Vous êtes sur la page 1sur 173

ÍNDICE

:01 :02 :03 :04


MENSAGEM DA 04 GRUPO PARQUE 08 MODELO 26 PROSPECÇÃO, 55
ADMINISTRAÇÃO EXPO DE GOVERNO CONCEPÇÃO
E GESTÃO
DE PROJECTOS
DE REQUALIFICAÇÃO
URBANA

:05 :06 :07 :08


REPRESENTAÇÃO 68 CELEBRAÇÃO 73 GESTÃO URBANA 77 PROMOÇÃO DO 82
PORTUGUESA DOS 10 ANOS DO PARQUE CONHECIMENTO
EM EVENTOS DA EXPO’98 DAS NAÇÕES DOS OCEANOS
INTERNACIONAIS

:09 :10 :11 :12


GESTÃO 94 BILHÉTICA - 102 MARINA DO 105 RECURSOS 109
DE ESPAÇOS NOVA APOSTA PARQUE DAS HUMANOS
E SERVIÇOS PARA EVENTOS NAÇÕES
PARA EVENTOS E EXPOSIÇÕES

:13 :14 :15 :16


GESTÃO 127 DESENVOLVI- 145 DESEMPENHO 156 PERFIL DO 165
AMBIENTAL MENTO SOCIAL ECONÓMICO RELATÓRIO

ÍNDICE GRI 168


Este documento constitui o 3.º Relatório de Sustentabilidade do Grupo Parque EXPO.
Pretende-se divulgar informação sobre o desempenho integrado, analisando os aspectos
económicos, ambientais e sociais relevantes para a organização e para as suas principais
partes interessadas. Insere-se no âmbito deste Relatório a actividade desenvolvida duran-
te o ano de 2008 pelo conjunto das seguintes empresas:

Relatório de Sustentabilidade 2008


– Parque EXPO 98, S.A.

– Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.

– Oceanário de Lisboa, S.A.

– Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A.

– Blueticket — Serviços de Bilhética, S.A.


3

– Marina do Parque das Nações — Sociedade Concessionária da Marina do Parque


das Nações, S.A.

A sua opinião é importante

Caso queira colocar alguma questão ou apresentar a sua opinião sobre o Relatório de
Sustentabilidade do Grupo Parque EXPO, por favor, contacte:

Núcleo de Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social

Parque EXPO 98, S.A. | Av. D. João II, Lt. 1.07.2.1 | 1998-014 Lisboa

Tel. 218 919 264

info@parqueexpo.pt
:01
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

Relatório de Sustentabilidade 2008


:
MENSAGEM DA ADMINISTRAÇÃO

O Grupo Parque EXPO, no reforço da sua dimensão pública empresarial, assume-se


como uma organização responsável e comprometida com o futuro da sociedade, perma-
nentemente empenhada na prossecução de políticas sociais e ambientais que promovam
a qualidade de vida e o bem-estar geral e, em particular, dos seus colaboradores.

O Relatório de Sustentabilidade de 2008 divulga informação sobre o desempenho

Relatório de Sustentabilidade 2008


integrado do Grupo, que aqui se entende como o conjunto das empresas Parque
EXPO 98, S.A., Parque EXPO  Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A., Oceanário

:01
de Lisboa, S.A., Atlântico  Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A., Blueticket  Serviços de
Bilhética, S.A., e Marina do Parque das Nações  Sociedade Concessionária da Marina do
Parque das Nações, S.A.

Este é o terceiro Relatório de Sustentabilidade do Grupo, que, de forma consistente,


interioriza na sua actividade as preocupações de desenvolvimento económico, coesão
social e valorização ambiental que nunca foram tão presentes na sociedade. É assim
5
nos projectos de requalificação urbana e ambiental e na gestão dos espaços públicos e
de equipamentos do Grupo, em que a competitividade se concilia com o enquadramen-
to social e a minimização de impactes ambientais. A promoção do conhecimento dos
oceanos é uma via rápida para a consciencialização de boas práticas de desenvolvimento
sustentável e responsabilidade social.

O Grupo Parque EXPO orgulha-se das realizações em que participa, que constituem
passos da orientação de responsabilidade pública e de solidariedade social e exercícios
de cidadania e de fortalecimento da identidade cultural da sociedade.

Administração do Grupo Parque EXPO


PRINCIPAIS FACTOS EM 2008

–– A Parque EXPO inicia a gestão da intervenção de requalificação da frente ribeirinha


da Baixa Pombalina e Ajuda — Belém, em Lisboa.

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– O Governo atribui à Parque EXPO a direcção e coordenação geral das operações
integradas de requalificação e valorização do Polis Litoral — da Ria Formosa, da Ria de
Aveiro e do Litoral Norte (entre Caminha e Esposende).

–– A Parque EXPO conclui a gestão das intervenções Polis em Albufeira, Vila Nova de
Gaia e Viseu.

–– A Parque EXPO inicia dez novos projectos de concepção de intervenções no


mercado nacional: Alcácer do Sal, Montijo, Mafra, Dão-Lafões, Portalegre, Gare do
Oriente, Frente Ribeirinha de Faro, Sintra, Vale da Telha e Oliveira de Azeméis. 6

–– A Parque EXPO inicia dois novos projectos de concepção de intervenções em


países estrangeiros: Taparura-Sfax, na Tunísia, e Parque Tecnológico de Maluana,
em Moçambique.

–– A Parque EXPO presta apoio técnico à elaboração do plano estratégico do projecto
do Arco Ribeirinho Sul, que visa a requalificação urbanística de importantes áreas da
margem Sul do estuário do Tejo.

–– A Parque EXPO fecha acordo com a Câmara Municipal de Lisboa para a regulariza-
ção da dívida referente à gestão urbana do Parque das Nações assegurada pela Parque
EXPO.

–– É constituída a Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.,
com o intuito de autonomizar a actividade de gestão urbana do Parque das Nações e
iniciar o processo de concretização da sociedade tripartida, com o envolvimento das
Câmaras Municipais de Lisboa e Loures e a Parque EXPO.

–– A Parque EXPO, como entidade executora, assegura o desenvolvimento de todas as


acções relativas à concepção, preparação e operação da participação portuguesa na
EXPO Zaragoza 2008, sob coordenação do Comissário Geral e supervisão do Minis-
tro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e do Ministro do Ambiente, do Ordenamen-
to do Território e do Desenvolvimento Regional.

–– A Parque EXPO celebra dez anos da EXPO’98, com um alargado programa de
celebrações — uma década depois da realização da Exposição Mundial de 1998, a
Parque EXPO promove uma série de iniciativas comemorativas do evento que mudou
Lisboa.
–– A Parque EXPO recebe Medalha de Ouro de Mérito Turístico — foi distinguida
com a Medalha de Ouro de Mérito Turístico pelo papel que desempenha como um
importante instrumento da operacionalização das políticas públicas de ordenamento
do território e revitalização das cidades, contribuindo para o desenvolvimento do turis-
mo em Portugal.

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– É iniciada a gestão da obra de reabilitação da Marina do Parque das Nações.

–– O Oceanário regista, em 2008, o melhor resultado líquido de sempre: 1,3 milhões de
euros.

–– Nova Exposição no Oceanário — “Um Planeta, Um Oceano” —, que permite


compreender que os oceanos estão interligados, que as acções de cada um de nós têm
impacte em todo o planeta e que a conservação dos oceanos é um dever da humanidade.

–– O Oceanário de Lisboa e a Fundação Calouste Gulbenkian estabelecem o Galardão 7


Governação Sustentável dos Oceanos, com o objectivo de estimular os diversos
sectores da sociedade civil a apresentarem projectos que ajudem a instituir políticas de
desenvolvimento sustentável dos oceanos, visando incentivar a investigação, a inova-
ção, a educação e a sensibilização pública para a temática dos oceanos.

–– O Oceanário decide realizar projecto de expansão, que permitirá proporcionar novas
experiências aos visitantes.

–– A Atlântico inaugura novo espaço — a Sala Tratado de Lisboa.

––  É constituída a nova sociedade Blueticket — Serviços de Bilhética, S.A., empresa


especializada na prestação de serviços de ticketing, detida a 100% pela Atlântico, S.A.

–– O Pavilhão Atlântico é reconhecido com a atribuição do “Prémio Publituris —


Melhor Espaço para Congressos”.
:02
GRUPO PARQUE EXPO

Relatório de Sustentabilidade 2008


:
GRUPO PARQUE EXPO

MISSÃO, VALORES E POLÍTICA

Relatório de Sustentabilidade 2008


:02
A Parque EXPO 98, S.A., empresa certificada nas áreas da prospecção, concepção e
gestão de projectos de renovação urbana e ambiental, é um instrumento das políticas
públicas de ambiente, ordenamento do território e desenvolvimento urbano e regional,
que apoia o Governo na concepção de programas de implementação dessas políticas e
que actua como veículo da sua operacionalização. Tem por missão provocar a mutação
do território, promovendo a qualidade de vida urbana, a competitividade das cidades e o
equilíbrio ambiental do território.
9

A Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. dedica-se à gestão
urbana integrada do Parque das Nações. Na prossecução da sua actividade, procu-
ra atingir um nível de excelência que permita a esta zona de Lisboa destacar-se pela
qualidade urbana, modernidade e conforto, tendo sempre presente o bem-estar das
pessoas, a preservação do ambiente e a captação de investimentos. A larga experiência
que detém confere à Parque Expo — Gestão Urbana capacidade exemplar para prestar
serviços de consultoria no domínio da gestão urbana.

O Oceanário de Lisboa, S.A. tem por missão promover o conhecimento dos oceanos,
sensibilizando os cidadãos para o dever da conservação do património natural,
através da alteração dos seus comportamentos. “A conservação dos Oceanos é da
responsabilidade de todos.” Os oceanos estão crescentemente sujeitos aos efeitos
nefastos da contínua pressão económica desenvolvimentista, que afecta gravemente os
ecossistemas e põe em risco a sustentabilidade da exploração dos recursos marinhos.
Importa substituir esta lógica por uma atitude ética de responsabilidade e de respeito
pelos direitos das gerações vindouras.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Contribuir para o sucesso e maximização dos resultados dos eventos dos clientes,
através da prestação integrada e qualificada de serviços nos espaços que gere de forma
sustentada, constitui a missão empresarial da Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa,
10
S.A. Empresa de natureza pública, a Atlântico assume-se como organização de referência
no mercado nacional e internacional, pela capacidade de gestão, inovação e valorização
dos espaços que gere.

A Blueticket – Serviços de Bilhética, S.A. dedica-se a fornecer um leque alargado de


serviços de alta qualidade de ticketing e apoio a eventos — gestão de venda, produção
de ticketing, assistência técnica, fornecimento de equipamentos de ticketing, sistemas de
controlo de acessos e consultoria técnica —, por forma a garantir a satisfação dos seus
clientes e a rentabilização dos activos humanos, de tecnologia e financeiros ao seu dispor.
Tem como prioridade a qualidade e excelência dos serviços que presta e pretende ser a
marca de inovação e referência no sector de ticketing.
Relatório de Sustentabilidade 2008
A Marina do Parque das Nações tem por missão a recuperação empresarial da socieda-
de, demonstrando a viabilidade técnica e económica do projecto de reoperacionalização
da Marina, que se encontra em curso. Pretende, dessa forma, contribuir para a dinamiza-
ção do turismo náutico, tirando partido das condições naturais do estuário do Tejo e da
envolvente do Parque das Nações, posicionando a Marina do Parque das Nações como
uma referência no mercado nacional.
11

Valores e Princípios

O Grupo Parque EXPO assume-se como organização responsável e comprometida


com o desenvolvimento sustentável da sociedade, permanentemente empenhada na
prossecução de políticas sociais e ambientais que promovam a qualidade de vida. Numa
perspectiva orientada para a responsabilidade social, reforçando a sua dimensão públi-
ca empresarial, o Grupo Parque EXPO procura responder à evolução das expectativas
e desafios de todas as partes interessadas, assumindo uma atitude ética baseada em
valores e princípios que estruturam o seu posicionamento no mercado e o seu relaciona-
mento com clientes, fornecedores, parceiros, colaboradores, comunidade e as demais
partes interessadas.

Nesse sentido, foi aprovado em Janeiro de 2008 o Código de Ética e de Conduta. Nele, o
Grupo Parque EXPO assume a responsabilidade na contribuição para o desenvolvimento
sustentável, para a defesa e protecção do meio ambiente, para o respeito e protecção
dos direitos humanos, e apresenta os valores e princípios que traduzem a importância
determinante da conduta ética que se ambiciona para o Grupo e que fundamentam a sua
actividade: integridade, rigor, lealdade, justiça e equidade, firmeza, verdade, dignidade e
inovação.

O Código de Ética e de Conduta constitui, assim, uma referência institucional para a


conduta pessoal e profissional de todos os colaboradores, tornando-se um padrão de
relacionamento, quer entre colaboradores quer com os públicos externos do Grupo
Parque EXPO. Visa, assim, consolidar a existência e a partilha de valores e normas de
conduta comuns ao Grupo e promover boas relações de confiança entre o Grupo Parque
EXPO e os seus diversos parceiros, respondendo ao desafio cívico de alicerçar a socieda-
de em princípios éticos.

No âmbito das políticas de envolvimento das partes interessadas, o processo de elabo-


ração do Código de Ética e de Conduta contou com a participação dos colaboradores

Relatório de Sustentabilidade 2008


da Empresa. Após um período alargado de análise e discussão geral, foi concedida a
todos os colaboradores a oportunidade de apresentarem as suas sugestões e comen-
tários. Assim, o conteúdo do documento incorpora as contribuições recebidas de vários
colaboradores.

O Código de Ética e de Conduta do Grupo Parque EXPO está disponível a todas as


partes interessadas através dos sítios de Internet das várias empresas.

Política de Qualidade 12

Numa perspectiva orientada para o cliente e em ordem a consolidar e reforçar a cultura


empresarial, o Grupo Parque EXPO baseia as suas políticas de qualidade no conjunto de
directrizes e princípios, que constituem orientações para a sua actuação e que a seguir se
descrevem:

–– Compreender os requisitos dos clientes;

–– Assegurar os resultados dos contratos e a total satisfação dos clientes, compreenden-


do os pilares da sustentabilidade da organização;

–– Providenciar as condições adequadas para o desenvolvimento de competências, o


enriquecimento de conhecimentos e a satisfação pessoal dos colaboradores, tendo
em vista um desempenho eficaz e eficiente;

–– Promover o trabalho em equipa e a interligação entre as diferentes áreas da organi-


zação, de modo a criar um ambiente de trabalho que favoreça uma participação
pró-activa nos projectos;

–– Estabelecer uma comunicação eficaz, interna e externa, destinada a todas as partes


interessadas em assuntos associados à sua actividade;

–– Fomentar uma estreita relação com fornecedores e clientes, procurando um perma-


nente relacionamento de efectiva parceria e promovendo a melhoria da qualidade dos
serviços prestados;

–– Garantir a melhoria do nível de desempenho, através do aumento contínuo da produti-


vidade na execução dos processos;
–– Promover uma gestão ecoeficiente, avaliando os impactes ambientais e procurando
minimizar os efeitos ambientais resultantes das suas actividades;

–– Envolver os colaboradores, os clientes e os fornecedores na melhoria do desempenho


ambiental;

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Reforçar as dimensões sociais, ambientais e as práticas de cidadania empresarial no
quadro da responsabilidade social.

SISTEMAS DE GESTÃO CERTIFICADOS

A Parque EXPO possui um Sistema de Gestão da Qualidade para as actividades de


prospecção, concepção e gestão de projectos de renovação urbana e requalificação 13
ambiental. O Sistema de Gestão da Qualidade da Parque EXPO encontra-se certificado
desde 2004 e constitui para a Empresa um instrumento cada vez mais actuante na defini-
ção dos processos, conferindo-lhes coerência, pertinência e eficácia, numa perspectiva
orientada para o cliente. Em Janeiro de 2009, realizou-se a auditoria anual de acompa-
nhamento do Sistema de Gestão da Qualidade da Parque EXPO, por entidade certificada,
que permitiu assegurar a manutenção da certificação segundo o referencial normativo
ISO 9001:2000, confirmando os requisitos que integram a norma de referência e a total
eficácia dos objectivos que nela se encontram espelhados.

A gestão do Oceanário é suportada por um Sistema de Gestão Integrado da Qualidade e


Ambiente, certificado, desde 2003, segundo as normas ISO 9001 e 14001. Este siste-
ma é aplicado às actividades de concepção e manutenção de exposições e actividades
recreativas, educativas e comerciais associadas. O Sistema de Gestão Ambiental foi, a
partir de 2005, reforçado com o registo no EMAS — Sistema Comunitário de Ecoges-
tão e Auditoria. Realizou-se em 2008 a habitual auditoria anual de acompanhamento
do Sistema de Gestão do Oceanário, que permitiu confirmar a certificação segundo os
referenciais normativos da Qualidade e Ambiente (ISO 9001 e 14001).

A implementação do Sistema de Gestão da Qualidade da Atlântico realizou-se em 2007;


tem como âmbito a actividade de gestão de espaços multiusos e a prestação integra-
da e qualificada de serviços destinados a eventos. Assim, em Setembro de 2008, foi
realizada a primeira auditoria externa de acompanhamento, segundo o referencial NP EN
ISO 9001:2001. Deste modo, a Atlântico viu reconhecido, por uma entidade externa e
independente, o seu Sistema de Gestão da Qualidade.
ESTRATÉGIA PARA A SUSTENTABILIDADE

Numa perspectiva orientada para a responsabilidade social empresarial, reforçando a sua


dimensão pública empresarial, o Grupo Parque EXPO adopta uma estratégia clara de

Relatório de Sustentabilidade 2008


sustentabilidade, baseada em valores orientados para a sociedade, procurando respon-
der à evolução das expectativas e desafios de todas as partes interessadas e da socieda-
de em geral.

A estratégia de sustentabilidade do Grupo Parque EXPO encontra-se integrada de forma


transversal em todas as áreas e empresas do Grupo, garantindo a prossecução de objec-
tivos sociais e ambientais na sua actuação. A incorporação de princípios de sustentabili-
dade nos sistemas de gestão traduz-se em objectivos e práticas que procuram promover
a competitividade, a satisfação dos clientes, o investimento na valorização profissional
e pessoal dos colaboradores, a promoção da igualdade, a protecção e conservação do
ambiente e o respeito por princípios éticos. 14

Enquadrando as práticas e processos de responsabilidade social e perspectivando novas


vertentes para a política de sustentabilidade, o Grupo Parque EXPO definiu para si um
conjunto de compromissos e linhas de orientação em matéria de estratégia de sustentabi-
lidade empresarial, a realizar ao longo do triénio 2008-2010, que pretendem potenciar as
oportunidades de aprofundamento e desenvolvimento das dimensões sociais e ambien-
tais, dando origem à realização de novos projectos.

–– Aprofundamento das relações de envolvimento com as partes interessadas


Criação de instrumentos que permitam uma maior comunicação com as várias partes
interessadas, em especial com fornecedores, parceiros e colaboradores, de forma a
aprofundar e a promover os princípios e práticas de sustentabilidade incorporados nas
actividades da empresa e nas relações que mantém com a sociedade.

–– Melhoria da gestão dos impactes ambientais


Implementação de medidas que permitam o desenvolvimento integrado de uma políti-
ca ambiental, estabelecendo processos e definindo objectivos, de forma a monitorizar
e a melhorar o desempenho ambiental da Empresa.

–– Valorização das relações, das condições de trabalho e do bem-estar dos colaboradores


Realização de actividades e iniciativas que tenham como objectivo, por um lado,
reforçar o espírito de equipa e desenvolver a cultura empresarial e o estreitamento de
laços entre as pessoas e a organização, e, por outro lado, melhorar o bem-estar e as
condições de trabalho de todos os colaboradores.
–– Investimento social e cultural
Desenvolvimento de projectos que se enquadrem no espírito de voluntariado e cidada-
nia empresarial, promotor do desenvolvimento humano, social ou ambiental, através
da disponibilização e promoção da participação dos colaboradores em iniciativas
com causas sociais, que envolvam o compromisso da Empresa e dos próprios
colaboradores.

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Gestão integrada da sustentabilidade
Promoção da formação e participação em projectos e eventos dedicados aos temas
da responsabilidade social empresarial, que procurem promover uma visão mais
abrangente da actividade empresarial e das oportunidades emergentes da sustentabi-
lidade, e criação de um conjunto de indicadores-chave que permitam o acompanha-
mento regular e periódico dos desempenhos económicos, sociais e ambientais e a sua
integração nos processos internos de controlo de gestão.
15

Participação em organizações de referência

Demonstrando o seu empenhamento na prossecução dos princípios da sustentabilidade,


o Grupo Parque EXPO participa activamente nas seguintes organizações de referência:

–– BCSD Portugal — Conselho Empresarial para o


Desenvolvimento Sustentável — associação sem
fins lucrativos, que tem como missão promover
a ecoeficiência, a inovação e a responsabilidade
social nas empresas rumo ao Desenvolvimento
Sustentável;

–– Associação Portuguesa de Ética Empresarial —


associação cuja missão consiste em promover a
ética e a responsabilidade social nas empresas
e outras organizações, de modo a estimular a
definição e implementação de políticas e modelos
de governo organizacional, visando o acréscimo de
competitividade e rentabilidade, através de boas
práticas de gestão no quadro da sustentabilidade
humana, ambiental e económica.
Código de Conduta — Empresas e VIH/Sida

A Parque EXPO aderiu em Outubro de 2008 ao projecto “Empresas e VIH/Sida — Código


de Conduta”, iniciativa de âmbito nacional, apoiada pelo Governo português, que conta
com a participação de diversas associações patronais e sindicais. Promovida pela

Relatório de Sustentabilidade 2008


Organização Internacional do Trabalho, tem como principal objectivo a colaboração das
empresas portuguesas no combate à infecção pelo VIH no local de trabalho, através da
adopção de práticas de não-discriminação e da garantia do acesso à prevenção e trata-
mento da infecção.

A problemática da infecção pelo VIH está inequivocamente relacionada com o mundo


do trabalho. Atingindo hoje dimensões alarmantes, esta epidemia afecta especialmente
o sector mais produtivo da sociedade. Os avanços da investigação científica permitem
hoje uma longa esperança média de vida após a detecção da infecção, o que permite a
qualquer trabalhador/a desenvolver regularmente a sua actividade profissional em condi-
ções dignas. 16

Cidadania Empresarial — Grupo Parque EXPO adere ao


United Nations Global Compact

O United Nations Global Compact, iniciativa lançada em 2000 pela ONU, pretende
promover a construção de uma economia global mais sustentável e inclusiva, através da
mobilização da comunidade empresarial internacional para a adopção de valores funda-
mentais e universalmente aceites nas áreas de direitos humanos e do trabalho, protecção
ambiental e combate à corrupção.

Com a participação de mais de 5.000 organizações (empresas, sindicatos, organizações


não-governamentais) de diferentes sectores da economia, de cerca de 130 países, o
United Nations Global Compact é a maior iniciativa de cidadania empresarial do mundo.

Ao aderir a este Pacto Global em Novembro de 2008, o Grupo Parque EXPO demonstra
o seu empenho na contribuição para o desenvolvimento sustentável das economias e
para a criação de sociedades mais prósperas e inclusivas, comprometendo-se a colabo-
rar com as Nações Unidas no alcance e transmissão dos valores de cidadania empre-
sarial junto dos governos, tecido empresarial, sociedade civil e outros stakeholders, bem
como seguir e promover a adopção de boas práticas e a defesa dos seguintes princípios
fundamentais:

–– Respeitar e proteger os direitos humanos;


–– Impedir violações de direitos humanos;
–– Apoiar a liberdade de associação no trabalho;
–– Abolir o trabalho forçado;
–– Abolir o trabalho infantil;
–– Eliminar a discriminação no ambiente de trabalho;
–– Apoiar uma abordagem preventiva aos desafios ambientais;

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Promover a responsabilidade ambiental;
–– Encorajar tecnologias que não agridem o meio ambiente.
–– Combater a corrupção em todas as suas formas.

Parque EXPO Júri dos Green Awards

O prémio”Green Project Awards” visa distinguir as melhores práticas de sustentabilida-


de em Portugal, desenvolvidas pelos cidadãos, empresas, associações, autarquias e 17
escolas. A iniciativa é da consultora de comunicação GCI e o prémio está organizado em
três categorias: projectos, investigação e comunicação.

A Parque EXPO participou activamente na primeira edição do ”Green Project Awards”,


integrando o júri, que reuniu individualidades e instituições de várias áreas, entre elas a
Agência Portuguesa do Ambiente, a Quercus — Associação Nacional de Conservação da
Natureza, Universidade Católica Portuguesa e MIT Portugal.

Parque EXPO associa-se ao Best Leader Awards

Promovida pela Leadership Business Consulting, a iniciativa Best Leader Awards visa
distinguir anualmente as personalidades que se destacaram como líderes em vários
domínios. O Best Leader Awards tem por objectivo promover e desenvolver a liderança,
processo organizacional decisivo para a competitividade e produtividade das empresas,
para a eficiência das entidades públicas e sociais e para o desenvolvimento harmonioso e
sustentável da Sociedade em Rede do Século XXI.

Este prémio, a que a Parque EXPO se associou em 2008, pretende estimular lideran-
ças baseadas em fortes princípios éticos, inovadoras e transformadoras, agregadoras
e geradoras de novos talentos, mobilizadoras de vontades colectivas e orientadas para
resultados social e economicamente sustentáveis. Estes factores de liderança são decisi-
vos para a eficiência das organizações no curto e no longo prazo e, consequentemente,
para o desenvolvimento qualitativo das sociedades onde se inserem.
ESTRUTURA SOCIETÁRIA

Apresentam-se, no quadro seguinte, as empresas nas quais a Parque EXPO detém parti-
cipação e que constituem, na sua totalidade, o Grupo Parque EXPO.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Empresas do Grupo Parque EXPO Sede % de Capital Actividade
Participação Social
+ PARQUE EXPO 98, S.A. Lisboa - 32 642 250€ Requalificação Urbana e Ambiental
+ OCEANÁRIO DE LISBOA, S.A. Lisboa 100% 1 000 000€ Criação, manutenção e exploração de
um complexo de aquários oceânicos
+ ATLÂNTICO - PAVILHÃO MULTIUSOS Lisboa 100% 1 500 000€ Promoção, organização e realização
DE LISBOA, S.A. de eventos
+ BLUETICKET - SERVIÇOS DE BILHÉ- Lisboa 100% 50 000€ Prestação de serviços na área de
TICA, S.A. (**) bilhética 18
+ MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES, Lisboa 99,55% 16 400 872€ Construção do porto de recreio,
S.A. exploração e manutenção do
estabelecimento
+ PARQUE EXPO - GESTÃO URBANA Lisboa 100% 750 000€ Prestação de serviços de gestão
DAS NAÇÕES, S.A. urbana integrada
PARQUE EXPO IMOBILIÁRIA, S.A. Lisboa 100% 50 000€ Aquisição, arrendamento e alienação
de imóveis, promoção da construção
e da comercialização de imóveis
TELECABINE DE LISBOA, LDA (*) Lisboa 30% 1 000 000€ Elaboração de projectos, fabrico,
instalação, exploração, comerciali-
zação, reparação e manutenção de
sistemas teleféricos
GARE INTERMODAL DE LISBOA , S.A. Lisboa 51% 1 952 160€ Contrução e exploração de uma
plataforma intermodal de transportes
EXPOBI 2 Lisboa 30% 50 000€ Compra e venda, exploração, arren-
PROMOÇÃO E DESENVOLVIMENTO damento e administração de imóveis
IMOBILIÁRIO, S.A.
PÓLO DAS NAÇÕES Lisboa 30% 50 000€ Construção, ampliação, transforma-
CONTRUÇÕES E EMPREENDIMENTOS ção e reparação de edifícios
IMOBILIÁRIOS, S.A.
COIMBRA INOVAÇÃO PARQUE Coimbra 1,28% 939 000€ Gestão e administração de parques
PARQUE DE INOVAÇÃO EM CIÊNCIA, empresariais, científicos e tecnológi-
TECNOLOGIA, SAÚDE, S.A. cos
CLIMAESPAÇO Lisboa 5,75% 7 500 000€ Climatização de espaço e produção e
SOC. DE PRODUÇÃO E DISTRIBUIÇÃO fornecimento de electricidade
URBANA TÉRMICA, S.A.
(*) - Participação indirecta da Parque EXPO 98, S.A., por via do Oceanário de Lisboa, S.A.
(**) - Participação indirecta da Parque EXPO 98, S.A., por via da Atlântico - Pav. Multiusos de Lisboa, S.A.
+ Empresas incluídas no âmbito do Relatório
A estrutura accionista da Parque EXPO 98, S.A. corresponde às seguintes participações:

–– Estado Português: 99,43%;

–– Câmara Municipal de Lisboa: 0,57%.

Relatório de Sustentabilidade 2008


O capital social da Parque EXPO é de 32.642 milhares de euros. Este valor apresenta
uma redução de 33.409 milhares de euros face ao montante a 31de Dezembro de 2007.
Esta variação resulta de deliberação tomada pelo accionista Estado em Assembleia Geral,
em Maio de 2008.

Grupo Parque EXPO com novas empresas

A Parque Expo — Gestão Urbana, a Blueticket e a Marina do Parque das Nações são
as três novas empresas que, em 2008, se juntaram ao universo das empresas do Grupo
19
Parque EXPO.

A Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. foi constituída
mediante escritura pública realizada no dia 09 de Julho de 2008. O capital social é de 750
mil euros, integralmente detido pela Parque EXPO 98, S.A. A nova Empresa oferece um
serviço de gestão de infra-estruturas e espaço público no Parque das Nações, actividade
anteriormente assegurada pela Parque EXPO. A nova Empresa permitirá, assim, autono-
mizar as actividades e os custos inerentes à gestão urbana do Parque das Nações e irá
iniciar o processo de concretização da sociedade tripartida, que envolverá as Câmaras
Municipais de Lisboa e de Loures e a Parque EXPO, para a gestão urbana do Parque
das Nações.

Em 29 de Julho de 2008, foi constituída a sociedade Blueticket — Serviços de Bilhética,


S.A., empresa resultante de cisão (spin-off) da unidade de ticketing da Atlântico, S.A.,
dispondo de um capital social de 50 mil euros, integralmente realizado, detido a 100%
pela Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A. A nova sociedade tem por objec-
to a prestação de serviços na área de bilhética (ticketing), através do desenvolvimento
de soluções técnicas, comercialização, gestão, exploração, manutenção, consultoria
e serviços relacionados.

Culminando um complexo processo negocial, a Parque EXPO chegou a acordo, em


Novembro de 2007, com a maioria dos anteriores accionistas da Marina do Parque
das Nações para a compra das suas participações societárias. A aquisição da socie-
dade Marina do Parque das Nações — Sociedade Concessionária da Marina
do Parque das Nações, S.A. pela Parque EXPO criou, assim, as condições para se
dar início às obras de reabilitação da Marina. A intervenção, com um custo global de
10 milhões de euros, prevê a adaptação da bacia Sul para poder receber cerca de 580
embarcações, estando a sua conclusão prevista para o Verão de 2009.
Internacionalização do Grupo Parque EXPO

A Parque EXPO tem vindo a desenvolver um ambicioso programa de internacionalização


na área da reabilitação urbana e ordenamento do território. Durante o ano de 2008, a
Parque EXPO orientou a sua acção no sentido de consolidar a sua presença no mercado

Relatório de Sustentabilidade 2008


internacional. Foram desenvolvidas acções de prospecção de novas oportunidades de
negócios, tendo como principais destinos-alvo o Norte de África e os países africanos de
língua oficial portuguesa.

Das actividades realizadas em 2008 a nível internacional, destaca-se o desenvolvimento


dos trabalhos de elaboração do Plano Director de Ordenamento e Urbanização da Cidade
de Alger, na Argélia, iniciado no ano anterior, a apresentação de propostas de prestação
de serviços para a concepção de intervenções na Argélia, na Tunísia, em Angola e em
Moçambique, e o arranque de dois novos projectos — concepção do Masterplan para o
Parque de Ciência e Tecnologia de Maluana, em Moçambique, e do Plano Estratégico de
20
Taparura, na Tunísia.

Taparura, Tunísia
PRÉMIOS E DISTINÇÕES

Os projectos e as actividades desenvolvidas pelo Grupo Parque EXPO têm sido reconhe-
cidos, ao longo do tempo, através da atribuição de diversos prémios nacionais e interna-

Relatório de Sustentabilidade 2008


cionais. Destacam-se as mais recentes distinções recebidas.

Parque EXPO distinguida com Medalha de Mérito Turístico

A Parque EXPO foi reconhecida com a Medalha de Ouro de Mérito Turístico pelo contri-
buto para o desenvolvimento do turismo em Portugal.

A Medalha de Ouro de Mérito Turístico reconhece o papel da Parque EXPO como um


importante instrumento da operacionalização das políticas públicas de ordenamento do 21
território e revitalização das cidades, actuando também como plataforma de articulação
com a iniciativa privada.

Esta distinção destaca a missão da empresa, “Reinventar o Território”, nomeadamente


nos projectos de requalificação urbana e ambiental de Lisboa, associados ao centenário
da República — em particular na Frente Ribeirinha da Baixa Pombalina e na requalificação
da área monumental da Ajuda/Belém, com a construção do novo Museu dos Coches —,
e na requalificação e valorização da Fortaleza de Sagres, entre outros.

As Medalhas de Mérito Turístico foram atribuídas a mais treze pessoas e instituições,


pelas suas intervenções na área do turismo no país, nas comemorações do Dia Mundial
do Turismo, a 27 de Setembro de 2008.

Entrega da Medalha de Ouro de Mérito Turístico à Parque EXPO


Leiria Polis premiado

Criado e desenvolvido pela Sociedade LeiriaPolis / Parque EXPO, o projecto de sinalética


PERLIS — Percursos Urbanos do Lis — foi galardoado com o Red Dot Design Award
2008, promovido pelo Design Zentrum Nordrhein Westfalen, na Alemanha, que consti-

Relatório de Sustentabilidade 2008


tui um dos prémios de design mais importantes a nível mundial, pela excelência do seu
design no que respeita à sua imagem gráfica.

A Parque EXPO considerou fundamental o desenvolvimento de um projecto integrado de


sinalética urbana, que, neste caso, pretende acompanhar e orientar os diversos percursos
e respectivas temáticas ao longo das margens do rio Lis, na sequência da intervenção
do Programa Polis em Leiria, que pudesse representar uma imagem de marca da nova
cidade nas suas múltiplas vertentes: lúdica, cultural, socializante e activa.

Destaca-se ainda, neste projecto, o pressuposto inicial  de ser desenvolvido com base no
22
princípio da inclusividade — a cidade para todos —, permitindo que a informação pudes-
se chegar, por um lado, ao cidadão de mobilidade reduzida ou condicionada e, por outro,
ao cidadão portador de deficiência visual.

Projecto de Sinalética galardoado com o Red Hot Design Award 2008


Colecção Viver as Cidades distinguida com APEX AWARDS

A colecção de livros “Viver as Cidades — Programa Polis” foi distinguida pelo “APEX 2008
— Awards for Publication Excellence”, na categoria “Special Purpose Brochures, Manuals
& Reports”, um concurso de design que reconhece os melhores trabalhos de comunica-

Relatório de Sustentabilidade 2008


ção gráfica a nível internacional.

Na vigésima edição do concurso, em que foram apresentados 4500 trabalhos, a colec-


ção de livros “Viver as Cidades — Programa Polis” foi a única premiada a nível europeu.
Os cinco livros — Os Projectos e as Obras de Mobilidade, As Arquitecturas, Os Projectos
e as Obras de Valorização Ambiental, Os Projectos e as Obras de Requalificação Urbana
e O Modelo Institucional, os Planos e a Comunicação e Sensibilização Ambiental —
foram editados pelo Ministério do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvol-
vimento Regional, com a coordenação editorial da Parque EXPO e a criatividade e design
do Atelier 004.
23

Os ”APEX Awards” são atribuídos anualmente na Virgínia, nos Estados Unidos da Améri-
ca, em reconhecimento da excelência de trabalhos a nível de desenho gráfico, conteúdo
editorial e capacidade de comunicação.

Colecção de livros “Viver as Cidades - Programa Polis”


Oceanário classificado como Imóvel de Interesse Municipal

Reconhecendo o Oceanário como referência arquitectónica da cidade de Lisboa, por


deliberação da Assembleia Municipal de Lisboa, o edifício do Oceanário de Lisboa
recebeu em 2008 a classificação de Imóvel de Interesse Municipal.

Relatório de Sustentabilidade 2008


24

Oceanário classificado como imóvel de interesse nacional

Oceanário reconhecido pelo Município de Mora


O Oceanário de Lisboa foi distinguido com a condecoração “Mora Reconhecido” pela
Câmara Municipal de Mora, pela sua importância no desenvolvimento do Fluviário daque-
la localidade alentejana.

Com mais de 500 peixes de 70 espécies diferentes de todo o mundo, em habitats


naturais, aquáticos e terrestres, num percurso entre a nascente e a foz de um rio,
o Fluviário de Mora é a primeira e única infra-estrutura do género na Europa.
Ao abrigo de um protocolo assinado com o Fluviário de Mora, o Oceanário de Lisboa
colabora no desenvolvimento das actividades científicas, culturais e pedagógicas daquele
equipamento, com o objectivo de o transformar numa referência nacional na indústria do
lazer, educação e conservação da natureza.

Ao apoiar activamente o desenvolvimento de competências relacionadas com a manuten-


ção da vida aquática em cativeiro, educação ambiental e gestão do complexo de
aquários do Fluviário de Mora, o Oceanário de Lisboa contribuiu para o sucesso desta
infra-estrutura, que já recebeu mais de 200 mil pessoas, num ano de actividade.
Pavilhão Atlântico eleito o Melhor Espaço para Congressos

O Pavilhão Atlântico venceu o prémio


“Melhor Espaço para Congressos”,
atribuído pela Publituris, categoria para a

Relatório de Sustentabilidade 2008


qual estava nomeado, juntamente com o
Centro de Congressos de Lisboa, Centro
de Congressos do Estoril, Europarque e a
Arena de Portimão.
Pela quarta vez consecutiva, o Pavilhão
Atlântico é um dos vencedores dos
Prémios Publituris, facto que se traduz
num reconhecimento pelo mercado da
excelência de recursos que este espaço
oferece para alojar todo o tipo de eventos,
desde os megaconcertos aos eventos 25
corporativos.

Entre os critérios da nomeação do


Pavilhão Atlântico, sobressaíram as suas
condições ao nível de infra-estruturas e
acessibilidades e o número e a qualidade
dos eventos ali realizados. Esta distinção é
ainda resultado de uma consulta junto das
principais empresas nacionais que operam
no mercado.
Prémio “Melhor Espaço para Congressos”
atribuído ao Pavilhão Atlântico
MODELO DE GOVERNO

:03 :
MODELO DE GOVERNO

Modelo de Governo e membros dos Órgãos Sociais

No modelo de governo da Parque EXPO, os órgãos sociais da sociedade são: a


Assembleia-Geral, o Conselho de Administração, o Conselho Fiscal e o Revisor Oficial de
Contas. Nas restantes empresas, os órgãos sociais são constituídos pela Assembleia-

Relatório de Sustentabilidade 2008


Geral, Conselho de Administração e Fiscal Único.

A eleição dos membros dos órgãos sociais para o triénio 2008-2010 ocorreu em Assem-

:03
bleias-Gerais realizadas nas várias sociedades a 9 e 18 de Março de 2008. Assim, no
decorrer de 2008, os órgãos sociais designados tiveram a seguinte composição:

27

Conselho de Administração Conselho de Administração

Presidente Rolando Borges Martins Presidente Rolando Borges Martins

Vogal Executivo José Manuel Rosado Catarino Administrador John Crachá do Souto Antunes

Vogal Executivo Rui Fernando Medeiro Palma Administrador delegado Alexandre Garcia Barbosa

Vogal Não Executivo Emílio José Pereira Rosa

Revisor Oficial de Contas Fiscal Único

Efectivo Alves da Cunha, A. Dias Efectivo Pedro Matos Silva, Garcia Júnior e
& Associados, SROC Pires Caiado & Associados, SROC

Suplente JRP. Caiado & Associados, SROC Suplente J. Camilo & Associados, SROC

Assembleia Geral Assembleia Geral

Efectivo José Clemente Gomes Presidente Comandante José Vicente Moura

Suplente Teresa Isabel Carvalho Costa Secretário Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa

Secretário Glória Maria Ramos Ferreira


Conselho Fiscal

Presidente Cristina Vieira de Sampaio

Vogal Executivo Orlando Castro Borges

Vogal Executivo Rosa Sécio Raposeiro

Vogal Não Executivo Maria Fernanda Martins


Conselho de Administração Conselho de Administração

Relatório de Sustentabilidade 2008


Presidente Rolando Borges Martins Presidente Rolando Borges Martins

Administrador Emílio José Pereira Rosa Administrador Rui Fernando Medeiro Palma

Administrador delegado João Miguel Meister Falcato Pereira Administrador delegado José Júlio Vilar Filipe

Fiscal Único Fiscal Único

Efectivo J. Camilo & Associados, SROC Efectivo Gonçalves Monteiro & Associados,
SROC

Suplente Virginie Christine Cabo, ROC Suplente Moore Stephens Associados,


SROC

Assembleia Geral Assembleia Geral


28
Presidente José Manuel Bracinha Vieira Presidente Nuno Gonçalves Henriques

Secretário Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa Secretário Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa

Secretário Glória Maria Ramos Ferreira

Conselho de Administração Conselho de Administração

Presidente Rolando Borges Martins Presidente Rolando Borges Martins

Administrador Rui Fernando Medeiro Palma Administrador John Crachá do Souto Almeida

Administrador delegado Carlos Bourbon Lopes Barbosa Administrador delegado Alexandre Garcia Barbosa

Fiscal Único Fiscal Único

Efectivo Alves da Cunha, A. Dias Efectivo Pedro Matos Silva, Garcia Júnior e
& Associados, SROC Pires Caiado & Associados, SROC

Suplente Dr. José Duarte Assunção Dias Suplente J. Camilo & Associados, SROC

Assembleia Geral Assembleia Geral

Presidente Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa Presidente Nuno Miguel Pais Felgueiras Costa

Secretário Glória Maria Ramos Ferreira Secretário Glória Maria Ramos Ferreira
Assembleia-Geral

Nos termos dos estatutos da sociedade compete à Assembleia-Geral:

–– Deliberar sobre o relatório de gestão e as contas do exercício;

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Deliberar sobre a proposta de aplicação de resultados;

–– Proceder à apreciação geral da administração e fiscalização da sociedade;

–– Eleger os titulares dos demais órgãos sociais;

–– Deliberar sobre alterações dos estatutos;

–– Deliberar sobre qualquer outro assunto para que tenha sido convocada.
29

Além das competências acima enunciadas, cabe à Assembleia-Geral autorizar previa-


mente a constituição de outras sociedades e a realização de operações de aquisição ou
alienação no capital de outras sociedades, sempre que tal envolva uma sociedade em
relação à qual exista, ou passe a existir, uma relação de domínio.

Conselho de Administração

O Conselho de Administração é composto por um presidente e dois a quatro vogais.


Compete ao Conselho de Administração assegurar a gestão dos negócios da Sociedade,
sendo-lhe atribuídos os mais amplos poderes e cabendo-lhe, designadamente:

–– Aprovar o Plano de Actividades Anual e Plurianual;

–– Aprovar o Orçamento e acompanhar a sua execução;

–– Gerir os negócios sociais e praticar todos os actos relativos ao objecto social que não
caibam na competência de outro órgão da sociedade;

–– Adquirir, alienar ou onerar participações no capital de outras sociedades, precedendo


autorização da Assembleia-Geral e do Ministro de Estado e das Finanças e do Minis-
tro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional nos
termos legais;

–– Representar a sociedade, em juízo e fora dele, activa e passivamente, propor e


acompanhar acções, confessar, desistir, transigir e aceitar compromissos arbitrais;
–– Adquirir, alienar ou onerar bens imóveis;

–– Deliberar sobre a emissão de empréstimos obrigacionistas e contrair outros emprésti-


mos no mercado financeiro, ressalvados os limites legais;

–– Estabelecer a organização técnico-administrativa da Sociedade;

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Decidir sobre a admissão de pessoal e sua remuneração;

–– Constituir procuradores e mandatários da sociedade, nos termos que julgue conve-


nientes;

–– Exercer as demais competências que lhe caibam por lei, independentemente e sem
prejuízo das que lhe sejam delegadas pela Assembleia-Geral;

30
–– Aprovar a mudança de sede e estabelecer delegações, filiais, sucursais ou outras
formas de representação social, em território nacional ou estrangeiro;

–– Aprovar a cooptação de Administradores;

–– Aprovar a prestação de garantias pela Sociedade;

–– Aprovar os projectos de fusão, cisão e transformação da Sociedade.

O Conselho de Administração poderá delegar em algum ou alguns dos seus membros,


ou em comissões especiais, algum ou alguns dos seus poderes, definindo em acta os
limites e condições de tal delegação.

Incumbe especialmente ao Presidente do Conselho de Administração:

–– Representar o conselho em juízo e fora dele;

–– Coordenar a actividade do Conselho de Administração e convocar e dirigir as respecti-


vas reuniões;

–– Zelar pela correcta execução das deliberações do Conselho de Administração;

–– Exercer voto de qualidade.


Comissão Executiva

No modelo de governação da Parque EXPO, do Conselho de Administração emana uma


Comissão Executiva, composta por três membros, que reúne regularmente uma vez por
semana, na qual aquele órgão delega parte dos seus poderes, nomeadamente os de

Relatório de Sustentabilidade 2008


gestão corrente. A delegação de poderes de gestão na Comissão Executiva não exclui
a competência do Conselho de Administração para tomar resoluções sobre os mesmos
assuntos. A Comissão Executiva está obrigada a prestar ao Conselho de Administra-
ção todas as informações relativas aos negócios da sociedade, em ordem a permitir o
acompanhamento da gestão da empresa e o esclarecimento de questões concretas no
âmbito das matérias delegadas.

O Presidente do Conselho de Administração é simultaneamente Presidente da Comissão


Executiva.

31
Sem prejuízo do exercício colegial das funções do Conselho de Administração, foi cometi-
da, a cada um dos membros executivos, a responsabilidade pelo acompanhamento das
seguintes áreas funcionais:

Rolando Borges Martins

–– Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração

–– Núcleo de Comunicação e Assessoria Mediática

–– Gabinete de Planeamento e Controlo

–– Gabinete de Recursos Humanos

José Manuel Rosado Catarino

–– Direcção de Prospecção e Concepção

–– Sistema de Gestão da Qualidade e Ambiente

–– Núcleo de Desenvolvimento Sustentável e Responsabilidade Social

Rui Fernando Medeiro Palma

–– Direcção de Gestão de Projectos

–– Direcção Administrativa e Financeira

–– Departamento de Gestão de Activos


Outros cargos exercidos pelos membros do Conselho
de Administração

No decurso de 2008, os membros do Conselho de Administração da Parque EXPO


exerceram os seguintes cargos nas empresas do grupo ou participadas:

Relatório de Sustentabilidade 2008


Rolando Borges Martins

–– Presidente do Conselho de Administração da Oceanário de Lisboa, S.A.

–– Presidente do Conselho de Administração da Atlântico — Pavilhão Multiusos de


Lisboa, S.A.

–– Presidente do Conselho de Administração da Parque Expo — Imobiliária, S.A.

–– Presidente do Conselho de Administração da Marina do Parque das Nações, S.A.

–– Presidente do Conselho de Administração da Blueticket — Serviços de Bilhética, S.A. 32


–– Presidente do Conselho de Administração da Parque Expo — Gestão Urbana do
Parque das Nações, S.A.

José Manuel Rosado Catarino

–– Vogal do Conselho de Administração da G.I.L. — Gare Intermodal de Lisboa, S.A.

Rui Fernando Medeiro Palma

–– Vogal do Conselho de Administração da Parque EXPO — Imobiliária, S.A.

–– Vogal do Conselho de Administração da Marina Parque das Nações, S.A.

–– Vogal do Conselho de Administração da Parque Expo — Gestão Urbana do Parque


das Nações, S.A.

Emílio José Pereira Rosa

–– Vogal do Conselho de Administração da Oceanário de Lisboa, S.A.

Remunerações dos membros do Conselho de


Administração

As remunerações dos membros do Conselho de Administração da Parque EXPO são


estabelecidas por uma Comissão de Remunerações, nomeada pelo accionista Estado.
No caso das restantes empresas, a remuneração dos administradores executivos
equivale ao valor definido na tabela salarial da Parque EXPO para a categoria de director
coordenador.

Não existe nenhuma política ou mecanismo contratual de nenhuma espécie que preveja
compensações ou transacções em caso de destituição dos membros do Conselho de
Administração, ou quaisquer outros pagamentos ligados a eventuais cessações antecipa-

Relatório de Sustentabilidade 2008


das de funções.

Conselho Fiscal

A fiscalização da actividade da sociedade compete ao Conselho Fiscal, a quem cabe


propor à Assembleia-Geral o Revisor Oficial de Contas. Além das competências estabele-
cidas na lei para o Conselho Fiscal e para o Revisor Oficial de Contas, compete especial-
mente ao Conselho Fiscal:
33

–– Fiscalizar a administração da Sociedade;

–– Vigiar pela observância da lei e do contrato de sociedade;

–– Chamar a atenção do Conselho de Administração para qualquer assunto que deva ser
ponderado e pronunciar-se sobre qualquer matéria que lhe seja submetida por aquele
órgão.

Auditoria Interna

As actividades e a gestão do Grupo Parque EXPO são controladas por um conjun-


to alargado de entidades internas e externas à Empresa. Estas entidades verificam o
cumprimento das regras estabelecidas na execução dos actos de gestão.

Internamente, o Gabinete de Auditoria certifica-se do cumprimento dos procedimentos


internos e da conformidade dos actos contratuais com as deliberações tomadas pelo
Conselho de Administração e pela Comissão Executiva.

Comité da Qualidade e Ambiente

Com o objectivo de apoiar e aconselhar a administração sobre as matérias no âmbito dos


Sistemas de Gestão da Qualidade e Ambiente, existe o Comité da Qualidade e Ambien-
te, que tem como função prestar apoio na definição da política e objectivos; na criação
de programas de acção; na verificação e validação da documentação; na verificação
dos recursos internos necessários para o desenvolvimento do Sistema; e na promo-
ção do empenho global da organização no âmbito do Sistema. Fazem parte do Comité
da Qualidade e Ambiente: José Manuel Catarino (Administrador); Guilherme Barbosa,
Aquilino Machado e Margarida Caeiro (Gabinete de Apoio ao Conselho de Administração);
Paula Soares (Gabinete de Recursos Humanos); John Antunes (Direcção Administrativa
e Financeira); Nuno Sebastião (Gabinete de Planeamento e Controlo); Valentina Castro

Relatório de Sustentabilidade 2008


(Direcção de Gestão de Projectos); Ana Lopes e Nuno Marques (Direcção de Prospecção
e Concepção de Projectos).

Equipas Temáticas do Oceanário

Criadas para promover a implementação de medidas em áreas específicas e para fomen-


tar o espírito de participação e cooperação de todos os colaboradores na organização,
mantiveram-se activas em 2008 as Equipas Temáticas do Oceanário. A participação é
34
voluntária e transversal a todas as áreas e colaboradores da Empresa, tendo as equipas
a função de abordar temas específicos considerados importantes, apresentando as suas
propostas de melhoria directamente ao Conselho de Administração.

Equipa “Feliz” Equipa “Social Civil”

Analisar e propor soluções Propor a realização de projectos


de melhoria com vista à satisfa- e iniciativas que fomentem um
ção dos colaboradores maior envolvimento com
a socidade civil

Equipa “Detalhes” Equipa “Verde”

Estudar os pequenos detalhes Identificar oportunidades


que contribuem para de melhoria para
a excelência dos o desempenho ambiental
serviços prestados
ao cliente

Princípios orientadores

No enquadramento jurídico do sector empresarial do Estado e do Estatuto do Gestor


Público, o Estado, enquanto accionista da Parque EXPO, definiu, em Assembleia-Geral
realizada em 2007, os princípios orientadores, as orientações estratégicas específicas
e os objectivos de gestão, dirigidos ao Conselho de Administração da Empresa para
o triénio 2008-2010, orientações que constituem as coordenadas para a acção e o
compromisso com a excelência de gestão.

Constituem princípios orientadores da gestão da Parque EXPO:

Relatório de Sustentabilidade 2008


i. A consolidação de uma filosofia de gestão profissionalizada, baseada nas compe-
tências adequadas e no incremento de uma estrutura produtiva, dinâmica e flexível,
actuando segundo os mais exigentes parâmetros de qualidade, em prol do reforço
da sua posição competitiva nas áreas de negócio onde actua e no cumprimento da
sua missão;

ii. A adopção das melhores práticas de gestão, segundo os princípios de bom governo
das empresas públicas, de acordo com a Resolução do Conselho de Ministros n.º
49/2007, de 1 de Fevereiro, bem como com a Resolução do Conselho de Ministros 35
n.º 70/2008, de 27 de Março, referente às orientações estratégicas destinadas à
globalidade do sector empresarial do Estado;

iii. O desenvolvimento de uma cultura organizacional orientada para a excelência do


desempenho, através da utilização de um conjunto de práticas empresariais de
referência, que possibilitem à Empresa o sucesso no caminho da procura da susten-
tabilidade empresarial, assente, fundamentalmente, numa filosofia de gestão que
contemple as dimensões económica, ambiental, social e ética.

Princípios de bom governo

A Parque EXPO cumpre os princípios de bom governo das empresas do sector empre-
sarial do Estado, tal como estes se encontram definidos na Resolução do Conselho de
Ministros n.º 49/2007. Não existem, todavia, formalmente implementados, um plano de
igualdade e um provedor do cliente.

Note-se, no entanto, que o Grupo Parque EXPO estabeleceu, no seu Código de Ética e
de Conduta, um princípio de comportamento não discriminatório, em que são reprovadas
todas e quaisquer práticas de discriminação, seja em razão da ascendência, do sexo, da
raça, da língua, do território de origem, da religião, das convicções políticas ou ideológi-
cas, da instrução, da situação económica, da condição social ou da orientação sexual.
Quanto ao provedor do cliente, a Empresa atribuiu a um órgão interno (Núcleo de
Comunicação) a competência para o relacionamento com os clientes e cidadãos em
geral. Acresce que as empresas do Grupo Parque EXPO procedem regularmente à
realização de inquéritos de satisfação do cliente no âmbito do seu Sistema de Gestão de
Qualidade.
ESTRUTURA ORGANIZATIVA

Relatório de Sustentabilidade 2008


36
Relatório de Sustentabilidade 2008
37
Relatório de Sustentabilidade 2008
RELACIONAMENTO COM AS PARTES INTERESSADAS
38

O Grupo Parque EXPO considera essencial o envolvimento e a melhoria contínua no


estreitamento de relações com as múltiplas partes interessadas com que se relacio-
na. Nesse quadro, tem vindo a investir no desenvolvimento de formas de diálogo e de
interacção que têm como objectivo encontrar oportunidades de melhoria e de inovação,
fomentar a incorporação das diferentes expectativas e promover relações de parceria, de
forma a garantir a aplicabilidade dos princípios de sustentabilidade ao longo da cadeia de
valor.

Pela dimensão e carácter diversificado das suas actividades, o Grupo Parque EXPO
coloca particular ênfase no relacionamento com os seus clientes, fornecedores e parcei-
ros de negócio, colaboradores, accionista, associações empresariais e comunidade em
geral.

Apresentam-se, de seguida, as formas privilegiadas de abordagem das partes interessa-


das por parte do Grupo Parque EXPO.

Clientes

Os principais clientes do Grupo Parque EXPO são:

–– Parque EXPO: Governo/Ministérios; Autarquias/empresas municipais e intermunicipais;


empresas de capitais públicos; entidades públicas e privadas a nível internacional.

–– Oceanário: público em geral; turistas; estudantes; professores.


–– Atlântico | Blueticket: promotores de espectáculos; organizadores de eventos; associa-
ções desportivas; empresas em geral.

–– Marina: nautas.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Formas de comunicação, informação e envolvimento com os clientes:

–– Parque EXPO | Atlântico | Blueticket: reuniões presenciais.

–– Comuns a todas as empresas: estudos e inquéritos de avaliação da satisfação dos


clientes; sistema de gestão de reclamações; participação em feiras e exposições;
anúncios; sítios na Internet; Relatório de Sustentabilidade.

39
Satisfação dos clientes

De forma a analisar o nível de satisfação dos clientes e a identificar oportunidades de


melhoria, o Grupo Parque EXPO realiza regularmente inquéritos de satisfação ao cliente.

Durante o ano de 2008, foram realizados pela Parque EXPO 20 inquéritos de satisfação
dos clientes, num universo inicialmente previsto de 21. Desenvolvendo a mesma linha do
ano anterior foi dado maior enfoque aos projectos enquadrados na fase de Prospecção
e Concepção, que abrangeram um conjunto de 15 inquéritos (71%), enquanto que as
restantes avaliações se centraram nos projectos em fase de gestão. O índice global de
satisfação de cliente registou um valor de 4,13, ultrapassando largamente a meta estabe-
lecida de 3,5.

Do conjunto de projectos avaliados, destacam-se as seguintes tendências:

–– Avaliação realizada antes e ao longo do período da prestação de serviço: os projectos


avaliados apresentam desempenhos acima da média proposta de ≥ 3,5, revelando
um enquadramento em torno da classificação de “Bom” e “Muito Bom”. Globalmente,
observa-se uma quase coincidência entre as avaliações desenvolvidas pelos clien-
tes, no que respeita ao Grau de Importância e do Desempenho da Equipa da Parque
EXPO;

–– Apreciação global da prestação de serviço e outras observações: os clientes inquiridos


a pronunciarem-se, sobre a apreciação global do serviço prestado pela Parque EXPO,
enquadraram as várias prestações nos níveis de classificação “Bom” e “Muito Bom”.
Já quando questionados a responder sobre a possibilidade de recorrerem aos servi-
ços da Parque EXPO, no âmbito de outras prestações de serviço e também sobre a
eventualidade de recomendarem a outros parceiros de negócios, a resposta foi sempre
favorável.

Em suma, resulta deste universo uma elevada satisfação perante as diversas prestações
de serviço, avaliadas na fase de concepção e gestão de projectos, reforçada, ainda, pela

Relatório de Sustentabilidade 2008


inequívoca prova de confiança demonstrada por todos os clientes, ao afirmarem que
recorreriam novamente aos serviços da Parque EXPO.

A política de análise do nível da satisfação dos clientes do Oceanário inclui também a


realização de inquéritos de avaliação da satisfação. As respostas obtidas em 2008 confir-
maram, uma vez mais, os bons resultados registados nos últimos anos, tendo concluído
um nível de satisfação de 84%. No gráfico seguinte são indicados, em detalhe, os atribu-
tos de satisfação do cliente em relação às várias valências.

40

Satisfação do Cliente
Oceanário

Satisfacção global visita


Simpatia pessoal bilheteira
Tempo espera compra bilhete
Loja
Preço
Equipamento apoio
Limpeza
Vigilantes
Assistentes
Voluntários
Informação disponível
Classificação equipamento global

0% 50% 100%

1 Muito Satisfeito
2 Satisfeito
3 Insatisfeito
4 Muito insatisfeito

Saliente-se que 96% dos visitantes consideram que o Oceanário cumpre a sua Missão.
O Oceanário está a cumprir a sua Missão de Sensibilização
para a Conservação dos Oceanos?

96%

Relatório de Sustentabilidade 2008


4%

Sim Não

41
Para melhor avaliar a qualidade do serviço prestado ao cliente, o Oceanário procedeu
também à realização de duas auditorias de cliente mistério. Estas acções permitem a
identificação de situações a melhorar, que de outra forma seriam difíceis de apurar. A
auditoria cliente mistério, aplicada ao espaço de exposição do Oceanário de Lisboa,
mediu o comportamento e acompanhamento aos visitantes por parte dos colaboradores.
A auditoria identificou como pontos fortes os conhecimentos dos colaboradores acerca
de horários, preços e regras de funcionamento do Oceanário; a existência de colabora-
dores com capacidade para prestarem diferentes níveis de assistência aos visitantes; um
trajecto de exposição logicamente organizado e com uma ambientação harmoniosa; a
existência de depósitos de separação de resíduos e a defesa assumida pelo Oceanário
da causa ecológica; e a boa recepção dos colaboradores às recepções/reclamações dos
clientes.

Após a realização de cada evento, a Atlântico envia aos seus clientes (entidades organiza-
doras e/ou promotores do evento) um inquérito para avaliar o seu nível de satisfação, face
aos serviços prestados pela Atlântico.

Em 2008, num total de 85 questionários enviados, obtiveram-se 17 respostas, das


quais resultou um índice total de satisfação de 83%. A opinião dos clientes relativamente
aos serviços prestados pela Atlântico é bastante positiva, tendo a maioria referido que
o respectivo evento correspondeu às suas expectativas e que aconselharia o Pavilhão
Atlântico para a realização de futuras iniciativas.
Guia do Oceanário

O Guia do Oceanário, lançado em Julho de 2008, é uma


nova edição para toda a família com informação sobre os
oceanos, a vida marinha e as características e curiosidades

Relatório de Sustentabilidade 2008


de um dos maiores aquários da Europa. A evolução dos
peixes, o nascimento dos oceanos, o sistema de correntes,
os diferentes habitats e seres vivos, são alguns dos temas
abordados neste livro. Além de disponibilizar vasta infor-
mação sobre os oceanos, o guia sensibiliza o leitor para
práticas que reduzem o impacte negativo sobre a natureza
e ajudam a preservar o planeta. O Oceanário pretende,
através desta iniciativa, prosseguir o cumprimento da sua
missão e garantir a satisfação do visitante — que pode
assim levar o Oceanário para casa. 42

Fornecedores

Os principais fornecedores do Grupo Parque EXPO são empresas prestadoras de


serviços técnicos e especializados nas diversas áreas relacionadas com as actividades
desenvolvidas pelas várias empresas do Grupo.

Formas de comunicação, informação e envolvimento com os fornecedores:

–– Parque EXPO: Manual da Qualidade para Fornecimentos; Avaliação de Fornecedores.

–– Oceanário: Avaliação de Fornecedores, tendo em conta, além dos aspectos relaciona-


dos com a qualidade e o preço, aspectos ligados ao ambiente, à segurança e higiene
no trabalho e outros.

–– Comum a todas as empresas: realização de acordos justos; exigência do cumprimento


da legislação referente à segurança, higiene e saúde no trabalho; Código de Ética e de
Conduta.
Manual da Qualidade para Fornecimentos

Na gestão dos contratos no âmbito das intervenções do Programa Polis, a Parque EXPO
impõe aos fornecedores o cumprimento de um plano de acções relevantes para a qua-
lidade dos fornecimentos, contemplando o correcto desempenho quanto à qualidade,

Relatório de Sustentabilidade 2008


segurança, responsabilidade ambiental, cumprimento de prazos e custos.

Qualificação de Fornecedores

A avaliação contínua dos fornecedores constitui um dos princípios fundamentais da ges-


tão da qualidade da Parque EXPO. Nesse sentido, a Parque EXPO possui procedimentos
próprios para a avaliação dos seus fornecedores/subcontratados. Os resultados desta
avaliação são utilizados para a construção do Índice de Qualificação de Fornecedores.

43
A avaliação de fornecedores ditou em 2008 um aumento do universo de fornecedores
avaliados, quando comparado com os anos anteriores (23 avaliações 2006, 71 desen-
volvidas no decurso de 2007 e 108 no ano de 2008). Além do aumento de fornecedores
avaliados, constatou-se uma superação dos resultados de avaliação, já que o Índice de
Qualificação do Fornecedor (IQF) enquadrou um valor de 86,48%, ultrapassando a meta
fixada de 80% (IQF/2007: 84,07%).

Como processo de melhoria contínua, associado à própria lógica de funcionamento do


Sistema de Gestão da Qualidade, foram desenvolvidos, já em 2009, ajustamentos ao
procedimento de avaliação de fornecedores, que materializam a incorporação de critérios
ambientais e de responsabilidade social.

Parceiros/Patrocinadores

Os patrocinadores institucionais do Pavilhão Atlântico e do Oceanário constituem parcei-


ros importantes para o sucesso das actividades realizadas por estes dois equipamentos.
Tendo como princípio a relevância dada ao seu envolvimento, a Atlântico e o Oceanário
mantêm com as empresas suas parceiras uma estreita relação de contacto, tendo em
vista a concretização dos seus objectivos e expectativas relativamente à imagem e ao fim
que preconizam. Nesse sentido, é dada prioridade às acções e iniciativas de colaboração
que visam assegurar, em cada caso, uma destacada visibilidade das marcas de cada
parceiro, junto do grande público. Através da exposição da marca, estabelece-se um elo
de ligação que dá continuidade ao prestígio dos seus parceiros.
A Sieocean — agrupamento complementar de empresas, resultante da parceria entre a
Siemens e o Oceanário — é responsável, desde 2005, pela manutenção dos edifícios que
compõem o Oceanário. Esta relação de parceria pretende reforçar a ligação, mutuamen-
te vantajosa, entre as duas empresas, facilitar a gestão e desenvolvimento dos recursos
humanos e melhorar a performance da área de engenharia do Oceanário de Lisboa. Os
resultados são bastante positivos, demonstrando claramente o aumento de eficiência

Relatório de Sustentabilidade 2008


verificado nas áreas da manutenção, nomeadamente na redução de consumo de água,
energia térmica e eléctrica, resultado de uma gestão e manutenção eficiente de todos os
equipamentos.

Patrocinadores do Pavilhão Atlântico

44

Patrocinadores do Oceanário

Comunidade

Assumem particular relevância para o Grupo Parque EXPO as seguintes partes interessa-
das no seio da comunidade:

–– Parque EXPO: populações locais abrangidas pelos projectos de intervenção.


–– Parque Expo — Gestão Urbana: residentes, empresas, associações, trabalhadores e
visitantes do Parque das Nações.
–– Atlântico: públicos (espectadores e participantes empresariais).
–– Marina: moradores e visitantes do Parque das Nações.
–– Comum a todas as empresas: sociedade em geral.
Formas de comunicação, informação e envolvimento com a comunidade:

–– Parque EXPO: entrevistas; reuniões.


–– Parque Expo — Gestão Urbana: folhetos e painéis informativos.
–– Oceanário: campanhas de sensibilização; newsletter; folhetos.

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Atlântico: caixa de sugestões; newsletter.
–– Marina: painéis informativos.
–– Comum a todas as empresas: sítios na Internet; comunicação social.

Envolvimento das populações locais

A Parque EXPO dedica, em cada projecto, uma especial atenção aos anseios dos utentes
das intervenções urbanas que planeia e que implementa, promovendo, mediante uma 45
atitude pró-activa de consulta, de análise e de ponderação, as soluções que melhor res-
pondem às expectativas e às preocupações das populações abrangidas.

Envolvimento da comunidade local no Programa Polis de Leiria

Além dos processos legais de discussão pública de instrumentos de gestão do território,


a Parque EXPO promove o diálogo com as populações locais, por via dos organismos
representativos (juntas de freguesia, associações, universidades, ONG, entre outros),
recolhendo, de forma directa, o conhecimento das realidades e dos riscos sociais, eco-
nómicos e ambientais a ter em consideração nos projectos a concretizar, e fomentando a
participação e empenhamento de todos na concretização dos programas/projectos.
Na gestão das intervenções, tem privilegiado a comunicação e a sensibilização da popu-
lação, dando a conhecer, de forma clara, simples e objectiva, as características do pro-
cesso de implementação e do resultado final a atingir, de que a comunidade irá usufruir.

Cidadania participativa no Parque das Nações

Relatório de Sustentabilidade 2008


Enquanto entidade gestora do Parque das Nações, a Parque Expo — Gestão Urba-
na dispõe de um serviço de gestão e acompanhamento de sugestões e reclamações.
O objectivo deste serviço é garantir que as reclamações apresentadas por residentes e
utentes do Parque das Nações são devidamente atendidas. O nível de qualidade que a
Parque Expo — Gestão Urbana preconiza nesta matéria determina que qualquer suges-
tão ou reclamação recebida seja objecto de uma resposta no prazo máximo de 60 dias.
Em 2008, o tempo médio de efectivo resposta foi de 21 dias.

46
Foram recebidas, em 2008, 279 reclamações. Destas, 169 foram resolvidas, 114 foram
consideradas sem solução ou cuja resolução está fora das competências da Empresa e
22 encontravam-se em resolução no final do ano.

Sensibilização dos cidadãos em geral

A preocupação em transmitir o dever de conservação dos oceanos e os valores defen-


didos pelo Oceanário é constante. Nessa medida, os esforços de divulgação a toda a
sociedade são contínuos, não só através da realização de campanhas e acções dedica-
das a determinados temas específicos, como também através da produção de cente-
nas de notícias, que são regularmente publicadas no sítio na Internet do Oceanário e
da constante presença nos meios de comunicação social, através de artigos, notícias e
reportagens nos principais canais de televisão, estações de rádio e imprensa em geral.

Satisfação do público final

O Pavilhão Atlântico recebe nos seus eventos espectadores diversificados e exigentes,


que, não constituindo clientes directos, a sua satisfação é uma das principais priorida-
des assumidas pela Empresa. Para que o público que assiste e participa nos eventos
realizados no Pavilhão Atlântico possa fazer os seus comentários e transmitir as suas
sugestões, a Atlântico dispõe de caixas de sugestões distribuídas pelas várias zonas do
Pavilhão. Para qualquer sugestão ou reclamação recebida, a Atlântico compromete-se a
dar resposta no prazo máximo de cinco dias úteis.
Accionista Estado

Enquanto instrumento das políticas públicas do Ministério do Ambiente, do Ordenamento


do Território e do Desenvolvimento Regional (MAOTDR), o relacionamento entre a Parque
EXPO e o accionista Estado desenvolve-se numa base de parceria estratégica, na qual se
definem linhas de orientação para o ordenamento e a requalificação do território.

Relatório de Sustentabilidade 2008


A identidade entre as políticas do accionista Estado e a actividade que a Empresa tem
vindo a desenvolver, ao longo dos últimos anos, surgem como resultado do papel que
a Parque EXPO tem assumido ao serviço do MAOTDR em todas as suas vertentes —
ambiente, ordenamento do território e desenvolvimento regional.

Enquanto sociedade anónima de capitais públicos, além de integrar no desenvolvimen-


to da sua actividade as orientações e objectivos estratégicos definidos pelo Estado,
a Parque EXPO rege-se por um conjunto de requisitos relativos à gestão corrente da
Empresa e à prestação de informação periódica ao accionista, que compreende a dispo- 47
nibilização à Inspecção-Geral de Finanças, ao Tribunal de Contas e ao Controlador
Financeiro do MAOTDR dos seguintes elementos: plano de actividades anual e plurianual;
relatório trimestral de execução orçamental; relatório e contas do exercício: relatório de
sustentabilidade.
ACTIVIDADE ASSOCIATIVA

Consciente do seu papel na sociedade, de forma a assegurar mais eficazmente a interac-


ção e o diálogo com as partes interessadas, o Grupo Parque EXPO participa activamente

Relatório de Sustentabilidade 2008


em inúmeras organizações associativas, nacionais e internacionais, que assumem impor-
tância estratégica enquanto factores de cooperação e de relacionamento estreito com a
comunidade empresarial e de investigação.

Apresenta-se, de seguida, o elenco das instituições de que o Grupo Parque EXPO faz
parte, através das suas várias empresas.

–– INTA — International Urban Development Organization


–– ULI — The Urban Land Institute
48
–– AIVP — Association Internationale Villes et Ports
–– EUKN — European Urban Knowlwdge Network
–– ISOCARP — International Society of City and Regional Planners
–– Câmara de Comércio e Indústria Portugal — Angola
–– Câmara de Comércio e Indústria Luso Brasileira
–– Câmara de Comércio e Indústria Luso Chinesa
–– Associação Comercial de Lisboa / Câmara de Comércio e Indústria Portuguesa
–– APPR — Associação Portuguesa de Portos de Recreio
–– ATL — Associação de Turismo de Lisboa
–– APQ — Associação Portuguesa para a Qualidade
–– ANEPE — Associação Nacional de Empresas de Parques de Estacionamento
–– WAZA — World Association of Zoos and Aquariums
–– EAZA — European Association of Zoos and Aquaria
–– EUAC — European Union of Aquarium Curators (Membro do Comité Directivo)
–– APZA — Associação Portuguesa de Zoos e Aquários (Membro fundador)
–– FAITAG — Fish and Invertebrates Taxonomy Aquatic Group
–– EAA — European Arenas Association
–– APECATE — Associação Portuguesa de Empresas de Congressos, Animação Turística
e Eventos
Parque EXPO integra associação
internacional de cidades e portos

A Parque EXPO, através do seu presidente, Rolando Borges Martins, integra, desde
Junho de 2008, o Colégio de Profissionais da Associação Internacional de Cidades e

Relatório de Sustentabilidade 2008


Portos, uma rede internacional que conta com 190 membros, de 35 países diferentes, ao
serviço da maior competitividade das cidades portuárias e cuja actividade se centra na
divulgação de informação de requalificação urbana e modernização de cidades e localida-
des portuárias. Esta associação integra os maiores profissionais de projectos urbanos e
portuários, constituindo um fórum de referência para o sector. A Parque EXPO vê, assim,
reconhecidas as suas competências na área do ordenamento do território, o que lhe
permite contribuir para o desenvolvimento sustentado das unidades territoriais das zonas
costeiras, no caso, cidades portuárias por todo o mundo.

49
Presidente da Parque EXPO
na direcção da INTA

O presidente da Parque EXPO, Rolando Borges Martins, foi nomeado conselheiro da


direcção da Associação Internacional de Desenvolvimento Urbanístico (INTA), uma
associação mundial reconhecida pelo seu papel no desenvolvimento urbanístico ao servi-
ço das cidades e dos seus habitantes. A direcção da INTA é constituída por profissionais
reconhecidos pela sua experiência e talento, que funcionam como um conselho global no
desenvolvimento urbanístico mundial.

A INTA é uma associação que permite a troca de experiências e práticas do desenvolvi-


mento urbanístico focado na natureza, nos métodos e processos utilizados na política de
urbanização, constituindo um fórum mundial onde estes temas são debatidos entre os
intervenientes públicos e privados, tanto a nível local, como regional e nacional.

Participação em congressos nacionais e estrangeiros

Procurando promover o debate e o envolvimento da sociedade em geral, mas também


fortalecer as relações de parceria entre os vários intervenientes no processo de desen-
volvimento sustentável do território, é também política da Empresa a divulgação, em
colóquios, conferências e simpósios, dos projectos com interesse técnico-científico, a
apresentação de palestras e publicação de trabalhos, ou a participação em exposições
nacionais e internacionais.
Congresso mundial de desenvolvimento urbano

A Parque EXPO esteve presente no Congres-


so Mundial de Desenvolvimento Urbano que
decorreu em Riga, de 26 a 29 de Outubro.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Organizado no âmbito da Associação Interna-
cional de Desenvolvimento Urbano (INTA), este
evento abordou temas estruturais do desenvol-
vimento dos territórios, como a competitividade,
a criatividade e a gestão de projectos urbanos.
No âmbito do painel subordinado às estratégias
espaciais para grandes territórios, o presiden-
te da Parque EXPO apresentou o case-study
do Parque das Nações como exemplo da
experiência da Parque EXPO na gestão destes 50
projectos.

Open Days 2008 — semana europeia das regiões

Pelo segundo ano consecutivo, a Parque EXPO integrou a participação nacional nos
Open Days. Organizados pela Comissão Europeia e pelo Comité das Regiões, na edição
de 2008, os Open Days — o maior evento europeu no domínio das políticas regionais
— contaram com a presença de 216 regiões e cidades de toda a Europa, e com cerca
de 5.500 participantes, entre os quais peritos e decisores em matéria de políticas regio-
nais, empresários e representantes do sector financeiro.

Ao longo deste evento, realizaram-se seminários e workshops centrados nas seguintes


temáticas: Regiões inovadoras — Promover a investigação, desenvolvimento tecnológico
e inovação; Desenvolvimento sustentável — Respostas regionais às alterações climáticas;
Cooperação e redes — Intercâmbio das boas práticas no desenvolvimento regional; Olhar
em frente — Uma política de coesão europeia para amanhã.
Parque EXPO patrocinadora da VI Bienal Ibero-Ameri-
cana de Arquitectura e Urbanismo
A Parque EXPO patrocinou a sexta edição da Bienal Ibero-Americana de Arquitectura
e Urbanismo, realizada em Maio de 2008, em Lisboa. Sob o tema “Habitar o território,

Relatório de Sustentabilidade 2008


entre a terra e o mundo”, a Bienal incluiu diferentes espaços de reflexão e debate, em
diferentes formatos, tendo como momentos principais a inauguração da exposição das
melhores obras de arquitectura e urbanismo, seleccionadas através de concurso e de
outras exposições complementares, igualmente resultado de concursos, para além de um
conjunto de conferências, debates e mesas-redondas.

Parque EXPO na 3.ª Conferência do Jornal Arquitecturas

A Parque EXPO patrocinou a 3.ª Conferência 51


do Jornal Arquitecturas sob o tema “Cidades
Sustentáveis: O que podemos fazer pelas
nossas cidades”. Num momento em que a
sustentabilidade é cada vez mais assumida
como um caminho a seguir, através da adopção
de medidas em sectores como o ambiente, a
energia, o ordenamento do território, os trans-
portes, infra-estruturas, esta conferência dispo-
nibilizou um espaço de partilha de experiências,
práticas e dificuldades. O presidente da Parque
EXPO, Rolando Borges Martins, participou no
painel subordinado ao tema “Áreas Urbanas:
Reabilitar para Recuperar”, em conjunto com os
professores António Lamas, José Aguiar e Rob
Atkinson, da Universidade de Bristol.

Oceanário participa em congressos

Em 2008, o Oceanário realizou também várias comunicações para congressos nacionais


e estrangeiros. Os temas dessas comunicações foram:

–– Direcção-Geral de Veterinária — “Maneio, higiene, cuidados de saúde/profilaxia em


animais aquáticos”; “Infra-estruturas, alojamento e maneio de animais aquáticos”;
“Alimentação e abeberamento de Animais Aquáticos”;
–– IV Congresso da Sociedade Portuguesa de Ciências Veterinárias — “Melanoma labial
numa Juliana (Pollachius pollachius)”;

–– ENEB — Encontro Nacional dos Estudantes de Biologia, Universidade do Minho —


“Oceanário de Lisboa — 10 anos de Actividade”;

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Colóquio de recifes artificiais em águas de Cabo Verde, Cabo Verde — “Papel dos
recifes artificiais na promoção da biodiversidade”;

–– Associação Ibérica de Zoos e Aquários — “Viver o Oceanário até à última gota! Novas
estratégias para cumprir a missão”.

Encontro Mundial de Corais — Projecto SECORE

O Oceanário de Lisboa foi a única entidade europeia presente no “SECORE Workshop 52


2008”, um encontro internacional sobre o desenvolvimento e aplicação de novas técnicas
de reprodução de corais, que reuniu instituições de investigação e aquários públicos de
todo o mundo, de 18 a 26 de Agosto, em Porto Rico.

O Projecto SECORE, criado em parceria com


instituições de investigação e aquários públicos,
tem como objectivo contribuir para o aumen-
to do número de espécies e da variabilidade
genética dos corais em cativeiro, reduzin-
do assim a recolha de colónias adultas nos
oceanos e reforçando a preservação dos recifes
de corais e dos ecossistemas marinhos.

O Oceanário de Lisboa integra o Projecto


SECORE desde 2004, juntamente com outras
44 instituições dos Estados Unidos, Europa e
Japão. O Oceanário possui actualmente em
desenvolvimento mais de 50 colónias de corais
de três espécies diferentes, todas provenientes
de larvas recolhidas durante o processo natural
Projecto SECORE - Sexual Coral Reproduction de desova.
UNIVERSIDADES

As actividades do Grupo Parque EXPO acentuam o papel da Organização como elemen-


to-chave no processo de articulação e coordenação com diversas partes interessadas.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Nesse sentido, as várias empresas do Grupo têm também privilegiado o estreitamento de
relações com as Universidades e com a comunidade académica em geral, com vista ao
desenvolvimento de projectos de investigação em áreas de interesse comum e ao estabe-
lecimento de intercâmbio científico e tecnológico.

Parque EXPO parceira da Universidade de Lisboa

A Parque EXPO estabeleceu parceria com a Universidade de Lisboa com o objectivo


de desenvolver actividades conjuntas nas áreas da informação, formação académica
53
e profissional, estudos, investigação e projectos. A cooperação recíproca irá permitir a
realização de estudos, de investigação e de actividades de interesse mútuo, assegurando
o melhor aproveitamento dos recursos humanos, de infra-estruturas e de equipamentos
de ambas as instituições.
No âmbito deste programa, a Parque EXPO esteve presente no 3.º Encontro da Liga
Universitária de Cidades Portuárias”, subordinado ao tema “O porto como uma realida-
de complexa: questões legais e ambientais”. Organizado pela Universidade de Lisboa,
com o apoio da Parque EXPO, este evento pretendeu debater a integração dos portos
em contexto citadino, focando aspectos legais, urbanos e ambientais. A reunião incluiu
conferências e visitas a portos, destinando-se a investigadores e responsáveis envolvidos
na avaliação da qualidade ambiental, sistemas de gestão e administração.

Assinatura do acordo de parceria com a Universidade de Lisboa


Oceanário colabora com Universidade dos Açores

O Oceanário de Lisboa está a colaborar com o Departamento de Oceanografia e Pescas


da Universidade dos Açores, no desenvolvimento de vários sistemas de aquários para a
manutenção e experimentação com corais duros e gorgónias de profundidade. Pretende-

Relatório de Sustentabilidade 2008


se com esta colaboração aliar o know-how técnico do Oceanário de Lisboa em manuten-
ção de corais em cativeiro ao conhecimento científico dos investigadores do Departamen-
to de Oceanografia e Pescas, com o objectivo de melhorar as técnicas de manutenção

:
em cativeiro deste tipo de animais e aumentar o conhecimento científico sobre estas
espécies dos mares dos Açores. Os corais de profundidade são espécies marinhas
particularmente sensíveis e são poucos os aquários públicos que têm estes animais na
sua colecção. O desenvolvimento de técnicas que permitam o sucesso da manutenção
destes animais em cativeiro permitirá que se possa dar a conhecer, ao grande público,
estes animais e as ameaças que enfrentam. O Oceanário de Lisboa tem actualmente na
sua exposição duas espécies de corais duros de profundidade, que podem ser vistos no
54
tanque dos Peixes dos Açores na Galeria do Atlântico.

Trabalhos de investigação desenvolvidos no Oceanário

Como já vem sendo habitual, o Oceanário é palco de inúmeros trabalhos de estudo e de


investigação, tanto por parte de colaboradores do próprio Oceanário, como por parte
de estudantes e investigadores, que procuram o apoio do Oceanário para o desenvolvi-
mento dos seus trabalhos académicos. Em 2008, foram desenvolvidos 31 trabalhos de
investigação.
PROSPECÇÃO, CONCEPÇÃO
E GESTÃO DE PROJECTOS
DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

Relatório de Sustentabilidade 2008


:04 55
PROSPECÇÃO, CONCEPÇÃO
E GESTÃO DE PROJECTOS
DE REQUALIFICAÇÃO URBANA

Desenvolvimento sustentável do território

A Parque EXPO, enquanto empresa do sector empresarial do Estado, aborda os territó-


rios numa óptica de defesa e valorização do interesse público, regendo-se pelos princí-

Relatório de Sustentabilidade 2008


pios da sustentabilidade social, económica e ambiental na transformação dos territórios.
Os projectos de requalificação urbana e ambiental que realiza, desde a concepção à

:04
gestão, assentam na promoção da qualidade de vida das populações e da competitivida-
de e justiça social do território, como orientações estratégicas para as intervenções nos
diferentes territórios.

Na concepção de intervenções, desenvolve um trabalho intenso na apresentação de


propostas, com vista ao desenvolvimento de conceitos e programas nacionais de inter-
venção, seguindo um conjunto integrado de princípios que orientam os objectivos de
56
cada projecto: inovação, competitividade, inclusão, protecção, valorização, melhoria e
viabilização dos territórios.

No âmbito da gestão de intervenções, numa lógica de gestão integrada, realiza a coorde-


nação e operacionalização dos investimentos das intervenções nas suas várias compo-
nentes — administrativa, técnica, financeira e jurídica —, com vista à implementação
dos respectivos programas e projectos. Além das actividades inerentes à coordenação
dos projectos e das actividades de gestão de obra, salientam-se, no contexto do desen-
volvimento sustentável, as actividades levadas a cabo pela Parque EXPO nas áreas da
valorização ambiental e da comunicação.

MERCADO NACIONAL — CONCEPÇÃO


DE INTERVENÇÕES

Estudos de Enquadramento Estratégico

A Parque EXPO desenvolveu ao longo do ano 2008 uma intensa actividade na concep-
ção de intervenções de requalificação urbana, tendo concluído estudos de enquadramen-
to estratégico para diversas zonas do país, nomeadamente Viseu, Marvão, Évora, Vila
Nova de Gaia (remate urbano sul), Leiria, região de Dão-Lafões, Portalegre, Mafra, Montijo
e comunidade intermunicipal Vale do Minho. No final do ano encontravam-se em elabo-
ração os estudos para Faro (frente ribeirinha), Sintra, Oliveira de Azeméis, Vale da Telha,
Alcácer do Sal e Fátima.
Os Estudos de Enquadramento Estratégico compreendem a caracterização e análise
do território físico, ambiental e socioeconómico e das suas potencialidades, e indicam a
estratégia a desenvolver, tomando como base de referência as expectativas do município
e os seus objectivos, no quadro das orientações regionais e nacionais e das orientações
estratégicas referentes à valorização do território, que enformam o actual Quadro de
Referência Estratégico Nacional (QREN). Este documento estratégico pretende, assim,

Relatório de Sustentabilidade 2008


fornecer uma visão de futuro com a definição de um conceito global para o território. Visa
ainda contribuir para um conceito de regeneração, revitalização e/ou desenvolvimento,
apresentando princípios orientadores para a intervenção.

A missão da Parque EXPO consiste


na valorização das vertentes ambien-
tais, socioculturais e económicas na
concepção das intervenções propostas,
através de uma perspectiva integra- 57
da e de desenvolvimento sustentável,
em colaboração permanente com os
agentes locais, públicos e privados. Para
a realização deste trabalho, a Parque
EXPO assegura uma equipa multidis-
ciplinar, que abrange as áreas técnicas
do planeamento e gestão do território,
arquitectura e urbanismo, geografia
humana, socioeconómica e de assesso-
ria jurídica.

Alcácer do Sal

Polis Litoral — Operações Integradas de Requalificação


e Valorização do Litoral

No âmbito do programa de operações de requalificação e valorização de zonas de risco


e de áreas naturais degradadas situadas no litoral, designado “Polis Litoral — Opera-
ções Integradas de Requalificação e Valorização do Litoral”, a Parque EXPO foi chama-
da a colaborar, no âmbito de grupos de trabalho especificamente constituídos para o
efeito, bem como de forma autónoma, na concepção e planeamento estratégico das
intervenções a desenvolver, na análise e caracterização das acções a implementar, na
definição do modelo de financiamento e na definição do modelo jurídico e institucional
a implementar.
Desse envolvimento resultou a elaboração das propostas de planos estratégicos das três
áreas de intervenção consideradas prioritárias: Litoral Norte, Ria de Aveiro e Ria Formosa,
que abrangem no seu conjunto 151 km de frente costeira e 220 km de frentes lagunares
e estuarinas. O financiamento das intervenções será assegurado pelo Estado, municípios,
entidades privadas e através de recurso a fundos comunitários no âmbito do QREN.

Relatório de Sustentabilidade 2008


58

Polis Litoral Norte Polis Ria Formosa

Polis Ria de Aveiro

Projecto Arco Ribeirinho Sul

A Parque EXPO foi também encarregue de, em colaboração com a Parpública, prestar
o apoio técnico necessário ao grupo de trabalho constituído, na dependência do Minis-
tro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional, para a
elaboração do plano estratégico do projecto do Arco Ribeirinho Sul, que visa a requalifi-
cação urbanística de importantes áreas da margem sul do estuário do Tejo, que inclui 55
hectares na Margueira, concelho de Almada, cerca de 536 hectares no território da ex-
Siderurgia Nacional, no Seixal, e 290 hectares nos terrenos da Quimiparque, no Barreiro.
A construção da Ponte Chelas Barreiro e a decisão da localização do novo aeroporto
em Alcochete, bem como o conjunto de outras iniciativas interligadas com estes inves-
timentos, abriram uma janela de oportunidade para se criarem os instrumentos e se
promoverem as acções susceptíveis de garantir um crescimento ordenado e sustentável
para estas áreas degradadas ou com usos obsoletos. Trata-se, simultaneamente, de um
ambicioso projecto de requalificação e desenvolvimento urbano e de um projecto de ele-

Relatório de Sustentabilidade 2008


vado potencial, do ponto de vista estratégico, com elevada capacidade de dinamização
económica do país.

59

Siderurgia Nacional

A Parque EXPO tem em curso outras prestações de serviços, nomeadamente: a elabo-


ração de cinco planos de pormenor para a costa da Trafaria, em Almada; o acompanha-
mento da revisão do Plano Director Municipal de Mafra; e o apoio ao plano de urbanização
da zona envolvente a poente da Estação do Oriente, em Lisboa.

Ao longo de 2009, a Parque EXPO continuará a desenvolver acções de prospecção de


novos projectos junto do Estado, entidades públicas e administração local, para interven-
ções relacionadas com:

–– Ordenamento estratégico;
–– Valorização do património público,
–– Defesa e valorização do litoral;
–– Transformação de territórios em pólos de desenvolvimento regional/local e de reabilita-
ção urbana.
MERCADO NACIONAL — GESTÃO DE INTERVENÇÕES

Em matéria de gestão de projectos de requalificação urbana e ambiental, a Parque EXPO


deu continuidade ao acompanhamento e operacionalização das intervenções do Progra-

Relatório de Sustentabilidade 2008


ma Polis, iniciou a gestão das intervenções da Ria Formosa, no âmbito do Polis Litoral, e
de requalificação da frente ribeirinha da Baixa Pombalina e Ajuda — Belém, em Lisboa.

Programa Polis

Ao longo do ano foi desenvolvida a gestão das intervenções do Programa Polis nas
cidades de Albufeira, Cacém, Vila Nova de Gaia e Viseu, prevendo-se que nos primeiros
meses de 2009 sejam concluídas as intervenções de Albufeira e Viseu.
60
No âmbito da reprogramação física e financeira da intervenção na Costa de Caparica,
aprovada em 2006, a intervenção foi prorrogada até final de 2011, mantendo a Parque
EXPO a responsabilidade da gestão da intervenção nas componentes técnica, financeira,
administrativa e jurídica, inerentes à implementação do plano estratégico.

Relativamente à intervenção de Viana do Castelo, a actividade ainda a desenvolver, nos


anos de 2009 e 2010, estará circunscrita à acção estruturante de expropriação do Edifí-
cio Jardim, subsequente demolição e posterior construção do novo mercado municipal e
dos espaços públicos envolventes.

Programa Polis Albufeira Programa Polis Cacém

Programa Polis Viseu Programa Polis Costa da Caparica


Polis Litoral

Na sequência dos trabalhos desenvolvidos na elaboração dos planos estratégicos, o Go-


verno atribuiu à Parque EXPO a direcção e coordenação geral das operações integradas
de requalificação e valorização da Ria Formosa, da Ria de Aveiro e do Litoral Norte.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Polis Litoral Ria Formosa

A intervenção Polis Litoral Ria Formosa, com um investimento global previsto de 87


milhões de euros, visa proceder à requalificação do património natural e paisagístico, à
requalificação das frentes da ria e à valorização dos núcleos piscatórios e das activida-
des económicas. O Projecto prevê a renaturalização de cerca de 83 hectares de ilhotes 61
e ilhas-barreira, a reestruturação e requalificação em 89 hectares nas ilhas-barreira e a
requalificação de 37 hectares de frentes ribeirinhas, abrangendo os municípios de Loulé,
Faro, Olhão, Tavira e Vila Real de Santo António.

Ria Formosa
Polis Litoral Norte

A operação Polis Litoral Norte tem por base o “Plano de Intervenção/Planos de Acção
Litoral Norte e Vale do Lima”, que a Parque EXPO desenvolveu no âmbito dos serviços
prestados à Comunidade Urbana Valimar. A área de intervenção abrange 11 praias e

Relatório de Sustentabilidade 2008


estende-se ao longo da faixa costeira continental, entre Caminha e Esposende, numa
extensão de 50 km, integrando ainda as zonas estuarinas dos rios Minho, Lima e Cávado,
totalizando uma área de intervenção com 5.000 hectares. Estima-se que o investimento
global, a realizar entre 2009 e 2013, ascenda a um valor global de 92 milhões de euros. O
projecto prevê a adopção de medidas de protecção da orla costeira e de intervenção nas
zonas urbanas.

62

Litoral Norte

Polis Litoral Ria de Aveiro

A intervenção Polis Litoral da Ria de Aveiro contempla 11 municípios (Águeda, Albergaria-


a-Velha, Aveiro, Estarreja, Ílhavo, Mira, Murtosa, Oliveira do Bairro, Ovar, Sever do Vouga
e Vagos). Perspectiva-se uma intervenção em 60 km de frente costeira, 140 km de frente
lagunar e 24 km de frente ribeirinha do rio Vouga.

A operação de requalificação e valorização, que terá a Parque EXPO como entidade


responsável pelo desenvolvimento dos projectos, compreende um investimento global de
96 milhões de euros, entre 2009 e 2012.
Pretende-se com esta intervenção assegurar uma efectiva potenciação dos recursos
ambientais como factor de competitividade económica, proteger e requalificar ambiental-
mente toda a zona costeira e lagunar, e garantir condições de fruição pública do patrimó-
nio ambiental e cultural local.

Além da actuação em toda a Ria, abrange a intervenção em 15 praias; a recuperação,

Relatório de Sustentabilidade 2008


consolidação e protecção do sistema costeiro e lagunar, visando a renaturalização de um
conjunto de estruturas ecológicas lagunares e costeiras e a valorização da reserva natural
das dunas de São Jacinto; a requalificação e criação de estruturas que potenciem as
actividades económicas presentes e o reordenamento e qualificação das frentes laguna-
res, através da harmonização do tecido urbano com os valores ambientais existentes.

63

Ria de Aveiro
Projecto Frente Tejo

A operação de requalificação e reabilitação urbana da frente ribeirinha de Lisboa com-


preende duas intervenções, uma na zona da Baixa Pombalina, entre o Cais do Sodré, a
Ribeira das Naus e Santa Apolónia, incluindo a reocupação parcial de edifícios da Praça

Relatório de Sustentabilidade 2008


do Comércio e a reabilitação dos quarteirões da Avenida do Infante D. Henrique, situados
entre o Campo das Cebolas e Santa Apolónia. A intervenção na zona de Ajuda-Belém
compreende os espaços públicos, a construção de um novo edifício para o Museu dos
Coches, a adaptação do actual Museu dos Coches para a Escola Portuguesa de Arte
Equestre, o remate do Palácio Nacional da Ajuda e intervenções de recuperação no
Jardim Tropical e no Jardim do Palácio de Belém. O investimento previsto para as duas
intervenções ascende a 145 milhões de euros.

A Parque EXPO tem como missão assegurar os serviços de coordenação técnica e de


gestão integrada das operações, enquanto entidade especialmente vocacionada para
64
promover o desenvolvimento urbano e regional sustentável, a qualidade de vida urbana
e a competitividade das cidades com experiência demonstrada em processos de trans-
formação e valorização do território em Portugal e no estrangeiro. O início dos trabalhos
ocorreu no segundo semestre de 2008, prevendo-se a sua conclusão até final do primeiro
semestre de 2012.

Lisboa, frente Tejo


MERCADO INTERNACIONAL

Durante o ano de 2008, a Parque EXPO orientou também a sua acção no sentido de
consolidar a presença no mercado internacional. Desenvolveu acções de prospecção

Relatório de Sustentabilidade 2008


de novas oportunidades de negócios, tendo como principais destinos-alvo o Norte de
África e os países africanos de língua oficial portuguesa. Foram apresentadas propostas
de prestação de serviços para a concepção de intervenções na Argélia, na Tunísia, em
Angola e em Moçambique, tendo sido iniciados dois novos projectos.

Plano Estratégico de Taparura, na Tunísia

A Parque EXPO foi contratada pela DHV, empresa de consultoria de engenharia, para
elaborar o Plano Estratégico de Taparura na cidade de Sfax, no Sudoeste da Tunísia. Este
65
Plano Estratégico insere-se no projecto financiado pelo Banco Europeu de Investimento,
que a DHV irá elaborar para a Société d’Études et d’Aménagement des Cotes Nord de la
Ville de Sfax, que prevê a requalificação de 420 hectares da costa norte desta cidade.
O projecto prevê transformar uma zona degradada com resíduos de indústrias poluentes
numa nova área urbana. O Plano Estratégico irá contextualizar a intervenção e incidirá
sobre a definição do modelo operacional e de financiamento, a estratégia de comerciali-
zação e marketing territorial, bem como o modelo de gestão urbana a implementar.

Taparura, Tunísia
Masterplan para o Parque de Ciência e Tecnologia
de Maluana, em Moçambique

A Parque EXPO foi seleccionada pelo Banco Africano de Investimento e pelo Ministério da

Relatório de Sustentabilidade 2008


Ciência e Tecnologia de Moçambique para a concepção do Parque de Ciência e Tecnolo-
gia de Maluana, abrangendo uma área aproximada de 950 hectares.

O projecto insere-se num programa de longo prazo para a formação de competências em


Tecnologias de Informação e Comunicação em Moçambique, com vista ao desenvolvi-
mento de infra-estruturas e equipamentos para a promoção de actividades, com base no
conhecimento na área. Situada na parte norte da província de Maputo, a 55 km da capital
moçambicana, a região de Maluana goza de uma localização privilegiada, junto ao litoral
e próxima de infra-estruturas importantes, o que permite a futura expansão do Parque de
Ciência e Tecnologia projectado pela Parque EXPO. 66

Maluana, Moçambique
Plano Director de Ordenamento e Urbanização da Willaya
d’Argel, na Argélia

Prosseguiu-se ao longo de 2008 o desenvolvimento dos trabalhos de elaboração do


“Plan Directeur d’Aménagement et d’Urbanisme (PDAU) de la Willaya d’Alger”, bem como

Relatório de Sustentabilidade 2008


a colaboração na elaboração de projectos para as acções prioritárias desta intervenção.

67

Cidade de Argel, Argélia

Projectos de Requalificação Urbana e Ambiental


em Angola

Foram também apresentadas propostas ao mercado angolano, de que são exemplo: a


elaboração do Plano de Urbanização de Ganda e Cubal (Benguela); o desenvolvimento
de uma estratégia de operacionalização de acções prioritárias para as localidades de
Bailundo e Londuimbale (Huambo); a elaboração do Plano Estratégico da intervenção de
requalificação urbana do perímetro desanexado do Futungo de Belas (Luanda).
REPRESENTAÇÃO PORTUGUESA
EM EVENTOS INTERNACIONAIS

Relatório de Sustentabilidade 2008


:05 :
68
REPRESENTAÇÃO PORTUGUESA
EM EVENTOS INTERNACIONAIS

EXPO Zaragoza 2008

A Parque EXPO assegurou em 2008 o desenvolvimento de todas as acções relativas


à concepção, preparação e operação da participação portuguesa na EXPO Zaragoza

Relatório de Sustentabilidade 2008


2008, sob a supervisão do Ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros e do Minis-
tro do Ambiente, do Ordenamento do Território e do Desenvolvimento Regional e com a
coordenação do Comissário-Geral de Portugal na EXPO Zaragoza 2008, Rolando Borges

:05
Martins, presidente da Parque EXPO.

A Exposição Internacional, subordinada ao tema “A água e o Desenvolvimento Sustentá-


vel”, realizou-se entre 14 de Junho e 14 de Setembro de 2008, na margem do rio Ebro,
na zona ocidental da cidade de Saragoça, tendo recebido ao longo dos três meses cerca
de 5,6 milhões de visitantes.
69
A Água foi o tema escolhido para representar Portugal na exposição espanhola. “Os três
rios e as três bacias hidrográficas portuguesas mais importantes: Douro, Tejo e Guadiana”
foi o tema da participação portuguesa na EXPO Zaragoza 2008, que pretendeu transmitir
a imagem de um Portugal moderno, criativo e inovador, preocupado com uma gestão
equilibrada dos seus recursos.

A presença nacional no evento centrou-se em torno de cinco áreas principais: o Pavilhão


de Portugal, o Espaço Portugal Compartilha, a Programação científica/Tribuna da Água, a
Programação cultural e animação e o Dia de Portugal. A participação portuguesa contou
com uma programação cultural relevante e diversificada nas disciplinas, nas correntes,
tendências e gerações, sempre subordinada ao tema da Exposição. Uma programação
cultural e de animação abrangente fez do Pavilhão de Portugal uma plataforma para a
afirmação da cultura portuguesa num contexto internacional. A excelência da criação
artística nacional nas suas mais diversas expressões, como a arquitectura, o design, as
artes digitais, artes plásticas, dança, fotografia, música, teatro e outras áreas transdiscipli-
nares, mostrou, em Saragoça, um país com tradição, mas de olhos postos no futuro.

De destacar ainda o facto de Portugal ter sido o país estrangeiro que maior número de
conferencistas levou à Tribuna da Água. Ao longo de dez semanas temáticas, 61 confe-
rencistas portugueses participaram neste fórum científico, centrado em diferentes âmbitos
da gestão dos recursos hídricos e sustentabilidade.

A participação nacional foi considerada um sucesso, tendo registado 820 mil visitas no
Pavilhão de Portugal, mais 220 mil que as inicialmente previstas.
Relatório de Sustentabilidade 2008
70

EXPO Zaragoza 2008

O sucesso da representação portuguesa foi também resultado do empenho realizado no


envolvimento de diversas empresas, institutos públicos e projectos concretos da socie-
dade civil, que procurou abranger diferentes partes interessadas na reflexão sobre a Água
e o Desenvolvimento Sustentável, e cujas participações se traduziram num contributo
fundamental para o enriquecimento e êxito da participação nacional. Apresenta-se de
seguida algumas dessas colaborações.

Escolas participam na EXPO Zaragoza 2008

As escolas nacionais participaram na EXPO Zaragoza 2008 através da exposição de


trabalhos de fotografia e investigação sobre “Os rios e os seus ecossistemas”, prevista
no acordo do Comissariado da Participação Portuguesa com a EPAL, no âmbito do 11.º
Concurso das Águas Livres.

A parceria visou envolver os jovens na reflexão e diálogo em torno da importância dos


rios e deixar um alerta para os problemas reais que as recentes alterações climáticas têm
provocado, contribuindo para a discussão do tema da Participação Portuguesa na EXPO
Zaragoza 2008: “Três rios e as três bacias hidrográficas portuguesas mais importantes:
Douro, Tejo e Guadiana”.
Protocolo com Centro Português de Design

O Comissariado Português para a Exposição Internacional de Saragoça estabeleceu


parceria com o Centro Português de Design, para a promoção e divulgação do design
português no Pavilhão de Portugal, na EXPO Zaragoza 2008. O Centro Português de De-

Relatório de Sustentabilidade 2008


sign seleccionou um conjunto de peças representativas das novas tendências do design
nacional que foram comercializadas na loja do espaço Portugal Compartilha.

“Remade in Portugal”

Com a finalidade de difundir a cultura do ecodesign português e do desenvolvimento sus-


tentável a um nível internacional, o Remade in Portugal apresentou, no Pavilhão de Portu-
gal da EXPO Zaragoza 2008, uma selecção de objectos da colecção 2008 desenvolvida
por alguns dos principais designers e arquitectos portugueses. O projecto Remade in
71
Portugal pretende incentivar as empresas portuguesas ao desenvolvimento de produtos
realizados com material reciclado, que apresentem um desenho original e qualidade de
produção.

Pavilhão de Portugal oferece exposição à Ordem


dos Arquitectos

O acordo estabelecido entre a Parque EXPO e a Ordem dos Arquitectos assegurou que,
logo depois da EXPO Zaragoza 2008, a Ordem dos Arquitectos recebesse as 21 obras

Pavilhão Portugal EXPO Zaragoza 2008


de arquitectura contemporânea que integraram a exposição “21 Projectos do Séc. XXI —
Reflexos da Arquitectura Portuguesa na década actual”, patente no Pavilhão de Portugal
na EXPO Zaragoza 2008.

Com fotografias de Ana Janeiro, projectos e maquetas de Álvaro Siza Vieira, Ricardo Bak
Gordon, Gonçalo Byrne, Eduardo Souto de Moura e Manuel Graça Dias, entre muitos

Relatório de Sustentabilidade 2008


outros, a exposição “21 Projectos do Séc. XXI” apresenta os vários espaços e geogra-
fias nacionais, de modo a valorizar o potencial turismo cultural, que passa pela chamada

:
“cultura dos arquitectos” e da arquitectura contemporânea.

V FÓRUM MUNDIAL DA ÁGUA

72
Na sequência da participação na EXPO Zaragoza, o Estado Português incumbiu a Parque
EXPO de assegurar todos os aspectos logísticos da participação portuguesa no V Fórum
Mundial da Água, organizado pelo Conselho Mundial da Água e pelo Governo da Repú-
blica da Turquia. Foram, assim, iniciados os trabalhos preparatórios para esse evento, a
realizar em Istambul entre 16 e 22 de Março de 2009.

WORLD EXPO SHANGHAI 2010

Foram também iniciados os trabalhos preparatórios da participação portuguesa da próxi-


ma Exposição Mundial — “World Expo Shanghai 2010” — que se realiza entre 1 de Maio
e 31 de Outubro de 2010, e que será subordinada ao tema “Melhor Cidade, Melhor Vida”,
uma vez que a Parque EXPO será responsável por essa participação.
CELEBRAÇÃO DOS 10 ANOS DA
EXPO’98

Relatório de Sustentabilidade 2008


:06 73
CELEBRAÇÃO DOS 10 ANOS DA
EXPO’98

Uma década depois da realização da Exposição Mundial de 1998, o Grupo Parque EXPO
promoveu uma série de iniciativas comemorativas do evento que mudou Lisboa. As
celebrações assentaram em três princípios fundamentais: celebrar o passado, reinventar
o presente e apostar no futuro.

Relatório de Sustentabilidade 2008


As celebrações iniciaram-se no dia 7 de Maio, no Centro Cultural de Belém, com o
espectáculo “Masurca Fogo”, uma obra de Pina Bausch, que resultou da sua residência
artística em Lisboa durante a Exposição Mundial, a convite da Parque EXPO.

:06
Neste conceito de celebração do passa-
do, o Pavilhão de Portugal  acolheu a “EXPO
das EXPOS”, uma exposição itinerante, organi-
zada pelo Bureau International des Expositions,
que apresentou as marcas mais representativas
de cada uma das exposições desde 1851. 74

Sobre a temática dos Oceanos, plataforma de base da EXPO’98, foram incluídos no


âmbito do programa do ”Festival dos Oceanos”, realizado em Agosto no Parque das
Nações, dois grandes espectáculos: “L’Utopie”, realizado na doca do Olivais, outrora
palco do “Acqua Matrix”, e o “Ocean Parade” — cortejo festivo desde o Oceanário ao
Pavilhão Atlântico.
A Cidade no Século XXI — Ciclo de Conferências

Integrado no 10.º aniversário da EXPO’98,  o ciclo de conferências “A Cidade do Século


XXI — Reflexões, Desafios e Estratégias” contou com a presença de prestigiados
oradores, nacionais e internacionais, que alertaram para o risco de ruptura das cidades.

Relatório de Sustentabilidade 2008


A iniciativa, que teve forte adesão, cumpriu o objectivo de apontar soluções para as
cidades, que passam, entre outros aspectos, por uma rede de transportes mais eficaz e
uma maior criatividade na sua recuperação.

Comissariado pelo professor Jorge


Gaspar, o ciclo contou com a parti-
cipação de Peter Hall, Luís Vassalo
Rosa, Guy Burgel, Manuel Graça Dias,
Christian Matthiessen e António Mega
Ferreira, e realizou-se durante o mês 75
de Novembro, no Pavilhão de Portugal.
A iniciativa discutiu os diversos futuros
possíveis das cidades, a necessidade de
responder às alterações climatéricas e a
capacidade de promoção de processos
de regeneração, desde a recuperação
demográfica à inovação tecnológica,
organizativa e cultural.
Os textos das comunicações encontram-
se publicadas no site da Parque EXPO
(www.parqueexpo.pt), bem como os
registos áudio das apresentações.

Seminário 10 anos EXPO’98: Cidade Imaginada,


Cidade Concretizada

A Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos promoveu, com o apoio da Parque
EXPO, seminário comemorativo dos dez anos da EXPO’98. Pretendeu-se, através desta
iniciativa, fazer um balanço das expectativas e dos resultados obtidos ao desenhar cidade
com o pretexto de uma exposição mundial. O encontro reuniu durante dois dias diversos
intervenientes que contribuíram para o acto de fazer cidade e de gerar cultura urbana,
designadamente arquitectos, urbanistas e decisores que estiveram envolvidos no proces-
so desde o primeiro momento.
Exposição 10 anos EXPO’98

A Parque EXPO, em parceria com a Multi Mall Managment Portugal (MMM), assinalou,
em Maio no W Shopping, em Santarém, o arranque da exposição “EXPO´98 — 10 Anos
Depois” — uma mostra comemorativa do décimo aniversário da última exposição inter-

Relatório de Sustentabilidade 2008


nacional do século XX. Entre Maio e Outubro, esta exposição itinerante esteve presente
em vários centros comerciais do país, com cerca de três milhões de visitantes. A exposi-
ção pretendeu relembrar aquele que foi o maior evento realizado em Portugal e constituiu,

:
por si só, a mostra mais completa já realizada sobre a EXPO´98.

76
GESTÃO URBANA DO PARQUE
DAS NAÇÕES

:07
GESTÃO URBANA DO PARQUE
DAS NAÇÕES

O projecto de requalificação urbana e ambiental do Parque das Nações encontra-se


em fase final de desenvolvimento. A Parque EXPO assegurou de forma directa a gestão
urbana do Parque das Nações até Julho de 2008, data em que esta actividade foi trans-
ferida para a Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A., sociedade
constituída pela Parque EXPO expressamente para gerir o Parque das Nações até ser
encontrada com os municípios de Lisboa e Loures uma solução definitiva, que corres-

Relatório de Sustentabilidade 2008


ponderá idealmente à entrada dos municípios no capital social da Parque Expo — Gestão
Urbana, materializando a sociedade tripartida prevista há alguns anos.

:07
A partir de 1 de Agosto de 2008, a nova Empresa assumiu as competências específicas
que a Parque EXPO vinha exercendo no domínio da prestação dos serviços urbanos,
essenciais na antiga zona de intervenção da EXPO ‘98. Para o efeito, foi dotada do
necessário capital humano e das respectivas competências específicas nas múltiplas
vertentes dos serviços de gestão urbana, para os quais está vocacionada. Nesse contex-
to, foi transferida para a Empresa a grande maioria dos contratos de prestação de servi-
78
ços referentes à gestão urbana do Parque das Nações, que anteriormente tinham sido
celebrados com a Parque EXPO 98, S.A.

A Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações continua assim a assegurar, por
conta dos municípios de Lisboa e Loures, as actividades de gestão do espaço público do
Parque das Nações, nomeadamente a prestação dos serviços públicos e a manutenção
das infra-estruturas e equipamentos.

Parque das Nações


GESTÃO URBANA

Tendo em vista assegurar um nível de qualidade do espaço público e das infra-estruturas


compatível com as expectativas dos visitantes e moradores, as principais actividades

Relatório de Sustentabilidade 2008


asseguradas no âmbito da gestão urbana do Parque das Nações são as seguintes:

–– Limpeza urbana, recolha e transporte de resíduos sólidos urbanos (RSU);

–– Manutenção dos espaços verdes, pavimentos e redes de drenagem;

–– Gestão e manutenção da galeria técnica, da iluminação pública e do sistema semafóri-


co, fontes e jogos de água;

–– Conservação e reparação do mobiliário e arte urbana, sinalética e equipamento lúdico;


79

–– Vigilância humana do espaço público e gestão de acessos, circulação e tráfego na


zona de acesso condicionado;

–– Monitorização e gestão ambiental;

–– Fiscalização da ocupação do espaço público, nomeadamente por estaleiros de obras;

–– Acompanhamento e apoio logístico a eventos no Parque das Nações.

INTERVENÇÕES DE BENEFICIAÇÃO

Salienta-se também a permanente realização de intervenções com vista à beneficiação


das infra-estruturas e espaço público do Parque das Nações. Em 2008, destacam-se as
seguintes intervenções:

–– Jardim de Coloane — Efectuada a reparação do lago existente neste jardim;

–– Instalações sanitárias públicas — Realizadas obras de remodelação geral nas diversas


unidades de instalações sanitárias públicas do Parque das Nações;

–– Estação elevatória dos Radicais — Concluída a reparação e beneficiação desta


estação elevatória de esgotos;
–– Iluminação pública da Rua da Pimenta — Projectada, aprovada e submetida a proce-
dimento de contratação pública a implementação de iluminação pública nesta via. A
conclusão dos trabalhos está prevista para o 1.º semestre de 2009;

–– Recolha selectiva de materiais recicláveis — Proposta de aquisição e colocação de


vidrões e papelões no espaço público e alteração das normas de remoção de RSU

Relatório de Sustentabilidade 2008


recicláveis no Parque das Nações. Prevê-se a aprovação final da proposta e a coloca-
ção dos equipamentos no 1.º semestre de 2009;

–– Arte urbana “Cortina” — Efectuada a demolição parcial desta obra de arte urbana, que
ameaçava ruína, e adjudicado o respectivo projecto de restauro e da obra de recons-
trução;

–– Braço de Rio — Realizada a limpeza dos tanques 1 e 2 do braço de rio do Cais do


Olival, prevendo-se limpeza do tanque 3 no 1.º semestre de 2009;
80

–– Dissuasores de estacionamento — Foi dada sequência à implementação de soluções


de contenção do estacionamento indevido nos passeios através da instalação de
dissuasores de estacionamento.

Parque das Nações


EVENTOS NO ESPAÇO PÚBLICO

No que se refere às actividades de coordenação e fiscalização de produções externas e


eventos no Parque das Nações, assinala-se a crescente procura desta zona de Lisboa

Relatório de Sustentabilidade 2008


para a realização de eventos lúdicos, culturais e desportivos. Entre Agosto e Dezembro
de 2008, tiveram lugar 192 eventos no Parque das Nações, de que se destacam: Festival
dos Oceanos — de 2 a 16 de Agosto; Fim-de-semana solidário — 20 e 21 de Setembro;
Festa do Caloiro — 24 e 25 de Setembro; Mini Maratona e Meia Maratona de Portugal —
28 de Setembro; Espectáculo gímnico da Área Metropolitana de Lisboa — 28 de Setem-
bro; Corrida Sempre Mulher — 9 de Novembro; Passagem do ano e fogo-de-artifício —
31 de Dezembro.

81
INFRA-ESTRUTURAÇÃO

Faz parte também do projecto de requalificação do Parque das Nações a realização das
obras de infra-estruturação, que a Parque EXPO tem vindo a concretizar faseadamente,
ao longo dos anos. As intervenções realizadas em 2008 nesta área totalizaram um valor
global de 130 mil euros, referentes fundamentalmente a empreitadas de arranjos exterio-
res, ligações à rede eléctrica e aquisição e montagem de postos de transformação. À
excepção do Parque do Tejo, a construção das infra-estruturas do Parque das Nações
encontra-se praticamente concluída.
PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO
DOS OCEANOS

Relatório de Sustentabilidade 2008


:08 :
82
PROMOÇÃO DO CONHECIMENTO
DOS OCEANOS

Dez anos depois da sua abertura ao público, o Oceanário de Lisboa, visando promover a
sensibilização dos cidadãos para o dever da conservação do património natural, continua
a ser um pólo de atracção de visitantes e um dos mais importantes símbolos emblemá-
ticos da cidade de Lisboa e do país. A qualidade da actividade desenvolvida e os suces-
sivos objectivos alcançados revelam uma história de sucesso e fazem do Oceanário de
Lisboa uma referência no panorama nacional da investigação, desenvolvimento e sensibi-

Relatório de Sustentabilidade 2008


lização no domínio dos oceanos.

:08
A excelência da exposição, sempre surpreendente e diferente, com cerca de oito mil
animais e plantas que habitam o “aquário gigante”, aliada a uma década de experiên-
cia, fazem dele uma instituição reconhecida mundialmente. A estratégia multidisciplinar
do Oceanário torna-o mais do que um simples aquário: projecta-o como um centro de
conservação dos oceanos e de divulgação da participação activa de cada um na utiliza-
ção sustentável dos recursos naturais.

83
Em 2008, apesar da conjuntura nacional e internacional menos favorável, voltou a receber
mais de um milhão de pessoas, podendo orgulhar-se, assim, de ver reforçada a notorie-
dade da sua missão de sensibilização para o dever de conservação dos oceanos.

Número de visitantes do Oceanário

1.037.750
1.019.684

966.578

918.752
910.910

2004 2005 2006 2007 2008

Pela sua relevância, merece realce na actividade do Oceanário as acções e iniciativas que
de seguida se descrevem.
NOVA EXPOSIÇÃO “UM PLANETA, UM OCEANO”

“Um Planeta, Um Oceano” é a nova exposição do Oceanário de Lisboa que permitirá


compreender que os oceanos estão interligados e que as acções de cada um de nós têm

Relatório de Sustentabilidade 2008


impacte em todo o planeta.

A exposição, instalada na galeria multimédia entre os habitats Atlântico e Antárctico,


possibilita um passeio “dentro” do oceano, através de uma área circular onde se observa
a linha de costa e diversos pontos do globo. Através desta metáfora, os povos de todo
o mundo estão ligados por um só mar, sem distâncias nem fronteiras. Esta experiência
mostra que a conservação dos oceanos é um dever da humanidade.

Pequenas caixas interactivas permitem saber como pescar de forma sustentável. Os


visitantes podem também tocar em pele de tubarão, observar as suas mandíbulas e até
tocar num recife de coral morto. A exposição disponibiliza dicas e conteúdos, baseados 84
em dados científicos, que sensibilizam para a importância do colectivo na mudança do
planeta.

Outra importante experiência desta exposição é a visualização do vídeo “Pale Blue Dot”,
com locução do cientista e astrónomo Carl Sagan, que transmite uma perspectiva dra-
mática e emocional do planeta e a responsabilidade que nos cabe a todos perante a sua
preservação e conservação.

Exposição “UM PLANETA, UM OCEANO”


NOVAS ESPÉCIES MARINHAS

A riqueza do universo de espécies marinhas presentes no Oceanário foi reforçada, em


2008, através das actividades desenvolvidas pelo Departamento de Biologia, que têm

Relatório de Sustentabilidade 2008


como objectivo, não só assegurar uma melhoria contínua na exposição, mas também
de contribuir para a sobrevivência da biodiversidade existente no planeta. Nesse sentido
realizou-se a aquisição de garibáldis (Hypsypops rubicundus), espécie bastante difícil de
obter; a introdução de várias espécies de teleósteos e elasmobrânquios do Pacífico no
Tanque das Lontras; o crescimento e treino dos dois exemplares de Rhina ancylosto-
ma no Tanque de Quarentena; o início do cultivo da medusa Cassiopeia andromeda; o
nascimento de sete raias da espécie Dasyatis americana; o nascimento de três pintos de
pinguim-de-magalhães; e, por último, registe-se a capacidade do Oceanário de manter
em crescimento dois exemplares de viola-de-espinhos, uma espécie de difícil manuten-
ção, únicos exemplares em exposição na Europa, que irão constituir uma nova atracção
para o público em 2009. 85

Novas espécies no Oceanário


OCEANÁRIO COM NOVO PROGRAMA EDUCATIVO

Com o Programa Educativo, o Oceanário promove o conhecimento sobre a temática dos


Oceanos, tornando os participantes em defensores activos dos oceanos. O Programa

Relatório de Sustentabilidade 2008


Educativo do Oceanário foi criado para chegar a todos os públicos e instituições de forma
simples, envolvente e adaptada a diferentes objectivos e níveis pedagógicos. Escolas,
alunos, professores, pais, famílias e grupos organizados podem experimentar um con-
junto de actividades, desde visitas guiadas, workshops temáticos, palestras e festas de
aniversário, entre muitas outras actividades.
Para o ano lectivo 2008/2009, e com o objectivo de promover a utilização sustentável
dos oceanos através da mudança de comportamentos e atitudes, o Oceanário concebeu
novas actividades lúdico-pedagógicas, novos produtos, programas e ateliês, relacionados
com os oceanos, destinadas a famílias, alunos e a professores do pré-escolar, 1.º ciclo,
2.º ciclo, 3.º ciclo e secundário.
86
O dinamismo dos conteúdos do programa educativo do Oceanário de Lisboa permitiu
que mais uma vez apresentasse um acréscimo de participantes superior a 10%. Com
mais de 50.000 participantes em 2008, confirmou-se como o maior programa de educa-
ção ambiental do país.

Actividades do programa educativo do Oceanário


Participantes no Programa Educação

52.244
46.353
42.190
40.569

Relatório de Sustentabilidade 2008


32.848
26.958
22.281
17.339
16.215

9.130

1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 2007 2008

87

VAIVÉM LEVA OCEANOS A TODO O PAÍS

Visitando todo o território nacional, de norte a sul, do litoral ao interior, o objectivo do


Projecto Vaivém é chegar a toda a população, em especial, aos que não têm possibilida-
de de visitar o Oceanário, alertando para a urgência da preservação dos oceanos e das
espécies marinhas que neles habitam.

Durante as visitas gratuitas ao Vaivém, os mais novos podem assistir a um documentário,


consultar a base de dados sobre os residentes do Oceanário num quiosque multimédia,
ou participar em actividades na companhia de um educador marinho.

O Vaivém do Oceanário promove, ainda, a realização de acções de Educação Ambiental,


destinadas a educadores e professores, dedicadas a temas concretos, como as pescas
e a sustentabilidade dos oceanos, as alterações climáticas e o impacte do Homem sobre
o planeta. Nestes workshops são distribuídos materiais e realizadas demonstrações de
actividades educativas, fornecendo aos professores ferramentas para trabalhar temáticas
concretas na sala de aula.

O Vaivém tem como objectivo principal permitir a realização de experiências educativas,


com uma forte componente lúdica, que permitam dar a conhecer um pouco mais sobre a
vida nos oceanos e despertem o interesse para os problemas ambientais, aumentando a
consciência da importância do papel de cada um na sua conservação.
Desde que foi lançado, em Junho de 2005, o Vaivém já recebeu 66.013 visitantes.
Em 2008 a actividade do Vaivém foi substancialmente reduzida, em comparação com
anos anteriores, devido a questões técnicas e de licenciamento, que impediram o desen-
volvimento da sua actividade durante grande parte do ano. Ainda assim este projecto
realizou cinco acções, tendo chegado a 4.899 pessoas.

Visitantes Vaivém

Relatório de Sustentabilidade 2008


88

Actividades do vaivém do Oceanário


OCEAN GOVERNANCE XXI

A protecção e a governação dos oceanos estiveram em debate na conferência “Ocean


Governance XXI”, promovida pelo Oceanário de Lisboa. Comemorando os dez anos da

Relatório de Sustentabilidade 2008


“Declaração de Lisboa” de 1998, que proclamava a necessidade de uma governação
concertada dos oceanos por parte da comunidade internacional. Os principais protago-
nistas da iniciativa juntaram-se de novo no dia 12 de Dezembro de 2008, no Oceanário,
para uma sessão onde a necessidade de dar passos seguros rumo à governação respon-
sável dos Oceanos no século XXI foi o tema em discussão.

A sessão contou com a participação do ex-presidente da Comissão Mundial Indepen-


dente para os Oceanos, Mário Soares, do ex-director-geral da Unesco, Federico Mayor
Zaragoza, e do presidente da Comissão Oceanográfica Intersectorial e membro da
comissão organizadora do evento, Mário Ruivo, entre outras personalidades nacionais
89
e internacionais. A iniciativa culminou com a apresentação da “Declaração de Lisboa de
2008 — Governação do Oceano para o século XXI” e com a definição da posição portu-
guesa para a próxima Conferência Mundial dos Oceanos, que decorrerá na Indonésia em
Maio de 2009.

A conferência “Ocean Governance XXI” contou com o apoio do Oceanário de Lisboa, da


Fundação Mário Soares, da Estrutura de Missão para os Assuntos do Mar (EMAM), Delta,
Fundação do Oriente, Fundação Luso-Americana e Câmara Municipal de Lisboa.
GALARDÃO “GOVERNAÇÃO SUSTENTÁVEL
DOS OCEANOS”

Prosseguindo o desempenho da sua missão de sensibilização para a conservação do

Relatório de Sustentabilidade 2008


património natural, o Oceanário associou-se em 2008 à Fundação Calouste Gulbenkian,
no âmbito do Programa Gulbenkian Ambiente, instituindo o Galardão Gulbenkian/Oceaná-
rio “Governação Sustentável dos Oceanos”.

Esta iniciativa comum visa incentivar a investigação, a inovação, a educação e a sensi-


bilização pública para a temática dos oceanos. No valor de 100 mil euros, o prémio
tem como objectivo estimular a sociedade civil a criar projectos para o desenvolvimento
sustentável dos oceanos, que enfrentam graves ameaças à escala global, como a sobrex-
ploração de recursos, a poluição, a destruição de habitats e ecossistemas e os efeitos
das alterações climáticas, entre outras ameaças à biodiversidade. 90

O Galardão “Governação Sustentável dos Oceanos” de 2008 tem como temática “O


Papel das Áreas Marinhas Protegidas na Governação dos Oceanos”. Deste modo,
pretende-se abordar o papel que as Áreas Marinhas Protegidas podem desempenhar
enquanto instrumentos para a conservação dos ecossistemas marinhos, no quadro mais
amplo de políticas de desenvolvimento sustentável no oceano.

Podem candidatar-se a este galardão entidades colectivas, nomeadamente instituições


públicas ou privadas sem fins lucrativos, que apresentem projectos inéditos, relativos à
realidade portuguesa que, pela sua consistência, valia e oportunidade, possam contribuir
de forma decisiva para a implementação de políticas de desenvolvimento sustentável na
gestão dos oceanos.

O projecto vencedor da primeira edição foi escolhido entre mais de uma dezena de candi-
datos por um júri internacional independente, formado por personalidades de reconhecido
mérito nos domínios científicos e com directa relação com o tema do prémio. Intitula-se
“MarGov”, tem por objectivo estruturar um modelo de governação colaborativa, que
contribua para a gestão sustentável dos oceanos e possa alargar-se a uma futura rede
nacional de áreas marinhas protegidas.

O Galardão Gulbenkian/Oceanário “Governação Sustentável dos Oceanos” é um contri-


buto para a concretização dos objectivos definidos pela Estratégia Nacional do Mar, assim
como pelas diversas convenções e acordos internacionais e estimula a apresentação de
proposta de excelência por parte da sociedade.
FOTOS DA NATIONAL GEOGRAPHIC NO OCEANÁRIO

Inserido na programação do Festival dos Oceanos, realizado de 2 a 16 de Agosto, no


eixo ribeirinho de Lisboa, o Oceanário acolheu duas exposições de fotografia da National

Relatório de Sustentabilidade 2008


Geographic, sobre vulcões e ecossistemas marinhos intocados. Trata-se de duas mostras
dos trabalhos realizados pelos fotógrafos Bryan Skerry, John Stanmeyer e Robert Clark
e pelo biólogo marinho Enric Sala, sobre os ecossistemas marinhos menos perturbados
pelo homem e sobre como conviver com os vulcões. O fotógrafo Bryan Skerry, especiali-
zado em temas subaquáticos, e Enric Sala, biólogo marinho espanhol, nomeado “Explo-
rador Emergente” da National Geographic, cujo trabalho integra estas exposições, estão
a desenvolver um projecto de pesquisa e estudo dos ecossistemas marinhos perfeitos.

91

Exposição de Fotografia da National Geographic no Oceanário

OCEANÁRIO OFERECE LISTA DE ECO-ATITUDES

No dia 8 de Junho, o Oceanário de Lisboa celebrou o Dia Mundial dos Oceanos com
actividades que sensibilizavam os visitantes para a alteração de comportamentos e para a
conservação do mar. Palestras, visitas guiadas e a oferta de uma lista pessoal de ecoati-
tudes, foram algumas das acções realizadas.
Para facilitar a mudança de comportamento e reduzir o
impacte negativo sobre a natureza, o Oceanário criou uma
lista pessoal de ecoatitudes, que foram entregues a todos os
visitantes, as quais, depois de colocadas em prática, assegu-
ram a poupança de dinheiro, energia, água e, acima de tudo,
o futuro do nosso planeta. A lista de ecoatitudes sugere dicas

Relatório de Sustentabilidade 2008


bem fáceis de pôr em prática: secar a roupa ao sol, fechar bem
as torneiras, utilizar sacos de pano em vez de sacos plásticos
quando se vai às compras, reciclar, consumir pescado acima
dos tamanhos mínimos legais, reduzir a velocidade de condu-
ção, desligar os electrodomésticos em vez de os deixar em
stand-by, ser vegetariano pelo menos uma vez por semana e
utilizar lâmpadas de baixo consumo, etc.

92

ARQUITECTURA DOS OCEANOS

No âmbito das comemorações do Ano Mundial da Arquitec-


tura e do Dia Mundial da Arquitectura, que se celebrou a 6 de
Outubro, o Oceanário de Lisboa desenvolveu, em colaboração
com a Ordem dos Arquitectos, um novo programa de visitas
guiadas.

A “Arquitectura dos Oceanos” é uma visita guiada ao Oceaná-


rio que fomenta um encontro original entre os visitantes e a
arquitectura dos oceanos. Além das características arquitec-
tónicas do edifício, esta visita apresenta os seus simbolismos
e como contribuem para a qualidade ambiental dos habitats
recriados e para o bem-estar dos animais, e dá a conhecer
a “arquitectura” dos principais grupos de animais marinhos,
as suas adaptações ao meio que os rodeia e estratégias de
sobrevivência. Este programa pretende motivar a alteração de
comportamentos no sentido de respeitar e preservar o meio
ambiente.
DIA NACIONAL DO MAR NO OCEANÁRIO
— POR MARES NUNCA NAVEGADOS

No Dia Nacional do Mar, a 16 de Novembro, pais e filhos puderam participar gratuita-

Relatório de Sustentabilidade 2008


mente no programa educativo “Por mares nunca navegados”, realizado pelo Oceanário
de Lisboa. Esta iniciativa pretendeu promover o conhecimento dos oceanos e sensibilizar
para a necessidade da conservação da natureza.

O ateliê “Por mares nunca navegados” alia a ciência à literatura através de uma inter-
pretação única e invulgar de “Os Lusíadas”. Através da obra de Luís Vaz de Camões
são dados a conhecer os diferentes ecossistemas e fenómenos naturais, e revividos os
Descobrimentos portugueses, numa viagem com paragens ao longo da costa africana até
chegar à Índia.

Esta acção junta-se aos diversos projectos de sensibilização que o Oceanário de Lisboa 93
desenvolve ao longo do ano, contribuindo para estimular os comportamentos que ajudam
a preservar o ambiente.

EXPANSÃO DO OCEANÁRIO DE LISBOA

Merece ainda particular destaque, em 2008,


a decisão de realizar a expansão do Oceaná-
rio de Lisboa. Ao longo de 2008 foi desenvol-
vido o conceito do projecto de expansão, que
— com os objectivos fundamentais: reforçar
a capacidade do Oceanário de contribuir
para a conservação dos oceanos, garantir a
sustentabilidade económica e financeira da
instituição e aumentar o grau de satisfação
dos visitantes — pretende dotar o Oceanário
de uma área para exposições temporárias,
um auditório polivalente, um novo restauran-
te/cafetaria, e alargar as áreas destinadas
ao programa educativo, através da criação
de um novo edifício, proporcionando, assim,
maior flexibilidade e melhor capacidade para
Projecto de expansão do Oceanário
enfrentar os desafios futuros. Será por isso
o projecto de maior relevância estratégica
dos próximos anos, estando a sua conclusão
prevista para 2011.
GESTÃO DE ESPAÇOS E SERVIÇOS
PARA EVENTOS

Relatório de Sustentabilidade 2008


:09 :
94
GESTÃO DE ESPAÇOS E SERVIÇOS
PARA EVENTOS

A missão da Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A., visa contribuir para o suces-
so e maximização dos resultados dos eventos dos seus clientes, através da prestação
integrada e qualificada de serviços nos espaços que gere, de forma sustentada.

A qualidade da sua gestão e dos serviços que presta foi reconhecida e comprovada pela
certificação, em 2007, do seu Sistema de Gestão da Qualidade. A Atlântico tornou-se,

Relatório de Sustentabilidade 2008


assim, na primeira empresa do sector a obter esta distinção, sendo o Pavilhão Atlântico a
primeira arena da European Arenas Association a ver o seu Sistema de Gestão certificado.

:09
No âmbito da sua actividade central de gestão e exploração de espaços e prestação
integrada de serviços de apoio a eventos, a Atlântico acolheu em 2008 cerca de 140
eventos nos espaços que gere — Pavilhão Atlântico e Pavilhão de Portugal. As caracte-
rísticas dos diferentes espaços e a preocupação da Atlântico em garantir que o mix de
eventos anual seja rico e variado, de forma a atender às expectativas dos diversos públi-
cos, potenciaram um conjunto de eventos com tipologias muito diversas, confirmando
95
especialmente a natureza multiusos do Pavilhão Atlântico, equipamento-âncora da activida-
de da Sociedade.

Este conjunto diversificado de eventos resultou também da colaboração com uma


carteira igualmente diversificada de clientes, que abrangeu os principais promotores de
espectáculos e organizadores de eventos, bem como um vasto conjunto de empresas e
instituições nacionais e internacionais.

Após o ano de 2007, destacadamente marcado pelo acolhimento da Presidência Portu-


guesa do Conselho da União Europeia, o Pavilhão Atlântico recebeu em 2008 um conjun-
to assinalável de grandes espectáculos e de importantes eventos empresariais, apresen-
tando, assim, uma vez mais, uma afluência de públicos acima das 400 mil pessoas.

Espectáculo no Pavilhão Atlântico


Grandes Concertos no Pavilhão Atlântico

O Pavilhão Atlântico, considerado como a principal sala de espectáculos no mercado na-


cional de entretenimento, apresentou em 2008 uma concorrida agenda musical. Bandas e
artistas, como Charles Aznavour, Tokio Hotel, Backstreet Boys, Jack Johnson, Alicia Keys

Relatório de Sustentabilidade 2008


ou The Cure, contribuíram de forma decisiva, com as suas apresentações, para fortalecer
a tradição dos grandes concertos do Pavilhão Atlântico e a sua posição de referência na
rota dos nomes internacionais de prestígio.

96

Concerto dos Backstreet Boys

Promoção e divulgação da música portuguesa

Demonstrando a atenção que dá à importância pela promoção e divulgação da música


portuguesa, a Atlântico recebeu em 2008 grandes actuações de bandas e artistas nacio-
nais, como Carlos do Carmo, GNR, Tony Carreira, Xutos & Pontapés, Clã, Deolinda, ou
mesmo jovens talentos dos Morangos com Açúcar.

Concerto dos GNR


Family Shows

No âmbito dos espectáculos destinados ao segmento de crianças e famílias, tiveram


lugar várias sessões de qualidade e prestígio, sempre com uma grande adesão por parte
do público. Fizeram parte da agenda de 2008 espectáculos como Disney on Ice e High

Relatório de Sustentabilidade 2008


School Musical, dois shows clássicos sobre gelo, Bob o Construtor e Zig Zag, dirigidos
a um público mais jovem. Este tipo de espectáculos tem constituído uma tradição no
calendário de eventos do Pavilhão.

97

Espectáculo High School Musical

Grandes acontecimentos desportivos

Os grandes acontecimentos desportivos internacionais marcaram igualmente o ano de


2008 no Pavilhão Atlântico: os Campeonatos da Europa de Judo e de Triatlon merecem
um destaque especial pela qualidade das suas organizações e pelo brilhantismo da
participação dos atletas portugueses, com especial evidência para a vitória de Vanessa
Fernandes, na prova de Triatlon feminina, consagrando-a Campeã Europeia de 2008.

Campeonato Europeu de Judo


Eventos de natureza empresarial e institucional

No que diz respeito a eventos de natureza empresarial e institucional, o ano de 2008


confirmou o potencial dos espaços do Pavilhão Atlântico, reiterado com o reconhecimen-
to do mercado através da atribuição do prémio de “Melhor Espaço para Congressos”

Relatório de Sustentabilidade 2008


(Publituris) e do prémio de “Melhor Espaço Multiusos” no âmbito da Gala de Eventos.
As reuniões de empresa de média e grande dimensão, as reuniões de carácter religio-
so, os congressos nacionais e internacionais, as feiras e exposições, os banquetes e
comemorações especiais das empresas, foram eventos de importância na agenda anual
do Pavilhão.

98

Evento Empresarial

O Pavilhão Atlântico acolheu, assim, ao longo de 2008, um conjunto alargado e diversifi-


cado de espectáculos destinados a diferentes público-alvo. Mantendo a tradição que tem
vindo a construir, a Atlântico procura que a utilização do Pavilhão Atlântico se caracterize
pela variedade e diversidade dos eventos. Em 2008, o Pavilhão Atlântico acolheu um total
de 82 eventos, dos quais 25 espectáculos, 47 eventos de natureza empresarial e institu-
cional e quatro eventos desportivos.
Tipos de Eventos
Pavilhão Atlântico
2007 2008

Eventos Eventos
Empresariais e Empresariais e

Relatório de Sustentabilidade 2008


Institucionais Institucionais
Espectáculos Espectáculos
38% 57%
47% 30%

Eventos Eventos
Outros Desportivos Outros Desportivos
11% 4% 7% 5%

99

INDICADORES DE OCUPAÇÃO

Quanto ao nível de ocupação dos diferentes espaços do Pavilhão Atlântico, importa referir
que a ocupação da Sala Atlântico (a de maior dimensão) registou um desempenho ligeira-
mente inferior ao do ano anterior. As reduções de ocupação da Sala Tejo e do Centro de
Negócios resultaram da ocupação extraordinariamente elevada de 2007, pela realização
durante todo o segundo semestre do ano da Presidência do Conselho da União Europeia.
É de sublinhar, no entanto, a ocupação ainda em 2008 de 35 dias da nova Sala do Trata-
do de Lisboa, no período de actividade que decorreu desde o seu lançamento.

Dias de Ocupação
Pavilhão Atlântico

802

403

344 318

2005 2006 2007 2008


PÚBLICO

Sendo palco de importantes eventos, o Pavilhão Atlântico atrai anualmente milhares de


pessoas. Em 2008, o número de pessoas que passaram pelo Pavilhão Atlântico foi de

Relatório de Sustentabilidade 2008


418 mil. Os espectadores nos eventos abertos ao público em geral representaram 82%
do total, enquanto os participantes em eventos privados, cerca de 74 mil, corresponde-
ram a 18% das visitas ao Pavilhão.

Número de Espectadores
Pavilhão Atlântico

603.358
574.202
Eventos privados

454.092
418.001 Eventos públicos 100

2005 2006 2007 2008

Pavilhão Atlântico repleto de espectadores


NOVA SALA TRATADO DE LISBOA

Composto por três grandes espaços integrados — a Sala Atlântico, a Sala Tejo e o
Centro de Negócios —, o Pavilhão Atlântico ganhou em 2008 um novo espaço. A nova
sala no Pavilhão Atlântico foi baptizada de Sala Tratado de Lisboa, lembrando o even-

Relatório de Sustentabilidade 2008


to que aí teve lugar, que reuniu os Chefes de Estado dos 27 países da União Europeia.
Independente dos outros espaços do Pavilhão Atlântico, a Sala do Tratado de Lisboa
pode ser utilizada para a realização de eventos de modo próprio, podendo, no entanto,
ser complementada com os outros espaços do Pavilhão. Ideal para pequenas reuniões
e apresentações, aproveitando a área de 260 m2, a Sala dispõe de black-out e ar condi-
cionado, bem como de bengaleiro, área de apoio de catering e de camarim/vestiário. As
empresas e instituições podem ainda contar com uma infra-estrutura de redes de voz e
dados, incluindo wi-fi, circuitos de vídeo, e estacionamento público a 200 metros. Tudo
isto acompanhado por uma vista deslumbrante sobre o rio Tejo, que faz deste espaço
o ideal para encontros de pequena dimensão ou para área complementar dos restantes
101
espaços do Pavilhão Atlântico

Sala Tratado de Lisboa

Pavilhão Atlântico — Da Utopia


à Realidade
Celebrando dez anos de actividade do Pavilhão Atlântico,
a Atlântico publicou o livro Pavilhão Atlântico— Da Utopia
à Realidade, que reúne testemunhos de várias personali-
dades ligadas à história deste emblemático edifício.
BILHÉTICA – NOVA APOSTA PARA
EVENTOS E EXPOSIÇÕES

Relatório de Sustentabilidade 2008


:10 :
102
BILHÉTICA – NOVA APOSTA PARA
EVENTOS E EXPOSIÇÕES

Criada em Agosto de 2008, a Blueticket — Serviços de Bilhética, S.A., nova empresa


do Grupo Parque EXPO, detida a 100% pela Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa,
S.A., é especialista no fornecimento de soluções integradas de bilhética, englobando os
principais vectores da área de negócio: a configuração de espaços e eventos, a rede de
distribuição,  o sistema de controlo de acessos, bem como o controlo financeiro e de
gestão. A plataforma eticketing que utiliza garante uma gestão rápida e eficaz do proces-

Relatório de Sustentabilidade 2008


so de venda, com a distribuição por toda a sua rede de venda, nas diferentes plataformas
(venda directa, Internet, SMS), efectuada em tempo real.

:10
A  Blueticket disponibiliza a venda de bilhetes para espectáculos, desporto e exposições
temáticas, através de uma alargada rede com cobertura de norte a sul, com mais de 32
pontos de venda, através das parcerias com: Pavilhão Atlântico, Fnac, El Corte Inglés,
Media Mark, Agências ABEP e Turismo de Lisboa.

O ano de 2008 foi claramente marcado pelo início de actividade da sociedade, pelo que
se verificou uma concentração de esforços nos principais drivers de sucesso de cada 103
uma das componentes estratégicas, como sejam:

–– A adesão de novos espaços às soluções de gestão integrada de processos de bilhé-


tica, em que se destaca o Autódromo Internacional do Algarve, o Europarque, a Açor
Arena e o Music Box Lisboa.

–– O fornecimento de soluções globais de bilhética para eventos-âncora ou de elevada


visibilidade, como o evento Cavalia no passeio Marítimo de Algés ou o Festival Panda
em Cascais e no Estádio do Dragão.

–– O estabelecimento de parcerias de colaboração com empresas municipais ligadas


à área cultural e de realização de eventos, de que é exemplo a Feira Viva Empresa
Municipal.

–– A manutenção das soluções instaladas em espaços como o Oceanário de Lisboa, o


Fluviário de Mora, a Arena Dolce Vita em Ovar, a Arena de Portimão, ou o auditório
Municipal de Portimão.

–– A estabilização e evolução da rede de distribuição para venda de bilhetes, com o


objectivo de a dotar de uma capilaridade capaz de servir a diversidade geográfica de
Salas e Eventos.

Tendo como prioridade a qualidade e excelência dos seus serviços e pretendendo ser
uma marca de inovação e referência no sector do ticketing, a Blueticket criou um novo
sítio de venda de bilhetes on-line — www.blueticket.pt —, certificado pela Associação do
Comércio Electrónico em Portugal (ACEP), que constitui um reconhecimento importante e
um garante de segurança e do elevado nível de serviço prestado.
A plataforma tecnológica de ticketing, desenvolvida pela Atlântico, S.A., através da qual
são vendidos mais de 1,6 milhões de bilhetes por ano para eventos e exposições, permite
ainda a venda de bilhetes via telemóvel, através do serviço SMS — m-ticket. Esta solução
apresenta grandes vantagens na óptica da sustentabilidade, uma vez que possibilita a
realização de toda a transacção e a entrada no espectáculo sem ser necessária a impres-
são de um bilhete físico, traduzindo-se, portanto, numa poupança significativa de recur-

Relatório de Sustentabilidade 2008


sos, nomeadamente no consumo de papel.

:
Como indicador da actividade, refira-se que, de Agosto a Dezembro de 2008, a Blueticket
garantiu os serviços de bilhética a um total de 43 eventos, em que 65% dos bilhetes
vendidos pertenceram a eventos que se realizaram no Pavilhão Atlântico e 35% referentes
a outros espaços.

EVENTOS COM INTERVENÇÃO DA BLUETICKET 2008


104
Pavilhão Atlântico 8
Autódromo Internacional do Algarve 2
Europarque 2
Passeio Marítimo de Algés 1
Arena de Portimão 1
Auditório Municipal de Portimão 7
Teatro da Avenida em Gaia 3
Music Box Lisboa 19
Total 43

Sítio Blueticket na Internet


:11
MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES

Relatório de Sustentabilidade 2008


105
MARINA DO PARQUE DAS NAÇÕES

No primeiro ano de actividade da Marina do Parque das Nações sob a gestão do Grupo
Parque EXPO, destaca-se como actividade mais relevante a gestão da obra de constru-
ção da nova solução para a operacionalização da bacia Sul da Marina, visando a reabilita-
ção deste importante equipamento náutico da cidade de Lisboa.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Projecto do Porto de Recreio

:11
Tornando-se necessário enquadrar a futura actividade operacional do porto de recreio
no território concessionado, nomeadamente a localização da capacidade construtiva
prevista, a circulação e estacionamento de viaturas, e a instalação dos apoios à activi-
dade náutica, procedeu-se à elaboração do correspondente Estudo Prévio do Porto de
Recreio, que posteriormente foi submetido à aprovação das entidades competentes.

106

Projecto do Porto de Recreio da Marina do Parque das Nações

Reabilitação da bacia Sul

A obra marítima de reabilitação iniciou-se a 8 de Janeiro de 2008, tendo o bom cumpri-


mento dos trabalhos decorrido ao longo do ano conforme previsto. Em termos gerais, a
obra de reoperacionalização da Marina, que terá uma bacia semiaberta, envolve a realiza-
ção das seguintes intervenções:

–– Construir o dique de fechamento da bacia Sul;


–– Montar as comportas e o seu equipamento mecânico;
–– Construir a estrutura de fechamento da ponte-cais;
–– Reforçar e impermeabilizar os molhes Norte e Sul;
–– Efectuar dragagem das bacias e anteporto;
–– Construir a ponte móvel de interligação das bacias Norte e Sul.

A conclusão da empreitada está prevista para Julho de 2009, prevendo-se para o Verão

Relatório de Sustentabilidade 2008


de 2009 o reinício da actividade náutica da Marina do Parque das Nações, com novas
funções e instalações, oferecendo aos nautas um porto de recreio de alta qualidade, com
uma oferta diversificada de serviços.

Edifício Nau

Em 2008 assistiu-se também ao arranque do projecto de revitalização do Edifício Nau.


Com vista à sua reabertura, realizaram-se os projectos de alterações das infra-estruturas,
necessários para a sua readaptação às novas funções pretendidas. A qualificação das 107
áreas comerciais e de restauração revela-se determinante para apoio aos utilizadores da
Marina, constituindo um pólo de atracção que importará dinamizar de modo integrado
com a actividade da Marina.

Edifícios Auxiliares e Arranjos Exteriores

Foi também desenvolvido o projecto de execução do edifício de apoio à vela ligeira e


portaria, a localizar no terrapleno adjacente ao Edifício Capitania.

Marina do Parque das Nações


Marina do Parque das Nações apresentada
na Nauticampo 2009

A presença na Nauticampo 2009, realizada de 7 a 15 de Fevereiro na FIL, em Lisboa,


permitiu a apresentação do projecto de reabilitação da Marina. Durante a feira iniciou-se a

Relatório de Sustentabilidade 2008


comercialização dos postos de amarração da bacia Sul, tendo suscitado grande receptivi-
dade por parte dos visitantes.

108
:
Marina do Parque das Nações presente na Nauticampo

Marina do Parque das Nações dinamiza turismo náutico

Disponibilizando 600 postos de amarração para embarcações de recreio, cais de eventos,


cais de recepção e posto de combustível, a Marina do Parque das Nações prepara-se,
assim, para retomar num futuro próximo o seu papel como grande promotor do desen-
volvimento da náutica de recreio e do turismo náutico, tirando partido das condições
naturais do estuário do Tejo e da envolvente do Parque das Nações, constituindo-se
um foco de actividades marítimo-turísticas e desportivas, e posicionando-se como uma
referência no mercado nacional de portos de recreio.

Novo projecto da Marina do Parque das Nações


RECURSOS HUMANOS

:12
RECURSOS HUMANOS

OS COLABORADORES

Em 31 de Dezembro de 2008, o Grupo Parque EXPO contava com 289 colaboradores.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Ao longo dos últimos anos, o Grupo tem adoptado políticas de gestão de recursos
humanos que procuram dotar as várias empresas de estruturas adequadas às actividades
desenvolvidas. Nesse âmbito merecem particular destaque em 2008:

:12 –– A operação de aquisição das participações da sociedade Marina do Parque das
Nações, S.A., passando a Parque EXPO a deter 100% do capital desta Sociedade,
com a consequente acumulação dos três colaboradores ao quadro de pessoal do
Grupo.

–– A transferência da actividade de gestão urbana, em Agosto de 2008, para a Parque 110
Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. constituída pela Parque EXPO,
expressamente para gerir o Parque das Nações, foram transferidos para esta nova
Sociedade 32 colaboradores.

Assim, em Dezembro, o número de colaboradores afecto a cada empresa do Grupo pode


ser representado pelo gráfico seguinte:

Nº de Colaboradores

2006 222 39 45 306

2007 206 32 46 284

2008 107 26 3 50 36 4 289

PARQUE EXPO ATLÂNTICO

BLUE TICKET OCEANÁRIO


PARQUE EXPO-GESTÃO URBANA MARINA PARQUE DAS NAÇÕES
A média etária do Grupo Parque EXPO é de 41 anos. Globalmente, a maioria dos
colaboradores pertence à faixa etária entre os 36 e os 45 anos e desempenha funções de
profissional qualificado, muito embora, entre as empresas do Grupo, existam variações
relativamente à qualificação e áreas de formação.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Caracterização etária Idade média por categoria

116

90

62

111

11

Até 35 De 36 De 46 Mais de
anos a 45 anos a 55 anos 55 anos

VALORES DE NÃO-DISCRIMINAÇÃO

Igualdade entre homens e mulheres

Faz parte da política de gestão de recursos humanos do Grupo Parque EXPO a adopção
de princípios de igualdade de oportunidades aplicados a todos os aspectos da vida
laboral e que correspondem a uma atitude de tratamento igualitário e de não-discrimina-
ção em matérias como o recrutamento e selecção de recursos humanos, política salarial,
progressão na carreira e todos os demais aspectos inerentes à relação de trabalho.

É de salientar a tendência para o equilíbrio que se tem vindo a verificar na estrutura de


recursos humanos no que diz respeito à distribuição por sexo, sendo, em 2008, a percen-
tagem de mulheres de 47,4% e de homens de 52,6%. Importa ainda realçar a representa-
tividade feminina do Oceanário, que corresponde a 56%.
Estrutura quadro de pessoal
Distribuição por sexo

Relatório de Sustentabilidade 2008


Apresenta-se nos quadros seguintes a comparação do número de colaboradores e das
112
remunerações entre homens e mulheres para cada uma das categorias profissionais.

Nº de Homens e Mulheres por categoria

MULHERES

HOMENS

CATEGORIA DIFERENÇA NO VENCIMENTO BASE MÉDIO


DAS MULHERES FACE AOS DOS HOMENS
Directores Coordenadores -16%
Directores de Serviços -6%
Técnicos Coordenadores 1%
Técnicos Séniores -6%

Técnicos -1%
Administrativos 12%
O Oceanário integra nos seus quadros
pessoa com deficiência mental

Na sequência do protocolo de colaboração com a Escola de Produção e Formação


Profissional da LPDM — Liga Portuguesa de Deficientes Mentais, o Oceanário integrou

Relatório de Sustentabilidade 2008


nos quadros permanentes da Empresa, um jovem com deficiência mental, que vinha já a
colaborar com o Oceanário há alguns meses em regime de voluntariado.

QUALIFICAÇÃO

Cerca de 61% dos recursos humanos tem formação superior ao nível de bacharelato e
licenciatura. Salienta-se, também, a existência de colaboradores com o grau de mestrado 113
e de colaboradores em fase de doutoramento.

Habilitações Académicas
166

81

31
11

ENSINO ENSINO ENSINO SUPERIOR ENSINO SUPERIOR


BÁSICO SECUNDÁRIO POLITÉCNICO UNIVERSITÁRIO

Áreas de Formação Académica

Marketing e Geografia
Comunicação 3% Ambiente
3% 4%
Direito
4%

Engenharia Economia
22% / Gestão
10%

Biologia
11%

Arquitectura
18%

Outros 25%
Relativamente à Parque EXPO e no que diz respeito às áreas de formação, existe uma
grande diversidade de competências. Destaca-se a formação em Arquitectura, Engenha-
ria e Gestão. No Oceanário, a formação de base mais representativa corresponde à área
da Biologia.

Relatório de Sustentabilidade 2008


RELAÇÕES LABORAIS

O nível de antiguidade dos colaboradores tem vindo a aumentar, verificando-se uma


maioria de colaboradores com nível de antiguidade entre os seis e os dez anos.

Nº Colaboradores por nível de antiguidade


114

Mais de 15 anos

Entre 11 e 15 anos

Entre 6 e 10 anos

Entre 2 e 5 anos

Entre 1 e 2 anos

Até 1 ano

2006 2007 2008

Prosseguindo-se a adequação dos perfis profissionais às actividades de concepção e


gestão de projectos, em 2008, cessaram funções no Grupo 75 colaboradores, tendo sido
admitidos 80.

Relativamente à Parque EXPO, 50% das saídas ocorridas ao longo de 2008 justificam-se
com a transição dos colaboradores para a nova Sociedade — Parque Expo — Gestão
Urbana do Parque das Nações, considerando-se ainda 19% de saídas por caducidade
dos contratos de trabalho, consequência da conclusão de projectos específicos, sendo
as restantes resultado de mútuos acordos, termo de requisições e cedências dentro do
Grupo.
Relativamente às admissões da Parque EXPO, durante 2008, registaram-se 28 entradas
de colaboradores, das quais 82% expressaram um reforço das equipas de Prospecção e
Concepção e de Gestão de Projectos.

Fruto da filosofia do Grupo relativamente ao tipo de horário a cumprir pelos seus colabo-
radores, continua-se a privilegiar o regime de isenção de horário de trabalho. O número

Relatório de Sustentabilidade 2008


de colaboradores com isenção de horário correspondia, no final de 2008, a 76% do total
dos recursos humanos do Grupo.

Nº Colaboradores por tipo de horário

115

ISENÇÃO DE HORÁRIO DE TRABALHO

HORÁRIO NORMAL FIXO

Em 2008, as principais causas do absentismo dos colaboradores estiveram relacionadas


com o usufruto de licenças de maternidade/paternidade (51%) e por doença (38%).

SEGURANÇA

A segurança continua a constituir uma área de especial importância para o Grupo


Parque EXPO.

O conjunto das empresas do Grupo é responsável pelo desenvolvimento de actividades


muito variadas, caracterizadas por graus de perigosidade igualmente variados. O ano de
2008 ficou marcado pela realização do primeiro exercício de evacuação do Edifício Sede
da Parque EXPO, em que se considerou ter sido muito positiva a actuação das equipas
de evacuação e da generalidade dos colaboradores da Parque EXPO, assim como de
eventuais visitantes que se encontravam na Parque EXPO no momento. De referir ainda
que a evacuação teve a duração de 14 minutos.

Neste âmbito, foi previamente leccionada formação aos colaboradores que integram as
equipas de intervenção e de evacuação do Plano de Emergência Interno.
O número de acidentes de trabalho e os inerentes dias perdidos de trabalho encontram-
se representados no gráfico seguinte. Note-se que, em termos de número de acidentes
de trabalho, o ano de 2008 apresentou uma diminuição de 70%.

Nº de Acidentes de Trabalho / Dias de Trabalho Perdidos

Relatório de Sustentabilidade 2008


111 142

53
Nº Acidentes

16 23 7 Dias de Trabalho Perdidos

2006 2007 2008

116

SAÚDE E BEM-ESTAR

A saúde dos seus colaboradores constitui um factor de particular importância. Reflexo


dessa preocupação, realça-se o facto de o Grupo Parque EXPO dispor de um posto
médico próprio e oferecer aos seus colaboradores consultas semanais de medicina no
trabalho e medicina preventiva.

Actividade de Medicina de Trabalho


905

539

353
221

131
94
32 35
17

Exames periódicos Exames ocasionais Exames de admissão

2006 2007 2008


O número de exames médicos realizados em 2008 foi, em média, de oito por colabora-
dor, aliás bastante superior ao de 2007. O Grupo Parque EXPO mantém com a Adminis-
tração Regional de Saúde o acordo que lhe permite oferecer aos seus colaboradores um
sistema de acompanhamento médico devidamente homologado.

A todos os colaboradores efectivos do Grupo Parque EXPO é garantido um seguro de

Relatório de Sustentabilidade 2008


saúde que abrange, além do próprio colaborador, o respectivo agregado familiar. Os
colaboradores efectivos dispõem ainda de um seguro de vida com cobertura de morte e
invalidez permanente ou temporária. No ano de 2008 os custos de seguros cifraram-se
em 252 mil euros.

Como resultado da preocupação sobre a saúde dos colaboradores, o Grupo Parque


EXPO despende anualmente uma verba significativa na prevenção de doenças e aciden-
tes profissionais. Assim, em 2008, o total de encargos com medicina do trabalho foi de
20 mil euros.
117

Encargos com Medicina do Trabalho

30.038,00

20.400,00
18.855,00

valores em euros

Massagens ao final do dia

Procurando contribuir para uma melhor qualidade de vida e saúde, o Grupo Parque EXPO
oferece aos seus colaboradores um programa gratuito de massagens, que proporciona
momentos de descontracção, disponível a todos os colaboradores, depois de um dia de
trabalho intenso e exigente.
Fruta para começar bem a semana

A pensar na saúde e bem-estar dos seus colaboradores e de forma a incentivar a


adopção de hábitos de vida saudável, a Parque EXPO criou uma iniciativa inovadora,
oferecendo cestos de fruta fresca que permite proporcionar um lanche saudável, nutriti-

Relatório de Sustentabilidade 2008


vo e energético a meio do dia de trabalho, todas as semanas, às segundas-feiras, para
todos os colaboradores.

Parque EXPO Sport Club

Com o objectivo de valorizar as relações existentes entre os colaboradores, de fomentar o


espírito de equipa e de promover a saúde e bem-estar de todos, o Grupo Parque EXPO,
no âmbito das suas políticas de Responsabilidade Social, iniciou a partir de 1 de Janeiro
de 2008 o seu apoio à prática desportivados seus colaboradores.
118
Assim, o Parque EXPO Sport Club, nascido da iniciativa de um grupo colaboradores,  é
agora reconhecido e patrocinado pelo Grupo Parque EXPO, que suporta os custos
inerentes às actividades desportivas.

DESENVOLVIMENTO DE COMPETÊNCIAS

A formação é parte integrante da política de recursos humanos do Grupo Parque EXPO e


tem como principal objectivo a constante actualização profissional por parte de todos os
colaboradores, bem como a aprendizagem de novos processos de trabalho, por forma
a permitir a melhoria contínua da qualidade do trabalho e a aquisição das competências
necessárias para exercer tarefas mais qualificadas e exigentes.

Em 2008, foram leccionadas 8045 horas de formação, correspondendo a uma média


de 27,9 horas de formação por colaborador. Este indicador tem registado uma evolução
crescente ao longo dos últimos anos, nomeadamente no que respeita ao número de
horas de formação leccionadas. De facto, verificou-se um incremento de cerca de 50%,
relativamente a 2007.
Formação Profissional

8045
Total Horas

Relatório de Sustentabilidade 2008


5364

4412
Nº Participantes

988

895

1111

119

Os custos com formação no último triénio apresentam-se no quadro seguinte, salientan-


do o incremento de investimento efectuado em 2008:

Custos com Formação

71.375

54.553

36.569

valores em euros
Plano de Formação

Do Plano de Formação do Grupo Parque EXPO fazem parte quatro grandes áreas, que se
descrevem de seguida.

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Formação no âmbito do conhecimento dos princípios — Formação interna ou externa
cujos objectivos principais passam por aprofundar o nível de conhecimentos científicos
e tecnológicos, nos domínios da Caracterização do Território, de Estratégias de actua-
ção e modelos de intervenção e pela formação em Ferramentas Operacionais, nomea-
damente, em gestão de projectos através da Certificação Internacional.

–– Formação no âmbito das novas tecnologias e/ou novas disposições legais — Forma-
ção externa orientada para a actualização do nível de conhecimentos técnicos e
acompanhamento das alterações ambientais, técnicas e tecnológicas, através da
adaptação dos comportamentos às novas condições.
120

–– Formação em desenvolvimento pessoal — Formação externa potenciadora do desen-


volvimento de capacidades de natureza pessoal, social e relacional, a par da aquisição
de competências técnicas exigidas; participação em acções de carácter nacional e/ou
internacional, que permitam a actualização e transferência do conhecimento.

–– Formação de carácter geral — Formação que abrange todos os colaboradores do


Grupo no âmbito da formação obrigatória prevista na Lei. Dela fazem parte matérias
relevantes para o cumprimento dos objectivos propostos, designadamente sistema de
gestão de qualidade, estratégia da empresa e sistemas/processos internos.
Apresentam-se, de seguida, algumas acções de formação relevantes que integraram, em
2008, o plano de formação do Grupo Parque EXPO.

ACÇÃO DE FORMAÇÃO PARTICIPANTES


Fórum Mundial de Alta Performance Administração

Relatório de Sustentabilidade 2008


Gestão de Projectos
Pmp Best Practitioner Program Level 3
Introdução À Gestão De Projectos Quadros Superiores, Quadros e Técnicos
Ms Project – Operação
Gestão De Riscos Em Projectos
11th International Conference Cities And Ports Quadros Superiores
Avaliação Ambiental Estratégica Quadros e Técnicos
Dialogo Social e Igualdade Nas Empresas Quadros e Técnicos
Línguas – Inglês / Francês Quadros, Técnicos e Administrativos
121
Actualização Microsoft Office 2003 Para 2007 Todos Colaboradores
Novo Código da Contratação Pública Quadros, Técnicos e Administrativos
Pós Graduação em Informações e Segurança Quadros Técnicos
Management Of Urban Changes Measuring And Performing Quadros Técnicos
Curso Básico Socorrismo
Plano de Emergência Interno
2008 IAAAM Conference
2ª Jornadas de Facility Management
AIZA - Zoomarine - Junta Directiva; Educação; Veterinária
Communicating Climate Change and the Oceans Summit
First Seadragon Husb. Symposium Técnicos e Biólogos
III Congresso da Ordem dos Biólogos
RAW 2008
IAC - 7th Intern. Aquariun Congress
Estágios em Instituições Internacionais
Assertividade e Comunicação
Organização Gestão do Tempo
Liderança, Gestão e Motivação de Equipas
Avaliação do Impacte da Formação

O impacte que as diferentes acções de formação têm no desempenho dos colaboradores


é avaliado internamente, através da utilização do indicador “Impacte da Formação”.
O acompanhamento do desempenho deste indicador encontra-se integrado no sistema

Relatório de Sustentabilidade 2008


de gestão da qualidade da Parque EXPO. Os resultados alcançados em 2008 foram
bastantes positivos, tendo registado um valor médio acumulado de 51 pontos, face à
meta inicialmente prevista de 40 pontos.

GESTÃO DE CARREIRAS

O Grupo Parque EXPO conta nos seus quadros com um amplo conjunto pluridisciplinar
de profissionais experientes, detentores de todas as competências e valências necessá- 122
rias ao desenvolvimento integrado dos projectos que concebe e das intervenções que
gere, alavancando, por via da constituição de equipas de projecto, o capital humano
individual de cada um, na certeza de que o todo é, assim, maior que a soma dos contri-
butos de cada um.

O Grupo Parque EXPO proporciona as condições de trabalho adequadas a cada colabo-


rador, promovendo a sua formação e progressão na carreira, apoiando a mobilidade e
diversidade de experiências profissionais e fomentando o desenvolvimento de aptidões/
interesses pessoais, de modo a maximizar, por via do seu activo humano, a competência
e qualidade que confere aos projectos em que se envolve.

Neste âmbito, ao longo de 2008, foram promovidos no Grupo 60 colaboradores, incluin-


do reclassificações de categoria e alterações das condições salariais.

De forma a acompanhar e gerir a carreira dos seus colaboradores, a Parque EXPO dispõe
dos seguintes instrumentos:

–– Manual de Funções — Encontram-se descritas neste documento as funções atribuídas


a todas as unidades organizativas, bem como os requisitos necessários para o desem-
penho de cada função.

–– Espaço Formação — Desenvolvido na Intranet do Grupo, o Espaço Formação tem


como principais objectivos:

i. Manter actualizada a base de dados de conteúdos de formação, disponível a


todos os colaboradores;
ii. Informar diariamente todos os colaboradores das Acções de Formação/Seminá-
rios externos, com impacte na actividade da Empresa;

iii. Divulgar o Plano Anual de Formação, bem como os indicadores que monitorizam
o Processo de Formação.

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Sistema de Avaliação e Desenvolvimento — Este instrumento de gestão orienta todos
os colaboradores para a partilha dos objectivos da Empresa, promovendo um sistema
de comunicação interactivo. Este sistema tem como objectivos:

i. Harmonizar os objectivos individuais com os objectivos empresariais;


ii. Melhorar a comunicação entre chefias e colaboradores;
iii. Assegurar um balanço periódico da actividade, que proporcione adequado
feedback ao colaborador;
iv. Proporcionar um diálogo aprofundado sobre o modo de funcionamento mais 123

ajustado à consecução dos objectivos;


v. Determinar as necessidades de formação, visando a elaboração de um plano de
formação que integra necessidades individuais e organizacionais.

Faz parte dos objectivos definidos no âmbito do sistema de gestão da qualidade da


Parque EXPO a fixação de uma meta para a média global de avaliação de desempenho,
a atingir pelo conjunto dos colaboradores. Definiu-se como objectivo para 2008 que a
aplicação deste sistema resultasse numa média global da Empresa igual ou superior a
3,5, considerando uma escala de 1 a 5.

COMUNICAÇÃO E ENVOLVIMENTO

Programa de Acolhimento de Novos Colaboradores

Os colaboradores recém-admitidos são integrados em programas de acolhimento, cujo


principal objectivo é o de transmitir uma mensagem de boas vindas, que facilite uma
rápida integração. Estes programas, com a duração de dois dias, incluem a apresentação
de todas as áreas das empresas do Grupo, seguida de um almoço de acolhimento e uma
visita ao Parque das Nações.

Em 2008, realizaram-se três programas de acolhimento com a participação de cerca de


31 novos colaboradores
Encontro de Quadros

Com o objectivo de desenvolver o espírito


de equipa, e procurando promover as boas
relações entre as pessoas e o trabalho em

Relatório de Sustentabilidade 2008


conjunto, em 2008 a Parque EXPO realizou
duas reuniões de Direcção, onde participaram
todos os colaboradores das respectivas áreas.
As reuniões decorreram num hotel perto de
Lisboa, num conceito articulado de trabalho
e actividades lúdicas, onde participaram 106
colaboradores.

124
Reunião de colaboradores da Direcção
de Gestão de Projectos

Programa de Estágios

Procurando estabelecer laços de ligação com as universidades, fomentando a ponte


entre o meio académico e o mundo empresarial, o Grupo Parque EXPO promove, periodi-
camente, a integração de jovens estagiários nas suas empresas. O Programa de Estágios
visa fundamentalmente:

–– Integrar jovens licenciados no mercado de trabalho, complementando uma qualificação


preexistente, através de uma formação prática a decorrer em contexto laboral;

–– Possibilitar uma maior articulação entre a saída do sistema educativo/formativo e o


contacto com o mundo do trabalho;

–– Permitir um aumento de produtividade e eficiência a curto/médio prazo no Grupo,


através de jovens portadores de uma nova dinâmica, cultura e motivação.

Alguns dos actuais jovens quadros do Grupo Parque EXPO iniciaram o seu contacto com
a Empresa através da participação em programas de estágio.
Estágios e Trabalhos Académicos no Oceanário

Relativamente aos estágios e trabalhos académicos desenvolvidos especificamente no


Oceanário, salientam-se os seguintes dados:

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– 13 Estagiários, provenientes de instituições académicas, nos departamentos de Biolo-
gia (12) e Educação (1);

–– 1 Estagiária no Departamento Comercial;

–– 1 Estagiário do Aquário The Deep U.K.;

–– 2 Estagiários do Zoomarine;

–– 4 Trabalhos de cadeira na área da Biologia;


125

–– Colaboração numa tese de Mestrado sobre a reprodução sexuada de corais ex-situ no


âmbito do projecto SECORE.

APOIOS E BENEFÍCIOS

Bolsas de Estudo

O programa “Bolsas de Estudo” tem como objectivo primordial proporcionar aos colabo-
radores do Grupo Parque EXPO a possibilidade de adquirirem ou reforçarem competên-
cias nas respectivas áreas de desempenho profissional. Para tal, é atribuída, no âmbito
do programa, uma comparticipação financeira de apoio à inscrição e/ou frequência de
cursos de valorização académica e profissional.

Tendo em conta as várias candidaturas apresentadas por colaboradores interessados na


frequência de cursos universitários, o Grupo Parque EXPO atribuiu, em 2008, sete Bolsas
de Estudo, que integraram desde a formação profissional até à realização de licenciatu-
ras, pós-graduações e mestrados.
Subsídio a famílias numerosas

No âmbito das políticas de responsabilidade social, o Grupo Parque EXPO instituiu a


atribuição de um subsídio destinado aos colaboradores com famílias numerosas. Este
subsídio é atribuído mensalmente a todos os colaboradores com mais de dois filhos e

Relatório de Sustentabilidade 2008


com salário inferior ao salário médio praticado no Grupo.

:
Apoio para creche para os filhos dos colaboradores
do Oceanário

De forma a compatibilizar a vida pessoal com a vida profissional dos colaboradores do


Oceanário, procurando proporcionar um mais fácil acesso dos seus filhos a uma creche
de qualidade e próxima do local de trabalho, foram criadas condições especiais, estabele-
cendo-se uma parceria com colégio no Parque das Nações e instituindo-se a concessão
126
de apoios financeiros aos colaboradores com menores salários.

Benefícios

O Grupo Parque EXPO assegura aos seus colaboradores um conjunto de benefícios, dos
quais se destacam:

–– Distribuição de presentes de Natal aos filhos dos colaboradores;

–– Protocolo de acordo com entidades financeiras, permitindo aos colaboradores usufruí-


rem de condições mais vantajosas no crédito à habitação;

–– Protocolo de Acordo com Ginásios e Spa, permitindo a obtenção de condições de


acesso mais vantajosas;

–– Protocolo de acordo com agências de viagens, permitindo a obtenção de viagens e


pacotes turísticos com descontos e condições de pagamento idênticas às da organi-
zação.
:13
GESTÃO AMBIENTAL

Relatório de Sustentabilidade 2008


127
GESTÃO AMBIENTAL

O respeito pelo ambiente é um aspecto essencial da visão e política de todas as empre-


sas do Grupo Parque EXPO. Reconhecendo a dimensão e influência da sua actividade
em matéria ambiental, o Grupo Parque EXPO assume um compromisso de actuação
responsável, procurando permanentemente a minimização dos impactes ambientais,
directos e indirectos da sua actividade. Esta preocupação encontra-se interiorizada nos

Relatório de Sustentabilidade 2008


processos de gestão, através da implementação de procedimentos específicos para os
vários descritores ambientais, cumprimento de requisitos legais, avaliação regular do
desempenho ambiental e promoção, junto de todas as partes interessadas, dos valores e

:13
princípios ambientais.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DO OCEANÁRIO


128

O Oceanário possui, desde 2003, um Sistema de Gestão Ambiental implementado e


certificado no âmbito da norma NP EN ISO 14001, estando o mesmo integrado no
seu Sistema de Gestão da Qualidade, o que permite que os vários requisitos ambien-
tais estejam incorporados nos vários processos. Tal permite uma abordagem integra-
da e sistematizada da gestão, a partir da qual é fixado o cumprimento de objectivos
e dos referenciais normativos de certificação, bem como a inovação e a melhoria do
desempenho.

Tanque Central do Oceanário


Este Sistema é aplicado às actividades de concepção e manutenção de exposições e
actividades recreativas, educativas e comerciais associadas.

O Sistema de Gestão Ambiental encontra-se igualmente verificado de acordo com o


Registo EMAS — Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria. O Sistema EMAS
constitui-se como um veículo essencial da comunicação dos compromissos da Empresa

Relatório de Sustentabilidade 2008


com a comunidade, no que respeita à ecoeficiência da gestão, à prevenção da poluição e
à utilização racional dos recursos naturais.

SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL EM FASE DE


IMPLEMENTAÇÃO NA PARQUE EXPO

Na Parque EXPO encontra-se em fase de implementação um Sistema de Gestão Ambien- 129


tal (SGA), cuja certificação será enquadrada no âmbito da “Prospecção, Concepção e
Gestão de Projectos de Renovação Urbana e Requalificação Ambiental”.

A importância deste sistema evidenciar-se-á no próprio desempenho ambiental das várias


actividades desenvolvidas pela Empresa. Este objectivo determinou a constituição de um
Grupo de Trabalho multidisciplinar, a fim de assegurar o estabelecimento, a implementa-
ção e a posterior manutenção do SGA, o qual já permitiu concluir o respectivo diagnósti-
co ambiental.

As próximas etapas serão dirigidas à adequada concretização do SGA, nomeadamen-


te na identificação e planeamento das operações que se encontram associadas aos
aspectos ambientais identificados. Para tanto, as várias Direcções da Parque EXPO
serão envolvidas neste processo, colaborando na definição dos respectivos controlos
operacionais.

GESTÃO ECOEFICIENTE

O Grupo Parque EXPO tem vindo a conceber e a investir em equipamentos e soluções


técnicas destinados a reduzir o impacte ambiental das suas actividades. O ano de 2008
pautou-se pela racionalização e estabilização dos seus consumos de água e energia,
resultado de uma manutenção rigorosa dos equipamentos, dos investimentos realizados
ao longo dos últimos anos e do esforço dos colaboradores da empresa. Segue-se a
apresentação dos indicadores referentes a cada descritor ambiental.
Energia

Apesar da inclusão das novas actividades da Marina do Parque das Nações e Blueticket
na esfera no Grupo Parque EXPO, em 2008, devido à manutenção rigorosa dos equipa-
mentos e à operação mais cuidada das instalações, de forma optimizar o seu funcio-

Relatório de Sustentabilidade 2008


namento, foi possível mais uma vez reduzir os consumos de energia. O total de energia
consumida nas instalações do Grupo Parque EXPO registou em 2008 uma redução
global de 5% face ao ano anterior, totalizando 23.402 MWh.

A evolução dos consumos nos últimos três anos reflecte as políticas e as medidas imple-
mentadas com vista à racionalização dos consumos e a uma melhor eficiência na gestão
dos recursos naturais. Os resultados alcançados demonstram uma redução progressiva
contínua, com níveis de consumo energético em 2008, 7% inferiores aos registados em
2006.

130

Consumo de energia (MWh)

25.105
24.632 23.402

2006 2007 2008

A redução global de 5%, face a 2007, resulta essencialmente das reduções conseguidas
no Oceanário, no Pavilhão Atlântico e nas actividades de gestão urbana do Parque das
Nações, que o Grupo Parque EXPO assegura por conta das Câmaras Municipais de
Lisboa e Loures. A política de gestão eficiente dos recursos permitiu alcançar a evolução
decrescente do consumo de energia apresentada no gráfico seguinte.
Consumo de energia (MWh)

14.104
12.919 12.723

10.046

Relatório de Sustentabilidade 2008


7.248
6.021

4.629
3.745
3.220

Oceanário Atlântico Gestão Urbana


131
2006 2007 2008

A análise dos consumos de energia deve, contudo, ser ponderada de acordo com o nível
de actividade que lhes estão subjacentes. É importante, assim, considerar no caso do
Atlântico, o consumo de energia em função do número de dias de ocupação do Pavilhão,
no caso do Oceanário, em função do número de visitantes e, no caso dos escritórios da
Parque EXPO, em função do número de colaboradores ao serviço.

Consumo de energia Parque EXPO Consumo de energia Oceanário Consumo de energia Atlântico
por colaborador (Mwh) por visitante (Mwh) por dia de ocupação (Mwh)

5,5 10,1 10,2


0,015
3,5 3,7 0,012 0,012 5,8

2006 2007 2008 2006 2007 2008 2006 2007 2008

O aumento do consumo de energia por dia de ocupação registado em 2008 no Pavilhão


Atlântico, face ao ano anterior, fica a dever-se a uma ocupação excepcionalmente elevada
ocorrida em 2007, resultante da presença da Presidência Portuguesa do Conselho da
União Europeia durante todo o segundo semestre do ano, tendo gerado um nível de
consumo diário bastante abaixo dos verificados em 2006 e 2008. Os índices de energia
unitária dispendida nas instalações do Oceanário e da Parque EXPO, pelo contrário,
continuaram em 2008 a registar valores muito próximos do ano anterior, reforçando a
tendência decrescente conseguida nos últimos anos.

O consumo de energia eléctrica representa cerca de 65% do consumo de energia das


instalações do Grupo Parque EXPO. A energia consumida na forma de frio e calor é
produzida e distribuída, como acontece na maioria das instalações e edifícios do Parque

Relatório de Sustentabilidade 2008


das Nações, pela empresa Climaespaço. A Central de Cogeração, onde é produzida
a energia, possui uma elevada eficiência energética, utilizando como fonte de energia
primária o gás natural.

Consumo de energia (MWh)

15.777 16.006
15.292

132

6.863
6.346
5.993

2.465 2.280 2.118

2006 2007 2008

Electricidade Frio Calor

O Grupo Parque EXPO tem vindo a monitorizar, de forma sistemática, os consumos de


energia de cada uma das suas instalações, avaliando e implementando medidas de racio-
nalização de consumos. A adopção dessas medidas tem permitido registar as reduções
significativas nos consumos de energia.

Em 2008, e com vista à preparação da entrada em vigor de nova legislação nesta área,
deu-se início ao processo de levantamento e monitorização dos consumos energéticos,
de forma a desenvolver o processo de certificação energética e da qualidade do ar interior
dos vários edifícios do Grupo Parque EXPO.
Água

Reflectindo a política e as medidas de redução de consumos de água que têm vindo a


ser adoptadas, os consumos globais de água do Grupo Parque EXPO foram, em 2008,
de 124.494 m3. Apesar do aumento de consumo, resultante da entrada da Marina do

Relatório de Sustentabilidade 2008


Parque das Nações para o Grupo Parque EXPO, este valor representou uma redução de
5% face ao ano anterior e de 14% face a 2006.

Consumo de Água (L)

13.441 Marina do Parque das Nações

93.629 Gestão Urbana


88.420 133
65.818 Oceanário

Atlântico

30.436 28.204
26.724
Blueticket

16.333 11.521 13.168


4503 4999 3 861

2006 2007 2008

Esta redução anual foi conseguida, em grande parte, pela Gestão Urbana, que regis-
tou uma diminuição de 26% relativamente a 2007, através da aplicação de uma gestão
rigorosa e eficiente dos vários equipamentos que gere no Parque das Nações, nomeada-
mente alterações introduzidas no funcionamento das fontes e jogos de água e o facto de
a limpeza dos espaços públicos ter passado a ser realizada com recurso à reutilização da
água da rede de rega. A actividade de gestão urbana é a principal consumidora de água,
representando 53% do consumo global do Grupo Parque EXPO, seguida pelo Oceanário,
que é responsável por 23% do consumo.

No Oceanário, embora tenham sido aplicadas várias medidas para redução dos consu-
mos de água potável, registou-se em 2008 um aumento de 6%. Este acréscimo ficou a
dever-se a fugas na instalação, detectadas mais rapidamente do que no passado, mas
que, ainda assim, não permitiu reduzir a variação verificada. Foram entretanto introduzidas
novas metodologias para permitir no futuro reparações num prazo mais curto.
Em termos dos indicadores de consumo relativo ao nível de actividade, realça-se a
redução, face a 2007, de 10% do consumo por colaborador nas instalações da Parque
EXPO. O acréscimo do consumo de água por espectador no Atlântico é explicado pela
redução do número de espectadores ocorrida em 2008, que não foi possível acompanhar
com uma diminuição proporcional nos níveis de consumo.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Consumo de água 2006 2007 2008 Var. 07/08

Parque EXPO: m3/colaborador 23 23 21 -10%

Oceanário: m3/visitante 0,031 0,026 0,028 7%

Atlântico: m3/espectador 0,027 0,025 0,032 24%

Materiais
134
Apresentam-se de seguida os principais materiais consumidos em 2008, no decurso da
actividade do Grupo Parque EXPO e respectivas quantidades.

Sal Marinho

O sal consumido no Oceanário é utilizado para a produção de água salgada, que abaste-
ce os vários aquários. Todos os aquários e respectivos sistemas de suporte de vida
funcionam em circuito fechado, não se efectuando trocas entre o sistema e o ambiente.
O sal marinho utilizado no Oceanário é isento de substâncias tóxicas e, na sua fórmula,
contém todos os sais e oligoelementos presentes na água do mar, garantindo, assim,
uma qualidade superior da água onde habitam os animais, essencial ao seu bem-estar.

Consumo de Sal (Ton)


189
181

170
161

2005 2006 2007 2008


Papel

O Grupo Parque EXPO tem desenvolvido medidas internas que visam reduzir o consu-
mo de papel. É de salientar, neste contexto, a crescente utilização de suportes digitais,
a gestão electrónica de documentos internos e a implementação de um sistema de

Relatório de Sustentabilidade 2008


emissão de facturação electrónica.
Os resultados directos destas medidas contribuíram para uma redução em 2008 de cerca
de 11% na quantidade de papel consumido, face ao ano anterior.
Note-se ainda que, a partir de 2008 o Oceanário passou a utilizar exclusivamente papel
reciclado.

Consumo de Papel (Ton)

29

24
23 135
20

2005 2006 2007 2008

Combustíveis

O impacte ambiental decorrente do transporte realizado no desenvolvimento das activida-


des do Grupo Parque EXPO traduz-se essencialmente através do consumo de combus-
tíveis, associado às viaturas de serviço da Empresa. Em 2008, foi consumido um total de
115.887 litros de combustível: 81% de gasóleo e 19% de gasolina.

Consumo de Combustível (L)

155.000
142.000 138.456
133.500
115.887

2004 2005 2006 2007 2008


Viaturas ecológicas

Tendo em vista a redução do impacte ambiental associado aos transportes e desloca-


ções, nomeadamente o consumo de combustíveis e das inerentes emissões de CO2,
o Grupo Parque EXPO adoptou em 2008 novas normas internas para a aquisição de

Relatório de Sustentabilidade 2008


viaturas, que incluem a aplicação dos seguintes critérios no momento da escolha de
novas viaturas:

– Privilegiar viaturas híbridas;

– Valorizar o reduzido consumo de combustível;

– Valorizar a reduzida emissão de dióxido de carbono.

Como resultado desta política, no final de 2008 faziam já parte da frota automóvel do
136
Grupo Parque EXPO seis viaturas híbridas.

Emissões, Efluentes e Resíduos

Resíduos

As várias instalações do Grupo Parque EXPO são servidas pelo Sistema Pneumático de
Recolha de Resíduos Sólidos Urbanos (RSU) instalado no Parque das Nações. Com a
utilização deste sistema, através do qual os resíduos são directamente encaminhados
para a central de recolha de resíduos, torna-se impossível quantificar os RSU produzidos.

Para além dos RSU, no caso do Oceanário e do Atlântico, são também produzidos outros
tipos de resíduos que são alvo de tratamento adequado. Os resíduos são separados
em zonas devidamente assinaladas e são agrupados segundo o seu tipo e destino final,
procedendo-se, depois, à sua recolha e envio para entidade licenciada para posterior
tratamento.
Apresenta-se, no quadro seguinte, os principais resíduos produzidos pelo Oceanário,
durante o ano de 2008.

Tipo de resíduo Código LER Quantidade (Toneladas)


Ácidos ou soluções ácidas 06 01 06 0,0100

Relatório de Sustentabilidade 2008


Sais e soluções contendo cianetos 06 03 11 0,3550
Sais e soluções contendo metais 06 03 13 1,0000

Metais 06 04 05 0,0100

Embalagens contaminadas 15 01 10 0,4900


Entulhos 17 01 07 1,0000
Metais ferrosos 17 04 05 0,0270
Subprodutos de origem animal 18 02 02 0,5773
Carvão activado usado 19 09 04 0,8660
Lampadas fluorescentes 20 01 21 0,0810 137
REE 20 01 35 0,0770
REE 20 01 36 0,3090
Madeiras 20 01 38 0,0470
Monstros 20 03 07 0,0800

Águas residuais

O sistema de drenagem das águas residuais, produzidas no desenvolvimento das


diversas actividades, é encaminhado para a rede pública de águas residuais. No caso
do Oceanário, todas as águas provenientes dos aquários, antes de serem lançadas nos
sistemas de águas residuais, são sujeitas a desinfecção através da ozonização.

Emissões de CO2

No Grupo Parque EXPO são geradas emissões directas com origem nos consumos de
combustível resultante da circulação das viaturas de frota e emissões indirectas através
do consumo de energia eléctrica e sob a forma de frio e calor, fornecida pela EDP e pela
Climaespaço, respectivamente.

O consumo de combustíveis realizado pelas viaturas ao serviço do Grupo Parque EXPO


gerou, em 2008, a emissão de 303 toneladas equivalentes de CO2.

O total de emissões directas e indirectas associadas ao consumo de energia e de


combustíveis do Grupo Parque EXPO fixou-se, assim, em 2008 em 9374 toneladas
equivalentes de CO2.
PROGRAMA DE GESTÃO AMBIENTAL
DO OCEANÁRIO PARA 2009

Ao longo dos últimos quatro anos a optimização dos sistemas de controlo do Oceanário

Relatório de Sustentabilidade 2008


revelou-se bastante eficaz, levando a reduções significativas nos consumos de recursos
naturais. Essa evolução chegou, no entanto, a um limite em que não é já possível conti-
nuar a registar reduções tão expressivas como se verificou no passado. Assim, face aos
objectivos optimistas definidos para 2008, no âmbito do Programa de Gestão Ambiental
do Oceanário, com vista à melhoria contínua da gestão dos impactes ambientais, conclui-
se que não foi possível atingir as metas definidas para o desempenho ambiental de 2008.

No que respeita à energia eléctrica, a diminuição conseguida de 0,7%, relativamente ao


ano anterior, ficou aquém do objectivo, uma vez que foi necessário aumentar a produção
autónoma de frio nos meses de Verão, o que se reflectiu na redução efectiva de energia 138
entálpica em 1,6%, relativamente a 2007. Por sua vez, o aumento de 4,5% no consumo
de água em 2008 ficou a dever-se à necessidade imprevista de aumentar a frequência
das contralavagens nos filtros do sistema de recuperação de água, entretanto resolvida
com a incorporação de um sistema de floculação. Registe-se, no âmbito do objectivo
de redução da emissão de gases para a atmosfera, a substituição de grande parte das
viaturas de frota por viaturas ambientalmente mais limpas — das sete viaturas existentes,
quatro são híbridas. Ao nível da divulgação de boas práticas ambientais a fornecedores,
foi dada continuidade, ao longo de 2008, às sessões de sensibilização, iniciadas já em
2006, às principais empresas fornecedoras de serviços, nomeadamente os prestadores
dos serviços de limpeza, de vigilância e de assistentes ao público.

Apresenta-se, de seguida, o resumo dos resultados da avaliação ao desempenho


ambiental face ao cumprimento das metas estabelecidas.
Objectivos Resultados
Redução do consumo de recursos naturais
Manter o consumo de água relativamente a 2007 < 50% Objectivos atingidos
Reduzir o consumo de energia eléctrica em 2% relativamente a 2007 < 50% Objectivos atingidos
Redução da emissão de gases para atmosfera

Relatório de Sustentabilidade 2008


Redução da emissão de CO2 para atmosfera Objectivos superados
(Substituição da frota por viaturas Híbridas)
Cumprimento da missão do Oceanário
Implementação de um Sistema de incentivo à investigação Objectivos superados
Aumento da credibilidade do Oceanário como parceiro formativo para < 50% Objectivos atingidos
temáticas da sustentabilidade dos oceanos (Acreditação DGERT)
Divulgar boas práticas de Gestão Ambiental a fornecedores
Sensibilização das partes interessadas 100% Objectivos atingidos
139

Para 2009, estão definidos novos objectivos, que constituem o Programa de Gestão
Ambiental do Oceanário.

Programa de Gestão Ambiental 2009


Objectivo 1 Contribuir para a manutenção da biodiversidade existente
Apoio a 4 projectos de conservação
Objectivo 2 Combater as causas da redução da biodiversidade
Campanha de utilização dos transportes públicos
Fomentar a mudança de comportamentos na sociedade
Objectivo 3 Gestão eco-eficiente do equipamento
Reduzir o consumo de água em 4% relativamente a 2008
Reduzir o consumo de energia eléctrica em 3% relativamente a 2008
Reduzir o consumo de energia térmica em 2% relativamente a 2008
Realizar a Certificação Energética dos Edifícios do Oceanário
GARANTIR A QUALIDADE AMBIENTAL
NO PARQUE DAS NAÇÕES

A Parque EXPO definiu uma estratégia de intervenção no domínio do ambiente que esteve

Relatório de Sustentabilidade 2008


presente nas várias fases de desenvolvimento do Parque das Nações, desde os estudos
prévios que deram origem ao Plano de Urbanização, até às diversas fases de execução
da obra. A estratégia adoptada teve como primeiro objectivo oferecer aos futuros utentes
do Parque das Nações um enquadramento urbanístico, paisagístico e ambiental, favorá-
veis ao reencontro com a natureza, nomeadamente na utilização de uma frente de rio
com cinco quilómetros de extensão.

De modo a garantir a continuidade de uma adequada qualidade ambiental no Parque das


Nações, a Parque Expo — Gestão Urbana continua a assegurar o cumprimento de um
Plano de Monitorização Ambiental para este território. O acompanhamento e o controlo 140
ambiental passam pela monitorização das seguintes componentes ambientais:

– Acústica do Ambiente;
– Qualidade da Água;
– Qualidade da Água de Descarga da Rede de Colectores Pluviais;
– Meteorologia;
– Acompanhamento Ambiental das Frentes de Obra;
– Monitorização do aterro sanitário de Beirolas;
– Qualidade do Ar.

Parque das Nações


APOIO A PROJECTOS DE CONSERVAÇÃO DA
BIODIVERSIDADE

No âmbito da missão de contribuir para a conservação dos oceanos, o Oceanário

Relatório de Sustentabilidade 2008


reforçou em 2008 o apoio a diversas instituições para o desenvolvimento de acções que
contribuam para a conservação das espécies. Nesse domínio destacam-se o apoio a
diversos projectos ex-situ e in-situ, dentro e fora do país, em associação com diversas
instituições nacionais e estrangeiras.

Protecção e gestão integrada de tartarugas marinhas em


Cabo Verde

O Oceanário de Lisboa renovou, em 2008, o seu apoio ao programa de preservação das 141
tartarugas marinhas de Cabo Verde. Em parceria com o Instituto Português de Apoio ao
Desenvolvimento, o Oceanário contribuiu com um financiamento de 10 mil euros para o
programa de educação e sensibilização da população cabo-verdiana para a protecção
das tartarugas marinhas que se encontram em risco de extinção.
Em Cabo Verde, as tartarugas marinhas têm uma importância cada vez mais reconheci-
da, quer na valorização da biodiversidade do arquipélago, quer no aproveitamento de um
potencial turístico ainda inexplorado, associado ao turtle-watching.

O programa é coordenado pela Universidade do Algarve e desenvolve trabalho de campo


na ilha de Santiago. A iniciativa tem dois objectivos fundamentais: desenvolver uma atitu-
de amigável e sustentável dos habitantes locais perante as tartarugas marinhas e aprofun-
dar o conhecimento sobre a ecologia e biologia da espécie. Para cumprir estas duas
metas, foram constituídas equipas de monitorização e vigilância dos habitats e criado um
centro de informação e educação ambiental.

Projecto de gestão integrada de tartarugas marinhas em Cabo-Verde


Lampreia-de-rio na bacia hidrográfica do rio Tejo

O projecto de investigação sobre a distribuição e estratégia de colonização da lampreia-


-de-rio na bacia hidrográfica do rio Tejo, que envolve o Departamento de Biologia da
Universidade de Évora, tem como objectivo principal aprofundar o conhecimento sobre

Relatório de Sustentabilidade 2008


a migração reprodutora de uma das espécies mais ameaçadas em Portugal, a lampreia-
-de-rio, e identificar os principais constrangimentos à sua sobrevivência na única bacia
hidrográfica onde foi confirmada a sua presença, a bacia do rio Tejo. O apoio a este
projecto iniciou-se com um financiamento de 10 mil euros, prevendo-se também uma
participação activa em trabalho de campo por parte de alguns colaboradores do Oceaná-
rio de Lisboa.

142

Projecto Lampreia-de-rio

Enguia Limpa

O Enguia Limpa é um projecto que pretende contribuir para a elaboração do plano de


gestão da enguia e para o esforço que está a ser feito a nível internacional na preser-
vação deste recurso europeu. Este estudo, desenvolvido em parceria com o Instituto
de Oceanografia da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, considera que
a quantificação do impacte causado pelo parasitismo e pela contaminação por metais
pesados nesta espécie, aspectos considerados importantes no declínio global da enguia-
europeia, é fundamental para o cumprimento do objectivo da sua conservação. A partici-
pação do Oceanário de Lisboa efectivou-se através da concessão de um apoio no valor
de 10 mil euros.

Projecto Enguia Limpa


Cavalos-marinhos na Ria Formosa

Promovido pela University of British


Columbia, Zoological Society of London
e Centro de Ciências do Mar da Universi-

Relatório de Sustentabilidade 2008


dade do Algarve, o projecto “Conserving
seahorses in the wild and captivity: the
influence of environment and movement”,
dedicado aos cavalos-marinhos, tem
como zona de estudo a lagoa da Ria
Formosa, no Algarve, e pretende analisar
as causas do declínio das populações
de duas espécies de cavalos-marinhos
existentes no local.
143

Projecto Cavalos Marinhos na Ria Formosa

Projecto MarGov

O projecto MarGov — Governância


Colaborativa de Áreas Marinhas Prote-
gidas, da Universidade Nova de Lisboa
(IMAR), pretende construir de forma
colaborativa, com os actores sociais
e institucionais, um Modelo de Gover-
nância para a co-gestão do Parque
Marinho Professor Luiz Saldanha (Serra
da Arrábida). Apoiado pela Fundação
Calouste Gulbenkian e pelo Oceanário
de Lisboa, o modelo de gestão partici-
pada para esta área marinha envolve as
comunidades locais, entidades públicas
e privadas e a comunidade científica,
com o objectivo de se tornar aplicável a
uma rede de áreas marinhas protegidas
(AMP) da costa continental portuguesa.

Projecto MarGov - Governância colaborativa


de áreas marinhas protegidas, Serra da Arrábida
Participação em Projectos de Conservação Internacionais

O Oceanário de Lisboa mantém igualmente a sua participação em diversos projectos de


conservação a nível europeu, nomeadamente o EUAC Coral ASP, em que faz parte do
grupo de coordenadores, e o projecto SECORE. É de realçar também a manutenção da
curadora do Oceanário de Lisboa como European Studbook Keeper, da espécie Taeniura

Relatório de Sustentabilidade 2008


lymma, e a participação no Mid-year FAITAG Meeting, que se realizou em Roterdão.

OCEANÁRIO COLABORA NA CAMPANHA


BANDEIRA AZUL

Tendo em comum a missão de divulgação e sensibilização ambiental no âmbito dos


144
:
oceanos, o Oceanário de Lisboa e a Campanha da Bandeira Azul uniram esforços para
contribuir para um planeta sustentável. O Oceanário concebeu e produziu o cartaz para
afixação em 189 praias e 16 marinas do país, durante o Verão de 2008. O cartaz contém
informação dedicada à Bandeira Azul, à problemática das alterações climáticas e, ainda, a
espécies marinhas características da nossa zona costeira.
DESENVOLVIMENTO SOCIAL

:14
DESENVOLVIMENTO SOCIAL

Nos últimos anos, a intervenção do Grupo Parque EXPO no quadro da responsabilidade


social empresarial evoluiu significativamente. Adoptando princípios de responsabilidade e
sustentabilidade, tem vindo a desenvolver uma política de envolvimento social e cidadania
empresarial, centrada na promoção de iniciativas sociais e parcerias com organizações
que prosseguem fins de valorização social, de apoio à saúde, à educação e à cultura,
reforçando, assim, a sua atitude ética e consciência social activa.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Tendo como missão a promoção da qualidade de vida urbana e o bem-estar geral, estes

:14
projectos enquadram-se naturalmente na missão da Empresa, que, numa perspectiva
integrada e de desenvolvimento sustentável, procuram contribuir para o equilíbrio social e
para a construção de um futuro melhor.

Desta forma, a política de responsabilidade social do Grupo Parque EXPO põe também
em prática as orientações estratégicas emanadas pelo Governo para o sector empresarial
do Estado, que prevêem que as empresas que integram o sector empresarial do Estado
146
devem ser socialmente responsáveis, prosseguindo na sua actuação objectivos sociais.

Fundação do Gil

A Fundação do Gil, criada em 1999, é uma iniciativa da Parque EXPO a que se associou
o Ministério do Trabalho e da Solidariedade. A missão principal da Fundação do Gil é
a de contribuir para o bem-estar, a valorização pessoal e a plena integração social das
crianças e dos jovens que, por razões de natureza social, se encontrem internados, por
períodos prolongados, em unidades hospitalares, prisionais ou outras. Para tal, a Funda-
ção promove acções de carácter cultural, educativo e social, enquadradas nos projectos
Casa do Gil, Unidades Móveis de Apoio ao Domicílio e Dia do Gil.

Fundação do Gil
Em 2008 foram acolhidas na Casa do Gil 14 crianças, tendo o Dia do Gil abrangido
10.000 crianças e 7.000 adultos, junto de 27 Hospitais. As Unidades Móveis de Apoio ao
Domicílio prestam apoio mensal a cerca de 50 famílias portuguesas. Além destes projec-
tos, a Fundação do Gil encontra-se à disposição dos 93 hospitais do país para, sempre
que solicitado, ajudar na reinserção social de crianças hospitalizadas em internamento
prolongado.

Relatório de Sustentabilidade 2008


A Parque EXPO, na qualidade de fundadora, apoia a Fundação do Gil através da atribui-
ção de um donativo anual, que em 2008 atingiu o valor de 50 mil euros. Além disso,
refira-se que as receitas do café que a Empresa disponibiliza aos seus colaboradores
revertem também a favor dos projectos da Fundação.

Natal Solidário
147
No âmbito das políticas de responsabilidade social, e tal como sucedeu em anos anterio-
res, o valor habitualmente previsto para a compra de presentes de Natal, para os colabo-
radores do Grupo Parque EXPO, foi encaminhado para a realização de uma acção de
apoio social.

Neste Natal todos os colaboradores foram convidados a participar numa tarde de


voluntariado, participando activamente na realização de uma Festa de Natal dedicada
a crianças e jovens com deficiência, que vivem nos centros de acolhimento das várias
instituições que compõem a rede Humanitas.

O programa contou com a recepção das crianças e jovens no Pavilhão Atlântico, sendo
seguido de um passeio pelo Parque das Nações, incluindo a visita ao Oceanário, e a
oferta de um Lanche de Natal. Pretendeu-se desta forma proporcionar um dia de festa,
cheio de experiências e descobertas.

Festa de Natal dedicada a pessoas com deficiência mental


Programa Escolhas — Projecto “Muda o Bairro”

O Programa Escolhas corresponde ao acervo das estratégias territoriais que propendem


a promover a inclusão social de crianças e jovens que vivem em contextos socioeconó-
micos de grande vulnerabilidade. Criado pelo Governo em 2001, o Programa Escolhas

Relatório de Sustentabilidade 2008


assumiu já uma dimensão bastante expressiva, quer no que toca ao número de projectos
envolvidos, quer no que respeita ao âmbito geográfico abrangido, nele confluindo a parti-
cipação de várias entidades da Administração Central (Ministério de Educação, Minis-
tério do Trabalho e da Solidariedade Social), de Entidades Municipais e o envolvimento
activo das organizações não governamentais locais. O Programa estrutura-se em quatro
grandes áreas estratégicas: Inclusão escolar e educação não formal; Formação profissio-
nal e empregabilidade; Participação cívica e comunitária; Inclusão digital.

O Projecto “Muda o Bairro”, promovido no âmbito das actividades do Programa Escolhas,


é um projecto de âmbito nacional, que pretende requalificar áreas públicas nos bairros
abrangidos pelo Programa Escolhas, procurando contribuir para a participação e 148
co-responsabilização activa dos jovens que neles residem. Trata-se de um concurso de
ideias dirigido aos jovens entre os 16 e os 24 anos, que deverão mobilizar um conjunto de
apoios para apresentar uma proposta de intervenção no seu bairro, ficando igualmente
responsáveis pela sua elaboração e execução. As dez candidaturas vencedoras recebem
um prémio de 2 mil euros para a realização da intervenção proposta.
A participação da Parque EXPO no projecto “Muda o Bairro” consistiu na:

–– Participação nas Sessões de Esclarecimento, através da realização de uma peque-


na apresentação/workshop de sensibilização sobre as temáticas de requalificação e
urbanismo, dirigida aos jovens que demonstraram interesse em participar no Projecto;

Projecto Muda o Bairro


–– Disponibilização de um gabinete de apoio on-line, através do qual as equipas podiam
colocar questões e obter conselhos e sugestões durante a fase de elaboração de
propostas de candidatura;
–– Participação de um representante da Parque EXPO no júri de selecção.

Tratou-se de uma iniciativa inovadora de envolvimento com a comunidade e de respon-

Relatório de Sustentabilidade 2008


sabilidade social directamente associada à área de actividade da Parque EXPO — reno-
vação urbana e de requalificação ambiental, incorporando os princípios da valorização
integrada das vertentes ambientais, socioculturais e económicas.

Centro Jovem Tabor

O Centro Jovem Tabor é uma instituição de acolhimento e apoio à reintegração social de


jovens, dos 12 aos 20 anos, provenientes de famílias desestruturadas ou disfuncionais.
Está integrado na rede de solidariedade social do distrito de Setúbal e desempenha um 149
importante papel na formação e na melhoria das competências socioeducativas de cerca
de 24 jovens. Na base da criação desta instituição está o objectivo da autonomização
destes jovens e da sua inserção na família, na comunidade e no mercado de trabalho.
A Parque EXPO continuou ao longo de 2008 a colaborar com o Centro Jovem Tabor,
disponibilizando os seus recursos no apoio à elaboração da concepção do projecto de
requalificação das instalações da residência de jovens.

Centro Jovem Tabor

Bolsa de Mérito Artístico para o melhor aluno


da Academia de Música de Lisboa

No âmbito da promoção cultural, procurando promover a excelência e premiar o talento


e o trabalho de jovens músicos nacionais, o Grupo Parque EXPO atribuiu, em 2008, um
donativo para a atribuição de Bolsa de Mérito Artístico, que pretende reconhecer o melhor
aluno da Academia de Música de Lisboa, escola de referência no ensino de instrumentos
de cordas em Portugal.

Na sequência da colaboração estabelecida, esteve presente no habitual almoço de Natal


um grupo de quatro alunos da Academia de Música de Lisboa, que actuaram para os
colaboradores do Grupo Parque EXPO.

Relatório de Sustentabilidade 2008


150

Atribuição de Bolsa ao melhor aluno da Academia de Música de Lisboa

Ajuda humanitária a Moçambique

O Grupo Parque EXPO associou-se à CIC


Portugal — Associação para a Cooperação,
Intercâmbio e Cultura, para ajudar crianças
moçambicanas. No final de Março, chegaram
ao país 6.700 kg de comida, roupas, material
escolar, brinquedos e medicamentos para aju-
dar as crianças de Moçambique.

A acção foi feita em conjunto com a Presidência


da República, e a ajuda foi distribuída através da
Congregação Salesiana, Paróquia de Santo An-
tónio de Polana, Orfanato 1.º de Maio e Lar de
S. Francisco Xavier, na Ilha de Moçambique. Os
Ministérios da Saúde e da Educação e Cultura
de Moçambique estiveram igualmente envolvi-
dos na operação.
Envio de ajuda humanitária para Moçambique
Iniciativas sociais no Parque das Nações

O apoio do Grupo Parque EXPO a iniciativas de carácter social passa também pelo con-
tributo à realização de eventos no Parque das Nações. Destacam-se os eventos que o
Grupo Parque EXPO apoiou em 2008:

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Corrida Terry Fox — Liga Portuguesa Contra o Cancro — 17 de Maio;
–– Lisboa Bike Tour — Instituto da Droga e Toxicodependência — 22 de Junho;
–– Fim de semana solidário Luta contra o Cancro da Mama — Associação de Mulheres
Mastectomizadas — 20 e 21 de Setembro;
–– Corrida Sempre Mulher — Associação Portuguesa de Apoio a Mulheres com Cancro
de Mama — 9 de Novembro;
–– Festival dos Oceanos — Turismo de Lisboa — 2 a 16 de Agosto;
151
–– Espectáculo Gímnico — Área Metropolitana de Lisboa — 28 de Setembro;
–– Mini Maratona de Portugal — Maratona Clube de Portugal — 28 de Setembro.

Eventos sociais no Parque das Nações

Além destes eventos, realizaram-se no Parque das Nações, com o apoio do Grupo
Parque EXPO, campanhas de divulgação e de angariação de donativos das seguintes
instituições:

–– Associação Sol;
–– Fundação Portuguesa de Cardiologia;
–– Instituto Português do Sangue, Unidade Móvel de Recolha de Sangue;
–– SPEA — Sociedade Portuguesa para o Estudo das Aves, ONGA;
–– Associação Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental;
–– Terra dos Sonhos;
–– Instituto de Apoio à Criança;

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Raríssimas;
–– Adexo — Rastreio e Sensibilização para o Problema da Obesidade;
–– Sociedade de Hipertensão.

Registos videográficos da Parque EXPO na Cinemateca

A Parque EXPO celebrou com a Cinemateca — Museu do Cinema um acordo para


depósito de todos os registos videográficos produzidos pela empresa no âmbito das suas 152
actividades.  

Estes materiais serão entregues ao Arquivo Nacional das Imagens em Movimento. O


ANIM é o departamento da Cinemateca Portuguesa através do qual esta realiza as suas
funções de salvaguarda e conservação do património cinematográfico ou, mais generi-
camente, das imagens em movimento. Ao ANIM cabe assim recolher, conservar, preser-
var, restaurar, catalogar todos os materiais e imagens em movimento produzidas pela
Parque EXPO.

Revista CAIS na Parque EXPO

Ao longo de 2008 a Revista Cais pôde ser adquirida na recepção do Edifício da Parque
EXPO, numa parceria entre a Associação Cais e a Parque EXPO.

A CAIS é uma Associação de Solidariedade Social sem fins lucrativos, que tem como
missão contribuir para o melhoramento global das condições de vida de pessoas sem lar,
social e economicamente vulneráveis, em situação de privação, exclusão e risco. Inspi-
rada na revista inglesa, The Big Issue, a Revista CAIS tem-se revelado uma estratégia
sociocultural de sucesso, nos processos de acompanhamento psicossocial e profissional
dos sem-abrigo, e de outras pessoas em risco. Através da venda da revista, os benefici-
ários do programa (vendedores) angariam parte do preço da revista, iniciando assim um
percurso que os devolva a um lugar na sociedade.

O conceito inicial deste programa, de venda de rua, evoluiu recentemente para a integra-
ção dos vendedores em locais de trabalho, num ambiente mais positivo, procurando
encetar uma integração no mercado de trabalho através do contacto mais personalizado
e profissional, da aquisição de rotinas e de diálogo com pessoas socialmente integradas.
O Grupo Parque EXPO, no âmbito das suas acções de responsabilidade social de apoio à
realização de iniciativas que visem a promoção do desenvolvimento humano e social, quis
associar-se a este novo projecto, recebendo nas suas instalações a visita mensal de um
vendedor da revista CAIS, beneficiário do programa.

Relatório de Sustentabilidade 2008


Dia da Criança com a Ajuda de Mãe

Para assinalar o Dia da Criança, o Oceanário de Lisboa proporcionou um dia diferente a


14 mães e respectivos bebés da Ajuda de Mãe, através de um Concerto para Bebés.
Ajuda de Mãe é uma Instituição Particular de Solidariedade Social, sem fins lucrativos,
fundada em 1991. Tem como objectivo apoiar mulheres grávidas e mães sós ou em
dificuldades, criando assim melhores condições para receberem e criarem os seus bebés.

Os Concertos para Bebés têm uma duração de 45 minutos. São desenvolvidos pelo 153
Departamento de Educação do Oceanário de Lisboa para crianças dos 0 aos 3 anos. Os
Concertos para Bebés são realizados por uma equipa de profissionais especializados nas
áreas de música, psicologia e educação. O seu principal objectivo é estimular a aptidão
musical dos bebés, despertando o interesse dos pais para a importância da arte musical
no desenvolvimento global da criança. Após os concertos, os participantes realizam uma
visita livre ao Oceanário.

Público especial nos espectáculos do Pavilhão Atlântico

A sublinhar a sua natureza pública, a Atlântico envolveu-se em várias iniciativas de


responsabilidade social, tendo distribuído mais de 200 convites a diversas instituições
nacionais, proporcionando a possibilidade de assistirem a alguns dos espectáculos que
tiveram lugar no Pavilhão Atlântico. Algumas das instituições beneficiárias foram:

–– Projecto Entrelaços, És capaz!;


–– Santa Casa da Misericórdia;
–– Projecto Associação Inês Botelho/IPO;
–– Fundação AFID Diferença;
–– Crinabel;
–– Abrigo Infantil de Santa Maria de Belém;
–– Associação para o Bem Estar Infantil de Vialonga;
–– CEBI — Fundação para o Desenvolvimento Comunitário de Alverca;
–– Casa da Encosta e Casa de Santo António.
Protocolos de âmbito social

Prosseguindo a sua política de responsabilidade social, o Oceanário proporciona, através


de protocolos celebrados com diversas entidades, descontos para que a visita ao Ocea-
nário e a transmissão da mensagem da nossa missão chegue a um número alargado de

Relatório de Sustentabilidade 2008


públicos, que de outra forma não nos visitariam.

Entre esses protocolos destacam-se os de âmbito social, como é o caso dos estabe-
lecidos com a ANMP, ANAFRE, Associação de Famílias Numerosas, Humanitas e suas
associadas, e Fundação do Gil; o protocolo para pessoas com necessidades especiais,
assinado com o Governo Civil de Lisboa; o protocolo com o Cartão-jovem, para facultar
o acesso dos jovens; e ainda o protocolo com associações de estudantes, que permite a
entrada a preço reduzido a portadores de cartão de estudante nacional ou internacional.

Visitantes do Oceanário no âmbito dos protocolos sociais


154

50.553

20.722

5040
2567

Estudantes Jovens Pessoas com Protocolos


Necessidades Âmbito Social
Especiais

Make-A-Wish

O Oceanário de Lisboa e a Fundação Realizar Um Desejo celebraram em Julho um pro-


tocolo que permitirá às crianças apoiadas pela fundação, que desejem conhecer um dos
maiores aquários da Europa, visitar gratuitamente o Oceanário.
Com esta iniciativa, o Oceanário e a Fundação Realizar Um Desejo, afiliada nacional da
rede internacional Make-A-Wish, pretendem ajudar a concretizar os desejos de crianças
entre os 3 e os 18 anos, com doenças graves, progressivas, degenerativas ou malignas,
proporcionando-lhes, assim como às respectivas famílias, um momento de alegria e
esperança.
A Make-A-Wish Internacional foi criada em 1980, nos EUA, depois de um rapaz chamado
Chris Greicius ter realizado por um dia o seu sonho: ser agente da polícia. Desde então, a
organização cresceu, está presente em cerca de 30 países, nos cinco continentes, com
cerca de 25 mil voluntários, tendo já sido concretizados mais de 187 mil desejos.

A iniciativa integra as acções de responsabilidade social do Oceanário de Lisboa, que

Relatório de Sustentabilidade 2008


procura participar de forma activa em projectos com fins de valorização social, especial-
mente aqueles destinados às crianças.

Apoios e donativos

O Grupo Parque EXPO tem pautado sempre a sua actividade com a concessão de
apoios e donativos a instituições de vária índole. O Grupo Parque EXPO apoiou, durante
o ano de 2008, um conjunto de instituições, entre as quais Instituições Particulares de
Solidariedade Social (IPSS), para além de grupos desportivos, culturais e recreativos, 155
associações humanitárias e outras entidades.

Os valores despendidos com donativos ascenderam, globalmente, a uma verba próxima


dos 65 mil euros. Destaca-se, no âmbito destes donativos, o apoio à Fundação do Gil, à
Meia Maratona de Lisboa (Maratona Clube de Portugal), à Academia de Música de Lisboa
e ao Festival Parque das Nações (Associação de Moradores e Comerciantes do Parque
das Nações).
:15
DESEMPENHO ECONÓMICO

Relatório de Sustentabilidade 2008


156
:
DESEMPENHO ECONÓMICO

A presente análise sobre o desempenho económico e financeiro sintetiza os resultados


obtidos e a situação patrimonial e financeira das várias empresas do Grupo Parque EXPO,
devendo, para uma análise mais detalhada, ser complementada com a leitura dos respec-
tivos Relatórios e Contas.

Relatório de Sustentabilidade 2008


:15 A Parque EXPO obteve, no exercício de 2008, um resultado líquido negativo no valor de
15.504 milhares de euros. Contribuiu significativamente para este resultado o impacte
negativo de 16.184 milhares de euros dos resultados financeiros, explicado pelo ainda
elevado nível de endividamento da Empresa, pelas perdas financeiras na sociedade
Marina do Parque das Nações e pela subida das taxas de juro médias registadas em
157
2008. Os juros suportados pela Parque EXPO em 2008 totalizaram 21.138 milhares de euros.

Os proveitos operacionais atingiram, em 2008, o montante de 25.785 milhares de euros,


sendo que 56% são respeitantes à rentabilização de activos e venda de terrenos no
Parque das Nações e 40% à prestação de serviços de concepção e gestão de projectos
de requalificação urbana. A redução de 28% face ao ano anterior teve origem na diminui-
ção da venda de terrenos e nas receitas geradas por edifícios, traduzindo o facto de o
projecto do Parque das Nações estar próximo da sua conclusão. Os proveitos decor-
rentes das actividades de concepção e gestão de projectos registaram um assinalável
aumento de 5,6 milhões de euros, traduzindo a aposta da Parque EXPO no seu core
business actual.

Os custos operacionais, excluindo os custos inerentes à alienação de terrenos, amortiza-


ções, ajustamentos e provisões, fixaram-se em 19.169 milhares de euros, tendo decres-
cido 16% face ao período homólogo do ano anterior, para o qual contribuiu a redução
dos custos com pessoal (-1.700 milhares de euros) e dos custos com fornecimentos e
serviços externos (-1.687 milhares de euros).

O EBITDA do exercício foi, assim, positivo em 2.002 milhares de euros. Este valor, 972
milhares de euros inferior ao de 2007, reflecte a redução do volume de negócios relacio-
nado com o Parque das Nações, mas é em parte compensado pela redução obtida nos
custos operacionais.

Os investimentos realizados, no montante de 107 milhares de euros, referem-se essen-


cialmente ao projecto de expansão do Oceanário e à aquisição de direitos de utilização
de software.
2006 2007 2008 Variação
07/08
Volume de Negócios 49.905 30.855 21.851 -29%
Fornecimentos e Serviços Externos 9811 9198 7511 -18%
Custos com Pessoal 13.131 11.486 9786 -15%

Relatório de Sustentabilidade 2008


Juros 17.559 16.410 21.138 29%
Pagamentos ao Estado 7965 6922 8173 18%
Donativos 90 91 80 -12%
Resultado Operacional 2403 -7987 -3086 -61%
EBITDA 5771 2974 2002 -33%
Resultado Líquido do Exercício 1164 -2877 -15.504 439%
Investimento 377 577 107 -81%
Endividamento bancário 327.397 292.930 238.911 -18% 158
valores em milhares de euros

Destaca-se, ainda, no desempenho económico de 2008 a significativa redução do


endividamento. O endividamento bancário da Parque EXPO tem diminuído de forma
progressiva e consistente desde 1998. Saliente-se que, nos exercícios de 2005 a 2008,
a dívida bancária registou uma diminuição superior a 230 milhões de euros. Em 2008, a
redução foi de 54 milhões de euros, correspondente a uma diminuição de 18% face ao
ano anterior.

Endividamento bancário

518
472
447

327 293
239

2003 2004 2005 2006 2007 2008


valores em milhões de euros

Refira-se que, na Assembleia-Geral realizada a 27 de Maio de 2008, o accionista Estado


propôs e votou favoravelmente o aumento do capital social para 107.067 milhares de
euros e imediata redução do mesmo para 32.642 milhares de euros, para cobertura de
perdas acumuladas. O aumento de capital permitiu a entrada de fundos no valor de 41
milhões de euros, utilizado na íntegra para amortização do passivo.
A Parque EXPO 98, S.A. assegurou de forma directa a gestão urbana do Parque das

Relatório de Sustentabilidade 2008


Nações até Julho de 2008, data em que esta actividade foi transferida para a Parque
Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A. Esta sociedade foi constituída pela
Parque EXPO 98, S.A. expressamente para gerir o Parque das Nações até ser encon-
trada com os municípios de Lisboa e Loures uma solução definitiva, que corresponda
idealmente à entrada dos Municípios no capital social da Parque Expo — Gestão Urbana,
o que materializaria a sociedade tripartida prevista há alguns anos.

Nesse contexto não foram apurados resultados no exercício de 2008. Os custos incorri-
dos e os proveitos realizados no ano foram diferidos, tendo sido directamente imputados
a cada um dos municípios.
159

De acordo com os critérios definidos, apuraram-se os seguintes valores, os quais foram


inscritos no Balanço na rubrica de “Outros Devedores e Credores”:

CM Lisboa CM Loures Total

Proveitos 770 340 1110

Custos 2137 635 2772

Resultado -1367 -295 -1662

valores em milhares de euros

No entanto, de forma a ilustrar o valor e a natureza dos resultados, caso tivessem sido
apurados, apresentam-se no quadro seguinte.

Lisboa Loures Total

Resultado Operacional -1373 -296 -1669

Resultado Financeiro 6 2 8

Resultado Extraordinário 0 0 0

Resultado Líquido do Exercício -1367 -295 -1662

valores em milhares de euros


O resultado líquido negativo no valor de 1.662 milhares de euros corresponde aos valores
a suportar pelas autarquias de Lisboa e de Loures, nos montantes de 1.367 e 295 milha-
res de euros, respectivamente.

Tendo em conta que a natureza da actividade pressupõe o seu suporte nas receitas fis-
cais geradas no território, é fundamental que, no curto prazo, as Autarquias restabeleçam

Relatório de Sustentabilidade 2008


o equilíbrio financeiro assumindo o défice de exploração com a gestão urbana do Parque
das Nações. Neste contexto, é do interesse das Autarquias de Lisboa e de Loures terem
representação no Conselho de Administração, mediante a entrada no capital social da
Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.

160

Tal como nos anos anteriores, a Oceanário de Lisboa, S.A. continuou em 2008 a registar
excelentes resultados económico-financeiros. Obteve em 2008 o seu melhor resultado
líquido de sempre, no valor de 1.300 milhares de euros. O volume de negócios atingiu
10.781 milhares de euros e em termos de afluência foi de novo ultrapassada a fasquia de
um milhão de visitantes anuais (1.019.684).

O crescimento de 545 milhares de euros, verificado nas receitas de bilheteira face ao ano
anterior, ficou a dever-se ao aumento do preço médio dos bilhetes em 0,31 euros, decor-
rente da actualização da tabela de preços realizada a 1 de Março de 2008 e ao acréscimo
do número de participantes nas actividades do Programa Educação. Registe-se também
o aumento de 12% verificado nas vendas da Loja. O volume de negócios registou, assim,
um valor 5% superior ao do ano anterior.

Os custos com pessoal e fornecimentos e serviços externos registaram também aumen-


tos, apresentando acréscimos de 224 e 371 milhares de euros, respectivamente, face aos
verificados no ano anterior.

Assim, o Oceanário gerou, em 2008, um cash flow operacional (EBITDA) de 2.096 milha-
res de euros, que, quando comparado com 2007, apresenta uma diminuição na ordem
de 105 mil euros (6%). O resultado líquido, no entanto, como referido, foi o maior de sem-
pre, tendo apresentado um aumento de 2% em comparação com o ano homólogo.

Os investimentos realizados ao longo de 2008 fixaram-se em 368 mil euros, dos quais se
destaca o investimento realizado na exposição temporária dedicada aos Monstros Mari-
nhos (155 mil euros) e o investimento técnico nas instalações e de suporte às operações
(163 mil euros).
2006 2007 2008 Variação
07/08
Nº Visitantes 966.578 1.037.750 1.019.684 -2%
Nº Participantes no Programa 42.233 45.803 52.244 14%
Educação

Relatório de Sustentabilidade 2008


Preço médio bilhete (em euros) 7,51 7,70 8,01 4%
Volume de Negócios 9298 10.237 10.781 5%
Fornecimentos e Serviços Externos 5633 5964 6335 6%
Custos com Pessoal 1859 1697 1922 13%
Juros 38 39 55 41%
Pagamentos ao Estado 668 669 709 6%
Donativos 0 10 58 473%
Resultado Operacional 1097 1738 1633 -6%
EBITDA 1405 2146 2096 -2% 161
Resultado Líquido do Exercício 832 1271 1300 2%
Investimento 723 741 368 -50%
valores em milhares de euros

O ano de 2008 da Atlântico, S.A. foi marcado pela retracção do mercado, sentida no
segundo semestre do ano. A redução de actividade, tanto no segmento dos espectácu-
los, como no dos eventos corporate, originou resultados que, embora positivos, ficaram
aquém dos registados no ano passado. Importa referir ainda que as reduções do número
de eventos e de dias de ocupação face ao ano anterior resultaram da ocupação extraor-
dinariamente elevada de 2007, pela realização durante todo o segundo semestre do ano
da Presidência do Conselho da União Europeia.

Os proveitos operacionais de 2008 ascenderam a 6.379 mil euros, o que correspondeu a


uma diminuição de 25% relativamente ao ano anterior. O resultado líquido situou-se nos
44 mil euros, tendo o volume de negócios atingido 5.821 milhares de euros.

Os resultados da Atlântico, S.A. em 2008, são ainda explicados pelo aumento dos custos
relativos a serviços de apoio a eventos, resultante da exigência específica de alguns even-
tos e da actualização dos custos unitários, no âmbito dos concursos públicos realizados
para um conjunto de serviços especializados, e pela incorporação, pela primeira vez em
2008, do efeito dos resultados da nova sociedade Blueticket, S.A., que apresentou no
primeiro ano de arranque um resultado líquido negativo de 40 milhares de euros.

Os investimentos realizados ao longo de 2008 atingiram 336 mil euros, dos quais cumpre
destacar: o investimento realizado na Sala do Tratado de Lisboa — obras de recuperação

Relatório de Sustentabilidade 2008


e adaptação e aquisição de mobiliário —, destinado ao lançamento deste novo espaço
para eventos, enriquecendo assim o leque de oferta; o investimento na reconfiguração da
teia técnica (grid) do Pavilhão Atlântico, intervenção que veio conferir maior flexibilidade e
segurança para receber eventos e espectáculos com elevado grau de exigência e com-
plexidade de produção.

2006 2007 2008 Variação


07/08
Nº de espectadores 603.358 454.092 418.001 -8%
Nº de dias de ocupação 318 802 403 -50% 162
Nº de Eventos 104 55 82 49%
Volume de Negócios 6848 7784 5821 -25%
Fornecimentos e Serviços 4693 4506 4596 2%
Externos
Custos com Pessoal 2122 2083 1478 -29%
Juros 60 82 36 -56%
Pagamentos ao Estado 1457 1732 1222 -29%
Donativos 2 1 1 4%
Resultado Operacional 507 1365 82 -94%
EBITDA 830 1754 195 -89%
Resultado Líquido do Exercício 343 913 44 -95%
Investimento 63 93 336 261%
valores em milhares de euros

Tendo iniciado a sua actividade em Agosto de 2008, a sociedade Blueticket — Serviços


de Bilhética, S.A. registou no exercício de 2008, com apenas cinco meses de actividade,
um resultado líquido negativo de 32 milhares de euros. O volume de negócios atingiu os
212 milhares, sendo que 70% desse valor correspondeu às receitas de intermediação na
venda de bilhetes para espectáculos e eventos e 25% à prestação de serviços de con-
cepção de soluções integradas de ticketing para clientes externos.
O investimento realizado, no montante de 49 milhares de euros, correspondeu à realiza-
ção de obras de adaptação e à dotação dos equipamentos necessários para a opera-
cionalização das novas instalações da sociedade, bem como à criação do novo website
com venda de bilhetes on-line.

Relatório de Sustentabilidade 2008


2008
Nº Bilhetes Vendidos 296.616
Nº Eventos 43
Volume de Negócios 212
Fornecimentos e Serviços Externos 210
Custos com Pessoal 51
Juros 3
Pagamentos ao Estado 10
Resultado Operacional -40
163
EBITDA -40
Resultado Líquido do Exercício -32
Investimento 49
valores em milhares de euros

A realização das obras de reoperacionalização da Marina motivou que, no exercício de


2008, a actividade operacional tenha sido diminuta. Os proveitos suplementares regis-
tados, no valor de 78 milhares de euros, são fundamentalmente devidos pelo débito ao
empreiteiro dos consumos incorridos com água e electricidade e ao aluguer de espaço
no Edifício Nau, para instalações fixas de operadores de radiotelefonia móvel. Os custos
suportados com fornecimentos e serviços externos encontram-se fundamentalmente
relacionados com o pagamento de postos de amarração de embarcações, que se en-
contram deslocalizados nas docas do Porto de Lisboa. Saliente-se que, na sequência de
decisão judicial de 1.ª Instância, a título de prudência, foi registada uma provisão no valor
de 1,8 milhões de euros para eventuais responsabilidades em sede de IRC, decorrentes
de processo em curso.
A Marina do Parque das Nações registou, assim, no exercício de 2008, um resultado líqui-
do negativo no valor de 2.245 milhares de euros.

2008
Receitas 78

Relatório de Sustentabilidade 2008


Fornecimento e Serviços Externos 247
Custos com Pessoal 232
Juros 24

:
Pagamentos ao Etado 91
Resultado Operacional -2231
EBITDA -410
Resultado Líquido do Exercício -2245
Investimento 7078
Endividamento 15.500 164
valores em milhares de euros

O Plano de Investimentos 2008/2009 prevê que seja dispendido um montante global de


15.154 milhares de euros, que se encontrava realizado no fim do exercício de 2008 em
cerca de 51%, com a seguinte discriminação:

Investimento no Porto de Recreio 2008


Obras da ponte-cais e bacia Sul 6363
Obras na bacia Norte 373
Estudos, projectos e fiscalização 227
Juros financiamento ao investimento 114
Total 7078
valores em milhares de euros

Para financiar o investimento a realizar, a Marina do Parque das Nações contraiu, em


Novembro de 2007, um empréstimo de longo prazo no valor de 14,5 milhões de euros,
tendo também recorrido a financiamento comunitário, através do Programa SIVETUR.
:16
PERFIL DO RELATÓRIO

Relatório de Sustentabilidade 2008


165
PERFIL DO RELATÓRIO

ÂMBITO E PERÍODO

Este Relatório refere-se à actividade desenvolvida durante o ano de 2008 pelas empresas
do Grupo Parque EXPO:

Relatório de Sustentabilidade 2008


–– Parque EXPO 98, S.A.

:16
–– Parque Expo — Gestão Urbana do Parque das Nações, S.A.

–– Oceanário de Lisboa, S.A.

–– Atlântico — Pavilhão Multiusos de Lisboa, S.A.

–– Blueticket — Serviços de Bilhética, S.A. 166

–– Marina do Parque das Nações — Sociedade Concessionária da Marina do Parque das


Nações, S.A.

Com uma periodicidade anual, este constitui o 3.º Relatório de Sustentabilidade do Grupo
Parque EXPO. Nele são apresentadas as linhas estratégicas e a avaliação do seu desem-
penho. São, pois, objecto deste relatório todas as áreas de negócio e as diferentes fases
de desenvolvimento dos projectos. Incluem-se, para efeitos de comparação e análise de
tendências, dados relativos aos três últimos anos.

APLICAÇÃO DAS DIRECTRIZES


DA GLOBAL REPORTING INITIATIVE

O Relatório de Sustentabilidade foi elaborado com base nas Directrizes da Global Repor-
ting Initiative (GRI G3), tendo-se adoptado, sempre que possível, os princípios, critérios e
recomendações constantes das mesmas.

A concordância com os requisitos da GRI pode avaliar-se através do índice constante no


final do Relatório.
NOTA METODOLÓGICA

A estrutura e os conteúdos deste relatório foram definidos com o objectivo de responder


às expectativas das principais partes interessadas destinatárias (clientes, colaboradores,

Relatório de Sustentabilidade 2008


fornecedores, parceiros, accionista e comunidade em geral). Os indicadores de desempe-
nho ambientais, económicos e sociais foram, assim, seleccionados procurando conciliar a
experiência da Grupo Parque EXPO e as directrizes GRI com essas expectativas.

O relatório foi elaborado com base em critérios de transparência, comparabilidade,


materialidade e flexibilidade, de forma a garantir o equilíbrio, a comparabilidade, o rigor e a
clareza da informação disponibilizada, assegurando a qualidade e a relevância dos temas
e indicadores que melhor reflectem os impactes da actividade do Grupo Parque EXPO na
sociedade em que se insere.

167
Na ausência de dados reais relativamente às emissões de CO2, originadas pelo consu-
mo de combustíveis associado à frota automóvel, os cálculos efectuados para a aferição
das emissões foram feitos com recurso à utilização de factores de conversão existentes
no “Greenhouse Gas Protocol” (www.ghgprotocol.org). No que se refere às emissões
provenientes da utilização de energia sob a forma de electricidade, frio e calor, o factor de
emissão utilizado foi o disponibilizado pela Climaespaço, entidade fornecedora da energia
de frio e calor. Estes factores de conversão transformam consumos de combustível e de
energia em emissões de CO2.

Relativamente aos consumos de energia e água do Edifício EXPO ’98 (sede da Parque
EXPO), não sendo possível obter os dados reais de consumo realizado pela Parque EXPO
nos seus escritórios, optou-se por utilizar como factor de ponderação a área ocupada
pela empresa naquele edifício.

No consumo de energia no âmbito das actividades de gestão urbana do Parque das


Nações, de forma a garantir a comparabilidade da informação, foram expurgados dos
dados de 2006 e 2007 os consumos referentes à actividade de recolha de resíduos
sólidos urbanos, uma vez que esta actividade foi transferida em 2008 para empresa
externa.
ÍNDICE GRI

Indicador GRI Referência / Resposta

DIVULGAÇÕES GERAIS

1 Estratégia e Análise
1.1 Declaração do Presidente ou do Director-geral da organização sobre a relevância p. 5
da sustentabilidade para a organização e a sua estratégia
1.2 Descrição dos Principais Riscos e Oportunidades p. 9-25

Relatório de Sustentabilidade 2008


2 Perfil Organizacional
2.1 Denominação da organização relatora p. 3
2.2 Principais marcas, produtos e/ou serviços, incluindo o volume ou a quantidade de produtos/serviços p. 55-108
disponibilizados
2.3 Estrutura operacional da organização e principais divisões, unidades operacionais, subsidiárias e p. 36-38
joint ventures
2.4 Localização da sede da organização p. 173
2.5 Países em que as operações da organização se situam p. 20
2.6 Tipo e natureza jurídica da propriedade p. 18-19
2.7 Mercados abrangidos p. 55-105
2.8 Dimensão da organização p. 110/p.157-164
2.9 Principais decisões durante o período abrangido pelo relatório referentes à localização ou a mudan- p. 19 168
ças nas operações, inclusive abertura, encerramento e expansão de unidades operacionais
2.10 Prémios recebidos no período abrangido pelo relatório p. 21-25
3 Estrutura de Governação e Sistemas de Gestão
3.1 Período abrangido pelo relatório
3.2 Data do relatório anterior mais recente
3.3 Período de reporting (anual, bienal, etc.)
3.4 Ponto de contacto para perguntas relativas ao relatório ou ao seu conteúdo
3.5 Processo para a definição do conteúdo do relatório, incluindo o processo para determinar a mate-
rialidade e a definição de prioridades relativas a questões do relatório e à identificação das partes
interessadas potenciais utilizadoras do relatório
3.6 Limite do relatório
3.7 Limitações específicas relativas ao âmbito do relatório Cap. 16
3.8 Base para a elaboração do relatório, no que se refere a joint ventures , subsidiárias não-integrais, Perfil do
instalações arrendadas, operações atribuídas a colaboradores externos e situações adicionais, pas- Relatório
síveis de afectar significativamente o benchmark entre períodos e/ou entre organizações relatoras
3.9 Técnicas de medição de dados e bases de cálculo, incluindo hipóteses e técnicas que conferem
uma base às estimativas, aplicadas à compilação dos indicadores, e informações adicionais do
relatório
3.10 Explicação da natureza e das consequências de quaisquer reformulações de informações fornecidas
em relatórios anteriores e os factores para tais reformulações
3.11 Alterações significativas na dimensão, na estrutura, na propriedade ou nos produtos/serviços regis-
tados desde o relatório anterior
3.12 Tabela que identifica o local das informações-padrão no relatório p. 168-172
3.13 Política e actual prática relativa à procura de verificação independente para o relatório Relatório não
verificado por
entidade externa
Indicador GRI Referência / Resposta

DIVULGAÇÕES GERAIS

4 Governação, Compromissos e Envolvimento


4.1 Estrutura de governação da organização, incluindo comités ao mais alto nível de governação, responsá-
vel por tarefas específicas, tais como a definição da estratégia ou a supervisão da organização
4.2 Indicar se o Presidente da Direcção é, simultaneamente, um director executivo
4.3 Número de membros da Direcção independentes ou os membros não executivos
4.4 Mecanismos para accionistas e funcionários sugerirem recomendações ou indicarem orientações à
Direcção

Relatório de Sustentabilidade 2008


4.5 Relação entre a remuneração (incluindo acordos de tomada de decisão) e o desempenho da organização
(incluindo os desempenhos social e ambiental) para membros da administração, da gestão de topo e
para os executivos
4.6 Processo para a determinação das qualificações e competências exigidas aos membros da adminis-
tração para definir a estratégia da organização, incluindo questões relacionadas com os desempenhos
económico, ambiental e social
4.7 Processos da administração para assegurar a ausência de conflitos de interesse
4.8 Declarações da missão e dos valores, dos códigos de conduta e dos princípios desenvolvidos interna-
mente, considerados relevantes para os desempenhos económico, ambiental e social, assim como o
estágio da sua implementação 169
Cap. 03
4.9 Processos da administração para supervisionar a identificação e a gestão por parte da organização
Modelo de
dos desempenhos económico, ambiental e social, incluindo a identificação e a gestão dos riscos e das Governo
oportunidades relevantes, assim como a adesão ou a conformidade com os padrões aceites internacio-
nalmente, códigos de conduta e princípios
4.10 Processos para a avaliação de desempenho da administração, especialmente no que diz respeito aos
desempenhos económico, ambiental e social
4.11 Explicação da forma como ou se a abordagem ou o princípio da precaução são utilizados pela organiza-
ção
4.12 Cartas, conjuntos de princípios ou outras iniciativas voluntárias desenvolvidas externamente, de carácter
económico, ambiental e social, que a organização subscreve ou endossa
4.13 Participação significativa em associações (tais como associações industriais) e/ou organizações nacio-
nais/internacionais de defesa
4.14 Lista dos grupos de partes interessadas envolvidas pela organização
4.15 Base para a identificação e selecção das partes interessadas a serem envolvidas
4.16 Abordagens para o envolvimento das partes interessadas, incluindo a frequência do envolvimento por
tipo e por grupos da parte interessada
4.17 Principais questões e preocupações identificadas através do envolvimento das partes interessadas e as
medidas adoptadas pela organização no tratamento das mesmas
Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO AMBIENTAL

Materiais
EN 1* Consumo total de materiais por tipo (excepto água)
EN 2* Percentagem de materiais utilizados que são resíduos
Energia
EN 3* Consumo directo de energia por fonte de energia primária
EN 4* Consumo indirecto de energia por fonte de energia primária
EN Total de poupança de energia devido a melhorias na conservação e eficiência
EN Iniciativas para fornecer produtos e serviços com reduzido consumo de energia

Relatório de Sustentabilidade 2008


EN Iniciativas para reduzir o consumo indirecto de energia
Água
EN 8* Consumo total de água por fonte
EN Fontes hídricas e respectivos habitats significativamente afectados pelo consumo de água
Percentagem e volume total de água reciclada e reutilizada
EN
Biodiversidade
EN 11* Localização e dimensão da área detida, arrendada ou administrada, em áreas protegidas
ou adjacentes às mesmas
EN Descrição dos impactes significativos de actividades em áreas protegidas
EN Áreas de habitats protegidos ou recuperados
EN Programas de gestão de impactes na biodiversidade 170
EN15** Nº de espécies na Lista Vermelha da IUCN com habitats em áreas afectadas por operações, Cap. 13
discriminadas pelo nível de risco de extinção Gestão
Ambiental
Emissões
EN Total de emissões de GEE
EN Outras emissões indirectas relevantes de gases com efeito de estufa
EN Iniciativas para reduzir as emissões de GEE e reduções alcançadas
EN Emissões de substâncias destruidoras da camada de ozono, por peso
EN NOx, SOx e outras emissões atmosféricas significativas, por tipo e peso
Efluentes
EN Descarga total de água, por destino e qualidade
EN Fontes hídricas e os habitats significativamente afectados pela descarga e pelo escoamento
de água
Resíduos
EN Quantidade total de resíduos por tipo e destino final
EN Número e volume total de derrames significativos
EN24** Peso dos resíduos transportados, importados ou exportados considerados perigosos
nos termos da Convenção de Basileia - Anexos I, II, III e VIII
Produtos e Serviços
EN Iniciativas para gerir os impactes ambientais dos produtos e serviços e o grau de redução
do impacte
EN Percentagem recuperada de produtos vendidos no final do seu ciclo de vida por categoria
de produto
Conformidade
EN28* Incidentes e multas ou sanções não-monetárias resultantes da não conformidade com
os regulamentos ambientais aplicáveis

Transporte
EN Impactes ambientais significativos do transporte utilizado para fins de logística
Geral
EN Total de custos com protecção ambiental por tipo
Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO ECONÓMICO

Desempenho Económico
EC 1* Valor económico gerado e distribuído, incluindo receitas, custos operacionais, remuneração Cap. 15
de funcionários, doações e outros investimentos na comunidade, lucros acumulados Desempenho
Económico
e pagamentos para provedores de capital e governos
EC 2* Implicações financeiras das mudanças climáticas Não avaliadas

Não existem
EC 3* Cobertura das obrigações de fundos de pensão definida pela organização fundos de pensões
EC 4* Apoio financeiro recebido do governo Não foi recebido
qualquer apoio

Relatório de Sustentabilidade 2008


Presença no Mercado
EC 5* Salário mais baixo comparado com o salário mínimo local em unidades operacionais importantes Índice de 1,4 salários

EC 6* Práticas e proporção de custos com fornecedores locais em unidades operacionais importantes Não avaliados

EC 7* Procedimentos para a contratação local e proporção de cargos da gestão de topo


Não avaliados
em unidades operacionais importantes provenientes da comunidade local
Impactes Económicos Indirectos
EC 8* Descrição dos investimentos em infra-estruturas e apoio a serviços que proporcionam benefício público p. 55-108

EC Impactes económicos indirectos Não avaliados

Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO SOCIAL 171


Práticas de Trabalho e Trabalho Decente
LA 1* Público interno total por tipo de emprego e região
LA 2* Número total e taxa de rotatividade dos funcionários discriminados por faixa etária e por género
LA 3** Benefícios mínimos garantidos aos funcionários a tempo inteiro que não são assegurados a funcioná-
rios temporários ou a tempo parcial
Relações entre Funcionários e a Administração
LA 4* Percentagem de funcionários representados por organizações sindicais independentes ou abrangidos
por acordos de negociação colectiva
LA 5* Prazos mínimos para aviso prévio e práticas de consulta e negociação com funcionários ou com os
seus representantes relativamente a mudanças operacionais
Segurança e Saúde no Trabalho
LA 6* Percentagem do público interno representado em comités formais de segurança e saúde, compostos
pela administração e pelos Funcionários que ajudam na monitorização e no aconselhamento sobre
programas de segurança e de saúde ocupacional Cap. 12
LA 7* Taxas de lesões, doenças ocupacionais, dias perdidos, absentismo e óbitos relacionados com o Recursos
trabalho Humanos
LA 8* Programas de educação, formação, aconselhamento, prevenção e controlo de risco em curso para
garantir assistência aos funcionários, às suas famílias ou aos membros da comunidade afectados
pelo HIV/SIDA ou outras doenças contagiosas graves
LA 9** Tópicos relativos a saúde e segurança, abrangidos por acordos formais com sindicatos
Formação e Educação
LA 10* Média de horas de formação, por ano, por funcionário, discriminadas por categoria de funcionário
LA 11* Programas para a gestão de competências e aprendizagem contínua que apoiam a continuidade da
empregabilidade dos funcionários e para a gestão de carreira
LA 12** Percentagem de funcionários que recebem análises de desempenho e de desenvolvimento da carrei-
ra regularmente
Diversidade e Igualdade de Oportunidades
LA 13* Composição dos grupos responsáveis pela governação corporativa e discriminação dos funcionários
por categoria, de acordo com o género, a faixa etária, minorias e outros indicadores de diversidade
LA 14** Proporção de remuneração média entre homens e mulheres discriminada por categoria de funcionário
Indicador GRI Referência / Resposta

DESEMPENHO SOCIAL

Direitos Humanos
HR 1* Percentagem de acordos de investimento significativos que incluam cláusulas Não se realizaram acordos de inves-
referentes a direitos humanos ou que foram submetidos a avaliações referentes timento com cláusulas referentes a
a direitos humanos direitos humanos
HR 2* Percentagem dos principais fornecedores e empresas contratadas que foram Não foram realizadas avaliações
submetidos a avaliações relativas a direitos humanos
HR 3* Tipo de formação disponibilizada a funcionários em políticas e procedimentos Não foram realizadas acções de
relativos a aspectos de direitos humanos relevantes para as operações, incluindo formação específicas sobre direitos
o número de funcionários que beneficiaram de formação humanos
HR 4* Casos de discriminação (nº de incidentes e acções de correcção implementadas) Não foram identificados casos de
discriminação
HR 5* Casos de violação de liberdade de associação e de acordo de negociação colectiva Não existe nenhum impedimento ao

Relatório de Sustentabilidade 2008


livre exercício da liberdade de asso-
ciação e de realização de acordos de
negociação colectiva
HR 6* Casos de trabalho infantil (nº de casos e acções correctivas implementadas) Não existe trabalho infantil
HR 7* Casos de trabalho forçado ou escravo (nº de casos e acções correctivas Não existe trabalho esforçado ou
implementadas) escravo
HR 8* Procedimentos para gerir reclamações e queixas do trabalho feitas por clientes, Procedimentos previstos no Código
funcionários e comunidades, relativas aos direitos humanos, incluindo dispositivos de Ética e de Conduta
para não retaliação
HR 9* Percentagem do pessoal de segurança submetido a formação em políticas Não foram realizadas acções de
ou procedimentos da organização relativos a direitos humanos formação específicas sobre direitos
humanos
HR 10* Incidentes que envolvam direitos dos povos indígenas Não aplicável 172
Sociedade
SO 1* Programas e práticas para avaliar e gerir os impactes das operações nas comunida- p. 38-54
des, incluindo a entrada, operação e saída
SO 2* Percentagem e número total de unidades de negócio alvo de análise sobre riscos p. 33
relacionados com corrupção
SO 3* Percentagem de funcionários formados no que diz respeito às políticas Não foram realizadas acções de
e procedimentos anti-corrupção da organização formação específicas sobre anticor-
rupção
SO 4* Medidas tomadas em resposta a casos de corrupção Não foram detectados casos de
corrupção
SO 5* Participação na elaboração de politicas publicas e lobbies p. 9, p. 47
SO 6** Valor total das contribuições a partidos políticos ou a instalações relacionadas, discri- Não se registam contribuições a
minadas por país partidos políticos
SO 7** Ocorrência de acções judiciais por concorrência desleal, antitrust e práticas de mo- Não se registou qualquer acção
nopólio e dos seus resultados judicial

Responsabilidade pelo Produto


PR 1* Procedimentos para melhorar a saúde e a segurança em todo o ciclo de vida dos Questões englobadas nos Sitemas
produtos e serviços de Gestão de Qualidade e Ambiente
PR 2** Numero e tipo de casos de não conformidade com regulamentos relativos aos efeitos Não se registou qualquer
dos produtos e serviços na saúde e segurança não conformidade
PR 3* Procedimentos para informações e rotulagem dos produtos e serviços Não aplicável
PR 4** Nº e tipo de casos de não conformidade com regulamentos relativos a informações e Não se registou qualquer não con-
rotulagem de produtos e serviços formidade
PR 5** Procedimentos relacionados com a satisfação do cliente, incluindo resultados com a p. 38-54
satisfação do cliente, incluindo resultados de pesquisas que medem a satisfação do
cliente
PR 6** Procedimentos e programas de adesão às leis, normas e códigos voluntários relacio- Não aplicável
nados com comunicações de marketing incluindo publicidade, promoção e patrocínio
PR 7** Número e tipo de casos de não conformidade com regulamentos relativos a comuni- Não se registou qualquer
cações de marketing incluindo publicidade, promoção e patrocínio não conformidade
PR 8** Número de reclamações registadas relativas a violação da privacidade de clientes e Não foi registada qualquer
consumidores reclamação
PR 9* Valor monetário de multas por não conformidade com leis e regulamentos relativos Não foi aplicada qualquer multa
com a provisão e utilização de produtos e serviços

Vous aimerez peut-être aussi