Arraes e o presidente trocam elogios no Recife Página 1 de 1 por Ennio Benning

Recife, Sábado, 14 de Fevereiro de 1998

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Informática Governador fez questão de agradecer a atenção de Fernando
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Vânia Carvalho
Da equipe do Diário

Última escala da visita presidencial, a assinatura dos protocolos da ferrovia

Transnordestina e do fornecimento de gás na Base Aérea do Recife foi marcada
pelos elogios do governador Miguel Arraes ao presidente Fernando Henrique. Num
discurso curto, de dez minutos, o governador agradeceu a atenção do governo
federal e convidou FHC a voltar muitas outras vezes ao estado.

"Estou agradecido pelo tratamento que vem sendo dado a Pernambuco, sem
discriminação, com justiça a um povo que não está acostumado a receber estas
deferências", disse. O governador lembrou que diversas vezes os pernambucanos
tiveram de se rebelar para serem ouvidos. Arraes citou a postura de confronto do
governador Agamenon Magalhães frente ao presidente Eurico Gaspar Dutra. Esta
tradição de embate estaria sendo quebrada na administração FHC.

Arraes apontou a inauguração da barragem de Jucazinho, feita na escala anterior da

visita, e a retomada da ferrovia Transnordestina, que receberá um financiamento de
R$ 380 milhões que foi assinadonaquela solenidade, como exemplos da atenção do
governo federal. "Essas obras estão sendo feitas para o povo, sem vinculação com
partido algum. Apareça novamente presidente no nosso estado para outras obras
como estas que venha a inaugurar", finalizou Arraes.

O presidente Fernando Henrique agradeceu as palavras de Arraes e completou a

troca de elogios. "Nós podemos não nos falar mas nos entendemos", disse. FHC
preferiu não discursar na última etapa da viagem, escalando o vice-presidente
Marco Maciel para falar. "O governador Arraes falou das rebeliões e das brigas
entre pernambucanos e baianos. Como eu não sou dado a brigas e a falar, vou
deixar para o Maciel, que gosta de brigas e de falar muito", brincou o presidente.

O vice-presidente Marco Maciel destacou a importância da ferrovia

Transnordestina para a economia da região. "Ela vai permitir o aparecimento de
novos pólos de desenvolvimento", disse.

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