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O efeito estufa
O efeito estufa é o fenômeno que faz com que a temperatura da Terra seja maior do
que seria na ausência de atmosfera. Dentro de um limite, ele mantém a estabilidade
da temperatura e é fundamental para a existência de vida sobre o planeta, mas seu
agravamento provoca o que chamamos de aquecimento global. De acordo com a
Wikipedia , além do CFC, também são considerados gases de estufa o dióxido de
carbono (CO2), o metano (CH4) e o gás nitroso (NO2), que absorvem e radiam a
radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície terrestre.
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Como resultado, a Terra recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que
recebe do Sol e, por isso, sua temperatura é cerca de 30ºC mais quente do que seria
sem a presença desses gases – muitos deles produzidos naturalmente por erupções
vulcânicas, decomposição de matérias orgânicas e pela fumaça de grandes incêndios.
Mas a poluição, advinda de atividades humanas, tem uma grande parcela de culpa
nessa história.
O fenômeno recebeu esse nome porque seu espessamento lembra muito uma estufa
de vidro para plantas, como aquelas onde são cultivadas orquídeas. Entre as
conseqüências catastróficas do aquecimento do clima provocado pelo efeito estufa,
estão o derretimento das calotas polares e de geleiras, que eleva o nível de oceanos
e lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas; a
intensificação dos processos de desertificação e de proliferação de insetos em regiões
tropicais e subtropicais; o desaparecimento de espécies animais e vegetais com a
destruição de seus habitats naturais; e a multiplicação de fenômenos da natureza
trágicos de grandes proporções, incluindo secas, inundações e furacões.
Ainda segundo Jannuzzi, nem mesmo as chamadas fontes alternativas – solar, eólica
e biomassa, por exemplo – estão totalmente isentas de impactos ambientais, embora
menores. A utilização em larga escala de painéis fotovoltaicos ou biomassa altera o
uso do solo; as baterias químicas para armazenagem da eletricidade representam
sérios problemas de contaminação por chumbo e outros metais pesados.
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Nesse ponto, boa parte das indústrias de computação e telefonia móvel já está
eliminando tais componentes de suas baterias. O Greenpeace, organização não-
governamental de defesa do meio ambiente, oferece uma lista das empresas mais
“verdes” no link: www.greenpeace.org.
A questão no Brasil
Mesmo sendo bem avaliado mundialmente por causa da baixa emissão de gases
estufa (a base energética é composta principalmente por hidrelétricas, fontes
consideradas limpas, e a tendência é de pouco aumento no futuro), o Brasil sempre
ilustra as discussões sobre o superaquecimento global, principalmente por deter
grande parte da floresta amazônica. O país assinou a carta de ratificação do
protocolo de Kyoto em julho de 2002.
O próprio Greenpeace acredita que o Brasil vá passar por uma crise ambiental no
próximo século. O estudo “Mudanças do Clima, Mudanças de Vida – Como o
aquecimento global já afeta o Brasil” (www.greenpeace.org), divulgado em agosto de
2006, prevê que o aquecimento global vá favorecer o desenvolvimento de ciclones
extratropicais da costa do Rio Grande do Sul até o sul do Rio de Janeiro entre 2071 e
2100. Nos próximos 50 a 80 anos, segue o documento, o nível do mar sofrerá um
aumento de 30 cm a 80 cm em toda a costa, provocando o remanejamento de seus
habitantes, hoje estimados em 42 milhões. Além disso, a ONG ainda fala em
savanização da Amazônia, em aridez total no Nordeste e remanejamento de
plantações por conta das alterações climáticas.
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O papel do Procel na redução dos impactos ambientais é permitir que a demanda de
energia elétrica cresça no país sem que a oferta seja ampliada na mesma proporção.
Uma parte dessa demanda, defende o programa, deve ser atendida pelo que se pode
chamar de “energia virtual”, obtida por meio de ações de conservação de energia e
de diminuição nas perdas na transmissão e na distribuição. Com isso, mais
atividades passam a ser realizadas com a mesma quantidade de energia,
aumentando a eficiência energética de lâmpadas, motores, eletrodomésticos e
também reduzindo o consumo de prédios públicos e das residências. O Procel possui,
inclusive, um projeto para a criação de um prédio inteligente no Rio de Janeiro, em
parceria com a Light, a Construtora Prima e o Cepel-Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica da Eletrobrás.
Computação “Verde”
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Economia de Energia
A conta de energia pesa no bolso de todo mundo. Não poderia ser diferente para as
empresas. A cada dia se tornam mais comuns medidas como a instalação de
sensores de presença, o desligamento das luzes fora dos horários de expediente e
nos finais de semana, a troca das lâmpadas comuns pelas frias ou de menor potência
até a adoção de placas solares para a captação de energia.
Agora, o racionamento chegou à área de TI. Não, ninguém está tirando os servidores
da tomada depois que os dados do dia já foram processados ou desligando os
sistemas de refrigeração dos data centers nos dias de menor movimento. Mas, como
estima-se que o centro de dados consuma 20% dos gastos de uma empresa com
energia, o que está acontecendo é que o setor apenas segue a tendência já adotada
nos últimos anos por outros segmentos da indústria: o consumo dos chamados
produtos “verdes”, que preservam o meio ambiente, não poluem ou preservam
recursos naturais cresce a passos largos. E, em se tratando de informática, a
performance deixou de ser o único fator determinante de compra: o melhor custo-
benefício está no consumo inteligente da energia, nas tecnologias que permitem
trabalhar com voltagens mais baixas, no produto que faz mais gastando menos.
Uma matéria publicada pela revista Exame mostra que a busca por produtos e
serviços que façam algum sentido para o consumidor tornou-se exasperante e que os
produtos “verdes” aparecem no topo da lista das principais tendências para os
próximos anos. De acordo com a publicação, além de mais preocupados com a
própria saúde e com seus hábitos, os consumidores estão cada vez mais atentos aos
impactos do esgotamento dos recursos naturais e da escalada no preço dos
combustíveis em seu bolso. Ganham destaque as chamadas tecnologias limpas, a
retirada de elementos químicos pesados de baterias e outros componentes, os carros
com motores híbridos (movidos a gasolina e eletricidade), máquinas que consomem
menos água e, claro, menos energia.
O assunto é sério. Tanto que, mesmo fazendo parte da lista de países que não
assinaram o Protocolo de Kyoto, os Estados Unidos já estão tomando medidas
oficiais para evitar a escassez de energia e o agravamento dos impactos de seu uso
sobre a superfície terrestre. O estudo “Consumo Total de Energia Elétrica relacionado
a Servidores nos EUA e no Mundo”, de autoria do pesquisador da Universidade de
Stanford Jonanthan Koomey e publicado pela revista Computerworld – (ver matéria),
mostra que em 2005 os gastos com energia elétrica e sistemas de refrigeração para
servidores alcançaram a marca de US$ 7,3 bilhões, o equivalente ao consumo de
toda a produção de 14 hidroelétricas com capacidade de mil megawatts cada.
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Em meados de 2006, o Congresso americano aprovou, por 417 votos a quatro, uma
lei que obriga as empresas a priorizarem a eficiência energética como fator de
compra para um servidor, acima de preço e desempenho – a regra vale para os
órgãos públicos, também. A legislação é de autoria do republicano Mike Rogers, que
ajudou a angariar os US$ 3,7 bilhões que foram destinados ao programa de
combustível de hidrogênio. O site especializado em tecnologia Cnet lembra que a
indústria vem tentando melhorar a eficiência dos servidores desde 2001, pelo
menos. Já é possível encontrar no mercado soluções, por exemplo, como
processadores que gastam menos energia que uma lâmpada comum.
Com o slogan “um portfólio forte de energia para uma América forte”, o
Departamento de Energia do governo norte-americano desenvolveu um programa
federal de gerenciamento de energia. A idéia é ajudar os órgãos públicos do país –
segundo a própria agência, os maiores consumidores de eletricidade do mundo – a
comprarem produtos que façam o consumo eficiente de energia, ou seja, aqueles
que levam o selo da Energy Star, entidade de proteção ambiental ligada ao governo.
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Esse novo sistema de avaliação vem ganhando força na indústria e derrubando o
mito de que o mais barato é a melhor saída. Quanto mais desempenho por watt um
processador tiver, mais baixa é a sua temperatura interna e menor é o seu consumo
de energia. Já um chip que demanda muita eletricidade para rodar exigirá
investimentos (financeiros e de recursos pessoais) em sistemas de refrigeração e
outras soluções para a questão do superaquecimento.
Uma variante dessa métrica foi batizada como swap (space, watts and performance,
ou espaço, watts e desempenho), e significa incluir na equação de eficiência de um
servidor também quanto espaço ele ocupará no data center.
E por que os centros de dados precisam se tornar mais limpos? Segundo o The
Green Grid, as empresas precisam encontrar uma forma de controlar os gastos com
energia e resfriamento enquanto viabilizam a expansão dos negócios. “Com um data
center mais eficiente, a área de TI pode gerenciar de forma mais adequada as
melhorias em hardware, rede e armazenamento, reduzir seus gastos e o custo total
de propriedade (TCO, ou total cost of ownership, em inglês), enquanto se mantém
competitiva e com a habilidade necessária para atender as demandas futuras do
negócio”, defende a entidade.
Um dos primeiros white papers liberados pelo The Green Grid traz as métricas que
podem ajudar as áreas de TI a entender melhor e aplicar o uso eficiente de energia
em seus data centers existentes ou em projetos futuros. O estudo Green Grid
Metrics: Describing Datacenter Power Efficiency
(www.thegreengrid.org/downloads/Green_Grid_Metrics_WP.pdf) elenca as medidas
de curto (operações táticas) e longo prazos (operações estratégicas) que podem ser
tomadas pelas empresas.
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No primeiro grupo, estão medidas que ajudam a determinar se o data center pode
ser otimizado antes de ser reestruturado e se baseiam em duas métricas
apresentadas recentemente ao mercado internacional: Power Usage Effectiveness
(PUE), a equação do total de energia do centro de dados sobre o total de energia dos
equipamentos; e Datacenter Efficiency (DCE), seu recíproco, ou seja, a equação do
total de energia dos equipamentos sobre o total de energia do data center.
Por energia gasta pelos equipamentos deve-se considerar a usada para alimentar
computadores, sistemas de armazenamento, hardware de rede, switches, monitores,
estações de trabalho, notebooks e outros equipamentos de trabalho ou de controle.
Por energia do data center, considera-se a usada para suportar a operação, como
geradores, baterias, nobreaks, sistemas de refrigeração, filtros de ar e até mesmo o
sistema de iluminação. Para exemplificar: se uma empresa, ao calcular seu PUE,
chegar ao coeficiente 3.0, significa que a demanda do data center é três vezes maior
do que a energia necessária para alimentar os equipamentos. Ao mesmo tempo, se o
índice alcançado pelo consumo dos equipamentos for de 1.0, isso indica que ele é
100% eficiente.
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Economia de Energia
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No endereço www.energystar.gov/index.cfm?fuseaction=find_a_product, é possível
pesquisar nas mais de 50 categorias de produtos àqueles que levam o selo da
entidade – marcas de todo o mundo integram a lista. Para se ter uma idéia, até
sinais de trânsito, máquinas postais e as vending machines, que oferecem bebidas e
snacks diversos nos corredores de empresas e hospitais, podem obter o selo Energy
Star.
No entanto, após certo tempo a indústria percebeu que o poderoso desempenho dos
chips dual-core trazia mais um benefício para os usuários: como ambos os
processadores rodam na mesma freqüência e compartilham alguns circuitos (como o
cache L2 e a interface para o front side bus), o ganho de performance vinha
associado a uma boa redução no consumo de energia do equipamento.
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Uma fabricante que já usa esta tecnologia é a Supermicro (www.supermicro.com),
que no início de 2007 lançou uma linha de servidores que suporta duas placas-mãe
em um único chassi 1U com a promessa de aumentar a densidade da computação e
minimizar o consumo de energia, os custos e as exigências de espaço.
No disco rígido
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Outra empresa que aposta na memória flash para reduzir o consumo energético das
máquinas é a Seagate (www.seagate.com). A empresa apresentou três novas
famílias de HD para desktops com baixo consumo de energia, gravação
perpendicular e capacidade de armazenamento de até 160 GB. Um dos modelos
duplica os dados do disco rígido para uma memória cache não volátil de 256 MB.
No Windows Vista
Novas arquiteturas
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•Enhanced Intel SpeedStep® Technology
Distribui dinamicamente a freqüência e a tensão, com base na necessidade da força
de processamento. Com isso, reduz a energia do tempo médio de execução usada
em notebooks e desktops, resultando uma economia de até 30% em energia e
resfriamento.
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Economia de Energia
A elevação dos custos com energia e a falta de espaço para máquinas nas empresas
colocaram os fabricantes de computadores em uma encruzilhada: quem não
desenvolver equipamentos que reúnam melhor eficiência energética e maior
desempenho corre o risco de perder a competitividade. Ao mesmo tempo, essas
questões impulsionam a indústria de condicionamento de ar a criar novas
tecnologias.
A questão tem tirado o sono de empresas que rodam datacenters gigantescos, como
o do Google. Em setembro de 2005, o engenheiro Luiz André Barroso, que comanda
a área de engenharia de plataformas do provedor de webservices, publicou longo
artigo sobre os gastos da empresa com energia e sobre os desafios e oportunidades
dos sistemas baseados em CMP (sigla para chip-level multiprocessing, ou
processamento em múltiplos núcleos) para a melhoria dos custos de ambientes
computacionais. O tema é tão importante que está atraindo fabricantes de hardware
para a área de condicionadores de ar – como a HP, que no começo do ano lançou um
sistema de controle ambiental que usa o resfriamento à água para baixar as
temperaturas.
Novos materiais
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Com o háfnio, os fabricantes de chips poderão levar adiante os planos de produção
de circuitos com apenas 45 nanômetros (já em estudo) ou mesmo 22 nanômetros,
um marco em miniaturização. Os primeiros produtos com o novo componente
químico devem começar a chegar ao mercado ainda em 2007. Mas o háfnio não
beneficia apenas a nanotecnologia: a camada de silício que atualmente recobre os
transistores tem apenas cinco átomos de espessura, o que acaba causando
problemas como vazamento de eletricidade e menor duração da bateria. Para os
cientistas que avaliam o novo produto, será possível aumentar a velocidade dos
chips em mais e 20% e reduzir o vazamento de energia em 80%, aproximadamente.
Se quanto menor é o chip, menos energia ele gasta, então basta que a indústria se
dedique a novas técnicas de miniaturização para resolver o problema, certo? Em
parte. Há alguns anos, por exemplo, um dos maiores problemas apontados pelos
cientistas era o fato de o sinal do clock, cilindro de Quartzo incrustado na placa-mãe
responsável pela sincronização de todos os componentes de um computador,
permanecer sempre ativo enviando impulsos elétricos. Segundo o especialista Carlos
Morimoto, a situação começou a mudar com o lançamento do primeiro Pentium, em
1993 – a partir de então, com a ajuda de aplicativos especializados, é possível
desligar partes do processador que não estiverem em uso no momento, reduzindo o
gasto de energia.
Virtualização
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Muitos fabricantes de hardware e software, bem como integradoras, já estão
oferecendo a seus clientes a tecnologia como solução para a questão do espaço, e
têm sido bem aceitas. Uma das poucas polêmicas sobre o tema é que ele mudará o
jeito como software e hardware são cobrados e forçará a criação de um novo modelo
de preços, não mais baseado em usuários ou licenças – mas muitos avanços ainda
devem ser feitos nessa área.
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De acordo com os especialistas envolvidos, as organizações norte-americanas que
mantêm milhares de portas Ethernet em seus desktops, servidores e outros
equipamentos poderão economizar cerca de US$ 450 milhões por ano com os custos
de energia elétrica. Ao reduzir uma conexão de 1 Gbps para 10 Mbps, diz a entidade,
o consumo do equipamento cai de 4 W para cerca de 0,6 W – os números foram
baseados em uma pesquisa realizada em 2002 pelo Departamento de Energia dos
Estados Unidos, que indicava que o consumo de energia dos equipamentos de TI
naquele país chega a 97 terawatts/hora por ano, um gasto anual estimado de US$ 8
bilhões.
Para descobrir como fazer isso, a entidade criou o grupo de pesquisas EEE - Energy
Efficient Ethernet. Um dos desafios é fazer com que o cartão de rede (NIC) de um PC
ou laptop mude de uma velocidade para a outra rapidamente. O recurso, conhecido
como autonegociação, leva hoje cerca de 1,4 segundo para ocorrer, mas os
pesquisadores querem que esse tempo baixe para um milésimo de segundo, para
início de conversa. O problema é que foram criados padrões diferentes de buffer
(tempo de espera) de Ethernet para cada dispositivo. A tecnologia precisará agir nas
duas pontas do link para ter sucesso.
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Economia de Energia
Módulo 5 - O futuro
Adesivos da Energy Star, nas cores azul e branco, são colados em eletrodomésticos,
produtos de informática e eletrônicos que cumprem especificações de eficiência de
energia do projeto. Atualmente, o site da EPA traz uma lista com mais de 80
produtos “verdes” que, além de eficientes no gasto energético, são facilmente
recicláveis e não contêm substâncias nocivas.
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Ao site Infoworld, a EPA disse que espera que os fabricantes adotem a nova versão
do Energy Star em 40% dos seus computadores até 2010, 60% até 2012 e 80% até
2014. Para Katharine Osdoba, porta-voz da entidade, a EPA tenta agora obter com
os computadores o mesmo sucesso alcançado com os monitores. Em 1 de julho de
2009, as regras do Energy Star devem ficar ainda mais rigorosas.
A HP saiu na frente: em março de 2007, quatro meses antes das novas regras
começarem a valer, anunciou três computadores voltados para empresas, com 80%
de eficiência no consumo de energia, que já se enquadram nos padrões do Energy
Star 4.0. As três máquinas entram no modo de hibernação mais rapidamente. Outra
grande fabricante de computadores, a Dell, anunciou que já está se empenhando
para lançar em julho de 2007 desktops e notebooks seguindo a versão 4.0 do padrão
Energy Star.
Segundo a EPA, as novas especificações vão ajudar a economizar mais de US$ 1,8
bilhão em energia nos próximo cinco anos. Em 2005, o Energy Star ajudou
empresas, organizações e consumidores a economizar certa de US$ 12 bilhões,
segundo estimativas da própria instituição.
A revista PC Magazine fez uma reportagem com o título “Qual a importância do novo
Energy Star para os fabricantes de PC”, publicada em fevereiro de 2007. Uma das
entrevistadas, Marijana Vukicevic, analista sênior de gerenciamento de energia da
consultoria iSuppli, disse que a indústria de computadores é a primeira a se
prontificar a cumprir as regras de consumo de energia.
De acordo com a EPA, os computadores são os produtos que mais recebem o selo da
Energy Star e esse comprometimento parece tem se mantido com o passar dos anos,
pois todas as grandes marcas de notebook e computador ostentam produtos com o
selo, especialmente os corporativos.
Por isso, apesar das especificações mais rígidas, os especialistas acreditam que a
indústria de computadores irá se empenhar para que seus produtos obtenham o selo
da Energy Star. Para Mathew Wilkins, analista de plataformas de computador da
iSuplli, em entrevista à PC Magazine norte-americana, atender a especificações mais
rígidas exige esforço e custa dinheiro, mas o impacto não será significativo para a
indústria de TI. Os fabricantes de processadores também estão preocupados com a
eficiência de energia e buscam aumentar o desempenho dos chips diminuindo o
consumo de energia.
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Não só os eletrônicos, mas prédios e condomínios inteiros recebem o selo do Energy
Star. Mais de 3.200 edifícios ganharam o selo em fevereiro de 2007 por conseguirem
reduzir drasticamente o consumo de energia, numa economia estimada em cerca de
US$ 600 milhões. A emissão de gases nocivos, equivalente a 900 mil veículos
automotivos também foi evitada nestes prédios.
Uma das funções da campanha é incentivar os dias da energia sustentável por toda a
Europa. São eventos públicos com a intenção de demonstrar para consumidores,
empresas e políticos que as tecnologias e os padrões de comportamento de energia
sustentável são viáveis, rentáveis e melhores para o ambiente. Visitas guiadas a
empresas ou organizações, atividades educativas, exposições e feiras são algumas
das ações promovidas pela Campanha.
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Idéias para os jovens
A questão energética vai provocar uma revolução tecnológica que poderá ser
comparada ao boom da internet, segundo Daniel Yergin, presidente da Associação de
Pesquisas sobre Energia de Energia de Cambridge (EUA), que recebeu o Pulitzer, um
dos maiores prêmios de jornalismo, por seu livro “The Prize: The Epic Quest for Oil
Money & Power”.
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Economia de Energia
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Outra alternativa, apresentada pela Energy Star, entidade de proteção ambiental
ligada ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, é monitorar (e, se possível,
reduzir) o uso de equipamentos que gastam energia mesmo em modo standby. A
lista inclui computadores, monitores, impressoras, copiadoras e máquinas de fax,
mas também produtos que usam fontes externas de energia (como celulares e
notebooks), controles remotos (como TVs, projetores, aparelhos de DVD), display
digital de exibição contínua e baterias recarregáveis.
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1) ar-condicionado – desligar o aparelho meia hora antes do fim do expediente e
durante o almoço. – com o aparelho ligado, manter as portas e janelas fechadas. –
no inverno, ligar apenas a ventilação. – não deixar o aparelho em lugares quentes,
próximo a equipamentos elétricos ou na incidência do sol. – na hora da compra,
verificar se o aparelho possui o selo PROCEL de consumo reduzido. – examinar a
possibilidade da instalação, na parte exterior das janelas, de brise soleil, que impede
a incidência de raios solares.
O site Daily Cup of Tech traz boas dicas para gastar menos eletricidade com
computadores e outros eletrônicos. Algumas são bem fáceis – basta se lembrar delas
para conferir o resultado quando a conta chegar.
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O site também lista medidas que podem ser tomadas por usuários mais avançados,
pois requerem algumas habilidades técnicas, ou por especialistas no setor.
1) Substitua o disco rígido antigo por um novo e mais eficiente – HDs novos
consomem menos energia.
2) Configure o sistema operacional para desligar periféricos quando estes estiverem
fora de uso, como modems, monitores e placas de rede sem fio.
3) Configure o sistema operacional para reduzir a operação dos HDs e outros
componentes “motorizados”, que consomem mais energia.
4) Reduza o número de monitores em uso com a ajuda de uma chave KVM para ligar
vários computadores a apenas um monitor. Outra opção é configurar os sistemas
para suportar a operação de desktops remotos.
5) Coloque as impressoras laser (grandes consumidoras de energia) para hibernar ou
simplesmente desligue os equipamentos quando não estiverem em uso.
6) Coloque mais memória no computador. Quanto mais memória o equipamento
tiver, menos exigirá do disco rígido e, assim, menos energia consumirá.
7) Desligue aqueles serviços e recursos do computador que não são usados,
reduzindo a operação do sistema.
8) Use aplicativos mais leves, que ocupam menos memória e menos espaço no disco
rígido. Escolha aplicações com propósitos determinados.
9) Pense em substituir o hardware por sistemas virtuais, consolidando várias
máquinas em uma.
10) Substitua o HD por dispositivos que consomem menos energia, como pen drives
de memória flash e discos externos com interface USB
11) Programe o computador para desligar após realizar rotinas de segurança ou de
performance, como atualizações, varredura de antivírus e desfragmentação
(atividades que costumam ser realizadas de madrugada ou em outros períodos de
ociosidade)
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