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Antroposofia

Também chamada de "ciência espiritual" , a Antroposofia ("conhecimento do


ser humano") é uma filosofia e uma prática que foi erigida por Rudolf Steiner.
Ele a apresenta como um caminho para se trilhar em busca da verdade que
preenche o abismo historicamente criado desde a escolástica entre fé e ciência.
Na visão de Steiner a realidade surge no encontro dos mundos da idéia e da
percepção.

Steiner coloca que, ao se pensar sobre o pensar começamos a fazer acesso a


uma consciência diferente da cotidiana. A primeira experiência que podemos ter
de um conceito que não encontra correspondente nas percepções do mundo é a
vivência do próprio Eu. É a primeira instância de uma experiência no puro
pensar. A partir daí muito mais pode ser vivenciado no puro pensar, vários
conceitos que não encontram correspondentes em percepções físicas, mas para
isso Steiner diz ser necessário ampliar nossa a capacidade de nossa consciência
e apresenta exercícios para tal.

A base epistemológica da antroposofia está contida na obra A Filosofia da


Liberdade, assim como em sua tese de doutorado, Verdade e ciência. Estes e
vários outros livros de Steiner anteciparam a gradual superação do idealismo
cartesiano e do subjetivismo kantiano da filosofia do século XX. Assim como
Edmund Husserl e Ortega y Gasset, Steiner foi profundamente influenciado
pelos trabalhos de Franz Brentano, e havia lido Wilhelm Dilthey em detalhe. Por
meio de seus primeiros livros, de cunho epistemológico e filosófico, Steiner
tornou-se um dos primeiros filósofos europeus a superar a ruptura entre sujeito
e objeto que Descartes, a física clássica, e várias forças históricas complexas
gravaram na mente humana ao longo de vários séculos.

Steiner definiu a antroposofia como "um caminho de conhecimento para guiar o


espiritual do ser humano ao espiritual do universo." O objetivo do antropósofo é
tornar-se "mais humano", ao aumentar sua consciência e deliberar sobre seus
pensamentos e ações; ou seja, tornar-se um ser "espiritualmente livre".

Steiner ministrou vários ciclos de palestras para médicos, a partir dos quais
surgiu um movimento de medicina antroposófica que se espalhou pelo mundo e
agora inclui milhares de médicos, psicólogos e terapeutas, e que possui seus
próprios hospitais e universidades médicas. Outras vertentes práticas da
antroposofia incluem: a arquitetura orgânica (a sede da Sociedade
Antroposófica Geral, o Goetheanum, em Dornach, Suíça, é uma amostra dessa
arquitetura), a agricultura biodinâmica, a educação infantil e juvenil (pedagogia
Waldorf), a farmácia antroposófica, que é uma extensão da homeopática (Wala,
Weleda, Sirimim), a nova arte da euritmia ("o movimento como verbo e som
visíveis"), e a pedagogia curativa e terapêutica social, em que se destacam os
centros denominados Vilas Camphill. O site da Sociedade Antroposófica no
Brasil contém inúmeros detalhes sobre todas essas e outras aplicações práticas
da Antroposofia.
A obra completa de Steiner, toda publicada, contém cerca de 350 volumes com
seus livros e ciclos com as mais de 6.000 palestras que foram estenografadas.

A antroposofia possui seus detratores. Os críticos designaram-na como um culto


com similaridades em relação aos movimentos da Nova Era. Não existe culto
dentro da Antroposofia mas, mesmo se existisse, seria um que fortemente
enfatiza a liberdade individual. Ainda, alguns críticos sustentam que os
antropósofos tendem a elevar as opiniões pessoais de Steiner, muitas das quais
são estranhas às visões das religiões ortodoxas, da ciência e das humanidades,
ao nível de verdades absolutas. Se existe alguma verdade nesta crítica, a maior
parte da culpa pertence não a Steiner, mas a seus seguidores. Steiner
freqüentemente estimulou seus seguidores a testarem tudo o que ele dizia, e
em muitas ocasiões, até mesmo escreveu e implorou a eles que não tomassem
nada do que dissesse com base na fé ou autoridade.

Outra crítica afirma que alguns antropósofos parecem distanciar suas atividades
públicas da possível inferência de que a antroposofia é baseada sobre
elementos esotéricos religiosos, tendendo a apresentá-los ao público como uma
filosofia acadêmica não-sectária. Uma dificuldade em avaliar essa crítica é que
ela contém um preconceito oculto porque ignora uma questão que a
antroposofia procurou levantar e responder: é possível, para aquele que pensa,
ser ao mesmo tempo tanto cientificamente quanto espiritualmente cognitivo? A
antroposofia afirma que isso é possível. A crítica supramencionada, por outro
lado, assume que isso não é possível e, portanto, encontra uma contradição
entre a afirmação de um não-sectarismo e um embasamento na experiência
supra-sensível.

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