Académique Documents
Professionnel Documents
Culture Documents
TRABALHO DE FARMACOTÉCNICA II
CONTROLE DE QUALIDADE FÍSICO-QUÍMICA E MICROBIOLÓGICA EM FARMÁCIA DE
MANIPULAÇÃO DE ACORDO COM A RDC VINGENTE.
INTRODUÇÃO.................................... ....................................................................................................... 5
REQUISITOS PARA EFETUAÇÃO DO CONTROLE DE QUALIDADE........................... ............................... ...6
CARACTERES ORGANOLÉPTICOS DE MATÉRIAS-PRIMAS............................ ............................... .............7
CONTROLE DE QUALIDADE DOS MEDICAMENTOS MANIPULADOS......................... .......................... .....9
CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS ESTÉREIS............................. ............................. .........10
CONTROLE DE QUALIDADE DE MEDICAMENTOS HOMEOPÁTICOS................... ............................. ......10
CRITÉRIOS PARA A DETERMINAÇÃO DOS TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE DE PRODUTOS
MANIPULADOS.................................................................. .................................................................... 11
QUANTIDADE DA AMOSTRA.................................. ...................................................... .......................... 13
ANÁLISE DE PRODUTOS INDIVIDUALIZADOS.......................................... ............................................... 13
Sistema de rodízio ................................................................................ ....................... ......................... 14
PRODUTO DESTINADO AO ESTOQUE MÍNIMO................................................................ ...................... 14
AMOSTRAGEM DO PRODUTO MANIPULADO................................................. ....................................... 15
PRINCIPAIS MÉTODOS ANALÍTICOS............................................................................ ........................... 15
Métodos químicos............................................................... ............................................ ...................... 15
Métodos físicos.................................................................................................. .................................... 16
Métodos biológicos..................................................................................... .............. ............................ 16
Ensaios microbiológicos de antibióticos...................................................... ................................. .........16
Ensaio microbiológico por difusão em Agar.................................................. ........................................ 17
Preparação do inócuo ........................................................................................ ................................... 17
preparação da suspensão .............................................................................. ....................................... 18
padronização da suspensão ................................................. ................................... .............................. 18
ENSAIOS DE ESTABILIDADE DE MEDICAMENTOS ................................................ ............................ .....19
MÉTODOS DE ENSAIOS PARA CÁPSULAS GELATINOSAS...................................................................... 20
Peso e Capacidade das cápsulas ..................................................................... ............................... .......20
Dissolução ou desagregação das cápsulas ............................................................................ ................ 21
MÉTODOS DE ANÁLISE DAS EMULSÕES ............................................................................................. ..21
Teor em água das emulsões .......................... ...................................................................... .................21
Teor de gordura total das emulsões ............................................................................... ......................21
pH das emulsões ................................................................................................................ ................... 21
Estabilidade das emulsões .............................................................................. ............................. .........21
Viscosidade das emulsões ..................................................................... ............................... ................ 22
ENSAIOS PARA DETERMINAR O TIPO DE EMULSÃO (O/A OU A/O) .................... ......................... .........22
Ensaio de diluição .................................................................................................... ............................. 22
FORMAS FARMACÊUTICAS PARA USO EXTERNO ....................................................... ........................... 22
Identificação e dosagem dos princípios ativos das formas farmacêuticas para uso externo ...............24
XAROPES ................................................................................................................ ............................... 24
Ensaios físicos dos xaropes ........................................................................... ..................................... ...24
Ensaios químicos dos xaropes ............................................... ................................................ ...............25
CO-RELAÇÃO ENTRE O TAMIS (NÚMERO DE FIOS E NÚMERO DE MALHAS) X DIÂMETRO DOS
PUNÇÕES X PESO DOS COMPRIMIDOS, NUMA GRANULAÇÃO ÚMIDA.............................. ..................26
CALIBRAÇÃO DE GOTAS.......................................................................................................... ...............26
INFRAÇÕES QUE COMPROMETEM O CONTROLE DA QUALIDADE DOS PRODUTOS MANIPULADOS....26
CONTEÚDO DOS DOCUMENTOS NECESSÁRIOS PARA A PRODUÇÃO E CONTROLE DA QUALIDADE DOS
MEDICAMENTOS..................................... .............................................................................................. 27
Fórmula-Mestre .......................................... ............... ..................... ...................................................... 27
PRINCIPAIS ASPECTOS PARA GARANTIR A UNIFORMIDADE DE UM MEDICAMENTO LOTE A LOTE
DURANTE UM PROCESSO DE PRODUÇÃO............................................ ........................ ......................... 28
Fórmula do lote padrão ...................................................................................................... .................. 28
Protocolos de produção............................................................ ............................................................ 28
Protocolos do produto acabado, embalagem........................................................... ........................... 29
Especificações do produto ..................................... .................................................. .......................... ...29
Protocolo de amostragem ...................................................................... .............................. ................ 29
Protocolos de Controle de Qualidade ............................................................. .............................. ........29
CONCLUSÃO.................................................................................................................... ...................... 30
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS................................ .............................. ................................................ 31
ANEXOS..................................................... ............................... .......................... ................................... 32
INTRODUÇÃO
A farmácia deve contar com profissional capacitado e habilitado para as atividades de controle
de qualidade e dispor de recursos adequados que assegurem confiabilidade e efetividade de todas as
providências relativas à qualidade dos produtos. (BRASIL,2006)
Os responsáveis pela supervisão da produção e pelo Controle da Qualidade de produtos
farmacêuticos deverão possuir as qualificações de escolaridade científica e as experiências exigidas
pela legislação nacional, que inclui o estudo (escolaridade) nas áreas de química, bioquímica,
engenharia química, microbiologia, ciências farmacêuticas e tecnologia, farmacologia e toxicologia,
fisiologia ou outras ciências correlatas. Além disso, devem possuir experiência prática na produção e
no controle de qualidade de produtos farmacêuticos. Estes profissionais exercem em conjunto
determinadas atividades relativas à qualidade, que dependendo dos regulamentos poderão incluir:
· Autorização de procedimentos escritos e outros documentos.
· Monitoramento e o controle de produção.
· Higiene.
· Validação de processos e a calibração de instrumentos analíticos.
· Treinamento, incluindo a aplicação dos princípios de garantia da qualidade.
· Aprovação e o monitoramento de fornecedores de materiais e dos fabricantes contratados.
· A designação e o monitoramento de condições de armazenamento de materiais e produtos.
· A retenção dos registros.
· O monitoramento das exigências prévias nas BPF.
· A inspeção, a investigação e a amostragem de modo a monitorar fatores que possam afetar a
qualidade do produto. (BRANDÃO, 2010)
O Responsável pelo Departamento do Controle da Qualidade detém as seguintes
responsabilidades:
· Aprovar ou reprovar as matérias-primas, os materiais de embalagem e os produtos intermediários,
à granel e produtos acabados.
· Avaliar que sejam realizados todos os testes necessários.
· Aprovar as instruções para amostragem, as especificações, as metodologias analíticas e demais
procedimentos de controle de qualidade.
· Aprovar e monitorar as análises realizadas previstas em contrato.
· Verificar as manutenções do departamento, das instalações e dos equipamentos de controle.
· Garantir que sejam feitas as validações apropriadas, inclusive a validação dos procedimentos
analíticos e a calibração dos equipamentos de controle.
· Garantir que sejam realizados os treinamentos iniciais e contínuos do pessoal responsável pelo
controle da qualidade. (BRANDÃO, 2010)
A área ou sala destinada ao Controle da Qualidade deve dispor de pessoal suficiente e estar
equipada para realizar as análises legalmente estabelecidas.
Deve haver instalações, instrumentos e equipamentos adequados, procedimentos
operacionais padrão aprovados para a realização de amostragem, inspeção e ensaios dos insumos
farmacêuticos e dos materiais de embalagem, além do monitoramento das condições ambientais das
áreas envolvidas no processo. (BRASIL,2006)
As especificações e as respectivas referências farmacopeicas, Codex ou outras fontes de
consultas, oficialmente reconhecidas, devem estar disponíveis no estabelecimento. Na ausência de
monografia oficial e métodos gerais inscritos nos compêndios reconhecidos pela ANVISA, conforme
RDC n° 79/03 e suas atualizações, os ensaios devem ser realizados com base nas especificações e
metodologias fornecidas pelo fabricante, desde que devidamente validadas (ver Anexo I).
(BRASIL,2006)(ver Anexo II)
Os equipamentos utilizados no laboratório de controle de qualidade devem ser submetidos à
manutenção preventiva e corretiva, quando necessário, de acordo com um programa documentado
e obedecendo aos procedimentos operacionais escritos. (BRASIL, 2006)
Todos os utensílios utilizados no processo de amostragem que entrarem em contato com os
materiais devem estar limpos, sanitizados e guardados em locais apropriados. (BRASIL, 2006)
A reanálise das matérias-primas, quando realizada, deve ocorrer dentro de seus prazos de
validade, contemplando todos os itens que comprovem sua especificação e que garantem o seu teor,
pureza e integridade. (BRASIL,2006)
As Boas práticas de manipulação em farmácias (BPMF) estabelecem para as farmácias os
requisitos mínimos para a aquisição e controle de qualidade da matéria-prima, armazenamento,
manipulação, fracionamento, conservação, transporte e dispensação de preparações magistrais e
oficinais, obrigatórios à habilitação de farmácias públicas ou privadas ao exercício dessas atividades.
A farmácia deve assegurar a qualidade físico-química e microbiológica (quando aplicável) de
todos os produtos reembalados, reconstituiídos, diluídos, adicionados, misturados ou de alguma
forma manuseados antes da sua dispensação. (BRASIL,2006)
Esta análise tem como objetivo assegurar a conferências dos caracteres organolépticos da
matéria-prima.
Os insumos utilizados são: papel branco não poroso, fita de papel filtro, amostra.
Também outros equipamentos como: exaustor de pós, balança. Espátula de metal, tubos de
ensaio, estantes para tubos de ensaio. (FERREIRA, 2002)
O técnico do laboratório de controle de qualidade tem a responsabilidade em efetuar as
análises, e estas devem ocorrer dentro da área que abrange o laboratório de controle de qualidade.
Todos os procedimentos efetuados são registrados no Laudo analítico interno da matéria-
prima. (FERREIRA, 2002)
O procedimento para matérias-primas sólidas seguem com o exaustor de pós em
funcionamento e com o auxílio de uma espátula retira-se uma pequena quantidade da matéria-prima
a ser analisada (aproximadamente 0,1 g). (FERREIRA, 2002)
Esta amostra é espelhada uniformemente sobre um pedaço de papel branco não poroso para
que os seguintes aspectos sejam analisados:
: observa-se a aparência da amostra. O pó pode ser amorfo ou cristalino.
!" em um local iluminado, comparar a amostra com uma amostra padrão observando se a
coloração das duas amostras é a mesma.
#$: utilizando a mão, levar o ar que está sobre a amostra, ao nariz. Pode ser classificada
como odor característico ou inodoro.
: degustar uma pequena porção da substância em análise, lembrado que, só deve ser
efetuado quando indicado na monografia farmacopéica. (FERREIRA, 2002)
Para matérias-primas líquidas são utilizados 2 mL da amostra para em um tubo de ensaio
limpo e seco.
Os aspectos que são observados são:
: observa-se se existe presença ou não de resíduos, o grau de turvação e a
separação de fases.
!: colocar o tubo de ensaio na linha dos olhos, transversalmente, contra um fundo branco.
Comparar a amostra com uma amostra padrão, ou por métodos colorimétricos. A técnica é realizada
preferencialmente em tubos de comparação de cores rigorosamente iguais, possibilitando assegurar
que a solução de referência colorimétrica e a substância testada sejam tratadas similarmente em
todos os aspectos. A comparação de cores será mais bem realizada em camadas de iguais
profundidades e deve ser realizada preferencialmente a 25°C.
#$: deve ser realizado somente quando solicitado na monografia farmacopéica. Para
verificar o odor de essências, embeber uma fita de papel filtro como produto, esperar secar
levemente e logo em seguida, cheirar a fira, comparando som seu aroma padrão. É importante não
realizar o teste de várias essências ao mesmo tempo devido à possibilidade de mistura de odores,
dificultando a identificação. (FERREIRA, 2002)
: deve ser realizado somente quando solicitado na monografia farmacopéica. Degustar
uma pequena porção da substância a ser analisada.
Todas as observações devem ser registradas no Laudo Analítico interno da matéria-prima e
proceder com os outros testes de controle de qualidade com a quantidade de amostra restante.
(FERREIRA, 2002)
A farmácia deve avaliar os insumos inertes das preparações homeopáticas conforme os itens
de controle descritos para os insumos de preparações alopáticas.
O controle de qualidade dos insumos ativos será estabelecido, respeitando as peculiaridades
das preparações homeopáticas. (BRASIL, 2006)
Os insumos ativos para os quais existem métodos de controle de qualidade devem ser
adquiridos acompanhados dos respectivos certificados de análise. E para os insumos ativos, os quais
não existem métodos de controle de qualidade, devem ser adquiridos acompanhados da respectiva
descrição de preparo. (BRASL, 2006)
Devem ser realizadas análises microbiológicas das matrizes do estoque existente, por
amostragem representativa, mantendo-se os registros. (BRASL, 2006)
A farmácia pode, por meio de processos controlados e registrados, determinar a periodicidade
adequada para as análises de forma a garantir a qualidade de suas matrizes. (BRASL, 2006)
Estes critérios têm como finalidade determinar quais os testes deverão ser realizados durante
o controle de qualidade do produto manipulado. Para a efetuação destes testes são necessários: as
embalagens com o produto a ser avaliado e o Laudo Analítico do Produto Manipulado e são
desenvolvidos na área específica para conferências.
O procedimento do teste do controle de qualidade é realizado pelo responsável denominado
como conferente, e este deve estar previamente paramentado conforme o POP e pode ser realizado
no laboratório de CQ ou na área de quarentena. (FERREIRA, 2002)
Os documentos requisitados para a realização do controle de qualidade dos produtos
manipulados são:
POP ʹ caracteres organolépticos de produtos Manipulados;
POP ʹ determinação de pH através de fitas de pH
POP ʹ Uniformidade do peso de Formas farmacêuticas sólidas em dose unitária
POP ʹ confirmação do peso do produto manipulado ou
POP ʹ confirmação do volume de produto manipulado
POP ʹ determinação da viscosidade
POP ʹ calibração de gotas
POP ʹ determinação do grau ou teor alcoólico
POP ʹ determinação da densidade relativa ou POP ʹ determinação da densidade compactada
Laudo Analítico do produto manipulado
POP ʹ descarte de resíduos
Os equipamentos necessários para o funcionamento do controle da qualidade de
medicamentos estão alistados a seguir:
Equipamentos necessários para os processos de Controle de Qualidade em
medicamentos manipulados.
Balança analítica Bureta
Banho-maria com refrigeração e aquecimento Potenciômetro
Banho ultrassônico Fotômetro de chama
Placa de aquecimento Estufa
Secador Estufa à vácuo
Friabrilômetro Desumidificador
Aparelho para desintegração Cabine climática para testes com temperatura e
Agitador para frascos umidade variável
Aparelho de dissolução Calculadora eletrônica de mesa
Sistema de desaeração a vácuo Viscosímetro
Espectrofotômetro UV/ VI Densímetro
Cromatógrafo líquido de alta pressão Microscópio
Espectrofotômetro de absorção atômica Sistema de água deionizada ou destilada
Conjunto completo para cromatografia ͞TLC͟ Capela
Equipamento para eletroforeses Fluxo laminar
Polarímetro digital Geladeira
Titulador automático Liquidificador industrial
Refratômetro Centrífuca
Aparelho para detectar ponto de fusão e ponto de Picnômetro
ebulição
Analisador de íons seletivos
Evaporador rotatório
QUANTIDADE DA AMOSTRA
É importante lembrar que a quantidade da amostra deve ser suficiente para a utilização em
todas as análises solicitadas. Para produtos destinados ao estoque, incluindo as bases galênicas, a
Resolução RDC n° 67/2007 determina que a farmácia deva manter amostra de referência de cada
lote de estoque mínimopreparado, por até 4 (quatro) meses após o vencimento do medicamento ou
da base galênica, e que a quantidade de amostra mantida deve ser suficiente para a realização de
duas análises completas. Sendo assim, quando o produto é destinado ao estoque mínimo, deve-se
tomar nota do recolhimento de amostra suficiente para a realização das análises imediatas e outras
duas análises completas a serem feitas posteriormente. (FERREIRA, 2002)
'($
São aqueles descritos pela ciência básica. Classificam-se em:
Mecânicos ʹ medição de energia e força
Térmicos ʹ medição de temperatura
Ópticos- medição de energia radiante (absorção, transformação e emissão)
Elétricos ʹ medição de fenômenos eletroquímicos
Radioquímicos ʹ medição de radioatividade
'($ +,
São utilizados para medir a potência e/ou atividade de um medicamento, por exemplo, grau
de inibição de um agente microbiano. A característica dos reagentes biológicos é a sua variabilidade.
Para que seja possível estudá-los é necessário o emprego de padrões de referências adequados e
métodos estatísticos dos experimentos, bem como uma criteriosa análise de resultados. (BRANDÃO,
2010)
- % +, $
- +
São ensaios que determinam a potência e atividade de um antibiótico, comparando a dose que
inibe o crescimento de microrganismo sensível, com a dose da preparação padrão do antibiótico, que
produz inibição similar.
Medidas a serem adotadas ao desenvolver os ensaios microbiológicos dos antibióticos
Todo material deve ser adequado para o uso pretendido e deve ser limpo, após cada
utilização, para remover qualquer vestígio de antibiótico.
O material deve permanecer coberto quando não estiver em uso.
A vidraria utilizada com o trabalho deve ser esterelizada em estufa entre 200 e 220° C por um
período de 2 horas.
Na diluição da solução padrão amostra, empregar frascos volumétricos, pipetas ou
equipamentos calibrados.
Para dessecação de substâncias antibióticas, usar os procedimentos indicados nos métodos de
ensaio microbiológico e, para amostra, o método especificado para casa antibiótico na respectiva
monografia. (BRANDÃO, 2010)
/.$ -+*
Microorganimos recomendados
· Staphylococcus aureus (ATCC6538 P);
· Micrococcus luteus (ATCC7468);
· Micrococcus luteus (ATCC9341);
· Staphylococcus epi ermidis (ATCC12228);
· Saccharomyces cerevisiae(ATCC9763);
· Bordetella bronchiseptica (ATCC4617);
· Bacillus cereus var.mycoides (ATCC17778);
· Bacillus subtilis (ATCC6633);
· Klebsiella pneumonieae (ATCC10031);
· Escherichia coli (ATCC10536);
· Streptococcus faecium (ATCC10541);
· Micrococcus luteus (ATCC(10240);
· Microsporum gypseum (ATCC14683);
. Saccharomycis cerevisiae (ATCC 2601);
· Micrococcus flavus resistente a neomicina(ATCC14452);
· Pseudomonas aeruginosa (ATCC25619);
· Mycobacterium smegmatis (ATCC607);
· Luteus;
· Staphilococcus epidermis;
· Bordatella bronchiseptica;
· Bacillus subtilis;
· Klebsiella pneumoniae;
· Escherichia coli;
· Pseudomonas aeruginosa.
São aqueles ensaios que analisam a degradação dos princípios ativos de uma preparação
farmacêutica, com objetivos de:
· Analisar os fenômenos de degradação do fármaco, utilizando métodos analíticos normais e
acelerados.
· Determinar o tempo de utilização do medicamento (prazo de validade).
. As alterações, na estabilidade dos medicamentos são provocadas por fatores, como:
· Temperatura;
· Luz;
· Umidade;
· Gases que compõem o ar atmosférico;
· Interações entre fármacos;
· Interações dos fármacos com os excipientes ou adjuvantes;
· Alterações de pH;
· Qualidade das embalagens;
· Impurezas.
Estas alterações podem ocorrer de maneira mais lenta ou mais rápida e interferir nas
propriedades organolépticas do fármaco ou não, por vezes podem alterar profundamente a
constituição do medicamento, levando a perda parcial ou total da sua atividade e a formação de
produtos tóxicos.
Estes fenômenos se dão geralmente, por processos químicos de hidrólise, oxiredução, fotólise
ou racemização.
A estabilidade pode ser feita pelos métodos tradicionais, com a realização de testes
laboratoriais, sob diversas condições. Estes testes devem ser realizados mensalmente e após certo
número de ensaios, determina-se o grau de estabilidade dos princípios ativos.
Outro método de avaliação é a estabilidade acelerada, em que os medicamentos são
submetidos a condições especiais, a fim de acelerar o processo de degradação dos princípios ativos.
Os instrumentos e aparelhos utilizados para realizar os testes de estabilidade, são os mesmos
utilizados para os ensaios de desenvolvimento do medicamento.
Os testes de estabilidade, a que os medicamentos são submetidos, devem ser realizados
sempre em suas embalagens originais, com o objetivo de retratar fielmente, os parâmetros de
especificação do produto.
Portanto os ensaios de estabilidade para determinar prazo de validade dos medicamentos, não
podem ser realizados, em produtos intermediários. (BRANDÃO, 2010)
MÉTODOS DE ENSAIOS PARA CÁPSULAS GELATINOSAS
! $$
$0*
O peso das cápsulas depende muito do processo de enchimento e também da natureza do
produto encapsulado: pós, líquidos ou substância pastosa.
Admite-se a tolerância de 7,5% entre o peso médio e o peso pretendido, para produtos
oleosos ou pastosos e 3,5% para as cápsulas que acondicionem produtos pulverulentos.
A técnica seguida pela maioria das farmacopéias para verificar a variação de peso, consiste em
pesar individualmente um número de cápsulas igual ou superior a 10, determinando assim o peso
médio e os limites estabelecidos.
O peso médio de cada cápsula não deve diferir do conteúdo em mais de 10%. Tolerando-se
que 2 cápsulas apresentem um desvio de até 20%.
Os princípios ativos que tem baixas densidades, por exemplo, os pós, necessitam aumentar o
peso e diminuir o seu volume para que possam ocupar um espaço razoável.
A cápsula não deve ser tão grande para não causar desconforto para o paciente, nestes casos
o recurso utilizado é a fabricação de um granulado a base de celulose microcristalina que
incorporado ao princípio ativo, aumenta a sua densidade, tornando o granulado final mais pesado e
com menor volume. Cada cápsula é representada por um número, com a sua respectiva capacidade.
Número de identificação das cápsulas gelatinosas e sua respectiva capacidade.
000 1,37mm
00 0,95mm
0 0,68mm
1 0,50mm
2 0,37mm
3 0,30mm
4 0,21mm
5 0,11mm
*/.*$
,
,/.$0*
Processa-se em duas fases distintas:
- Na primeira o invólucro dissolve-se parcialmente no seu ponto mais frágil e liberta o
conteúdo da cápsula.
- Num segundo tempo, opera-se a dissolução dos receptáculos gelatinosos.
O tempo de desagregação das cápsulas pode ser avaliado por simples imersão, à temperatura
de 37ºC, em água destilada. (BRANDÃO, 2010)
$$
$
%*1
Uma emulsão deve manter-se estável durante um longo prazo de tempo. Todavia, apesar dos
cuidados na formulação, por vezes, ela se altera depois de algum tempo. Excluindo as alterações de
ordem microbiana, poderemos agrupar em 3 categorias estas alterações:
· Floculação e formação de cremes;
· Coalescência e separação de fases;
· Alterações químicas e físicas diversas.
Para avaliar a estabilidade das emulsões, têm sido propostos diversos métodos e aparelhos,
como PERSOZ.
Um método prático é aquele que se baseia na força centrífuga com a finalidade de acelerar a
floculação da fase interna, com a adição crescente de água, diluindo a emulsão, determinando grau
de sedimentação ou de separação, a intervalos regulares. (BRANDÃO, 2010)
$$
$
%*1
A viscosidade das emulsões é determinada com viscosímetros do tipo rotativos.
Esta é uma avaliação muito importante do ponto de vista terapêutico e tecnológico, pois a via
de administração é determina pelo diâmetro das partículas em emulsão.
A medição dos diâmetros das partículas faz-se por microscopia. (BRANDÃO, 2010)
- $
$ * /.
Consiste em adicionar um pequeno volume da emulsão com igual volume de água: se a
mistura se mantiver inalterada (sem separação de fases) esta emulsão é do tipo óleo na água (O/A).
Em regra, sempre que se adiciona um líquido a uma emulsão e esta continuar estável, o
líquido adicionado corresponde à sua fase externa. Existem ainda outros ensaios como o de uso de
corantes e de condutividade térmica. (BRANDÃO, 2010)
De acordo com a consistência ou composição dos excipientes utilizados estas formas podem
ser classificadas como:
· Pomadas propriamente ditas- são preparadas com excipientes gordurosos;
· Cremes -são preparados com excipientes emulsivos (óleo em água e água em óleo);
· Ceratos - contêm uma elevada percentagem de ceras;
· Pastas dérmicas- são espessas, grande quantidade de pós-insolúveis;
· Glicerados- quando seus componentes têm um gel de amido com um poliol, como a glicerina;
· Gel - Quando os seus excipientes são géis minerais ou orgânicos.
O exame visual de uma de uma forma farmacêutica para uso externo pode dar por vezes, uma
idéia de perfeita homogeneidade. Pode-se apreciar, com mais rigor ao microscópio permitindo a
determinação do tamanho das partículas.
Os caracteres organolépticos constituem um bom indicativo, para avaliar estas formas
farmacêuticas, sob ponto de vista de alterações na qualidade do produto, como a cor e o aroma, que
constituem índices seguros para verificar o estado de conservação.
Os ensaios de esterilidade das formas farmacêuticas para uso externo são feitos por três
processos:
· Semeando o produto semi-sólido diretamente em gelose que se incubam à temperatura de
32 a 37° C;
· Extração dos microorganismos do semi-sólido por agitação, com água e fazendo a semeadura
da fase aquosa que segue a seguinte técnica: Imergir em solução de cloreto de benzalcônico a 1:1000
durante 1 hora, lançando o conteúdo um tubo num balão esterilizado, aquecer a 45°C para fundir o
semi-sólido. Adicionar água estéril, suficiente para a dispersão da fase oleosa, agitar durante 1 hora,
após este tempo retirar 3 porções de água de 1mL cada usando pipetas esterilizadas, semear em
placas de Petri com meio gelose, Processar a incubação a 37°C por 24 horas. A contagem das colônias
obtidas indica o número de microorganismos em 1mL de água em 1g de do produto. É muito difícil
obter um produto perfeitamente estéril.
· A terceira técnica de esterilização consiste em um processo de filtração de millipore
(membranas HA de 0,45m de diâmetro de poro) onde se dissolve 1mg do produto à 47°C em cerca
de 100mL de miristato de iso-propil previamente esterilizado por aquecimento a 150°C durante 2
horas. Filtra-se esta solução com o filtro millipore 0,45µ passando previamente por um pré-filtro que
deve ser umedecido com meio de nutrição difco, adicionado de 1% de polissorbato 80, estéreis. Após
a filtração da solução de miristato, lava-se o filtro com meio de nutrição e remove-se,
assepticamente, incubando numa placa de Petri com meio de cultura (32 a 37ºC por 24h).
(BRANDÃO, 2010)
Lembrando, que os instrumentos utilizados nos testes das formas farmacêuticas para uso
externo são:
· Potenciômetro;
· Viscosímetro:
· Penetrômetro.
· Fluxo laminar;
· Estufa de incubação;
· Autoclave.
$
- /.
$,
%$ - $%%3* *
4
-
Esta análise varia de acordo com os componentes incorporados nesta forma farmacêutica. Por
esta razão estes ensaios se tornam complexos. Esta complexidade aumenta quando se encontram
componentes, lipossolúvel ou hidrossolúvel. Muitas vezes as substâncias ativas são solúveis nos
excipientes gordurosos e ao desengordurar a forma farmacêutica para uso externo perdem-se os
seus componentes lipossolúveis.
Este trabalho analítico difere de produto para produto e é utilizado os processos de
complexometria de titulação em meio anidro. (BRANDÃO, 2010)
XAROPES
DESCRITIVO SOLVENTE
Número de fios Número de malhas Diâmetros das punções Peso dos comprimidos
$
$*/.
Neste documento identificam-se:
· Os componentes utilizados nas operações;
· Os equipamentos e as condições dos mesmos;
· Tamanho do material de envase;
· Quantidade do produto;
· Quantidade do material de envase;
· Quantidade do produto, rendimentos (quantidade mínima e máxima aceitáveis);
· Precauções de armazenagem do produto, esteja ele em processo a granel ou acabado, os
cuidados e precauções para seu manuseio e armazenamento.
· Prazo de validade.
$$*$5
%,
%
Nestes documentos identificam-se:
· Componentes utilizados nas operações;
· Equipamentos e as condições dos mesmos;
· Tamanho do material de envase;
· Quantidade do produto, rendimento (quantidade mínima e máxima aceitáveis);
· Precauções de armazenagem do produto;
· Instruções e as formas para registrar a inspeção e amostragem.
/1
$$*
Neste documento deve constar:
· Especificação das matérias-primas e materiais utilizados na fabricação do produto em todas
as suas fases (granel, em processo ou acabado);
· Prazo de validade;
· Cuidados e precauções para seu manuseio e armazenamento.
$
%,
%
Neste documento deve constar:
· Número de amostras que devem ser coletadas;
· Procedimentos que devem ser seguidos para amostragem (este plano de amostragem refere-
se tanto ao produto acabado como em processo). (BRANDÃO, 2010)
BRASIL. Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA): 0%%- *$3% $
-*% $$
&% Disponível em:
<http://www.anvisa.gov.br/divulga/artigos/farmacos.htm>. Acesso em: 30 set. 2010.
FERREIRA, Anderson de Oliveira. c* 0 $
%0 %, . 2 ed. Juiz de Fora:
Pharmabooks, 2000.
NCQ ʹ Laboratório Núcleo Controle de Qualidade. '-*$**0 . Versão 1.6 Ministério
da Educação. Universidade Federal de Alfenas. UNIFAL ʹ MG FACEPE
SBCC ʹ Sociedade Brasileira de Controle de Contaminação. % &/.$%0 $
%- */.. Disponível em:
<www.sbcc.com.br/revista_pdfs/ed%2017/17RDC33_NormalizacaoDasFarmacas.pdf.>
Acesso em 30 set. 2010.
SOLON, Lílian Grace da Silva. !-
$
)* $$
)*%
$ - $$
%
$
*
-1
$
-4
-+$ $$
%0 $
%- */.- $$
$
8 Dissertação de mestrado em Ciências Farmacêuticas da Universidade Federal do Rio
Grande do Norte. 2010.
ANEXOS
Anexo I
PROPOSTAS RELATIVAS AOS ANEXOS DA RDC 67/07 E AS ALTERAÇÕES DA RDC 87/08 pag. 3..4.5
Anexo II
Anexo III
Anexos IV