A Biblioteca escolar. Desafios e oportunidades no contexto da mudança.
REFLEXÃO DA SESSÃO 2
Sou uma recente professora bibliotecária sem qualquer formação nesta
área, exceptuando em TIC. Lecciono numa biblioteca EB/JI recentemente criada (tem 4meses de existência) com 86 alunos. O impacto deste espaço ainda é recente, o seu acervo ainda se encontra em fase de apetrechamento. Dispomos de um número insuficiente de equipamentos tecnológicos. No ano transacto, como professora bibliotecária dinamizava actividades a partir da BE do Agrupamento, incidindo estas mais para a importância da leitura, do manuseamento de livros e da utilização das TIC (em especial o computador) em contexto de desenvolvimento do PCT. Perto do final do ano lectivo, aferi junto de alguns professores do 1º ciclo através de inquérito, o impacto das minhas actividades, e o resultado foi satisfatório. A realização desta actividade permitiu-me reflectir sobre o desafio que é ser professor bibliotecário e ainda sobre o conceito que está em mudança das Bibliotecas. Sinto que temos ainda um longo e largo caminho a percorrer para que atinjamos um serviço de qualidade, mas também as condicionantes são muitas. Destaco alguns exemplos ligados à minha realidade: número elevado de escolas e jardins (17 escolas do 1º ciclo e 15 JIs), dispersos geograficamente; baixa aderência dos professores em trabalhar em parceria/colaboração com o professor bibliotecário, desconhecendo qual a importância da BE no desenvolvimento da competência das literacias; pouco trabalho colaborativo com o PTE… Sinto que cada vez mais o nosso plano anual de actividades e de acção deve orientar-se para uma prática baseada em evidências e aferir o resultado das mesmas, para que os “serviços” que a BE presta sejam eficazes. Temos que urgentemente apostar na formação dos nossos utilizadores no sentido das competências da literacia da informação. A biblioteca escolar tem que ser entendida como um espaço de criação de conhecimento, de acções e sentida como um apoio estruturante na obtenção dos objectivos da educação. Mas também reflecti, que nem tudo depende do esforço e empenho do professor bibliotecário. Depende também, da gestão de um Agrupamento, do trabalho colaborativo entre professores e da valorização que a direcção de um agrupamento dá à biblioteca e aos professores bibliotecários. Reafirmei a consciência que tinha, que um professor bibliotecário tem de ser dinâmico, formativo, ter uma atitude de investigador e simultaneamente de aprendizagem contínua, prospectivo e essencialmente dinamizador de aprendizagens e de criação de conhecimento. São muitas as exigências a um professor bibliotecário, ele também necessita de apoio, formação e orientações para continuar o sua árdua caminhada. Mas, “O caminho faz-se caminhando”.
Programa Do Livro Didático para o Ensino Fundamental Do Instituto Nacional Do Livro (Plidef/inl, 1971-1976) : Contribuições À História e Às Políticas Do Livro Didático No Brasil