Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
TV Cultura
Em relação ao texto "Matarazzo chama TV Cultura de "ficção" porque "ninguém
assiste" (Poder, 14/8), faço uma reparação. Não disse que os R$ 80 milhões de seu
orçamento seriam vinculados a salários de conselheiros, como menciona o texto. Por
hoje fazer parte do conselho da Fundação Padre Anchieta, sei que os conselheiros não
têm remuneração e sempre prestaram e prestam um importante serviço à Fundação Padre
Anchieta.
A meu ver, a TV Cultura, uma emissora pública, precisa passar por processo de
reestruturação e de atualização para voltar a ter a relevância que já teve em nosso país.
ANDREA MATARAZZO, secretário de Estado da Cultura (São Paulo, SP)
Morris Kachani produziu uma ampla reportagem sobre as propostas de Sayad para a TV
Cultura ("O furacão Sayad", Ilustrada, 11/8). Em relação às recomendações do
conselho curador, foi reducionista, apesar das completas informações que recebeu.
Consultados previamente, por Sayad, eu e o Comitê de Programação elogiamos a
contratação de Marília Gabriela. Apenas, na reunião posterior do conselho, houve
manifestação considerando que a grande profissional poderia fazer um programa muito
melhor ao vivo.
As principais ressalvas do conselho, não abordadas na reportagem, referem-se aos
anúncios de que, com a divulgação do "É Tudo Verdade", seria eliminada a veiculação
dos filmes do DocTV, o principal projeto cultural nacional do MinC, e de que as
gravações ao vivo da Osesp seriam substituídas por vídeos da qualidade da Filarmônica
de Berlim, que custam US$ 2 mil.
O conselho considera que a Osesp é o melhor projeto cultural brasileiro -e mais bem-
sucedido. Sayad reconsiderou as duas questões. O nome de Alexandre Machado nem
sequer foi abordado na entrevista, mas foi sugerido por mim, três vezes, à consideração
de Sayad, que o aceitou.
O de Cristina Poli idem.
A renovação não está no começo do século 20 nem na alta cultura do 19, mas nas
indagações e na juventude criadora do século 21.
A esse respeito um intelectual não se pode permitir ironias.
JORGE DA CUNHA LIMA, vice-presidente do conselho curador da TV Cultura (São
Paulo, SP)
Trilho
O descaso de nossos governantes e da nossa população com o transporte ferroviário,
apontado no editorial de ontem "Trilho e asfalto", fica ainda mais evidente quando se
constata a situação das ferrovias que cortam o nosso Estado e servem dezenas de
cidades.
O transporte de passageiros foi extinto há mais de uma década.
As estações estão fechadas e abandonadas; vagões enferrujam ao tempo. Preferimos
viajar de carro e pagar caros pedágios.
AMAURI ALVARES (Marília, SP)
Budismo
Aviso o querido colunista Luiz Felipe Pondé ("Abel", Ilustrada, ontem) que ele caiu em
uma incoerência ao criticar José Saramago, conhecido por suas assíduas críticas ao
cristianismo, quando julgou ser o escritor um infantil espiritual. Pondé fala do budismo
como algo fora da realidade, algo suprarreal, o que não é verdade.
Bem saberia ele se realmente conhecesse essa doutrina. Como budista, senti-me
ofendido.
REINALDO JUNIO DE SOUZA RODRIGUES (São José dos Campos, SP)
Tabuada
Qual é o problema em decorar a tabuada ("Guerras matemáticas", Saber, ontem)? Daqui
a um milhão de anos, 7x8 ainda será 56. Talvez se as crianças de hoje decorassem
mesmo a tabuada, no futuro não cairiam em armadilhas como a de pagar por um produto
de R$ 2 mil nove prestações de R$ 399,99 (tabuada do 9).
SANDRA BROGIONI (São Paulo, SP)
Ombudsman: 0800-15-9000
ombudsman@uol.com.br
www.folha.com.br/ombudsman