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UNIDADE 01

ALTIMETRIA

Altimetria é a parte da topografia onde são estudados os processos de determinação das cotas ou
altitudes de pontos da superfície terrestre.
Os levantamentos altimétricos, tem como objetivo a representação, em planta, do relevo tanto
através de perfil como através de curvas de nível.

Conceitos básicos
• Cota = é a distância vertical do ponto à superfície de nível de referencia adotada.

• Altitude = é a distância vertical do ponto á superfície de nível médio dos mares. Neste
caso o
plano horizontal adotado como referencia é a superfície do nível médio dos mares.

• Diferença de nível = a diferença de nível entre dois pontos quaisquer da superfície


terrestre é a diferença entre as altitudes ou cotas dos pontos considerados.

• Referencia de nível = é um ponto de cota conhecida ou arbitrada. São de extrema


importância nos trabalhos topográficos. São encontrados em toadas as estações das
estradas de ferro, sempre referenciados a superfície de nível médio dos mares. Alem
deste pontos existem outros espalhados pelo país, levantados pelas companhias de
eletricidade, pelas empresas de aviação, pelo serviço geográfico do exercito, pelo IBGE,
etc. Normalmente são marcos fixados de cimento que são locados nos principais mapas
do país.

OBS.: qualquer trabalho altimetrico de grande precisão devem ser iniciado tendo como base uma
referencia de nível.

Curvas de Nível

A curva de nível é uma maneira de se representar graficamente as irregularidades, ou o relevo, de


um terreno.
Imagine uma montanha de 800 metros vista de cima. Seu formato é irregular, logo se traçarmos
uma linha contornando-a a 700 metros o desenho do contorno (uma curva) será diferente, e
menor, daquele que fizermos contornando-a a 100 metros, mais próximo da base. Esse desenho
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do contorno a uma dada altitude, que deve ser a mesma em todos os pontos da linha, é a chamada
curva de nível e serve para representar o relevo de algum local nas plantas topográficas.
Geralmente, em uma planta topográfica, usa-se como referência a altura média do mar para se
traçar as curvas de nível chamadas de “mestras” que são representadas por traços mais grossos.
Podemos usar também, as linhas chamadas de auxiliares ou intermediárias para facilitar a leitura
da planta topográfica. Todas as curvas possuem também, a altura em que se situam.
As curvas de nível são sempre paralelas entre si. Uma linha mestra jamais se cruzará com uma
linha intermediária, por exemplo, mesmo que elas às vezes, cheguem bastante perto disso, e elas
sempre se fecham sobre si mesmas (como um “O”, mas, na maioria das vezes, irregular). O que
pode acontecer é de no papel, por causa de um efeito visual, as linhas se cruzarem, mas, na
verdade, elas nunca se cruzam, uma vez que na realidade uma está embaixo da outra visto que
cada curva de nível representa uma altitude. Nestes casos, costuma-se representar a
linha, ou curva, debaixo com um tracejado.

Pela proximidade das linhas pode-se verificar se o terreno tem um declive muito acentuado ou
não. Se as linhas estiverem muito próximas entre si, significa que o declive é bastante acentuado
(um pico, por exemplo), já se elas estiverem muito distantes entre si, significa que o declive é
suave (uma planície com pequenas elevações, por exemplo).
Mas, as curvas de nível não servem apenas para representar montanhas ou elevações no terreno.
Se em uma planta topográfica com curvas de nível os valores da altitude referentes às curvas
centrais forem menores do que os valores de altitude das curvas externas, significa que ali está
representada uma depressão.
Quando se vai fazer uma planta topográfica com curvas de nível, costuma-se primeiro, antes de
desenhar as curvas, fazer o traçado da rede de drenagem do terreno com o fim de facilitar o
desenho das curvas. Afinal, é a rede de drenagem (rios, ribeirões, riachos, cachoeiras...) que
determina, de forma geral, a topografia do terreno.

OBS.:
Outro conceito associado às curvas de nível (mas que não deve ser confundido) é o “plantio em
curvas de nível”. Trata-se de uma técnica para plantio em terrenos acidentados que segue o
traçado das curvas.
Lembrando que a legislação ambiental brasileira proíbe o desmate e plantio em terrenos com
declividade maior que 45° por se tratar de Áreas de Preservação Permanente (APP) devido a alta
tendência a erosão, o plantio em curvas de nível é uma técnica quer visa diminuir a velocidade da
enxurrada (arraste) e aumentar a infiltração da água no solo para, com isso, evitar que aconteçam
erosões.
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Geração de Curvas de Nível

Como ilustrado na figura a seguir, as curvas de nível ou isolinhas são linhas curvas fechadas
formadas a partir da interseção de vários planos horizontais com a superfície do terreno.
Cada uma destas linhas, pertencendo a um mesmo plano horizontal tem, evidentemente, todos
os seus pontos situados na mesma cota altimétrica, ou seja, todos os pontos estão no mesmo
nível.

Os planos horizontais de interseção são sempre paralelos e equidistantes c a distância entre


um plano e outro denomina-se Eqüidistância Vertical.
Segundo DOMINGUES (1979), a eqüidistância vertical das curvas de nível varia com a escala
da planta e recomendam-se os valores da tabela abaixo.

Escala Eqüidistância Escala Eqüidistância


:500 0,5m 1:100000 50,0m
:1000 l,0m 1:200000 100,0m
:2000 2,0m 1:250000 100,0m
:10000 10,0m 1:500000 200,0m
-.25000 10,0m 1:1000000 200,0m
:50000 25, Om 1:10000000 500,0m

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Características das Curvas de Nível

• As curvas de nível, segundo o seu traçado, são classificadas em:


• mestras', todas as curvas múltiplas de 5 ou 10 metros.
• intermediárias: todas as curvas múltiplas da eqüidistância vertical, excluindo-se as mestras.
• meia-eqüidisíância: utilizadas na densificação de terrenos muito planos.
A figura a seguir (DOMINGUES, 1979) ilustra parte de uma planta altimétrica com curvas de
nível mestras e intermediárias.

• Todas as curvas são representadas em tons de marrom ou sépia (plantas coloridas) e preto
(plantas monocromáticas).
• As curvas mestras são representadas por traços mais espessos e são todas cotadas.
• Como mostra a figura a seguir (GARCIA, 1984), curvas muito afastadas representam
terrenos planos.

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• Da mesma forma, a figura a seguir (GARCIA, 1984) mostra que curvas muito próximas
representam terrenos acidentados.

• Como indicado na figura a seguir, a maior declividade (d%) do terreno ocorre no local
onde as curvas de nível são mais próximas e vice-versa.

• Para o traçado das curvas de nível os pontos notáveis do terreno (aqueles que melhor
caracterizam o relevo) devem ser levantados altimetricamente. É a partir destes pontos que se
interpolam, gráfica ou numericamente, os pontos definidores das curvas.
• Em terrenos naturais (não modificados pelo homem) as curvas tendem a um paralelismo e
são isentas de ângulos vivos e quebras.

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Normas para o Desenho das Curvas de Nível
• Duas curvas de nível jamais devem se cruzar. Figura de GARCIA e PIEDADE (l984).

• Duas ou mais curvas de nível jamais poderão convergir para formar uma curva única, com
exceção das paredes verticais de rocha. Figura de GARCIA e PIEDADE (l 984).

• Uma curva de nível inicia e termina no mesmo ponto, portanto, ela não pode surgir do nada e
desaparecer repentinamente. Figura de GARCIA e PIEDADE (l 984).
• Uma curva pode compreender outra, mas nunca ela mesma.
• Nos cumes e nas depressões o relevo é representado por pontos cotados.

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Utilização da Planta Planialtimétrica (plantas com curvas de nível)

1. Projetos de Estradas – Fase de Reconhecimento e fase de locação.


2. Eletrificação Rural – Obtenção do perfil a partir da planta planialtimetrica. Locação de
linhas de transmissão. Obs.: Com a planta planialtimetrica pode-se obter perfis
longitudinais e de posse deles locam-se os postes nas distâncias adequadas, evitando os
locais indesejáveis.
3. Hidráulica e Hidrologia – projetos de irrigação instalção de moto bomba
dimensionamento de tubulações para vencer determinado desnível.
4. Construção de Barragens – a planta planialtimetrica é fundamental para a escolha de
assentamento da barragem, pois, deve-se observar na planta e rejeitar locais sujeitos a
inundação.
Perfis Topográficos
O perfil topográfico é a projeção vertical do terreno como ele se apresenta ao longo dos
alinhamentos de uma poligonal, podendo ser definido ainda como a interseção com o terreno, de
verticais que contém os alinhamentos de uma poligonal. No desenho topográfico, os perfis são
traçados com obediência à norma. Embora seja na realidade, uma linha curva irregular são
sempre representados por segmentos retilíneos entre as estacas. Os elementos de que o
desenhista dispõe para o traçado de superfície, provém do trabalho de campo chamado
nivelamento, cujos resultados vêm consignados na respectiva caderneta sob a forma de
interdistâncias e estacas com estações e de suas respectivas cotas e altitudes.
Caderneta de Nivelamento
Estacas Plano de
Visadas Cotas Obs
Inteiras Intermediárias Referência
Referencia de
RN 101,283 +1,283 100,000
Nível
00 1,358 99,925
01 1,694 99,589
02 1,942 99,341
+ 3,00 1,998 99,285
03 2,340 98,943
AUX 100,057 +1,114
04 1,982 98,075
05 2,482 97,575

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Equação:
Plano de Referência = Cota + Leitura de Ré
Cota = Plano de Referência – leitura de vante

Na engenharia, a utilidade dos perfis é grande pois permite o estudo e o lançamento de estradas,
canais, linhas de transmissão etc; Para o desenhista, sua importância não é menor permitindo a
localização dos pontos do terreno que possuem cotas inteiras, ou de valores pré determinados,
cujo o conhecimento é indispensável na representação da altimetria.
Os perfis classificam-se, como as poligonais, em principais e secundários, sendo que o perfil
principal é executado em um alinhamento pré determinado ou eixo secundário ou secção
transverssal, que é um perfil auxiliar feito ao longo de direções perpendiculares, ou sob ângulo
pré determinado a este alinhamento ou eixo.

Traçado de um Perfil Longitudinal

O elemento básico para este traçado é a caderneta de nivelamento a qual pode ser feita ou
apresentada de diversas maneiras mas todas devendo conter as cotas que são obtidas de um
referência de nível qualquer ou as altitudes que são mantidas em relação ao nível do mar.
Devem ser levantados todos os pontos notáveis do terreno isso é, pontos em que o terreno muda
de declínio, além dessas cotas, as cadernetas devem mencionar com exatidão as distâncias de
cada ponto ou estaca da poligonal, em fim deve conter elementos que permitam marcar com
precisão as abcissas e ordenadas do perfil.

Escalas

No desenho dos perfis devem ser empregadas, as escalas mais simples possíveis isto porém, não
dispensa certas providências a tomar. Se adotarmos uma escala para ser usada tanto nas cotas
como nas distâncias horizontais, o perfil virá a ser constituído de retas que fazem entre si ângulos
muito pequenos, principalmente se o terreno é pouco acidentado, tais circunstâncias devem ser
evitadas. É de desejar que os perfis sejam bem nítidos, salientados e até mesmo exagerando o
relevo do solo, pois assim, pode se tirar deles dados mais precisos e com maior facilidade.
Em conseqüências, no traçado destes elementos, é recomendável o emprego de duas escalas uma
para a medida das distâncias horizontais que é chamada escala H e outra, na qual serão medidas

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as distâncias verticais ou cotas, chamada escala V ssendoque esta deve ser de 5 a 10 vezes menor
que a primeira.

Planta Planialtimétrica

Perfil Longitudinal

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Utilização do Perfil Longitudinal

Rampas - uma das finalidades do levantamento de um perfil é a obtenção de dados para a


construção de rampas de determinada declividade. Tal tipo de levantamento é fundamental na
eletrificação rural (projeto da linha), hidráulica e locação do eixo de estradas de rodagem, etc.
Tendo-se o perfil parte-se para o estudo da posição mais conveniente da rampa que vai mostrar
os movimentos de terra nos cortes e aterros.

Greide – é a representação gráfica do perfil. È a linha que acompanha o perfil, dotada de uma
certa declividade, que mostra onde o solo será cortado ou aterrado.

UNIDADE 02
Tipos de Levantamentos Altimétricos

1. Levantamento por estadimetria ( ou nivelamento estadimétrico) (ou levantamento


taqueométrico)

2. Nivelamento Trigonométrico

3. Nivelamento Barométrico

4. Nivelamento Geométrico

1. Levantamento por estadimetria ( ou nivelamento estadimétrico) (ou levantamento


taqueométrico)

É baseado na estádia existente nos instrumentos denominados taqueômetros. Neste tipo de


levantamento os dados de campo nos permitem calcular alem das distancias horizontais as
diferenças de nível e consequentemente as cotas dos pontos da poligonal e das irradiações.
No levantamento por estadimetria, a diferença de nível é calculada pela fórmula estadimétrica:

DN = m g . sen 2 ǿ + AI – FM
2

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2. Nivelamento Trigonométrico

É aquele e que a diferença de nível entre dois ou mais pontos topográficos é determinada por
meio de resoluções de triângulos através da fórmula trigonométrica da tangente.

Nivelamento trigonométrico, baseia-se por tanto no valor da tangente pelo ângulo de inclinação
do terreno pois o valor dessa função trigonométrica representa sempre a diferença de nível por
metro de distancia horizontal medida do terreno entre os pontos considerados.
Assim determinando a distância horizontal entre os pontos e o ângulo de inclinação do terreno a
diferença de nível é calculada pela seguinte formula:

DN AB = DH x Tag θ

Obs.: Usa-se geralmente no nivelamento trigonométrico o valor da tangente e não do seno


porque em topografia trabalha-se sempre com a distância horizontal, e não com a distância
inclinada.

2.1 Obtenção da Distância Horizontal

Para a obtenção da distância horizontal, utiliza-se um distímetro procurando-se fazer a medição o


mais na horizontal possível, observando-se, a técnica de balizamento.

2.2 Obtenção do ângulo de Inclinação do Terreno

O ângulos de inclinação são medidos com o emprego de instrumentos denominados clinômetros,


eclímetros e clisímetros, ou mesmo com o emprego do teodolito.
Alguns autores fazem uma diferença entre clinômetro e eclímetros, considerando clinômetros os
que não dispõe de tripé e eclímetro os que dispõem.

Chama-se clisímetro o aparelho cuja principal função é medir o ângulo de inclinação do terreno,
em função de sua tangente trigonométrica. Diferencia-se portanto, do clinômetro pelo fato de sua
graduação fornecer o valor da tangente em vez do ângulo.

No nivelamento trigonométrico as vezes é comum se expressar a declividade do terreno em


percentagem em lugar do ângulo de inclinação do terreno.

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Assim a tangente do ângulo poderá ser calculada e expressa em percentagem. O termo
declividade é genérico, porém quando o ângulo medido for positivo a denominação da
declividade será aclive e quando negativo será declive.
Sabendo-se que a tangente do ângulo de inclinação é a diferença de nível por metro de distancia
horizontal basta multiplicar esse valor por 100 para obter a declividade em percentagem.

3. Nivelamento Barométrico

È aquele em que a diferença de nível é determinada em função da variação da pressão


atmosférica existente entre pontos de diferentes altitudes da superfície terrestre. Estando o ar
sujeito também a força da gravidade qualquer ponto da superfície terrestre suporta uma pressão
correspondente ao peso da coluna de ar que o envolve, denominada pressão atmosférica. Sendo
esta pressão a resultante do peso total da camada de ar existente entre o limite superior da
atmosfera e o solo é claro que o sei valor diminui a medida que aumenta a altitude.

Para a aplicação deste, é necessário conhecer a relação que existe entre a variação da coluna de
mercúrio do barômetro e os pontos topográficos situados em diferentes altitudes.
Esta relação pode ser determinada para efeito prático exprimindo-se a densidade do mercúrio em
relação ao ar
Sabendo-se que a densidade do mercúrio em relação a água é de 3,6 e que 1 litro de ar pesa
1,293 g, a densidade do mercúrio em relação ao ar será:

D= 13,6___ = 10518 (densidade do mercúrio em relação ao ar)


1,293 x 10 -³

Cálculos Altimétricos

1. Erro Altimétrico de fechamento


Sendo a poligonal fechada, em um levantamento altimétrico ou planialtimétrico, podemos
calcular o erro altimétrico de duas maneiras:

1) e = ∑ DN (+) - ∑ DN (-), podendo o erro ser para mais se: { ∑ DN (+) > ∑ DN (-) }, ou
para menos se: { ∑ DN (-) > ∑ DN (+) }

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2) e = Cota arbitrada no ponto de partida – cota de chegada no mesmo ponto.

Sendo o erro (e) para mais se a cota de chegada for maior que a de saída (arbitraria) e para
menos em caso contrário.

2. Limite de Tolerância
Com base no objetivo do trabalho e na precisão que se deseja, adota-se um limite de tolerância
para o erro altimétrico dada pela seguinte expressão:

T =___D___
500√n-1

D = perímetro do polígono principal


n = número de vértice da poligonal
T = tolerância, em metros

3. Compensação do erro altimétrico de fechamento


Estando o erro altimétrico dentro do limite de tolerância, podemos compensa-lo das seguintes
maneiras:
1) Diretamente nas diferenças de nível

a) pelo processo do fator de correção ou coeficiente de proporcionalidade

CP = __________erro altimétrico_________
Soma das DN (+) + Soma das DN (-)

Para calcular as correções, devemos multiplicar o coeficiente por cada diferença de nível.
O sinal de cada correção dependerá do sinal do erro.

b) pelo processo prático


Nesse caso, para calcular a correção, devemos obter o erro unitário dividindo-se o erro
altimétrico pelo número de vértices da poligonal:
E = e_
n

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Obs.:
1) O erro unitário será a própria correção
2) Caso a divisão não seja exata devemos manipular os valores de E, de modo que a soma
total seja igual ao erro altimétrico (e)

2) Diretamente nas cotas

a) pelo processo prático

Assim como no método de compensação diretamente nas diferenças de nível pelo processo
prático, devemos dividir o erro altimétrico pelo número de vértices da poligonal (n). O resultado
dessa divisão chamamos de erro unitário (E). A diferença é que nesse caso, a correção não será
fixa.
E =_ e_
n
A correção, nesse caso, será calculada da seguinte maneira:
No primeiro alinhamento teremos, correção = 1x erro unitário
No segundo alinhamento teremos, correção = 2x E
No enésimo alinhamento teremos, correção = n x E = e

4. NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

É geralmente empregado nos trabalhos de topografia como: nivelamento de estradas, obras de


engenharia civil, loteamento, etc. Oferecem boa precisão, quando cuidadosamente aplicado.
O instrumento empregado é o nível de luneta, que é constituído por uma luneta semelhante à
luneta de um teodolito, apresentando, inclusive os fios estadimétrocos.
O único movimento possível da luneta do nível é em torno de um eixo vertical. A luneta, na
maioria dos instrumentos, está montada sobre uma base dotada de 3 parafusos calantes que
permitem o nivelamento do instrumento.
O nível é dotado ainda de um nível cilíndrico que permite o nivelamento do eixo de colimação
da luneta em cada posição que ela assume ao girar em torno do seu eixo vertical. Deve-se nivelar

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o eixo de colimação do nível antes de cada leitura na mira. As leituras são sempre feitas em
relação ao fio médio, também denominado fio nivelador.

O Nivelamento GeométricoTrata-se de um levantamento altimétrico com o objetivo básico de


determinar COTAS ou ALTITUDES de pontos sobre uma superfície qualquer.
Primeiramente devemos adotar um plano horizontal de referência (PHR). Quando este PHR é
definido pelo nível médio das mares, ele, o plano, recebe o nome de PLANO DATUM ou
PLANO ORIGEM.
Quando o PHR coincide com o PLANO DATUM, a diferença de nível deste plano a um ponto
qualquer recebe o nome de ALTITUDE. Já para diferenças a planos não coincidentes com o
PLANO DATUM, recebem o nome de COTA (Figura 10-1).

DETERMINAÇÃO DA COTA DE UM PONTO:


Seja a figura 10-2:

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Cota da ponto “A” = Adotada ou conhecida.
Cota do ponto “B” = Deseja-se determinar.
Portanto teríamos:

Cota B = cota A + LA-LB

O desnível geométrico entre “A” e “B” será:

D A-B = [cota A + COTAB ]= [LA – LB ]

APARELHOS NECESSÁRIOS:

NÍVEL TOPOGRÁFICO:

É um aparelho que consta de uma luneta telescópica com um ou dois níveis de bolha, sendo este
conjunto instalado sobre um tripé. A característica principal do NÍVEL é o fato do mesmo
possuir movimento de giro somente em torno de seu eixo principal.

MIRA ESTADIMÉTRICA:

É uma peça com 4,00 metros de altura, graduada de centímetro em centímetro, destinada a ser
lida através da luneta do aparelho. A mira é graduada de forma especial que permite a sua leitura
mesmo que se possa ver apenas uma pequena parcela do seu comprimento; por esta razão, a
separação de centímetro em centímetro, em lugar de ser feita com traços como numa escala
comum de desenho, é feita com faixas, uma branca e - 100 -
outra preta, cada uma delas com a largura de um centímetro; isto aumenta a visibilidade.
Portanto, se desejarmos determinar a cota de um ponto “B” qualquer, basta fazermos duas
leituras sobre a mira. Uma leitura (LA) estado a mira colocada sobre o ponto de cota conhecida
ou adotada (o qual, chamamos de Referência de Nível - RN); e uma outra leitura tomada na mira
estacionada agora sobre o ponto (B), do qual se deseja determinar a cota (Figura 10-3).

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DEFINIÇÕES:

PLANO DE COLIMAÇÃO (PC) ou ALTURA DO INSTRUMENTO (AI):


É a distância vertical entre dois (2) planos horizontais: o de cota zero (PHR) e o plano do
aparelho, isto é, aquele que contém a linha de vista do nível; a rigor, altura do instrumento (AI) é
a cota do aparelho. Vemos, portanto, que não é a altura do próprio aparelho, e sim a sua cota.

AI = cota RN + VISADARE

VISADA À RÉ:
Pode ser feita para frente, para trás, ou para os lados, portanto não é a direção da visada que faz
com que ela seja a ré, e sim sua finalidade. Visada a ré é aquela que é feita para um ponto de cota
conhecida, com a finalidade de determinarmos a Altura do Instrumento (AI).

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VISADA À VANTE:
Também não depende da direção e sim do seu objetivo. Por isto, chamamos visada a vante
àquela que é feita com o intuito de se determinar a cota do ponto onde está a mira. As visadas à
vante podem ser de mudança ou intermediária:

VISADA À VANTE INTERMEDIÁRIA:


Assim como a visada a vante de mudança, serve para a determinação da cota do ponto onde está
a mira; a diferença é que, na visada à vante intermediária, o ponto não receberá uma visada à ré.
Afeta apenas a cota do ponto visado; um erro praticado na visada a vante intermediária afeta
apenas a cota do ponto visado (o erro morre aí).

VISADA À VANTE DE MUDANÇA:


A visada à vante de mudança vem a receber posteriormente uma visada à ré porque o
instrumento mudou de posição.
A diferenciação é que a visada à vante de mudança influencia a cota final.

PONTO INTERMEDIÁRIO:
É um ponto sobre o qual se toma somente a leitura da visada a vante de mudança, com o objetivo
de se determinar a cota do mesmo. Assim como o Ponto de Mudança, a cota do ponto
intermediário interessa ao projeto.

PONTO AUXILIAR:
Trata-se também de um ponto de mudança mas com uma diferença fundamental: sua cota não
interessa ao projeto. Ela é determinada para auxiliar na continuidade do nivelamento, quando a
mudança do aparelho for obrigatória devido às condições desfavoráveis do relevo que não
permitem visar o próximo ponto.

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TIPOS DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO

1. Nivelamento Geométrico Simples


O nivelamento geométrico será simples quando não houver mudança de estação (posição) de
nível, ou seja, de uma única posição conseguimos fazer todas as leituras que desejamos.

OBS.:
1 – a altura do plano de visada é determinada pela cota do ponto de ré (aquele que sabemos a
cota ou a arbitramos, somada à leitura feita na mira instalada neste ponto

2 – A cota dos outros pontos é determinada através da diferença entre a altura do plano de visada
e as leituras na mira instalada em cada um desses pontos (leituras de vante).

2. Nivelamento Geométrico Composto

O nivelamento geométrico será composto quando houver mudança de estação (posição) de nível,
ou seja, somente de várias posições poderemos fazer todas as leituras que desejamos.

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Nivelamento Geométrico Aberto ou Fechado

O nivelamento pode ser aberto ou fechado. È dito aberto quando não se retorna ao ponto inicial
ou não se encerra em um ponto de cota previamente conhecida ou RN.
È dito fechado quando se retorna ao ponto de partida ou se encerra visando uma referencia de
nível (ponto de cota conhecida)
OBS.: Sendo o Nivelamento geométrico fechado temos como determinar o erro cometido
nas operações de campo.

LIMITE DE TOLERÂNCIA PARA O ERRO NO NIVELMENTO GEOMÉTRICO


O limite de tolerância no erro no nivelamento geométrico é fixado de acordo com o destino da
natureza do nivelamento. È comum considerar-se os seguintes tipos do nivelamento,
considerando os limites de tolerância aceitáveis em cada caso:

Alta ordem: o erro médio admitido é de 1,5mm/km percorrido.

Primeira ordem: o erro médio admitido é de 2,5mm/km percorrido.

Segunda ordem: o erro médio admitido é de 1,0cm/km percorrido.

Terceira ordem: o erro médio admitido é de 3,0cm/km percorrido.

Quarta ordem: o erro médio admitido é de 10,0cm/km percorrido

DETERMINAÇÃO DO ERRO DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO


A verificação do nivelamento é feita retornando-se ao ponto de partida após a determinação da
cota do ultimo ponto do nivelamento, fazendo o nivelamento em sentido contrário. Esta operação
que é denominada contra nivelamento.
Assim num caso de um nivelamento fechado, entre dois pontos A e N no nivelamento partimos
de A até N. No contra nivelamento partimos de N até A.
Nesse caso o erro de nivelamento geométrico poderá ser calculado através da diferença entre as
cotas de chegada e de saída do ponto inicial do nivelamento (no caso o ponto A).

Erro de Nivelamento = CA (contra nivelamento) – CA (do nivelamento)

Ainda podemos determinar o erro do nivelamento geométrico através da expressão:

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CN = CA + ∑R - ∑V

Nesse caso devemos considerar o nivelamento e o contranivelamento.


A expressão anterior, então , poderá ser escrita:

CN – CA = + ∑R - ∑V

Considerando-se o nivelamento e contranivelamento o ponto “N” será o próprio ponto de


partida.

Obs.:
1. Quando retornamos ao ponto de partida através do contranivelamento deveríamos ter para sua
cota o mesmo valor arbitrado inicialmente. Nesse caso o erro de nivelamento seria:
∑R - ∑V = 0.
Na prática isto não ocorre. Quando fechamos um nivelamento verificamos que ∑R - ∑V = E,
onde o “E” é o erro de nivelamento.
O erro de nivelamento será admisssível, quando estiver dentro dos limites de tolerância
estabelecidos. Sendo distribuídos para as cotas dos diversos pontos nivelados.
2. Quando utilizamos a expressão ∑R - ∑V = E para determinação do erro de nivelamento
geométrico, consideramos todas as leituras de ré do nivelamento e do contra nivelamento. Já as
leituras de vante são consderadas apenas aquelas que constituem ponto de amarração do
nivelamento.

COMPENSAÇÃO DO ERRO NO NIVELAMENTO GEOMÉTRICO


Estando o erro dentro do limite de tolerância pré estabelecido, podemos compensa-lo sempre nas
cotas do nivelamento.
A compensação é feita a partir das correções que são calculadas proporcionalmente ao Nº de
planos de visada do nivelamento. Portanto, devemos inicialmente calcular o erro unitário.

E= e
N
E = erro unitário
N = Número de vértices
e = erro total

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 21


A compensação é feita de modo que todas as cotas que foram calculadas a partir do 1º plano de
visada, terão correção de 2 x E. As cotas calculadas a aprtir do enésimo plano de visada terão
correção de M x E.
OBS.: o sinal fixo da correção será contrário do erro

TABELA DE NIVELAMENTO GEOMÉTRICO


Ponto Visada a ré Altura do Visada a Vante Cota Distância ao RN
instrumento Intermediária Mudança (m)

Verificação:

COTAfinal = COTAinicial + ∑ V.RÉ - ∑VVM

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UNIDADE 03
SISTEMATIZAÇÃO DE TERRENOS
Sistematizar um terreno é uma operação que consiste em colocar em colocar a sua superfície a
sua superfície em planos uniformes, com declividade adequada a cada tipo de projeto a ser
executado. Uma sistematização pode ser feia quando se quer construir campos de futebol, praças
de esportes, edifícios, projetos de irrigação, etc. Para cada caso ter-se a uma declividade de
acordo com as especificações técnicas do projeto proposto.

Trabalhos necessários
1. Topográficos de Campo
• Estaqueamento
Todo terreno deve ser estaqueado em forma de quadricular. As quadriculas podem ser marcadas
por teodolito e no encontro dos alinhamento definirá um ponto topográfico, no qual receberá um
piquete.
Cada piquete receberá um numero em função dos alinhamentos horizontais e verticais de acordo
com o exemplo anterior. Desta maneira pode-se dizer que a leitura de mira, cota, valor deo corte
ou aterro nas estacass 1.1, 1.2, 2.1,2.2, etc, terão um valor X qualquer.
As quadrículas, representadas pelos piquetes, possuem sempre as mesma áreas, uma vez que o
estaquemento deve ser feito com espaçamentos constantes entre estacas.
Este estaqueamento é recomendado em função do projeto e da topografia da área. Pode-se
afirmar que quanto menor for o espaçamento melhor será o resultado final na determinação dos
volumes de cortes e aterros. Por outro lado, veriica-se um maior gasto de piquetes e um
excessivo aumento de tempo com operações de campo e escritório, quando se diminui um
espaçamento entre estacas além de dificultar muito a execução final da obra, pelas maquinas e
implementos de nivelamento mecânico.

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• Nivelamento (algum dos métodos vistos, principalmente geométrico ou estadimétrico)

Após o estaqueamento de toda a área passa-se ao nivelamento das estacas definidas pelo
cruzamento dos alinhamento horizontais e verticais.
As operações de nivelamento podem ser feitas, utilizando qualquer um dos processos de
nivelamento existentes, isto é nivelamento geométrico, estadimétrico, trigonométrico.
No caso de se utilizar nivelamento geométrico os dados de campo (leituras de mira) e as cotas
calculadas poderão ser anotadas na caderneta tradicional ou ainda diretamente no quadriculado.

• Contranivelamento (se foi usado o nivelamento geométrico)


É utilizado para conferir o nivelamento, caso seja usado o método de nivelamento geométrico.

2. Topográfico de escritório

• Cálculo das cotas do terreno

Sendo nivelamento geométrico arbitra-se uma cota para o ponto inicial, calcula-se a altura do
plano de visada. As cotas dos demais pontos serão calculadas conforme já foi estudado
No caso de nivelamento estadimetrico calcula-se a diferença de nível ou fórmula. Arbitra-se uma
cota para o ponto de partida e calculam-se as demais cotas.

• Traçado das curvas de nível


Traçando curvas de nível será possível identificar as elevações e depressões do terreno, assim
como ter aproximadamente, uma visão do movimento de terra necessário para se fazer a
sistematização.

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 24


Com as cotas já determinadas e de posse do desenho, em escala, da área estaqueada, mostrando
as linhas (i) colunas(j), anota-se cada cota no cruzamento correspondente desta linhas com as
colunas. Escolhe-se uma determinada eqüidistância vertical e, em função dela e das cotas,
traçam-se as curvas de nível da área em questão.

• Determinação das declividades


Dependendo do projeto a ser executado, as declividades na direção das linhas e na direção das
colunas podem ser nulas, pré-estabelecidas, ou as que melhor se adaptem a configuração do
terreno.
Quando as declividades são pré-fixadas, passa-se diretamente ao calculo das cotas do greide.

• Determinação das cotas do greide


São de grande importância do projeto, uma vez que indica as alturas dos pontos, após a
sistematização do terreno. As alturas são determinadas em função das declividades, da posição e
cota do centróide (centro de gravidade da área). A cota do centróide e a sua posição permitem
calcular a cota de origem e a cota da origem permite calcular a cota do greide.
Fórmulas:
Cota do Centróide

HC = Soma de todas as cotas do terreno


Nº de estacas

Posição do Centróide

Px = Soma ( nº de coeficientes de colunas X nº total de linhas)


Nº de estacas

Px = Soma ( nº de coeficientes de linhas X nº total de colunas)


Nº de estacas

Cota de Origem

a = HC – ( declividade y X Py) – (declividade x X Px)

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 25


Cota do Greide

hij = a + (declividade y X nº de coeficientes de linhas) + (declividade x X nº de coeficientes de


colunas)

• Determinação das alturas de corte e aterro


De posse das cotas do terreno e cotas do Greide, todas elas anotadas em cadernetas ou no próprio
esquema quadriculado, passa-se ao calculo das alturas de cortes e aterros para cada estaca:

Bij = Hij –hij,

Sendo:
bij = altura de corte ou aterro
Hij = altura do terreno
hij = altura do Greide

Se b positivo, corte (em m) (C)


Se b negativo, aterro (em m) (A)

Após determinadas as alturas de cortes e aterros efetuam-se separadamente a soma das alturas de
corte e a soma das alturas de aterros. A finalidade das somas é determinar a relação entre os
cortes e aterros.

Relação = Somatório dos cortes


Somatório dos aterros

• Balanceamento dos cortes e aterros


Em virtude de problemas de compactação do solo a relação entre cortes e aterros recomendada
deve estar sempre entre 1,20 e 1,40 (1,20 < R < 1,40). Se a relação estiver acima ou abaixo desse
valor, será necessário determinar um fator de correção, que será aplicado em todas as cotas do
Greide. Este fator de correção, é determinado pela seguinte fórmula:

[▲] = (a X soma dos aterros – soma dos cortes)


Estacas de corte + ( a X estacas de aterro)

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 26


[▲] = fator de correção ( em m)
a = reajuste considerado (1,30 e 1,60)
Se considerarmos a= 1,30 e se a relação R anteriormente calculada não for igual a esse valor será
necessária a correção.
O balanceamento de corte e aterros é feito calculando-se as cotas do greide compensadas e em
seguida, calculando-se as alturas de corte e aterro compensadas.
Kij = hij + [▲]

Kij = cota do greide compensada


hiij = cota do greide não compensada
[▲] = fator de correção

dij = Hij – Kij ; sendo dij = alturas de cortes ou aterros compensadas.


Se d positivo, corte

Obs.: quando se determina novamente a relação entre cortes e aterros verifica-se que esta se
aproxima do valor usado como referência. Não se encontra uma relação exata, porque se trabalha
com somente 3 casas de aproximação para o fator de correção.

Cálculo de volumes de cortes e aterros

1. Método do Somatório de Cortes

Quase sempre o preço da sistematização é calculado em função do volume total de cortes e


aterros da área. Neste caso determina-se apenas o volume de cortes, desprezando-se o volume de
aterro. Se pó acaso, for exigido o calculo do volume de aterro o principio de determinação será o
mesmo usado para o volume de corte.
Existem várias maneiras de determinar os volumes de corte e aterro. Será mostrado o método do
somatório do cortes (aterros), que é considerado de fácil manejo e que atende aos vários
interesses.
Para determinar os volumes é necessário que se tenha a área total do terreno e a área de cada
quadricula. Assim podemos escrever: St = s X N e s = L X L. De posse da área total e da área
das quadrículas pode-se escrever:

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Vc = altura de corte X área de quadricula Vc / há = Vc X 10.000
Área total do terreno

Va = altura de aterro X área de quadricula Va / há = Va X 10.000


Área total do terreno

Vc = volume de corte (m³)


Va = volume de aterro (m³)
Vc = volume de corte por hectare (m³/há)
Va = volume de aterro por hectare (m³/há)

2. Método das Seções Transversais


A aplicação desta fórmula supõe seções planas paralelas entre si, espaçadas de uma distância “d”
. O volume será dado por:

Esta fórmula é largamente empregada em estradas e ferrovias, nos cálculos de corte e aterro.
Para uma mesma seção poderemos ter áreas de corte e aterro, que posteriormente significarão
volumes de corte e aterro.

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 28


3. Superfícies Eqüidistantes

Alguns autores ainda apresentam uma metodologia de cálculo chamada de Superfícies


Eqüidistantes, que na realidade segue o mesmo princípio do cálculo do método das seções
transversais, porém agora ao invés de trabalharmos com seções verticais, utilizaremos seções
horizontais. A fórmula para cálculo é a seguinte:

Um exemplo de aplicação é o cálculo de volume d’água em reservatórios de barragens, onde as

superfícies paralelas são representadas pelas curvas de nível. Vamos verificar a fórmula com o

exercício abaixo.

Exercício 16 – Calcular para as curvas de nível dadas abaixo, o volume definido entre as curvas

5 e 15m.

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 29


3. Execução da Obra no Campo

• Transferências das alturas de cortes e aterro para o campo

Com a caderneta de anotações a mão, ou mesmo um mapa da sistematização, inicia-se a


marcação, em cada estaca, das alturas de cortes e aterros. Esta marcação deve ser clara e precisa,
para que possa servir de orientação ao operados dos equipamentos durante a execução da obra.
Existem várias maneiras de fazer a marcação e uma delas é utilizar de estacas de 5 cm X 12 cm.
As estacas são colocadas próximas ao cruzamento das linhas colunas, com uma referencia de 30
cm acima do solo. Acima da referencia escreve-se o valor do corte e pinta-se de vermelho 15 cm
a partir da extremidade inferior da estaca.
Durante as operações mecânicas de nivelamento, o maquinista deve observar, de tempo em
tempo, o andamento das alturas de cortes e aterros.

• Execução mecânica da obra, utilizando-se máquinas próprias

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 30


Para a execução da obra, devem-se contratar empresas próprias que já estejam acostumadas a
realizar estes tipos de projetos. Não se entrará em pormenores na execução mecânica das obras,
uma vez que foge da área da topografia.
Para termos noção dos volumes calculados, vamos ver alguns exemplos de capacidade de carga
de equipamentos empregados em trabalhos de movimentação de terra. Logicamente que a
capacidade volumétrica de cada equipamento é variável de acordo com o tipo e estado do
material a ser transportado.

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G.P.S. – O "SISTEMA DE POSICIONAMENTO GLOBAL"

UM POUCO DE HISTÓRIA

No dia 23 de agosto de 1499, o navegador italiano Américo Vespúcio acreditava estar


navegando pelas costas das Índias, baseado nos relatos de seu colega e patrício Cristóvão
Colombo. Levava a bordo de sua caravela um Almanaque – livro que lista as posições e os
eventos relacionados aos corpos celestes – que previa o alinhamento da Lua com Marte
para a meia-noite daquele dia. Vespúcio esperou até quase o amanhecer para observá-lo.
Sabendo que a referência dos dados contidos no Almanaque era a cidade de Ferrara, na
Itália, avaliou a diferença de tempo entre as duas observações e, com o valor do diâmetro
da Terra já conhecido, pode calcular a que distância se encontrava de Ferrara – sua
longitude. Concluiu que não poderia estar nas costas das Índias e afirmou categoricamente
que Colombo havia descoberto um novo continente. Foi a primeira pessoa a saber a
verdade sobre o Novo Mundo. O nome AMÉRICA homenageou-o e perpetuou esse romântico
acontecimento.

A RÁDIO-NAVEGAÇÃO

O uso de sinais de rádio para determinar a posição foi um avanço significante na


navegação. O equipamento para rádio-navegação apareceu em 1912. Não era muito
preciso, mas funcionou até que a II Grande Guerra permitisse o desenvolvimento do RADAR
– Radio Detection And Ranging – e a capacidade de medir lapsos de tempo entre
emissão/recepção de ondas de rádio. Para determinar a posição, mede-se o lapso de tempo
dos sinais provenientes de locais conhecidos. Os sinais de rádio são emitidos de
transmissores exatamente ao mesmo tempo e têm a mesma velocidade de propagação. Um
receptor localizado entre os transmissores detecta qual sinal chega primeiro e o tempo até a
chegada do segundo sinal. Se o operador conhece as exatas localizações dos transmissores,
a velocidade das ondas de rádio e o lapso de tempo entre os dois sinais, ele pode calcular
sua localização em uma dimensão. Ele sabe onde está numa linha reta entre os dois
transmissores.. Se usarmos três transmissores, podemos obter uma posição bi-dimensional,
em latitude e longitude. O GPS funciona baseado nos mesmos princípios. Os transmissores
de rádio são substituídos por satélites que orbitam a Terra a 20.200 km e permitem
conhecer a posição em três dimensões: latitude, longitude e altitude.

O SISTEMA GPS

A tecnologia atual permite que qualquer pessoa possa se localizar no planeta com uma
precisão nunca imaginada por navegantes e aventureiros há até bem pouco tempo. O
sofisticado sistema que tornou realidade esse sonho e chamado "G.P.S." – Global
Positioning System (Sistema de Posicionamento Global) – e foi concebido pelo
Departamento de Defesa dos EUA no início da década de l960, sob o nome de ‘projeto
NAVSTAR’. O sistema foi declarado totalmente operacional apenas em l995. Seu
desenvolvimento custou 10 bilhões de dólares. Consiste de 24 satélites que orbitam a terra
a 20.200 km duas vezes por dia e emitem simultaneamente sinais de rádio codificados.
Testes realizados em 1972 mostraram que a pior precisão do sistema era de 15 metros. A
melhor, 1 metro. Preocupados com o uso inadequado , os militares americanos implantaram
duas opções de precisão: para usuários autorizados (eles mesmos) e usuários não-
autorizados (civis). Os receptores GPS de uso militar têm precisão de 1 metro e os de uso
civil, de 15 a 100 metros. Cada satélite emite um sinal que contém: código de precisão (P);
código geral (CA) e informação de status.

Como outros sistemas de rádio-navegação, todos os satélites enviam seus sinais de rádio
exatamente ao mesmo tempo, permitindo ao receptor avaliar o lapso entre
emissão/recepção. A potência de transmissão é de apenas 50 Watts. A hora-padrão GPS é
passada para o receptor do usuário. Receptores GPS em qualquer parte do mundo
mostrarão a mesma hora, minuto, segundo,... até mili-segundo. A hora-padrão é altamente
precisa, porque cada satélite tem um relógio atômico, com precisão de nano-segundo –
mais preciso que a própria rotação da Terra. É a referência de tempo mais estável e exata
TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 32
jamais desenvolvida. Chama-se atômico por usar as oscilações de um átomo como
"metrônomo".

O receptor tem que reconhecer as localizações dos satélites. Uma lista de posições,
conhecida como almanaque, é transmitida de cada satélite para os receptores. Controles em
terra rastreiam os satélites e mantém seus almanaques acurados.

Cada satélite tem códigos P e CA únicos, e o receptor pode distinguí-los. O código P é mais
complexo que o CA, quase impossível de ser alterado e somente militares têm acesso
garantido a ele.

Receptores civis medem os lapsos de tempo entre a recepção dos sinais codificados em CA.
O conceito da rádio-navegação depende inteiramente da transmissão simultânea de rádio-
sinais. O controle de terra pode interferir, fazendo com que alguns satélites enviem seus
sinais CA ligeiramente antes ou depois dos outros. A interferência deliberada introduzida
pelo Departamento de Defesa dos EUA é a fonte da Disponibilidade Seletiva – Selective
Availability (AS). Os receptores de uso civil desconhecem o valor do erro, que é alterado
aleatoriamente e está entre 15 e 100 metros. Os receptores militares não são afetados.
Existe outra fonte de erro que afeta os receptores civis: a interferência ionosférica. Quando
um sinal de rádio percorre os eletrons livres na ionosfera, sofre um certo atraso. Sinais de
freqüências diferentes sofrem atrasos diferentes. Para detectar esse atraso, os satélites do
sistema enviam o código P em duas ondas de rádio de diferentes freqüências, chamadas L1
e L2. Receptores caros rastreiam ambas as freqüências e medem a diferença entre a
recepção dos sinais L1 e L2, calculam o atraso devido aos eletrons livres e fazem correções
para o efeito da ionosfera. Receptores civis não podem corrigir a interferência ionosférica
porque os códigos CA são gerados apenas na freqüência L1 ( l575,42 MHz ). Existem
receptores específicos, conhecidos como não-codificados, que são super acurados. Como
desconhecem os valores do código P, obtém sua precisão usando técnicas especiais de
processamento. Eles recebem e processam o código P por um número de dias e podem
obter uma posição fixa com precisão de 10 mm. É ótimo para levantamento topográfico.

Os sinais gerados pelos satélites contém um "código de identidade" (ou pseudo-randômico),


dados efêmeros (de status) e dados do almanaque. O código de identidade (Pseudo-
Random Code – PRN ) identifica qual satélite está transmitindo. Usa-se como referência dos
satélites seus PRN, de 1 a 32. O código pseudo-randômico permite que todos os satélites do
sistema compartilhem a mesma freqüência sem interferências. É um sistema engenhoso
que torna o GPS prático e relativamente barato de se usar. Ao contrário dos satélites de TV,
que estão em órbitas geo-síncronas (estacionários no céu) e transmitem poderosos sinais
para refletores parabólicos em terra, o satélite GPS envia sinais com poucas informações e
de baixa potência para antenas do tamanho do dedo polegar. De fato, os sinais GPS são tão
fracos que não são maiores que o ruído de fundo (de rádio) inerente à Terra. O princípio do
código pseudo-randômico, que significa literalmente "aparentemente aleatório", se baseia
em uma comparação realizada em muitos ciclos de um sinal, que é demorada e incômoda
se comparada com um sinal de TV. O padrão para comparação do código pode ser alterado
(apenas código CA), permitindo que o governo americano controle o acesso ao sistema do
satélite.

Os dados efêmeros (de status) são constantemente transmitidos e contém informações de


status do satélite (operacional ou não), hora, dia, mês e ano. Os dados de almanaque dizem
ao receptor onde procurar cada satélite a qualquer momento do dia. Com um mínimo de
três satélites, o receptor pode determinar uma posição Lat/Long – que é chamada posição
fixa 2D – bi-dimensional. (Deve-se entrar com o valor aproximado da altitude para melhorar
a precisão). Com a recepção de quatro ou mais satélites, um receptor pode determinar uma
posição 3D, isto é, Lat/Long/Altitude.Pelo processamento contínuo de sua posição, um
receptor pode também determinar velocidade e direção do deslocamento.

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 33


FATORES QUE AFETAM A PRECISÃO DO SISTEMA

O Sistema foi originalmente projetado para uso militar, mas em l980, uma decisão do então
presidente Ronald Reagan liberou-o para o uso geral. Na época, o Departamento de Defesa
americano implantou um erro artificial no Sistema chamado "Disponibilidade Seletiva", para
resguardar a segurança interna do país. A Disponibilidade Seletiva foi cancelada por um
decreto do Presidente Clinton em maio de 2000, pois o contínuo desenvolvimento
tecnológico permitiu ao Departamento de Defesa obstruir a precisão do Sistema onde e
quando os interesses americanos exigissem. Com o decreto, o erro médio de 100 metros na
localização do receptor ficou dez vezes menor.

Um fator que afeta a precisão é a ‘Geometria dos Satélites’ - localização dos satélites em
relação uns aos outros sob a perspectiva do receptor GPS. Se um receptor GPS estiver
localizado sob 4 satélites e todos estiverem na mesma região do céu, sua geometria é
pobre. Na verdade, o receptor pode não ser capaz de se localizar, pois todas as medidas de
distância, provém da mesma direção geral. Isto significa que a triangulação é pobre e a
área comum da intersecção das medidas é muito grande (isto é, a área onde o receptor
busca sua posição cobre um grande espaço). Dessa forma, mesmo que o receptor mostre
uma posição, a precisão não é boa. Com os mesmos 4 satélites, se espalhados em todas as
direções, a precisão melhora drasticamente. Suponhamos os 4 satélites separados em
intervalos de 90º a norte, sul, leste e oeste. A geometria é ótima, pois as medidas provém
de várias direções. A área comum de intersecção é muito menor e a precisão muito maior.
A geometria dos satélites torna-se importante quando se usa o receptor GPS próximo a
edifícios ou em áreas montanhosas ou vales. Quando algum satélite é bloqueado, a posição
relativa dos demais determinará a precisão, ou mesmo se a posição pode ser obtida. Um
receptor de qualidade indica não apenas os satélites disponíveis, mas também onde estão
no céu (azimute e elevação), permitindo ao operador saber se o sinal de um determinado
satélite está sendo obstruído.

Outra fonte de erro é a interferência resultante da reflexão do sinal em algum objeto, a


mesma que causa a imagem ‘fantasma’ na televisão. Como o sinal leva mais tempo para
alcançar o receptor, este 'entende’ que o satélite está mais longe que na realidade..

Outras fontes de erro: atraso na propagação dos sinais devido aos efeitos atmosféricos e
alterações do relógio interno. Em ambos os casos, o receptor GPS é projetado para
compensar os efeitos.

PREVISÃO DO ERRO

Fontes de erro (típico) erro médio gerado

Erro do relógio do satélite 60 cm

Erro de efemérides 60 cm

Erros dos receptores 120 cm

Atmosférico/Ionosférico 360 cm

Total (raiz quadrada da soma dos quadrados) 390 cm

Para se calcular a precisão do sistema, multiplica-se o resultado acima pelo valor do DOP
mostrado no receptor GPS. Em boas condições, o DOP varia de 3 a 7. Assim, a precisão de
um bom receptor num dia típico será:

De 3x390cm a 7x390cm ou seja, de 10 a 30 metros, aproximadamente.

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 34


ASPECTOS TÉCNICOS DO GPS

RASTREAMENTO DOS SATÉLITES

Um receptor rastreia um satélite pela recepção de seu sinal. Sinais de apenas quatro
satélites são necessários para obtenção de uma posição fixa tridimensional, mas é desejável
um receptor que rastreie mais de quatro satélites simultaneamente. Como o usuário se
desloca, o sinal de algum satélite pode ser bloqueado repentinamente por algum obstáculo,
restando satélites suficientes para orientá-lo. A maioria dos receptores rastreia de 8 a 12
satélites ao mesmo tempo.

Um receptor não é melhor que outro por rastrear mais satélites. Rastrear satélites

significa conhecer suas posições. Não significa que o sinal daquele satélite está sendo usado
no cálculo da posição. Muitos receptores calculam a posição com quatro satélites e usam os
sinais do quinto para verificar se o cálculo está correto.

CANAIS

Os receptores não funcionam acima de determinada velocidade de deslocamento. O número


de canais determina qual a velocidade máxima de uso. Mais canais não significa
necessariamente maior velocidade. O número de canais não é fator importante na escolha
do receptor, e sim, sua velocidade de operação.

Depois que os sinais são captados pela antena, são direcionados para um circuito eletrônico
chamado canal, que reconhece os sinais de diferentes satélites. Um receptor com um canal
lê o sinal de cada satélite sucessivamente, até receber os sinais de todos os satélites
rastreados. A técnica é chamada "time multiplexing". Leva menos de um segundo para
processar os dados e calcular a posição. Um receptor com mais de um canal é mais rápido,
pois os dados são processados simultaneamente.

ANTENAS

A antena recebe os sinais dos satélites. Como os sinais são de baixa intensidade, as
dimensões da antena podem ser muito reduzidas. Receptores portáteis utilizam um dos dois
tipos:

• Quadrifilar helix – formato retangular; localização externa; giratória; detecta melhor


satélites localizados mais baixos no horizonte.
• Patch (microstrip) – Menor que a helix; localização interna; pode detectar satélites
na vertical e a 10° acima do horizonte.

ANTENAS EXTERNAS

Podem ser conectadas através de uma extensão à maioria dos receptores. Alguns
receptores possuem antena destacável, permitindo melhor uso a bordo de veículos. Se você
for comprar uma antena externa, escolha uma ‘ativa’ que amplifica os sinais antes de enviá-
los para o receptor. Ao construir uma extensão, opte por encurtar o cabo o máximo possível
para diminuir a perda do sinal.

ENTRADA DE DADOS

Receptores GPS são projetados para serem compactos, não possuindo teclado alfa-
numérico. Todos os dados são digitados uma letra ou número ou símbolo por vez. Se o
receptor não permitir rápida mudança de caracteres, NÃO COMPRE.

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 35


Se você quer usar o receptor associado a outro equipamento, opte por um com essa
capacidade. Embora a maioria dos receptores possa enviar dados para equipamentos
periféricos, nem todos podem receber dados.

APLICAÇÕES DE ENTRADA E SAÍDA DE DADOS

Alguns equipamentos apenas recebem informações de um receptor GPS. Os dados são


continuamente enviados para o equipamento acoplado ao receptor, que os utiliza para
outras finalidades, tais como:

• Mapa dinâmico: o receptor envia a posição para um computador portátil que a


visualiza através de um ícone sobre um mapa da região.
• Piloto automático: o receptor alimenta continuamente um piloto automático com
dados atualizados, que os utiliza para ajustar a direção e permanecer no curso.
• Registro automático de dados: transferência dos dados obtidos durante o
deslocamento para a memória do equipamento acoplado ao receptor.

O receptor deve usar uma linguagem que o equipamento a ele associado possa entender.
Existe uma linguagem padrão para equipamentos de navegação chamada: Protocolo NMEA
– National Maritime Eletronics Association. Existem diferentes formatos de protocolos, então
verifique se o receptor e o equipamento usam o mesmo formato. Os mais comuns são: 180;
182; 183 versão 1,5; 183 versão 2,0. A maioria dos receptores tem saída NMEA de dados.

O receptor pode também receber dados do computador. Os usos comuns são:

• Transferência de pontos, trilhas ou rotas plotados no computador para o receptor;


• Transferência dos dados armazenados no receptor para o computador, liberando a
memória do receptor;
• Transferência das coordenadas de um ponto selecionadas em um mapa na tela de
um computador para o receptor;

Plotar pontos no receptor pode ser cansativo devido à ausência de teclado alfa-numérico.
Um editor permite a entrada de dados rápida e facilmente. Os dados são digitados no
teclado do computador e transferidos depois para o receptor. Outra maneira de plotar os
pontos no computador é usar um mapa da área na tela e selecionar os pontos a serem
plotados com um mouse. O computador transfere automaticamente as coordenadas dos
pontos para o receptor.

Nem todos os receptores são projetados para receber dados. Existem três linguagens
utilizadas nos receptores com essa capacidade: NMEA; ACS II (formato de texto de um PC
comum; e Proprietary (linguagens desenvolvidas pelos próprios fabricantes). Poucos
receptores portáteis recebem dados NMEA. Alguns recebem dados ACS II e podem ser
conectados diretamente ao computador RS 232. A maioria dos receptores apenas recebem
dados no formato projetado pelo fabricante. Algumas companhias querem limitar programas
feitos por terceiros para seus receptores e se recusam a revelar o formato usado. Se você
quer usar seu receptor associado a outros equipamentos, verifique a compatibilidade das
linguagens empregadas.

DGPS – DIFFERENTIAL GPS (GPS Diferencial)

O GPS Diferencial – DGPS – é uma técnica usada para melhorar a precisão do Sistema de
Posicionamento Global pelo processamento contínuo de correções nos sinais, que podem ser
transmitidas em Freqüência Modulada ou via satélite e são disponibilizadas em alguns
países através de serviços de subscrição taxados. O DGPS reduz os efeitos das variações
ionosféricas e permite precisão de 1 a 5 metros.

O usuário pode obter as correções adquirindo seu próprio receptor DGPS.

TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 36


Uma antena transmissora de DGPS é instalada numa localização conhecida (i.e. a posição
exata do lugar foi previamente determinada). No local da estação transmissora, os satélites
GPS são monitorados através de um receptor GPS. O receptor é equipado para calcular
correções para cada satélite recebido. A correção é a diferença entre a distância do satélite
(do local da antena) medida pelo receptor GPS e a distância real ao satélite baseada na
localização conhecida do local da antena. As correções são transmitidas para o receptor
DGPS do usuário pela Estação da Antena DGPS. O receptor usa então as correções para
remover erros de suas próprias medidas.

Os satélites recebidos pelo receptor DGPS do usuário, mas não pelo receptor GPS no local
da antena transmissora, não terão as correções correspondentes. Quando quatro ou mais
satélites recebidos têm as correções correspondentes, o resultado é uma posição altamente
precisa. Quanto mais satélites com correção, maior a precisão.

Um receptor DGPS típico recebe sinais no formato RTCM SC-104 de bases terrestres que
operam em bandas de Freqüências entre 283,5 a 325 kHz e dados na razão de 25, 50,
100 ou 200 bits por segundo. Estas estações são operadas por agencias governamentais,
como a Guarda Costeira dos EUA.

Geralmente, estações mais próximas fornecerão dados corrigidos mais precisos. Outras
estações devem ser verificadas pelo usuário quanto à disponibilidade de sinal e aplicação
pretendida. A potência da estação é geralmente configurada para cobrir uma faixa de uns
300 km. Outros fatores como interferência local, condições atmosféricas, localização da
estação e seleção e instalação da antena afetam o alcance disponível do sinal.

FONTES DE ERROS DO DGPS

O uso do DGPS em associação ao receptor GPS pode melhorar substancialmente a precisão.


No entanto, alguns fatores podem contribuir para a degradação da precisão esperada.

·Perda do Sinal da Antena DGPS – A falta de dados de correção do DGPS resultará em


precisão reduzida, que será a mesma do receptor sem a antena DGPS.

· Troca pobre de dados entre o DGPS e o GPS podem resultar em correções intermitentes
ou nulas.

· O alcance de transmissão de uma antena DGPS é de poucas centenas de km. Além do


alcance, o sinal não é confiável.

·Podem ocorrer interferências no sinal da antena durante atividades atmosféricas intensas.


Outras fontes de interferências como alternador do motor, sistema de ignição e ondas VHF
podem afetar o sinal. A interferência do alternador e da ignição pode ser minimizada pela
proteção apropriada da cablagem, pelo uso de filtros EMI/RFI e pela montagem adequada
da antena receptora.

·Trajetória Múltipla: ocorre quando o sinal é refletido antes de alcançar o receptor GPS. O
sinal refletido demora um pouco mais para alcançar o receptor que o sinal não
refletido.Como a distância para cada satélite é calculada com base no tempo que o sinal
leva para alcançar o receptor, a demora resulta em erro de posição. O erro pode ser
minimizado pela escolha de um local para a instalação da antena menos exposto a sinais
refletidos. Geralmente a antena deve ser montada numa superfície horizontal plana e
grande, distante de estruturas verticais como cabines, mastros, etc.

·Número de Satélites Visíveis. Para efetuar as correções nos sinais dos satélites recebidos
pela antena da estação transmissora, os mesmos satélites,pelo menos em parte, devem
estar sendo recebidos pelo GPS.

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·Condições Atmosféricas. Diferenças na ionosfera e/ou troposfera entre a estação DGPS e o
receptor DGPS podem resultar em precisão deteriorada. Embora não causem erro
significativo, o erro pode aumentar com a distância à Estação DGPS.

·Geometria dos Satélites. Um mínimo de quatro satélites é necessário para determinar uma
posição 3D. Às vezes, satélites adicionais são necessários devido à localização relativa entre
si. A localização relativa é chamada “Geometria dos Satélites”. A geometria é ideal quando
os satélites estão localizados em grandes ângulos em relação uns aos outros. Quando em
linha ou agrupados, a geometria é considerada pobre. Ocorre o mesmo para o DGPS.

WAAS – Wide Area Augmentation System – Sistema de Área Ampliada

Basicamente é um sistema de estações terrestres e satélites que corrigem o sinal do GPS,


melhorando consideravelmente a precisão. Um receptor com capacidade WAAS permite
precisão de 2 a 3 metros, horizontal e verticalmente, durante 95% do tempo, sem
necessidade de equipamento adicional ou taxas de serviços extras.

É um projeto que o FAA – órgão que administra as atividades aeronáuticas dos EUA – está
desenvolvendo para melhorar a precisão geral e a integridade do sinal GPS para vôos por
instrumentos sob condições meteorológicas adversas, principalmente durante a
aproximação para o pouso.

Atualmente, o GPS apenas não preenche as necessidades de precisão do FAA. O sistema


WAAS corrige os erros do sinal do GPS causados por distúrbios ionosféricos, erros de órbita
dos satélites e permite informação vital integral de cada satélite GPS. Embora o sistema não
esteja ainda aprovado para a aviação, está disponível para uso civil nos EUA.

O WAAS consiste de aproximadamente 25 estações terrestres de referência distribuídas


pelos EUA que monitoram os dados dos satélites GPS. Duas estações padrões, uma em cada
costa americana, coletam os dados das estações de referência e criam uma mensagem de
correção que considera os desvios de órbitas dos satélites e atrasos do sinal causados pela
atmostera e pela ionosfera. A mensagem diferencial de correção é então transmitida por um
dos dois satélites geoestacionários (com posição fixa sobre o equador). A informação é
compatível com a estrutura básica do sinal GPS, e qualquer receptor GPS adequado pode
processar o sinal.

Atualmente o sistema cobre apenas a América do Norte. Não existem estações de referência
na América do Sul. Embora o usuário possa receber o WAAS, o sinal não está corrigido e
não melhora a precisão.

A recepção do sinal WAAS é ótima em campos abertos ou no mar. O WAAS permite


cobertura muito maior se comparado ao sistema DGPS.

Outros governos estão desenvolvendo sistemas similares. Na Ásia, o Japão desenvolve o


Multi-functional Satellite Augmentation System – MSAS – enquanto a Europa tem o Euro
Geostationary Navigation Overlay Service – EGNOS -.

Eventualmente os usuários de GPS ao redor do mundo terão acesso a dados de posição


precisos usando estes ou outros sistema compatíveis.

SISTEMAS DE COORDENADAS

São padrões de quadrados e retângulos superpostos aos mapas que permitem identificação
de todo e qualquer ponto. O sistema mais usado que cobre o mundo todo é o
LATITUDE/LONGITUDE. Usa-se como referências a Linha do Equador – que divide a Terra
em Hemisfério Norte (N) e Hemisfério Sul (S) – e a linha que passa pelos polos e pela
cidade inglesa de Greenwich (Meridiano de Greenwich) – que divide a Terra em Hemisfério
Oeste (W, de West) e Hemisfério Leste (E, de East). As linhas imaginárias paralelas à do
TOPOGRAFIA II – PROF.: Vlamir Soares Fonseca 38
Equador são chamadas de Paralelos de Latitude e suas perpendiculares, de Meridianos de
Longitude. Convencionou-se que a linha do Equador é a linha 0º de Latitude e o meridiano
de Greenwich, a linha 0º de Longitude. O meridiano oposto, a 180º, é chamado de
"International Date Line" (Linha Internacional de Mudança de Data). O Polo Norte está na
Latitude 90º Norte e o Sul, na 90º Sul. P último pedido de socorro do Titanic partiu das
coordenadas localizadas no paralelo de latitude 41º e 45’ acima do Equador (Hemisfério
Norte) e no meridiano de longitude a 050º e 14’ a oeste de Greenwich (Hemisfério Oeste).
Assim, no sistema LAT/LONG, suas coordenadas eram: N 41º 45’ W 050º14’.

COORDENADAS UTM – Universal Transversa de Mercator

A genialidade da grade UTM está na facilidade e precisão que ela permite na leitura de
mapas muito detalhados. Gerardus Mercator, cartógrafo belga do século XVI, não imaginava
o alcance da projeção elaborada por ele.

A grade UTM divide o mundo em 60 zonas de 6º de largura. A zona número 1 começa na


longitude oeste 180º (W 180º=E180º). Continuam em intervalos de 6º até a zona de número
60. Cada zona é projetada num plano e perde sua característica esférica. Assim suas
coordenadas são chamadas "falsas". A distorção produzida pela projeção limita o mapa à
área compreendida entre as latitudes N 84º e S 80º. A grade UTM não inclui
necessariamente letras na sua designação. A letra ‘U’, usada como referência pelo Sistema
Militar Americano (U. S. Military Grid System), designa a região compreendida entre as
latitudes N 48º e N 56º. Letras em ordem alfabética – de sul para norte – são usadas para
designar seções de 8º, de forma a coincidir a seção ‘U ’entre as referidas latitudes. Alguns
receptores usam essa notação, outros apenas indicam se as coordenadas estão acima ou
abaixo do Equador.

Cada zona tem sua referência vertical e horizontal. A linha de longitude que divide uma
zona de 6º em duas metades é chamada de ‘zona meridiana’. Por exemplo, a zona 1 é
limitada pelas linhas de longitude W 180º e W 174º, então sua zona meridiana é a linha de
longitude W 177º. A zona meridiana é sempre definida como 500.000 m. As coordenadas
horizontais maiores ou menores que 500.000 m se localizam a leste ou oeste da zona
meridiana, respectivamente. O valor de uma coordenada horizontal avalia sua distância –
em metros – da zona meridiana. A coordenada 501.560 está a 1.560 m a leste da zona
meridiana; a 485.500 está a (500.000 – 485.500) = 14.500 m a oeste da zona meridiana.
As coordenadas horizontais crescem para leste e decrescem para oeste. As coordenadas
verticais são medidas em relação ao Equador, que é cotado como a coordenada 0.000.000
m de referência para o Hemisfério Norte ou como a coordenada 10.000.000 m de referência
para o Hemisfério Sul. A coordenada vertical de uma localidade acima da Linha do Equador
é sua distância – em metros – ao Equador. A coordenada vertical 5.897.000 significa que o
ponto está a 5.897,0 m acima do Equador. Se o ponto estiver abaixo do Equador, a
distância é calculada subtraindo-se o valor da coordenada do valor de referência para o
Hemisfério Sul (10.000.000 – 5.897.000 = 4.103,0 m).

Como a mesma coordenada vertical pode ser associada a duas localidades distintas, uma
acima e outra abaixo do Equador, é necessário indicar em qual hemisfério se localiza para
identificá-la.

DATUM DE UMA CARTA GEOGRÁFICA

As cartas geográficas são confeccionadas de forma que todos os pontos estão a


determinada distância de um ponto de referência padrão chamado DATUM. Antigamente
cada país escolhia independentemente seu próprio DATUM. Resultava que as mesmas
localidades tinham diferentes coordenadas em cartas de diferentes países.

O GPS tem seu próprio DATUM chamado WGS 84 – World Geodetic System 1984. Todos os
receptores podem usá-lo como referência.

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Obtém-se maior precisão quando o receptor é configurado com o mesmo datum da Carta
Geográfica disponível. A opção Córrego Alegre, utilizada como referência nas cartas do
IBGE, consta da lista dos DATA opcionais para configuração do GPS.

RECEPTORES GPS

Existem receptores de diversos fabricantes disponíveis no mercado, desde os portáteis –


pouco maiores que um maço de cigarros - que custam pouco mais de 100 dólares, até os
sofisticados computadores de bordo de aviões e navios, passando pelos que equipam
muitos carros modernos. Além de receber e decodificar os sinais dos satélites, os receptores
são verdadeiros computadores que permitem várias opções de: referências; sistemas de
medidas; sistemas de coordenadas; armazenagem de dados; troca de dados com outro
receptor ou com um computador; etc. Alguns modelos têm mapas muitos detalhados em
suas memórias. Uma pequena tela de cristal líquido e algumas teclas permitem a interação
receptor/usuário.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS DE UM RECEPTOR

• Permitem armazenar pontos em sua memória, através de coordenadas lidas em uma


carta, obtidas pela leitura direta de sua posição ou através de reportagens ou livros
especializados que as publiquem.
• Os pontos plotados na memória podem ser combinados formando rotas que, quando
ativadas, permitem que o receptor analise os dados e informe, por exemplo: tempo,
horário provável de chegada e distância até o próximo ponto; tempo, horário
provável de chegada e distância até o destino; horário de nascer e do por do Sol;
rumo que você deve manter para chegar ao próximo ponto de sua rota e muito mais.
A função ROTA é importante porque permite que o receptor guia o usuário do
primeiro ponto ao próximo e assim sucessivamente até o destino. Quando você
atinge um ponto, o receptor busca o próximo - sem a interferência do operador –
automaticamente. A função GO TO é similar, sendo o ponto selecionado o próprio
destino.
• Grava na memória seu deslocamento, permitindo retraçar seu caminho de volta ao
ponto de partida. Pode-se avaliar sua utilidade em barcos, caminhadas e uso fora-
de-estrada.
• Os receptores instalados nos carros dos países onde existem mapas digitalizados –
computadores de bordo – trazem em sua memória mapas detalhados de cidades e
endereços úteis como restaurantes, shoppings, hotéis, etc. Um menu permite ao
motorista ativar automaticamente uma rota até o ponto desejado, seja outra cidade,
outro bairro ou um endereço específico. (No Brasil, provavelmente a General Motors
sairá na frente na oferta desse opcional, no carro a ser produzido em sua unidade do
Rio Grande do Sul. A filial da Mannesmann VDO AG., fabricante alemã desse
equipamento, está sondando empresas especializadas para fazerem o mapeamento
digitalizado das cidades brasileiras com mais de 100.000 habitantes.

APLICAÇÕES

Além de sua aplicação óbvia na aviação geral e comercial e na navegação marítima,


qualquer pessoa que queira saber sua posição, encontrar seu caminho para determinado
local (ou de volta ao ponto de partida), conhecer a velocidade e direção de seu
deslocamento pode se beneficiar com o sistema. A comunidade científica o utiliza por seu
relógio altamente preciso. Durante experimentos científicos de coleta de dados, pode-se
registrar com precisão de micro-segundos (0,000001 segundo) quando a amostra foi
obtida. Naturalmente a localização do ponto onde a amostra foi recolhida também pode ser
importante.

Agrimensores diminuem custos e obtêm levantamentos precisos mais rapidamente com o


GPS. Unidades específicas têm custo aproximado de 3.000 dólares e precisão de 1 metro,

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mas existem receptores mais caros com precisão de 1 centímetro. A coleta de dados por
estes receptores é bem mais lenta.

Guardas florestais, trabalhos de prospecção e exploração de recursos naturais, geólogos,


arqueólogos, bombeiros, são enormemente beneficiados pela tecnologia do sistema. O GPS
tem se tornado cada vez mais popular entre ciclistas, balonistas, pescadores, ecoturistas ou
por leigos que queiram apenas planejar e se orientar durante suas viagens.

Com a popularização do GPS, um novo conceito surgiu na agricultura: a agricultura de


precisão. Uma máquina agrícola dotada de receptor GPS armazena dados relativos à
produtividade em um cartão magnético que, tratados por programa específico, produz um
mapa de produtividade da lavoura. As informações permitem também otimizar a aplicação
de corretivos e fertilizantes. Lavouras americanas e européias já utilizam o processo que
tem enorme potencial em nosso país.

LIMITAÇÕES

A leitura da altitude fornecida pelo receptor também é afetada pelo erro do sistema. Porém,
um erro de 10 metros numa dimensão de 100; 200 ou 500 metros é proporcionalmente
muito grande e perigosa, dependendo da atividade desenvolvida.

Os sinais dos satélites não penetram em vegetação densa, vales estreitos, cavernas ou na
água. Montanhas altas ou edifícios próximos também afetam sua precisão.

Para o uso automotivo, deve-se providenciar uma extensão para fixar a antena
externamente ou posicionar o receptor junto ao pára-brisas.

É importante que o receptor utilize pilhas comercializadas no nosso mercado e que tenha
como acessório um adaptador para ligá-lo no acendedor de cigarros do veículo.

Para o uso em ambiente marinho, é fundamental que o receptor seja a prova d’água para
evitar corrosão em seus componentes.

ESCOLHA DO RECEPTOR

O ítem mais importante é definir a aplicação básica que você terá para um receptor GPS.
Identifique então os modelos disponíveis no mercado e liste-os sob a forma de uma tabela
comparativa contendo preços, características principais e acessórios disponíveis. Acessórios
ou características supérfluas à sua aplicação encarecem desnecessariamente o modelo a ser
adquirido.

Um receptor portátil para o uso geral de excelente relação custo/benefício é o modelo GPS
III PLUS fabricado pela GARMIN. Vem de fábrica com um mapa bastante detalhado
implantado na memória; funciona com 4 pilhas tamanho AA - autonomia de mais de 30
horas - ou conectado ao acendedor de cigarros – aceita variação de 10 a 32 Volts na
alimentação; sua memória tem capacidade de gravar até 500 pontos e 20 rotas diferentes e
registra seu deslocamento automaticamente. Permite entrada/saída de dados para outros
equipamentos e custa aproximadamente 300 dólares nos EUA. Existe um modelo específico
para as Américas e o modelo PILOT, mais caro, para o uso em aviação.

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GLOSSÁRIO

ALMANAQUE – Informações de localização (constelação) e status dos satélites transmitida


por cada satélite e coletada pelo receptor.

AZIMUTE – O ângulo formado entre a direção Norte-Sul e a direção de um objeto


considerado, contado a partir do Polo Norte, variando de 0° a 360° no sentido horário.

DIREÇÃO – A direção do deslocamento, medida em graus, baseada na convenção que


considera o operador/receptor no centro de um círculo imaginário, estando o Norte a
0º/360º e o Sul a 180º.

RUMO – A direção pretendida de movimento.

CURSO – É o ângulo formado entre a direção do destino e a direção Norte-Sul, medida em


graus.

COORDENADAS – Descrição única de uma posição geográfica, usando caracteres numéricos


ou alfa-numéricos.

NORTE VERDADEIRO ou de GAUSS – A direção do Polo Norte.

NORTE MAGNÉTICO – A direção apontada pela agulha da bússola magnética.

DECLINAÇÀO MAGNÉTICA – A diferença, em graus, entre o norte magnético e o verdadeiro.

POSIÇÀO – Uma localização geográfica na superfície da Terra.

NAVEGAÇÀO - Ato de determinar o curso e a direção do deslocamento.

ROTA – Um curso planejado de viagem definido por uma seqüência de pontos.

PERNA – Distância de um ponto de uma rota ao próximo ponto de referência.

POSIÇÀO FIXA – Coordenadas de posição computadas pelo receptor GPS

S.A. – Selective Availability ( Disponibilidade Seletiva) – O erro aleatório que o


Departamento de Defesa dos EUA introduz deliberadamente nos sinais do Sistema para
degradar sua precisão, onde e quando desejar.

DILUIÇÃO DE PRECISÃO – DOP (Dilution Of Precision) – Também conhecida como GDOP


(Geometric DOP), é o fator que determina a precisão obtida devido à geometria dos
satélites. Quanto menor a DOP, melhor a precisão.

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