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Um computador para cada aluno?

Esse é mais um exemplo de como a educação é desrespeitada em nosso país. Burocratas da


educação, pessoas que há muito não dão aulas resolvem decidir pôr na mão de um estudante um
computador como se isso fosse ensinar.
NOSSOS POLÍTICOS DEVEM PERGUNTAR MAIS! NÃO HÁ MAL NISSO!

1o – se esse burocrata observasse que nas escolas os livros didáticos que são emprestados a alunos no
começo do ano muitos não retornam, que dirá os computadores se emprestados forem.
2o – ainda que os computadores forem devolvidos ou dados em definitivo aos estudantes, de minha
experiência em levar meus alunos à sala de informática, observo que:
2.1 – muitos ficam desatentos às aulas, porque estão navegando na internet naqueles sites que mais
gostam, especialmente quando o professor não está vendo.

3o – a melhor solução para o professor seria ter a sua disposição um “data-show” conectado à internet
ou, então, uma televisão conectada a um computador e esse à internet. Não que fossem ser usada
durante a aula inteira, mas porque sempre surgem dúvidas que podem ser esclarecidas
instantaneamente, como ,quando precisamos tirar dúvida sobre a ortografia de uma palavra (não há
mal do professor não saber tudo!), ou ver um trailer de um filme que o aluno disse ter relação com o
que o professor está falando ou uma música cuja letra se pode ilustrar um assunto de aula, etc. Ou,
mesmo, uma aula inteira vendo ilusões de ótica, entrevistas, partes ou todo de filmes, filosofias e
poemas do orkut, etc!

Não podemos menosprezar o poder dos meios de comunicação, a sala de aula não pode ou melhor
não deve ser quadro e giz ou caneta. Essa é a chance de mostrarmos que a educação continua
essencial, pois na escola as informações tomam forma de conhecimento, sob o ponto de vista
racional, causal, estético e ético.

Mas, pensar que dar um computador para cada aluno estará fazendo transformação? É como dar uma
arma para cada criança em algum lugar rebelde do continente africano e dizer : agora vai! A arma é
poderosa, mas ela só vai fazer aquilo que os outros disserem para ela e com base em sua experiência
limitada ao bairro, a rua... sem querer desprezar isso, mas “isso” não é tudo, embora também não se
possa chamar de “nada”, como normalmente se fez e ainda se faz. Por que não o google maps,
mostrando o bairro em que o estudante mora?
Nossa inconformidade com o projeto é que continuará isolando o estudante, afastando-o dos colegas
e do professor! Só isso! Ou tudo isso!

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Professor de filosofia Antonio Jaques de Matos
Porto Alegre, 28 de dezembro de 2010.

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