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Economia de Energia

Módulo 1 - Energia Elétrica, prós... e contras

Uma das maiores – se não for a maior – invenções da Humanidade, a eletricidade é


também um dos grandes vilões do meio ambiente, sendo a principal causa do
aquecimento global que tanto vem preocupando cientistas e especialistas.

Sem a eletricidade, o homem não teria se desenvolvido, criado máquinas ou


inventado novas formas de se comunicar. Não teria chegado à Lua, viveria com
menos conforto e não teria à sua disposição tantas formas de transporte. A
informática, os supercomputadores e todo um mundo de possibilidades não
existiriam. No entanto, a energia nem sempre é uma fonte inesgotável – tanto que o
Brasil pode vir a ter problemas nesse setor já a partir de 2008, segundo
especialistas.

Em sua coluna no site Com Ciência (www.comciencia.com.br), o professor da


Unicamp Gilberto de Martino Jannuzzi diz que os malefícios do sistema energético
não se restringem aos ambientes de produção (que engloba a extração, o
processamento e a distribuição) e consumo. Há efeitos regionais e globais, como as
chuvas ácidas, o derramamento de petróleo em oceanos, a destruição da camada de
ozônio causada pelo uso de CFC (composto de cloro-flúor-carbono) e o já citado
superaquecimento terrestre, motivado pelo acúmulo de gases na atmosfera, o
famoso efeito estufa.

Segundo o professor, todas as etapas da indústria energética causam impactos ao


meio ambiente e à saúde humana. A extração de recursos como petróleo, carvão,
biomassa ou hidroeletricidade muda os padrões de uso do solo, dos recursos
hídricos, altera a cobertura vegetal e a composição atmosférica. Sua produção e uso
liberam substâncias – muitas delas, com propriedades cumulativas – que
comprometem a sobrevivência do ser humano, da fauna e flora.

O efeito estufa

O efeito estufa é o fenômeno que faz com que a temperatura da Terra seja maior do
que seria na ausência de atmosfera. Dentro de um limite, ele mantém a estabilidade
da temperatura e é fundamental para a existência de vida sobre o planeta, mas seu
agravamento provoca o que chamamos de aquecimento global. De acordo com a
Wikipedia , além do CFC, também são considerados gases de estufa o dióxido de
carbono (CO2), o metano (CH4) e o gás nitroso (NO2), que absorvem e radiam a
radiação infravermelha (calor) emitida pela superfície terrestre.

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Como resultado, a Terra recebe quase o dobro de energia da atmosfera do que
recebe do Sol e, por isso, sua temperatura é cerca de 30ºC mais quente do que seria
sem a presença desses gases – muitos deles produzidos naturalmente por erupções
vulcânicas, decomposição de matérias orgânicas e pela fumaça de grandes incêndios.
Mas a poluição, advinda de atividades humanas, tem uma grande parcela de culpa
nessa história.

O fenômeno recebeu esse nome porque seu espessamento lembra muito uma estufa
de vidro para plantas, como aquelas onde são cultivadas orquídeas. Entre as
conseqüências catastróficas do aquecimento do clima provocado pelo efeito estufa,
estão o derretimento das calotas polares e de geleiras, que eleva o nível de oceanos
e lagos, submergindo ilhas e amplas áreas litorâneas densamente povoadas; a
intensificação dos processos de desertificação e de proliferação de insetos em regiões
tropicais e subtropicais; o desaparecimento de espécies animais e vegetais com a
destruição de seus habitats naturais; e a multiplicação de fenômenos da natureza
trágicos de grandes proporções, incluindo secas, inundações e furacões.

Na tentativa de evitar maiores desastres, 84 países assinaram em 1997 o Protocolo


de Kyoto, que determina redução de, em média, 5,2% na emissão de gases nocivos
na atmosfera.

O que a eletricidade tem a ver com isso?

De acordo com o professor Jannuzzi, o setor energético é responsável por grande


parte dos gases lançados na atmosfera: por 75% do dióxido de carbono lançado à
atmosfera, 41% do chumbo, 85% das emissões de enxofre e aproximadamente 76%
dos óxidos de nitrogênio. A produção de eletricidade em termoelétricas representa
cerca de um terço das emissões mundiais de dióxido de carbono, sendo seguida
pelos setores de transporte e industrial. E mesmo as hidroelétricas, consideradas
fontes “limpas” de energia, têm lá seus problemas.

Apesar de ajudarem a regularizar cheias, promoverem a irrigação e a navegabilidade


de rios, explica o professor, elas também trazem impactos irreversíveis ao meio
ambiente, como mudanças na composição e propriedades químicas da água,
mudanças na temperatura, concentração de sedimentos e outras modificações que
afetam, entre outras coisas, a densidade de populações de peixes, mudando os ciclos
de reprodução. Quanto maior o nível de atividade econômica de um país, maior é o
seu consumo de energia.

Ainda segundo Jannuzzi, nem mesmo as chamadas fontes alternativas – solar, eólica
e biomassa, por exemplo – estão totalmente isentas de impactos ambientais, embora
menores. A utilização em larga escala de painéis fotovoltaicos ou biomassa altera o
uso do solo; as baterias químicas para armazenagem da eletricidade representam
sérios problemas de contaminação por chumbo e outros metais pesados.

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Nesse ponto, boa parte das indústrias de computação e telefonia móvel já está
eliminando tais componentes de suas baterias. O Greenpeace, organização não-
governamental de defesa do meio ambiente, oferece uma lista das empresas mais
“verdes” no link: www.greenpeace.org.

A questão no Brasil

Mesmo sendo bem avaliado mundialmente por causa da baixa emissão de gases
estufa (a base energética é composta principalmente por hidrelétricas, fontes
consideradas limpas, e a tendência é de pouco aumento no futuro), o Brasil sempre
ilustra as discussões sobre o superaquecimento global, principalmente por deter
grande parte da floresta amazônica. O país assinou a carta de ratificação do
protocolo de Kyoto em julho de 2002.

O próprio Greenpeace acredita que o Brasil vá passar por uma crise ambiental no
próximo século. O estudo “Mudanças do Clima, Mudanças de Vida – Como o
aquecimento global já afeta o Brasil” (www.greenpeace.org), divulgado em agosto de
2006, prevê que o aquecimento global vá favorecer o desenvolvimento de ciclones
extratropicais da costa do Rio Grande do Sul até o sul do Rio de Janeiro entre 2071 e
2100. Nos próximos 50 a 80 anos, segue o documento, o nível do mar sofrerá um
aumento de 30 cm a 80 cm em toda a costa, provocando o remanejamento de seus
habitantes, hoje estimados em 42 milhões. Além disso, a ONG ainda fala em
savanização da Amazônia, em aridez total no Nordeste e remanejamento de
plantações por conta das alterações climáticas.

Em 1998, a Eletrobrás, empresa de economia mista cujo maior acionista é o governo


federal, criou o Comitê Coordenador das Atividades de Meio Ambiente do Setor
Elétrico – COMASE (www.eletrobras.com.br/EM_MeioAmbiente) com a missão de
ampliar sua atuação institucional na área. O comitê durou apenas até o final dos
anos 90, mas deixou como legado o Subcomitê de Meio Ambiente – SCMA (antigo
Comitê de Meio Ambiente do Grupo Eletrobrás – COMAGE), colegiado composto por
representantes da área de meio ambiente das empresas do grupo.

Outra iniciativa da Eletrobrás é o Procel, Programa Nacional de Conservação de


Energia Elétrica (www.eletrobras.com.br/procel), criado em 1985 pelos Ministérios de
Minas e Energia e da Indústria e Comércio para promover a racionalização da
produção e do consumo de energia elétrica. A idéia é eliminar os desperdícios e
reduzir os custos e os investimentos do setor, que entre 1986 e 2005 somaram R$
858,25 milhões. As metas do Procel são o desenvolvimento tecnológico, segurança
energética, eficiência econômica, novos parâmetros incorporados à cidadania e a
redução de impactos ambientais.

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O papel do Procel na redução dos impactos ambientais é permitir que a demanda de
energia elétrica cresça no país sem que a oferta seja ampliada na mesma proporção.
Uma parte dessa demanda, defende o programa, deve ser atendida pelo que se pode
chamar de “energia virtual”, obtida por meio de ações de conservação de energia e
de diminuição nas perdas na transmissão e na distribuição. Com isso, mais
atividades passam a ser realizadas com a mesma quantidade de energia,
aumentando a eficiência energética de lâmpadas, motores, eletrodomésticos e
também reduzindo o consumo de prédios públicos e das residências. O Procel possui,
inclusive, um projeto para a criação de um prédio inteligente no Rio de Janeiro, em
parceria com a Light, a Construtora Prima e o Cepel-Centro de Pesquisas de Energia
Elétrica da Eletrobrás.

Em 1993, a entidade criou o Selo Procel, conferido a produtos que apresentam os


melhores níveis de eficiência energética. Atualmente, recebem o selo equipamentos
como refrigeradores, freezer, ar-condicionado, máquina de lavar roupas, coletor
solar plano, reatores eletromagnéticos e lâmpadas fluorescentes compactas e
circulares.

Computação “Verde”

Entremos agora no campo da computação, que avança a passos largos no quesito


eficiência energética, como poderemos ver nos próximos módulos.

No começo de março de 2007, o jornal britânico The Economist


(www.economist.com) publicou um artigo com um estudo do Lawrence Berkeley
National Laboratory que revela ter dobrado o consumo de energia dos centros de
dados das empresas entre 2000 e 2005, e atualmente representa 1,2% do consumo
de eletricidade nos Estados Unidos (embora outros cálculos apontem para 4%). Até
10% dos orçamentos de tecnologia de uma organização são gastos todos os anos
com energia, disse Rakesh Kumar, da consultoria Gartner, ao jornal. Apenas metade
desse custo é usada pelos computadores; grande parte do consumo é para o
resfriamento. Outra consultoria, a IDC, complementou a informação dizendo que o
consumo de energia é hoje uma das cinco maiores preocupações dos
administradores de sistemas.

O consumo de energia aumentou por causa da popularização da internet, diz a


matéria, mas também pela forma como os computadores sempre foram projetados
para maximizar o desempenho a qualquer custo. Para se ter uma idéia, o consumo
médio de um servidor cresceu de 150 watts para 400 watts nos últimos dez anos.
Mas, aos poucos, chips com vários núcleos e sistemas de resfriamento mais
eficientes começam a dominar o mercado em busca de soluções mais eficientes
nesse campo. É a chamada “computação verde”, como gosta o Greenpeace,
entrando em campo.

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Economia de Energia

Módulo 2 - Na prateleira, economia

A conta de energia pesa no bolso de todo mundo. Não poderia ser diferente para as
empresas. A cada dia se tornam mais comuns medidas como a instalação de
sensores de presença, o desligamento das luzes fora dos horários de expediente e
nos finais de semana, a troca das lâmpadas comuns pelas frias ou de menor potência
até a adoção de placas solares para a captação de energia.

Agora, o racionamento chegou à área de TI. Não, ninguém está tirando os servidores
da tomada depois que os dados do dia já foram processados ou desligando os
sistemas de refrigeração dos data centers nos dias de menor movimento. Mas, como
estima-se que o centro de dados consuma 20% dos gastos de uma empresa com
energia, o que está acontecendo é que o setor apenas segue a tendência já adotada
nos últimos anos por outros segmentos da indústria: o consumo dos chamados
produtos “verdes”, que preservam o meio ambiente, não poluem ou preservam
recursos naturais cresce a passos largos. E, em se tratando de informática, a
performance deixou de ser o único fator determinante de compra: o melhor custo-
benefício está no consumo inteligente da energia, nas tecnologias que permitem
trabalhar com voltagens mais baixas, no produto que faz mais gastando menos.

Uma matéria publicada pela revista Exame mostra que a busca por produtos e
serviços que façam algum sentido para o consumidor tornou-se exasperante e que os
produtos “verdes” aparecem no topo da lista das principais tendências para os
próximos anos. De acordo com a publicação, além de mais preocupados com a
própria saúde e com seus hábitos, os consumidores estão cada vez mais atentos aos
impactos do esgotamento dos recursos naturais e da escalada no preço dos
combustíveis em seu bolso. Ganham destaque as chamadas tecnologias limpas, a
retirada de elementos químicos pesados de baterias e outros componentes, os carros
com motores híbridos (movidos a gasolina e eletricidade), máquinas que consomem
menos água e, claro, menos energia.

Nos EUA, é Lei

O assunto é sério. Tanto que, mesmo fazendo parte da lista de países que não
assinaram o Protocolo de Kyoto, os Estados Unidos já estão tomando medidas
oficiais para evitar a escassez de energia e o agravamento dos impactos de seu uso
sobre a superfície terrestre. O estudo “Consumo Total de Energia Elétrica relacionado
a Servidores nos EUA e no Mundo”, de autoria do pesquisador da Universidade de
Stanford Jonanthan Koomey e publicado pela revista Computerworld – (ver matéria),
mostra que em 2005 os gastos com energia elétrica e sistemas de refrigeração para
servidores alcançaram a marca de US$ 7,3 bilhões, o equivalente ao consumo de
toda a produção de 14 hidroelétricas com capacidade de mil megawatts cada.

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Em meados de 2006, o Congresso americano aprovou, por 417 votos a quatro, uma
lei que obriga as empresas a priorizarem a eficiência energética como fator de
compra para um servidor, acima de preço e desempenho – a regra vale para os
órgãos públicos, também. A legislação é de autoria do republicano Mike Rogers, que
ajudou a angariar os US$ 3,7 bilhões que foram destinados ao programa de
combustível de hidrogênio. O site especializado em tecnologia Cnet lembra que a
indústria vem tentando melhorar a eficiência dos servidores desde 2001, pelo
menos. Já é possível encontrar no mercado soluções, por exemplo, como
processadores que gastam menos energia que uma lâmpada comum.

Com o slogan “um portfólio forte de energia para uma América forte”, o
Departamento de Energia do governo norte-americano desenvolveu um programa
federal de gerenciamento de energia. A idéia é ajudar os órgãos públicos do país –
segundo a própria agência, os maiores consumidores de eletricidade do mundo – a
comprarem produtos que façam o consumo eficiente de energia, ou seja, aqueles
que levam o selo da Energy Star, entidade de proteção ambiental ligada ao governo.

“Apenas pelo fato de comprarem esses produtos as organizações já reduzem o gasto


de energia, economizam grandes volumes de dinheiro e evitam a poluição e a
emissão de gases nocivos à atmosfera”, informa o Departamento no site criado para
discutir o assunto (www.eere.energy.gov). As secretarias e outros organismos
também são orientados a escolher produtos que consumam menos energia em modo
standby, sejam impressoras, servidores, televisões ou máquinas de lavar louça.
“Uma energia limpa, eficiente e renovável significará uma economia mais forte, um
ambiente mais limpo e a melhor independência energética da América”, defende o
Departamento de Energia.

O programa também divulga especificações necessárias para identificar o nível de


eficiência de energia em cada produto para que sua compra atenda aos
requerimentos do governo. A documentação inclui dicas sobre como selecionar a
tecnologia certa no tamanho certo, como fazer a instalação do equipamento e como
usá-lo eficientemente; exemplos dos ganhos no longo prazo obtidos ao se optar por
um equipamento com consumo eficiente em vez do mais barato; e mesmo
orientações aos fornecedores sobre como os produtos que gastam menos energia
devem estar identificados e dispostos nas lojas.

Performance por watt

O conceito de performance por watt surgiu para definir equipamentos capazes de


fazer o mesmo trabalho de outros, só que com um aquecimento e com uma conta de
luz menores, o que simplesmente não era concebível há alguns anos. Quando um
hardware de qualquer tamanho ou modelo – seja um notebook ou um servidor – é
vendido sob esse preceito, significa que ele possui tecnologia inteligente para
otimizar seu funcionamento, usando apenas os recursos necessários para
desempenhar a tarefa que está sendo desenvolvida naquele momento.

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Esse novo sistema de avaliação vem ganhando força na indústria e derrubando o
mito de que o mais barato é a melhor saída. Quanto mais desempenho por watt um
processador tiver, mais baixa é a sua temperatura interna e menor é o seu consumo
de energia. Já um chip que demanda muita eletricidade para rodar exigirá
investimentos (financeiros e de recursos pessoais) em sistemas de refrigeração e
outras soluções para a questão do superaquecimento.

Uma variante dessa métrica foi batizada como swap (space, watts and performance,
ou espaço, watts e desempenho), e significa incluir na equação de eficiência de um
servidor também quanto espaço ele ocupará no data center.

Centros de dados mais eficientes

Em fevereiro de 2007, os principais líderes da indústria de TI anunciaram o The


Green Grid, consórcio sem fins lucrativos que tem como missão melhorar a eficiência
energética dos data centers e ecossistemas de negócios baseados em computação. A
estratégia é favorecer o desenvolvimento de chips, servidores, redes e outras
soluções capazes de consumir a energia de forma mais eficiente. “Compartilhamos
da opinião de que a eficiência energética nos centros de dados é hoje a maior
preocupação dos prestadores de serviços de tecnologia e de seus clientes. A questão
não diz respeito apenas ao crescimento exponencial observado nos últimos anos nos
custos de energia e resfriamento, mas também porque a realidade da falta de espaço
(nas empresas) venceu a luta pelo uso de energia limpa em muitos lugares ao redor
do mundo”, explica a entidade em seu site (www.thegreengrid.org). Fabricantes e
usuários de todo o mundo podem se associar à iniciativa e foram, inclusive,
convidados a participar da criação de especificações e métricas de novas plataformas
tecnológicas, ajudando financeiramente à campanha por data centers
ecologicamente corretos.

E por que os centros de dados precisam se tornar mais limpos? Segundo o The
Green Grid, as empresas precisam encontrar uma forma de controlar os gastos com
energia e resfriamento enquanto viabilizam a expansão dos negócios. “Com um data
center mais eficiente, a área de TI pode gerenciar de forma mais adequada as
melhorias em hardware, rede e armazenamento, reduzir seus gastos e o custo total
de propriedade (TCO, ou total cost of ownership, em inglês), enquanto se mantém
competitiva e com a habilidade necessária para atender as demandas futuras do
negócio”, defende a entidade.

Um dos primeiros white papers liberados pelo The Green Grid traz as métricas que
podem ajudar as áreas de TI a entender melhor e aplicar o uso eficiente de energia
em seus data centers existentes ou em projetos futuros. O estudo Green Grid
Metrics: Describing Datacenter Power Efficiency
(www.thegreengrid.org/downloads/Green_Grid_Metrics_WP.pdf) elenca as medidas
de curto (operações táticas) e longo prazos (operações estratégicas) que podem ser
tomadas pelas empresas.

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No primeiro grupo, estão medidas que ajudam a determinar se o data center pode
ser otimizado antes de ser reestruturado e se baseiam em duas métricas
apresentadas recentemente ao mercado internacional: Power Usage Effectiveness
(PUE), a equação do total de energia do centro de dados sobre o total de energia dos
equipamentos; e Datacenter Efficiency (DCE), seu recíproco, ou seja, a equação do
total de energia dos equipamentos sobre o total de energia do data center.

Por energia gasta pelos equipamentos deve-se considerar a usada para alimentar
computadores, sistemas de armazenamento, hardware de rede, switches, monitores,
estações de trabalho, notebooks e outros equipamentos de trabalho ou de controle.
Por energia do data center, considera-se a usada para suportar a operação, como
geradores, baterias, nobreaks, sistemas de refrigeração, filtros de ar e até mesmo o
sistema de iluminação. Para exemplificar: se uma empresa, ao calcular seu PUE,
chegar ao coeficiente 3.0, significa que a demanda do data center é três vezes maior
do que a energia necessária para alimentar os equipamentos. Ao mesmo tempo, se o
índice alcançado pelo consumo dos equipamentos for de 1.0, isso indica que ele é
100% eficiente.

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Economia de Energia

Módulo 3 - O que o mercado tem a oferecer

O mercado brasileiro está repleto de produtos que ajudam a reduzir o consumo de


energia na empresa e em casa. As principais marcas da indústria já oferecem
refrigeradores, máquinas de lavar roupa, aparelhos de ar-condicionado, lâmpadas,
reatores e motores eficientes em energia, que são identificados para o consumidor
com o selo do Procel – Programa de Combate ao Desperdício de Energia Elétrica
(www.eletrobras.com/procel), do governo federal. O selo é concedido anualmente
aos equipamentos que apresentam os melhores índices de eficiência energética e,
para participar, o fabricante deve submeter seus produtos a testes específicos em
laboratório idôneo, indicado pelo Procel.

No início de 2007, a Philips (www.philips.com.br) propôs uma ação conjunta entre o


setor de iluminação, ONGs, fornecedores de energia e governos para a substituição,
dentro de um prazo de 10 anos, das lâmpadas incandescentes pelas diferentes
alternativas de baixo consumo oferecidas pelo mercado. Segundo a empresa, a troca
pode ajudar a cumprir as metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto e reduzirá o
consumo de energia em 20% até 2020 e a emissão de toneladas de CO2 na
atmosfera. Uma pesquisa realizada pela Philips na Europa mostra que a substituição
de uma lâmpada incandescente por outra de baixo consumo gera uma economia na
conta de luz de 72 euros durante a sua vida útil, estimada em seis anos. Entre as
tecnologias alternativas de iluminação para residências e escritórios estão as
lâmpadas fluorescentes compactas (que prometem 80% de economia de energia e já
existem em versão com luz amarelada), as lâmpadas de Halogênio (ou halógenas,
com redução de 50%) e os módulos LED (diodos emissores de luz), que oferecem
coloração variada e longa durabilidade, além de serem livres de gases prejudiciais ou
tóxicos e de prometerem uma vida útil de até 50 mil horas de uso.

A indústria de condicionadores de ar também já se mobilizou e hoje oferece


equipamentos que produzem menos calor e consomem até metade da energia dos
aparelhos de gerações anteriores. Um exemplo é a linha Split Art Cool, da LG
(www.lge.com.br), a qual promessa até 40% de economia de energia e uma
produção de calor 30% menor. A HP (www.hp.com) dispõe da tecnologia Dynamic
Smart Cooling, cuja característica é promover a interação entre servidores e a infra-
estrutura de suporte de um datacenter para aumentar sua eficiência. A DSC, que
levou mais de uma década para ser desenvolvida, permite diminuir os gastos com
eletricidade entre 25% e 40%, dependendo do tamanho da planta.

Com relação a computadores, monitores, servidores e periféricos de informática em


geral, a maioria dos fabricantes já aderiu às normas da Energy Star, iniciativa de
proteção ambiental do Departamento de Energia do governo dos Estados Unidos e da
Agência de Proteção do Meio Ambiente (Environmental Protection Agency – EPA).

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No endereço www.energystar.gov/index.cfm?fuseaction=find_a_product, é possível
pesquisar nas mais de 50 categorias de produtos àqueles que levam o selo da
entidade – marcas de todo o mundo integram a lista. Para se ter uma idéia, até
sinais de trânsito, máquinas postais e as vending machines, que oferecem bebidas e
snacks diversos nos corredores de empresas e hospitais, podem obter o selo Energy
Star.

Um núcleo, dois núcleos, quatro núcleos

Há dois anos, chegaram ao mercado os primeiros processadores com núcleo duplo,


também conhecidos como dual-core: dois núcleos de processamento independentes
com seus respectivos caches e controladores colados em um único chip, que
permitem a execução de tarefas em paralelo. Por agilizarem o funcionamento do
computador e darem suporte a vídeos de alta definição, som de qualidade e
visualização 3D, esses processadores foram inicialmente vendidos como uma
excelente plataforma para consumidores que desejavam utilizar mais recursos de
entretenimento em seus PCs.

No entanto, após certo tempo a indústria percebeu que o poderoso desempenho dos
chips dual-core trazia mais um benefício para os usuários: como ambos os
processadores rodam na mesma freqüência e compartilham alguns circuitos (como o
cache L2 e a interface para o front side bus), o ganho de performance vinha
associado a uma boa redução no consumo de energia do equipamento.

A partir deste marco, a indústria passou a respirar a computação multicore, cuja


evolução foram os chips quad-core – inicialmente, formados por dois processadores
dual-core em uma placa-mãe. Outras versões com oito, dezesseis e até mais núcleos
estão a caminho. Cada vez mais essa plataforma é apontada como opção de
desempenho e economia de energia para servidores, ao atender aos desafios de
densidade, resfriamento e custo operacional das empresas. Hoje, os principais
fabricantes de chips para computadores e dispositivos móveis já oferecem uma gama
de produtos com essas características, e é possível encontrar equipamentos com
uma tecnologia capaz de reduzir o consumo de energia dos computadores em
inatividade até 75% ou cujo consumo oscila entre 50 a 120 watts, em média,
dependendo do modelo e da aplicação.

Em março, a Intel (www.intel.com.br) apresentou dois processadores quad-core com


50 watts de consumo da linha Xeon para servidores, equipados com tecnologia de
virtualização e projetados para densos data centers de internet, servidores blade e
empresas como as do setor financeiro, onde a escala e a densidade dos servidores
são altamente sensíveis ao consumo, à infra-estrutura e aos custos de resfriamento.
De acordo com a empresa, o potencial de redução de gastos com energia dos novos
dispositivos (modelos L5320, de 1,86 GHz, e L5310, de 1,6 GHz) pode chegar a US$
6 mil ao ano por servidor ao longo de toda a vida útil.

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Uma fabricante que já usa esta tecnologia é a Supermicro (www.supermicro.com),
que no início de 2007 lançou uma linha de servidores que suporta duas placas-mãe
em um único chassi 1U com a promessa de aumentar a densidade da computação e
minimizar o consumo de energia, os custos e as exigências de espaço.

Ainda em 2007 devem chegar ao mercado processadores com quatro núcleos em um


mesmo chip. Mas a indústria oferece outras alternativas para baixar o consumo de
energia além da nanotecnologia. Uma delas se chama “picking” (escolhendo) e se
baseia no método de tentativa e erro: trata-se de testar todos os chips de um wafer,
um a um, e separar os mais rápidos (em uma mesma “fornada”, é possível obter
chips com velocidades diferentes, mesmo que o processo de produção seja
exatamente o mesmo). Existem também tecnologias que permitem o processamento
sob demanda e o monitoramento do estado térmico das máquinas, transferindo
tarefas em um momento de pico de consumo para um outro servidor que estiver
mais desocupado. A lista de soluções em uso – ou em estudo – para a otimização do
consumo de energia inclui ainda a renovação esparsa (que atualiza apenas os pixels
que necessitam mudar na tela do computador); cache de rastreamento de execução
(elimina a redundância no nível da microarquitetura); chaveamento de energia que
garante que os dispositivos só serão ligados se necessário; e a Coordenação de
Energia Dinâmica, da Intel, que ajusta automaticamente desempenho e potência
entre dois núcleos de processamento, de acordo com a demanda.

No disco rígido

As soluções que trazem eficiência energética ao campo da informática estão ficando


cada vez mais completas, uma vez que já é possível encontrar até mesmo discos
rígidos mais econômicos. A Samsung (www.samsung.com.br), por exemplo, lançou
em Tóquio em março de 2007 um HD híbrido que combina as tecnologias de
armazenamento magnético e memória flash, prometendo acesso mais rápido aos
dados e uma redução de 70% a 90% no consumo de energia. Inicialmente
desenvolvidos para laptops, esses HDs reduzem o acesso ao disco e permitem que os
PCs entrem e saiam do modo sleep (hibernação) mais rápido, quando usados com a
função ReadyDrive do Windows Vista.

Enquanto os processadores não param de evoluir, na última década o desempenho


dos HDs só aumentou 1,3 vez. Para resolver a questão, a Intel também desenvolveu
uma tecnologia baseada em memória flash, que recebeu o nome de Robson e
chegará ao mercado ainda na primeira metade de 2007. Trata-se de uma solução de
cache que usa a memória flash operando entre o processador e o disco rígido para
armazenar os dados que são acessados com mais freqüência pelo usuário. Ao
diminuir o acesso ao disco rígido, cai também o uso de energia e a produção de
calor. A memória Robson está voltada para notebooks e promete aumentar a
velocidade dos equipamentos.

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Outra empresa que aposta na memória flash para reduzir o consumo energético das
máquinas é a Seagate (www.seagate.com). A empresa apresentou três novas
famílias de HD para desktops com baixo consumo de energia, gravação
perpendicular e capacidade de armazenamento de até 160 GB. Um dos modelos
duplica os dados do disco rígido para uma memória cache não volátil de 256 MB.

No Windows Vista

A versão mais recente do sistema operacional da Microsoft, Windows Vista, também


vem com um recurso para economia de energia. O Sleep alia as funções “standby” e
“hibernar” do sistema – todos os dados, aplicações e documentos em uso são salvos
tanto na memória RAM quanto no HD, para proporcionar, respectivamente, acesso
mais rápido e proteção. Em notebooks, o recurso funciona de forma um pouco
diferente: os dados são armazenados na memória mas, se a bateria acabar enquanto
o computador estiver dormindo, o Windows Vista automaticamente transfere as
informações para o HD a fim de evitar a perda dos mesmos. De acordo com a
empresa, o Sleep proporciona uma economia estimada de US$ 55 a US$ 70 anuais
por máquina.

Novas arquiteturas

A Intel mantém uma equipe de pesquisadores que está investigando novas


arquiteturas, capazes de identificar os desafios de energia e térmico dos
computadores e gerenciá-los dinamicamente ao executar aplicativos. Conheça
algumas delas:

•Microarquitetura multi-core, com multi-threading e em cluster


Desenvolvimento de núcleos de processador e clusters que façam equilíbrio de carga.
Esse equilíbrio é alcançado graças a combinação de mecanismos de software e
hardware, que examinam de modo dinâmico a utilização, a prioridade e as
características térmicas de uma carga de trabalho.

•Microarquitetura com otimização de energia


Gerenciamento do consumo de energia no núcleo, para manter ativa a
funcionalidade básica de um dispositivo mesmo que as funções não-essenciais
permaneçam em repouso.

•Tecnologia de cache inteligente


Desativar o cache, preservando a integridade dos dados e a coerência de memória,
pode economizar energia. A tecnologia cache inteligente da Intel® minimiza o
tráfego do barramento e permite que ambos os núcleos compartilhem plenamente o
cache L2. A solução também adapta o tamanho do cache de acordo com a demanda
e aloca dinamicamente o cache e lógica de controle centralizado para otimização e
economia de energia.

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•Enhanced Intel SpeedStep® Technology
Distribui dinamicamente a freqüência e a tensão, com base na necessidade da força
de processamento. Com isso, reduz a energia do tempo médio de execução usada
em notebooks e desktops, resultando uma economia de até 30% em energia e
resfriamento.

•Chaveamento baseado na demanda


Tecnologia de gerenciamento de energia automatizado para servidores, que reduz o
consumo de eletricidade em até 25% nos ambientes comuns de TI. Conta com
recursos avançados de monitoração e prognóstico de energia.

A fabricante também desenvolve inovações na pesquisa de circuitos para resolver o


problema de fuga e outros desafios de energia no nível do chip. Um dos projetos visa
o controle/ajuste dinâmico da tensão da polarização, reduzindo a fuga de energia
nos períodos de inatividade ou para aumentar o desempenho da máquina em
momentos de pico. Outra opção com a mesma finalidade é desligar os transistores
em repouso dinâmico quando um bloco de circuitos lógicos estiver no modo inativo.
As informações sobre os projetos da empresa para economia de energia estão em
www.intel.com/technology/eep.

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Economia de Energia

Módulo 4 - Tecnologia versus Energia

A elevação dos custos com energia e a falta de espaço para máquinas nas empresas
colocaram os fabricantes de computadores em uma encruzilhada: quem não
desenvolver equipamentos que reúnam melhor eficiência energética e maior
desempenho corre o risco de perder a competitividade. Ao mesmo tempo, essas
questões impulsionam a indústria de condicionamento de ar a criar novas
tecnologias.

O custo do imóvel – seja próprio ou alugado – pesa bastante na hora de uma


empresa pensar em sua estrutura de TI. Por isso, nos últimos anos, muitas
indústrias migraram para os servidores blade – máquinas compactas de troca a
quente que se empilham, como módulos independentes (cada uma com seu próprio
processador, memória, controladores de rede, sistema operacional, aplicativos e
capacidade de armazenamento), em um único rack. A economia de espaço e a
facilidade de integração aumentaram a popularidade desses servidores, mas criaram
outro problema: como compartilham energia, ventilação, drives, comutadores e
portas, quanto maior o número de máquinas empilhadas, maior é a quantidade de
calor produzida por seus processadores.

A questão tem tirado o sono de empresas que rodam datacenters gigantescos, como
o do Google. Em setembro de 2005, o engenheiro Luiz André Barroso, que comanda
a área de engenharia de plataformas do provedor de webservices, publicou longo
artigo sobre os gastos da empresa com energia e sobre os desafios e oportunidades
dos sistemas baseados em CMP (sigla para chip-level multiprocessing, ou
processamento em múltiplos núcleos) para a melhoria dos custos de ambientes
computacionais. O tema é tão importante que está atraindo fabricantes de hardware
para a área de condicionadores de ar – como a HP, que no começo do ano lançou um
sistema de controle ambiental que usa o resfriamento à água para baixar as
temperaturas.

Novos materiais

Recentemente, a indústria anunciou avanços na produção de transistores que


permitirão que os chips possam se tornar cada vez menores e mais poderosos.
Pesquisadores estão substituindo o silício pelo háfnio, metal de transição com alta
capacidade de absorção de nêutrons, sendo por esse motivo já muito utilizado na
produção de barras de controle de reatores nucleares. De acordo com a agência de
notícia Reuters, o material regula o fluxo de eletricidade pelos transistores e é a
primeira alteração nos materiais básicos de produção destes componentes desde a
década de 1960.

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Com o háfnio, os fabricantes de chips poderão levar adiante os planos de produção
de circuitos com apenas 45 nanômetros (já em estudo) ou mesmo 22 nanômetros,
um marco em miniaturização. Os primeiros produtos com o novo componente
químico devem começar a chegar ao mercado ainda em 2007. Mas o háfnio não
beneficia apenas a nanotecnologia: a camada de silício que atualmente recobre os
transistores tem apenas cinco átomos de espessura, o que acaba causando
problemas como vazamento de eletricidade e menor duração da bateria. Para os
cientistas que avaliam o novo produto, será possível aumentar a velocidade dos
chips em mais e 20% e reduzir o vazamento de energia em 80%, aproximadamente.

Se quanto menor é o chip, menos energia ele gasta, então basta que a indústria se
dedique a novas técnicas de miniaturização para resolver o problema, certo? Em
parte. Há alguns anos, por exemplo, um dos maiores problemas apontados pelos
cientistas era o fato de o sinal do clock, cilindro de Quartzo incrustado na placa-mãe
responsável pela sincronização de todos os componentes de um computador,
permanecer sempre ativo enviando impulsos elétricos. Segundo o especialista Carlos
Morimoto, a situação começou a mudar com o lançamento do primeiro Pentium, em
1993 – a partir de então, com a ajuda de aplicativos especializados, é possível
desligar partes do processador que não estiverem em uso no momento, reduzindo o
gasto de energia.

Morimoto lembra que no final dos anos 90 as empresas começaram a pesquisar a


retirada do clock dos computadores, o que se chamou de computação assíncrona,
aquela capaz de processar dados de acordo com a necessidade e que prometia
grandes ganhos de desempenho ao permitir que os componentes do chip
trabalhassem isoladamente. Por mais que esse programa tenha cedido lugar à
tecnologia multicore (divisão de tarefas entre processadores lado a lado), alguns
projetos chegaram a ser realizados – como o desenvolvimento pela Intel, em 1997,
de um processador compatível com o Pentium, porém seis vezes mais eficiente. O
chip nunca chegou a ser produzido comercialmente, segundo Morimoto, mas ajudou
no desenvolvimento do Pentium 4, que se baseou na tecnologia assíncrona para
diminuir o consumo elétrico.

Virtualização

A virtualização, ou rodar diversos sistemas operacionais lado a lado em um único


servidor, transformando-o em diversos a fim de ocupar sua capacidade de
processamento (geralmente ociosa), figura entre os primeiros lugares em qualquer
lista das principais tendências de TI para os próximos anos. O IDC, por exemplo,
aponta que a área de infra-estrutura na América Latina está caminhando para o
modelo de Dynamic IT, porque as empresas querem aprender a aplicar melhor sua
infra-estrutura de hardware, software e serviços.

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Muitos fabricantes de hardware e software, bem como integradoras, já estão
oferecendo a seus clientes a tecnologia como solução para a questão do espaço, e
têm sido bem aceitas. Uma das poucas polêmicas sobre o tema é que ele mudará o
jeito como software e hardware são cobrados e forçará a criação de um novo modelo
de preços, não mais baseado em usuários ou licenças – mas muitos avanços ainda
devem ser feitos nessa área.

Com o crescimento da discussão em torno da eficiência energética, a virtualização de


servidores aparece também como uma solução alternativa para o problema. Segundo
a Vmware, uma das líderes neste segmento, o benefício está em acabar com a
ociosidade do sistema (estimativas mostram a média de utilização de uma máquina
física por mês é de apenas 5% a 15 %) ao permitir a redução drástica do número de
servidores físicos. É possível, por exemplo, transformar 100 máquinas em oito – um
servidor físico pode ser capaz de abrigar, em média, 12 servidores virtuais ao
mesmo tempo, cada um executando uma tarefa diferente.

O datacenter, aquele lugar tipicamente entediante composto por fileiras e fileiras de


computadores idênticos, saiu do anonimato e de repente começou a freqüentar as
páginas do New York Times e do Wall Street Journal e outdoors em estradas e
aeroportos. O motivo: servidores modernos gastam mais combustível que um carro
do tipo SUV (utilitário). Imagine sua picape consumindo litros e mais litros de
gasolina enquanto permanece quietinha na garagem. É o que acontece com essas
máquinas em 80% do tempo. O cenário piorou com o aumento de servidores por
metro quadrado a uma taxa de 15% ao ano. É tanto calor produzido que, para
impedir que o datacenter se transforme em uma caldeira, as empresas gastam 125%
a mais de energia apenas para resfriar o ambiente. Estimativas da empresa apontam
que, a cada máquina virtualizada, o cliente consegue economizar anualmente cerca
de US$ 290 em eletricidade e US$ 360 em custos de refrigeração. O Provident Bank,
dos EUA, por exemplo, reduziu o consumo de energia em 13.000 watts.

Até a Gigabit Ethernet

No início de 2007, o IEEE (Institute of Electrical and Electronics Engineers,


www.ieee.org), associação que define padrões para a indústria eletroeletrônica
norte-americana, anunciou o desenvolvimento de novas tecnologias para tornar as
conexões subutilizadas de Gigabit Ethernet mais eficientes no gasto de energia. A
idéia é fazer com que a velocidade do tráfego de dados se ajuste automaticamente
ao uso que está sendo dado ao link. Por exemplo: a configuração de um notebook
em descanso pode migrar de 10 Mbps para 100 Mbps quando o usuário baixar e ler
e-mails ou navegar na internet e depois pular para 1 Gbps quando ele iniciar o
download de um aplicativo ou de um arquivo de vídeo.

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De acordo com os especialistas envolvidos, as organizações norte-americanas que
mantêm milhares de portas Ethernet em seus desktops, servidores e outros
equipamentos poderão economizar cerca de US$ 450 milhões por ano com os custos
de energia elétrica. Ao reduzir uma conexão de 1 Gbps para 10 Mbps, diz a entidade,
o consumo do equipamento cai de 4 W para cerca de 0,6 W – os números foram
baseados em uma pesquisa realizada em 2002 pelo Departamento de Energia dos
Estados Unidos, que indicava que o consumo de energia dos equipamentos de TI
naquele país chega a 97 terawatts/hora por ano, um gasto anual estimado de US$ 8
bilhões.

Para descobrir como fazer isso, a entidade criou o grupo de pesquisas EEE - Energy
Efficient Ethernet. Um dos desafios é fazer com que o cartão de rede (NIC) de um PC
ou laptop mude de uma velocidade para a outra rapidamente. O recurso, conhecido
como autonegociação, leva hoje cerca de 1,4 segundo para ocorrer, mas os
pesquisadores querem que esse tempo baixe para um milésimo de segundo, para
início de conversa. O problema é que foram criados padrões diferentes de buffer
(tempo de espera) de Ethernet para cada dispositivo. A tecnologia precisará agir nas
duas pontas do link para ter sucesso.

A primeira discussão gira em torno de como controlar os mecanismos que mudarão o


PHY (physical layer connection) para a velocidade desejada; depois, os cientistas vão
querer saber quando mudar a velocidade e como controlar essas mudanças. No
entanto, as conversas ainda estão em estágio inicial.

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Economia de Energia

Módulo 5 - O futuro

Daqui para a frente: novas regras

Governos, iniciativa privada e organizações sociais estão empenhados em garantir


que, no futuro, a energia seja utilizada de forma mais racional. Acordos entre países,
campanhas de conscientização e regras mais rígidas de certificação certamente
impulsionarão o desenvolvimento de produtos de informática e eletrônicos mais
eficientes no consumo energético.

A partir de 20 de julho de 2007, os computadores terão de ser mais eficientes no


aproveitamento da energia para obter o selo da Energy Star, entidade de proteção
ambiental ligada à Agência de Proteção do Meio Ambiente (Environmental Protection
Agency – EPA) e ao Departamento de Energia dos Estados Unidos.

Adesivos da Energy Star, nas cores azul e branco, são colados em eletrodomésticos,
produtos de informática e eletrônicos que cumprem especificações de eficiência de
energia do projeto. Atualmente, o site da EPA traz uma lista com mais de 80
produtos “verdes” que, além de eficientes no gasto energético, são facilmente
recicláveis e não contêm substâncias nocivas.

As especificações foram revisadas porque estavam obsoletas. Desde 1992 se


mantinham iguais, apesar do avanço da tecnologia de fabricação de chips, no que se
refere ao consumo de energia. Na versão anterior (3.0), mais de 90% dos
computadores que estão no mercado estão habilitados a receber o selo.

Atualmente, a eficiência do uso de energia de um computador fica por volta de 70%.


Segundo as novas regras, o PC terá 80% de aproveitamento da energia consumida,
no mínimo. Computadores de mesa, notebooks, servidores de pequeno porte e
consoles de games são os produtos que devem cumprir as novas especificações para
conseguir o selo. A revisão não aborda servidores de grande e médio porte nem
computadores de mão.

Desktops, servidores de pequeno porte e consoles de games devem consumir não


mais que 2 watts no modo standby e 4 watts no modo sleep (hibernação).
Notebooks não devem usar mais de 1watt no modo standby e não mais de 1,7 watt
no modo sleep.

Computadores com chips de vários núcleos e processadores gráficos podem gastar


mais, porém não tanto – um notebook básico tem que consumir menos de 14 watts,
enquanto um equipamento com chip gráfico tem que consumir menos de 22 watts de
energia.

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Ao site Infoworld, a EPA disse que espera que os fabricantes adotem a nova versão
do Energy Star em 40% dos seus computadores até 2010, 60% até 2012 e 80% até
2014. Para Katharine Osdoba, porta-voz da entidade, a EPA tenta agora obter com
os computadores o mesmo sucesso alcançado com os monitores. Em 1 de julho de
2009, as regras do Energy Star devem ficar ainda mais rigorosas.

Plano para cinco anos

A HP saiu na frente: em março de 2007, quatro meses antes das novas regras
começarem a valer, anunciou três computadores voltados para empresas, com 80%
de eficiência no consumo de energia, que já se enquadram nos padrões do Energy
Star 4.0. As três máquinas entram no modo de hibernação mais rapidamente. Outra
grande fabricante de computadores, a Dell, anunciou que já está se empenhando
para lançar em julho de 2007 desktops e notebooks seguindo a versão 4.0 do padrão
Energy Star.

Segundo a EPA, as novas especificações vão ajudar a economizar mais de US$ 1,8
bilhão em energia nos próximo cinco anos. Em 2005, o Energy Star ajudou
empresas, organizações e consumidores a economizar certa de US$ 12 bilhões,
segundo estimativas da própria instituição.

O Energy Star é especialmente importante para o governo e empresas. O governo


dos Estados Unidos é obrigado a comprar produtos com o selo e as empresas pagam
menos impostos ao comprar equipamentos com Star Label.

A revista PC Magazine fez uma reportagem com o título “Qual a importância do novo
Energy Star para os fabricantes de PC”, publicada em fevereiro de 2007. Uma das
entrevistadas, Marijana Vukicevic, analista sênior de gerenciamento de energia da
consultoria iSuppli, disse que a indústria de computadores é a primeira a se
prontificar a cumprir as regras de consumo de energia.

De acordo com a EPA, os computadores são os produtos que mais recebem o selo da
Energy Star e esse comprometimento parece tem se mantido com o passar dos anos,
pois todas as grandes marcas de notebook e computador ostentam produtos com o
selo, especialmente os corporativos.

Por isso, apesar das especificações mais rígidas, os especialistas acreditam que a
indústria de computadores irá se empenhar para que seus produtos obtenham o selo
da Energy Star. Para Mathew Wilkins, analista de plataformas de computador da
iSuplli, em entrevista à PC Magazine norte-americana, atender a especificações mais
rígidas exige esforço e custa dinheiro, mas o impacto não será significativo para a
indústria de TI. Os fabricantes de processadores também estão preocupados com a
eficiência de energia e buscam aumentar o desempenho dos chips diminuindo o
consumo de energia.

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Não só os eletrônicos, mas prédios e condomínios inteiros recebem o selo do Energy
Star. Mais de 3.200 edifícios ganharam o selo em fevereiro de 2007 por conseguirem
reduzir drasticamente o consumo de energia, numa economia estimada em cerca de
US$ 600 milhões. A emissão de gases nocivos, equivalente a 900 mil veículos
automotivos também foi evitada nestes prédios.

Acordo com a Comunidade Européia

Em dezembro de 2006, os Estados Unidos e a Comunidade Européia renovaram por


mais cinco anos o acordo do projeto Energy Star, assinado primeiramente em 2000.
Com isso, a Comunidade Européia se compromete a adotar equipamentos com o selo
nos seus escritórios e exportar para os Estados Unidos produtos com a etiqueta.

O acordo inclui uma revisão nas especificações técnicas de equipamentos de imagem


e computadores, para melhorar o aproveitamento energético. Segundo cálculos do
Energy Star, a economia de energia conseguida com o acordo é equivalente à
demanda da Hungria em três anos. As informações sobre o projeto estão em
www.eu-energystar.org.

Campanha de energia sustentável

Por iniciativa da Comissão Européia, está em andamento a Campanha Européia de


Energia Sustentável 2005-2008. O objetivo é sensibilizar a opinião pública e
promover a produção e consumo de energia sustentável por parte da sociedade civil
e das organizações de toda a Europa.

Uma das funções da campanha é incentivar os dias da energia sustentável por toda a
Europa. São eventos públicos com a intenção de demonstrar para consumidores,
empresas e políticos que as tecnologias e os padrões de comportamento de energia
sustentável são viáveis, rentáveis e melhores para o ambiente. Visitas guiadas a
empresas ou organizações, atividades educativas, exposições e feiras são algumas
das ações promovidas pela Campanha.

Qualquer empresa, organização ou instituição, pública ou privada, que implemente


ou deseje implementar ações de energia sustentável, pode se tornar parceira da
Campanha. Basta se candidatar pela internet, preenchendo e assinando uma
declaração de parceria pelo site www.sustenergy.org. Todos os parceiros podem
participar do concurso anual que premia os melhores projetos europeus de energia
sustentável.

Os parceiros da Campanha são reconhecidos publicamente por seu compromisso com


o modelo de energia sustentável. Têm direito de utilizar o logotipo da Campanha,
obtêm uma caixa de ferramentas promocional e são incluídos no catálogo anual.

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Idéias para os jovens

A questão energética vai provocar uma revolução tecnológica que poderá ser
comparada ao boom da internet, segundo Daniel Yergin, presidente da Associação de
Pesquisas sobre Energia de Energia de Cambridge (EUA), que recebeu o Pulitzer, um
dos maiores prêmios de jornalismo, por seu livro “The Prize: The Epic Quest for Oil
Money & Power”.

Em março de 2007, Yergin foi o principal palestrante da conferência Energy 2.0,


organizada pelo Massachusetts Institute of Technology – MIT
(www.mitenergyconference.com). Na reportagem sobre o evento da revista norte-
americana Wired, especializada em tecnologia, a presidente do MIT, Susan Hockfield,
comentou a importância do debate sobre as baterias. “Nunca imaginaria, há dois
anos e meio atrás, que hoje falaríamos com tanto entusiasmo sobre armazenamento
de energia. Quatro novas tecnologias de baterias vêm do MIT”, disse.

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Economia de Energia

Módulo 6 - Como reduzir a conta

Como reduzir a conta

Estudo do Departamento de Energia norte-americano mostra que o uso de energia


de um datacenter chega a ser 100 vezes superior ao uso de um prédio comercial
comum. Mesmo em descanso, um servidor gasta 30% do seu consumo de energia
apenas para ficar hibernando. Por esses motivos, a questão do aumento dos gastos
com eletricidade com computação nos Estados Unidos é muito relevante nas
discussões anuais de orçamento de TI. As empresas só não migram para estados
onde a conta pode sair mais barata por outros fatores igualmente importantes, como
risco de furacões, falta de fornecimento e de mão-de-obra especializada. Mas as
medidas para economizar energia tendem a ser agressivas: com a adoção de chips
de baixo consumo, mecanismos com velocidade variável e sistemas de refrigeração
que trabalham apenas quando necessário, migração para sistemas virtualizados ou
terceirização de parque. Para os grandes datacenters, a primeira saída é tentar
negociar tarifas especiais com o fornecedor local, exatamente como fazem com os
demais parceiros de negócios.

Entra a energia, saem os projetos de TI

De acordo com a consultoria IDC (www.idcbrasil.com.br), o gasto anual das


empresas com a alimentação e refrigeração de servidores chegou a US$ 14 bilhões
e, a se manter o ritmo, alcançará os US$ 50 bilhões ao final da década. O
levantamento vai além e diz que, ainda este ano, os gastos com eletricidade devem
ultrapassar os gastos com novos equipamentos. Esse custo, alerta o IDC, está
tirando o lugar de projetos e outras iniciativas no orçamento das áreas de TI. Outra
consultoria, o Gartner, concorda, informando que os custos de energia chegam a
representar, hoje, 10% do orçamento da TI, podendo chegar a 50% nos próximos
anos. Para especialistas do setor, a crescente demanda por downloads de arquivos e
aplicações, o aumento do uso de ferramentas de colaboração – como
videoconferência – e de telefonia VoIP (voz sobre IP) e a proliferação de
equipamentos de baixo custo são apontados como os maiores responsáveis pelo
aumento do consumo de energia em datacenters. Outro motivo é o próprio mercado
de servidores: segundo o Gartner, em 2006 as vendas mundiais de servidores
totalizaram 8,2 milhões de unidades, número 8,9% maior que o registrado 2005. O
instituto informa ainda que a receita mundial do setor cresceu mais de 2% no último
ano, atingindo US$ 52,7 bilhões.

A virtualização desses equipamentos – transferir a tarefa de dezenas de máquinas


para apenas uma – é uma das alternativas para reduzir a conta de luz. Mas, por
enquanto, essa opção ainda é mais utilizada apenas pelas empresas que também
enfrentam problemas de falta de espaço, além dos altos gastos com eletricidade.

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Outra alternativa, apresentada pela Energy Star, entidade de proteção ambiental
ligada ao Departamento de Energia dos Estados Unidos, é monitorar (e, se possível,
reduzir) o uso de equipamentos que gastam energia mesmo em modo standby. A
lista inclui computadores, monitores, impressoras, copiadoras e máquinas de fax,
mas também produtos que usam fontes externas de energia (como celulares e
notebooks), controles remotos (como TVs, projetores, aparelhos de DVD), display
digital de exibição contínua e baterias recarregáveis.

Como abaixar os custos no datacenter

Para a integradora Anixter (www.anixtersoluciones.com), proprietários de grandes


centros de dados podem tomar algumas medidas para baixar os custos com energia
elétrica e criar um ambiente de TI mais eficiente. Alguns exemplos:

1) Usar arquitetura escalonável modular para infra-estrutura de UPS e ar-


condicionado.
2) Consolidar servidores.
3) Usar o modo econômico dos aparelhos de ar-condicionado.
4) Usar uma distribuição de planta com corredores frios e quentes e colocar os
controladores de ar em lugares adequados.
5) Posicionar corretamente as grades de ventilação.
6) Coordenar os aparelhos de ar-condicionado, evitando o uso de sistemas
concorrentes que secam e umidificam o ambiente, aumentando o desperdício.
7) Instalar iluminação com controle de energia, como sensores de movimento.

Como economizar no escritório

Não é só no datacenter que o desperdício pode ser evitado. De acordo com a


Universidade Federal de São Carlos (UFSCAR), o consumo de um computador é de
0,2 kW em cada hora de uso efetivo. Em repouso (todos os componentes ligados,
mas sem programas executando operações), o consumo baixa para 0,12 kW (o
equivalente a duas lâmpadas comuns de 60 watts) e, no modo de espera, para 0,04
kW, o que representa uma redução de 66%. Por outro lado, um monitor CRT de 17”
consome entre 100 e 110W a cada hora de uso. A UFSCAR organizou uma lista de
medidas simples que podem ser seguidas pelos interessados em reduzir os gastos
com energia elétrica no escritório ou no home office. O mesmo vale para ambientes
de TI descentralizados e mal planejados, onde ilhas de hardware e software causam
ociosidade e gargalos em toda a operação, e fazem com que grande parte dos gastos
totais com tecnologia recaia para manutenção e mão-de-obra.

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1) ar-condicionado – desligar o aparelho meia hora antes do fim do expediente e
durante o almoço. – com o aparelho ligado, manter as portas e janelas fechadas. –
no inverno, ligar apenas a ventilação. – não deixar o aparelho em lugares quentes,
próximo a equipamentos elétricos ou na incidência do sol. – na hora da compra,
verificar se o aparelho possui o selo PROCEL de consumo reduzido. – examinar a
possibilidade da instalação, na parte exterior das janelas, de brise soleil, que impede
a incidência de raios solares.

2) computadores e outros equipamentos – quando se ausentar, ativar o modo


“em espera” do computador, que deixa o equipamento hibernando até o mouse ou o
teclado serem tocados novamente. – ativar o modo econômico (energy saver) do
monitor. – usar um protetor de tela, que evita que a imagem congelada desgaste o
fósforo do monitor. Prefira um com o máximo de áreas escuras (melhor se mostrar
apenas uma tela preta), pois quanto mais cores brilhantes no monitor, maior o
consumo de energia. – deixar os periféricos, como impressoras e scanners,
desligados da tomada quando não estiverem em uso. – se não estiver utilizando as
caixas de som, mantê-las desligadas.

3) com iluminação: – utilizar cores claras na pintura de paredes internas e do teto.


– adotar uma iluminação de acordo com o tamanho e a finalidade do ambiente. –
aproveitar ao máximo a iluminação natural. – utilizar lâmpadas fluorescentes em
ambientes que necessitam de maior iluminação (duas lâmpadas fluorescentes de 20
watts iluminam mais que uma incandescente de 100 watts).

O que mais é possível fazer?

O site Daily Cup of Tech traz boas dicas para gastar menos eletricidade com
computadores e outros eletrônicos. Algumas são bem fáceis – basta se lembrar delas
para conferir o resultado quando a conta chegar.

1) Desligue os monitores quando não estiverem em uso – eles consomem muita


energia, especialmente os modelos CRT.
2) Troque os monitores CRT velhos por modelos LCD – três monitores LCD gastam o
mesmo que um CRT.
3) Mantenha os computadores em locais com boa ventilação ou em ambientes mais
frios, se possível – manter o equipamento refrigerado, sem necessitar de ar-
condicionado, o ajudará a trabalhar com mais eficiência e a requerer menos do
cooler interno.
4) Abaixe o brilho do monitor – quanto mais brilho, maior o consumo.
5) Compre equipamentos que gastam menos energia – basta conferir a tabela ou as
informações escritas na embalagem e comparar com outro produto similar.

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O site também lista medidas que podem ser tomadas por usuários mais avançados,
pois requerem algumas habilidades técnicas, ou por especialistas no setor.

1) Substitua o disco rígido antigo por um novo e mais eficiente – HDs novos
consomem menos energia.
2) Configure o sistema operacional para desligar periféricos quando estes estiverem
fora de uso, como modems, monitores e placas de rede sem fio.
3) Configure o sistema operacional para reduzir a operação dos HDs e outros
componentes “motorizados”, que consomem mais energia.
4) Reduza o número de monitores em uso com a ajuda de uma chave KVM para ligar
vários computadores a apenas um monitor. Outra opção é configurar os sistemas
para suportar a operação de desktops remotos.
5) Coloque as impressoras laser (grandes consumidoras de energia) para hibernar ou
simplesmente desligue os equipamentos quando não estiverem em uso.
6) Coloque mais memória no computador. Quanto mais memória o equipamento
tiver, menos exigirá do disco rígido e, assim, menos energia consumirá.
7) Desligue aqueles serviços e recursos do computador que não são usados,
reduzindo a operação do sistema.
8) Use aplicativos mais leves, que ocupam menos memória e menos espaço no disco
rígido. Escolha aplicações com propósitos determinados.
9) Pense em substituir o hardware por sistemas virtuais, consolidando várias
máquinas em uma.
10) Substitua o HD por dispositivos que consomem menos energia, como pen drives
de memória flash e discos externos com interface USB
11) Programe o computador para desligar após realizar rotinas de segurança ou de
performance, como atualizações, varredura de antivírus e desfragmentação
(atividades que costumam ser realizadas de madrugada ou em outros períodos de
ociosidade)

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