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É a condição do ambiente de trabalho que oferece perigo e ou risco ao trabalhador. São exemplos de condições
inseguras: instalação elétrica com fios desencapados, máquinas em estado precário de manutenção, andaime
de obras de construção civil feitos com materiais inadequados.
A empresa por sua vez deve reciclar os treinamentos de segurança e manter acesa a
chama da cultura de segurança. Deve fazer parte a todo o momento dos assuntos de
todos essas questões. Nos dias de hoje, não se realiza uma tarefa sem que haja um
planejamento e uma análise de risco. Alem disso, muitas empresas adotam a utilização
de alguns minutos de manhã, antes de iniciar sua jornada de trabalho, para bater um
papo sobre segurança.
Uma coisa é certa, nos acidentes, sempre estão presentes pelo menos uma das duas
condições: Ato inseguro e condição insegura. Várias são as razões que levam a essas
condições, que nos dispensamos de comentar no momento, por serem muito extensas.
Numa empresa de grande porte, havia uma correia transportadora, uma das últimas da
linha de produção, onde no “chute” de transferência da correia superior para a inferior,
havia um sistema amostrador automático, que de hora em hora se deslocava da esquerda
para a direita e voltava para a esquerda. Com esse movimento, colhia uma amostra do
material, que era apanhada por um funcionário, que levava ao laboratório para análise.
Certo dia, um mecânico muito dedicado e extremamente zeloso, ao passar perto desse
equipamento resolveu fazer uma inspeção no mecanismo do amostrador que ficava
interno ao “chute”. Por imensa coincidência, quando ele enfiou a cabeça foi exatamente
o momento quando o amostrador se deslocou, empurrou o corpo dele para o lado e
prendeu fortemente sua cabeça, quase esmagando-a. Para piorar a sua situação, ele
estava sozinho, o local era terrivelmente barulhento e fazia uma poeira bastante densa.
Com um quadro desses não é difícil imaginar a situação desesperadora do cara. Gritava
o mais alto que conseguia e ninguém o ouvia, até porque era longe de qualquer posto de
trabalho. Alem disso, se debatia e lutava com todas as forças que podia e não conseguia
sair.
Mas o incauto estava com sorte, apesar do acontecido. Por mero acaso passou um
colega ali por perto e ficou intrigado com o cara tanto tempo ali naquela posição, de
modo que se aproximou mais e viu que o sujeito quase rouco tentava gritar e se debatia
e logo deduziu que estava preso. Comunicou imediatamente a sala de controle que
providenciou elétrica e mecânica para o local e aí começou o trabalho para salvar o
acidentado. Realmente deu muito trabalho, pois o amostrador ao encontrar o obstáculo,
a cabeça dele, mais o peso do sistema, desarmou. Por sorte o motor era bem pequeno e
de pouca força e já trabalhava com uma corrente muito alta, o suficiente para desarmar
se permanecesse muito tempo ligado. Como parou fora de posição e travado, não
tiveram muito recurso a não ser cortar a corrente com um maçarico. È claro que essa
operação demorou bastante.
Depois que reuniram para analisar o acidente ficou determinado que havia uma
condição insegura, pois o projeto deveria ter contemplado um limite de porta que
desligasse o circuito de comando quando essa se abrisse.
Ficou também determinado que houve ato inseguro, pois não se pode inspecionar um
equipamento qualquer sem solicitar seu desligamento e colocar um cartão de
impedimento de energizar. Alem disso, não se trabalha sozinho em lugares perigosos ou
pouco freqüentados.