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Setor de Educação
Curso de Especialização em Organização do Trabalho Pedagógico na
Educação Popular
Disciplina: Categorias Teóricas da Análise Dialética da Educação e das
Dimensões do Trabalho Pedagógico
Professor: Ms. Vilson Aparecido da Mata
Aluna: Eliane Abel de Oliveira
RESENHA
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absolutamente inter-relacionado, há uma interdependência em tudo, ao
contrário da metafísica que na natureza separa a matéria bruta da matéria viva
e, na sociedade, isola os fenômenos sociais uns dos outros (a realidade
econômica, a vida social, a vida política...).
Terceira lição - 2ª característica da dialética: esta característica mostra
que tudo se transforma, também chamada de lei da transformação universal e
do desenvolvimento incessante. Politzer exemplifica com esta característica da
dialética, algo que nos é muito comum: o conformismo. Frequentemente
ouvimos (ou dizemos) que sempre haverá ricos e pobres, que sempre haverá
injustiças ou privilégios. Este é um pensamento perigoso, segundo o autor, pois
tais pensamentos nos levarão à passividade, a não mudança, à resignação. Ao
contrário da metafísica, a segunda lei mostra que a mudança é universal e o
desenvolvimento é incessante.
Quarta lição - 3ª característica da dialética: a mudança qualitativa. Para
os dialéticos a mudança qualitativa ocorre junto com a quantitativa, porém
modifica a essência das coisas. Esta característica permite a interpretação
racional da invenção, ao contrário dos metafísicos que consideram o
surgimento das ideias novas como uma espécie de revelação divina.
Quinta lição à sétima lição- 4ª lei da dialética: a luta dos contrários.
Nesta lei Politzer transmite que a contradição é algo necessário para a nossa
existência, não existimos sem as oposições. No estudo destas contradições
vemos que a contradição é interna e inovadora. Percebemos que há uma
unidade entre os contrários. Todo processo, seja ele natural ou social, explica-
se pela contradição. Nela a forma fundamental do movimento é a luta entre a
atração e a repulsão.
Particularmente gostei muito do texto. Ele expressa de forma clara a
diferença entre o materialismo dialético e a metafísica. E o faz através de
exemplos do cotidiano que clarificam o entendimento sobre a teoria. Este era
um assunto um tanto quanto confuso para mim, contudo diante da simplicidade
com que o texto é apresentado fica mais fácil a compreensão sobre tal assunto.
O texto também provoca uma reflexão sobre algumas crenças e valores que
temos como, por exemplo: a imutabilidade dos fatos. Fomos criados por um
sistema de cunho positivista no qual aprendemos que sempre haverá
diferenças de classes sociais, que os fatos são inexoráveis. Já na dialética,
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refletimos sobre a origem dos fatos e dessas diferenças e vemos que tudo
pode ser modificado, tirando o espírito de passividade que porventura
possamos ter. Lendo o texto, nos remetemos, indiscutivelmente, às ideias de
Marx e Paulo Freire e fazemos uma reflexão sobre nosso papel diante da
escola pública e da educação popular.