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Brigada

de Operações Especiais –
Bda Op Esp

Introdução
A implantação da Brigada de Operações Especiais (Bda Op Esp) objetiva proporcionar ao
Exército Brasileiro um comando e unidades subordinadas que incrementem sobremaneira o
poder de combate da Força Terrestre, disponibilizando-lhe meios versáteis, eficientes e eficazes
que lhe assegurem pronta resposta nas crises e/ou conflitos caracterizados por cenários
estratégicos de conformação difusa, ambientes operacionais de natureza diversificada e grande
sensibilidade política. Suas unidades de emprego, basicamente, se organizam em pequenos
efetivos, especialmente motivados, adestrados e equipados, operando ostensivamente ou não,
estarão capacitados ao cumprimento de missões, de forma a atenuar significativamente o risco
da escalada das crises e/ou conflitos.

Histórico

Em 1953, após um acidente aéreo na


Amazônia, a Diretoria de Rotas do Ministério da
Aeronáutica sentiu a necessidade de contar com pára-
quedistas, em estado de sobreaviso, para serem
empregados nas missões de busca e salvamento. Foram
feitas ligações oficiais entre os Ministérios da Guerra e
da Aeronáutica, e acertado o trabalho conjunto da
Diretoria de Rotas com o Núcleo Aeroterrestre, atual
Bda Inf Pqdt, para o emprego de pára-quedistas do
Exército em missões de salvamento.

Foram formadas seis equipes de salvamento, compostas por oficiais e sargentos pára-
quedistas.
Para tanto, foi realizado, em 1957, o 1º Curso de Operações Especiais. Esse curso foi
resultado da sistematização do treinamento de equipes de militares pára-quedistas para emprego
em missões de busca e salvamento de sobreviventes de desastres aéreos. No ano seguinte, o curso
teve como base em doutrina dos “Special Forces” e dos “Rangers” dos Estados Unidos da América.
Em 1968, foi criado o Destacamento de Forças Especiais na Brigada de Infantaria Pára-
quedista.
Em 1983, foi criado o 1º Batalhão de Forças Especiais. No ano seguinte instalou-se em
Camboatá.
Em 2002, foi criada pelo Decreto Presidencial Nº 4.289, de 27 de junho de 2002 a Brigada de
Operações Especiais no Rio de Janeiro.
Em 2003, a Brigada de Operações Especiais teve a sua sede mudada para Goiânia – GO. Em
dezembro, inicia efetivamente suas atividades ocupando as instalações da 3ª Bda Inf Mtz na
Avenida do Contorno.
Em 12 de fevereiro de 2004 os comandantes das novas OM assumem os respectivos
comandos, em solenidade presidida pelo Comandante do Exército e com a presença do Alto
Comando do Exército.
Missão
A Brigada de Operações Especiais é o escalão responsável pela coordenação e controle das
operações especiais na Força Terrestre, bem como pela elaboração das diretrizes reguladoras de
todas as atividades das unidades que a integram. Como comando de nível Grande Unidade, a
Bda Op Esp efetua o levantamento das necessidades relativas ao planejamento, preparo e
emprego das suas unidades subordinadas, estabelecendo, via cadeia de comando, as ligações
necessárias com todos os comandos, órgãos e/ou agências civis envolvidas, inclusive de outras
Forças Singulares, quando for o caso.

Organização e missões dos elementos subordinados

Bda Op Esp

Ch EM

1.º B F Esp 1.º B A C Btl Op Psico C I Op Esp B Adm

3.ª Cia F Esp 6.º Pelotão 1.º Pelotão


(Manaus) de PE DQBN
(Vinculada à Bda)

1) Comando e Estado-Maior
Assessorar o Comandante de Operações Terrestres, os Comandantes Militares de Área
e, quando determinado, os Comandantes de Grandes Comandos Operacionais, quanto ao
emprego das unidades especiais que a integram. Supervisionar e apoiar o planejamento, a
preparação e o emprego de suas unidades especiais.

2) 1° Batalhão de Forças Especiais (1° BFEsp)

As Forças Especiais se constituem numa organização militar especializada na condução


da guerra irregular que, pela versatilidade que lhe conferem a estrutura, o grau de instrução e o
grande número de especialistas orgânicos, pode ser empregada em grande variedade de missões
que contribuem para a consecução dos objetivos do Exército como um todo. O 1 ° BFEsp é a
unidade da Força Terrestre capacitada a planejar, conduzir e executar operações de guerra
irregular, fuga e evasão, inteligência de combate, contra-guerrilha, guerra de resistência,
operações psicológicas, reconhecimento estratégico e busca, localização e ataque a alvos
estratégicos.
O 1º BFEsp possui apreciada mobilidade estratégica, particularmente no que se refere à
sua transportabilidade, raio de ação e velocidade de intervenção. Normalmente, seu emprego
requer acentuado grau de sigilo e suas operações apresentam considerável índice de risco, em
decorrência de operar, basicamente, em território hostil ou sob controle do inimigo.
3) 1° Batalhão de Ações de Comandos (1° BAC)

O 1° Batalhão de Ações de Comandos é especialmente organizado, adestrado e


equipado para o planejamento, a condução e execução de ações de comandos, operações especiais
que exploram a surpresa, a rapidez a audácia e a coragem, desenvolvidas com ênfase na execução
descentralizada de seus Destacamentos de Ações de Comandos (DAC), no acendrado espírito de
corpo de seus integrantes, numa ação de grande intensidade.
Suas missões; realizar ações de comandos sobre objetivos estratégicos de natureza
diversificada, em proveito de grandes comandos de nível estratégico, estratégico-operacional e
tático; realizar operações de resgate e evacuação de pessoal e material dentro e fora do território
nacional; realizar operações de reconhecimento estratégico-operacional; e realizar operações
contra forças irregulares.
O 1° BAC possui como principal característica a prontidão de resposta no cumprimento
de um espectro variado de missões desenvolvidas em qualquer tipo de terreno, e sob quaisquer
condições meteorológicas.

4) Destacamento de Operações Psicológicas (Dst Op Psico)

As operações psicológicas devem estar presentes no planejamento e na execução de todo


o espectro das operações militares. No combate moderno, não só no apoio às forças convencionais,
mas, sobretudo, às operações especiais, o apoio das operações psicológicas é fundamental para o
cumprimento das missões nas melhores condições.
O Dst Op Psico tem como missão realizar a análise dos públicos alvo em presença no
teatro de operações, disseminar informações de interesse, desenvolver campanhas para elevar o
moral dos públicos alvo amigos e projetar uma imagem positiva das forças amigas em campanha.

5) Centro de Instrução de Operações Especiais


(CIOpEsp)

O Centro de Instrução de Operações Especiais (CIOpEsp) é a unidade responsável pela


qualificação nos Cursos de Comandos e de Forças Especiais de oficiais e praças voluntários para
servirem nas OM da Bda Op Esp. Em curto prazo, conduzirá os cursos de operações psicológicas,
mergulhador autônomo e caçador. Embora diretamente subordinado à Bda Op Esp, possui um
canal técnico de vinculação com a Diretoria de Especialização e Extensão (DEE) do DEP.

6) 3ª Companhia de Forças Especiais (3ª Cia FEsp)

A 3ª Cia F Esp tem missões, possibilidades, limitações e estrutura organizacional


similares às das companhias de Forças Especiais do 1° BFEsp. Diferencia-se das demais,
entretanto, porque está sediada em Manaus / AM, e destina-se a operar na área de
responsabilidade do Comando Militar da Amazônia (CMA), em proveito desse Comando Militar
de Área, ficando a ele subordinada para fins de emprego e vinculada à Bda Op Esp para fins de
preparo.
7) Base Administrativa da Brigada de Operações
Especiais (B Adm)

A Base Administrativa (B Adm) tem como finalidade apoiar administrativamente as


unidades integrantes da Bda Op Esp, liberando os seus efetivos de encargos administrativos,
possibilitando-lhes concentração exclusiva na atividade finalística de preparo e emprego.

8) 6º Pelotão de Polícia do Exército (6º Pel PE)

O 6º Pel PE tem como missão apoiar a Brigada de Operações Especiais nas tarefas e
missões específicas de Polícia do Exército, participar da segurança da base de operações
especiais, quando desdobrada, realizar escoltas e guardas em proveito da Bda Op Esp.

9) 1º Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear


(Pel DQBN)

O Pelotão de Defesa Química, Biológica e Nuclear é a fração da Bda Op Esp


especializada nos assuntos relativos às operações QBN. O Pel DQBN assessora e orienta o
preparo e o emprego da tropa em ambiente QBN, orienta e emprega os meios especializados nas
operações em ambiente QBN, realiza o levantamento, identifica, detecta e monitora os níveis de
contaminação em áreas e descontamina pessoal, material e áreas sob o efeito de agentes QBN.

Especificidades das Operações Especiais


1) O Combatente
O combatente integrante das unidades especiais da Bda Op Esp é um profissional
criteriosamente selecionado, dotado de excepcionais condições físicas e elevado espírito de equipe,
altamente motivado, adestrado, versátil e maduro. Possuidor de elevado grau de estabilidade
emocional, autoconfiança e capacidade de durar ação, está em condições de sobreviver e operar
em ambientes longínqüos e hostis por longos períodos de tempo com um mínimo de direção e
apoio.

2) Adestramento, Armamento e Equipamentos não convencionais


As demandas específicas de uma operação especial definem o tipo de adestramento,
armamento e equipamento a ser conduzido. Não raro, as operações especiais exigem uma
combinação de capacitações específicas, armamentos e equipamentos especializados incomuns às
forças convencionais.

3) Sensibilidade política
Normalmente, as operações especiais são conduzidas visando ao cumprimento de
missões significativamente influenciadas pela sensibilidade política dos ambientes em que são
desenvolvidas. Por exemplo, as características culturais de uma determinada área podem impor
uma presença extremamente discreta e de baixo perfil. Já num outro cenário, considerações de
caráter político podem exigir uma ação de grande visibilidade com destaque para o efeito
dissuasório resultante.
4) Aplicação heterodoxa dos Princípios de Guerra
O planejamento e a execução das operações especiais não negligenciam os tradicionais
Princípios de Guerra. Entretanto, a sua aplicação se faz de forma diferenciada. Devido ao
enfoque específico das ações a serem conduzidas, os comandantes de destacamentos operacionais
devem identificar os efeitos do seu ambiente operacional e a capacidade de sua força na aplicação
dos Princípios de Guerra, sempre considerando que as operações especiais são mais sensíveis aos
fatores não militares do que as operações convencionais.

5) Oportunidade limitada
As operações especiais, via de regra, devem ser desenvolvidas oportunamente visando
alcançar pleno êxito. A vantagem tática pressupõe períodos de tempo limitados. E a experiência
demonstra que oportunidades não se repetem. Perder a oportunidade pode significar pagar
custos bastante elevados tanto política, quanto militarmente.

Atividades desenvolvidas pela Brigada de Operações Especiais


O projeto de implantação da brigada está previsto para o período de 2004 a 2007. Nesse ano
a Bda Op Esp desenvolveu ou participou , dentre outras, das seguintes atividades:
- Readaptação técnica Básica de Salto, Mestre de Salto, de Salto Livre, de Mestre de
Salto Livre, de Precursor Pára-quedista e de DoMPSA no Centro de Instrução General Penha
Brasil;
- Adestramento de Salto Livre Operacional conjunto com a Marinha do Brasil em
Goiânia;
- Curso de Formação de Soldado Comandos;
- Curso de Ações de Comandos para oficiais e sargentos;
- Adestramento de tiro para ações de contra terrorismo;
- Curso de Formação de Cabo DoMPSA no Btl de Dobragem, Manutenção de Pára-quedas
e Suprimento pelo Ar (DoMPSA);
- Estágio Básico Pára-quedista para Cabos e Soldados no Centro de Instrução General
Penha Brasil;
- Organização, e condução do II Simpósio de Salto Livre Operacional;
- Intercâmbio com o Exército da Espanha;
- Intercâmbio com o Exército dos EUA;
- Participação na Operação Atlântida;
- Participação na Operação Timbó II;
- Curso de Forças Especiais;
- Estágio de Operações Psicológicas para oficiais e sargentos;
- Estágio de Atualização de Forças Especiais;
- Participação na Operação Jaurú;
- Encontro de veteranos Comandos e Forças Especiais;
- Realização de atividades de divulgação institucional da Bda Op Esp e da Força
Terrestre em Goiânia e municípios vizinhos como exposições, demonstrações, palestras,
apresentações da Banda de Música, etc.
Conclusão
O novo cenário político-militar mundial apresenta-se de forma variada a cada instante. As
relações internacionais tornaram-se mais complexas, em virtude da emergência de novos atores e
da crescente influência que adquiriram outros, em questões até agora privativas das nações. Esse
novo quadro, longe de enfraquecer a importância do poder militar na consecução dos objetivos
nacionais permanentes, aponta para a necessidade de forças bem preparadas, equipadas e em
condições de serem empregadas de imediato para a solução de crises e conflitos que ameacem os
interesses nacionais. A Brigada de Operações Especiais surge como um importante componente
para a Força Terrestre para o cumprimento de suas missões constitucionais.

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