I D É I A S

OS EFEITOS

DO TREINAMENTO PRECOCE

EM CRIANÇAS

E ADOLESCENTES

O desenvolvimento de um trabalho inadequado leva

as crianças, muitas vezes, a u m a árdua

caminhada no início de sua trajetória esportiva,

que lhes traz graves conseqüências emocionais

e fisiológicas.

PROFESSORA LENAMAR FIORESE VIEIRA

Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1(2): 23-31, 1989 23

 RESUMO
O presente trabalho, de cunho bi­
bliográfico, teve como objetivo verifi­
car as causas e efeitos que levam as
crianças a participar do esporte compe­
titivo e também verificar quais os níveis
de maturação propícios para iniciação
desportiva em prejuízos de ordem fisio­
psicológica. Baseados nisso é que di­
vidimos nosso estudo em cinco partes.
Tomamos como parte inicial o fato das
crianças serem iniciadas precocemente
no treinamento, nem sempre tendo uma
orientação adequada. Num segundo
momento passamos para o desenvolvi­
mento das qualidades motoras nas dife­
rentes idades, onde nos preocupamos em
discutir o que é indicado dentro de cada
faixa etária. Num terceiro momento,
passamos para o treinamento, onde to­
mamos como base a velocidade, a
força e a resistência Em seguida,
através dos dados bibliográficos,
verificamos os efeitos físicos, psicológi­
cos e fisiológicos aos quais a criança
é sujeita quando submetida a um treina­
mento. E, finalmente, através dos di­
versos estudos de autores ligados a esta
área, pudemos chegar às seguintes con­
clusões: As atividades físicas e o treina­
mento devem ser de forma livre e lúdi­
ca, sempre objetivando um desenvolvi­
mento global da criança. A idade ideal
para aquisição de habilidades motoras é
dos seis aos doze anos. A melhor fase
para o desenvolvimento da velocidade
está entre os dez e quatorze anos. O
treinamento da força é totalmente desa­
conselhável até os dez anos de idade. A
resistência aeróbica é a mais indicada
para crianças. A escolha das atividades
pela criança deve ser respeitada e incen­
tivada. Devemos destacar também os
anseios e as atividades das crianças, ob­
servando não só a idade cronológica,
mas também o nível de maturação para
que não haja uma saturação precoce,
podendo com isso conseguir-se, no fu­
turo, uma geração de atletas.
INTRODUÇÃO
Devido nas últimas décadas, no
mundo inteiro, crianças serem introdu­
zidas precocemente na prática de trei­
namento desportivo específico, em bus­
ca de resultados imediatos, faz-se ne­
cessário um estudo mais profundo, para
que se verifique as consequências de or­
dem fisio-psicológica destes programas
de Educação Física.
Muito se tem questionado a respeito
da atividade física, a especialização e a
competição para crianças. NEGRÃO
(1984), afirma que na maior parte das
vezes, as modalidades esportivas exigem
o desenvolvimento de certas qualidades
físicas que não devem ser enfatizadas na
infância. HEGEDUS (1972), afirma que
"começar cedo no esporte, não significa
especialização precoce". Este mesmo
autor relata que cada pessoa pode dar o
máximo de suas possibilidades em de­
terminada especialidade pela qual tem
predisposição hereditária sempre que a
esfera de suas possibilidades comece
a ser explorada.
Esses argumentos, de forma alguma
invalidam a prática de atividade física
para crianças. Ao contrário, ela é im­
portantíssima desde que adequada.
1 . D E S E N V O L V I M E N T O D A S
QUALIDADES MOTORAS NAS
DIFERENTES IDADES
O crescimento e o desenvolvimento
da criança sob os aspectos físico, psíqui­
co e social, devem ser considerados des­
de a fecundação até a adolescência. To­
maremos por base a divisão de TEI­
XEIRA e PINI (1978), adotada por nós,
a partir da fase Pré-escolar da infância
(2 a 7 anos até a pós-puberal da adoles­
cência (14-16 a 18-20 anos). Quadro 1.

Q u a d r o I - Desenvolvimento das Qualidades Motoras nas Diferentes Idades.

FASE DESENVOLVIMENTO DAS MODALIDADES ESPORTIVAS

CARACTERÍSTICA
QUALIDADES MOTORAS INDICADAS

PRÉ-ESCOLAR Fase de rápido aperfeiçoamento Velocidade ­ desenvolve-se - Patinagem artística

(2 a 7 anos) das formas de movimento menos nesta idade. - Saltos p/ água
e a aquisição das primeiras Força ­ completamente - Natação
formas de movimento. desaconselhável -Esqui
Resistência-pequena Corridas de 800 a 1.500 mts.

ESCOLAR Fase de rápidos progressos Os hábitos motores naturais - Natação

(7 a 10 anos) no desenvolvimento da e de base aperfeiçoam-se. - Equitação
motricidade. - Ação de grande intensidade -Judô
Idade das primeiras é desaconselhável. -Corridas de 1.000 e
performances. 2.000 mts., em bosques.

ADOLESCÊNCIA Fase de melhor aprendizagem. Os jovens dominam bem a - A iniciação esportiva

PRÉ-PUBERAL Interesse pela atividade flexibilidade e o ritmo. especializada ê bem recebida.
(10 a 12-14 anos) desportiva. Desenvolvimento da força - Deve haver avaliação da
e da velocidade em regime evolução orgãnico-funcional.
de resistência.

ADOLESCÊNCIA PUBERAL Fase da reestruturação das Os exercícios de força e - Ginástica

(12-14 a 14-16 anos) habilidades e capacidades resistência têm plena aplicação. - Esporte em geral.
motoras. - Desenvolvimento neuro­
psicorrotor ê completo.

ADOLESCÊNCIA Fase de estabilização, da Praticamente não há nenhuma - Algumas modalidades

PÓS-PUBERAL individualização acentuada e limitação para prática desportivas se adaptam
(14-16a 18-20 anos) da diferenciação intensa no esporte. melhor ao organismo jovem.
especifica dos sexos. Observar seu biótipo.

24 Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1(2): 23-31, 1989

 2 . D E S E N V O L V I M E N T O D A S
QUALIDADES MOTORAS.
Segundo MITRA e MOGOS
(1982), "Não existe limite inferior de
idade para o começo do desenvolvi­
mento das qualidades motoras. Existem
apenas métodos e meios adequados pára
isso, período de desenvolvimento mais
intenso e outros de relativa estagnação".
TUBINO (1984), comenta que as
qualidades físicas estão intimamente li­
gadas com os objetivos do treinamento.
Ele as divide da seguinte forma: veloci­
dade, força, equilíbrio, coordenação,
ritmo, agilidade, resistência, flexibilida­
de, descontração.
No presente trabalho, estudamos
três dessas qualidades motoras conside­
radas básicas para o treinamento, por
HEGEDUS (1972) outros como GA­
YA, et alii (1979), MITRA e MOGOS
(1982), HOLLMANN e HETTINGER
(1983) e TUBINO (1984), que são: ve­
locidade, força e resistência.
dinamismo no desenvolvimento da velo­
cidade, própria para a idade, e também,
com a finalidade de comprovar experi­
mentalmente em método de treinamento
da velocidade, nas crianças em idade es­
colar. As constatações mais importantes
foram: a velocidade de movimentos
crescia visivelmente nas faixas de oito a
onze anos e de doze a quinze anos.
Nos jovens de oito a doze anos aumen­
tava, sobretudo, a frequência de movi­
mentos, ao passo que se reduzia o tempo
de reação. A velocidade máxima de
corrida crescia na faixa de oito a onze
anos, em l,16m/seg., mas aumentava
somente em 0,51m/seg., entre os onze e
os quatorze anos.
Destas constatações, os autores de­
duzem que, na faixa de oito a onze anos,
a formação da velocidade deve ser pro­
cedida, sobre tudo através da qualidade da
educação corporal, que deve levar a um
Figura 1 - Velocidade Máxima na corrida, com relação ao tamanho do
corpo, em rapazes e moças de diferentes idades.
aumento da frequência de movimentos.
Dos doze até os quinze anos, as capaci­
dades de velocidade deverão ser forma­
das, em sua maior parte por meio de
exercícios de esforço da velocidade e de
força.
BACH et alii, apud HOLLMANN e
HETTINGER (1983), numa análise de
velocidade máxima em crianças, afir­
mam que não existem diferenças nos
tempos de corrida nos 50 metros, 75 ou
100 metros, entre rapazes e moças da
mesma idade, em relação à sua altura.
Também HOLLMANN e HET­
TINGER (1983), chegaram a conclu­
sões s e m e l h a n t e s , como mostra a fi­
gura I, num parâmetro de velocidade
máxima na corrida, com relação ao ta­
manho do corpo comparativamente em
rapazes e moças de diferentes idades.

2.1. V e l o c i d a d e

A velocidade, sob suas múltiplas

formas, está presente na maioria das
ações motoras. Apresenta um interesse
especial para todas as modalidades des­
portivas, sendo a sua contribuição de­
terminante à realização de performances
nas provas de velocidade.
FAUCONNIER, apud TUBINO
(1984), define a velocidade como uma
qualidade física particular do músculo e
das coordenações neuro-musculares que
permite a execução de uma sucessão rá­
pida de gestos que em seu encadeamen­
to, constituem uma só e mesma ação, de
uma intensidade máxima e de duração
breve ou muito breve.
MOLLET (1965), define a veloci­
dade como a qualidade corporal que
permite desenvolver uma ação em um
tempo mínimo. Para este autor, parte
dessa qualidade se deve ao dom natural,
individual e hereditário, porém a outra
parte pode-se adquirir com o treina­
mento.
HOLLMANN e HETTINGER
(1983), comentam que há condições
particularmente favoráveis para a for­
mação da velocidade, na infância e na
adolescência.
VLASSOW e colaboradores, apud
HOLLMANN e HETTINGER (1983),
examinaram 400 meninos entre sete e
quatorze anos que não praticavam es­ A figura acima nos mostra que a velocidade básica de pessoas do sexo feminino é,
porte sistematicamente, com relação ao em média, 10 a 15% mais baixa que a dos homens. As meninas alcançam sua velocidade
Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1(2): 23-31, 1989 25
 máxima, sem treinamento específico, por volta dos quatorze anos, para depois não ROCHA (1978), diz que força é a
mostrar melhoramentos significativos. No caso delas não se percebe, em nenhuma faixa "qualidade que permite ao músculo
etária, uma dependência da velocidade na corrida, com as dimensões corporais. Esta ou grupo de músculos vencer uma re­
constatação é facilmente compreensível, já que o hormônio sexual masculino é deter­ sistência ao movimento do qual ele é o
minante da possibilidade de treino da força muscular. agente motor".
Como OZOLIM, ZATIORSKI, FLORESCU et alii, apud MITRA e MOGOS, Segundo ele, diversos fatores in­
distinguem três formas de base, relativamente independentes e com índices de correla­ fluenciam no desenvolvimento da força,
ção mínimos, na manifestação da velocidade nas diferentes ações motoras, provas e sem os quais não haverá o aprimora­
modalidades esportivas: velocidade de reação (o tempo latente da reação motora), a mento desejado:
velocidade de execução (a velocidade do movimento singular, a velocidade propria­ - Sistema nervoso
mente dita dos movimentos) e a velocidade de repetição (a frequência dos movimen­ - Sexo
tos), conforme quadro 2. -Raça
- Tipos de fibras: vermelhas, brancas
Q u a d r o 2 - Classificação da velocidade, segundo MITRA e M O G O S (1982). - Frequência das sessões de treinamento

2.2.1. A IDADE E O T R E I N A M E N T O
DE F O R Ç A

PODSKOTSKY (1963), MIJNE­

O quadro acima demonstra que os
índices da velocidade de reação não se
correlacionam com os índices das outras
formas de manifestação da velocidade,
isto é, a melhoria da velocidade de rea­
ção não se irá repercutir favoravelmente
sobre a velocidade de execução ou de
repetição.
A velocidade de reação nos mem­
bros superiores apresenta índices mais
elevados.
Nos desportistas constatam-se índi­
ces de velocidade superiores, compara­
tivamente com os não desportistas.
No caso de velocidade de execução,
a grande maioria das ações motoras,
cuja eficiência depende da sua manifes­
tação, tem que ser assegurada uma rela­
ção ótima entre a força e a velocidade.
A velocidade de repetição está im­
plicada nas ações motoras que têm na
sua estrutura movimentos cíclicos que se
repetem numa sucessão rápida em espa­
ço de tempo limitado: corridas, marcha,
esqui, boxe.
Segundo MITRA e MOGOS
(1982), vários fatores implicam na ma­
nifestação da velocidade e nos períodos
de idade em que se pode atuar com gran­
des possibilidades de êxito. Se nas clas­
ses mais novas a melhoria do desenvolvi­
mento da velocidade se obtém, em espe­
cial, à custa da velocidade de reação e,
26
em certa medida, também da execução,
nas classes mais velhas, este ganho re­
gistra-se especialmente, à custa da velo­
cidade de repetição e de execução,
atuando em ambos os casos sobre aque­
les fatores que desenvolvem a velocida­
de com base na força e na resistência e à
custa do aperfeiçoamento dos mecanis­
mos e das fontes energéticas específicas
da velocidade.
2.2 F o r ç a
É uma das mais importantes quali­
dades de que dispõe o organismo huma­
no. O seu inadequado desenvolvimento
tornará impossível a formação dos há­
bitos motores.
ASTRAND e RODHAL (1980),
comentam que o potencial de uma pes­
soa para a elaboração da força muscular
é estabelecida ao nascer, pois cada indi­
víduo nasce com um número fixo de fi­
bras musculares que, em termos gerais,
continua inalterado durante toda a vida.
O treinamento aumenta a força muscu­
lar máxima e a inatividade reduz a força.
Isso se relaciona com alterações havidas
na espessura de cada fibra muscular e,
assim sendo, também com o corte trans­
versal do músculo como um todo.
VICH (1967) e EMILINA (1967), apud
GAYA et alii (1979), em suas teses
doutorais, afirmam que os exercícios
cujos pesos são adequados às possibili­
dades do organismo influem, favora­
velmente, na constituição física e me­
lhoram a capacidade dos órgãos e sis­
temas do organismo jovem. Estes auto­
res demonstraram a inconsistência da
opinião sobre a retenção do crescimento
como consequência dos exercícios com
pesos.
GAYA et alii (1979), comentam que
não importa saber apenas em que
idade começar o treinamento com pesos.
É muito mais importante conhecer a
correspondência das cargas utilizadas
com as possibilidades da idade.
As melhores condições para au­
mentar a força dos músculos, se­
gundo dados de HOLLMANN e HET­
TINGER (1983), se observam na idade
dos vinte e trinta anos, sendo que as
mulheres desenvolvem 50% menos que
os homens. Na adolescência não há
quase diferença entre homens e mulhe­
res.
Quanto menor a idade com que se
iniciar o treinamento orientado para a
força, mais cedo terminará o cresci­
mento desta.
GAYA et alii (1979), afir­
mam que "não se aplicam exercícios de
força em termos máximos, quer na car­
ga ou na intensidade antes da formação
plena do esqueleto, ou seja, antes dos
dezessete anos".
HEGEDUS (1977), comenta que
através da evolução podemos verificar
que o homem é mais forte que a mulher.
E os pontos do desenvolvimento da for­
ça se constata dos dezesseis aos dezoito
anos nas mulheres e aproximadamente
por volta dos vinte anos nos homens.
Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1 (2): 23-31, 1989
 Figura 2 - A capacidade de adaptação ao treinamento de força em relação à
idade.
HOLLMANN e HETTINGER
(1983), afirmam que na infância existem
apenas diferenças pouco acentuadas de
força entre meninos e meninas. Mais ou
menos a partir do décimo ano de vida, o
menino passa por um crescimento rápi­
do da força muscular. O máximo da for­
ça muscular é alcançado pelo homem,
mais ou menos, aos vinte anos de idade,
perdurando aproximadamente por um
decênio. Depois haverá um decréscimo
gradual. (Figura 2)
2.3. R e s i s t ê n c i a
ZATIORSKI, apud MITRA e
MOGOS (1982), define a resistên­
cia como: ''a capacidade de efetuar
durante um longo tempo uma qualquer
atividade sem reduzir a sua eficácia".
DIEM (1978), comenta que no geral
as crianças são resistentes, deve-se dei­
xar que elas mesmas marquem seu rit­
mo, pratiquem uma espécie de treina­
mento com intervalos, alternando o es­
forço e o descanso. Correm, param,
voltam a correr.
KNAPP, GURTLER e ZWINGER,
apud MEINEL (1984), relatam que para
o desenvolvimento da resistência ainda
não são reconhecidos valores seguros
para crianças de três a seis anos de vida.
É evidente que as crianças, ao final da
idade pré-escolar alcançam um nível que
está substancialmente acima das demais
concepções para o desenvolvimento
Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1(2): 23-31, 1989
dessa habilidade motora. Pesquisas re­
centes confirmam como, expressamente
bons, os resultados das habilidades de
resistência para crianças de sete a oito
anos, enquanto conceituações anteriores
caracterizavam crianças desta faixa etá­
ria, como crianças de rendimento curto.
Vários autores como GAYA et alii
(1979), TUBINO (1984), dividem a re­
sistência em dois tipos:
a - Aeróbica
b - Anaeróbica.
2.3.1. R e s i s t ê n c i a A e r ó b i c a
Para TUBINO (1984), é a qualidade
física que permite a um atleta sustentar
por um período longo de tempo uma
atividade.
KEUL, REINDELL, ROSK­
MANN, FILLIPPOVICZ, apud NE­
GRÃO (1984), são unânimes em afir­
mar a importância do treinamento aeró­
bico para crianças. Esses autores, quan­
do analisaram a influência do desporto
no mecanismo da circulação sanguínea e
no metabolismo, demonstraram que o
treinamento no organismo jovem não
depende da qualidade, mas sim da quan­
tidade de atividade física.
PINI (1978), comenta que a criança
poderá ser iniciada mais precocemente
em modalidades esportivas que se carac­
terizam por atividades físicas naturais,
se realizadas através de trabalho predo­
minantemente do tipo aeróbico.
ERIKSSON, GOLLNICK e SAL­
TIN, apud TUBINO (1984), observa­
ram que crianças de onze anos eviden­
ciam uma capacidade aeróbica favorável
e uma capacidade anaeróbica negativa.
O desenvolvimento da capacidade
aeróbica é essencial no treinamento des­
portivo de alto nível de qualquer moda­
lidade, pois mesmo os desportos em que
a capacidade anaeróbica é solicitada
prioritariamente, os investigadores con­
cluem que no potencial aeróbico estão as
maiores ou menores possibilidades de
rendimento no treinamento anaeróbico.
GRÜNEWALD e WÜLLZEN­
MÜLLER (1984), relatam que todas as
modalidades esportivas, que estão ba­
seadas em uma bem dosada solicitação de
treinamento aeróbico geral, também
servem como esporte de lazer. O traba­
lho de treinamento precisa ser bem do­
sado para evitar, de qualquer maneira,
um trabalho exagerado. Estas conside­
rações são indispensáveis para as corri­
das de longa distância, para a natação,
para o excursionismo de bicicleta ou de
barco. Também diversos jogos em gra­
mados (futebol, handebol, hockey e ou­
tros) podem oferecer motivação para
o treinamento aeróbico.
2.3.2. R e s i s t ê n c i a A n a e r ó b i c a
Segundo TUBINO (1984), é a
qualidade física que permite a um atleta
sustentar, o maior tempo possível, uma
atividade física, uma situação em débito
de oxigênio.
GEORGESCO, apud TUBINO
(1984), em investigação com jovens ro­
menos que não eram atletas, entre sete e
vinte e um anos, dos sexos masculino
e feminino, na aplicação de um teste
anaeróbico, chegou às seguintes con­
clusões:
- a capacidade máxima anaeróbica,
em jovens do sexo masculino aumenta,
continuamente, até os dezoito anos e
depois permanece próxima aos valores
alcançados até os vinte e um anos;
- a relação entre a resistência
anaeróbica e o peso corporal nos ho­
mens é significativa até os dezesseis
anos e nas mulheres até os quatorze
anos. A explicação encontrada para o
crescimento da resistência anaeróbica
nos homens até os dezesseis anos e nas
mulheres até os quatorze anos está fun­
damentada no desenvolvimento da
massa muscular;
-Não existem diferenças significati­
vas do desenvolvimento natural anaeró­
bico, entre os sexos,até os doze anos.
Após esta idade as mulheres apresentam
um percentual menor que os homens da
mesma idade.
27
 Figura 3 - Períodos para o desenvolvimento das qualidades motoras. O quadro 3 mostra-nos que as mo­
dalidades individuais têm predominância
de esforço anaeróbico e as modalidades
coletivas têm predominância de esforço
aeróbico e anaeróbico.

3. E F E I T O S FÍSICOS,

PSICOLÓGICOS

E F I S I O L Ó G I C O S DO

T R E I N A M E N T O D E S P O R T I V O .

A prática esportiva tem característi­

cas e implicações análogas às de qual­

quer outra forma de aprendizagem. Ela

pode ter dupla destinação, seja a busca

de performance, seja a função instru­

mental no processo educativo. DIEM

(1978) relata que a aprendizagem é

sempre um processo social. A criança

aprende dos outros e com os outros. O

elogio, a crítica, o estímulo e o desalen­

to, a recompensa e o castigo, são meios

MITRA e MOGOS (1982), demonstram na figura 3 que as idades mais prováveis, que se utiliza para estimular a aprendi­

do ponto de vista do rendimento para o desenvolvimento da velocidade são as mais bai­ zagem e o rendimento.

xas e para a força e resistência, as idades mais avançadas.

A velocidade e suas formas de manifestação devem ser influenciadas favoravel­
3.1. E f e i t o s F í s i c o s
mente, entre os dez e dezoito anos, podendo as ações para o seu desenvolvimento
começar desde os cinco e seis anos;
A força e a resistência, qualidades motoras, facilmente perceptíveis, podem edu­
Segundo ARCELLI (1979), no mo­
car-se, sistematicamente, desde a idade de nove e dez anos, tendo uma evolução ascen­
vimento do corpo estão implicados:
dente e possibilidades máximas de aperfeiçoamento após a maturação do organismo.
a) o esqueleto - formado por múlti­
plos ossos que dão forma e sustentam o
corpo e são órgãos passivos do movi­
24. A S M O D A L I D A D E S D E S P O R T I V A S E O T I P O D E S O L I C I T A Ç Ã O mento;
MOTORA b) os músculos - contraem e rela­
xam, movem os ossos a nível de articu­
lação e são órgãos ativos do movimento;
Dentro de cada modalidade existem as qualidades motoras que são consideradas da c) o tecido ósseo - constituído por
maior importância (básicas). uma substância fundamental colágena:
Através do quadro 3, procuramos esclarecer melhor o que cada modalidade des­ osseína, e combinada com uma grande
portiva solicita em maior intensidade. quantidade de substâncias minerais,
principalmente fosfato de cálcio (85%),
Q u a d r o 3 - Classificaçã
Classificaçãoo das
das modalidade
modalidadess desportiva
desportivass em relaçã
relaçãoo ao tipo
tipo de soli
soli­­ carbonato de cálcio (10%), fosfato de
citaçã
citaçãoo motora
motora:: esforç
esforçoo aeróbic
aeróbicoo e anaeróbico
anaeróbico,, segund
segundoo DADALL MON
MON­­ magnésio (1,5%).
T E , apud
apud HOLLMANN
HOLLMAN N e H E T T I N G E R (1983).
(1983). O osso deve sua rigidez ao conteúdo
de sais minerais e sua elasticidade à ma­
triz orgânica.
ARCELLI (1979), comenta que na
juventude predomina a substância carti­
laginosa, portanto, os ossos são mais
flexíveis e resistentes aos golpes.
É necessário lembrar que na idade
juvenil os ossos são mais facilmente
deformados por posições incorretas e
por pesos excessivos.
KATO e ISHIUO, apud NEGRÃO
(1984), observando quatro mil crianças
puderam encontrar cento e dezesseis
casos de crescimento epifisário, obstruí­
do em suas extremidades inferiores de­
vido ao treinamento intenso. MALINA,
apud NEGRÃO (1984), diz que a lesão
da zona de crescimento epifisário, fre-
28 Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1(2): 23-31, 1989
 quentemente causada por trauma, pode
levar a uma irregularidade ou cessar o
crescimento.
DEACON, apud NEGRÃO (1984),
alerta para os danos físicos que podem
ser ocasionados pelo esporte altamente
competitivo praticado em idade precoce.
A motivação competitiva faz com que a
criança supere o mecanismo de auto-re­
gulação, através da liberação intensa da
adrenalina, o que pode ser extrema­
mente prejudicial.
Outro aspecto que merece ênfase é
a diferença maturacional numa mesma
faixa etária. Tem-se conhecimento de
que nem sempre a idade cronológica
corresponde à idade fisiológica, em uma
mesma criança. Por essa razão, em uma
mesma faixa etária, encontra-se uma
variação maturacional com bastante aci­
dentes, principalmente em modalidades
esportivas que envolvem contato cor­
poral com o adversário.
nas competições são parte do desafio
Além dos aspectos já citados, a
competição esportiva precoce, apresenta
frequentes, elas podem melhorar a si­
outro inconveniente, que é, segundo
NEGRÃO (1984) o de exigir movi­
rios.
mentos muito velozes. Movimentos ve­
lozes ocorrem a partir de contrações
comentam que se o indivíduo possui as
musculares muito rápidas e muito po­
tentes. Sabe-se que a maturação mus­
emocional, motivação, inteligência e
cular atende à maturação óssea na crian­
ça. Assim sendo, não é difícil ocorrerem
acidentes graves, como o arrancamento
atividade, se pode concluir que está psi­
de tendões junto à inserção óssea, e, até
mesmo fraturas ósseas, resultantes de
TELES (1976), comenta que a ma­
contrações musculares muito potentes,
sem que haja maturação óssea equiva­
danças de comportamento. Quando uma
lente.
A antecipação de um treinamento de
competição na idade juvenil e as intensi­
dades sempre crescentes de carga num
treinamento de força, fazem com que a
profilaxia de lesões se torne a preocupa­
ção médica principal.
Em primeiro lugar encontra-se a
coluna vertebral, comentam os autores
HOLLMANN e HETTINGER (1988).
A questão da intensidade de solicitação
pode ser examinada pela análise biome­
cânica das forças atuantes e pelos le­
vantamentos estatísticos da frequência e
das proporções das lesões causadas na
coluna vertebral.
Por um lado, é importante e neces­
sário esclarecer que os aspectos aborda­
dos aplicam-se ao esporte competitivo e
não à atividade física como um todo. Ao
contrário, a atividade física quando rea­
lizada adequadamente, de forma com­
patível com as necessidades fisiológicas
exigidas por cada estágio de desenvol­
vimento e crescimento físico da criança,
é extremamente importante.
Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1 (2): 23-31, 1989
mento pragmático de busca de vitórias,
simples técnica sofisticada de modelar
campeões, bem ao sabor dos esquemas
de estimulo-resposta dos processos de
reforço e condicionamento.
LAWTER (1972), comenta que de­
vemos permitir ao indivíduo que cometa
seus próprios erros para que o processo
de aprendizagem possa ir adiante.
Ainda o mesmo autor conclui que o
esporte é, vigorosamente, motivado pelo
excesso de energia e pelo impulso de jo­
go nos seres humanos. A popularidade e
a persistência dos esportes por toda a
história, e, na maioria das civilizações do
mundo de hoje não poderiam ser expli­
cados se eles não trouxessem prazer, alí­
vio e alegria no desempenho. Os signifi­
cados emocionais adicionais dos espor­
tes é que dão colorido à vida.
E, finalmente relata que as derrotas
44
total da disputa. Quando não são muito
As atividades físicas e
tuação de aprendizado e tornar os su­
cessos posteriores ainda mais satisfató­
o treinamento devem
MOREHOUSE e MILLER (1978),
ser de forma livre
percepções necessárias, estabilidade
e lúdica, sempre
educabilidade para o desempenho da
objetivando um
cologicamente apto para realizá-la.
desenvolvimento
turidade é o maior competidor da
aprendizagem, no que se refere a mu­
global da criança.
sequência de comportamento se desen­
volve através de estágios regulares, in­
dependentemente da intervenção da
prática, diz-se, do comportamento, que
ele se desenvolveu por maturação. Se as
técnicas de treinamento não aceleram,
nem modificam o comportamento, não
se deve atribuir à aprendizagem as
transformações observadas.
Progredindo assim, nas áreas mo­
triz, intelectual e emocional, a criança de
terceira infância pode iniciar seus pri­
meiros avanços com respeito a regras,
na aceitação das restrições, no reconhe­
cimento dos direitos alheios, na cons­
ciência do valor mutável das conven­
ções, lançando-se nos primeiros passos
da socialização moral sempre presente
3.2. E f e i t o s P s i c o l ó g i c o s na ação competitiva da iniciação espor­
tiva.
Contrariamente ao que ocorre na
terceira infância, o treinamento despor­
ROSADAS (1985), comenta que, tivo do adolescente já poderá abranger
fascinados com o incremento dos resul­ preocupações de nível de desempenho,
tados competitivos, atletas, treinadores e pois, nos últimos estágios da fase do
psicólogos passaram a entender a psi­ adolescente está sistematicamente orga­
cologia desportiva como mero instru­ nizado todo o desenvolvimento etário a
29
 fim de proceder sua integração social,
segundo o sistema pessoal de rendi­
mento. Salvo em caso individuais, ex­
pressivamente raros, o rendimento aqui
referido não trata de genuína formação
técnica desportiva do atleta especializa­
do.
Em lugar dela, o que se pretende é
mera orientação para a atividade perma­
nente de todos os educandos envolvidos
no processo, dentre os quais apenas al­
guns, por interesse profissional ou lazer
serão levados ao tipo de treinamento
voltado para o rendimento adulto, ge­
nuinamente produtivo.
A partir daí, mesmo para o homem
maduro a atividade desportiva será sau­
dável como ação estimulante de todas as
suas funções fisiológicas, da conquista
de seu equilíbrio neurológico, da catarse
de suas tensões, do desempenho de to­
das as suas potencialidades e capacida­
des, do seu nível de socialização, do
usufruto de suas próprias satisfações.
HEGEDUS (1972), comenta que expe­
riências realizadas com desportistas
Ainda relata, que os sentimentos
provaram que, somente o treinamento
básico físico não é suficiente para me­
desde o nível suave, despertado por mo­
lhorar o seu rendimento técnico. Segu­
rança emocional, financeira e familiar
dades diárias e costumeiras, até a acele­
podem contribuir decisivamente para
uma melhor performance.
vação amplos.
3.3 E f e i t o s F i s i o l ó g i c o s
as seguintes alterações fisiológicas com
Os diferentes sistemas de treina­
mento não atuam com a mesma intensi­
dade e efeito sobre todos os órgãos dos
esportistas. O caráter do trabalho de­
termina reações de diferentes caracte­
rísticas nas variadas partes do organis­
mo. Os efeitos orgânicos que produz
o treinamento, não atua sobre determi­
nadas partes do organismo, mas sim so­
bre sua totalidade, ainda que com menor
intensidade. E, é por isso, que todo tipo
de trabalho tem seus efeitos principais
sobre determinados setores do organis­
mo e, de maneira secundária, no sistema
nervoso. Os estímulos de pouca intensi­
dade, porém de longa duração, envolvem
atividades de órgãos internos como o
aparelho circulatório e em ordem secun­
dária recorre aos músculos.
Os sistemas fisiológicos possuem
alto grau de adaptação à atividade física.
A resposta de cada sistema é discreta;
para realizar um trabalho pesado em
ambiente caloroso é necessário um
ajuste nos mecanismos de termoregula­
ção. Cada tarefa tem seus componentes
fisiológicos principais, para executá-la,
o organismo requer o funcionamento
efetivo dos sistemas pertencentes.
30
44
0 treinamento da
força é totalmente
desaconselhável até os
dez anos de idade.
HEGEDUS (1972), relata que
existem diversas modificações somato­
fisiológicas nos esportistas. Isto quer di­
zer que o trabalho de sobrecarga na
musculatura aumentará sua massa global
ao mesmo tempo que sua força; as exi­
gências de longa duração (corredores ou
ciclistas fundistas), pelo caráter de seu
trabalho, repercutem num aumento do
Revlsta da Fundação de Esporte e Turismo 1(2): 23-31,1989
tamanho do seu aparelho cardio-vascu­
lar e, como consequência disto, o au­
mento da resistência. A melhora do
metabolismo muscular que caracteriza
os atletas meio-fundistas, incrementa
a resistência da musculatura e poderá
render durante o tempo relativamente
prolongado, quase sem a presença de
oxigênio.
Os exercícios de reação aperfeiçoam
a coordenação neuromuscular, me­
lhorando o rendimento dos velocistas;
exercícios ginásticos específicos aumen­
tam a mobilidade articular, através da
qual se consegue uma maior amplitude e
impulso dos movimentos.
LAWTHER (1972), comenta que o
amadurecimento fisiológico precoce
parece ser acompanhado de muitos de­
senvolvimentos favoráveis da personali­
dade como: liderança, estabilidade so­
cial, agressividade, personalidade está­
vel, maturidade emocional.
ocorrem em diferentes intensidades, as
quais seguem uma linha de continuidade,
tivos e incentivos regulares das necessi­
ração que ocorre com o estímulo e ati­
MATHEWS e FOX (1983), citam
o decorrer do treinamento:
- Alterações nos tecidos conjunti­
vos, com estímulo ao crescimento ósseo,
ou inibição do crescimento, aumentando
a densidade nos tendões e ligamentos,
fortalece-os produzindo aumento de
força de ruptura dos mesmos. Nas arti­
culações e cartilagens verifica-se maior
ventilação máxima por minuto, aumento
da frequência respiratória, aumento nos
volumes pulmonares, desenvolve-se
maior resistência. Também reduz-se a
gordura total, ligeiro aumento do peso
corporal, redução dos níveis sanguíneo
de colesterol e triglicídeos, maior acli­
matação ao calor, redução nas pressões
arteriais durante o exercício e em re­
pouso, a pulsação e a pressão voltam ao
normal mais depressa, desenvolvemos
maior força muscular e maior eficiência
mecânica, usando menos oxigênio por
unidade de atividade.
Em repouso as alterações observa­
das com o treinamento são: aumento na
cavidade ventricular, redução da fre­
quência cardíaca e maior contrabilidade
miocárdia.
CONCLUSÃO
Analisando os diversos estudos so-
 bre a criança, o seu desenvolvimento e o
treinamento, podemos concluir o que se
segue:
- A idade dos seis aos doze anos é,
considerada como IDEAL, para adquirir
habilidades corporais.
- As atividades e os treinamentos
devem ser de caráter geral objetivando
um aumento do manancial das habilida­
des motoras e não uma especialização
prematura da modalidade escolhida, de­
vendo ser executados de forma livre,
sendo extremamente importante em
forma de jogos.
- Devem ser evitadas as tentativas
de se desenvolver o potencial atlético
das crianças precocemente.
- No treinamento de força, quase
não existe condição abaixo do décimo
ano de vida. Com a idade, as possibilida­
des aumentam para alcançar o máximo
entre o décimo quinto e o vigésimo
quinto ano de vida, aproximadamente.
Após, haverá um decréscimo de valores.
- Quanto à resistência, a capacidade
de rendimento das crianças ocorre no
espaço de tempo dos sete aos dez anos,
aproximadamente, uma fase de rápidos
progressos no desenvolvimento motor
da criança. As atividades de média in­
tensidade e longa duração (aeróbica),
são mais indicadas que as de alta inten­
sidade e curta duração (anaeróbica),
pois estas preparam as crianças para
futuras sobrecargas de treinamento des­
portivo.
- A velocidade e suas formas de
manifestação devem ser influenciadas
favoravelmente entre os dez e dezoito
anos, podendo as ações para o seu desen­
volvimento começar desde os cinco-seis
anos, sendo que as melhores possibilida­
des para a eficácia do treinamento
ocorrem entre os dez e quatorze anos
devido às pré-disposições biológicas
desse período de crescimento.
Não é possível que se consiga uma
geração de atletas de alto nível na idade
adulta se houver negligência no trabalho
com a criança, levando-a a uma árdua
caminhada no início de sua trajetória es­
portiva. O que tem de ser observado é a
necessidade de adequação das atividades
apresentadas para serem desenvolvidas.
É necessário também um trabalho
bem orientado, inclusive com competi­
ções, para que os jovens desenvolvam
aspectos psicológicos frente às mesmas.
Este estudo, como todo estudo, tem
suas limitações na vasta e prolixa lite­
ratura, referente ao treinamento, como,
por exemplo, as diferenças de concep­
ção e cultura de cada povo, e também,
na maneira de encarar e entender criança,
frente ao treinamento dentro do esporte.
Revista da Fundação de Esporte e Turismo 1(2): 23-31, 1989
Lenamar Fiorese Vieira
Universidade Estadual de Maringá ­
Departamento de Educação Física. Av,
Colombo, 3690 - Reitoria - Campus
Universitário - Maringá-PR - 87020
BIBLIOGRAFIA
ARCELLI, Enrico. Anatomia y Fisiologia Del Aparato
Muscular. Preparación Atlética. Buenos
Aires. Editorial Nilsen, 1979.
STRAND, N. & RODHAL, N. Tratado de Fisiologia
do Exercício. 2 ed. Rio de Janeiro,
Interamericana, 1980.
DIEM, Liselott Deporte desde la Infância.
Valladolld, Minón. 1978.
G A Y A , Adroaldo A. et alii. Bases e Métodos do
Treinamento Físico Desportiva 2 e d . .
Porto Alegre, Sulina, 1979.
GRUNEWALD & WULLZENMULLER. Esportes
Aerébicos para todos, Rio de Janeiro, Ao
Livro Têcnlco,1984.
HEGEDUS, Jorge de. Treinamento Desportivo.
S8o Paulo, Esporte e Educação, 1972. V. 1 e 2
1 Enciclopédia de la Musculation
Desportiva Buenos Aires, Stadium, 1977.
HOLLMANN & H E T T I N G E R . Medicina de Esporte.
São Paulo, Manole,1983.
LAWTHER, J . Psicologia Desportiva Rio d e
Janeiro, Forum, 1972.
MATHEWS & F O X . Bases Fisiológicas da
Educação Física e dos Desportos. 3 e d . ,
Rio de Janeiro, Interamericana, 1983.
MEINEL, K. Motricidade II. O Desenvolvimento do
ser Humana Rio de Janeiro, Ao Livro Técnico,
1984.
MITRA & MOGOS. O Desenvolvimento das
qualidades Motoras no Jovem A t l e t a
Lisboa, Livros Horlzonte,1982.
MOLLET, Raoul. Entrenamlento al A i r e L i b r a
Madrid, Monteverde, 1965.
MOREHOUSE & MILLER. Fisiologia dei E j e r c í c i o .
4 ed., Buenos Aires, "El Ateneo", 1978.
N E G R Ã O , Carlos E. Os Mini-Campeões. In M e d i c i ­
na e Esporte, 2 ( 1 ) , 1 9 8 4 .
PINI, Mario Carvalho. Fisiologia E s p o r t i v a Rio de
Janeiro, Guanabara Koogan, 1978.
ROCHA, Paulo Sergio Oliveira da. Treinamento
Desportivo I. Brasilia. Ministério da Educação
e Cultura, Departamento de Documentação e Di­
vulgação, 1978.
ROSADAS, Rubem Barbosa. Efeitos Psicológicos do
treinamento Precoce. S p r i n t 1, 1985.
T E I X E I R A & PINI, Aulas de Educação F í s i c a São
Paulo. IBRASA, 1978.
T E L E S , Antonio Xavier. Psicologia Moderna. São
Paulo, Ática 1976.
TUBINO, Manuel José Gomes. Metodologia C i e n ­
tífica do treinamento Desportiva 3 e d . ,
São Paulo, IBRASA, 1984.
31