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Custo Logístico na Cadeia de Suprimentos

Carlos R. Menchik 1
14/Maio/2007
Link:
http://www.intelog.net/site/default.asp?TroncoID=907492&SecaoID=508074&SubsecaoID=627271&Templa
te=../artigosnoticias/user_exibir.asp&ID=704545&Titulo=Custo%20Log%EDstico%20na%20Cadeia%20de%
20Suprimentos

Com o advento da globalização a luta por competitividade tem


forçado as empresas a quebrar seus paradigmas e principalmente a
repensar seus negócios para que de forma estruturada conseguir, não
mais ganhos incrementais, mas sim, ganhos radicais. Principalmente
porque nos últimos 40 anos temos trabalhado incessantemente na
melhoria da qualidade e na redução dos custos dentro de nossas áreas
fabris, de forma isolada, com a atual velocidade e demanda dos
negócios ficou claro a necessidade de transpor nossos portões e buscar
a integração com nossos fornecedores e clientes para viabilizar ganhos
impensáveis até 3 anos atrás, porem, agora pela ótica da Logística.

Concomitante a isso, a complexidade nos negócios vem sendo


ampliada paulatinamente e poucas empresas, estão preparadas para
lidar com estas novas e crescentes pressões impostas a logística das
cadeias de suprimento, principalmente nos quesitos:

• Competição entre empresas mais acirrada;


• Diversificação da produção, crescimento logarítmico dos
SKU;
• Segmentação de clientes, mercados e produtos;
• Clientes cada vez mais informados e exigindo melhores
produtos e produtos mais inovadores;
• A expectativa de vida dos produtos cada vez menor por
tecnologia, por designe ou por qualidade;
• Redução de custos;
• Local de produção não é mais o local de consumo;
• Estoques menores;
• Alto nível de incertezas.

Estes fatores não acontecem de forma isolada, muito ao contrário,


acontecem invariavelmente em uma combinação elevada exigindo por
operações logísticas sofisticadas e muito sensíveis salientando ainda

1
Mestrando em Engenharia de Produção e Sistemas pela Unisinos com especialização em Gestão de Cadeias
de Suprimentos pela Oliver White (EUA) e Graduado em Administração de empresas pela PUC/RS.
Consultor em Logistica e professor nos cursos de Pós Graduação da ESPM/RS.
mais a dificuldade em manter o custo dentro do patamar competitivo ou
mesmo gerenciável.

Alem de o mercado estar cada vez mais complexo as interligações


se amplificam, quando queremos interagir com fornecedores e clientes:

Serviço a Cliente

Compras Transporte

Estoques Armazenagem

Processamento
de Pedidos
Modelo Conceitual de
Logistica Integrada

Não é para menos que o tópico custo seja um ponto pacífico em


qualquer reunião estratégica dentro das empresas.

Uma dificuldade que enfrentamos é a falta de dados estruturados


referente a custos logísticos no Brasil, entretanto, houveram algumas
iniciativas que podem nos dar uma orientação mínima sobre o assunto,
como referencia temos o CEL/Coppead que publicou em (Jan, 2006) um
estudo atribuindo o custo logístico no Brasil em 12,6% do PIB referente
ao ano de 2004, porem, a ABML (Associação Brasileira de Movimentação
e Logística, 2006) estima em 19% do faturamento das organizações,
independente da fonte, quando compararmos com os EUA temos muito
a melhorar já que este, apresentam custos na ordem de 9,5% 2.
Obviamente a comparação não pode ser feita diretamente já que outros
países possuem matrizes modais completamente distintas, como
exemplifica o gráfico a abaixo e com mercadorias de valor agregado
superiores ao nosso, mas é sim uma referencia a ser entendida.

2
Segundo o 17th Annual State of Logistics Report publicado em Junho de 2006 referente ao ano de 2005.
Parâmetros Internacionais

CANADÁ
46
43
11 RÚSSIA
81
8
11
EUA CHINA
43 37
32 50
25 13
BRASIL
25 AUSTRÁLIA

61 43
14 53
4

Mesmo dentro de nossas empresas, por muitas vezes os custos


logísticos não são claros e estratificados por eventos para viabilizar uma
analise crítica. O custo logístico é comumente confundido com o custo
de transporte de distribuição que este sim é facilmente apurado pelas
empresas, porem, precisamos incluir nesta avaliação vários outros
custos.

Estes outros custos quando apurados e identificados de forma


clara permitirão eventuais reduções, pelo simples fato de serem
conhecidos. Desta forma, quais são e o que são estes custos, e como
podemos otimizá-los garantindo a fidelidade de nossos clientes através
de um excelente nível de serviço prestado. Seguem os principais tipos:

• Custos de transporte de suprimentos (in-bound);


• Custos de transporte de distribuição (out-bound);
• Custo de aquisição;
• Custo de estoque;
• Custo de armazenagem;
• Custo de movimentação interna.

In-Bound
Custo de transporte de abastecimento, entrada na operação
industrial ou de serviço, um dos exemplos mais clássicos de falta de
informações é o custo de in-bound 3, dificilmente as empresas sabem
quanto é já que invariavelmente este custo esta embutido no custo de
aquisição dos insumos na modalidade compra (CIF) Cost, Insurance and
Freight ou Custo, Seguro e Frete. Neste caso, o material cotado já tem
tudo embutido no preço, ou seja, é posto no destino. Condição em que o
vendedor é responsável pelos custos, seguro marítimo e despesas de
frete dos produtos. Deixando a pergunta, como podemos reduzir o custo
de in-bound se não sabemos quanto custa? E caso seja necessário uma
avaliação o levantamento dos dados consumirá um esforço grande e
penoso.

Out-Bound
Também conhecido por custo de distribuição, mais comum, e com
amplo entendimento, porem pouco otimizado, invariavelmente os
embarcadores negociam somente as tarifas, procurando o custo mais
barato, esquecendo fatores como estrutura do fornecedor e/ou seus
tempos de transito. Nesta modalidade precisamos avaliar o modelo de
distribuição antes de buscar tarifas ou transportadores. Podemos ter
modelos utilizando operações de transit point, corss-docking, merge in
transit e outras. Desta forma podemos atingir ganhos radicais de custo e
de melhoria de serviço. Sem falar que invariavelmente este tipo de
diagnóstico deve englobar fatores como tamanho e estrutura da
embalagem para garantir a qualidade e custo desta distribuição. Fica
aqui a observação que o custo de avarias também é relevante, se não o
soubermos como poderemos fazer analise de custo benéfico entre a
embalagem de transporte e seu nível de avarias?

Gestão de Estoque
Este tema, certamente contribui para muitas dores de cabeça dos
executivos, se a empresa consegue enxugar o estoque sofre como
conseqüência a falta insumos, reduz a eficiência global da fábrica, se ao
contrario, colocar muito estoque drena os recursos do caixa, conseguir
um balanço neste ponto sempre é um desafio, porem, estoques baixos
fragilizam os sistemas expondo as ineficiências como fornecedores não
confiáveis, quebras de máquinas e outros problemas ficando mais
simples sua identificação e solução na causa raiz. Estoques altos
encobrem as ineficiências do processo produtivo e demonstram uma
organização febril.

No que se refere ao custo, quanto custa efetivamente armazenar


este inventário, qual giro do estoque de matéria prima, em processo e
finalmente o produto acabado. Novamente informações são essenciais

3
Inbound - Custo de transporte de abastecimento, entrada na operação industrial ou de serviços.
para quantificar e nestes casos, para qualificação do estoque no que
tange a sua acuracidade, ou seja, se a quantidade física corresponde a
quantidade contábil, no sistema de gestão da empresa.
Ainda neste tópico temos toda a equipe para manusear este
estoque, gerenciar, sem falar do custo direto de seguro e segurança.
Temos ainda o fator custo financeiro do dinheiro parado em estoque,
que na realidade brasileira é expressivo.

É importante termos em mente que na logística existem


compensações e trocas constantes, podemos trocar transporte mais
lento por um mais rápido implicando significativamente no custo desta
operação, esta tomada de decisão é chamada de um trade-off 4logístico,
ou seja, trocamos custo por velocidade, e este raciocínio se aplica em
estoque vs. transporte ou ainda lote econômico de compra vs. estoque
ou vs. transporte novamente.

Referencia
No primeiro trimestre de 2007 a TOYOTA assumiu a liderança
mundial de fabricação de carros superando a GM que esteve por mais de
60 anos nesta posição, e todos os especialistas afirmam convictos que
esta nova liderança veio para ficar, e o principal motivo é justamente
seus processos que garantem uma logística eficiente e enxuta com
estoques tendendo a zero como estratégia de competitividade.
Justamente por estes fatores que ela consegue produzir mais carros
com menos gente e ainda ter LUCRO.

Existe uma forte tendência do custo do transporte aumentar nos


próximos anos, a exemplo do que vem ocorrendo nos EUA, em função
da exigência de entregas menores e mais freqüentes demandando por
transportes mais rápidos e consequentemente mais caros e o fato dos
insumos de transporte, fundamentalmente atrelados ao custo do
petróleo estarem subindo ao longo dos últimos anos e com um
prognóstico de se manter neste ritmo.

Em junho de 2006 o 17th Annual State of Logistics Report


patrocinado pelo Council of Supply Chain Management Professionals
identificou o maior aumento histórico do custo logístico nos Estados
Unidos representando um aumento superior a 15% em relação a 2004
gerando uma tendência do custo logístico em relação ao PIB de atingir
dois dígitos no próximo ano, estando este aumento diretamente atrelado
ao custo de transporte que efetivamente subiu em 17% e um aumento

4
Troca compensatória, na sua forma básica, o resultado incorre em um aumento de custos em uma
determinada área com o intuito de obter uma grande vantagem em relação às outras.
de inventários gerando um custo incremental de 14% sobre o ano
anterior.

Estes números devem servir como um alerta a necessidade de


entender com clareza os custos logísticos dentro de nossa cadeia de
suprimento e buscar constantemente sua redução com o efetivo
aumento dos níveis de serviço. A empresa que conseguir efetivamente
fazer estas duas melhorias ao mesmo tempo certamente conquistará
uma vantagem competitiva sustentável em seu mercado.

Carlos Menchik – Professor Pós Graduação


ESPM e Diretor Executivo do Núcleo de Logística
do RS.
cmenchik@espm.com.br

Business Pro Log


Assessoria em Logística Empresarial
carlos.menchik@terra.com.br
(51) 9322-8821

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