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Flexibilidade

INTRODUÇÃO

Todos nós temos flexibilidade, algumas pessoas são mais flexíveis do que outras,
porém, a flexibilidade existe.

A Flexibilidade é uma qualidade física básica muito importante para as pessoas,


tanto para aquelas que praticam esportes quanto para aquelas que não praticam.

Interferindo diretamente no desempenho de atletas, a flexibilidade pode ser


melhorada gradativamente por meio de treinamentos, podendo também ser
avaliada individualmente.

Para entendermos como a flexibilidade atua no nosso organismo precisamos


saber um pouco mais sobre o funcionamento fisiológico das partes ligadas a ela,
como músculos e articulações.

È o que apresentaremos neste trabalho; o que é a flexibilidade, como ela funciona,


qual a sua importância, como podemos melhorá-la e como podemos medir os
diferentes graus de flexibilidade nas pessoas.

Músculos

Os músculos são componentes fundamentais da flexibilidade, por isso é


necessário o seu estudo.

O sistema muscular é constituído basicamente por fibras lisas (vísceras e vasos


sanguíneos) e fibras estriadas, sendo divididas em cardíacas e esqueléticas.

Para o estudo da flexibilidade utilizaremos as fibras estriadas esqueléticas.

Músculos Estriados Esqueléticos – Aspectos Fisiológicos

Formados por milhares de fibras cilíndricas, contráteis individuais, chamadas de


fibras musculares. São fibras longas e finas, multinucleadas que possuem uma
membrana chamada de sarcolema.

Recobrindo o sarcolema existe uma bainha de tecido conjuntivo denominado de


endomísio que dá consistência e proteção à fibra muscular.

Dentro do sarcolema existe o sarcoplasma, que é aquoso e contém enzimas,


proteínas contráteis, substratos alimentares, núcleos e organelas especializadas.
Existe ainda uma rede de túbulos entrelaçados que recebem o nome de retículo
sarcoplasmático.

Feixes de fibras musculares agrupadas formados por até 150 fibras musculares
são mantidas por envoltório de tecido conjuntivo denominado de perimísio.

Cada feixe reúne-se formando cada um dos 430 músculos esqueléticos


voluntários do corpo humano, recobertos por uma fáscia de tecido conjuntivo
denominada epimísio.

Nas extremidades dos músculos, as fibras musculares tornam-se escassas e


compactas, dando origem aos tendões ou aponeuroses que se inserem ao
periósteo (invólucro externo dos ossos).

As fibras musculares constituem-se de miofibrilas ou fibrilas, encontradas no


sarcoplasma.

figura retirada do livro: "Flexibilidade, alongamento e flexionamento- 1999".

De acordo com o tipo de movimento, um neurônio motor inerva muitas ou poucas


fibras musculares.

Proprioceptores – Aspectos Fisiológicos

Os sensores proprioceptivos estão localizados em três estruturas: articulações,


músculos e tendões.

• Proprioceptores articulares: quase não tem influência na flexibilidade,


servem principalmente para conscientizar a posição dos segmentos
corporais.
• Proprioceptores musculares: são os sensores influenciáveis pela ação da
musculatura. É um dos mais importantes na influência da flexibilidade.
• Propioceptores tendinosos: serão estudados mais adiante – Órgãos
tendinosos de Golgi.
Fuso Muscular
Cada fuso é constituído por fibras intrafusais que são visíveis a olho nu, nestas
fibras existe uma área que é incapaz de se contrair, chamada de fibras nucleares
tipo bolsa. Quando o músculo é estirado, as fibras nucleares tipo bolsa são
repuxadas e excitam os terminais nervosos chamados de "terminações
anuloespiraladas" – encontram-se emaranhadas nas fibras nucleares tipo bolsa.
Daí partem nervos aferentes que levam a informação do estiramento do músculo
para a porção sensorial da medula espinhal.
De cada lado da terminação anuloespiralada existem receptores denominados
"raminhos de flor", estes realizam a mesma função das anuloespiraladas, porém,
requerem estiramento muscular maior para serem estimuladas.

Funcionalmente existem dois tipos de fusos musculares:

• Primários: respondem ao grau de alongamento muscular e ao ritmo deste


alongamento (resposta dinâmica).
• Secundários: respondem somente ao grau de alongamento (resposta
estática).
figura retirada do livro: "Fisiologia".
A ação proprioceptiva do fuso muscular pode ser resumida em:

Órgãos tendinosos de Golgi.


Localizados nas junções musculotendinosas e nos tendões em ambas as
extremidades dos músculos, respondem através de suas conexões neurais
inibindo a elaboração de tensão nos músculos antagonistas, provocando o
relaxamento da musculatura evitando, assim, lesões.

figuras retiradas dos livros: "Fisiologia" e "Flexibilidade, alongamento e


flexionamento- 1999".

Interação de mecanismos de propriocepção


Interagem por vias de feedback produzindo reflexos para a prática desportiva. A
influência recíproca existente entre os motoneurônios alfa e gama, evita que
ocorram choques contínuos entre os músculos agonistas e antagonistas.

figura retirada do livro: "Fisiologia"

figura retirada do livro: "Flexibilidade, alongamento e flexionamento- 1999".

ARTICULAÇÕES
São formadas por dois ou mais ossos do esqueleto que se conectam. Possuem
estruturas e natureza específicas conforme sua função. As articulações são
denominadas fibrosas, suturas, sindesmoses, gonfoses, cartilaginosas,
sincondroses, sínfises e sinoviais.
Para nosso trabalho, levaremos em maior consideração as articulações sinoviais
pois fazem parte da maioria das articulações do corpo humano. Devido ao seu
maior grau de mobilidade, são responsáveis pela manifestação da flexibilidade.
A articulação sinovial possibilita a realização de movimentos angulares de
deslizamento (flexão, extensão, abdução, adução), de rotação e circundução,
sendo este último uma combinação de todos os outros.
Baseadas nos números de eixos de possibilidade de movimento, recebem uma
classificação funcional:
Anaxiais: permitem somente o deslizamento de uma superfície sobre a outra.

Uniaxiais: possibilitam movimentos sobre um eixo de movimento.

Biaxiais: possibilitam movimentos sobre dois eixos, dando à articulação dois tipos
diferentes de movimentos.

Triaxiais: possibilitam todos os tipos de movimentos possíveis.

FLEXIBILIDADE ARTICULAR
É o termo utilizado para descrever a amplitude de movimento (ADM) permitida em
cada um dos planos de movimento de uma articulação. A ADM articular é medida
em graus, considerando a posição anatômica onde todas as articulações
encontram-se em zero grau.
Definição de flexibilidade
Cada autor possui uma definição sobre a flexibilidade, geralmente as definições
são muito semelhantes, mas qual definição está correta? Será que existe uma que
esteja errada?
Na verdade acreditamos que todas as definições são corretas, cada autor utiliza a
sua maneira de expressar o que vem a ser a flexibilidade.
No livro "Flexibilidade, alongamento e Flexionamento", o autor mostra uma
definição sobre flexibilidade que nos parece a mais adequada: "Qualidade física
responsável pela execução voluntária de um movimento de amplitude angular
máxima, por uma articulação ou conjunto de articulações, dentro dos limites
morfológicos, sem o risco de provocar lesão".
Utilizaremos no nosso trabalho sempre esta definição pois é a que melhor atribui a
flexibilidade aos indivíduos.

Componentes da Flexibilidade
Segundo o texto retirado da internet "Saúde em movimento", existem dois
componentes básicos de flexibilidade que são:

• Flexibilidade Estática: amplitude máxima do movimento.


• Flexibilidade Dinâmica: resistência ou rigidez oferecida ao movimento
dentro de uma determinada amplitude.

Segundo o livro "Flexibilidade, alongamento e Flexionamento", para que exista um


grau de flexibilidade articular observamos alguns fatores:

• Mobilidade: grau de movimento da articulação.


• Elasticidade: estiramento drástico dos componentes musculares.
• Plasticidade: deformidades que sofrem as articulações e a musculatura
durante o movimento.
• Maleabilidade: modificações das tenções parciais da pele.

As pessoas que apresentam uma flexibilidade reduzida, têm maior dificuldade de


fazer certos tipos de movimentos. Uma pessoa que tem limitação da flexão na
articulação do cotovelo, por exemplo, pode ser por vários fatores:

• Falta de elasticidade do tríceps;


• Encurtamento cirúrgico dos tendões do tríceps;
• Grande volume muscular do bíceps (hipertrofia).
• Limite da mobilidade da articulação do cotovelo.

Esses são alguns motivos que fazem com que as pessoas tenham a flexibilidade
reduzida, porém podem ser treinados para que haja a melhora da flexibilidade
gradativamente.

Importância da Flexibilidade
Segundo Estélio Dantas (1999), a flexibilidade tem papel importantíssimo na
capacidade motora do homem e influencia em diversos aspectos da motricidade,
como:
Aperfeiçoamento Motor: "Um grau excepcional de sua flexibilidade é
imprescindível para a realização, com eficácia, de diversos gestos esportivos".
Realmente para atletas que desejam ter um bom desempenho, com máxima
eficácia do movimento é essencial ter uma boa flexibilidade. Até para as pessoas
que não praticam esportes a flexibilidade é importante e influencia no cotidiano.
Eficiência Mecânica: quando chegamos de 10% a 20% do arco da flexibilidade
máxima, próximo do limite, surge uma resistência ao movimento; é preciso realizar
um esforço extra. Este esforço implica num recrutamento de maior número de
unidades motoras e maior freqüência de estímulos nervosos, fatores que
comprometem o estilo e a beleza do gesto, fazendo também com que o atleta
tenha maior gasto energético. É possível que estes fatores sejam evitados
dispondo de uma margem de segurança de pelo menos 20% a mais do que o arco
articular que vai ser utilizado. Isso faz com que o desgaste energético seja
reduzido e exista maior elegância no movimento.
Sem dúvida nenhuma a flexibilidade é uma qualidade física básica muito
importante para todos nós. Todos temos flexibilidade, alguns são mais flexíveis do
que outros, porém a flexibilidade existe.

• Reabilitação
• Qualidades atléticas
• Desempenho desportivo

Segundo o texto retirado da internet "Saúde em movimento", a Flexibilidade nos


ajuda na reabilitação pós-cirúrgica; Para os atletas, cada esporte ou modalidade
necessita de um certo grau de flexibilidade, interferindo diretamente no seu
desempenho desportivo, um exemplo é a ginástica olímpica, onde os atletas
devem ter um alto grau de flexibilidade.

Fatores endógenos influenciadores da flexibilidade


A flexibilidade tem nítida relação com a mobilidade da pele e a elasticidade
muscular que sofre grande influência devido ao biotipo.

• Idade: Quanto maior a idade, menor o grau de flexibilidade. Estudos


mostram que ao nascer temos um grau de flexibilidade muito alto mas, esta
flexibilidade vai diminuindo aos poucos se não for utilizada ou treinada.
Contudo, à partir de qualquer idade é possível recuperarmos certo grau de
flexibilidade com treinamentos específicos.
• Sexo: Estudos mostram claramente que as mulheres possuem mais
flexibilidade que os homens, isso pelo fato de possuírem menos massa
muscular e mais tecido adiposo que os homens, tendo também os tecidos
menos densos ou seja, mais flexíveis.
• Individualidade Biológica: Homens e mulheres da mesma idade podem
apresentar graus de flexibilidade diferentes por causa da diferença de
biotipo. Por exemplo, a estrutura óssea, o acúmulo de tecido circunvizinho e
a elasticidade dos músculos cujos tendões cruzam a articulação, sendo que
qualquer variação nessa estrutura pode comprometer a flexibilidade.
• Estado de Condicionamento Físico: Indivíduos que não praticam atividade
física (inativos), possuem a elasticidade do tecido muscular e do tecido
conjuntivo reduzidos. Esta inatividade agride indiretamente a flexibilidade
porque ocorre o acúmulo de gordura e os arcos de amplitude do movimento
acabam reduzidos. A pessoa bem condicionada tem sua flexibilidade
estável, existindo a possibilidade de aumentar facilmente os arcos de
amplitude com exercícios específicos.
• Respiração: a respiração não aumenta a flexibilidade como acreditavam os
praticantes de hatha-yoga, mas ela pode melhorar a condição do
flexionamento, juntamente com a concentração, os dois em conjunto
proporcionam a auto-descoberta e a consciência corporal. Anderson-1980,
(Flexibilidade, alongamento e flexionamento,p.10) relata que " sua
respiração deve ser lenta, rítmica e controlada. Se você estiver se curvando
para a frente num determinado alongamento, expire conforme for se
curvando e, a seguir, inspire devagar enquanto estiver sustentando o
movimento. Se uma determinada posição inibir seu padrão harmônico de
respiração, então é obvio que você não está relaxando. Portanto solte-se
um pouco dentro da posição, de modo a poder respirar com naturalidade".

Fatores exógenos Influenciadores da flexibilidade.


Os fatores exógenos também exercem grande influência na flexibilidade, mas
estes encontram uma interferência reversível, que cessa ao acabar o fator
considerado, que são:

• Hora do dia: quando acordamos, depois de horas descansando o nosso


organismo, sem que o corpo sofra ação da gravidade, notamos que existe
maior resistência aos movimentos de flexibilidade. Para que esta
resistência diminua é necessário executarmos uma série de exercícios de
alongamentos imediatamente após despertar.
• Temperatura ambiente: Este é um fator que interfere bastante, o frio reduz
a elasticidade muscular, já o calor tem efeitos de relaxamento da
musculatura, o que facilita a nossa flexibilidade.
• Exercícios: A flexibilidade é altamente influenciada pelos exercícios,
podendo resultar no seu aumento ou diminuição. Os exercícios intensos
que causam fadiga tendem a diminuir a flexibilidade.

Classificação da flexibilidade
A flexibilidade pode ser classificada de cinco maneiras diferentes:
Quanto ao tipo: os movimentos que a flexibilidade manifesta podem ser
estudados sob alguns aspectos:
quanto ao agente :
• Movimento induzido: realizado por outra pessoa ou outro grupo muscular
da mesma pessoa.
• Movimento autônomo: realizado pelos grupos musculares agonistas.

quanto à velocidade de execução:

• Movimento rápido: executado com alta aceleração inicial, com exploração


posterior da inércia.
• Movimento lento: executado sem velocidade ao longo de todo o arco
articular.

quanto à abrangência: pode ser de dois tipos;

• Flexibilidade Geral: observados todos os movimentos e articulações de


um indivíduo.
• Flexibilidade Específica: observado o movimento de determinada
articulação separadamente das demais.

quanto ao referencial: Nesse nível de análise a flexibilidade pode ser relativa ou


absoluta. A diferença entre elas é a consideração, ou não, das medidas
antropométricas.

• Flexibilidade Relativa: compara o grau de flexibilidade obtida com os


comprimentos e dimensões corporais.
• Flexibilidade Absoluta: Leva em conta o arco articular máximo alcançado,
sem considerar as medidas antropométricas.

quanto às articulações envolvidas:

• Flexibilidade simples: é observada uma determinada ação articular, numa


única articulação.
• Flexibilidade composta: o movimento envolve mais de uma articulação ou
mais de um tipo de ação articular dentro de uma articulação simples.

A junção dos dois enfoques de movimentos da origem ao quadro abaixo:

Esses quatro tipos de flexibilidade são totalmente diferentes:

• Flexibilidade Balística: Este tipo só podemos observar a teoria pois não


tem prática no dia-a-dia.Toda musculatura circundante à articulação que é
empregada no movimento, fica em relaxamento total, e o segmento
corporal seria mobilizado por um agente externo de força rápida. Essa ação
tem grandes possibilidades de causar uma lesão muscular devido ao
desequilíbrio provocado no mecanismo de propriocepção.
• Flexibilidade Estática: Flexibilidade básica. Realizada através do
relaxamento de toda a musculatura ao redor da articulação que participa do
movimento, de forma lenta e gradual por agentes externos, buscando
alcançar o limite máximo.
• Flexibilidade Dinâmica: A máxima amplitude de movimentos obtida pelos
músculos motores, de forma rápida. È a mais utilizada na Educação Física
e o normal observada na prática desportiva.
• Flexibilidade Controlada: Movimento sob ação do músculo agonista de
forma lenta até chegar à maior amplitude onde é possível realizar uma
contração isométrica. Depende não somente da elasticidade dos
antagonistas e da mobilidade da articulação envolvida, como também da
força isométrica do agonista.

Alongamento

O alongamento é o exercício que utilizamos para fazer a manutenção da


flexibilidade das articulações, músculos e tendões. Pessoas que fazem exercícios
de alongamentos, geralmente estão melhores condicionadas. O objetivo dos
exercícios de alongamento é reduzir a tensão muscular tornando os movimentos
mais livres.

A prática de exercícios de alongamento faz com que:

• Reduzam as tensões musculares trazendo a sensação de um corpo mais


relaxado;
• Haja melhora da coordenação;
• Haja aumento do âmbito de movimentação;
• Previne lesões;
• Ajuda em modalidades esportivas tais como: corrida, natação, tênis, entre
outras modalidades de grande desgaste;
• Desenvolve a consciência corporal;
• Ativa a circulação.

Tipos de Alongamentos:

• Alongamento Ativo: alongamento de músculos, tendões e ligamentos


produzidos pela contração dos músculos antagonistas. Tem a vantagem de
exercitar os grupos musculares usados para desenvolver força.
• Alongamento Passivo: alongamento de músculos, tendões e ligamentos
produzidos por uma força de alongamento diferente da tensão nos
músculos antagonistas. Utiliza a ação da gravidade, a força aplicada por
outro segmento corporal, ou pela força aplicada por outra pessoa. O
movimento pode ser realizado muito além da ADM conseguida com o
alongamento ativo, porém com um maior potencial de lesão.
• Alongamento Balístico: Uma série de alongamentos rápidos e sucessivos.
O grau de alongamento não é controlado o que pode causar
microlacerações do tecido muscular alongado. Aumenta o potencial de
lesão para todos os tecidos distendidos.
• Alongamento Estático: movimento lento, quando a posição articular
desejada é alcançada, é mantida por cerca de 10 a 30 segundos. Obtendo
resposta dos fusos musculares promovem o relaxamento dos músculos que
estão sendo alongados.

Flexionamento
O método passivo é mais eficaz que o método ativo.

figura retirada do livro: "Flexibilidade, alongamento e flexionamento- 1999".

• Método ativo ou Flexionamento Dinâmico: provocam trabalho nas


estruturas limitantes do movimento. Cada músculo é submetido a 3 ou 4
séries de 10 a 20 repetições cada uma, alternadas com movimento de
soltura. Este método enfatiza a elasticidade muscular devido a realização
de movimentos de amplitude máxima em velocidade que acarreta o reflexo
de estiramento, provocando a contração da musculatura estirada.
• Método passivo ou Flexionamento Estático: Este método é realizado
lentamente, chegando ao limite normal do arco articular da pessoa, forçar
suavemente sobre além deste limite, aguardar 6s, e realizar novo
forçamento suave procurando alcançar o maior arco de movimento
possível. Neste ponto mantém o movimento por 10 a 15 segundos. Repetir
a seqüência de três a seis vezes com intervalo de descontração entre elas.
O objetivo é aumentar a flexibilidade sobre a mobilidade articular.
• Método de facilitação Neuromuscular Proprioceptiva (FNP): Utiliza a
influência recíproca entre o fuso muscular e o órgão tendinoso de Golgi de
um músculo entre si e com os músculos antagonistas para obter maior
amplitude de movimento

figura retirada do livro: "Flexibilidade, alongamento e flexionamento- 1999".


figura retirada do livro: "Flexibilidade, alongamento e flexionamento- 1999".

Alongamento X Flexionamento
São diferentes em conceito, fisiologia e metabolismo. Neste trabalho vamos
mostrar a diferença entre eles para que seja esclarecida as formas de
treinamentos.
Definições segundo Estélio Dantas, 1999:

• Alongamento: "Forma de trabalho que visa a manutenção dos níveis de


flexibilidade obtidos e a realização dos movimentos de amplitude normal
com o mínimo de restrição física possível".
• Flexionamento: "Forma de trabalho que visa a obter uma melhora da
flexibilidade através da viabilização de amplitudes de arcos de movimento
articulares superiores às originais".

Comparando estes dois conceitos é possível afirmar que o alongamento permite a


realização dos movimentos com maior eficácia e com menor gasto energético,
enquanto que o flexionamento exige "força" para conseguir maiores arcos
articulares de movimento.

Como Medir e Treinar


A flexibilidade é treinada através de exercícios de alongamento. Geralmente
esportistas tendem a ter uma flexibilidade maior em relação à pessoas que não
praticam exercícios.
Segundo a pesquisa da Universidade Estadual de Londrina (anais), homens que
praticam a canoagem têm 29% a mais de flexibilidade nos quadris do que homens
não esportistas.
Para fazer o alongamento e melhorar a flexibilidade é aconselhável seguir a
seguinte seqüência:

• Fase preparatória: fortalece os ligamentos e lubrifica as articulações


gerais.
• Desenvolvimento especializado: máxima amplitude das articulações.

Manutenção.
Como podemos observar no texto "Flexibilidade", retirado da internet, os
alongamentos devem respeitar a estrutura muscular de cada pessoa e a
flexibilidade de cada um. O importante é o relaxamento, o objetivo do alongamento
é a redução da tensão muscular e não um esforço que pode gerar lesões.
A maneira certa de fazer o alongamento é ir relaxando num movimento estável,
simultaneamente focalizando a atenção sobre os músculos que estão sendo
alongados, não é correto fazer movimentos que causem dor, ou dar "tranquinhos",
isso pode ocasionar mais danos do que benefícios.
A respiração deve ser lenta, rítmica e controlada, não se deve prender a
respiração. Se a posição do alongamento atrapalha a respiração é porque a
pessoa não está relaxando.
A maioria dos exercícios de alongamento deve ser mantida por 30s a 60s, as
pessoas passam por tensões do dia-a-dia e cada dia é diferente, sendo assim, os
limites do alongamento variam de pessoa para pessoa e de acordo com o estado
físico em determinado dia.
Todos nós devemos fazer alongamento, nosso corpo possuí uma capacidade
extraordinária de voltar a ter a flexibilidade, basta treinarmos, por isso é muito
importante que pessoas acima de 50 anos alonguem-se para melhorar a
amplitude de mobilidade que o corpo acaba perdendo por inatividade ou pela
idade.
Avaliamos a Flexibilidade para:

• prescrever exercícios de alongamento.


• Identificar grupos musculares e articulares com pouca flexibilidade para
voltar os exercícios de alongamento à estes grupos.
• Periodicamente para verificar alterações na amplitude de movimentos com
o passar dos anos.
• Relacionar dores músculo-articulares à encurtamento de músculos e
tendões.

Formas de medidas:

• Testes angulares: mostram o resultado em ângulos (formados entre dois


segmentos que se opõem na articulação). A medida dos ângulos é
denominada goniometria e é um dos métodos mais utilizados.
• Goniometria: é a forma mais precisa para medir a amplitude máxima de
movimentos. É necessária muita informação técnica da parte do
responsável pelo teste e necessita de um protocolo com medidas
padronizadas dos movimentos.

Instrumentos utilizados:

• Flexômetro de Leighton.
• Fleximeter (baseado no de Leighton).
• Eletrogoniômetro.
• Goniômetro (goniometria).

Um goniômetro é basicamente um transferidor com dois braços (figura A dos


quadros seguintes). O ponto de inserção dos braços é alinhado sobre o centro
articular, enquanto os braços são alinhados com os eixos longitudinais dos
segmentos corporais para medir o ângulo presente em uma articulação.

figura retirada do livro: "Flexibilidade, alongamento e flexionamento- 1999".

figura retirada do livro: "Bimecânica Básica".


A figura B (quadro acima), nos mostra um eletrogoniômetro. É um goniômetro com
um potenciômetro localizado em seu eixo de rotação, de tal forma que, quando o
ângulo entre os braços do goniômetro se modifica, a quantidade de corrente
elétrica fornecida a um registrador também se modifica. São utilizados para
monitorizar as mudanças no ângulo articular durante a realização de diferentes
atividades.
O Flexômetro de Leighton consiste de uma agulha pesada conectada a uma
escala de 360º.
figura retirada do livro: "Bimecânica Básica".
Testes Adimensionais: não utilizam uma unidade convencional (ângulos ou
centímetros) para expressar o resultado. Não dependem de equipamentos, valem-
se apenas de critérios ou mapas de análises preestabelecidos.

• Testes de Carter.
• Flexiteste original - 20 movimentos analisados.
• Flexiteste adaptado – 8 movimentos analisados.

Testes Lineares: expressam os resultados em escala de distâncias, geralmente


em centímetros ou polegadas, utilizam primariamente fitas metálicas, réguas, ou
trenas para a mensuração. Estes testes não são capazes de dar uma visão global
da flexibilidade do indivíduo e a provável interferência das dimensões
antropomédicas sobre os resultados dos testes.
1) Sentar – e – alcançar: "Seat and Reach Test" (Johnson e Nelson, 1979).
Fonte: A Prática da Avaliação Física – 1999, p.131
2) Extensão de tronco e pescoço: "Trunk-andreck Extension Test".
Fonte: A Prática da Avaliação Física – 1999, p.132
3) Afastamento lateral dos membros inferiores: "Side split Tese" (Johnson e
Nelson, 1979).
Fonte: A Prática da Avaliação Física – 1999, p.133
4) Teste de Schoberlike: avaliar coluna cervical, avalia a coluna torácica e
lombossacro.
Fonte: Avaliação médica e física – 2000, p.167
5) Teste de tocar os dedos para Flexibilidade do manguito rotador
Fonte: O manual do personal trainer – 1999, p.171
6) Teste de sentar e alcançar: Adaptado, sem banco.
Fonte: Programa de condicionamento Físico da ACSM – 1999, p.3
7) Teste de sentar e alcançar – Wells & Dillon – 1952
Fonte: Avaliação Física – José Fernandes Filho – 1997, p.58
8) Teste de Amplitude de movimento das costas passivo.
Fonte: Manual do instrutor de condicionamento físico para a saúde – 2000, p.222
9) Teste de Amplitude de movimento das costas ativo.
Fonte: Manual do instrutor de condicionamento físico para a saúde – 2000, p.222
10) Testes combinados de flexão do tronco e da articulação do quadril de Calliet.
Fonte: Manual do instrutor de condicionamento físico para a saúde – 2000, p.222
11) Teste de sentar e alcançar de Hopkins e Hoeger.
Fonte: Manual do instrutor de condicionamento físico para a saúde – 2000, p.222
12) Teste de sentar e alcançar modificado.
Fonte: Manual do instrutor de condicionamento físico para a saúde – 2000, p.222
figura retirada do livro: "Flexibilidade, alongamento e flexionamento- 1999".
Aquecimento antes da competição
Se o objetivo do aquecimento é conseguir a melhora da performance do atleta, o
que se deseja é a obtenção do maior arco articular possível, com menor
resistência possível ao movimento. Essa meta pode ser atingida através do
alongamento ou flexionamento lento.

FLEXIBILIDADE E LESÕES
Quando a flexibilidade articular é extrememante baixa, extremamente alta ou
muito diferente entre os lados dominante e não-dominante do corpo, o risco de
lesão é maior.
O grau desejável de flexibilidade articular depende muito do tipo de atividade que
o indivíduo quer realizar, apesar de músculos volumosos e desenvolvidos
poderem inibir a ADM articular, uma articulação estável e resistente favorece
grandes amplitudes de movimento.
As articulações são sobrecarregadas por forças musculares e, simultaneamente,
proporcionam amplitude de movimento para os nossos segmentos, por isso, estão
sujeitas a lesões (agudas ou por uso excessivo), assim como infecções e outras
condições degenerativas. A seguir citamos alguns dos tipos de lesões mais
comuns que podem acorrer.

• Entorses: deslocamento ou torção anormal dos ossos articulados


resultando em estiramento ou laceração dos ligamentos, tendões e tecidos
conjuntivos que atravessam uma articulação. Sintomas: dor e tumefação.
• Luxações: deslocamento dos ossos articulados em uma articulação.
Sintomas: deformidade articular visível, dor, tumefação e perda de realizar
movimentos articulares.
• Bursite: causada pelo uso excessivo de uma articulação, produz irritação
por atrito e inflamação de bolsas (bursas). Sintomas: dor, podendo ocorrer
também tumefação.
• Artrite: inflamação articular. Sintomas: dor e tumefação.
• Artrite Reumatóide: distúrbio auto-imune que consiste em ataque dos
tecidos saudáveis por parte do sistema imune do organismo. Ocorre
inflamação e espessamento das membranas sinoviais e destruição da
cartilagem articular que resulta na limitações de movimentos e, finalmente,
ossificação ou fusão dos ossos articulados. Sintomas: incluem anemia,
fadiga, atrofia muscular, osteoporose e outras alterações.
• Osteoartrite: artrite degenerativa não-inflamatória. A cartilagem articular
torna-se áspera e irregular até ser destruída completamente deixando
descoberta as superfícies ósseas articuladas. Sintomas: dor, tumefação,
restrição na amplitude de movimentos e rigidez.

CONCLUSÃO
Este trabalho é importante, pois trata de uma qualidade física básica essencial no
dia-a-dia das pessoas, trás informações que nos ajudam a entender o
funcionamento da flexibilidade.
Atuando diretamente no cotidiano de pessoas e melhorando a performance dos
atletas, a flexibilidade é uma característica que deve ser sempre levada em
consideração.
Esclarecendo algumas definições e diferenciando os conceitos dos diferentes
componentes, este trabalho adicionou maiores conhecimentos aos alunos,
mostrou novas fontes de pesquisas que não conhecíamos, formando um acervo
de conhecimento mais amplo para nossos estudos futuros.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
LIVROS:
DANTAS, Estélio H. M. Flexibilidade, Alongamento e Flexionamento, 4ª edição.
Rio de Janeiro. Editora: Shape, 1999
AIRES, Margarida de Mello. Fisiologia, 2a.edição. Rio de Janeiro. Editora:
Guanabara Koogan, 1986
HALL, Susan J. Biomecânica Básica, 3a.edição. Rio de Janeiro. Editora:
Guanabara Koogan, 2000
INTERNET:
Flexibilidade – Avaliação. www.saudeemmovimento.com.br
Flexibilidade www.fisioculturismo.hpg.com.br
Flexibilidade www.budonet.hpg.ig.com.br/sau8-2.htm
REVISTAS CIENTÍFICAS:
Revista da Associação dos Professores de Educação Física de Londrina.
Artigos: 1) Efeitos do Alongamento na Aptidão Física de Crianças e Adolescentes.
2) Alongamento e Aquecimento: Aplicabilidade na Performance Atlética.
Revista Brasileira de Medicina e Esporte
Artigo: Relação entre flexibilidade e força muscular em adultos jovens de ambos
os sexos.
ANAIS:
III Congresso Paulista de Educaçõa Física.
II Congresso Paulista de Educação Física.
XXI Simpósio Internacional de Ciências do Esporte.

Fábio R. Santos e Andréa P. Stefanelli


UNINOVE

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