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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DA AMAZÔNIA

CURSO: ENGENHARIA FLORESTAL


DISCIPLINA: MICROBIOLOGIA
PROF°.: VICENTE
ALUNO: JUHN HENIN DA SILVA MUROI MATRÍCULA: 20092040

A IMPORTÂNCIA DA MICROBIOLOGIA NA AGRICULTURA.

BELÉM
2010
INTRODUÇÃO

O solo é constituído por grande número de seres vivos microscópicos. Formas


macroscópicas de vida também existem em abundância, como minhocas terrestres,
nematódeos, acarídeos e insetos e o sistema radicular das plantas. Desta forma, o solo é
um ambiente de seres vivos muito complexo.
Diretamente ou indiretamente, os dejetos e corpos de animais mortos e tecidos de
plantas finalmente penetram no solo. Com o tempo todos eles desaparecem,
transformando-se em substâncias que enriquecem o solo. Os microrganismos são
responsáveis por essas transformações convertendo plantas mortas em matéria animal
em substâncias inorgânicas simples que nutrem as plantas.
Eles são essenciais para vários processos bioquímicos que reciclam importantes
elementos como o enxofre, nitrogênio e o carbono.

O AMBIENTE DO SOLO

O solo é a região da crosta terrestre onde a geologia e a biologia se encontram, a


superfície da terra que fornece um lar para as plantas, animais e vidas microbianas.
Os solos são caracterizados pelos horízons; camadas paralelas de várias espessuras e
estruturas. As sua propriedades são influenciadas por umidade, conteúdo de gases e
conteúdo biológico do horízons.
A matéria orgânica entra no solo a partir de várias fontes. Por exemplo, celulose, lignina
e glicanas como a pectina são provenientes de restos de plantas mortas.
As proteínas vêm de animais mortos, a quitina, do exoesqueleto de insetos, e
polissacarídeos complexos da parede celular de fungos e outros microrganismos. A urina
e as fezes de animais também contribuem com material orgânico. A matéria orgânica do
solo pode ser classificada em três grupos: Insolúvel, Solúvel e Microbiana. Por exemplo,
uma substância amorfa macia acastanhada, denominada Húmus, é classificada como
matéria orgânica simples.
O Húmus é formado durante a decomposição microbiana de resíduos de plantas e
animais, inclui a massa de microrganismos envolvidos na decomposição desses
substratos.
MICRORGANISMOS DO SOLO

A quantidade e os tipos de microrganismos presentes no solo dependem de muitos


fatores ambientais:
1. quantidade e tipo de nutrientes disponíveis;
2. umidade disponível;
3. grau de aeração;
4. temperatura;
5. pH
6. Práticas e eventos que podem introduzir grande numero de microrganismos no solo,
como a aplicação de adubos (estercos) ou dejetos de esgoto e a ocorrência de enchentes,
ou aqueles que podem remover os microrganismos, como as tempestades de poeira.
A presença de raízes e a extensão do sistema radicular no solo também podem afetar o
numero e os tipos de microrganismos presentes.

Bactérias

As bactérias representam a maior parte da população microbiana do solo, tanto em


quantidade quanto em variedade.
A maioria das bactérias do solo é heterotrófica, e os bacilos esporulados são comuns.
Esses organismos são responsáveis pelo odor característico de morfo e de terra de um
campo recentemente arado. Os actinomecetes podem degradar muitas substâncias
complexas e, desta forma, são importantes no melhoramento da fertilidade do solo.
As cianobactérias, bactérias fotossintéticas produtoras de oxigênio, desempenham um
papel-chave na transformação das rochas do solo. As cianobactérias também auxiliam no
fornecimento de nitrogênio para certas plantações.

Fungos

Centenas de diferentes espécies de fungos habitam o solo. Há uma maior quantidade


próxima da superfície do solo, onde prevalecem as condições de aerobiose.
Os fungos são muito ativos na decomposição de constituintes orgânicos complexos de
tecidos de plantas como celulose, lignina e pectina. Alem do mais, o acumulo de micélios
fungicos melhora a estrutura física do solo pelo aumento da estrutura desintegrada.

Algas

A população de algas do solo é geralmente menor do que a população de bactérias ou de


fungos. Por serem fotoautotróficas, as algas estão predominantemente próximas da
superfície do solo. Em algumas situações, entretanto, as algas podem executar
importantes alterações benéficas. Por exemplo, em terras improdutivas e com erosões,
elas podem iniciar o acumulo de matéria orgânica devido as suas atividades
fotossintéticas.

Protozoários e Vírus

Muitos protozoários do solo alimentam-se de bactérias e outros materiais orgânicos.


Algumas bactérias do solo contêm vírus bacterianos (bacteriófagos). Vírus de plantas e
de animais também ocorrem esporadicamente no solo, em tecidos de plantas e animais
mortos e em excretas de animais.

A Rizosfera
É uma região onde o solo e as raízes das plantas entram em contato. O numero de
microrganismos na raiz e à sua volta é muito maior do que no solo livre; Na rizosfera as
bactérias são os microrganismos predominantes. Os produtos do metabolismo microbiano
que são liberados na rizosfera estimulam o crescimento das plantas.

INTERAÇÕES DOS MICRORGANISMOS E DO SOLO

Simbiose é uma condição em que os indivíduos de uma espécie vivem em associação


intima com indivíduos de outra espécie. Em alguns modelos, as interações são benéficas
para uma ou mais espécies envolvidas; Em outros, as interações podem ser inibitórias. Por
exemplo, uma espécie pode inibir outra competindo pelos nutrientes disponíveis ou
formando produtos metabólicos tóxicos. Por outro lado, os produtos metabólicos finais de
uma espécie podem servir como nutrientes para o crescimento de outras espécies.
As diferentes maneiras como os organismos simbióticos interagem tem sido descritos
por denominação especificas: mutualismo, comensalismo, antagonismo, competição,
parasitismo e predação.

Mutualismo

É a forma simbiose na qual cada organismo recebe benefícios da associação.


Os liquens são compostos de microrganismos – eles consistem em uma alga ou uma
cianobactéria crescendo em associação intima com o fungo. Os liquens ocorrem nos
rochedos, nas cascas de arvores e muitos outros substratos que podem ser inadequados
para o crescimento de outros organismos.
Nesta associação, as atividades fotossintéticas da alga ou cianobactérias fornecem
compostos orgânicos necessários ao fungo. Os fungos por sua vez, protegem o parceiro
fotossintético da dessecação.
Os microrganismos também podem formar uma relação mutualísticas com as plantas;
Talvez o exemplo mais comum seja o crescimento de bactérias fixadoras de nitrogênio
nas raízes dos legumes. Outro exemplo de mutualismo é a associação de fungos com
raízes, denominado micorrizas, que ocorrem em muitas plantas.
As ectomicorrizas são caracterizadas por um crescimento fungico sob a forma de
micélios, que formam uma bainha ao redor das raízes que alimentam a planta. O fungo
obtém nutrientes da planta, e as plantas recebem nutrientes (especialmente minerais) e a
água por meio do fungo. Esta associação é particularmente significativas em solos
deficientes em minerais.
O segundo tipo, a endomicorriza, ocorrem em numerosas plantas, como milho, trigo e
legumes, e em arvores como ácer, cítrico, azevinas e cornizo. a hifa do fungo penetra na
célula superficial das raízes alimentadoras e formam estruturas altamente ramificadas
denominadas arbúsculos no tecido radicular. Os arbúsculos são digeridos liberando
nutrientes para plantas.
Comensalismo

É uma associação em que ambos organismos recebem benefícios e o outro não é


afetado. Por exemplo, muitos fungos podem degradar a celulose em glicose, e as bactérias
– muitas das quais não degradam a celulose – podem utilizar esta glicose.

Antagonismo

É a inibição de uma espécie de microrganismo por outra.

Competição

É o fato de o solo ser habitado por diferentes espécies de microrganismos sugere que
existem, provavelmente uma competição ativa entre algumas dessas espécies pelos
nutrientes disponíveis.

Parasitismo

É uma interação em que um organismo vive sobre ou dentro de um outro organismo.


Parasita alimenta-se de células, tecidos ou fluidos do hospedeiro e este é geralmente
prejudicado no processo. Todos os principais grupos de plantas, animais e
microrganismos são suscetíveis ao ataque de parasitas microbianos.

Predação

É uma associação em que um organismo, o predador, alimenta-se e digere outro


organismo, a presa.

O PAPEL DOS MICRORGANISMOS NA RECICLAGEM


O planeta Terra funciona como um sistema fechado, com toda a quantidade de matéria
permanecendo constante. Algumas formas de vida, especialmente plantas e muitos
microrganismos, utilizam compostos inorgânicos simples como nutrientes. A vida na terra
depende da reciclagem de compostos químicos do seu estado elementar para compostos
inorgânicos, então para compostos orgânicos, com retorno para seu estado elementar

AS TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS DE NITROGÊNIO E COMPOSTOS


NITROGENADOS

Fixação do nitrogênio

É a conversão do nitrogênio atmosférico (N2) em amônia. De todos os organismos


vivos, somente certas espécies de bactéria podem fixar o nitrogênio.

O Complexo Nitrogenase. A bactéria que fixa o nitrogênio possui o composto


nitrogenase, um complexo de duas enzimas. Algumas bactérias fixadoras de nitrogênio
são anaeróbicas e normalmente vivem em ambientes livres de oxigênio. Entretanto, outras
são aeróbicas e utilizam vários meios para manter o oxigênio distante das nitrogenases no
interior de suas células.

Fixação Não-Simbiotica do Nitrogênio. As bactérias fixadoras de nitrogênio podem


ser classificadas como fixadores de nitrogênio não-simbioticas, e vivem livre e
independentemente no solo, ou fixadoras de nitrogênio simbioticas, que fixam o
nitrogênio somente quando estão associadas a certas plantas. Este processo é de grande
importância nos campos alagados de arroz, no solo improdutivo ou em superfícies
rochosas novas, ou em solos áridos cultivados ou virgens.

Fixação Simbiótica do Nitrogênio. É de particular importância para a agricultura. Em


muitos casos, as plantas obtém grande benefícios das bactérias fixadoras de nitrogênio
que vivem em associação com elas. A associação é de grande importância no cultivo de
arroz, onde o nitrogênio é frequentemente nuriente – limitante.

Proteólise

As plantas utilizam amônia produzida pela fixação não simbiotica e simbiotica de


nitrogênio para produzir seus aminoácidos e, eventualmente, proteínas vegetais.
A proteólise é a tarefa dos microrganismos que secretam proteinases, enzimas que
quebram as proteínas em unidades menores.
Poderosas proteinases são produzidas por muitos fungos e algumas bactérias.

Degradação de Aminoácidos: Amonificação

Os microrganismos realizam a desaminação de aminoácidos por várias reações, mas um


dos produtos finais é sempre amônia.
A produção de amônia é denominada amonificação.

Nitrificação

Após ocorre a amonificação, algumas bactérias podem converter amônia em nitrato por
um processo denominado nitrificação.
As bactérias nitrificantes (bactérias que oxidam amônia ou nitrito) são aeróbicas, gram
negativas e autótrofas. Obtém o carbono do CO2 e retiram a energia necessária para fixar
o dióxido de carbono pela oxidação do NH3 ou NO2.
As bactérias nitrificantes geralmente habitam o solo.

Redução assimilativa do nitrato: Nitrato à Amônia

Após a formação do nitrato por meio da nitrificação, muitas bactérias heterotróficas são
capazes de convertê-lo em amônia pela redução assimilativa de nitrato. Este processo
ocorre tipicamente sobre condições aeróbicas e tem a função de suprir as células com a
amônia da biossíntese de aminoácidos.

Desnitrificação: Nitrato a Nitrogênio gasoso

Algumas bactérias são capazes de reduzir nitrato a nitrogênio gasoso por um processo
denominado desnitrificação.
Do ponto de vista agrícola, a desnitrificação é indesejada; ela resulta na perda de
nitrogênio do solo consequentemente na diminuição de nutrientes para o crescimento das
plantas.

TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS DO DIÓXIDO DE CARBONO E DE


OUTROS COMPOSTOS CARBONADOS

Fixação do Dióxido de Carbono: é a conversão do dióxido de carbono (CO2) em


composto orgânico.
As plantas verdes são as principais agentes na fixação do dióxido de carbono, nas algas,
cianobacterias, bactérias fototróficas verdes e púrpuras e bactérias quimioautotróficas
podem também fixar o dióxido de carbono. Muitas bactérias heterotróficas também são
capazes de fixar o CO2 até um certo ponto, embora não possam utilizá-lo como sua
principal fonte de carbono.

Degradação da celulose

As plantas utilizam alguns dos carboidratos que são formados pela fixação do CO2 para
sintetizar o composto orgânico com a celulose. Quando as plantas morrem, essas
substâncias complexas são degradadas pelos microrganismos do solo.
A celulose é o material orgânico mais abundante nas plantas, e é prontamente atacada
por muitas espécies de bactérias e fungos do solo. Esses microrganismos inicialmente
utilizam a enzima celulase para quebrar a celulose em moléculas de celubiose.

TRANSFORMAÇÕES BIOQUÍMICAS DO ENXOFRE E DE COMPOSTOS


SULFURADOS

Como o nitrogênio carbono, o enxofre passa por um ciclo de transformação mediada


por microrganismo.
1. O enxofre, na sua forma elementar, não pode ser utilizado por plantas ou
animais. Entretanto, algumas bactérias podem oxidá-los a sulfato, uma forma
prontamente utilizada por todas as formas de vida.
Este é um processo quimioautotrófico aeróbico no qual é produzido ácido,
reduzindo assim o pH alcalino do solo. Este processo importante no controle de
fungão e apodrecimento da batata.

2. As plantas utilizam enxofre dos sulfatos para a síntese de aminoácidos e contem


enxofre.
3. O sulfato pode ser reduzido a sulfeto de hidrogênio por vários microrganismos
do solo.
4. Algumas espécies de bactérias fototróficas verdes e púrpuras podem oxidar o
sulfeto de hidrogênio que é produzido por redução de sulfato e decomposição de
aminoácidos.

CONCLUSÃO

Os microrganismos são de grande importância para a agricultura pelo fato de eles


estarem presentes e contribuírem para a fertilidade do solo e associação com diversas
plantas.

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