG;
Ft; ) eG)
6;
Determinar se os seguintes operadores lineares do IR? sio idempotentes ou nilpotentes
fou nenhuma das duas coi
Foy ys. 2) = Ox -¥,—
Foy) = x
2 Foy = 0, *
Fe y,2)= @, 0, 9.
132
by Mostrar que F? — 2F + 1 = (F ~ )? = OmasqueF — 1 #0.
15. Sejam F e G operadores incares do um espago V tais que FOG = GOP. Mostrar que
Ken(F) + KeG) ¢ KexF 06)
16. Seja F © L(V) um operador tal que F? — F +1 = 0, Mostrar que F ¢ inversivel © que
FS I-F,
17. Sejam F, G € L(V) tais que FOG = GOP. Mostar que:
a) © +6 = F742 o@ 4G
DF +QoP-G =F,
"18, Soja (uy, uz, .-., up) uma base de um espago vetoril V de dimensio n, Considerando,
© operador linear T © L(V) tal que T(us) = up, Tug) = us, ..., Tp) = Uy,
mostre que T = 1 mas que T! #1
19, Mostrar que o operador derivigdo em Py(IR)& nilpotente
#20, Sejam F, GE L(V). Se F & um automorfismo e a 6 um escalar + 0, mostrar que:
B(@G) = 1G) © pF 9G) = PG OF) =p,
(eja exercicio resolvide n? 11),
2. MATRIZ DE UMA TRANSFORMACAO LINEAR
Sejam U e V espacos vetoriais de dimensio n e m, respectivamente, sobre IR.
Consideremos uma transformagio linear F: U = V, Dadas as bases B =
de Ue C= (v4, ..-, Ym} de V, entio cada um dos vetores Fu
estd em V e conseqlientemente € combinagdo linear da base C:
F(u,) = auvs + Oaiv2 +... + mim
(ug) = oa2¥y + Gaava +... + Oma Vin
F(Up) = Gina + Ganva +
ou simplesmente
Fa) = >
onde 0s aij esto univocamente determinados.
133Definigio 4 — A matriz m X n sobre R
My a... On
om On On
= (ai)
Gms Oma ++ Oma
que se obtém das consideragdes anteriores 6 chamada matriz de F em relagdo is
bases B eC. Usaremos para indicar essa matriz. a notagio
sc
Notas:
1) Se F € um operador linear ¢ considerarmos B = C, entio diremos apenas
matriz de F em relagdo a base B para indicar a matriz acima definida e usaremos
a notagdo (F)y para representéla,
2) Sempre que ndo haja dividas quanto a0 par de bases que estamos consi-
derando escreveremos apenas (F) para indicar a matriz de F em relagdo a esse
par de bases.
Exemplos
1) Qual a matriz de F: IR? > IR? dada por F(x, y, 2) = (x+y, y +2), em
relagdo a bases
B= (uy; = (I, 0, 0); wm = (0,
C= =0,0)4% =O, 0)
0); us = ©, 0,
FQ) = (1,0) = Im + Ow
F()= (1, ) = 0 + 1%
F(uy) = 0,1) = —vy + va (verifique)
1 0-1
ree (127)
2) Seja U um espago vetorial sobre IR € seja I 0 operador idéntico de U.
Dadas as bases Be C de U, 0 que é (I)p,c?
Suponhamos B = (uy, ..., un} eC = {
= (ai),
++2 Yn}. Entdo, se ()p,c =
134
test Onn
U(Up) = Un = Guns +... + Gann
© que. mostra que (Dp,c & a matric de mudanga da base C para a base B.
Sejam U e V espacos vetoriais sobre IR de dimensGes n e m respectivamente.
Conforme vimos, uma vez fixadas uma base de U e uma base de V, a cada transfor-
‘magdo linear F © L(U, V) esté associada uma tinica matriz (F) real m x n, Ouse
ficou definida uma aplicagio
F>(@)
de L(U, V) em Mm xn(R).
—-f>Proposigéo 1 — Sejam Ue V espagos vetoriais sobre IR de dimens6es ne m
respectivamente. Entlo,fixadas as bases B= {uy,...,Un}¢C = (¥iy-.- Ym} de
Ue V, respectivamente, a aplicagdo F -> (F) que a cada F € L(U, V) associa a ma-
riz de F em relagho as bases B e C & bijetora.
Demonstragio — Suponhamos F, G © L(U, V). Se tivermos (F) = (G) ento
as respectivas colunas de (F) e (G) sfo iguais e dat F(uj) = G(w) (j= 1,.. 0).
Dado u = x ayy EU, Fu) = ¥ Fu) = x 4 G(ui) = G(u), ou seja F = G.
Que F + (F) € sobrejetora é conseqiiéncia direta da definigfo de matriz de
uma transformagzo linear e do lema que precede 0 teorema 2 (pag
oe
on)
ache F € L(R®, IR?) de maneira que, sendo
B= {(1, 0,0), ©, 1,0), 0, 1,2) e C=
se tenha M = (F)p,c.
Da definigdo de matriz de F decorre que devemos ter:
FQ, 0, 0) = 101, 0) + 044, 1) = (1, 0)
F(, 1, 0) = 20, 0) + 10, 1) = @ 1)
F@, 1, 2) = 31, 0) + 00, 1) = G, 0).
Exemplo — Dada a matria
9), , I},
135Seja (a, b, ©) € IR?. Supondo
(a b, &) = x(1, 0, 0) + y@, 1, 0) + 2(0, 1, 2)
ieee
obtemos: x = a, y= b - e 2 => Logo
FG, b= Fatt, 0,0) + (b-$) 0, 1,0) +50, 1,29) =
9+ (»-S)an+$e,0-
= (0+9,5-4),
‘Vejamos agora como se comporta a correspondéncia F -* (F) entre os espagos
vetoriais L(U, V) ¢ Mm xn(IR).
Dados F,GEL(U, V), se (F) = (aj) € (G) = (Gj), em telagso a0 mesmo par
de bases B e C, determinemos a matriz de F + G em relaglo a esse par de bases.
tm}, entdo
Supondo B= {u,..., tn} ¢ C= iv
F + Gu) = Fa) + Gu) = Fag + > By =
a a
2).
= > y+ 6% Gat
i
Logo (F + G) = (ay + By) = (ay) + (By) = F) + G).
[Em resumo: a matriz da soma de duas transformagdes lineares & a soma das
‘matrizes de cada uma, em relagdo ao mesmo par de bases. Isto significa que a corres-
pondéncia F > (F) comporta-se bem em relagdo a adigdo.
Sejam U e V como acima e tomemos d € IR. Supondo (F) = (aij) 0 que é
AF), em relagao a0 mesmo par de bases?
Um raciocinio andlogo a0 da parte anterior (fica como exereicio) leva a0
seguinte resultado:
QE) = Cay) = ay) = XE)
isto é, a matriz do produto de uma transformagdo linear por um nimero é igual
4 esse nimero multiplicado pela matriz da transformacfo linear dada, |
136
Conclusio: Reunindo 0s resultados obtidos até aqui neste pardgrafo, tira-se a con-
clusdo que, dados 0s espagos vetoriais U e V sobre IR, ambos de dimensdo finita, ¢
fixando uma base de U e uma base de V, a aplicagdo:
F>@)
€ um isomorfismo do espago vetorial L(U, V)-no espago vetorial Mm n(IR), desde
que dim U = nedim V = m, Em particular concluise que dim L(U,V) = mn pois
esta 6a dimensio de Mm (IR), conforme jé vimos.
3. MATRIZ DA TRANSFORMACAO COMPOSTA
Seja U, V e W espagos vetoriais sobre IR de dimens6es m,n e p, que admitem
bases B = {Ui,... tn}, = (v1, ...,¥m}eD = {wy,..., Wp} .respectivamen-
te, Supondo F € L(U, V), G€ L(V, W) € que (Fs,c = (@ij) Go, = (oxi
pretendemos determinar (G 0 Fp, p
Seguindo a definig#o de matriz de uma transformagio linear:
Logo o termo geral de (GOF)p.p € 74) =D. Bkiay que 60 termo geral
de Go,p + ()p,c- Logo temos a igualdade
(GOF)B,p = Gc,v + ®)a,c.
Costuma-se dizer (imprecisamente) que a matriz de GF € igual a0 produto da
matriz de G pela matriz de F.
___E de se esperar que isomorfismos ¢ matrizes inversiveis estejam relacionados,
E 0 que veremos a seguir.
Sejam U e V espacos vetoriais sobre R de dimensio m. Se B e C so bases
de U eV, respectivamente, ¢ F: U-> V & um isomorfismo, mostremos que
®)p,c ¢ inversivel ¢ que a sua inversa é dada por (F~")c, y. Isto é consequéneia
direta da formula da matriz da composta, obtida logo acima:
137®ac +f Ye,3 = (FOF Yc =h &
Yop + a,c = FOF) = In
pois a matriz do operador idéntico, tanto de U como de V, é Ip. As igualdades
obtidas provam nossas afirmayies.
Exemplo — Consideremos o isomorfismo F: IR? > P, (R) dado por:
FQ y) =x + + yt
Considerando as bases candnicas B= {(1, 0), (0, 1)} © C = (1, t} desses espagos,
determinemos (F)g c. Como
F(1,0)=141t
FOI= it
Pree (1 °
®ac= (|
Caloulemos a inversa dessa matriz:
10 1 0; 10 10
~ ¢ portanto
fou o aj-1 1 14
6 a inversa da matriz. de F, ou seja, € a matriz de F~! em relago aC e B, Da
FHC) =(
F'() =,
do que se conclui que Ft (a + bt) = a(1, —1) + b@, 1) = (a, —2 + b). Esta é
a lei que define F!
entao:
Como um resultado importante das fOrmulas acima, vejamos como se resolve
© seguinte problema
Seja U um espago vetorial de dimension sobre IR. Dadas as bases B =
= ity, sy Unb eC = 4 +¥a} de U e dado T © L(U), pretendemos esta-
belecer uma formule que relacione (T)p com (T)c. Isto com a seguinte finalidade:
quando se muda da base B para a base C, 0 que acontece com a matriz de
TELU?
Proposigao 2 — Nas condigGes acima, se M é a matriz de mudanga da base B
para a base C, entio (T)¢ =M"! + (Tp + M.
Demonstragéo — 34 vimos (exemplo 2, parégrafo 2 deste capitulo) que a
matriz de mudanga de B para C é (I)c,p, isto 6,
M = (Oc,B-
138
Daf entio:
Mt = "a,c = Onc.
Portanto
M(T)pM = Os,c(MaMc,p = Ma,cMe,a = Me
conforme havfamos afirmado, =
EXERCICIOS RESOLVIDOS
1. Sia Fe La, R
X + y), Determinar a matriz de F em
relagio is bases B=
de R? © C = base candnica do R?.
De (1) vem:
fart 2b) =1
ee as-le bel
Jay + 5b, =2
De @) vem
(a +22 =0
{ ede by=-2
\3ag + Sb =2
De @) vem
[a3 + 2b =0
. ay =2e by=-1
Bag + Soy =1
139© “1 4 2
Be= (oy
3. Determinar a representagio matricial de cada um dos seguintes operadores do IR? em rela-
fo as bass indicadas:
4) FO y) = x, 3y — x) e base candnica;
b) F(x, y) = (3x —4y,x + Sy)e base B = {(1, 2), (2, 3)},
20
@=
13
{ => nese yan
\an, + 3%) = 1
De 2) vem
[ a + 2b) =-6
=> nee yam.
{onto e 2
Poranto
5 a7 82
Be Aer -29
Determinar 0 operador F do IR? cuja matriz em relagdo a base B= {,
1a
12
ransformagio temos:
=1
a, DF é
Sotugio
Pela definigfo de matrix d
FC
Escrevamos (x, y) como combinagfo linear da base B(x,
a+ b=x eat M=yedaia=x—y e b=y—x. Pot
+ (7-02, 4) = Ox 2x + 9),
140
5. Seja F © L(P)(R)) definido por F(g() = (1 ~ g'(). Determinar a matriz de F em
relagdo 3 base canénica de P; (R).
Solugio
A base canbnica de Pa!
‘nagio linear:
€ B= (1, t}, Usemos a definigdo de matriz de uma transfor-
5. Seja F 0 operador linear do? cuja matriz em relacio 4 base B=
10
Pp
a= () 5
Detecminar a matriz de F em relagfo @ base candnica, usando a fSrmula de mudanga de base
para um operadar linea.
Solugio
Indicando por C a base canénica devemos aplicar a formula F)g =M~'(F) gM, onde M
& a matriz de mudanga de B para C. Calculemos M.
4
aS
MGA)
Considere © como espaco vetorial sobre R Determine a matriz do operadot
ado por F(2) = Z, ‘Vz & C, om relagHo 8 base {1, 1} em relacio a base (1
141o
=> "=
o-1
) +b, +29 =30 +) — 20 41
+b +2) 4 sD
») FG +d=1-izaa
1+ 2)=1-2= a1 +
=
1429
8, Seja V um espago vetorial de dimensio 3, Seja B= {e1, ¢,, ¢y} uma base de V. SendoF
(© operador linear de V tal que Fle) =e © que deixa fixos todos os vetores de W =
= {seq + yey + 203 1x —¥ +2 = 0), determiner Pp
achemos um sistema de geradores de W. Um vetor tipico de W é da forma
4 Deg + 203 = x(er + €2) + Z(e2 + €5)- Logo W= ley + 2, €9 + e3)
Funtando 0 fato de F ser linear com 0 fato de F deixar fixos 08 elementos de W tiramos
Pee + e2) = Fle) + Fle) =e + Fe) =e +e.
do que segue Fez) = ey © ainda,
F(ez + 05) = Flea) + Fes) = 1 + Files) = e2 + 63
que acarreta F (es) = —ey + ¢9 + €5. Em sesumo temos:
F(ey) = Oey + Je + 003
F(eq) = Ley + Oey + O03
Fees) =—e1t eat 63
oo
®g- fr 04
oo 4
9. Determinar 4 matriz do operador derivacio em Py(UR) em
expago.
«, portanto,
cdo & base candnica desse
Solugio
[A base candnica de Py(R) EB = (1, @, ..., €). Entdo
Le oreors... +o
Le oreo +... +08
SO-L orto +... +a +o"
142
o 10 °
002 °
000 o
Mp=
oo 0 a
oo °0 °
RR, respectivamente,
Solugdo
Fas fp a
Fe)
11. Verifcar matriciaImente se 0 operador linear F & L(R®) dado por F(x, y, 2) = (x —¥,
Dyy + rel. Se for, ache F! também por meio de matrizes,
Solugio
‘A matiiz de F em relasio a base candnica do R? &
Come
a 00
1
02 to)}-
o1 o1
143,Achemos agora G(x, y). Como
0) + 10,0, =
GO, yy = AC, 1, D+ = ty KD Se +H)
1S. Seja W = U © V e suponhamos U © V invatiantes pelo operador linear F € L(W), isto &,
CU e F(V)C V. Supondo dim U = me dim V = n mostre que existe uma base
de W om relagdo A qual a matriz de F & da forme
*)
conde Ae B sfo matrizes de ordem me n, respectivamente, Opp, n & a matriz mula de ordem
MX ne0p, ma matriz nula de ordem n Xm,
ss Yal 880 bases de U © V respectivamente, entio B=
+ ¥q)} é uma base de W. Calculemos a matriz de F em relagdo a
1...,meFODeEV ),entfo
Sanus +... amu,
Fig) = enmity ++. + @mmtm
Bava tos Bnav
Arava +--+ Bon
fan )
Fon
lineares $ do W? tais que S(x, y) = (ax + by, ex) ©
Fazendo
a
teremos @p= (_.
LB \0;
16, Determinar todos os operador
S? = I (operador idénti
Solugio
$y) = Stax + by, ex) = (lax + by) + bex, e(ax + by) =
146
Pabe=t
» #0
(G? + box + aby, sex + bey) = Oy) PQ
be =
ma obtido encontramos a = 0.¢ be = 1, ou seja,¢ = DW, Entdo satis
lados por S(x,y) = (by,dx),
Resolvendo
{azem as condieSes do problema todos os operador
deo.
EXERCICIOS PROPOSTOS
1. Soh Fe LOR, R?) definda por Fox, ¥.) = G#H y ~ 22) Determina Pp g
sendo B= {( 3, -D}e C= {d, 9, @, —D} :
2, Determinar as matrizes das seguintes transformagSes lineares em relagio is bases eand-
nicas dos resp
(UD. F € LORS, R) definida por P(x, y, 2 0 = 2x ty — 2+ Ht,
IV) F & L(R, R°) definida por F(x) = (x, 2x, 35)
3) No espago veto Ma (R) 8
Determinar 2 matriz do operador linear F & LM (R)) dado por F(X) = MX — XM,
em telago & base canbnica
10) fo 4 oo) fo o
o of’ \o of’ \r of’ \o a
4. Seja F 0 operador linear de Mz IR) dado por
( : °
Fan = ®
24
S4X em My (R), Sendo B a base canGnica do espaco Mf (IR) determine g trago da
matriz (F)p. (Nota: apo = soma dos termos da diagonal principal.)
do Mz (RD.
5, Caleular 0 trago da matsiz do operador linear F< L{IR®) dado por F(x, y, 2) =
= (x, x= yx + 2). Gonoralizar para F(x, y,2) = (ax + by + c2,dx + ey + f2gx +
+ hy + i.
147148,
Seja F 0 operador linear do R? cuja matriz em relagio 4 base B = {(
14
®p=
5
Determinar a matriz de F em relagZo & base can6nica, usando a férmula de mudansa de
‘base para um operador.
Soja B = {e,,¢q,¢} uma base de um espago vetorial V sobre IR. Sendo F, G EL{V)
dados por Fey) ep Flea) = Fle) = 204 + e5.GlED) = ey
ete) = 540 & base Bas matrizes dos seguintes operadores
Tincars
F,G,F+G,2F GF 0G, oF F? + G2, F"(cato exista) e @
‘Determinar 0 operador linear do IR? cuja matriz em relagio & base B = {(1, 2), (0, 5)} &
(2)
Py (R) © P3(R) respectivans
SejaF € L(P0R), R) detnia por Fp) = [1
rio
it. Detorminar a matri de F em
3) B=
bw Be
‘Sea matriz de um operador linear F do R° em relagéo & bate candnica &
110
o 10
o 1-1
ese H= 1+ F + 2F?, determine a matriz de H em relagio a base candnica do R°.
Ache também Hs, ¥, 2)
Doterminar todos os operadores que F? = Fe (uy) = (ax,bx +
+ a).
Determinar todos os operadores Tincares F do IR? tais que F? = 0 (operador nullo) ©
que Fx, y) = (ax + by, cy
14, Sejum F e G operadores lineares do IP tais que: F(x, ¥, 2) = (%,2y,y - 2) e que a
matric de 2F — G em relagdo & tase candnica é
110
o10
124
Determinar a matriz de G em relagdo & base candnica. Determinar também G(x, y, 2).
15. Seja T um operador linear de um espago vetorial V de dimensio 2. Se a matriz de T
fem relagfo a uma certa base B de V é
({)
mostrar que T? — (a + &)T + (ad — boil = 0 (operador nut).
5. Sajam V um espago vetorial de dimensfo finita ne F< L(V). Se Ué um sub-espago de V
{de dimenséo m e se U ¢ invariante pelo operador F, mostrar que existe uma base de V em
relagdo & qual a matriz de F & da forma
(3)
fonde A é uma matriz m x m, B é do tipo m x (1 ~m), 0 € a matriz mula (n ~m) xme
6 quadrada de ordem n ~ m.
4, ESPACO DUAL
Seja U um espago vetorial sobre IR. Conforme jé vimos 0 préprio IR é um
espago vetorial sobre RR. Logo tem sentido falar em L(U, IR) como espaco vetorial
sobre IR. Este espago vetorial ¢ chamado espago verorial dual de U e:costumma ser
denotado por U*. Assim, L(U, RR) = U*. Cada elemento de U* recebe o nome
de forma linear ou funcional linear sobre V.
Exemplos
1) F: R® > IR dada por F(x, y, 2) = 2y & um elemento do espago (R*)*
pois se trata de uma transformago linear de IR em R. E portanto uma forma
linear sobre R°.
2) Em geral como se apresenta um elemento F do espago dual de IR"? Seja
F uma forma linear sobre o IR". Indiquemos por {e,,€2,..-4€,}@ base can6nica
149de IR®, isto é, ¢ = (1,0,...,0),e3 = ( 2en = (0, 1). Da-
do entdo u = ( Xn) IR®, u é combinago linear dessa base da seguinte ma-
neira: u = x1) +... + Xqeq. Logo F(u) = x1F(e1) + ... + xXpF(@n). Se
indicarmos por k,
‘mos:
+ kg 08 escalares F(e), ..., Fleq), respectivamente, tere-
FQ, ++ Xn) = kixa +... + Kaka.
Por outro lado, dada uma nupla qualquer
verificar que a aplicagéo F: R" + R, dada por: F(x;
+ kpXp ¢ uma forma linear sobre o IR". Entéo podem
© somente se, existem nimeros reais ky, ..., ky de forma que
FO,
a) de ndmeros reais € fieil
Mn) = axa +... + Kata, ¥ Ga, - 2, Xn) © R™
Seja U um espago vetorial sobre IR de dimensfo n. Se B= {uy,..., Un} é
uma base de U, entéo todo vetor desse espaco se apresenta como u = x,u; +
+... + Xplla, Com os x; em IR, e € facil verificar que pertencem ao dual de U
as aplicagSes Fr, ..., Fr assim definidas:
F:U+R e Rex = 1
Dado F € U* suponhamos que F(u;) =
on).
> F(n) = kn:
Entio F(u) = x,F(uy) +... + XpF(Ug) = kx, +... + kaXa = kyF i (u) +
+... + kyFa(W) = (kiF, +... + kyF)(0). Como u & genérico concluise que
F = kjP, +... + kgFy. Com isso provamos que SFA] =U*
Por outro lado, se admitirmos que ayF, +
nla), teremos:
+ anFy = 0 (transformagio
e4F, (01) +... + agF (us) = ay = 0
OyF; (ug) +... + oF n(Ug) = op = 0
© que vem garantir que (F, Fa} um conjunto LL. em U*.
Assim provamos 0 seguinte teorema:
Teorema 1 — SeB = {uj,..., ta} € uma base do espago vetorial U,entao as
aplicagoes F,, ..., Fy que associam acadau = xu, +... + Xp, € Uosele-
‘mentos X;, ... %q, Tespectivamente, pertencem a U* e constituem uma base deste
espago. Logo, se dim U = n, entio dim U* = n,
Nota: A base (Fy,
‘n} construfda no teorema acima leva o nome de base
dual da base B= }
Un}
150
Exemplo — Determinar a base dual da base B = {(1, 0), (1, 1)} do RY
Sejam U; = (1,0) € up = (1, 1). Conforme 0 exemplo 2 dado neste pardgrafo:
F, (xy) = ax + by
Fy (x,y) = ox + dy
faltando-nos determinar 2, b, ¢ © d. Mas isto questo apenas de fazer algumas
substituigSes convenientes:
F,(u,) = al + b0=1
F,(u;) = al + b1 =0
F,(u)) = el + d0=0
F,(4) = el + dl =1
Logo a= 1, =—1, =O ed=1. Assim a base dual de B é {F,, Fy}, onde:
Fi@y)=x-yeR Gy) =y, ¥Ouy) eRe
5. MATRIZES SEMELHANTES
Dadas as matrizes Pe Q, ambas quadradas e de ordem n, dizemos que P 6
semelhante & Q se, € somente se, existe uma matriz inversivel M, também de
ordem n, de modo tal que
P= MOM.
E facil ver que a semelhanga assim definida € uma relagto de equivaléneia em
M(B).
A semel
presentaggo mi
nga de matrizes est intimamente ligada A mudanga de base ¢ re-
cial de operadores lineares.
‘De acordo com a proposigo 2 demonstrada neste cs
mesmo operador linear sfo semelhantes, Mas também
se P = M“?QM, ent#o P e Q representam um mesmo operadc
esta afirmagio,
Tomemos uma base B de IR” (estamos supondo as matrizes reais e de
ordem 2) © ae F € LOR") 0 operador tal que (F)g = Q. Suponhamos B =
= (uy, ..., Un} © M = (@y). Consideremos entdo os vetores do IR":Va = Gant +... + Gantin
Como a matriz M ¢ inversfvel pode-se concluir que 0 conjunto C = {v,..., Ya}
também é"uma base de IR", Como obviamente M € a matriz de mudanga da base B
ara a base C, entéo M = (Dc,p. Teremos entéo
P= MQM = Mp,c®)aWec,8 = Fc.
Logo P é a mattiz de F em relagfo a base C.
A semelhanga de matrizes aparece também no problema de diagonalizagio
de uma matriz.
Definigo 5 — Uma matriz, quadrada se diz diagonalizavel se for semelhante
uma matriz diagonal
‘A questa de saber se uma matriz.quadrada é ou nfo diagonalizivel & bastante
importante mas somente seré tratada no capitulo 2 da parte 2. A seguir daremos
apenas um exemplo.
12
ae
32
€ diagonalizével pois se considerarmos a matriz. inversivel
201 rf.
M= entio Mt =
3-1 S \3 -2
calculando teremos:
A matriz
snes (5_$) em man
EXERCICIOS RESOLVIDOS
1, Sejam Fy © Fz of func lineares de (R?)* definides por Fy (x, y) = 2x + y ©
Fas, y) = x ~ 3y, Doterminar:
) Fy, 45F, ©
b) -3F; + 2Fy
152
Solugio
) @1+5F)&y) =F,
b) C3F, + 2F 0, yy = —3
= 4x — 9y.
+ SP (uy) = 2x ty + S(x~ 3y) = Tx — My.
¥) + 2Fa(x, y) = 30x + y) + 20-3) =
Determinar a base dual da seguinte base do
{4,1 9, ©, 1, 0, 2)}
Solusio
Seja (F1, Fay
} 4 base dual procurada, Essas transformagSes slo dadas por
Ys 2) = ax + my + age
= bix + bay + bye
F3(h ¥,2) = x + ony + o3e
0) = 02 © 0, 0,2) =e os coeficiontes aj, bye i= 1, 2, 3)
etorminam levando em conta que Fj(e)) = 1'sej = ie Fj(e) =0
= 1,2, 3). Assim:
Jeaty a1) ere
2a =o) 3 =0
Analogameate
Fre = by +b = fom —a
Re@= slide 1 heya -xty
Ress aweel Lmao
Por
Fay) =e) +e
Fya@= a
F303) =
Verificar se 08 funcionais lineates Fy, F3, Fs do (R?
base deste espago:
Pus, ys 2) = 3x — y, F(x, y, 2) = x + Dy + 2 Fg(x, y, 2) = Sy — 3,
abaixo definidos, formam uma
Solugio
Basta verifcar se cles formam um conjunto LL pois dim (R3)* = 3. Suponhemos que
ayFy + apF + a3F3 =0 (funcional linear nulo). Entio (ayy +a,F3 + a3F3)(X, ¥,2) =
= 0 (nimero ze10), ¥4xey, 2) € BR. Dal:
ay(3X = y) + ag(x + 2y + 2) + ag(Sy — 52) =
= Gay + an)x + (ar + 2ap + Sag)y + (2 ~ Sag)? = 0, x,y, 2ER,
153Portanto
Jartia =0 xy ~ 2ay ~ 503 = 0
ay + 20y + Say = 0 que é equivalente a ~ Sag = 0
= ee ee
Logo a1 = a3 = a3 = 0 que vem garantie que (F, Fa, Fj} é Li. ¢ portanto é uma
bate de (R2)*
4, Seja V = RY. Consideremos 0 sub-espago W* de V* gerado pelos funcionais Fy, F; ©
F dados por Fy (x, ¥, 2, t) = 3x ~ t, F(x, y, 2, 0 = Sz te Fa(X,y,2, 02% +2
Determinar 0 seguinte sub-espayo de V:
W= WeVi FQ) =0,¥F ews}
(Mostre antes que, de fato, W é um sub-espago de V).
Solugio
Mostremos que W & sub-espago de V. Como F(0) = 0, ¥F GW", entio 0 €W; se us €
va SW, entio Fly + ug) = Fluy) + F(a) = 0 + 0 = 0, ¥F © W*,0 que mosica
que uy + uz € W; se ue We a é um escalay, entio F(au) = aF(u) = a+ 0=0, para
todo F © W*, 0 que significa que au © W, Por outro lado, como
iF) + pF) + a3F) =0 <=>
<> Gx - 1) + Sr—D tage += 0, Vey. tER
= Gay + 05)x + Gay + ag)z + (ay ~ ag) = 0, Vy, 2, CER
atm 0
cua
E fll notar que dado u¢
ea solugdo € ay = a3 = ay =, segue que: {F, Fa, Fa) é LL. e dim We = 3,
weW <=> Fy) @) = Fy) =Fy) <0 <=>
3x t=0
xen =0
‘Como a Gnica solugo deste sistema & a tevial x = 2 = = 0, entéo:
W={@,y,0,01y ER).
‘Uma base de W é {(0, 1, 0, 0)}.
‘5. Sojam Fe G dois funcionas lineares nfo nulos sobre um espago vetorial V de dimensio n,
Supondo Ker(F) ¥ Ker(G), determinat as dimensBes dos seguintes sub-spacos de V.
Ker(P), Ker(G), Ker(F) + Ker(G) e Ker(F) Ker)
154
Sotuggo
© teorems do niceo e do imagem nos diz que dim V = n= dim Ker(#) + dim im(F) =
= dim Ker(G) + dim im(G). Como Im(F) P= oS
fact 1
m 0 0...0 0
EXERCICIOS PROPOSTOS
1, Sejam Fy ¢ Fz © (R*)* definidas por Fylx,y,2) = x — 3y + 22 © Fay. 2) =
= 2x = y + z.Dotorminar Fy + Fa, 2, + 3F2 © 08 respectivos nécleos.
2, Seja FE (R?)* detinida por F(1, ~1, 3) = 0, FO, 1, -1) = 0 e FOO, 3, -2)=1.
Determinar F(2,—1,—3).
3. Determinar as bases duais de cada uma das seguintes bases:
156
s.
%6,
“un
+13,
4, 0)} do BPs
, 1D} do 2;
1, 0, 0), (2, 1, 0, 0), ©, 0, 1, 1), (, 0, 0, 3)} do RS;
— #} do espaco Py (RD.
spago W* de V* gerado pelos funcionais F e G dados
2) = y~ 22. Determinar uma baso do soguintesub-espago
= FEW}.
Provar que todo sub-espaco vetorial W de V, com dim W = dim V ~ 1, 6onticleodeuma
forms linear nfo nul
Seja V um espago vetorial de dimenste
a seguinte propricdade: (VF © V"
6LD.
Sejam w ev dois votores dosse espago com
= 0 == F(y) = 0). Mostrar que {u, v}
Se fossem Ll existria uma base B de V contendo u e v, Considerar a base
a
‘Vetificar se so bases de (R*)* os seguintes conjuntos:
Sy treHtyy,)=x~ 2;
vit) =x-yt4e
Sejam F e G fonas lineares nfo nulas no espago vetorial V, linearmente dependentes,
Prove que Ker(F) = Ker(G) ¢ sia dimensio én — 1 se dim V =
Mostrar que a semethanga de matrizes & uma welagfo de equivaléncla no conjunto Mq(R).
Verifique se so semelhantes as matrizes
(2) 6)
Provar que se A ¢ B sfo semethantes entio AM e B" sGo semelhantes, para todon > 1
Sendo p(t) um polindmio, p(t) = ap + ayt + ... + aqt, indicamos por p(A) a ma:
‘wiz p(A) = agl + ayA + ... + aqA®. Provar que se A e B sio semelhant
CA) p(B) so semethantes
Para que valores de a, b e ¢ (reas) as seguintes matrizes de M3 (R) sio semelhantes?
¢2)-62)
Sejam A, B, C, D matrizes de ordem n, sendo A eB semelhantes, C e D semelhantes.
E verdade que’ A + C eB + D sio semelhantes?
E quanto a AC ¢ BD?
187capPituLo 6
Espacos com Produto Interno
1, PRODUTOS INTER!
Lembremos, de inicio, que um dos
conceitos fundamentais quando se estu-
dam os vetores da geometria é 0 de “produ-
to escalar”, que nada mais € do que uma
aplicaggo que a cada par de vetores (@, ¥)
associa um nimero real dado por Ux ¥ =
= WWI cos 8 onde 0 ¢ 0 Angulo for-
madg pore Se em relapto a base fun
damental {7 £4, temos = =xitxgt
take V = yilt yal + ys
UXT = x1 + maY2 + Ya.
(© que faremos neste capitulo € generalizar a definigdo de
visando 2 introduzir, entre outras coisas, 0 conceito de “dist
bem geras.
roduto escalar™
ia” em situagdes,
Definigéo 1 — Seja V um espago vetorial de dimensfo finita sobre IR.*
Entende-se por produt 10 sobre V aco que transforma cada par
ordenado (u, v) € V X V em um ntmero real (que indicaremos por )
obedecendo as seguintes condigdes:
(@) = +
= OH
De mancira anéloga se prova que a2 = a3 =... = a; = 0.8
Outsa demonstragio: Sendo 0 = aygy + *** + ayge entgo 0 = layer +
Hc # agg? = 02 +... + a2 é afar =... = 0, = 0.8
Proposigio 4 — Seja $= (g1,..., 8;} um subconjunto ortonormal do espaco
euclidiano V. Entéo, Vu € V, 0 vetor ¥ =u ~ 8) —..-— Br &
ortogonal a todo vetor do sub-espaco gerado pelos vetores de S.
Demonstragao
Observemos de inicio que se v for ortogonal aos vetores de 8, entio seré
ortogonal a toda combinacao linear de S, De fato, seja w= ayg +... + a8, uma
dessas combinagies lineares. Entio:
=
= -