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Avaliação das Condições Ambientais nas Guaritas do Porto

Organizado de Santana
Jesse Espindola
Estagiário de Engenharia de Produção
jesse_ramon@hotmail.com

1 Introdução

O presente documento relata um estudo avaliativo das condições


ambientais aos quais os vigilantes do Porto Organizado de Santana estão
submetidos ao estarem nos seus postos de trabalho. A princípio, este estudo
limita-se a a apenas um período do dia de trabalho, isto é, o período da tarde e
também limita-se a um período em que não ocorreram operações portuárias de
qualquer natureza. Logo, outro estudo de tipo torna-se necessário para outras
circunstâncias. Na avaliação das condições ambientais, parâmetros como
temperatura, rúido, iluminância e umidade relativa foram coletados para que
fossem comparados com o que determia as diversas Normas (NRs e NBRs)
sobre o padrão de conforto para o trabalhador.

2 Procedimentos Metodológicos

Este estudo ocorreu durante três dias de trabalho. As medições dos


parâmetros foram realizadas durante o período da tarde, entre 14:30 e 15:30,
nas 4 (quatro) guaritas existentes nas instalações do porto organizado. Durante
os três dias analisados, cada parâmetro foi coletada uma única vez com a
utilização de um Medidor Ambiental MultiFunção, modelo IP-410, da marca
IMPAC, que contempla um luxímetro, um termômetro, um decibelímetro e um
higrômetro. A figura abaixo ilustra o aparelho utilizado neste estudo.

Figura 1 – Medidor Ambiental MultiFunção IP-410.

Em paralelo a medição dos parâmetros, também foi feito um


levantamento bibliográfico das normas vigentes que determinam o padrão de
cada parâmetro para o bem-estar do trabalhador e o limite de tolerância para a
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manutenção do conforto ambiental. As normas consultadas foram as Normas
Regulamentadoras Nº17 e Nº15 (NR-17 e NR-15), que tratam da Ergonomia no
Ambiente de Trabalho e da Atividades e Operações Insalubres, e a Normas
Brasileiras (NBR) 5413 e (NBR) 10152 que trata da Iluminância de Interiores e
de Níveis de ruído para conforto acústico, respectivamente.

3 Apresentação dos resultados

Os resultados obtidos de cada parâmetro foram apresentados e


discutidos nos tópicos seguintes. As tabelas com os dados coletados estão em
anexo a este documento.

3.1 Umidade Relativa do Ar

De acordo com a Norma Regulamentadora Nº17, a Umidade Relativa do


Ar deve ser não inferior a 40% e não superior a 60%, pois uma umidade
relativa fora deste intervalo pode acarretar desconforto e posteriormente danos
a saúde do trabalhador (IIDA, 2005). Ao analisar o Gráfico 1, observa-se que
apesar de haver certa variação na Umidade Relativa nos postos de trabalho,
em nenhum momento a umidade relativa ficou fora do intervalo estipulado pela
norma vigente. Assim, os vigilantes estão dentro do padrão de conforto
ambiental estipulado pela NR-17 e também com o que diz os especialistas em
Ergonomia.

Gráfico 1 – Comparação da Umidade Relativa Coletada em relação a NR-17.

3.2Temperatura

Segundo a Norma Regulamentadora Nº15, o limite de tolerância para


exposição ao calor no interior de postos de trabalho não pode utrapassar a 30;
26,7 e 25°C para trabalhos leve, moderado e pesado, respectivamente, ou
seja, qualquer trabalho poderá ser realizado até um limite máximo de 30°C.
Sendo que acima deste limite aumentam-se os riscos de danos à saúde do
trabalhador, as pausas tornam-se mais frequentes, o grau de concentração
diminui e a frequência de erros e acidentes tendem a aumentar
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significativamente (LOPES et al,2004). O Gráfico 2 apresenta os resultados
obtidos em comparação ao estabelecido pela NR-15. A análise do gráfico
permite avaliar que as temperaturas em três locais de trabalho, isto é, em três
guaritas, estão acima do limite normatizado, sendo que destas três, duas
estiveram suas temperaturas sempre acima do limite de 30°C.

Gráfico 2 - Comparação da Temperatura em relação a NR-15.

Contudo, existem alguns agravantes ao trabalhador ao estar exposto a


estas temperaturas. Uma é a vestimenta de vigilante que é composto de
tecidos que tendem a absorver bastante calor, além da utilização de um colete
aprova de balas durante todo a jornada diária de trabalho. Outro agravante que
deve ser destacado é o fato dos postos de trabalho, em especial, G3 e G4,
serem construídas de modo a não contemplar um padrão de conforto térmico
ao trabalhador. A figura 2 ilustra as guaritas 3 e 4 (G3 e G4).

Figura 2 – Guaritas 3 e 4.

Primeiramente, a telha utilizada é de um composto fibro-cimentício, que


tem como característica absorver boa parte do calor vinda da radiação solar,
elevando a temperatura do ambiente que está cobrindo. Outro aspecto a ser
notado na construção das guaritas já citadas, é o fato do pé-direito destas ser

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bastante baixo, haja vista que um pé-direito alto permite que o ar quente que
entra no ambiente possa circular e rapidamente sair do mesmo, ficando pouco
tempo próximo ao trabalhador, ao contrário do que acontece nos dois postos
citados.

3.3 Iluminância

Com relação ao nível de iluminância desejável para o conforto visual do


trabalhador, a NBR 5143/92 estabelece os valores de iluminâncias médias
mínimas em serviço para iluminação em interiores, onde se realizem atividades
de comércio, indústria, ensino, esporte e outras. Assim, dependendo da
atividade, os valores de iluminânica mínima podem variar para que o conforto
visual seja mantido (LOPES et al, 2004). Para o serviço de vigilância
patrimonial, a iluminância mínima estabelecida pela norma é de 500 Lux. O
Gráfico 3 mostra a comparação entre o que foi coletado e o padrão de 500 Lux.

Gráfico 3 - Comparação da iluminância em relação a NBR 5143.

Ao visualizar o gráfico acima, percebe-se que as iluminâncias obtidas


em campo estão de acordo com o estabelecido pela norma vigente. Entretanto,
resalva-se que somente foi considerado a iluminação natural, visto que o
horário em que as iluminâncias foram medidas foi no período da tarde, quando
a radiação solar é bastante intensa, não necessitando de utilização de
iluminação artificial.

3.4 Ruído

O nível ruído enquanto parâmetro de condição ambiental em postos de


trabalho, tem a sua normatização regida pela NBR 10152, que estabelece que
o nível de ruído para o conforto para este tipo de atividade é de 65 dB(A).
Entretanto, a NR-15 normatiza que o limite máximo de tolerância para
exposição à ruído contínuo é de 85 dB(A) para uma jornada de 8 horas. Para
efeito de visualização gráfica, os dois limites serão analisados com o coletado

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nos postos de trabalho em estudo. O Gráfico 4 ilustra a comparação entre as
normas e o nível de ruído obtido em campo.

Gráfico 4 - Comparação do nível de ruído em relação a NBR 10152 e NR-15.

A análise do gráfico permite concluir que o nível de ruído nas guaritas


estão condizentes com o determinam as normas vigentes. Porém, vale
ressaltar que uma nova análise deve ser feita nos dias em que ocorrerem
operações tanto no Cais A quanto no Cais B.

4 Considerações Finais

Este estudo antes de qualquer análise mais crítica, permitiu que fossem
verificados as condições de trabalho dos vigilantes do Porto da Santana nos
termos dos parâmetros de temperatura, umidade relativa do ar, nível de ruído e
nível de iluminação das guaritas, sendo esta o ambiente de trabalho dos
mesmos. O que é de suma importância, pois somente assim é possível
defender de forma mais consistente melhores condições de trabalho.

Partindo para uma análise mais criteriosa do estudo realizado, os


parâmetros analisados indicaram que para as limitações em que este estudo foi
feito, os vigilantes trabalham em razoáveis condições ambientais de trabalho,
exceto na análise do parâmetro de temperatura ambiente no posto de trabalho.
Haja vista que as temperaturas medidas foram maiores com o normatizado
pela legislação vigente. E a partir deste contexto, faz-se necessário a adoçao
de medidas de proteção à saúde do trabalhador, visto que as atuais condições
ambientais de trabalho explicitados neste estudo podem influência
negativamente na qualidade de vida do trabalhador futuramente.

Referências Consultadas
ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 5413: normas para iluminância de
interiores. Rio de Janeiro, 1992.

ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas. NBR 10152: normas para níveis de
conforto acústico. Rio de Janeiro, 1987.

5
IIDA, ITIRO. Ergonomia: projeto e produção. Edgar Blucher: São Paulo, 2005.

LOPES et al. Análise do ambiente de trabalho em indústrias de processamento de madeira na


região Centro-Sul do Estado do Paraná. Revista Scentia Forestalis. Nº 66. Ano 2004.

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Norma Regulamentadora NR 15. 53ª ed. São


Paulo: Atlas, 2003. (Manuais de Legislação Atlas).

SEGURANÇA E MEDICINA DO TRABALHO. Norma Regulamentadora NR 17. 53ª ed. São


Paulo: Atlas, 2003. (Manuais de Legislação Atlas).

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Anexo I – Tabela de dados coletados

Local Guarita 1 (G1)


Dias 1 2 3
Temperatura 26,1 °C 26,5 °C 29 °C
Umidade Relativa 53,2 % 42 % 50,2 %
Iluminância 890 Lux 720 Lux 900 Lux
Nível de Ruído 53 dB 53 dB 55 dB
Horário de leitura 14:35 14.40 14:50

Local Guarita 2(G2)


Dias 1 2 3
Temperatura 30 °C 32 °C 26 °C
Umidade Relativa 42,7 % 47 % 54 %
Iluminância 620 Lux 567 Lux 780 Lux
Nível de Ruído 53,7 dB 50 dB 55 dB
Horário de leitura 15:10 14:53 14:40

Local Guarita 3 (G3)


Dias 1 2 3
Temperatura 33,2 °C 32,1 °C 32,4 °C
Umidade Relativa 57,6 % 58,1 % 55,1 %
Iluminância 3450 Lux 3100 Lux 4100 Lux
Nível de Ruído 60 dB 63 dB 58 dB
Horário de leitura 14:45 15:00 15:10

Local Guarita 4 (G4)


Dias 1 2 3
Temperatura 32,9 °C 30,4 °C 32 °C
Umidade Relativa 54,6 % 56,3 % 57,1 %
Iluminância 1180 Lux 1700 Lux 1280 Lux
Nível de Ruído 45 dB 46 dB 59 dB
Horário de leitura 14:55 14:47 15:00

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