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À PRÁTICA
PEDAGÓGICA
FÁBULAS
ED. INFANTIL/ CICLOS DE APRENDIZAGEM I e II / EJA
Prefeito da Cidade de Salvador
JOÃO HENRIQUE DE BARRADAS CARNEIRO
As fábulas pertencem ao grupo de histórias criadas pela tradição oral, juntamente com
os contos de fadas, as lendas e os mitos. Elas são um tipo de narrativa que se
caracterizam pela estrutura simples, são pequenas histórias que têm a intenção de
transmitir “lição de moral”, ou seja, refletir sobre concepções de viver. Esta moral da
fábula não constitui uma conclusão definitiva. Portanto a moral pode variar de acordo
com quem lê a história.
No Brasil, o grande responsável por reavivar as antigas fábulas foi Monteiro Lobato,
que ao final de suas narrativas oportuniza às crianças opinarem sobre a possibilidade de
alteração da história ou da moral sugerida, e criticarem as atitudes que consideram
errôneas e moralistas ou seja, embora mantenha a idéia de que a fábula tenha uma
moral, Lobato sugere que o leitor deva tirar sua própria conclusão.
ESTRUTURA DA FÁBULA
OBJETIVOS
ORIENTAÇÕES DIDÁTICAS
CONSIDERAÇÕES PEDAGÓGICAS
Ao levantar o conhecimento prévio dos alunos, um critério lógico a ser explorado é o
conteúdo básico sobre o qual se concentrará o processo de ensino e de aprendizagem.
Se por exemplo, nos propomos a trabalhar com fábulas, terá sentido explorar o
conhecimento dos alunos sobre histórias, histórias curtas com personagens de animais
que falam, conhecimento sobre ditados populares etc.
A avaliação é um ato diagnóstico contínuo que serve de subsídio para uma tomada de
decisão na perspectiva da construção da trajetória do desenvolvimento do educando e
apoio ao educador na práxis pedagógica. Nessa perspectiva, a avaliação funciona como
instrumento que possibilita ao professor ressignificar a prática docente a partir dos
resultados alcançados com os alunos, ou seja, o resultado é sempre o início do
planejamento de intervenções posteriores.
• Apresenta Título?
• O texto caracteriza-se como uma prosa/ narrativa?
Características
A CABRA E O ASNO
Uma cabra e um asno comiam ao mesmo tempo no estábulo. A cabra começou a invejar
o asno porque acreditava que ele estava melhor alimentado, e lhe disse:
- Tua vida é um tormento inacabável. Finge um ataque e deixa-te cair num fosso para
que te dêem umas férias.
Aceitou o asno o conselho, e deixando-se cair, machucou todo o corpo.
Vendo-o o amo, chamou o veterinário e lhe pediu um remédio para o pobre. Prescreveu
o curandeiro que necessitava uma infusão com o pulmão de uma cabra, pois era muito
eficiente para devolver o vigor. Para isso então degolaram a cabra e assim curaram o
asno.
Moral da História:
Em todo plano de maldade, a vítima principal sempre é seu próprio criador
Esopo
Uma cerva que fugia de uns caçadores, chegou a uma gruta onde não sabia que morava
o leão. Entrando nela para se esconder, caiu nas garras do leão. Vendo-se sem remédio,
perdida, exclamou:
- Infeliz de mim! Fugindo dos homens, caí nas garras de um feroz animal.
Moral da História:
Se tratas de sair de um problema, busca uma saída que não seja cair em outro.
Esopo
A CERVA TORTA
Uma cerva a qual faltava um olho, passeava à beira-mar, voltando seu olho intacto em
direção à terra para observar a possível chegada de caçadores, e dando ao mar o lado
que faltava o olho, pois dali não esperava nenhum perigo. Mas resultou que uma gente
navegava por este lugar, e ao ver a cerva, abateram-na com seus dardos. E a cerva
agonizando, disse para si:
- Pobre de mim! Vigiava a terra, que acreditava cheia de perigos, e o mar, que
considerava um refúgio, me foi muito mais funesto.
Moral da História:
Nunca excedas a valoração das coisas. Procura ver sempre suas vantagens.
Esopo
A FORMIGA
Diz uma lenda que a formiga atual era em outros tempos um homem que, consagrado
aos trabalhos de agricultura, não se contentava com o produto de seu próprio esforço,
senão que olhava com inveja o produto alheio e roubava os frutos de seus vizinhos.
Indignado Zeus pela avareza deste homem, transformou-o em formiga.
Porém ainda que tenha mudado de forma, não mudou seu caráter, pois até hoje percorre
os campos e recolhe o trigo e a cevada alheios e os guarda para seu uso.
Moral da História:
Ainda que aos malvados se lhes castigue severamente, dificilmente mudarão sua
natureza.
Esopo
A FORMIGA E A POMBA
Uma formiga foi à margem do rio para beber água, e, sendo arrastada pela forte
correnteza, estava prestes a se afogar.
Uma pomba que estava numa árvore sobre a água, arrancou uma folha, e a deixou cair
na correnteza perto dela. A formiga, subiu na folha, e flutuou em segurança até a
margem.
Pouco tempo depois, um caçador de pássaros, veio por baixo da árvore, e se preparava
para colocar varas com visgo perto da pomba que repousava nos galhos alheia ao
perigo.
A formiga, percebendo sua intenção, deu-lhe uma ferroada no pé. Ele repentinamente
deixou cair sua armadilha, e isso deu chance para que a pomba voasse para longe a
salvo.
Moral da História:
Esopo
A GRALHA VAIDOSA
Júpiter deu a notícia de que pretendia escolher um rei para os pássaros e marcou uma
data para que todos eles comparecessem diante de seu trono.
O mais bonito seria declarado rei. Querendo arrumar-se o melhor possível, os pássaros
foram tomar banho e alisar as penas às margens de um arroio.
A gralha também estava lá no meio dos outros, só que tinha certeza de que nunca ia ser
escolhida, porque suas penas eram muito feias.
"Vamos ter que dar um jeito" - pensou ela.
Depois que os outros pássaros foram embora, muitas penas ficaram caídas pelo chão; a
gralha recolheu as mais bonitas e prendeu em volta do corpo. O resultado foi
deslumbrante: nenhum pássaro era mais vistoso que ela.
Quando o dia marcado chegou, os pássaros se reuniram diante do trono de Júpiter;
Júpiter examinou todo mundo e escolheu a gralha para rei. Já ia fazer a declaração
oficial quando todos os outros pássaros avançaram para o futuro rei e arrancaram suas
penas falsas uma a uma, mostrando a gralha exatamente como ela era.
Moral da História:
Belas penas não fazem belos pássaros.
Esopo
A GATA E AFRODITE
Uma gata que se apaixonara por um fino rapaz pediu a Afrodite para transformá-la em
mulher. Comovida por tal paixão, a deusa transformou o animal numa bela jovem. O
rapaz a viu, apaixonou-se por ela e a desposou. Para ver se a gata havia se transformado
completamente em mulher, Afrodite colocou um camundongo no quarto nupcial.
Esquecendo onde estava a bela criatura foi logo saltando do leito e pôs-se a correr atrás
do ratinho para comê-lo. Indignada, a deusa fê-la voltar ao que era.
Moral da História:
O perverso pode mudar de aparência, mas não de hábitos.
Esopo
A LAMPARINA
Moral da História:
Que o brilho de uma vida gloriosa não te encha de orgulho. Nada do que adquirimos nos
pertence de verdade.
Esopo
Um cão de caça espantou uma lebre para fora de sua toca, mas depois de longa
perseguição, ele parou a caçada.
Um pastor de cabras vendo-o parar, ridicularizou-o dizendo:
- Aquele pequeno animal é melhor corredor que você.
O cão de caça, respondeu:
- Você não vê a diferença entre nós: eu estava correndo apenas por um jantar, mas ele,
por sua vida.
Esopo
A LEOA E A RAPOSA
A leoa, reprovada pela raposa por ter um só filhote ao invés de muitos, respondeu:
- Sim, mas um leão.
Moral da História:
Esopo
MOSCA
Caiu uma mosca numa tigela cheia de carne. Estando a ponto de se afogar no molho,
exclamou para si mesma:
- Comi, bebi e me banhei; pode vir a morte, não me importa agora.
Moral da História:
Quando a morte se apresenta acompanhada de felicidade, se aceita sem queixas.
O ESCORPIÃO E A RÃ
Esopo
A RAPOSA E A SERPENTE
Havia uma figueira à margem de um caminho. Uma raposa viu junto a ela uma serpente
adormecida. Vendo aquele corpo tão largo, e pensando em igualá-lo, se deitou a raposa
no chão, ao lado da serpente, e tentou estirar-se o quanto pôde, até que por fim, de tanto
esforço, rebentou-se.
Moral da História:
Não imites os maiores se não tens condições de fazê-lo.
Esopo
A RAPOSA E O BODE
Certo dia uma raposa caiu num poço e, depois, não conseguia sair de lá. O poço não era
muito fundo, mas as paredes lisas estavam cobertas de limos, de forma que, cada vez
que a raposa trepava algumas polegadas, escorregava outra vez para, dentro da água,
com grande estardalhaço.
Passado algum tempo chegou um bode e espreitou da borda do poço, cheio de
curiosidade.
- Que estás a fazer aí embaixo, raposa? - perguntou ele.
A raposa viu a sua única oportunidade de escapar dali.
- Estás sozinho? - perguntou ela, com ar de mistério - não quero que venham todos ao
mesmo tempo. Mas a água deste poço é tão boa que não me canso de a beber. Anda cá
para dentro e experimenta. Vais ver que é a coisa melhor que provaste em toda a tua
vida.
Sem pensar duas vezes, o bode saltou para dentro do poço e começou a beber
avidamente. Passado um bocado achou que, tinha bebido bastante e olhou em volta para
ver como iria sair do poço.
- Não há problema, camarada - disse a raposa - põe-te de pé nas patas traseiras e eu
trepo para as tuas costas. Se eu conseguir equilibrar-me nos teus chifres, salto do poço
para fora. Depois debruço - me e puxo por ti.
Então o bode pôs-se de pé nas patas traseiras e a raposa trepou rapidamente para fora do
poço. E, enquanto corria através do campo, gritou para o bode:
- Se tivesses tanto raciocínio na tua cabeça como pêlos tens nas barbas, amigo,
procuravas ver se podias sair do poço antes de lá entrares.
Moral da História:
Antes de te meteres em aventuras, vê se podes sair delas.
A RAPOSA E O CROCODILO
Dscutiam a raposa e o crocodilo sobre a nobreza de seus ancestrais. Por longo tempo
falou o crocodilo sobre o sobrenome de sua gente, concluindo por dizer que seus pais
haviam chegado a ser os guardiães do ginásio.
- Não é necessário que me digas - replicou a raposa - tua pele demonstra muito bem há
quantos anos te dedica aos exercícios de ginástica.
Moral da História:
Recorda sempre que o que bem se vê, não se pode ocultar com uma mentira.
Esopo
A RAPOSA E O FAZENDEIRO
Um fazendeiro queria se vingar de uma raposa que de vez em quando causava danos a
sua plantação. Assim que terminou a colheita, ele prendeu uma bucha embebida em
óleo na cauda da raposa e colocou fogo nela.
Na fuga, a raposa correu para os campos do fazendeiro e, ao apagar a cauda na relva,
queimou as mudas recém - plantadas.
Moral da História:
Quem planta vento, colhe tempestade.
A RAPOSA E O LENHADOR
Uma raposa era perseguida por uns caçadores, quando viu um lenhador e suplicou que
ele a escondesse. O homem então lhe aconselhou que entrasse em sua cabana.
De imediato chegaram os caçadores, e perguntaram ao lenhador se havia visto a raposa.
Com a voz ele disse que não, mas com sua mão disfarçadamente mostrava onde havia se
escondido.
Os caçadores não compreenderam os sinais da mão e se confiaram no que disse com as
palavras.
A raposa, ao vê-los irem, saiu sem dizer nada.
O lenhador a reprovou porque, apesar de tê-la salvo, não agradecera, ao que a raposa
respondeu:
- Agradeceria se tuas mãos e tua boca tivessem dito o mesmo.
Moral da História:
Não negues com teus atos, o que pregas com tuas palavras.
A VÍBORA E O FERREIRO
A uma loja de um ferreiro entrou uma víbora, pedindo caridade às ferramentas. Depois
de receber algo de todas, faltando só a lima, aproximou-se e lhe suplicou que lhe desse
alguma coisa.
- Bem enganada estás - disse a lima - se crês que te darei algo. Eu que tenho o
costume, não de dar, mas sim de tomar algo de todos!
Moral da História:
Nunca deves esperar obter algo de quem só tem vivido de tirar dos demais.
Esopo
REFERÊNCIAS
SITES CONSULTADOS:
www.universodasfabulas.hpg.ig.com.br
sitededicas.uol.com.br/cfab.htm
www.clubedobebe.com.br/HomePage/ Fabulas/fabulasehistorias.htm
geocities.yahoo.com.br/mitologica_2000/fabulas.htm