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Gregor Mendel

Gregor Mendel (1822-1884) é chamado, com mérito, o pai da genética.


Realizou trabalhos com ervilha (Pisum sativum 2x=14 ) no mosteiro de Brunn,
na Áustria.

Sua primeira monografia foi publicada em 1866 mas, devido ao caráter


quantitativo e estatístico de seu trabalho, e das influências do trabalho de
Darwin (1859) sobre a origem das espécies, pouca atenção foi dada àqueles
relatos.

Em 1900 o trabalho de Mendel foi redescoberto por outros pesquisadores.


Cada um deles obtiveram, a partir de estudos independentes, evidências a
favor dos princípios de Mendel, citando-o em suas publicações.

Em 1905, o inglês William Bateson, batizou essa ciência que começava a


nascer de Genética.

O TRABALHO DE MENDEL

Mendel não foi o único a realizar experimentos de hibridação, mas foi o que
obteve maior sucesso, devido sua metodologia científica de matemática
aplicada e ao material escolhido.

MATERIAL ESCOLHIDO

Mendel escolheu ervilhas como seu organismo experimental, por ser uma
planta anual que podia ser cultivada e cruzada facilmente tendo-se a
possibilidade de se obter progênie abundante ocupando pouco espaço.
Possuia genitores contrastantes com características bem definidas e muita
variabilidade para vários caracteres. Além disso, as ervilhas contém flores
perfeitas que contém ambas as partes, femininas e masculinas (produtoras de
pólem), e elas são normalmente autofertilizadas, atingindo a homozigose e
pureza por processo natural de propagação.
METODOLOGIA

Mendel destacou-se por ter adotado procedimentos metodológicos científicos e


criteriosos. Destacam-se os fatos de ter analisado um caráter por vez;
trabalhado com pais puros; e ter quantificado os dados. Os cruzamentos foram
feitos com grande cuidado, qundo as ervilhas estavam em flor. Para prevenir a
autofertilização nas "flores-teste", as anteras daquelas fores escolhidas para
serem as flores paternais eram removidas antes que suas estraturas
receptoras de pólem estivessem completamente maduras. O polem do
progenitor escolhido era transferido na época apropriada para o estigma da flor
designada para ser a geradora da semente. As sementes eram deixadas para
amadurecer nas hastes das plantas. No caso de um caráter tal como a cor da
semente. As sementes eram deixadas para amadurecer nas hates das plantas.
No caso de um caráter tal como a cor da semente, a classificação podia ser
feitra imediatamente; mas para caracteres como a tamanho da planta
pudessem ser classificados as sementes tinham que ser plantadas na estação
seguinte e esperar que as plantas amadurecessem. Experiencias de
hibridização foram realizadas durante várias gerações e retrocruzamentos
foram feitos entre híbridos e variedades paternas puras. Mendel visualizava
claramente cada problema a ser resolvido e planejava seus cruzamentos para
este fim. Ele observou que as condições do tempo, do solo e da umidade
afetavam as características do crescimento das plantas, mas fatores
hereditários eram os maiores responsáveis pelas características das plantas.
Por exemplo em um determinado ambiente as plantas altas mediam 6 á 7 pés,
enquanto as anãs mediam de 9 à 18 polegadas. Uma planta anã nunca
transformou-se em alta e uma alta nunca transformou-se numa anã.Mendel
estudou 7 características, cada uma com duas manifestações fenotípicas. Elas
são relacionadas na tabela que segue.

Fonte: www.ufv.br

GREGOR MENDEL
Segunda lei
Introdução

Mendel em seus experimentos também cruzou plantas que diferiam em relação


a dois pares de alelos. Neste cruzamento, que objetivava esclarecer a relação
de diferentes pares de alelos, ele cruzou plantas que possuíam sementes
amarelas e lisas com plantas que possuíam sementes verdes e rugosas. A
progênie F1 resultante entre o cruzamento dos progenitores homozigota é
formada por híbridos(heterozigotos) para dois pares de genes. A progênie F1
(GgWw) é formada por diíbridos e, por extensão, o cruzamento GGWW x ggww
é um cruzamento diíbrido. Sabia-se, graças à experiências anteriores, que os
alelos que determinavam sementes amarelas e lisas eram dominantes e sobre
seus respectivos alelos, que produziam sementes verdes e rugosas. Assim,
considerando dois deles tinham-se as informações:

 caráter cor dos cotilédones


já tinha sido observado que o padrão amarelo (V_) apresentava dominância
sobre o padrão verde (vv);
 caráter aspecto da casca da semente
neste caso, já se observa que o padrão de casca lisa (R_) era dominante
sobre o tipo casca rugosa (rr).

[editar]O estudo

Os cruzamentos foram realizados no mesmo esquema da elaboração da


primeira lei. A geração parental(P) utilizava duas plantas homozigóticas para as
características estudadas, assim uma duplo-dominante (AA) era cruzada com
um duplo-recessiva (aa). Desse cruzamento surgiu um híbrido heterozigótico
(Aa). Mendel selecionou dois caracteres das sete estudadas na primeira lei
para comparação, ervilhas amarelas(AA) e lisas(BB)(duplo-dominante) e
ervilhas verdes(aa) e rugosas(bb)(duplo-recessiva).No primeiro cruzamento
(F1) todas as ervilhas obtidas eram amarelas(Aa) e lisas(Bb). Na segunda
geração(F2) foram obtidas ervilhas amarelas(A_) e lisas(B_), amarelas(A_) e
rugosas(bb),verdes(aa) e lisas(B_) e verdes(aa)e rugosas(bb), Na proporção,
respectivamente, 9:3:3:1 (P)AA/aa + BB/bb (F1)AAxaa=Aa BBxbb=Bb
(F2)AaxAa=AA/Aa/Aa/aa BbxBb=BB/Bb/Bb/bb
[editar]Cruzamentos possíveis de todos os gametas obtidos
Gametas AB Ab aB ab
AB AABB AABb AaBB AaBb
Ab AABb AAbb AaBb Aabb
aB AaBB AaBb aaBB aaBb
ab AaBb Aabb aaBb aabb
A_: Dominante(cor Amarela). B_: Dominante(forma Lisa). aa: Recessivo(cor
Verde). bb: Recessivo(forma Rugosa).

Obs.: Foram obtidos dezesseis resultados entre os cruzamentos dos possíveis


tipos de cromossomos. Obs.2: A proporção obtida na experiencia decorre da
soma do número de ocorrencias. Exemplo: Amarela e Lisa(A_B_)- 1/16x9=
9/16.

Assim na geração F2 constata-se a existência de quatro fenótipos distintos,


sendo dois idênticos da geração parental e dois novos(A_bb e aaB_). Todos os
resultados confirmaram que os genes de cada carácter passavam de forma
independente dos demais, ou seja, o fenótipo dominante - amarelo - não era
transmitido obrigatoriamente com o fenótipo dominante - liso, o mesmo ocorreu
com a transmissão dos fenótipos recessivos - verde e rugoso - para os
descendentes.
[editar]Conclusão

A segunda Lei de Mendel também denominada de lei da segregação


independente foi criada por Gregor Mendel diz que, as diferenças de uma
característica são herdadas independentemente das diferenças em outras
características.
Primeira lei

Mendel conclui que os fatores (genes) seriam transmitidos aos descendentes


através dos gametas. Entretanto, esses “fatores” separar-se-iam durante
processo de formação dos gametas de forma que cada gameta herdaria
apenas um “fator” de cada par.
Nome da Lei: Lei da pureza dos gametas, Lei da Segregação dos fatores ou
monoibridismo.

Enunciado

“CADA CARÁTER É CONDICIONADO POR 2 FATORES, QUE SE

SEPARAM NA FORMAÇÃO DOS GAMETAS, PASSANDO APENAS

UM FATOR POR GAMETA”.

Por que Mendel escolheu plantas de ervilha para as suas pesquisas?

a) trata-se de uma planta de fácil cultivo em canteiros;

b) apresenta uma série de características bem contrastantes e de fácil


observação;

c) são plantas de ciclo vital curto e produzem um grande número de sementes


(descendentes) por exemplar. Desse modo, foi possível estudar várias
gerações de plantas em um tempo relativamente curto;

d) as flores de ervilhas reproduzem-se predominantemente por


autofecundação, pois são monóclinas (bissexuais), e seus órgãos reprodutores
encontram-se protegidos no interior das pétalas. Portanto, as linhagens
encontradas na natureza são puras.

Observação: A manifestação rugosa não apareceu em nenhum indivíduo de


F1, mas reapareceu na progênie de F2, quando descendiam apenas de
sementes lisas.

MENDEL CONCLUIU QUE:

Cada planta transmite, através de seus gametas, apenas um fator (gene) ao


descendente. Em F1, todos os indivíduos eram de sementes lisas, sendo filhos
de plantas puras de sementes lisas e de plantas puras de sementes rugosas.
Mendel denominou a característica lisa de dominante e a característica rugosa
de recessiva, pois esta não se manifestou em F1. No entanto, a característica
rugosa voltou a se manifestar em F2. Mendel concluiu, portanto, que todos os
indivíduos de

F1 eram híbridos de constituição Rr. Se cada indivíduo produz gametas R e r,


os gametas podem combinar-se como mostra a descendência.
Os descendentes, na geração F2, serão:

1/4 ou 25% RR (lisas - puras)

F2: 2/4 ou 50% Rr (lisas - impuras)

1/4 ou 25% rr (rugosas)

Portanto:

3/4 ou 75% com sementes lisas

1/4 ou 25% com sementes rugosas

1ª Lei de Mendel

Toda característica do indivíduo apresenta, no mínimo, duas variedades, cada


uma é determinada por um gene. Por exemplo: a textura do cabelo pode ser
lisa ou crespa, etc. Os genes que determinam variedades diferentes do mesmo
caráter são denominados alelos. Cada gene ocupa um local específico (lócus
genético) no cromossomo.

Os genes alelos expressam o genótipo de um indivíduo, ou seja, sua


constituição genética para uma determinada característica. O genótipo,
influenciado pelas interferências do meio ambiente, expressa-se no fenótipo,
que representa o somatório de todas as características observáveis em um
indivíduo. Quando um determinado caráter é condicionado por alelos iguais, o
indivíduo denomina-se homozigoto. Se os alelos forem diferentes, denomina-se
heterozigoto. O alelo dominante é representado por uma letra maiúscula; o
recessivo é representado por letra minúscula.

AA - Fenótipo dominante

Aa - Fenótipo dominante

aa - Fenótipo

HERANÇA SEM DOMINÂNCIA

Algumas flores apresentam duas ou mais colorações, como, por exemplo,


vermelho e branco, o alelo para a cor vermelha é V e para a cor branca, B.
Quando a planta apresenta os dois alelos V e B simultaneamente, suas flores
apresentam coloração rósea. A diferença entre a dominância completa e a
herança sem dominância reside no efeito fisiológico que os genes produzem
nos indivíduos heterozigotos. Na dominância completa, o gene dominante,
quando em dose simples, produz o mesmo efeito fenotípico como se estivesse
em dose dupla.

Na herança sem dominância, os dois alelos interagem de modo que o


heterozigoto apresenta um caráter fenotípico intermediário entre os
apresentados pelos indivíduos parentais. Em certos casos, os descendentes
heterozigotos assemelham-se mais a um dos tipos parentais que a outro, mas
essa semelhança não é completa. O fenômeno é denominado, então, de
dominância incompleta.

Cruzamento entre "MARAVILHAS", ilustrando um caso de Codominância

VV X BB

Gametas V e B

F1- VB- 100% Fenótipo- 100% de flores rosa

F1- VV 25% - VB- 50% - vv 25% Fenótipo- 25% de flores brancas; 50% de
flores rosa e 25% de flores vermelhas.

Em F1 o fenótipo das flores é intermediário: rosa. Efetuando-se o cruzamento


entre duas plantas híbridas de F1, observa-se que os fenótipos parentais
reaparecem.

Em F2, a proporção fenotípica é de 1:2:1.

Fonte: www.biomania.com.br

PRIMEIRA LEI DE MENDEL


Gregor Mendel foi o primeiro cientista a elucidar os mecanismos básicos da
hereditariedade. Ele obteve com êxito em relação a outros cientistas, devido a
uma adequada escolha do material de pesquisa. Além disso, usou um método
que empregava indivíduos de linhagens puras, observando um caráter de cada
vez e não todos os caracteres ao mesmo tempo, como fizeram seus
predecessores.E, finalmente, interpretou os dados de suas experiências
empregando análises estatísticas de modo a obter resultados quantitativos
sobre suas pesquisas.

Quando Mendel desejou cruzar diferentes variedades de ervilhas, preocupou-


se em evitar o processo de autopolinização. Para isso, retirava os órgãos
masculinos de uma flor antes que ela iniciasse a produção de grãos de pólen.
Posteriormente, coletava o pólen de outra planta de variedade diferente e o
depositava sobre o órgão reprodutor da flor feminilizada, promovendo uma
polinização cruzada.

Através deste processo, Mendel analisou isoladamente o comportamento de


sete características que eram de fácil observação e nitidamente contrastantes.

Inicialmente, Mendel promoveu o cruzamento entre plantas de sementes lisas


com plantas de sementes rugosas. Ambas as plantas eram puras para esta
característica. Os indivíduos deste cruzamento foram denominados de geração
P ou parental. Os indivíduos resultantes deste cruzamento foram denominados
de F1, correspondendo à primeira geração de filhos que apresentou 100% de
plantas com sementes lisas. O caráter rugoso não se manifestou em F1.
Posteriormente, Mendel permitiu a autofecundação dos indivíduos de F1.
Obteve então a geração F2, com 75% de plantas de sementes lisas e 25% de
plantas de sementes rugosas, em uma proporção de três lisas para uma
rugosa.

Em F1 todos os indivíduos eram de sementes lisas, sendo filhos de plantas


puras de sementes lisas e de plantas puras de sementes rugosas. Portanto,
Mendel denominou a característica lisa de dominante e a característica rugosa
de recessiva, pois ela não se manifestou em F1. No entanto, a característica
rugosa voltou a se manifestar em F2 de modo que ela não foi destruída em F1;
pelo contrário, estava presente, mas apenas não se manifestara. Mendel
concluiu, portanto, que todos os indivíduos de F1 eram híbridos de constituição
LR. Em F1, apenas o fator L se manifestou, por ser dominante. No entanto,
todos os indivíduos de F1 eram portadores do fator R (gene) para o aspecto
rugoso, que não se manifestou por ser recessivo perante o fator liso. As plantas
de F1, ao se autofecundarem, firmam dois tipos de gametas, L e R. Deste
modo, tornaram-se possíveis quatro combinações de gametas.

Fonte: www.brasilescola.com

PRIMEIRA LEI DE MENDEL

Mendel escolheu a ervilha (Pisum sativum) como organismo experimental por


ser uma planta que possuía uma variedades de características facilmente
observáveis (cor, forma da semente, altura da planta, cor da flor etc.). Ele
também observou que a flor da ervilha possuía os dois órgãos sexuais, e
reproduziam por autofecundação e fecundação cruzada. Foi então que ele deu
início aos seus experimentos.

Mendel cruzou, por autofecundação várias ervilhas, várias vezes até conseguir
indivíduos puros.

Mendel cruzou uma planta alta (AA) com uma planta anã (aa), e obteve uma
geração F1 (Filha 1) era toda alta.

Cruzou dois indivíduos da geração F1, obtendo uma geração F2 composta por
indivíduos altos e baixos.
Mendel concluiu que "os indivíduos devem conter fatores em pares que se
separam durante a formação dos gamentas e se unem na formação de um
novo indivíduos", Mendel não sabia que esses "fatores" eram os genes.

Fonte: www.crazymania.com.br

Charles Robert Darwin


12/02/1809, Shewsbury, Inglaterra
19/04/1882, Downe (Kent), Inglaterra
Da Página 3 Pedagogia & Comunicação

Charles Darwin revolucionou a


ciência com a teoria da evolução e a
idéia de seleção natural

Charles Robert Darwin nasceu em uma família próspera e culta. Seu pai,
Robert, era um médicorespeitado e seu avô paterno, Erasmus, poeta, médico
e filósofo.

Em 1825, foi para Edimburgo estudar medicina, mas abandonou a carreira.


Mudou-se para Cambridge, disposto a se tornar um sacerdote anglicano, mas
ficou amigo do botânico John Stevens Henslow, com quem aprofundou seus
conhecimentos em história natural, matéria em que seu talento que se
manifestava desde a infância.

Henslow conseguiu incluir Darwin como naturalista numa expedição ao redor


do globo no navio Beagle, que deixou Davenport em 27 de dezembro de 1831
rumo à América do Sul.

Foram quatro anos e nove meses de pesquisas. Ele juntou fósseis, amostras
geológicas, observou milhares de espécies vegetais e animais, erupções
vulcânicas e terremotos. Em 1839, após se casar com Emma Wedgwood, foi
viver no campo, na terra natal. Sofreu de uma doença não diagnosticada na
época, e suspeita-se que tenha sido o mal de Chagas.

Na viagem do Beagle, Darwin notou que um mesmo animal tinha


características próprias de uma região para outra. O mesmo acontecia em
espécies separadas pelo tempo, como demonstravam os fósseis. Embora bem
definidas na mente de Darwin, as idéias evolucionistas eram apenas assunto
para um círculo íntimo de amigos, pois se chocavam com a versão bíblica da
criação e com a noção filosófica grega de formas ideais.

O evolucionismo, porém, já era uma corrente importante na biologia. Animado


ao conhecer o trabalho do zoólogo Alfred Russell Wallace que chegava a
conclusões semelhantes, Darwin publicou, em 1859 seu livro conhecido hoje
como "A Origem das Espécies".

O nome completo era: "Sobre a Origem das Espécies por Meio da Seleção
Natural ou a Conservação das Raças Favorecidas na Luta pela Vida".

Pela seleção natural, as condições ambientais determinam quanto uma


determinada característica ajuda na sobrevivência e na reprodução de um ser
vivo.

Aqueles com características mais eficientes para se adaptar a seu meio-


ambiente geram mais filhos e os outros podem morrer antes de se
reproduzirem ou serem menos prolíficos. O conceito de que só os fortes
sobrevivem, porém, é um erro comum. Por exemplo, conforme as condições,
um animal muito robusto pode demandar mais alimento e ter menos chances
do que um outro mais ágil.

Como previa o naturalista, o pensamento conservador reagiu à sua teoria.


Embora os cientistas tenham concluído que Darwin estava certo, a polêmica
permanece até hoje nos meios filosóficos e religiosos. Há setores destes
últimos que proíbem o ensino do evolucionismo darwiniano em escolas, pois
adotam a teoria do criacionismo, da criação do ser humano por Deus, como
está na Bíblia. Independente de qualquer polêmica, porém, o evolucionismo
darwinista foi a base das ciências biológicas contemporâneas.

Extremamente apegado à família, o caráter modesto e cuidadoso de Darwin


atraía a simpatia até dos adversários. Fulminado por um ataque cardíaco, foi
enterrado na abadia de Westminster, por solicitação expressa do Parlamento
inglês.

Leia mais
Charles Darwin

(Shewsbury, Shropshire, 1809 - Down, Kent, 1882).

Naturalista britânico. Inicia estudos de Medicina e de Teologia,


mas em 1831, aprende bastante de Botânica, Entomologia e
Geologia, é recomendado para uma expedição científica a bordo
do Beagle. A volta ao mundo do Beagle dura cinco anos,
durante os quais Darwin forma a sua colecção de naturalista,
acumula observações práticas e modifica os postulados teóricos
básicos da ciência biológica da época. Aos 27 anos, de regresso
a Inglaterra, decide dedicar a sua vida à ciência. Em 1842, com
a herança paterna, retira-se para uma casa no campo, onde vive
consagrado ao estudo até à morte.

No estudo A Origem das Espécies formula a teoria da evolução


dos seres vivos mediante uma selecção natural que favorece
nos indivíduos variações úteis na luta pela existência; estas
variações transmitem-se, reforçadas, aos descendentes.

Charles Darwin formula a doutrina evolucionista, segundo a qual


as espécies procedem umas das outras por evolução. Em
virtude da selecção natural sobrevivem os indivíduos e as
espécies melhor adaptados. Estas ideias revolucionam as
concepções biológicas da sua época.

A esta obra segue-se A Origem do Homem, em que aprofunda a


sua teoria sobre a descendência do homem e do macaco de um
antepassado comum. Por formular estas ideias vê-se
violentamente combatido pelas mais diversas correntes
religiosas, que vêm no homem a imagem de Deus.
Consequentemente, em redor do pensamento de Darwin
cristalizam as polémicas vitorianas sobre a natureza social,
metafísica e fisiológica do homem.

O impacto desta obra é imediato e sensacional. O público culto


já está introduzido na concepção da evolução, mas o facto de
um cientista respeitado contribuir com tal quantidade de
evidências para provar esta ideia revolucionária convence um
grande número de cientistas importantes, de modo que, por
muitos oponentes que tenha, a opinião geral torna-se favorável.

Darwin tem uma influência decisiva sobre a literatura da


segunda metade do século XIX e contribui involuntariamente para
o advento do naturalismo literário.

les Darwin

INDICE

Introdução

Desenvolvimento
Frases Célebres de Darwin

Conclusão

Bibliografia

dução

uralista britânico, inicia estudos de Medicina e de Teologia, mas em 1831, aprende bastante de
ânica, Entomologia e Geologia, é recomendado para uma expedição científica a bordo do Beagle. A
ta ao mundo do Beagle dura cinco anos, durante os quais Darwin forma a sua colecção de naturalis
mula observações práticas e modifica os postulados teóricos básicos da ciência biológica da época
27 anos, de regresso a Inglaterra, decide dedicar a sua vida à ciência. Em 1842, com a herança
erna, retira-se para uma casa no campo, onde vive consagrado ao estudo até à morte.

estudo A Origem das Espécies formula a teoria da evolução dos seres vivos mediante uma selecção
ural que favorece nos indivíduos variações úteis na luta pela existência; estas variações transmitem
reforçadas, aos descendentes.

arles Darwin formula a doutrina evolucionista, segundo a qual as espécies procedem umas das outr
evolução. Em virtude da selecção natural sobrevivem os indivíduos e as espécies melhor adaptado
as ideias revolucionam as concepções biológicas da sua época.

sta obra segue-se A Origem do Homem, em que aprofunda a sua teoria sobre a descendência do
mem e do macaco de um antepassado comum. Por formular estas ideias vê-se violentamente
mbatido pelas mais diversas correntes religiosas, que vêm no homem a imagem de Deus.
nsequentemente, em redor do pensamento de Darwin cristalizam as polémicas vitorianas sobre a
ureza social, metafísica e fisiológica do homem.

mpacto desta obra é imediato e sensacional. O público culto já está introduzido na concepção da
lução, mas o facto de um cientista respeitado contribuir com tal quantidade de evidências para
var esta ideia revolucionária convence um grande número de cientistas importantes, de modo que,
muitos oponentes que tenha, a opinião geral torna-se favorável.

win tem uma influência decisiva sobre a literatura da segunda metade do século XIX e contribui
oluntariamente para o advento do naturalismo literário.

nvolvimento

arles Darwin nasceu a 12 de Fevereiro de 1809 no seio de uma família abastada. O seu pai era um
dico famoso e altamente respeitado e Susannah, sua mãe, pertencia a uma importante família de
ricantes de cerâmica.

win não foi um aluno brilhante, pois não se interessava pelas matérias que lhe ensinavam na escol
ava destinado a viver da fortuna da família, mas o seu pai convenceu-o a optar por uma profissão. E
25, Charles Darwin foi estudar medicina, tendo desistido dois anos mais tarde, para ingressar no cur
direito na Universidade de Cambridge. Um dos seus professores, Prof. Henslow, convenceu-o a leva
is a sério o seu interesse pelas Ciências.

Janeiro de 1831, Darwin formou-se. O Prof. Henslow falou-lhe então de um navio, o H.M.S. Beagle,
e iria partir para uma viagem à volta do mundo numa missão de investigação e, assim, em 27 de
zembro de 1831, Darwin partiu numa expedição que iria durar cinco anos e que se iria tornar um
rco da história da Ciência.

overno inglês queria contribuir para a cartografia de zonas pouco conhecidas da costa sul-american
a esta tarefa, era necessário um naturalista, para observar e coleccionar tudo o que houvesse de
eresse — Darwin, devido à sua juventude, era a escolha acertada.

iagem do Beagle começou a 27 de Dezembro de 1831 e durou 5 anos. Durante este tempo percorre
a a costa sul-americana, parou em todas as ilhas das Galápagos, continuando para a Austrália e
pois para Sul de África.

Darwin teve oportunidade de observar diferentes fenómenos da natureza que lh


despertaram a curiosidade e que viriam a ser pilares no desenvolvimento da sua
teoria. Na Argentina, desenterrou ossos de animais já extintos, mas que
apresentavam algumas semelhanças com espécies actuais.

Mais tarde, no Chile, presenciou um vulcão em plena erupção; as Galápagos


esentavam uma fauna e flora peculiares, que lhe proporcionaram o estudo das iguanas, tentilhões
arugas.

ós a chegada do Beagle a Inglaterra, o trabalho de Darwin como naturalista tinha de ser terminado.
a isso, instalou-se em Londres, onde editou dois livros: um livro que descrevia o trabalho zoológico
ante a viagem e outro que era o seu diário de bordo.

co tempo depois do seu casamento com Emma Wedgwood, a família mudou-se para a aldeia de
wn no Sudeste da Inglaterra. Foi aqui que desenvolveu a teoria que o tornaria famoso e que iria
olucionar o pensamento. Darwin permaneceu nesta casa o resto da vida rodeado apenas pela famíl
guns amigos mais íntimos.

Todas as informações recolhidas durante a viagem e os relatórios que os seus


colegas prepararam (baseados nas espécies enviadas por Darwin) alertaram-no
para algumas questões.

As tartarugas das Galápagos eram suficientemente parecidas para terem uma


origem comum, mas pertenciam a 7 espécies diferentes, e cada espécie vivia
ma só ilha. Um fenómeno semelhante acontecia com os tentilhões. Darwin concluiu que as ilhas
ham sido povoadas a partir do continente e que as características de cada ilha tinham condicionado
lução das espécies, levando assim à sua diferenciação. Esta conclusão levou Darwin a juntar-se à
rente evolucionista, já defendida por outros como Lamarck.

gundo Lamarck, todas as espécies tinham evoluído a partir de outras espécies ancestrais. E as nova
acterísticas adquiridas pelos seres vivos deviam-se à necessidade de adaptação ao meio que os
eava. Sendo assim, se um órgão ou função de um ser vivo fosse muito utilizado, este tornava-se m
e, mais vigoroso e de maior tamanho. Mas se um órgão ou função não fosse utilizado, atrofiava e
baria por desaparecer. Estas características eram, por sua vez, transmitidas às gerações seguintes
aptação era progressiva e caminhava para a perfeita interacção com os factores ambientais. Desta
ma, Lamarck explicava o tamanho do pescoço das girafas ou dos flamingos.

win veio modificar a teoria de Lamarck tornando-a mais verdadeira. Segundo esta teoria, o número
ndivíduos de uma espécie não se altera muito de geração em geração, pois uma boa parte dos
víduos de uma geração é naturalmente eliminada, devido à luta pela sobrevivência. Assim, os
víduos que sobrevivem são os mais aptos e melhor adaptados ao meio ambiente, os outros são
minados progressivamente. O resultado desta luta é uma selecção natural que ocorre na natureza,
vilegiando os melhores dotados relativamente a determinadas condições ambientais. Como as form
is favorecidas têm uma maior taxa de reprodução em relação às menos favorecidas, vão-se
oduzindo pequenas variações na espécie que a longo prazo levam ao aparecimento de uma nova
écie. Como os mecanismos hereditários ainda não eram conhecidos, Darwin não conseguiu explica
mo surgiam as variações dentro das espécies, nem como eram transmitidas às descendências.

mesmo tempo que Darwin definia a sua teoria, o naturalista Wallace enviou-lhe o seu trabalho, com
a teoria muito próxima à sua, para que Darwin desse a sua opinião. Este facto apressou todo o
cesso e pouco tempo depois, Darwin apresentou a sua teoria e a de Wallace à Linnaean Society.

dicou o ano seguinte a escrever um livro, que em quatro volumes resumia a sua teoria, ao qual Dar
mou de "On the origin of species" (A origem das espécies).

vro esgotou no primeiro dia de vendas e levantou uma tempestade de ideias que dificilmente se
lmou. A Igreja Católica contestou ferozmente a teoria, pois esta desmentia alguns dogmas seculare
m disso, reduzia-nos a um universo apenas material, onde todo o processo de criação se devia ao
biente e não a Deus. Darwin sempre negou a sua intenção de destruir a imagem de Deus e mantev
devoto até ao fim da sua vida.

win publicou muitas outras obras expondo as suas teorias e a sua biografia. Foi igualmente pioneir
muitos temas controversos no campo das ciências. As suas ideias foram realmente revolucionárias
do iniciada uma linha de pensamento totalmente original.

rreu a 1 de Abril de 1882, tendo sido sepultado na Abadia de Westminster — devido à sua
pularidade, o governo concedeu-lhe esta honra, ainda que contra a vontade da família.

es Célebres de Charles Darwin

man´s friendships are one of the best measures of his worth" (as amizades de um homem são uma
melhores medidas de quanto vale).

"An American Monkey after getting drunk on Brandy would


never touch it again, and thus is much wiser than most ma
(um macaco americano depois de se embebedar com bran
nunca mais volta a bebê-lo, neste sentido é muito mais
sensato do que a maioria dos homens).

Há grandeza neste modo de ver a vida, com as suas


potencialidades, que o sopro do criador originalmente
imprimiu em algumas formas ou numa só; e assim, enquan
este planeta foi girando de acordo com a lei imutável da
gravidade, a partir de um início tão simples evoluíram
inúmeras formas mais belas e mais maravilhosas.

arles Darwin - A origem das Espécies

lusão
im, a teoria da evolução das espécies baseia-se nestes conceitos: origem da vida; provas de evoluç
artir de campos biológicos diversos (semelhanças quanto à forma, embriológicas, bioquímicas ou
ados paleontológicos); factores de evolução: herança (que conserva os caracteres), variabilidade
utação, recombinação de genes), selecção natural (o meio actua sobre as variações, com os mais
es a imporem-se aos mais fracos) e isolamento.

volucionismo rapidamente se expande para além das ciências da vida a outras áreas do
hecimento, universalizando-se e adaptando-se aos seus princípios científicos. Na filosofia, é entend
mo lei geral dos seres comum a toda a espécie de existência, em geral ou em particular; na
ropologia e na sociologia, está por detrás da concepção de que o desenvolvimento das sociedades
instituições seguiu uma certa orientação através de etapas vencidas por meio de leis demonstráve
mte); atinge também a política e a história. Abre, pois, novas perspectivas e considerações em
iadíssimos ramos do saber, mantendo as suas questões tradicionais grandes e aceso debate a níve
sófico.

mundo de hoje, o evolucionismo surge como uma doutrina extraordinariamente actual e dotada de
umentos capazes de criar rupturas com o tradicionalismo e as convenções clássicas, conduzindo o
mem a uma reabordagem constante da sua própria evolução biológica. O universo e a vida, em tod
suas manifestações, e a natureza nos seus múltiplos aspectos são cada vez mais entendidos como
ultado do desenvolvimento, por oposição às ideias religiosas da criação inicial. O evolucionismo
ssupõe serem mais plausíveis a mudança, o desenvolvimento e a adaptação como mecanismos de
licação do conjunto dos organismos vivos.

ografia:

to Editora, Diciopédia 2003

w.vidaslusofonas.pt

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arina Viegas

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A Origem das Espécies
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
On the Origin of Species

A Origem das Espécies

Edição em inglês do livro A Origem das Espécies(1859)


Autor Charles Darwin
Idioma Inglês
País Reino Unido
Seleção natural
Assunto
Biologia evolutiva
Gênero ciência, biologia
Lançamento 24 de novembro de 1859
Páginas 502
Cronologia
Últim On the Tendency Fertilisation of Próxim
o o
of Species to form Orchids
Varieties; and on
the Perpetuation of
Varieties and
Species by Natural
Means of Selection

A Origem das Espécies (em inglês: On the Origin of Species),


do naturalista britânicoCharles Darwin, é um dos livros mais importantes da
história da ciência, apresentando aTeoria da Evolução, base de
toda biologia moderna. O nome completo da primeira edição (1859) é On the
Origin of Species by Means of Natural Selection, or the Preservation of
Favoured Races in the Struggle for Life (Sobre a Origem das Espécies por
Meio da Selecção Natural ou a Preservação de Raças Favorecidas na Luta
pela Vida). Somente na sexta edição (1872), o título foi abreviado para The
Origin of Species (A Origem das Espécies), como é popularmente conhecido.

Nesse livro, Darwin apresenta evidências abundantes da evolução das


espécies, mostrando que a diversidade biológica é o resultado de um processo
de descendência com modificação, onde os organismos vivos se adaptam
gradualmente através da selecção natural e as espécies se ramificam
sucessivamente a partir de formas ancestrais, como os galhos de uma grande
árvore: a árvore da vida.

A primeira edição, publicada pela editora de John Murray em Londres no dia 24


de Novembrode 1859 com tiragem de 1.250 exemplares, esgotou-se no
mesmo dia, criando uma controvérsia que ultrapassou o âmbito académico. Um
exemplar da primeira edição atinge hoje mais de 50 mil dólares em leilão.[1]

A proposta de Darwin, que as espécies se originam por processos inteiramente


naturais, contradiz a crença religiosa na criação divina tal como é apresentada
na Bíblia, no livro deGénesis. As discussões que o livro desencadeou se
disseminaram rapidamente entre o público, criando o primeiro debate científico
internacional da história.[2]

Índice
[esconder]

• 1 Introdução
• 2 Capítulo I – Variação no estado doméstico
• 3 Capítulo II – Variação na natureza
• 4 Capítulo III – Luta pela existência
• 5 Capítulo IV – Seleção Natural
• 6 Capítulo V – Leis da Variação
• 7 Capítulo VI – Dificuldades da teoria
• 8 Capítulo VII – Instinto
• 9 Capítulo VIII – Hibridismo
• 10 Capítulo IX – Imperfeição dos registros geológicos
• 11 Capítulo X – Da sucessão geológica dos seres vivos
• 12 Capítulo XI – Distribuição geográfica
• 13 Capítulo XII – Distribuição geográfica – continuação
• 14 Capítulo XIII – Afinidades mútuas dos seres vivos; morfologia; embriologia;
órgãos rudimentares
• 15 Capítulo XIV – Recapitulações e conclusões
• 16 Ver também
• 17 Referências

• 18 Literatura adicional
[editar]Introdução

A transmutação das espécies, popularizada pelo livro Vestiges of the Natural


History of Creation.
Darwin começa falando da importância de sua viagem ao redor do mundo a
bordo do navioHMS Beagle, principalmente suas observações sobre a
distribuição das espécies naAmérica do Sul e as relações geoléogicas dos
habitantes atuais e passados desse continente. Darwin também menciona a
importante contribuição de Alfred Russel Wallace, co-descobridor do
mecanismo da seleção natural, e a apresentação conjunta desse mecanismo
na Sociedade Lineana de Londres por Charles Lyell e Joseph D. Hooker em
1858. Darwin critica o livro Vestiges of the Natural History of Creation, um best-
sellerpublicado anonimamente em 1844, que falava da transformação das
espécies, mas que não apresentava uma explicação para tais mudanças.
Darwin ressalta que A Origem das Espécies é somente um resumo de suas
idéias.

"Não tenho dúvidas de que a visão que a maioria dos naturalistas possui, e que
eu previamente também tinha, de que cada espécie foi criada
independentemente, é errônea. Estou totalmente convencido de que as
espécies não são imutáveis; mas que aquelas que pertencem ao que
chamamos do mesmo gênero são descendentes diretas de alguma outra
espécie, geralmente extinta, da mesma forma que as variedades reconhecidas
de qualquer espécie são descendentes daquela espécie. Além disso, estou
convencido que a Seleção Natural é o meio principal, mas não exclusivo, de
modificação."

[editar]Capítulo I – Variação no estado doméstico

Ver artigo principal: Seleção artificial

 Diferentes variedades domésticas são produzidas pelo homem


através da seleção, a partir da variação individual das espécies.
 Há mais variação no estado doméstico do que no estado
selvagem.
 O processo pelo qual ocorre a domesticação de espécies e a
seleção das características de interesse é extremamente lento e
gradual.
A pomba Columba livia ilustrada porJohn Gould.
Darwin já suspeitava que os gametas sofressem ação de fatores
geradores de variabilidade. Apoiava esse ponto de vista nas observações
de alterações nos aparelhos reprodutores de alguns animais em cativeiro.
Porém, ele percebeu que havia mais variação no estado doméstico que no
estado selvagem. Enunciou também que o hábito influenciava as
características presentes nos organismos, que alguns caracteres sofriam
reversão ao estado ancestral quando os indivíduos retornavam ao estado
selvagem e que alguns caracteres apareciam sempre de forma
correlacionada nos indivíduos, mesmo entre caracteres sem muita relação
morfofuncional (como o aumento nos tamanhos do bico e dos pés em
pombos).

Alguns trabalhos da época defendiam que as espécies e raças de cada


animal doméstico descendem de várias espécies ancestrais, uma para
cada espécie ou raça atual. Darwin acreditava que uma ou poucas
espécies teriam dado origem as espécies atuais, pois considerava pouco
provável que todos aqueles ancestrais das espécies atuais tivessem se
extinguido simultaneamente e sem deixar registros. Ele salientou também
a dificuldade de povos semi-civilizados realizarem várias domesticações
bem sucedidas. O modelo escolhido para embasar seu raciocínio foi
o pombo e suas diversas variedades.[3] Ele acreditava que todas as raças
descendiam de apenas uma única espécie selvagem, a pomba-das-rochas
(Columba livia), e observou isso também através de cruzamentos entre as
várias linhagens de pombos, onde algumas características ancestrais
vinham à tona nas gerações descendentes.

Além disso, Darwin comentou que nem todas as características eram


adaptativas nas raças domésticas, mas selecionadas pelo homem para
seu próprio benefício. Porém, salientou que apenas nos últimos tempos a
seleção tornou-se uma prática metódica, sendo que antes disso não
passava de um hábito inconsciente de escolher os indivíduos com as
características mais interessantes. Darwin já percebia a influência do
tamanho populacional na oferta de variabilidade das características a
serem selecionadas e afirmava que o processo pelo qual ocorria a
domesticação de espécies e a seleção das características de interesse era
extremamente lento e gradual. As idéias centrais contidas nesse capítulo
continuam atuais, apesar dos grandes progressos em relação ao
entendimento dos mecanismos pelos quais esses processos acontecem.[4]

[editar]Capítulo II – Variação na natureza

Ver artigos principais: Espécies e Especiação.

Existe
um contínuo de variação na natureza e as variedades tem
as mesmas características gerais que as espécies, não podendo
sempre se distinguir facilmente.
As menores diferenças entre as variedades tendem a aumentar
até transformar-se nas grandes diferenças entre espécies.

Não devo aqui discutir as várias definições que foram dadas ao


termo espécie. Nenhuma definição ainda satisfez todos os
naturalistas; ainda assim, todo naturalista sabe vagamente o que
ele quer dizer quando fala de uma espécie.
Os tentilhões de Galápagos ilustram o quão vaga e arbitrária é a
distinção entre espécies e variedades.
Embora Darwin tenha dado à sua obra o título A Origem das
Espécies, neste capítulo demonstrou sua postura descrente em
relação a este conceito. A exemplo disso, mencionou que
diferentestaxonomistas atribuem um número diferente de espécies a
um mesmo gênero, de modo que o grau de variabilidade que permite
conferir o status de variedade ou espécie, é subjetivo. A inexistência
de um critério infalível para distinguir espécies de variedades mais
pronunciadas também é observada através de gêneros maiores, que
freqüentemente possuem espécies com reduzida quantidade de
diferenças entre si, assemelhando-se ao que seriam classificadas
como variedades de certas espécies incluídas em gêneros menores.
Há mais variação nas espécies:

1. comuns, de distribuição geográfica maior e mais difundidas


dentro de uma mesma área, pois os indivíduos da espécie
estão sujeitos a diferentes condições físicas e porque entram
em concorrência com diferentes seres orgânicos;
2. de gêneros maiores em cada hábitat, porque supõe-se que
onde se formaram muitas espécies do mesmo gênero, muitas
continuarão a se formar ou "a fabricação de espécies foi muito
ativa, deve-se ainda encontrar a fábrica em movimento".

Esta variação, ainda que seja de pequeno interesse para o


taxonomista, é de extrema importância para a teoria da evolução, pois
fornece material para que a seleção natural atue sobre elas e as
acumule, produzindo o que chamariam de variedades, subespécies e
finalmente espécies. Mesmo atualmente, o conceito de espécie ainda
está sujeito a diferentes entendimentos e interpretações dependendo,
inclusive, do grupo de organismos considerado.[5] Apesar disso, a
entidade que chamados de espécie tem sido considerada real pela
maioria dos biólogos.

Eu vejo o termo espécie como arbitrariamente atribuido, por


razão de conveniência, a um grupo de indivíduos muito
semelhantes entre si e que não difere essencialmente da palavra
variedade, que é dado a formas menos distintas e mais
flutuantes.

[editar]Capítulo III – Luta pela existência


Ver artigo principal: Sobrevivência do mais apto

 A luta pela existência é a causa de toda a variabilidade


existente entre as variedades biológicas, as espécies,
os gêneros… É ela que explica como variedades se
transformam em espécies distintas e como os táxons de maior
nível hierárquico são formados.
 Essa explicação está diretamente relacionada ao processo
de seleção natural.

A obra de Thomas Robert Malthus sobre o crescimento


populacional inspirou tanto Darwin quanto Alfred Russel
Wallace a pensar na luta pela sobrevivência.
O pensamento do Darwin acerca desse fato para ele indubitável –
a luta pela existência – começa quando ele observa o
grande potencial biótico de todas as espécies de seres vivos.
Qualquer organismo é capaz de produzir uma descendência
muito numerosa, a ponto de as populações tenderem a aumentar
muito em pouco tempo. No entanto, o que se observa na natureza
é que tais populações não variam muito em tamanho estando o
ambiente em equilíbrio.

Se as populações em condições naturais não variam muito em


tamanho, espera-se que vários dos novos indivíduos acrescidos a
essas populações não cheguem a sobreviver até a fase adulta.
Deve haver, então, entre eles uma luta pela existência e apenas
aqueles mais adaptados ao ambiente onde vivem conseguirão se
reproduzir e passar essas características para frente.

Outra observação importante de Darwin acerca das populações


na natureza é a grande variabilidade entre os indivíduos, mesmo
para aqueles pertencentes à mesma espécie. Se, por acaso,
numa população qualquer surgir uma variação vantajosa, por
menor que seja, essa variação fornecerá a seus portadores uma
maior chance de sobrevivência.

Levando em consideração que apenas aqueles seres portadores


das características mais adaptativas conseguirão chegar à fase
adulta e se reproduzir, cada vez mais as novas gerações
acumularão variações vantajosas para viver naquele ambiente
específico. Populações separadas, vivendo em ambientes
diferentes, poderão com o tempo se transformar em espécies, em
decorrência da acumulação de diferentes características.

Darwin chama a atenção para a grande complexidade das


relações entre os seres vivos, mostrando que a luta pela
existência não representa apenas uma competição direta entre
indivíduos que exploram os mesmos recursos, consistindo de
interações bem mais complexas.

Quando se lança ao ar um punhado de penas, todas cairão


no chão de acordo com leis muito bem definidas: quão
simples é esse problema comparado com o da ação e reação
das incontáveis plantas e animais que determinaram, no
decorrer dos séculos, os números proporcionais e os tipos
de árvores que crescem hoje nas ruínas indígenas!

[editar]Capítulo IV – Seleção Natural

Ver artigo principal: Seleção natural

Diagrama representando o princípio da divergência das


espécies, única figura da edição original de A Origem das
Espécies.
 Indivíduos dotados de alguma vantagem teriam
maior probabilidade de sobreviver e reproduzir seu tipo.
 Mudanças nas condições de vida são favoráveis à
seleção natural, porque criam condições propícias para o
surgimento de variações vantajosas.

É a essa preservação das variações favoráveis e


eliminação das variações nocivas que dou o nome de
Seleção Natural.

Analisando a seleção artificial, Darwin começou a questionar


que isso também poderia acontecer na natureza, e passou a
observar diversos casos onde a seleção natural se aplica.
Darwin afirmou que assim como o homem selecionava
características nas produções domésticas, a natureza agiria
dia a dia, agindo sobre toda variação surgida, mesmo a mais
insignificante, rejeitando a nociva, preservando e ampliando o
que for útil, trabalhando de modo lento e imperceptível, no
sentido de aprimorar os seres vivos no tocante às suas
condições de vida orgânicas e inorgânicas. Desta forma,
Darwin propõe que na natureza os indivíduos dotados de
variações vantajosas têm mais chances de vencer na luta
pela sobrevivência e de legar aos seus descendentes as
mesmas variações, as quais tornam-se mais comuns em
gerações sucessivas de uma população de organismos,
enquanto as variações desvantajosas ou nocivas tornam-se
menos comuns. Quanto às variações que não são vantajosas
nem nocivas, Darwin explica que elas não são afetadas pela
seleção natural, permanecendo como uma característica
oscilante, tais como as que talvez se possam verificar nas
espécies denominadas polimorfas.

Na época em que propôs a seleção natural, Darwin só podia


observar que existiam variações e que algumas destas eram
herdadas, mas nunca pode explicar corretamente o
processo. Isto só foi possível com o desenvolvimento
da genética moderna na primeira metade do século XX.
Mesmo sem entender de onde surgiam as variações, um dos
maiores avanços na teoria evolutiva de Darwin foi a
compreensão dos mecanismos de hereditariedade, que o
naturalista considerava central, mas que desconhecia.

Segundo Darwin, as diferenças individuais seriam a matéria


prima para o surgimento das variações, e um alto grau de
variabilidade hereditária e diversificada seria um campo
favorável à atuação da seleção natural. Quanto mais
abundante for uma espécie, maior a probabilidade de
produzir variações favoráveis que serão selecionadas.

A seleção natural conduziria à divergência dos caracteres, o


que em longo prazo pode levar a formação de novas
espécies, e à extinçãocompleta das formas intermediárias e
imperfeitas. A seleção natural também seria capaz de
modificar um dos sexos no que se refere às suas relações
funcionais com o sexo oposto, e a isso Darwin chamou de
seleção sexual. As diferenças entre machos e fêmeas da
mesma espécie seriam causadas pela seleção sexual.

[editar]Capítulo V – Leis da Variação

 Os principais componentes da variação são os


efeitos das condições externas, os efeitos do uso e
desuso, aclimatação e a correlação de crescimento.
 A variação é um processo lento e de longa duração.

Darwin tinha a consciência de que muito pouco se sabia


sobre as leis que geravam variação entre os seres vivos.
Contudo, inferiu que tais leis poderiam produzir tanto
pequenas diferenças entre indivíduos da mesma espécie,
quanto grandes diferenças existentes entre gêneros. As
características específicas – que se diferenciam depois que
as espécies de um mesmo gênero se separaram de seu
antepassado comum – são mais variáveis que do que as
características genéricas – herdadas anteriormente e que
ainda não se diferenciaram.
Variação na forma do crânio de pombos.
A variabilidade geralmente está relacionada ao hábito de vida
de cada espécie durante várias gerações sucessivas. Darwin
discute os efeitos do uso e desuso, que ele pensava "não
haver dúvida de que uso nos animais domésticos reforça e
desenvolve certas partes, e que o desuso as atrofia, e que
tais modificações eram passadas às gerações futuras" e que
este fato também poderia ser aplicado na natureza. Ele
aceitava uma versão da herança dos caracteres adquiridos
(que, após sua morte passou a ser chamado Lamarckismo),
porém, afirmava que algumas mudanças que foram
comumente atribuídas ao uso e desuso, tais como a perda de
asas funcionais em alguns insetos, poderiam ser produzidas
pela seleção natural. Em edições posteriores de A Origem
das Espécies, Darwin expandiu o papel atribuído à herança
de caracteres adquiridos. Ele também admitiu ignorância da
fonte de variações herdadas, mas especulou que poderiam
ser produzidas por fatores ambientais.

O problema da não aceitação da teoria darwiniana por parte


de cientistas obrigou Darwin a utilizar-se das idéias
de Lamarck quanto à adaptação ao meio. Sua teoria, no
entanto, passaria a ser aceita pelo meio científico apenas no
século XX, depois das descobertas de Mendel acerca da
transmissão hereditária de caracteres. Hoje, sabe-se que a
variação em populações surge aleatoriamente através de
mutação e recombinação genética e a seleção natural é a
responsável por fixá-las ou não. Os genes mutantes
determinam novas características nos organismos e podem
ou não ser úteis aos indivíduos que as possuem face ao
ambiente em que vivem. Quando úteis prevalecem e são
transmitidas aos descendentes, acumulando-se e
contribuindo para o aparecimento de novas espécies. Já a
recombinação genética resulta em novos arranjos de genes e
geração de indivíduos com características diferentes que
serão selecionadas.

[editar]Capítulo VI – Dificuldades da teoria

Neste capítulo Darwin levanta pontos que poderiam tornar


falha a sua teoria, no entanto, ele não acredita que tais
objeções possam ser fatais. As principais dificuldades e
objeções tratadas neste capítulo são:

 Uma vez que as espécies descendem de outras, por


que não se encontram numerosas formas de transição na
Natureza?
 Como acreditar que a Seleção Natural pode
produzir, de um lado, órgãos de pequena importância e,
de outro lado, órgãos de grande perfeição e
complexidade?

Fóssil de Archaeopteryx lithographica doJurássico, uma


forma de transição dosdinossauros para as aves.
A extinção e a Seleção Natural andam juntas, os organismos
que se tornam mais aperfeiçoados entram em competição
com os menos favorecidos e assim, podem eliminá-los.
Dessa forma, se considerarmos que toda espécie descende
de alguma, pelo processo de aperfeiçoamento, tanto os
ancestrais quanto as variedades já deveriam ter sido
exterminadas. De acordo com essa teoria deveria existir um
número grande de formas intermediárias. Darwin aponta que
essas formas intermediárias são muito escassas
principalmente devido à imperfeição do registro geológico, já
que são necessárias condições favoráveis e tempo adequado
para que os fósseis sejam formados, tratando-se de um
processo raro.

Seria inconcebível supor que o olho, sendo um órgão


altamente aperfeiçoado, seja formado por seleção natural.
Darwin conclui que, se modificações benéficas acontecerem
neste órgão de forma gradual e sucessiva, sendo estas
variações passadas por hereditariedade, não haverá
problema em acreditar que órgãos perfeitos e complexos são
o resultado de um processo de seleção natural. Também
podem acontecer alterações simultâneas, desde que sejam
lentas e graduais.

Darwin é bem enfático quando diz não ser possível


comprovar a existência de um órgão complexo sem ser
formado por meio de pequenas modificações, sucessivas e
numerosas. Ele infere que existam modos de transição
observando a existência de dois órgãos distintos que
possuam a mesma função. O surgimento de transições pode
ter sido facilitado pela necessidade de especialização de um
órgão que realizasse ao mesmo tempo diversas funções, ou
de dois órgãos que realizassem simultaneamente a mesma
função, com um deles assumindo gradualmente a
responsabilidade total da mesma, enquanto o outro aos
poucos perderia sua função auxiliar. Isso aconteceu com a
bexiga natatória que, inicialmente, era utilizada para
flutuação, mas que era capaz de realizar trocas gasosas.
Posteriormente a seleção natural atuou neste órgão já
existente e há indícios de que este tenha se tornado o
pulmão nos vertebrados superiores.

Darwin teve dificuldades em explicar a origem de órgãos que


aparentemente são pouco importantes e que são afetados
pela seleção natural, uma vez que a seleção atuando no
sentido de preservar indivíduos que possuem características
vantajosas e eliminando indivíduos que possuem alguma
característica desvantajosa, não teria como agir em
estruturas muito simples que a princípio parecem não conferir
benefício algum ao indivíduo. Ele salientou que mesmo nos
dias atuais, não sabemos muito a respeito da "economia
natural" dos seres vivos e não temos como concluir quais
características conferem maior ou menor importância; órgãos
que hoje parecem ser insignificantes, podem ter sido de
grande finalidade para um antigo ancestral. Além disso
muitas estruturas existentes e que não possuem nenhuma
relação direta com os hábitos de vida atuais de determinadas
espécies, estão ali por serem passadas através
da hereditariedade, ou seja, por estarem presentes nos
ancestrais e nestes conferir alguma vantagem.

A teoria da seleção natural, como nos mostrou Darwin,


permite que compreendamos o significado da frase
considerada como um velho axioma da História
Natural: Natura non facit saltum, a natureza não procede a
saltos, pois a seleção natural só pode agir tirando proveito de
variações ligeiras e sucessivas, de forma lenta e gradual.

[editar]Capítulo VII – Instinto

Ver artigo principal: Instinto


Darwin considerava o instinto de abelhas construtoras de
favos como um notável exemplo de eficiência na
natureza.
Segundo Darwin, os instintos e os hábitos são
comparáveis apesar de possuírem origem diferente. A
semelhança entre o que foi originalmente um hábito e
que hoje é um instinto é muito grande, tornando algumas
vezes difícil distinguir um do outro. Suas ações
funcionam em uma espécie de ritmo e são praticadas de
forma inconsciente e em sentido contrário a vontade
consciente. O Instinto ao contrário do hábito é uma ação
que não demanda de prática e raciocínio para ser
executada. É uma aptidão inata em relação a ações
particulares. São padrões herdados de respostas a
certos tipos de situações. É uma tendência natural ou
uma atividade automática e espontânea. Já os hábitos
por sua vez são ações, regras sociais ou aptidões
adquiridas que surgem pela experiência e prática
prolongada para reproduzir certos atos.

Os instintos são importantes para o bem estar das


espécies. Através deles inúmeras estratégias são
criadas na tentativa de aumentar a chance de
sobrevivência dos animais. Sob condições de vida
modificadas, pequenas modificações (variações) nos
instintos surgem. E essas modificações quando
benéficas para as espécies, serão conservadas e
preservadas pela ação contínua da Seleção Natural. A
todo esse processo é que se deve a origem dos instintos
mais complexos. Os instintos podem ser classificados
em duas categorias:

 Domésticos são aqueles onde as tendências


naturais (qualidades mentais) dos animais são
profundamente modificadas em função da
domesticação (cativeiro, hábito e seleção metódica
contínua). São menos estáveis que os instintos
naturais, por serem afetados por uma seleção menos
rigorosa e por serem transmitidos há um curto
intervalo de tempo sob condições de vida menos
estabilizadas. Seu alto grau de hereditariedade se dá
em virtude do cruzamento de diferentes raças.
 Naturais, como o próprio nome diz, são
aqueles em que o animal age de acordo com a sua
natureza e, portanto sem a influência do cativeiro
hábito e seleção metódica. Neste caso as tendências
naturais dos animais são mantidas. E os instintos só
serão modificados através da interação entre os
animais e destes com o meio.

Dentre os instintos naturais Darwin aponta o instinto de


abelhas construtoras de favos como sendo o mais
notável exemplo na natureza, onde as abelhas
conseguem construir favos em formatos e dimensões
corretas para permitir o armazenamento da maior
quantidade de mel com o mínimo de gasto de energia
possível. Esse instinto teria sido selecionado pois o
enxame que gastasse menos mel para formar os favos
seria beneficiado e transmitiria esse instinto por
hereditariedade, e seus descendentes teriam maiores
chances de enfrentar com sucesso a luta pela existência.

Um dos fatos que Darwin considera uma forte objeção a


sua teoria é a existência de insetos sociais estéreis. A
impossibilidade das formigas estéreis transmitirem suas
características para seus descendentes parecia não se
conciliar com a teoria da seleção natural. Darwin conclui
que essa característica tenha sido tenha útil para a
comunidade, por isso, os machos e fêmeas fecundos
passavam aos seus descendentes fertéis a tendência de
produzir uma classe de membros da sociedade estéreis.

Portanto, para Darwin hábitos e instintos sofrem


constantemente ação da seleção natural podendo ser
transmitidos por hereditariedade aos seus descendentes
lhes conferindo uma maior vantagem na luta pela
existência.

[editar]Capítulo VIII – Hibridismo


Ver artigo principal: Híbrido (biologia)

 Origem da esterilidade: como não traz


vantagens para o indivíduo, a esterilidade entre
diferentes espécies não pode ter evoluído pouco
a pouco através da Seleção Natural.
 A capacidade
de entrecruzamento como conceito de espécie:
algum grau de esterilidade entre híbridos é a
regra geral, mas não necessariamente universal.
 A esterilidade é um acidente derivado da
divergência entre linhagens e depende em parte
da afinidade sistemática, dos modos de vida e do
histórico evolutivo.

O capítulo VIII busca responder a uma aparente


dificuldade da Teoria da Seleção Natural levantada
no capítulo VI: Como explicar que asespécies,
quando se cruzam, fiquem férteis ou produzam
descendentes estéreis, enquanto as variedades,
quando cruzadas entre si, mantenham sua
fecundidade inalterada? Este problema existia,
segundo Darwin, porque a esterilidade não é
vantajosa para o indivíduo, de modo que não
poderia surgir gradativamente pela ação da Seleção
Natural.

Híbrido entre uma zebra e um burro.


Na época da publicação do livro, já existia a noção
de que a capacidade de entrecruzamento seria um
fator importante na definição de espécies,
mas Darwin observa que os resultados dos
experimentos de entrecruzamento chegam a
conclusões distintas dos naturalistas experientes
sobre o que são espécies. Híbridos de
diferentes espécies podem ser férteis, enquanto
variedades de uma mesma espécie têm dificuldades
de entrecruzamento. Ele também aponta questões
metodológicas dos experimentos da época que
podem ter levado os autores a conclusões
equivocadas a esse respeito. A sua conclusão é de
que algum grau de esterilidade entre híbridos é a
regra geral, mas não necessariamente universal. Na
discussão sobre a formação
de espécies domésticas, Darwin expõe com
bastante lucidez sua visão de que as espécies são
definidas pela ancestralidade comum, a partir da
modificações lentas de variedades. Desse modo,
a esterilidade não seria uma característica
irremovível, mas uma peculiaridade que surgia à
medida que as linhagens se diferenciavam; quanto
mais diferentes, mais difícil seria o cruzamento.

Mais adiante, Darwin retoma uma distinção feita no


início do capítulo, entre a capacidade
de cruzamento (i.e., de gerar um novo indivíduo) e a
fecundidade ou esterilidade da prole. Ele comenta
que os dois fenômenos não são necessariamente
correlatos; algumas espécies podem cruzar
facilmente entre si, porém ter sempre prole estéril, e
vice-versa. Esta esterilidade estaria parcialmente
com a afinidade sistemática. Essa tendência
também variaria em cruzamentos recíprocos; isto é,
pois às vezes é mais fácil cruzar o macho de
uma espécie com a fêmeade outra do que o
contrário (um pensamento que seria o embrião da
regra de Haldane). Darwin observa que, se
a esterilidade entre asespécies fosse obra de uma
criação especial, seria de se esperar um grau
semelhante de esterilidade entre todas as espécies.
A visão de que o isolamento reprodutivo é uma
consequência natural do distanciamento filético é a
visão predominante atualmente. ParaDarwin, no
entanto, esse isolamento seria de certo modo
acidental e imprevisível, enquanto no paradigma
atual, esse distanciamento tem um caráter um tanto
inexorável (Teoria de Dobzhansky-Muller).
Atualmente é controverso se a Seleção
Natural pode ou não influir noisolamento
reprodutivo,via Reforço. Darwin chega a admitir a
possibilidade do fenômeno do Reforço, mas
descarta esta idéia.

[editar]Capítulo IX – Imperfeição dos registros


geológicos

Ver artigos principais: Paleontologia e Geologia.


Concordo com Lyell, cuja metáfora
aceito sem restrições quando ele
compara o registro geológico de que
dispomos a uma história de mundo
elaborada de forma imperfeita e escrita
em um dialeto em extinção, e da qual
possuímos apenas o último volume,
relativo a somente dois ou três países.
Desse volume, há somente alguns
capítulos soltos, e de cada página
apenas poucas linhas.

 Variedades intermediárias (sua


ausência, natureza e números)
 Intermitência das formações geológicas
 Aparecimento repentino de grupos no
registro fóssil
 Período de tempo decorrido –
Antiguidade da Terra

Uma das principais objeções à Teoria de


Darwin era o fato de as formas específicas
serem, em sua maioria, distintas umas das
outras, não interligadas por elos de transição.
De fato, em sua época poucas eram as formas
transitórias conhecidas, como o fóssil de
Archaeopterix. Segundo Darwin, a ausência de
formas intermediárias atuais se daria porque as
formas de transição seriam menos numerosas
do que as formas extremas, sendo extintas
durante o curso das modificações e
aperfeiçoamentos adquiridos por estas por meio
da Seleção Natural. Sobre a ausência de
formas de transição no registro fóssil Darwin
afirma: "Creio que a explicação se encontre na
extrema imperfeição dos registros geológicos".
Ele também comenta que essas formas não
seriam diretamente intermediárias entre duas
espécies quaisquer: "O mais correto seria
procurar formas intermediárias que existem
entre cada uma delas e um ancestral
desconhecido, comum a ambas, que por sua
vez deve ser diferente dos seus descendentes
modificados".

Dentes fossilizados de cavalo encontrados por


Charles Darwin em 1832.
Uma das características do registro geológico
que demonstram sua própria imperfeição é a
intermitência das formações, ou as lacunas que
existem entre as formações sobrepostas.
Darwin estava convencido de que todas as
antigas formações abundantes em fósseis
teriam se formado durante uma fase de
subsidência. Em virtude da dinâmica da Terra,
com oscilações no nível do mar e do
soerguimento e rebaixamento da parte
continental, nem sempre se apresentava as
condições necessárias à formação dos
registros, daí sua imperfeição e também a
escassez das formas intermediárias.

Sobre a aparição repentina de alguns grupos no


registro geológico, Darwin comenta que, pelo
fato de alguns gêneros e famílias não terem
sido encontrados abaixo de uma determinada
camada, não significa que eles não tenham
existido antes; tais grupos poderiam ter surgido
muito tempo atrás e se multiplicado lentamente.
Além disso, o grande intervalo de tempo entre
formações consecutivas permitiria a
multiplicação das espécies a partir de algumas
formas ancestrais; dessa forma, na formação
seguinte cada espécie pareceria ter sido criada
de maneira brusca.

Quanto à idade da Terra, Darwin, embasado


em estudos geológicos da época e influenciado
pelas idéias gradualistas, considerava que a
história geológica da Terra teria sido bem maior
do que antes se conhecia, pois de outra
maneira a Seleção Natural não teria tido tempo
suficiente para dirigir as modificações
orgânicas. Para Darwin a idéia de que a Terra
era muito mais antiga do que se imaginava era
tão importante que ele chega a dizer: "Quem
teve a oportunidade de ler o tratado do Sr.
Charles Lyell, Princípios de Geologia,(…) e se
mesmo assim não admitir que os períodos de
tempo tenham sido inconcebivelmente
extensos, poderá interromper neste momento a
leitura deste livro".
[editar]Capítulo X – Da sucessão geológica
dos seres vivos

 As formas de vida nem sempre


apresentam o mesmo grau de modificação
entre duas formações consecutivas.
 A extinção de formas antigas e a
formação de novas formas estão
relacionadas.
 A raridade precede a extinção.
 A fauna de cada período geológico
possui características intermediárias entre a
fauna anterior e posterior.

Escala de tempo geológico de Richard


Owen(1861)
Neste capítulo Darwin aborda basicamente
sobre a diversidade de espécies no registro
fóssil e a extinção no tempo geológico. Ele
introduz o capítulo dizendo que
os fósseis impressos nas rochas têm uma
sucessão geológica clara que coincide com a
"modificação lenta e progressiva por via da
descendência e da Seleção Natural", refutando
a imutabilidade das espécies e que gêneros e
classes diferentes não se modificaram na
mesma velocidade. Isso é comprovado no
registro fóssil pela presença de organismos
atuais em meio a grupos de espécies já
extintas.

Ainda sobre a velocidade de transformação das


espécies, Darwin afirma que "seres superiores
modificam-se mais rapidamente que seres
inferiores", pois acredita que as espécies mais
recentes são mais aptas por descenderem de
outras que já sofreram modificações. Darwin
ainda postulou que as formas "superiores" e
terrestres se modificam em maior velocidade
devido à maior interação ecológica que as
espécies sofrem entre si. Esta é uma idéia
ainda a ser discutida, pelo fato de se conhecer
atualmente a infinita variedade de habitats que
podem ser encontradas no ambiente marinho.
Darwin não acreditava em extinção em massa,
ou seja, causada por algum evento catastrófico
como várias erupções vulcânicas ou um
impacto de um meteoro, como é pensado
atualmente (e.g. Benton & Twitchett, 2003[6]).
Ele afirma que, como a diversificação, a
extinção é lenta (talvez muito mais que a
diversificação) e que a extinção de formas
antigas e a formação de novas formas estão
relacionadas. Precedendo a extinção, ocorre a
raridade, na visão de Darwin, que associa a
raridade de algumas espécies à sua futura
extinção. Mas a atual raridade de uma espécie
pode significar uma expansão de sua
distribuição geográfica devido elas se
beneficiarem da extinção de um táxon irmão
similar ecologicamente.[7] A extinção de
espécies, segundo ele, se deve à vantagem
estabelecida pela seleção natural às espécies
novas, tornando-as mais competitivas em
relações às espécies já estabelecidas. Também
já levantava a hipótese de extinções serem
causadas por ações humanas.

A fauna de cada período geológico possui


características intermediárias entre a fauna
posterior e anterior, indicando que se fosse
possível ter ocorrido a preservação de cada
forma de vida no registro fóssil, ele seguiria a
evolução dos táxons. Por fim, destaca o fato da
fauna de uma determinada região estar
estreitamente relacionada às espécies
encontradas no registro fóssil da mesma região,
o que pode ser facilmente explicado por sua
teoria de descendência com modificação.

[editar]Capítulo XI – Distribuição geográfica

Ver artigo principal: Biogeografia

O Grande Intercâmbio Americano que


ocorreu no fim do Plioceno com a formação
do Istmo do Panamá.
O capítulo XI trata das
evidências biogeográficas, começando com
a observação de que as diferenças da flora
e da fauna entre regiões separadas não
podem ser explicadas somente por
diferenças ambientais. América do
Sul, África e Austrália são três regiões com
clima e latitude similares. Mas, apesar de
as condições ambientais terem paralelo no
Novo e Velho Mundo estas regiões tem
diferentes plantas e animais. As espécies
encontradas em uma área de um
continente são mais próximas de espécies
encontradas em outras regiões do mesmo
continente, do que de espécies
encontradas em outros continentes.

Darwin notou que barreiras para


a migração desempenharam um importante
papel nas diferenças entre as espécies de
diferentes regiões. Cadeias de montanhas,
enormes desertos, grandes rios, ístmos ou
oceanos entre continentes constituem
barreiras ou aos animais terrestres ou aos
marinhos, e relacionam-se diretamente às
diferenças entre a fauna de diversas
regiões.

Darwin explicou como uma ilha vulcânica


formada a poucas centenas de quilômetros
do continente pode ser colonizada por
poucas espécies do continente. Após a
colonização, estas espécies tendem a ser
tornar modificadas com o tempo, mas
permanecerão relacionadas às espécies
encontradas no continente, padrão comum
observado por Darwin. Embora as espécies
sejam distintas, há afinidades; estas
afinidades nos revelam a existência de um
vínculo orgânico que prevalece através do
espaço e do tempo. Sua explicação foi uma
combinação de migração e descendência
com modificação.

Mais à frente, Darwin discute meios pelos


quais ocorre dispersão das espécies
através dos oceanos para colonizar ilhas,
muitos dos quais ele investigou
experimentalmente. Nos continentes, as
espécies poderiam ter migrado de um
ponto original (centro único de origem) para
os diversos pontos distantes e isolados
onde hoje se encontram. Então, as
mudanças geográficas e climáticas que
ocorreram devem ter interrompido ou
tornado descontínuas as áreas de
ocorrência de várias espécies.

[editar]Capítulo XII – Distribuição


geográfica – continuação

Principais ilhas do arquipélago


de Galápagos.
Neste capítulo Darwin continua a sua
discussão sobre distribuição geográfica.
Numa primeira parte começa por descrever
a distribuição das produções de água doce
e suas formas de dispersão ocasional por
meios acidentais, afirmando que "seria uma
circunstância inexplicável se as aves
aquáticas não transportassem as sementes
de plantas de água doce para locais muito
distantes e se consequentemente a
distribuição dessas plantas não fosse muito
extensa". O mesmo poderia suceder com
ovos de animais de água doce mais
pequenos. Esses indivíduos que
colonizassem ambientes recentes seriam
bem sucedidos, uma vez que, como
chegariam a locais desocupados, a luta
pela sobrevivência seria menos intensa.

Na segunda parte deste capítulo, Darwin


dedica-se essencialmente à colonização
das ilhas oceânicas, começando por dizer
que não pode concordar com a teoria de
Forbes sobre as grandes extensões
continentais, uma vez que esta teoria não
explica vários factos relativos às produções
insulares. A ausência de determinadas
classes, como batráquios e mamíferos
terrestres e a sua substituição por aves
ápteras e répteis, só pode ser explicada
pela susceptibilidade destes animais à
água do mar.
O arquipélago das Galápagos serviu de
cenário para explicar a existência de
grande proporção de espécies endémicas
nas ilhas relativamente a espaços
continentais de tamanhos semelhantes,
através do exemplo de aves terrestres
características de cada ilha. Serviu também
para explicar a afinidade entre os
habitantes das ilhas com os habitantes do
continente mais próximo, uma vez que as
espécies deste arquipélago estão
relacionadas com as espécies da América
e são completamente distintas das
espécies do arquipélago de Cabo Verde,
com o qual partilha várias características
climáticas e geológicas. Segundo a sua
teoria espécies provenientes de locais
próximos chegariam a estas ilhas por
meios ocasionais de transporte ou por uma
ligação terrestre outrora existente, estas
espécies durante o seu estabelecimento
teriam que competir com outras espécies,
ficando assim sujeitas a modificações
através da seleção natural, no entanto,
através do princípio
de hereditariedade ainda é possível detetar
as suas afinidades.

Este conceito de colonização de ilhas de


um local próximo, pode ser aplicado a
outros ambientes em formação, como
montanhas, lagos e pântanos, que seriam
povoados por produções das planícies e
terras secas adjacentes.

Darwin termina afirmando que todas as


relações discutidas sobre a ampla
distribuição de algumas espécies, as
relações entre ambientes próximos e as
relações entre espécies distintas das ilhas
e dos continentes não são concordantes
com a teoria comum da criação
independente, mas sim com a hipótese de
colonização de uma fonte próxima e
subsequente modificação.

[editar]Capítulo XIII – Afinidades mútuas


dos seres vivos; morfologia;
embriologia; órgãos rudimentares

Ver artigos principais: Anatomia, Embriologia e Estrutura vestigial.


Representação de embriões presente
no trabalho de Haeckel de 1866.

 Classificação da biodiversidade
através da descendência;
 Utilização de um conjunto de
características, incluindo
embrionárias e rudimentares, para
a reconstituição de filogenias;

Para Darwin, a classificação biológica


seria mais fácil se todos os seres de
um determinado grupo fossem
adaptados a viver no mesmo tipo de
ambiente (terra, água, etc.). No
entanto, os membros de subgrupos
próximos filogeneticamente podem
possuir hábitos e características
adaptativas diferentes. Normalmente,
os gêneros mais diversos são também
mais dispersos, sendo, por isso, mais
sujeitos a variações que podem
resultar na origem de novas espécies.
Neste capítulo, Darwin argumenta que
a classificação biológica realizada
segundo o Systema
Naturae de Carolus Linnaeus não seria
a mais adequada para agrupar
naturalmente as espécies, pois se
baseia em poucos caracteres que na
maioria das vezes são adaptativos.
Segundo Darwin, características que
determinam adaptação a certos
hábitos de vida não deveriam ser os
mais importantes para a classificação
científica(biológica), pois podem
resultar em agrupamentos artificiais
baseados em características com
função semelhante, mas com origens
diferentes (homoplasias). Para Darwin,
a melhor maneira de classificar a
biodiversidade seria através de um
conjunto de características complexas
que representem afinidades entre as
espécies, o que poderia refletir sua
ancestralidade comum. Tais
características evoluem lentamente em
certos grupos e mais rapidamente em
outros, deixando vestígios do
parentesco entre as espécies. As
relações de ancestralidade e
descendência seriam a única maneira
de designar adequadamente as
espécies, retratando agrupamentos
naturais.

O grupo de características utilizado


para a classificação deve incluir
órgãos rudimentares e caracteres
embrionários. Segundo Darwin, o
desuso gradual e seleção natural
lentamente reduziriam o órgão, e seu
grau de atrofiamento corresponderia à
idade da espécie em relação a seu
ancestral, sendo possível agrupar
aquelas que possuem esses órgãos
em diferentes níveis de
desenvolvimento. Características
embrionárias também devem ser
avaliadas na procura das relações de
parentesco entre as espécies, como
proposto por Henri Milne-
Edwards, Louis Agassiz e Ernst
Haeckel. Este último utilizava
características embrionárias e
rudimentares homólogas para
reconstituir a filogenia entre os seres.
Características de formas
embrionárias normalmente são mais
parecidas entre si do que entre estas
com suas respectivas formas adultas.
Assim, as formas embrionárias podem
refletir a forma que provavelmente era
presente nos ancestrais.

Para representar o sistema


genealógico, Darwin propôs um
diagrama em forma de árvore como a
apresentada no capítulo IV desta obra.
Nesse diagrama, formas rudimentares
extintas poderiam representar grupos
intermediários entre as formas vivas.
Os processos de extinção de alguns
grupos e diversificação de outros a
partir de um ancestral comum seriam
responsáveis pela separação das
espécies. Esses processos são
consequências da seleção natural, que
resulta em modificações de estruturas
ao longo do tempo a partir das formas
presentes nos ancestrais. Dessa
forma, a visão criacionista de formas
de vida imutáveis é improvável.

[editar]Capítulo XIV –
Recapitulações e conclusões

Poucos naturalistas dotados


de flexibilidade intelectual, e
que há tempos tenham
começado a duvidar da
imutabilidade das espécies,
podem ser influenciados por
este livro. No entanto, minha
confiança está voltada para o
futuro, para os jovens
naturalistas em formação, que
serão capazes de enxergar
com imparcialidade ambos os
lados da questão. Quem
acreditar que as espécies são
mutáveis prestará um bom
serviço à ciência, exprimindo
de forma consciente sua
convicção, pois somente assim
se poderá desembaraçar a
questão de todos os
preconceitos que a cercam.

No último capítulo de seu


livro Darwin faz uma recapitulação às
objeções e circunstâncias favoráveis à
teoria da Seleção Natural.

Charles Darwin aos 51 anos, na época


da publicação da primeira edição de A
Origem das Espécies
Como principal objeção Darwin aponta
a dificuldade em explicar como órgãos
e instintos complexos poderiam ter
sido produzidos pelo processo de
seleção natural. Em resposta, ele
sugere que essa dificuldade pode ser
superada se se assumir que todos os
órgãos e instintos são passíveis de
modificações e há uma luta pela
sobrevivência onde o vencedor
preserva as melhores modificações.
Apesar de admitir que seria difícil
prever quais foram as gradações que
ocorreram durante o processo de
modelagem de uma característica, o
estado de perfeição poderia ser
alcançado por meio de várias
gradações intermediárias, desde que
cada uma delas seja útil e melhor que
a precedente. A teoria de
descendência com modificação prevê
que todos os indivíduos de uma
espécie, espécies de um mesmo
gênero e também grupos menos
restritos devem ter um antepassado
comum, e isso implica que indivíduos
mais próximos geograficamente
devam ser mais aparentados que
aqueles situados em locais distantes.
Porém, isso não explica espécies que
apresentam ampla distribuição
geográfica ou uma distribuição disjunta
ao longo do globo terrestre. Para
esses caso, Darwin sugere que
eventos de migração, extinção de
intermediários e mudanças climáticas
durante os períodos glaciais possam
ter moldado essas distribuições
aparentemente em desacordo com sua
teoria. Outra forte objeção à teoria da
seleção natural seria a falta no registro
fóssil das formas intermediárias que
Darwin sugere terem existido. Ele
porém argumenta que o registro fóssil
é imperfeito e que o processo
de fossilizaçãorequer condições muito
específicas e até improváveis, sendo
que muitos organismos, devido a sua
estrutura corporal, jamais poderiam ser
fossilizados.

Durante o processo de seleção


artificial, o homem atua selecionando
as variabilidades que mais lhe
interessa, porém a ação do homem
nada tem a ver com a produção dessa
variabilidade. Segundo Darwin, as leis
que regem a variabilidade são ligadas
à correlação de crescimento, ao uso e
desuso e à ação direta das condições
físicas, e essa variação pode ser
transmitida hereditariamente. Darwin
traça aqui um paralelo entre seleção
natural e artificial, sugerindo que na
seleção natural quem seleciona é a
natureza e não o homem. Há uma luta
pela sobrevivência uma vez que
nascem mais indivíduos do que o
ambiente é capaz de suportar; sendo
assim, a natureza seleciona os mais
aptos (com as melhores variações).
Darwin ainda cita a disputa entre
machos pela posse de fêmeas e
chama esse processo deseleção
sexual, estabelecendo assim que a
seleção natural é a luta pela
sobrevivência e a seleção sexual a luta
pelo acasalamento. Em ambos os
casos, apenas aquele indivíduo que
possuir a variação mais vantajosa
vencerá a luta.

Fronstispício da 1a edição em inglês do


livro A Origem das
Espécies de Charles Darwin (1859)
Em defesa a teoria da Seleção
Natural, Darwin se dedica a explicar
por que espécies não podem ser atos
independentes de criação. Primeiro ele
aponta que se as espécies fossem
independentes não deveria haver
dificuldade para se definir o limite entre
uma e outra, nem tampouco deveria
haver tantas formas intermediárias
entre elas. Ele também cita que o
axioma Natura non facit saltum (a
Natureza não dá saltos) não deveria
ser uma lei natural se as espécies
fossem criações independentes. Além
disso ficaria difícil explicar a razão da
criação de planos biológicos
imperfeitos, como por exemplo o caso
de aves que não voam, ou
a abelha que morre ao utilizar seu
ferrão. O fato de duas áreas distantes
apresentarem as mesmas condições
de vida e habitantes completamente
diferentes seria facilmente explicado
pela teoria de modificação com
descendência, mas não pela criação
independente. A presença
de morcegos e ausência de
outros mamíferos em ilhas oceânicas
distantes do continente e
a homologia entre os ossos da mão do
homem, asas do morcego e
barbatanas de baleias são outros
exemplos que não poderiam ser
explicados pela teoria da criação
independente.

Darwin acreditava que duas razões


principais levavam muitos naquela
época a crer que as espécies eram
imutáveis. A primeira era a crença que
a idade de criação da Terra fosse
muito menor do que realmente é, não
havendo assim tempo geológico
suficiente para que todas as mudanças
ocorressem de forma lenta e gradual,
sendo acumuladas até gerar os
organismos como são hoje. A segunda
razão era a crença que o registro fóssil
estava completo e que apenas aqueles
organismos encontrados foram os que
já existiram e se extinguiram, sem
fornecer assim uma evidência dos
intermediários entre as espécies.

Darwin deixa a idéia de que a teoria de


descendência com modificação pode
abranger membros da mesma classe e
mesmo reino, e ainda sugere a
possibilidade de que todos os seres
vivos tenham se originado a partir de
uma só forma principal.
Darwin sugere como a aceitação da
Teoria da Seleção Natural pode vir a
influenciar os estudos de História
Natural. Ele prevê que não haverá
uma definição satisfatória e unânime
do conceito de espécie e que nossas
classificações se transformarão cada
vez mais em genealogiasonde serão
mapeados os caracteres herdados.
Juntando informações mais precisas
de geologia, Darwin diz que seremos
capazes de recriar rotas migratórias
seguidas pelos habitantes do mundo.
Poderemos ainda utilizar a soma das
modificações nos fósseis encontrados
em formações geológicas
consecutivas como medida relativa do
tempo decorrido entre essas
formações. Darwin ainda prevê que a
seleção natural pode influenciar
estudos de psicologia e auxiliar no
entendimento da origem do homem e
de sua história.

Por fim, Darwin aponta


que Hereditariedade, Variabilidade,
Multiplicação dos Indivíduos, Luta pela
Existência, Seleção Natural,
Divergência dos Caracteres e Extinção
das Formas Menos Aptas são as
principais leis responsáveis por moldar
as formas que conhecemos hoje no
mundo.

[editar]Ver também

Livro: Evolução

Livros são coleções de artigos que podem


ser
baixados ou impressos em conjunto.
A Wikipédia possui o
Portal de Evolução

O Wikisource contém fontes primárias


relacionadas com este artigo: A
Origem das Espécies

 Árvore evolutiva
 Charles Darwin
 Especiação
 Evidência da evolução
 Evolução
 Filogenia
 Fósseis
 História da Biologia
 História do pensamento
evolutivo
 Introdução à evolução
 Paleontologia
 Seleção artificial
 Seleção natural
 Variabilidade genética

Origem das especies simplificado


O livro “A Origem das Espécies” (cujo nome original é "Sobre a
origem das espécies através da seleção natural ou a preservação de
raças favorecidas na luta pela vida"), publicado pelo naturalista
britânico Charles Darwin no dia 24 de novembro de 1859, é
considerado um dos livros mais importantes da história da Biologia.
Nele, Darwin coloca a seleção natural como fator de evolução das
espécies.
O livro gerou uma grande polêmica, principalmente com a Igreja
Católica, pois ia contra a teoria do criacionismo, de que toda a forma
de vida era oriunda da criação divina, tal como é apresentado na
Bíblia, no livro de Gênesis. A tese de que o homem teria parentesco
com os macacos chocou a sociedade na Inglaterra vitoriana.
Segundo Maria Isabel Landim, professora do Museu de Zoologia da
USP, mesmo depois de um século e meio de testes, as idéias centrais
de Darwin sobre a evolução biológica continuam válidas. Ela destaca
que as idéias centrais do naturalista são: todos os seres vivos
compartilham um ancestral em comum; as espécies se modificam ao
longo do tempo através do processo de descendência com
modificação e; o principal mecanismo que promove a fixação de
determinada variação na população gerando novas espécies é a
seleção natural.
“Sendo assim, o cerne do livro “A Origem das Espécies” continua
bastante atual, entretanto uma série de considerações e exemplos
dados por Darwin na sua grande obra são considerados
ultrapassados. Isto é compreensível devido aos grandes avanços que
as ciências biológicas sofreram no último século, sejam eles
tecnológicos ou de novas descobertas factuais, como fósseis. Um
exemplo que podemos citar é o de como se dão as variações entre
organismos, e como elas são passadas para as gerações seguintes.
Darwin em seu tempo só podia observar que existiam variações e que
algumas destas eram herdadas, mas nunca pode explicar
corretamente o processo. Isto só foi possível com o desenvolvimento
da genética moderna na primeira metade do século XX”, explica
Landim.
Para o professor Nelio Bizzo, da Faculdade de Educação da USP,
apesar do “espírito” da obra de Darwin ser muito atual, uma vez que
a perspectiva evolucionista está na base das formulações mais
modernas da biologia, a teoria evolutiva se desenvolveu
enormemente nesses últimos 150 anos e tem ferramentas muito
poderosas para analisar a diversidade dos seres vivos, em nível
molecular. “Há bem pouco tempo, dependíamos de características
muito evidentes para estimar o parentesco dos seres vivos. Hoje isso
pode ser feito a partir de fios de cabelo, por exemplo!”.
Landim destaca como um dos maiores avanços na teoria evolutiva de
Darwin a compreensão dos mecanismos de hereditariedade, que o
naturalista considerava central, mas que desconhecia. Desta forma,
mesmo sendo válida a teoria evolutiva de Darwin, uma parte
fundamental para a compreensão da evolução biológica estava fora
do seu alcance.
“Com a redescoberta do trabalho de Mendel com as ervilhas, que
oferecia a explicação para a transmissão de um conjunto de
características, a biologia deu um salto incalculável. A síntese entre
evolução por seleção natural e teoria genética passou a ser
conhecida, muito apropriadamente, como Neodarwinismo. As idéias
básicas de Darwin foram validadas por novas evidências oriundas de
um campo essencial, o da hereditariedade. Elas se mostraram
sólidas, porém, a teoria evolutiva se sofisticou com a colaboração
deste novo campo do conhecimento. Além disso, a genética moderna
permitiu que nós compreendêssemos a origem da variação
observada, que aparentemente são geradas tanto por mutações nos
genes que codificam diretamente as proteínas, como na regulação
destes genes. Esta última é objeto de estudo da biologia evolutiva do
desenvolvimento, ou Evo-Devo como é chamada em inglês, e
demonstra como diferenças mínimas no material genético podem
gerar grandes modificações no organismo, apenas pela ativação em
tempos diferentes de um mesmo gene ou a sua desativação”, afirma
a professora da USP.

No que Darwin se baseou para chegar à sua teoria sobre a


evolução das espécies?
De acordo com a professora Isabel Landim, para chegar à sua teoria
Darwin se baseou em um número enorme de evidências provenientes
de todas as áreas da História Natural (que na época era a designação
conjunta para a Geologia, Paleontologia, Botânica e Zoologia).
“Ele observou, por exemplo, o padrão de distribuição geográfica dos
organismos (biogeografia); a relação entre organismos extintos com
organismos atuais (paleontologia); o isolamento reprodutivo entre
populações de organismos aparentados; o desenvolvimento ao longo
da vida de um indivíduo de uma espécie e a sua relação com espécies
mais ou menos relacionadas (desenvolvimento ontogenético); a
disputa na natureza por parceiros reprodutivos (seleção sexual); a
formação de cadeias de montanhas (Andes) e o tempo necessário
para seu soerguimento (usado por ele para calcular a idade da
Terra)etc.”, explica a professor do Museu de Zoologia da USP.
Os especialistas concordam que ainda hoje a teoria de Darwin não é
tão bem compreendida. “Na verdade, o Neodarwinismo substituiu a
formulação original, mas mesmo assim ainda é pouco conhecido. Um
dos aspectos básicos para entender o Neodarwinismo é o tempo
geológico. É difícil incorporar a idéia de que a gasolina que colocamos
no carro hoje esteve no corpo de algum ser vivo há 90 milhões de
anos”, afirma Bizzo.

Para Landim, a teoria é bem compreendida no meio acadêmico, mas


é muito mal compreendida pelas pessoas em geral. “É muito comum,
ainda hoje, ouvirmos que a seleção natural é a sobrevivência do mais
forte, quando, na verdade, a força pode não ter nada a ver com ela.
O princípio de seleção é muito simples, mas parece que as pessoas
buscam desnecessariamente complicá-lo. A seleção natural é a
reprodução diferencial entre indivíduos de uma mesma população.
Sabemos que cada indivíduo carrega uma combinação de genes que
é única. Parte herdada do pai e parte herdada da mãe. Essa
combinação única se expressa em algumas características físicas e
comportamentais únicas e por isso cada indivíduo de uma espécie
com reprodução sexual é diferente dos demais. Basta olhar ao nosso
redor e ver que, exceto por gêmeos univitelinos, não existem dois
seres humanos iguais.

Darwin observou que estas pequenas diferenças entre indivíduos


poderiam conferir a alguns deles alguma vantagem reprodutiva em
relação aos demais, seja pelo fato do indivíduo se reproduzir antes,
mais freqüentemente ou por mais tempo. Se esta vantagem fosse
hereditária e se traduzisse no sucesso em deixar mais descendentes,
o esperado é que, mantida a seleção por esta característica vantajosa
no tempo, a cada nova geração de indivíduos desta espécie ela
estaria presente em um número maior de indivíduos. É uma questão
de estatística. No caso da força, ou do indivíduo mais forte, se no
processo reprodutivo de sua espécie esta característica (força) for
irrelevante, de nada adiantará sua brutalidade. Alguns biólogos
diriam que nosso desejo de eternidade se expressa na tentativa de
deixar nossos genes na Terra, já que a vida individual e da espécie
são tão efêmeras. O sucesso reprodutivo é o meio para alcançar tal
objetivo. O comportamento de indivíduos da maior parte das espécies
parece confirmar esta regra”, explica a professora.

Ricardo Kfuri da Silva


Tuesday, March 03, 2009

19:55:57
'SOMOS TODOS PARENTES"
VALEU CHARLES DARWIN PELA CONTRIBUIÇÃO FANTÁSTICA DE SUA
OBSERVAÇÃO. SEU PENSAMENTO MERECE SER CADA VEZ MAIS
PENSADO. VALEU COMEXÃOPROFESSOR POR OPTAR PELO
CONHECIMENTO E DIVULGAÇÃO DE CHARLES DARWIN AO INVÉS DA
IGNORÂNCIA DE TE-LO COMO AMEAÇA AO MITO DE ADÃO E EVA. A
NCESTRAL COMUM
Prevenção de Descarga Elétrica

Sistema de Proteção Contra Descargas Atmosféricas


Convencional (ABNT - NBR - 5419) é um sistema destinado a
proteger uma estrutura contra os efeitos das descargas
atmosféricas. É composto de um sistema externo de proteção
(consiste em captores, condutores de descida e sistema de
aterramento) e de um sistema interno de proteção (composto
de um conjunto de dispositivos que reduzem os efeitos
elétricos e magnéticos da corrente de descarga atmosférica
dentro do volume a proteger).

O Sistema Preventivo de Raios é o único sistema


verdadeiramente preventivo contra descargas atmosféricas
(raios). É aplicável a qualquer tipo de edificação em qualquer
lugar do mundo. O SPR® está protegendo torres de 520
metros de altura há mais de 22 anos de história sem
ocorrência de raios em centenas de aplicações.

Cuidados durante uma tempestade:

DURANTE A TEMPESTADE:
• Fique onde estiver, se for seguro, não se aproxime das janelas;
• Tenha por perto capa de chuva e sapatos fortes, se for necessário
sair;
• Ouça o rádio portátil para saber do desenvolvimento da situação;
• Se estiver ao ar livre procure um abrigo seguro - longe de árvores -
;
• Se estiver dirigindo, pare num local elevado (livre de inundações),
longe de árvores, redes elétricas e rios;
• Evite usar o telefone durante uma tempestade.
DEPOIS QUE A TEMPESTADE PASSA:
• Verifique os danos em sua casa;
• Se precisar de auxílio emergencial veja a nossa lista de Telefones
de Emergência;
• Tenha cuidado com possíveis riscos oferecidos por árvores afetadas,
redes elétricas rompidas e área inundadas;
• Fique perto de casa e ajude os vizinhos.

Sistema Preventivo de Raios

Qual é o perigo?

A cada ano, raios causam milhões de dólares em danos às


edificações protegidas e desprotegidas. O poder destrutivo do
raio é tão grande que mesmo estruturas com sistemas
convencionais de proteção contra raios sofrem danos
extensos.

Eliminadores de Surtos e Transientes podem proteger


equipamentos em uma edificação dos efeitos de uma descarga
de raio fora da área da edificação. Contudo, descargas no
edifício podem ser tratadas separadamente e preferivelmente
com alguns métodos que positivamente as excluam do
edifício.

Qual é a solução?

O patenteado Sistema Preventivo de Raios (LEC Dissipation


Array Systems®) previne quedas de raios em toda a área
protegida e nos próprios dispositivos. Eles previnem raios pela
redução contínua do potencial, (diferença de voltagem) entre
a terra e a nuvem carregada, para um potencial bem abaixo do
potencial da descarga.

Isto nos traz muitas vantagens:

• Simples: O projeto vai muito além, confiável, e garante


100% de eficiência.
• Passivo: Sem consumo de energia; ativa-se pela energia
da própria tempestade.
• Universal: Sistemas Dissipativos de Cargas podem ser
usados para proteger quaisquer tipos de edificações,
torres, linhas de transmissão de força, ou grandes e
complexas áreas. Os conceitos básicos do sistema são
adaptados especificamente para cada edificação
individual.

• Preventivo: Elimina completamente as quedas de raios e


energias relacionadas das áreas protegidas. Evita
problemas inerentes aos sistemas convencionais, os
quais atraem a energia para si e tentam negociar com
elas.
Web Design: Tamires Duarte Rocha
Os projetos do INPE não param poraí. Em colaboração com Furnas CentraisElétricas,
o Elat está instalando, no oestedo Paraná, um sistema de detecção dedescargas inédito no
Brasil, equivalenteao que é utilizado no aeroporto de Tuc-son, no Arizona, Estados
Unidos. Com-posto por sensores do tipo LS8000, pararegistro de todos os tipos de
descargas, osistema dos EUA deve permitir uma an-tecipação na identificação de
situaçõesde risco para as aeronaves. No Brasil, ossensores LS8000 serão aplicados no mo-
nitoramento de descargas nuvem-solo etambém das que ocorrem dentro delas.
O projeto no Paraná trará grandesbenefícios à proteção de equipamentosde custo
elevado. Mediante a previsãode raios, é possível desligar o equipa-mento da rede
elétrica e colocá-lo emum gerador próprio até o fim da tem-pestade. “As descargas
elétricas que
ocorrem no interior das nuvens sãoprecursoras das que atingem o chão,daí sua
importância. Ao conhecê-las,torna-se viável o monitoramento daatividade das nuvens e,
assim, prever aocorrência de descargas rumo ao solo”,acrescenta o coordenador do Elat.
No total, cinco sensores LS8000 se-rão instalados em cidades ainda nãodefinidas
do Oeste do Paraná. Trata-se de um projeto piloto que até marçoou abril de 2009 já
estará em operaçãoe, caso se mostre vantajoso às empre-sas do setor elétrico, será
estendido aoutras regiões. “Pretendemos verificaraté que ponto os sensores irão
agregarinformação. Assim, companhias do se-tor elétrico, a exemplo da Rio
GrandeEnergia (RGE) e da AES Sul Distribui-dora Gaúcha de Energia, dentre ou-tras,
poderiam ser grandemente bene-ficiadas. Ainda não definimos os locais
de instalação dos sensores, que pode-rão estar em aeroportos, universidadese
parques”, antecipa Osmar Pinto.
O estudo sobre a incidência de raios é útil não apenas
para o desenvolvimento tecnológico de pára-raios e da área
de engenharia de proteção como um todo.
Mediante pesquisas sobre as descargas
atmosféricas é possível entender até mesmo os prejuízos
causados ao meio ambiente. O INPE vem
estudando ativamenteesta questão, por entender
que a elevação da temperatura é o parâmetro-chave para a
formação de tempestades. “Estamos utilizando dados da
BrasilDat e de satélite para investigar se os raios, suscetíveis à
temperatura, e as tempestades severas estão aumentando em nosso país.
Ocorre que esse efeito não é homogêneo e, ao monitorar os raios,
é possível verificar o impacto do aquecimento global em um país de proporções
continentais, como o Brasil”, explica O eng. eletr. Osmar Pinto Jr.. Há três anos a
BrasilDat vem
monitorando o RS, em uma iniciativa que trará benefícios a todos os engenheiros
do Estado. Com previsão de divulgação dos dados para julho de 2009, o
mapeamento visa verificar as regiões com maior quantidade de raios. Se até
agora os projetos de proteção contra raios, desenvolvidos por engenheiros,
ainda tem como parâmetro básico o índice ceráunico (utilizado outrora
pela população autóctone com base na contagem do número de dias de
trovoada, que ocorrem por ano em uma dada localidade), futuramente será
possível adotar informações mais precisas, graças a esse levantamento realizado
pelo INPE. “Antigamente anotavam-se informações sobre o número de trovões
escutados durante o dia. Isso não era eficaz, pois caso um local registrasse 10 mil raios
em um único dia, por exemplo, eram informados apenas dois raios, de acordo com
os trovões escutados. Os engenheiros do RS ainda utilizam esse método pouco eficaz,
mas
após esses três anos de levantamento será possível elaborar projetos (como pára-raios)
ade-
quados à quantidade de descargas encontrada em cada região, de forma ainda mais
precisa”,
prevê Osmar. Por meio de mapas, pode-se determinar o nível ceráunico de determinadas
regiões, cujo índice de variação pode oscilar entre baixo (em torno 1 a 10) e alto (de 100
a 200).
Para a técnica de proteção contra os raios, mais importante que o número de dias com
trovoa-
das por ano, é conhecer a densidade em raios por quilômetro por ano (ng).
I
Os projetos do INPE não param poraí. Em colaboração com Furnas CentraisElétricas,
o Elat está instalando, no oestedo Paraná, um sistema de detecção dedescargas inédito no
Brasil, equivalenteao que é utilizado no aeroporto de Tuc-son, no Arizona, Estados
Unidos. Com-posto por sensores do tipo LS8000, pararegistro de todos os tipos de
descargas, osistema dos EUA deve permitir uma an-tecipação na identificação de
situaçõesde risco para as aeronaves. No Brasil, ossensores LS8000 serão aplicados no mo-
nitoramento de descargas nuvem-solo etambém das que ocorrem dentro delas.
O projeto no Paraná trará grandesbenefícios à proteção de equipamentosde custo
elevado. Mediante a previsãode raios, é possível desligar o equipa-mento da rede
elétrica e colocá-lo emum gerador próprio até o fim da tem-pestade. “As descargas
elétricas que
ocorrem no interior das nuvens sãoprecursoras das que atingem o chão,daí sua
importância. Ao conhecê-las,torna-se viável o monitoramento daatividade das nuvens e,
assim, prever aocorrência de descargas rumo ao solo”,acrescenta o coordenador do Elat.
No total, cinco sensores LS8000 se-rão instalados em cidades ainda nãodefinidas
do Oeste do Paraná. Trata-se de um projeto piloto que até marçoou abril de 2009 já
estará em operaçãoe, caso se mostre vantajoso às empre-sas do setor elétrico, será
estendido aoutras regiões. “Pretendemos verificaraté que ponto os sensores irão
agregarinformação. Assim, companhias do se-tor elétrico, a exemplo da Rio
GrandeEnergia (RGE) e da AES Sul Distribui-dora Gaúcha de Energia, dentre ou-tras,
poderiam ser grandemente bene-ficiadas. Ainda não definimos os locais
de instalação dos sensores, que pode-rão estar em aeroportos, universidadese
parques”, antecipa Osmar Pinto.
O estudo sobre a incidência de raios é útil não apenas
para o desenvolvimento tecnológico de pára-raios e da área
de engenharia de proteção como um todo.
Mediante pesquisas sobre as descargas
atmosféricas é possível entender até mesmo os prejuízos
causados ao meio ambiente. O INPE vem
estudando ativamenteesta questão, por entender
que a elevação da temperatura é o parâmetro-chave para a
formação de tempestades. “Estamos utilizando dados da
BrasilDat e de satélite para investigar se os raios, suscetíveis à
temperatura, e as tempestades severas estão aumentando em nosso país.
Ocorre que esse efeito não é homogêneo e, ao monitorar os raios,
é possível verificar o impacto do aquecimento global em um país de proporções
continentais, como o Brasil”, explica O eng. eletr. Osmar Pinto Jr.. Há três anos a
BrasilDat vem
monitorando o RS, em uma iniciativa que trará benefícios a todos os engenheiros
do Estado. Com previsão de divulgação dos dados para julho de 2009, o
mapeamento visa verificar as regiões com maior quantidade de raios. Se até
agora os projetos de proteção contra raios, desenvolvidos por engenheiros,
ainda tem como parâmetro básico o índice ceráunico (utilizado outrora
pela população autóctone com base na contagem do número de dias de
trovoada, que ocorrem por ano em uma dada localidade), futuramente será
possível adotar informações mais precisas, graças a esse levantamento realizado
pelo INPE. “Antigamente anotavam-se informações sobre o número de trovões
escutados durante o dia. Isso não era eficaz, pois caso um local registrasse 10 mil raios
em um único dia, por exemplo, eram informados apenas dois raios, de acordo com
os trovões escutados. Os engenheiros do RS ainda utilizam esse método pouco eficaz,
mas
após esses três anos de levantamento será possível elaborar projetos (como pára-raios)
ade-
quados à quantidade de descargas encontrada em cada região, de forma ainda mais
precisa”,
prevê Osmar. Por meio de mapas, pode-se determinar o nível ceráunico de determinadas
regiões, cujo índice de variação pode oscilar entre baixo (em torno 1 a 10) e alto (de 100
a 200).
Para a técnica de proteção contra os raios, mais importante que o número de dias com
trovoa-
das por ano, é conhecer a densidade em raios por quilômetro por ano (ng).
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