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LAVRAS
MAIO/2010
JOSÉ APARECIDO DE SOUZA
Orientador
Prof. Dr. Luis Roberto Batista
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
2010
- iii -
Prof. _______________________________________
UFLA
(Prof. Dr. Luis Roberto Batista)
LAVRAS
MINAS GERAIS – BRASIL
- iv -
AGRADECIMENTO
A Deus que me deu força para vencer esta etapa.
À Universidade Federal de Lavras (UFLA) e ao Departamento de
Ciência dos Alimentos pela oportunidade concedida.
Ao Prof Dr. Luis Roberto Batista pela orientação, paciência e dedicação
que foram de grande relevância para realização desse trabalho e para meu
crescimento profissional.
Ao Claudiomiro Viera, responsável pela repartição onde trabalho,
pela compreensão em minhas ausências.
Ao Wallace Santos Vieira, amigo, pela colaboração.
A minha família pelo apoio e incentivo.
Ao Gerson Alves da Silva, meu companheiro, pela compreensão.
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LISTA DE FIGURAS
Figura nº. 1 – Ramo de atividade dos ambulantes vendedores de
alimentos comercializados em Alta Floresta, MT.................................... 17
Figura nº. 2 – Distribuição por faixa etária dos proprietários de comércios
ambulantes de alimentos de Alta Floresta, MT........................................18
Figura nº. 3 - Motivação do comercio ambulante de alimentos em Alta
Floresta, MT............................................................................................. 19
Figura nº. 4 – Comércios ambulantes que possuem autorização da
Vigilância Sanitária de Alta Floresta, MT................................................19
Figura nº. 5 – origem da água utilizada no comércio ambulante de
alimentos em Alta Floresta, MT...............................................................20
Figura nº. 6 – Tipo de leite usado nos ingredientes dos produtos
comercializados pelos ambulantes de Alta Floresta, MT.........................21
Figura nº. 7 – Local de escoamento de água servida dos estabelecimentos
ambulantes de alimentos de Alta Floresta, MT........................................21
Figura nº. 8 – Conhecimento das Boas Práticas de Fabricação pelo
comércio ambulante de alimentos de Alta Floresta, MT..........................22
Figura nº. 9 – Comércio ambulante de alimentos de Alta Floresta, MT,
que possui o manual de BPF ....................................................................23
Figura nº. 10 – Sobre as recomendações da Vigilância Sanitária
Municipal ao comércio ambulante de alimentos de Alta Floresta, MT....23
Figura nº. 11 – Sobre o local de manipulação de alimentos
comercializados pelos estabelecimentos ambulantes de alimentos de Alta
Floresta, MT............................................................................................. 24
Figura nº. 12 – Distribuição sobre a origem da carne usada como
ingredientes em alguns produtos pelo comércio ambulante de alimentos
de Alta Floresta, MT.................................................................................25
Figura nº. 13 – Sobre a realização da higienização do comércio ambulante
de alimentos de Alta Floresta, MT .......................................................... 26
Figura nº. 14 – Sobre as características físicas do estabelecimento
ambulante de alimentos de Alta Floresta, MT..........................................27
Figura nº. 15 – Sobre a presença de animais errantes próximo ao comércio
ambulante de alimentos de Alta Floresta, MT..........................................27
Figura nº. 16 – Sobre a presença de funcionários no comércio ambulante
de alimentos de Alta Floresta, MT........................................................... 28
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RESUMO
Este estudo teve como objetivo fazer um diagnóstico do comércio
ambulante de alimentos no que tange a higienização dos
estabelecimentos, dos utensílios e do asseio pessoal dos manipuladores de
alimentos, além de verificar as possíveis vias de contaminação dos
alimentos, bem como, o descarte dos resíduos sólidos e canalização de
águas servidas. Foram avaliados vinte pontos de venda distribuídos
aleatoriamente no perímetro urbano do município de Alta Floresta, no
Estado de Mato Grosso. Constatou-se que 25% dos comerciantes
envolvidos ainda utilizam água sem tratamento (de poços rasos ou
freáticos), 45% não possuem licença sanitária para atuarem, 20% utilizam
leite in natura e 10% laçam águas servidas a céu aberto. Contudo pode se
perceber que 70% têm conhecimentos sobre as Boas Práticas de
Fabricação e adquirem carne de estabelecimentos inspecionados e
fiscalizados e que não houve relatos de toxinfecção alimentar. Entretanto
faz se necessário uma fiscalização mais efetiva da Vigilância Sanitária
além de um curso de capacitação em Boas Práticas de Fabricação dos
manipuladores de alimentos.
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO.....................................................................................09
1.1 JUSTIFICATIVA........................................................................... 10
2 OBJETIVO............................................................................................11
3 REVISÃO DE LITERATURA..............................................................12
3.1 As Boas Práticas de Fabricação......................................................12
4 MATERIAL E MÉTODO.....................................................................16
5 RESULTADO E DISCUSSÃO.............................................................17
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS................................................................ 29
7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.................................................. 30
8 ANEXO................................................................................................. 33
8.1 Questionário....................................................................................33
9
1 INTRODUÇÃO
O município de Alta Floresta, no Mato Grosso, ocupa a região norte do
Estado com uma população de 51.414 habitantes (IBGE, 2009), que presta
grandes serviços nas áreas educacional, econômica (com ênfase na atividade
agropecuária e serviços), saúde, segurança e trabalho. Porem possui um déficit
empregatício alto em várias ocupações o que obriga uma grande parte da
população ao serviço informal que na sua maioria não exige qualificação
adequada de seus trabalhadores. O serviço que mais cresce na informalidade é o
de alimentos e por não ter uma fiscalização mais efetiva vários ambulantes não
sabem e nem possuem o manual de Boas Práticas de Fabricação – BPF.
Os alimentos mais comercializados nesse segmento, em Alta Floresta,
MT, são salgadinhos, pipoca, sorvetes, garapa dentre outros. Tais alimentos
comercializados compreendem produtos prontos ou preparados para consumo de
imediato nas ruas ou vias públicas e similares.
A ”comida de rua” embora atualmente apresente um crescimento devido
entre outros fatores, à necessidade da população mais pobre de obter comida por
um baixo custo e de maneira rápida próximo ao local de trabalho; pelos hábitos
culturais e alimentares da região e como fonte de renda para quem comercializa
(CATANOZI et al, 1999).
10
1.1 JUSTIFICATIVA
Frente ao crescimento de comércio ambulante de alimentos em
Alta Floresta, MT, após o fechamento de muitas empresas madeireiras
nos últimos anos houve a necessidade de avaliar o perfil desses
comerciantes quanto as suas preocupações no conhecimento e no uso das
Boas Práticas de Fabricação – BPF no momento de elaboração, produção
e comercialização de seus alimentos.
Nesse sentido a fatia de ambulantes não pode ser negligenciada
nas atenções a saúde da população e necessita ser qualificada por
programas de segurança alimentar visando garantir a inocuidade e
qualidade dos produtos manipulados e comercializados, além de permitir
a sobrevida dessa no mercado informal.
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2 OBJETIVO
3 REVISÃO DE LITERATURA
4 MATERIAL E MÉTODO
Elaborou-se 20 (vinte) questionários com 20 (vinte) perguntas que foram
distribuídas aleatoriamente aos vendedores ambulantes de alimentos dos
Bairros: Cidade Alta e do Centro. Os questionários contemplavam os seguintes
temas: - ramo de atividade; - idade; - gênero; - autorização para funcionar e
vistoria da Vigilância Sanitária; - conhecimento e implantação das Boas
Práticas; - origem da água utilizada; - toxinfecção alimentar; - mecanismos
utilizados no descartes dos resíduos; - as instalações; - presença de animais
errantes; - motivos na realização de tal atividade.
Os questionários foram tabulados e distribuídos em gráficos para que
facilitasse a discussão.
17
5 RESULTADO E DISCUSSÃO
Ao realizar a pesquisa com os comerciantes ambulantes de alimentos no
município de Alta Floresta, no Estado de Mato Grosso pode observar que 55%
dos entrevistados comercializam pasteis e salgados enquanto que os demais se
dividem em venda de sorvetes, garapa e outras atividades de alimentos
perfazendo 15% cada uma (figura nº. 1).
Figura nº. 2 – Distribuição por faixa etária dos proprietários de comércios ambulantes de
alimentos de Alta Floresta, MT.
Figura nº. 6 – Tipo de leite usado nos ingredientes dos produtos comercializados pelos
ambulantes de Alta Floresta, MT.
Figura nº. 8 – Conhecimento das Boas Práticas de Fabricação pelo comércio ambulante
de alimentos de Alta Floresta, MT.
Figura nº. 9 – Comércio ambulante de alimentos de Alta Floresta, MT, que possui o
manual de BPF
Figura nº. 12 – Distribuição sobre a origem da carne usada como ingredientes em alguns
produtos pelo comércio ambulante de alimentos de Alta Floresta, MT
6 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Com os resultados obtidos pode-se observar que os comerciantes
ambulantes de alimentos possuem um esclarecimento sobre os riscos que
alimentos preparados sem a devida higiene e em local inadequado causam aos
consumidores e que há necessidade de uma fiscalização mais efetiva da
Vigilância Sanitária para que as falhas que ainda existam sejam controladas.
Há comerciantes ambulantes de alimentos que utilizam leite in natura e
água oriunda de poços rasos ou freáticos sem tratamento que podem trazer
prejuízos a saúde da população consumidora.
É preciso que seja realizada uma capacitação que prioriza todos os
passos de higienização além de adquirir produtos de origem comprovada.
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7 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALTA FLORESTA, Prefeitura Municipal de Alta Floresta, Lei
1.231/2003, Código Sanitário Municipal, 2003.
http://www.camaraaltafloresta.mt.gov.br/ último acesso em 19 de maio de
2010.
AMSON, G. V. Comércio Ambulante de Alimentos em Curitiba: Perfil
de vendedores e Propostas para Programa de Boas Práticas Higiênicas na
Manipulação de Alimentos,
http://dspace.c3sl.ufpr.br/dspace/bitstream/1884/1620/1/DissertaçãoGisel
e.pdf último acesso em 19 de maio de 2010.
BRASIL, Ministério da Saúde. Agência Nacional de Vigilância
Sanitária. Resolução RDC nº 216 de 15 de setembro de 2004. Dispõe sobre
Regulamento Técnico de Boas Práticas para Serviços de Alimentação.
BRASIL, Ministério da Fazenda. Receita Federal. Resolução CGSN nº
58, de 27 de abril de 2009. Dispõe sobre o microempreendedor individual – MEI
no âmbito do simples nacional.
CATANOZI, M. P. L. M.; MORELHÃO, G. G.; IURCIC, K. M.
Avaliação microbiológica de lanches vendidos em carrinhos de ambulantes na
cidade de Araraquara. Revista Higiene Alimentar. v.13, n.66/67, p.116-121. São
Paulo, 1999.
FERRAZ, A. G. Qualidade da Água de Poços para Consumo Humano
nas Instituições de Longa Permanência de Idosos. Recife. Ed. do Autor. 2006.
FOOD TODAY 06/2001 http://www.eufic.org/article/pt/seguranca-
e-qualidade-alimentar/manipulacao-de-alimentos-
seguros/artid/contaminacao-microbiologica-cruzada/ último acesso em 30
de abril de 2010.
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escolha-ou-escassez-de-empregos-Estudo-sobre-o-perfil-dos-
trabalhadores-por-conta-propria.html, ultimo acesso em 27 de maio de 2010.
VILLA, F.B. Qualidade fisico-química, microbiológica, e resíduos de
antimicrobianos em leite in natura comercializado informalmente em Brotas,
SP. 2007. 50f. Dissertação (Mestrado) – Faculdade de Medicina Veterinária e
Zootecnia, Universidade Estadual Paulista – Botucatu.
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8 ANEXO
8.1 Questionário
1. Qual o ramo de atividade do Estabelecimento?
a) Venda de pasteis e demais salgadinhos;
b) Venda de pipoca;
c) Venda de churros;
d) Venda de garapa;
e) Venda de sorvetes;
f) Outra atividade. Especificar: _________________
2. Qual a idade do(a) proprietário(a)?
a) Até 25 anos;
b) De 26 a 35 anos;
c) De 36 a 50 anos;
d) Acima de 51 anos.
3. Qual o gênero (sexo) do(a) proprietário(a)?
a) Feminino;
b) Masculino.
4. O estabelecimento tem Alvará da Vigilância Sanitária?
a) Sim;
b) Não.
5. Quando da vistoria da Vigilância Sanitária, que tipo de orientação
foi feita?
_____________________________________________________
_____________________________________________________
_____________________________________________________
6. O responsável pelo estabelecimento já ouviu falar de Boas
Práticas de Fabricação – BPF?
a) Sim;
b) Não.
7. O seu estabelecimento possui o manual de Boas Práticas de
Fabricação – BPF?
a) Sim;
b) Não.
8. Qual a origem da água utilizada no estabelecimento?
a) Água de poço;
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