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escrito em parceria por Karl Marx e Friedrich Engels (mas não o primeiro a ser
publicado em parceria). É considerado como um dos mais importantes livros escritos
por estes dois autores e marca uma fase intelectual mais avançada de Marx, além do
rompimento do mesmo com o chamado hegelianismo de esquerda. O objetivo
fundamental da obra é fazer uma crítica aos "jovens hegelianos", principalmente os
filósofos Ludwig Feuerbach, Bruno Bauer e Max Stirner (que dão títulos aos três
capítulos do livro), como produtores de uma ideologia alemã conservadora, apesar de se
auto-denominarem teóricos revolucionários.
Marx aponta para o fato de que as transformações perpetradas por estes filósofos se
encontram somente no plano do pensamento sem nunca terem alcançado a realidade
concreta. Isto por que cada um deles, criticando a teoria hegeliana, adotam um aspecto
desta para fazer tanto, sem romperem com a falsa noção, segundo Marx, de que é o
espírito humano o sujeito da história e não a atividade humana. Assim para tais
filósofos, as idéias adquirem autonomia e passam a subjugar mundo, devendo o
pensador, para transformar a realidade, substituir as idéias reinantes por outras que
considere libertadoras e verdadeiras (uma consciência humana para Feuerbach, crítica
para Bruno Bauer e egoísta para Max Stirner).
A elaboração do manuscrito foi concluída em 1846, apesar de ainda não possuir uma
redação definitiva. De acordo com o que é informado no prefácio do livro Para uma
Crítica da Economia Política, não foi possível a imediata publicação de tal material. No
entanto, os autores não demonstraram amargura com isso:
No Brasil, muitas editoras publicaram trechos da obra, sem informar os leitores de que
se tratavam de apenas um capítulo do livro. Apenas no fim de 2007 foi lançada uma
versão completa e muito bem traduzida pela Boitempo Editorial, dentro da sua coleção
Marx & Engels, além de uma não tão bem traduzida lançada pela Civilização Brasileira
(Grupo Record).