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Anna com Dois Ennes

Ana Maria Rosato Servelhere


É pessoa...
É filha...
É esposa...
É mãe...
É avó...
É sogra...
É amiga...Carinhosa...
É Professora..
Bom dia, paz e alegria!
Sou seu primeiro alimento...
Com recheio de poesia
Sou o pão , o seu sustento.

Pão molinho ou torradinho


Pão Fresquinho, que beleza
Pão, te quero com carinho
Pra abastecer minha mesa
Meu pai, se vivo seria
Um bisavô bem legal
Com os três netos faria
Um quarteto sem igual
Chuvas de agosto
São pedras no chão
Caindo barulhentas
Pingos de gelo, miúdas.
Chuvas de agosto
Pesadas, apressadas
Cristalizadas...
Chuvas de agosto
São partes da vida
Que jorra dos céus
Com a missão
De limpar a terra
Abastecer os rios...
Chuvas de agosto
À sua passagem
a natureza encobre (se houver)
os sinais de destruição.
Surge o verde
Que convida a terra seca
Para o abraço da vida!
TROVAS

Se não me queres, não minta


Manda-me embora, sem galho
Vou sofrer mas não me sinto
Carta fora EM SEU baralho
A vida tem mil perfumes
Que não posso aspirar
Pois teu cheiro de ciúme
Tenta me asfixiar
Faço trovas sem parar
Pois este é meu Dom no momento
Só não consigo rimar
O meu com o teu pensamento
Tu dizes que só me beijas
Quando eu parar de fumar
Pergunto-lhe: a qual desejo
Devo renunciar?
• Sou um poeta, poeta enamorado
• Mas... poeta é também você!
• que insistentemente me espera
• com a determinação e bom gosto
• Dos ipês dos meus Agostos...

Nesta vida fui de tudo
Fui mendigo, vagabundo
Fui menor abandonado
Fui adulto explorado
Político exilado...
Nas longas horas da noite
Faminto, sofri o açoite
Da desnutrição que consome
As energias de um homem...
No leito de um hospital
Conheci a dor mortal
No cárcere da prisão
Visitou-me a solidão...
Fui a mulher desamável
Na força, discriminada
Viúva, mal aposentada
Prostituta explorada...
Fui no ventre do pecado
O aborto condenado.
Fui criança sem escola,
no vício de cheirar cola.
PRIMEIRA INFÂNCIA("Campo de Sementes")
A velha casa amarela
Acolheu-me, setembro, tão bela
Ela, imponente na esquina
Eu, saudável menina...
Verti meu choro criança
Nasceu o fruto “esperança”...
Fui marota, atirada
Nas disputas “camaradas”
Levei sorte, fiz “viradas
Ganhei fácil a chegada...
NOITE
É noite.
Me deito
Me quieto
Me ouço
Minha voz me diz
Que a quietude em mim
é o diálogo d’alma
que se acalma.
se encontra.
se abastece.
A prece em meus lábios
descobre o segredo
afasta o medo
em Deus me acho.
As mão se aproximam
reconhecem.
agradecem
pela dádiva da Vida!
Poeta,
é o que, calado, sente vertigens
e as capta, prende firme
nos ganchos das palavras
e as dependura em mentes sequiosas
de novas e mil sensações,
imagens e sons
(5 de junho de 1990 - Dia Mundial do Meio-Ambiente)

Partiste!
Nem siquer disseste adeus
Foi-te, silenciosamente,
corajoso e só...
Outras vezes te amedrontaste
Mas agora foste de fato
Distanciou-te de nós
Aproximou-te do infinito,
da misteriosa e eterna verdade!
E como em toda grande ausência
brotam as lágrimas da saudade...

E as grandes verdades
(Que tão profundamente as conhecia!)
imortalizar-se-ão em nós.
Pai, a sabedoria está com a razão:
“Ao final, dá tudo certo!”

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