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Um projeto educacional viável. Iniciativa de sucesso dos alunos do ITA.
CASD DICAS – Vale Paraibano
Geografia
Fenômenos Climáticos
Depois da Revolução Industrial, a partir do século XVIII, a ação dos seres humanos no
meio ambiente se intensificou. Uma das conseqüências desse processo de continua e
crescente intervenção humana no planeta é a série de fenômenos climáticos que surgiram no
século XX, que explicitamos a seguir:
O Sol emite vários tipos de radiações que chegam a Terra, uma parte desta radiação ao
ser refletida na superfície do planeta, se transforma em radiação infravermelha, que provoca o
aquecimento do planeta.
Se a Terra não possuísse atmosfera, essa radiação refletida voltaria para o espaço. Mas
os gases da atmosfera retém essa radiação absorvendo-a ou a refletindo de volta para a
superfície. Este fenômeno é denominado de Efeito Estufa. Como conseqüência, há um
aumento na temperatura da superfície do planeta. Este fenômeno é natural e, sem ele, o
planeta seria gelado e não poderia ter vida, como na lua (que não tem atmosfera).
O gás carbônico (dióxido de Carbono – CO2) é um dos gases que mais reflete a radiação
infravermelha de volta a superfície, além de alguns outros como o metano (CH4), o dióxido de
enxofre (SO 2), dentre outros.
O aumento da emissão de gases por parte de automóveis, fábricas, queimadas, etc
causa um aumento nos níveis de gás carbônico na atmosfera, tornando o efeito, que em níveis
normais é benéfico, prejudicial.
O aquecimento excessivo da superfície da Terra poderá ter como conseqüências o
derretimento das calotas polares, o aumento do nível dos oceanos e de vapor de água na
atmosfera, a inundação de algumas cidades costeiras, o aumento de furacões, secas e
enchentes.
O ozônio (O3) é um gás instável que forma uma camada a qual envolve a Terra na altura
da estratosfera (acima de 12.000m). Tem a função de proteger a Terra dos nocivos raios
ultravioletas que chegam ao planeta, funcionando como um filtro. Assim, apenas uma parte
desses raios atinge a Terra.
O raio mais nocivo é o UV-B. Esse raio tem propriedades esterilizantes e cancerígenas
(principalmente câncer de pele), provoca a destruição do plâncton dos oceanos (o plâncton é
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um dos maiores sorvedouros de gás carbônico, logo com a sua diminuição haverá um aumento
da taxa de CO2 na atmosfera, agravando o efeito estufa).
O homem emite substâncias que reagem com o ozônio e o destroem. Essas substâncias
são os clorofluorcarbonetos (CFCs) usados nos aerossóis e sistemas de refrigeração.
Com o excesso de liberação deste composto na atmosfera, há uma diminuição
considerável de ozônio na atmosfera. Os buracos são regiões onde a concentração de ozônio
é muito baixa.
Mas como existe um buraco na camada de ozônio acima da Antártica, se lá não há a
emissão de poluentes? Isto ocorre devido aos seguintes fatores: polaridade magnética, rotação
da Terra e o fato da Antártica ser uma zona anticiclonal (dispersora de massas de ar).
Outra pergunta comum é se o ozônio se regenera. Sim, mas é um processo lento, pois
depende de tempestades elétricas para que se forme. O ozônio não é a forma alotrópica mais
estável do oxigênio, daí a sua dificuldade de formação.
Chuva Ácida
Ilhas de Calor
El Niño
O fenômeno "El Niño" ou, em português, "O Menino" deve o seu nome à imaginação dos
pescadores peruanos e à época do ano em que normalmente ocorre: próximo ao Natal. Na
comunidade científica utiliza-se a expressão "El Niño Southern Oscillation" ou "ENSO" para
designar este fenômeno. Junto à costa do Peru existe uma corrente de água fria designada por
Corrente do Peru, com origem nos mares frios Antárticos. Durante o "El Niño" esta corrente
enfraquece e a temperatura da água junto à costa peruana sobe significativamente.
Na América do Sul, junto à costa do Peru, os ventos predominantes são os Alísios, que
sopram de leste para oeste. Por ação do vento a água do mar à superfície é empurrada para
longe da costa e substituída por água do fundo, fria e rica em nutrientes que alimenta um
plâncton abundante. Este serve de alimento a grandes quantidades de peixe, principalmente
anchovas que, por sua vez, alimentam uma importante fauna de aves marinhas e são alvo de
pesca. Os Alísios que sopram sobre o Peru dependem da existência de uma região de altas
pressões situada sobre a América do Sul e de uma região de baixas pressões situada sobre a
Indonésia e a Austrália. Durante o ENSO a diferença de pressão entre estas duas regiões
enfraquece e a sua localização altera-se, a ponto de os Alísios deixarem de soprar. Na sua
ausência, a água do fundo deixa de aflorar à superfície e de alimentar o plâncton. Deste modo,
os peixes e as aves morrem, prejudicando a pesca no país.
Esta alteração na distribuição da pressão atmosférica reflete-se um pouco por toda a
atmosfera. Junto ao Peru chove abundantemente, pois os ventos sopram do mar trazendo
muita umidade. Noutros locais do mundo ocorrem secas ou precipitações anormais.
Estudos indicam que principalmente três regiões no Brasil - o sertão do Nordeste, norte
e leste da Amazônia e sul do Brasil - são afetadas de maneira pronunciada pelas mudanças na
circulação atmosférica durante episódios de El Niño. A Região Sul do Brasil é afetada por
aumento de precipitação, particularmente durante a primavera no primeiro ano e
posteriormente o fim do outono e início do inverno no segundo ano. O norte e o leste da
Amazônia e o Nordeste do Brasil são afetados pela diminuição da precipitação, principalmente,
no último, entre fevereiro e maio, quando se tem a estação chuvosa do semi-árido. O Sudeste
do Brasil apresenta temperaturas mais altas, tornando o inverno mais ameno. Já para as
demais regiões do país os efeitos são menos pronunciados e variam de um episódio para o
outro.
La Niña