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UNIVERSIDADE TECNOLÓGICA FEDERAL DO PARANÁ

DEPARTAMENTO ACADÊMICO DE CONSTRUÇÃO CIVIL


CURSO DE ENGENHARIA DE PRODUÇÃO CIVIL

ALEXANDRE LUVIZOTTI LOPES


GABRIELA CAVASSIN

USINAS HIDRELÉTRICAS E TURBINAS PARA GERAÇÃO DE


ENERGIA

TRABALHO DA DISCIPLINA DE HIDRÁULICA

CURITIBA
2010
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SUMÁRIO

Turbinas!.....................................................................................3

Justificativa!......................................................................................3

Máquinas de Fluxo!...........................................................................3

Tipos de Turbinas!.............................................................................4

Características de Desempenho!.................................................5

Turbinas de Impulsão!.......................................................................5

Turbinas de Reação!.........................................................................7

Velocidade Específica!.......................................................................9

Usinas!.......................................................................................11

Itaipu - Turbinas Francis!................................................................11

Governador Parigot de Souza - Turbinas Pelton!............................12

Belo Monte - Turbinas Bulbo!.........................................................14

Velocidade Específica!...............................................................15

Usina Itaipu!....................................................................................15

Usina Governador Parigot de Souza!..............................................15

Usina Belo Monte (casa de força complementar)!..........................15

Conclusão!.................................................................................16

Referências!..............................................................................17
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TURBINAS

Justificativa

Pelo grande potencial hídrico do Brasil e pelo relativo baixo custo


de usinas hidrelétricas se comparado a outras fontes de energia tem-se
esta como a principal fonte de energia elétrica do país. Para se
aproveitar todo esse potencial é indispensável conhecer as turbinas
ideais para cada situação.

Máquinas de Fluxo

      Os dispositivos fluidomecânicos que direcionam o fluido com


lâminas ou pás fixadas em um elemento rotativo são denominadas
turbomáquinas. Nas máquinas de deslocamento positivo, a
transferência de energia é feita por variações de volume no qual o
fluido está confinado. Toda a troca de energia numa turbomáquina é
resultado da interação entre o rotor sobre a corrente de fluido.

      As turbomáquinas podem ser classificadas de acordo com a


geometria do percurso do fluido. Nas máquinas de fluxo radial (ou
centrífugas), a trajetória do fluido é essencialmente radial. Nas
máquinas axiais, a trajetória do fluxo é aproximadamente paralela à
linha de centro da máquina. Nas máquina de fluxo misto, a direção da
trajetória do fluido varia moderadamente.

      As máquinas que adicionam energia a um fluido realizando


trabalho sobre o fluido são denominadas bombas e quando o
escoamento é líquido ou pastoso; ventiladores, sopradores ou
compressores quando lidam com gás ou vapor. As máquinas que
extraem energia de um fluido na forma de trabalho (ou potência) são
chamadas turbinas. Nas turbinas hidráulicas, o fluido de trabalho é a
água (incompressível).
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Tipos de Turbinas

Turbinas Pelton: São turbinas de impulsão, acionadas por jatos


livres de alta velocidade. Nem a pressão, nem a velocidade relativa ao
rotor mudam enquanto o fluido passa sobre as conchas da turbina.
Então, a aceleração e a queda de pressão do fluido ocorrem em bocais
externos às pás.

Turbinas Francis: São turbinas de reação, onde a água entra


circunferencialmente através da carcaça da turbina e escoa em direção
ao rotor. A água entra no rotor quase radialmente e é defletida para
baixo para sair na direção axial. A água saindo do rotor escoa através
de um difusor conhecido como tubo de extração antes de entrar no
coletor.

Turbinas Kaplan: É uma turbina hélice de reação, e a entrada de


água é similar à turbina Francis, mas é defletida para escoar quase
axialmente antes de entrar no rotor.

Turbinas Bulbo: É uma unidade geradora composta por uma


turbina Kaplan e um gerador envolto por uma cápsula. A cápsula fica
imersa no fluxo d´água e o gerador fica posicionado no mesmo eixo do
rotor, o que possibilita seu uso em locais de pouca queda d’água.

Figura: Diagramas de turbinas hidráulicas


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CARACTERÍSTICAS DE DESEMPENHO

Para especificar máquinas de fluxo para sistemas de escoamento,


o projetista deve conhecer o aumento de pressão (ou de altura de
carga), o torque, o requisito de potência e a eficiência de uma máquina.
Para uma dada máquina, cada uma destas características é uma função
da vazão; as características para máquinas similares dependem do
tamanho e da velocidade de operação.

No procedimento de teste de uma turbina, um dinamômetro é


usado para absorver a potência produzida pela turbina, enquanto a
velocidade e o torque são medidos. Os testes de turbinas são
conduzidos à velocidade constante sob carga variável, enquanto o
consumo de água é medido e a eficiência calculada.

Turbinas de Impulsão

As turbinas de impulsão são escolhidas quando a altura de carga


disponível excede cerca de 300m. A maioria das turbinas de impulsão
são rodas Pelton. Uma turbina de impulsão é suprida com água com
altura de carga elevada por meio de um longo duto chamado tudo de
adução ou adutor. A água é acelerada por meio de um bocal e
descarregada como um jato livre de alta velocidade à pressão
atmosférica. O jato choca-se contra pás em forma de concha, montadas
na periferia de uma roda giratória. A energia cinética do jato é
transferida enquanto ele é defletido pelas pás. A potência gerada pela
turbina é controlada, para uma velocidade de jato constante, pela
variação da vazão da água atingindo as pás. A água descarregada da
roda, a uma velocidade relativamente baixa, cai dentro do coletor.

A altura de carga bruta disponível é a diferença entre os níveis do


reservatório de alimentação e do coletor. A altura de carga efetiva ou
líquida, H, usada para calcular eficiência, é a altura de carga total na
entrada do bocal, medida na elevação da linha do centro do bocal.
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Portanto, nem toda a carga líquida é convertida em trabalho na


turbina: uma parte é perdida por ineficiência da turbina, uma outra
parte é perdida no bocal e mais uma outra é perdida como energia
cinética residual na saída do escoamento. Na prática, o tubo de adução
é geralmente dimensionado de modo que a altura de carga líquida na
potência nominal seja 85 a 95% da altura de carga bruta.

Figura: Esquema de uma turbina de impulsão, e as definições de alturas de


carga

Figura: Desempenho real e ideal para velocidade variável em uma turbina de


impulsão
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Além de perdas no bocal, o atrito na roda e nos mancais e o atrito


superficial entre o jato e a pá reduzem o desempenho em comparação
com o caso ideal, sem atrito.

O pico de eficiência da turbina de impulsão corresponde ao pico


de potência, desde que os testes sejam conduzidos com a altura de
carga e vazão constantes. Para a turbina ideal, isso ocorre quando a
velocidade do rotor é metade da velocidade do jato. Nesta velocidade
do rotor, o fluido sai da turbina na mais baixa velocidade absoluta
possível, minimizando, portanto, a perda de energia cinética de saída.
Se a velocidade na saída é minimizada, o trabalho na turbina é
maximizado.

Turbinas de Reação

Para alturas de cargas menores, as turbinas de reação têm


melhor eficiência do que as turbinas de impulsão. Em contraste como o
escoamento numa bomba centrífuga, o escoamento numa turbina de
reação entra no rotor na seção radial maior (mais externa) e
descarrega na seção radial menor (mais interna), após transferir a
maior parte de sua energia ao rotor. As turbinas de reação tendem a
ser máquinas de alta vazão e baixa carga.

As turbinas de reação trabalham cheias de água.


Conseqüentemente, é possível usar um tubo de extração, para
recuperar uma fração da energia cinética que permanece na água que
sai do rotor. A altura de carga bruta disponível é a diferença entre a
altura de carga do reservatório de alimentação e a altura de carga do
coletor. A altura de carga efetiva ou líquida, H, usada para calcular
eficiência, é a diferença entre a elevação da linha de energia
imediatamente a montante da turbina e aquela do tubo de extração da
descarga. A carga líquida disponível para a turbina é igual a carga
bruta menos as perdas na tubulação de alimentação e a perda de
energia cinética na saída da turbina; sem o tubo de extração, a
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velocidade na saída e a energia cinética seriam relativamente grandes,


porém com o tubo de extração elas são pequena, resultando em um
aumento na eficiência da turbina. Ainda, o difusor do tubo de extração
reduz a pressão através da turbina, e por conseqüência aumenta a
produção de energia.

A turbina Francis é usualmente escolhida quando 15≤H≤300m e


a turbina Kaplan é usada quando para cargas de 15 m ou menos. O
desempenho de turbinas de reação e de impulsão podem ser medidos
do mesmo modo, contudo, nas turbinas de reação as cargas brutas são
menores, qualquer variação no nível de água durante a operação é
mais significativa. As medições devem ser feitas para uma série de
alturas de carga, a fim de definir o desempenho de uma turbina de
reação.

Figura: Esquema de uma turbina de reação, e as definições de alturas de


carga
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Figura: Desempenhos de turbina de reação testado em campo e previsto em


modelo

A turbina de reação tem eficiência máxima superior àquela da


turbina de impulsão, mas a eficiência da turbina de reação varia
bruscamente com a carga.

Velocidade Específica

Os coeficientes adimensionais formam a base para a escolha de


turbinas a se utilizar. Um parâmetro útil é chamado velocidade
específica e, para turbinas, depende da rotação da máquina (ω), da
potência nominal (P) e da altura de carga (H), assim como a massa
específica do fluido (ρ) e da aceleração da gravidade (g), constantes
nesse caso:
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A velocidade específica é adimensional quando todas as variáveis


estão no Sistema Internacional de unidades (ω[s-1]; P[W]; ρ[kg.m-3]; g
[m.s-2]; H[m]).

Embora a velocidade específica seja um parâmetro adimensional,


é comum usar equações com unidades não coerentes, tornando o Ns
um parâmetro dimensional, dessa forma, podendo somente ser
comparado com outros Ns de mesma unidade. O Ns também se torna
dimensional quando se omite os termos referentes à massa específica e
à gravidade, que são constantes no caso de turbinas hidráulicas.

É comum caracterizar uma máquina pela sua velocidade


específica no ponto de projeto. É verificado que esta velocidade
específica caracteriza os aspectos de projeto hidráulico de uma
máquina. Baixas velocidades específicas correspondem à operação
eficiente de turbinas de fluxo tangencial (como a roda Pelton). Médias
velocidades específicas correspondem à operação eficiente de
máquinas de fluxo radial (como as turbinas Francis). Altas velocidades
específicas correspondem à operação eficiente de máquinas de fluxo
axial (como turbinas Kaplan/bulbo).

Figura: Proporções geométricas Típicas de turbinas comerciais variando com


a velocidade específica Ns
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USINAS

Itaipu - Turbinas Francis

A Usina de Itaipu é, atualmente, a maior usina hidrelétrica do


mundo em geração de energia. Com 20 unidades geradoras e 14.000
MW de potência instalada, fornece 19% da energia consumida no
Brasil e abastece 77% do consumo paraguaio.

Em 2009, a usina de Itaipu atingiu a quarta maior produção anual


de energia em seus 25 anos de geração. Foram 91.651.808 megawatts-
hora (MWh) produzidos ao longo do ano passado.

O recorde histórico de produção de energia ocorreu em 2008,


com a geração de 94.684.781 megawatts-hora (MWh). O recorde
anterior foi em 2000, quando Itaipu gerou 93.427.598 MWh.

Figura: Corte Esquemático das Unidades Geradoras na Usina Itaipu


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Ficha Técnica:

• Turbinas Francis: 20 un.

• Rotação: 90,9/92,3 rpm

• Vazão Nominal Unitária: 645 m³/s

• Queda Bruta Normal: 120 m

Governador Parigot de Souza - Turbinas Pelton

A Usina Hidrelétrica Governador Pedro Viriato Parigot de Souza


possui a potência de 260 MW, e está situada no município de Antonina.
Seu reservatório está localizado na Rodovia BR-116 (trecho Curitiba -
São Paulo), no município de Campina Grande do Sul, a 50 km de
Curitiba.

A Usina Gov. Parigot de Souza entrou em operação em outubro de


1970, tendo sido inaugurada oficialmente em 26 de Janeiro de 1971,
quando entrou em operação comercial. Ela é a maior central
subterrânea do sul do país.

A usina, inicialmente conhecida como Capivari-Cachoeira,


recebeu seu nome em homenagem ao Governador Pedro Viriato Parigot
de Souza, que liderou o Paraná entre 1971 e 1973, e foi, também,
presidente da Copel.

Para a construção da Usina Parigot de Souza foram represadas as


águas do rio Capivari, localizado no primeiro planalto paranaense, a
830 metros acima do nível do mar. Este represamento foi possível pela
construção de uma barragem de terra de 58 m de altura e 370 m de
comprimento. Da barragem, as águas são desviadas para o rio
Cachoeira, no litoral, obtendo-se um desnível de aproximadamente 740
metros, sendo as águas conduzidas por um túnel subterrâneo de 15,4
km que atravessa a Serra do Mar.
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Na base da montanha, três grandes cavernas foram escavadas,


compondo a Central Subterrânea: Sala de Válvulas, Sala de Máquinas e
Sala dos Transformadores.

Figura: Roda Pelton exposta na Usina Gov. Parigot de Souza

Ficha Técnica:

• Turbinas Pelton: 4 un.

• Rotação: 514 rpm

• Diâmetro do conduto forçado: 3 m

• Velocidade da água: 426 km/h

• Queda Bruta Normal: 754 m 


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Belo Monte - Turbinas Bulbo

Belo Monte é uma usina projetada para ser construída no Rio


Xingu, no Pará. Em meio a discussões entre o governo e ambientalistas,
terá duas casa de força, sendo a casa complementar com 6 turbinas
Bulbo e a principal com turbinas Francis. Quando entrar em operação,
a energia  gerada será equivalente a 6,4% do  consumo total de
eletricidade do Brasil.

Ficha Técnica (casa de força complementar):

• Turbinas Bulbo: 6 un.

• Rotação: 109,9 rpm

• Vazão Nominal Unitária: 320 m³/s

• Queda Bruta Normal: 11,5 m


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VELOCIDADE ESPECÍFICA

Utilizando o conceito de Velocidade Específica, já comentado


anteriormente, calculou-se essas velocidades para cada uma das usinas
avaliadas.

Usina Itaipu

Dados utilizados para o cálculo (uma unidade):

• Velocidade de rotação: 9,519 s-1;

• Potência nominal: 700 MW;

• Altura de carga: 120 m.

Resultado obtido: Ns = 1,1

Usina Governador Parigot de Souza

Dados utilizados para o cálculo (uma unidade):

• Velocidade de rotação: 53,826 s-1;

• Potência nominal: 65 MW;

• Altura de carga: 754 m.

Resultado obtido: Ns = 0,2

Usina Belo Monte (casa de força complementar)

Dados utilizados para o cálculo (uma unidade):

• Velocidade de rotação: 11,5 s-1;

• Potência nominal: 38,85 MW;

• Altura de carga: 11,5 m.

Resultado obtido: Ns = 6,2


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CONCLUSÃO

Comparando o valor de velocidade específica calculado para


turbinas de cada uma das usinas aqui analisadas com o tipo de turbina
ideal para cada velocidade específica, conclui-se que o tipo de turbina
empregado nessas usinas está de acordo com o que foi estudado nesse
trabalho, comprovando a utilidade desse número adimensional como
base para a escolha de turbinas em aplicações que requerem um
rendimento consideravelmente alto para justificar seu investimento,
como no caso de usinas hidrelétricas.
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REFERÊNCIAS

(1) Agência Nacional de Energia Elétrica em www.aneel.gov.br


(2) Companhia Paranaense de Energia em www.copel.com
(3) Eletrobrás em www.eletrobras.com
(4) FOX and McDONALD, 1998. Introdução à Mecânica dos Fluidos.
(5) Itaipu Binacional em www.itaipu.gov.br

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