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OS AGENTES ECONÓMICOS

E AS SUAS RELAÇÕES

Cristina Maria Jesus Carvalho

Aluno Nº 21130375

Leonor Carmona Ribeiro

Aluno Nº 21140297

RESUMO: Os Agentes Económicos e as suas relações estão representados num


circuito económico. O circuito económico é um diagrama que representa os fluxos
entre agentes económicos de forma a ter-se uma visão simplificada da realidade
económica.
Tendo em conta a importância dos fluxos e dos agentes económicos, seguem-se as
relações existentes entre eles.

INSTITUT0 POLITÉCNICO DE COIMBRA


INSTITUTO SUPERIOR DE ENGENHARIA DE COIMBRA

DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL

MAIO DE 2007

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Índice
1-Fluxos 3

2-Agentes Económicos 3

3-Economia Fechada

3.1-Famílias e Empresas 3
3.2-Famílias Empresas e Estado 4
3.3-Famílias, Empresas, Estado e Capital 7

4-Economia Aberta

4.1-Famílias, Empresas, Estado, Capital e Resto do Mundo 9

5-Conclusão 10

6- Conceitos Chave _________________________________________________11

7-Bibliografia 11

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1. Os Fluxos
Os fluxos, ao traduzirem relações económicas entre categorias de agentes económicos,
podem ser classificados em fluxos reais - quando correspondem a fluxos de bens e
serviços e em fluxos monetários - quando correspondem a fluxos de dinheiro. Nem
todos os fluxos correspondem a transacções realizadas, deve-se ter em conta os que se
relacionam com transacções imputadas (como exemplo, temos a operação de “aluguer”
(arrendamento) que o proprietário de uma habitação faz a ele próprio, enquanto
inquilino, para usufruir da respectiva habitação).
Deve-se ter em conta que pode-se encontrar transacções independentes e combinadas,
correspondendo as primeiras a fluxos num só sentido, enquanto, as segundas
correspondem a fluxos de sentido oposto para a mesma operação, podendo a
contrapartida ser imediata ou não imediata.
Em resumo são operações de troca de bens, serviços e moeda entre agentes económicos.

2. Agentes Económicos
Os agentes económicos são indivíduos, instituições ou conjunto de instituições que,
através das suas decisões e acções, tomadas racionalmente, influenciam de alguma
forma a economia. São eles as Famílias que tomam decisões sobre o consumo e a oferta
de trabalho, as Empresas que tomam decisões sobre investimento, sobre produção e
sobre a procura de trabalho, o Estado que toma decisões de consumo, de investimento e
de política económica (instituição pública com poder de coesão) e o Capital
(Instituições financeiras) que não podemos afirmar que é um verdadeiro agente. Estes
quatro agentes formam uma Economia Fechada. Devemos ainda incluir um quinto
agente ao qual chamamos Resto do Mundo ou Exterior que representa todos os agentes
externos à economia e toma decisões sobre todas as questões anteriores. Este agente está
presente, em geral, em todas as economias mundiais, quando esta economia é uma
Economia Aberta.

3. Economia Fechada
Actividade económica que contabiliza as relações entre os diversos agentes económicos
(Famílias, Empresas, Estado e Instituições financeiras) dentro de um determinado
território. O comércio com o exterior é praticamente inexistente.

3.1 Famílias e Empresas

As Famílias oferecem as empresas o que elas precisam para existir: o fluxo real –
recursos naturais, trabalho, capital, tecnologia e capacidade empresarial. As Empresas
restituem as famílias, na mesma ordem, alugueis, salários, juros e lucros. Estas são as
remunerações aos recursos, pois fluxo real = recursos = factores económicos.

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Vamos supor que na nossa economia apenas existem Famílias e Empresas. As
primeiras, são unidades de consumo e as segundas, as unidades de produção. Assim os
bens produzidos nas Empresas destinam-se a ser consumidos pelas Famílias.

As unidades de consumo, as Famílias, para além de serem consumidoras também são


unidades de produção (força de trabalho, terras, recursos naturais, etc.). As Famílias e
as Empresas trocam entre si o trabalho e os bens que produzem. As unidades de
consumo, para além de fornecerem os serviços do trabalho, são proprietárias dessas
mesmas unidades de produção. Significa que as Empresas deverão retribuir em troca do
trabalho e da propriedade das Famílias com o pagamento de salários e de lucros. O
consumo de bens, por parte das Famílias, obriga a que estas paguem esses bens às
Empresas, dando origem ao consumo.

Salários

Trabalho

Famílias Empresas
Bens

Despesas em compras

Figura 1: Relação Famílias/Empresas

Com esta representação, passa-se a dispor dos fluxos essenciais que caracterizam as
relações entre as Empresas e as Famílias.

Às Empresas cabe a escolha entre as utilizações alternativas dos recursos disponíveis


para a produção de bens que têm, por sua vez, de ser aprovados pelos consumidores
(Famílias). Estes dois agentes resumem, através do seu comportamento, o essencial da
presença do mercado nas economias capitalistas. Relacionam por meio de dois
mercados: o mercado de factores e o mercado de bens e produtos.

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3.2 Famílias, Empresas e Estado

O circuito anterior pode ser melhorado se tivermos em conta nas nossas economias de
um importante agente económico: o Estado.

Como se relaciona o Estado com os dois outros agentes, Famílias e Empresas, já


presentes no circuito económico?

O Estado emprega agentes económicos e compra bens às Empresas e em contrapartida


obtêm receitas através dos impostos sobre as Empresas e sobre as Famílias. Supõem-se
que estes impostos recaem sobre os rendimentos das Famílias e sobre os lucros das
Empresas.

Salários

Trabalho
Bens
Famílias Empresas
Despesas

Impostos Impostos

Salários Estado Despesas

Trabalho Bens

Figura 2: Relação Famílias/Empresas/ Estado

Os fluxos que partem e chegam ao Estado representam outras tantas formas possíveis de
intervenção deste agente na actividade económica das Empresas e Famílias.

As transacções representadas acima são transacções combinadas. As Famílias cedem


trabalho e obtêm rendimentos que pagam esses serviços. As Empresas vendem bens que
produzem e obtêm o valor desses bens das Famílias e do Estado através das despesas
em bens. O Estado recebe impostos em troca dos mais variados serviços que presta.

A imputação destas operações do Estado com as Famílias e as Empresas obedece a


regras próprias acordadas entre economistas. Por esta última razão apenas estas
operações do Estado (recebimento dos impostos) não surgem com o fluxo
correspondente (e oposto) de venda de serviços.

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Considerando apenas os fluxos monetários, então o circuito económico, a seguir
representado, traduz essa situação:

Salários

Famílias Empresas
Despesas

Impostos Impostos

Salários Estado Despesas

Figura 3: Relação Famílias/Empresas/ Estado


Fluxos monetários

Representando as actividades dos agentes no circuito, através do que designamos de


“conta” e que, representa as entradas e as saídas de fluxos monetários para cada
categoria de agentes. Assim, a conta Famílias apresenta como entradas os salários e os
lucros pagos pelas Empresas e os salários pagos pelo Estado. Como saídas, esta conta
regista os impostos e as despesas em bens de consumo que as Empresas produzem. A
compensação entre fluxos monetários de saída e de entrada pode não se verificar, a sua
verificação será apenas obra do acaso.

Vamos tomar como exemplo as Famílias - O facto da soma dos rendimentos que
recebem das Empresas e do Estado ser superior ao montante que gastam em bens
produzidos pelas Empresas e em impostos pagos ao Estado. Esta situação apenas nos
diz que as Famílias efectuam poupança. Também as Empresas e até o Estado podem
encontrar-se em situações em que o montante que recebem não é idêntico ao montante
de todos os seus pagamentos.
Estamos em situação de criar um novo agente económico - esta nova categoria é
designada por Capital.

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3.3 Famílias, Empresas, Estado e Capital
A introdução da conta Capital vai permitir que a partir deste momento cada conta esteja
equilibrada. O equilíbrio vai obter-se através de fluxos da e para a conta Capital.

Salários

Famílias Empresas
Despesas

Impostos Impostos

Salários Estado Despesas

Poupança

Poupança Capital Poupança

Figura 4: Relação Famílias/Empresas/ Estado/ Capital


Fluxos monetários

Os fluxos que entram e saem da conta Capital são de grande importância uma vez que
nos informam da capacidade de realizar poupança e, da forma como essa poupança é
originada na economia.

Para que se fique com uma visão dos fluxos principais que caracterizam uma economia
capitalista, precisamos ainda de introduzir no nosso circuito um importante tipo de
despesas das Empresas e, duas formas importantes de intervenção do Estado na
economia.

O primeiro objectivo das Empresas consiste na produção de bens que satisfaçam a


necessidades dos consumidores. A forma de cumprir este objectivo leva as Empresas a
adquirir meios de produção e sobretudo a adquirir bens de Capital. É graças à aquisição
de bens de Capital e às combinações que as Empresas fazem com outros factores de
produção, a produção aumenta periodicamente.

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É então, importante identificar os montantes de acréscimo do “stock“ de Capital de uma
economia. Estes acréscimos são designados por Investimento e devem figurar no
conjunto de fluxos que integram o “circuito económico”.

Temos, ainda, dois outros fluxos importantes nas nossas economias capitalistas. Tratam-
-se das transferências que o Estado realiza: transferências para as Famílias (subsídios,
pensões, indemnizações, etc) e transferências para as Empresas (subsídios).

Vejamos o novo circuito económico:

Salários

Famílias Empresas
Despesas

Impostos Impostos

Salários + Transf. Estado Despesas + Subsídios

Poupança

Poupança
Poupança Capital Investimento

Figura 5: Relação Famílias/Empresas/ Estado/ Capital


Novo fluxo: o investimento

Com este último Circuito ficamos com uma visão dos principais fluxos que
caracterizam uma economia.

Verificamos que a poupança total não pode ser superior ao montante de poupança das
Famílias, mais o montante das Empresas e do Estado (no caso deste também
contribuir). O aumento de poupança na economia terá de ser o resultado do acréscimo
de poupança das Famílias, Empresas e Estado (ou redução da utilização da poupança
deste). Depara-se aqui com uma imagem da questão fundamental da existência de
recursos escassos com usos alternativos. Neste caso a questão refere-se à decisão de
produção para consumo no presente ou no futuro.

O circuito, tal como acabado de apresentar, caracteriza uma economia fechada, uma
economia sem relações com as economias exteriores.

Não é difícil perceber que as economias não são, em geral, economias fechadas. Elas
são economias com relações com o exterior e por isso designadas por economias
abertas.

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4. Economia Aberta
Actividade económica de um país que contabiliza as relações entre todos os agentes
económicos (Famílias, Empresas, Estado, Instituições financeiras e o Exterior). Inclui
portanto, as relações económicas com outros países (Importações, exportações,
movimento de capitais, etc).

4.1 Famílias, Empresas, Estado, Capital e Resto do Mundo

Para podermos ter em conta uma economia aberta, isto é, uma economia com relações
com o exterior devemos inserir no nosso circuito um novo agente que se designa como
Resto do Mundo ou Exterior.

Em termos de fluxos reais, esta nova conta recebe das Empresas bens, que
correspondem às exportações, e fornece bens, correspondentes às importações, que se
destinam às Empresas, Estado e Famílias.

Salários

Famílias Empresas
Despesas

Impostos Impostos

Salários + Transf.
Estado Despesas + Subsídios

Poupança

Poupança
Poupança Capital
Investimento

Importações
Resto do
Exportações
Mundo

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Vamos supor que as relações com o exterior se limitam as importações e exportações,
podemos então dizer que se as exportações forem inferiores as importações, o Resto do
Mundo contribui para a nossa poupança, à qual chamamos poupança do exterior. Na
conta Capital vamos encontrar os contributos das Famílias, Empresas, Estado e
também do Exterior (Resto do Mundo).

Quando incluímos o exterior no nosso Circuito representativo das actividades


económicas adopta-se a hipótese das Famílias e o Estado não comprarem bens
importados directamente do exterior. Estes agentes compram os bens importados às
Empresas que entretanto os importaram. Desta forma, os fluxos com o exterior partem e
chegam apenas às Empresas.

Acerca da poupança, pode-se acrescentar que o aumento de poupança na economia pode


também ser o resultado da contribuição da poupança do exterior.

Vamos ver um exemplo:

A poupança do Estado, das Famílias e das Empresas é nula. O Estado, as Famílias e as


Empresas gastam todos os seus rendimentos, assim, não contribuem para a formação da
poupança. Desta forma, não encontramos qualquer movimento interno no sentido de
alimentar a poupança. Suponhamos que as Empresas importam os bens que vão ser
utilizados como meios de produção. Como as exportações são nulas, essas compras
traduzem-se num saldo negativo das transacções com o exterior e são assim aquilo que
designamos por - Poupança Exterior. O investimento realizado foi feito apenas à custa
dessa poupança exterior.

De não esquecer que estamos a representar o “circuito económico” apenas com os


“fluxos monetários”.

5. Conclusão:
Embora bastante simples este “circuito económico” com todos os Agentes Económicos
descritos constitui uma representação dos principais sujeitos económicos na nossa
economia e das principais transacções entre esses sujeitos que reflectem
comportamentos de natureza económica.

È com base no circuito económico que os economistas conseguem medir o Produto


Interno Bruto (PIB). Este é o valor a que se chega quando se aplica a medida monetária
aos diversos bens e serviços que um país produz com os seus recursos de terra, trabalho
e Capital. È a soma dos valores monetários do consumo, do investimento bruto, das
compras de bens e serviços pelo Estado e das exportações líquidas produzidos num país
durante um ano.

A primeira utilização deste circuito vai ser feita na apresentação da Contabilidade


Nacional. Por detrás das grandezas da Contabilidade Nacional temos um Circuito
Económico como aquele que acabamos de descrever.

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6. Conceitos Chave
Agentes Económicos
Fluxos reais e monetários
Circuito Económico
Economia Fechada e Economia Aberta

7. Bibliografia:

ANDRADE, João Sousa, Introdução à Economia, Minerva, 1998

SAMUELSON, Paul A. e NORDHAUS,William Economia, McGraw-Hill de Portugal, 1993

MANKIW, N. Gregory, Introdução à Economia, Thomson

http://www.angelfire.com/mac/jpedro/economia/txt3.pdf , 26 de Maio de 2007

http://www.notapositiva.com/dicionario_economia/agenteeconom.htm , 23 de Abril de
2007

http://br.geocities.com/bartimeu/htm/economia01.htm , 3 de Maio de 2007

http://www.jfpb.gov.br/esmafe/Pdf_hemeroteca/Racionalidadedosagenteseconmicos%5
B1%5D.pdf , 26 de Maio de 2007

http://www.dge.ubi.pt/aisilva/economia/Texto_Apoio_5.pdf , 27de Maio de 2007

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