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A Hora do Lobo
Tam Huyen Van - 24 de Setembro, 2005 - a.B. 2549
Existe um predador no interior de todos nós. Ele não existe para predar outras pessoas,
mas para caçar a nós mesmos, devorando nosso discernimento, afastando a sabedoria.
Foi criado a partir de nossos hábitos e padrões de comportamento insalubres, de
nossas vaidades e egoísmos, e se alimenta de nossa energia mental, emocional e
espiritual. Como todo predador, ele não age aleatoriamente e sem estratégia; fica à
espreita e somente nos domina quando estimulado pelas circunstâncias, emoções e
pensamentos que excitem sua ira. E nesta hora, como afirma o mestre Thich Nhat
Hanh, fazemos coisas que não queremos fazer, dizemos coisas que não queremos
dizer, pensamos coisas que não gostamos de pensar. Magoamos a nós mesmos e a
outros, incapazes de agir com consciência plena. Esta é a Hora do Lobo, o momento
em que caímos na mais lamentável cadeia de ações inconscientes, fundamentadas nos
vícios de atitude que desenvolvemos ao longo de nossa vida.
Quando a existência nos apresenta seus desafios, tensões e decisões, reagimos
conforme ditam nossos pontos de vista. Estas opiniões nem sempre se fundamentam
em uma base consciencial correta e saudável, mas será sempre através delas que
iremos agir. E o que move nossa energia de ação? É o nosso ímpeto, nosso vigor, nossa
convicção pessoal. A crença de que estamos sempre corretos.
O que nos faz tão certos assim? Os nossos hábitos, os padrões de comportamento e
idealização que fundamentam nossa personalidade, estes são os reais fatores que irão
estimular a convicção de que estamos com a razão. O tempo passa, e cada vez mais
mergulhamos em um universo de comportamentos habituais derivados daquilo que
definimos como "certo" e "errado" ao longo das experiências pelas quais passamos.
Existem as aprendizagens, ensinamentos e vivências que irão moldar nossa
personalidade e forjar o conteúdo de nossa atitude diante dos "certos" e "errados", e é
justamente no ambiente de nosso caráter que o predador nasce e se instala.
Todos nós, para viver com um mínimo de coerência, fundamentamos nossos atos e
pensamentos em nossa maneira de compreender os fatos. Mas para compreender bem
os fatos (ou para compreender os fatos como eles são e não como queremos que seja),
precisaríamos ter uma compreensão anterior e mais primordial, mais anímica: a
compreensão de quem somos. Saber compreender quem nós somos não é fácil. Ou
melhor, esta compreensão raramente é feita de forma consciente. Em geral temos uma
compreensão artificial de quem somos, e quase todos nós resistimos muito em
contemplar atentamente as reais cores de nossa alma. Preferimos fingir que já
sabemos de tudo, ou que somos suficientemente maduros, e relegamos ao nível menos
importante qualquer atitude de reflexão profunda sobre o nosso ser. Isso é uma coisa
dos filósofos e intelectuais, ou uma necessidade apenas daqueles mentalmente
desequilibrados - eis algumas desculpas mais comuns. Criamos escudos, couraças,
desenvolvemos resistências e caímos em muitas armadilhas...
O fato é que na vida vivemos sob a ditadura das paixões. Sei que muitas pessoas
interpretam o termo como representativo do vigor, dos aspectos mais alegres da
existência. A paixão seria uma palavra romântica para o exercício pleno das emoções,
e a única forma através da qual podemos sentir que estamos vivos. "Quero viver com
paixão!", é o que dizemos. Mas a paixão é um fator emocional que disfarça elementos
muito pouco saudáveis, na verdade: a raiva, a ansiedade, a impulsividade e
precipitação, e outros mais. E, bem, a paixão na verdade não abriga nenhum amor,
nenhuma alegria de viver, em si mesma. Os processos passionais são sempre
desgastantes, e em algum momento este desgaste se tornará evidente, não há como
escapar disso. Festas frenéticas, viagens apressadas, muitas atividades cotidianas,
consumo exagerado, relacionamentos superficiais intensos ou afetos racionalizados em
um sem-número de projeções e carências, e um constante risco de agir com ímpeto
agressivo (quase sempre disfarçada em "força de personalidade") diante da vida: estes
são fatores comuns que ocorrem naqueles que vivem passionalmente. E os que vivem
desta forma não são poucos.
O que faz uma pessoa desejar devorar a vida? A fome de prazer. Todos nós queremos
viver bem, em contentamento e felicidade. Mas o viver bem e a felicidade são, para
nosso Eu, uma medida daquilo que nós queremos que a vida seja e não o que a vida é;
à medida que o tempo segue seu passo, e frustrações ocorrem em nossas vidas,
transmutamos o conceito de felicidade para a idéia de prazer, de usufruto, pois
somente assim podemos alcançar o gôzo de nossos desejos. Esquecemos de descobrir
qual é a real felicidade, e dedicamos toda a nossa energia em construir uma
personalidade que busca de alguma forma a indulgência de suas fantasias e anseios.
O exercício das paixões através das fantasias dos sentidos parece mais fácil do que a
conquista da felicidade através do equilíbrio da consciência. Além disso, quem afinal
compreende o sentido da vida? Quem realmente pode se valer do inefável sentimento
de contentamento? Mais valia tem as excitações imediatas, a luta para conquistar mais
beleza física, mais domínio, mais poder, mais dinheiro e fama, mais intelectualidade,
mais corroboração de nossos pontos de vista, enfim. Em meio a este processo,
desenvolvemos hábitos arraigados em ignorâncias e desconhecimentos, e
consolidamos muitos comportamentos insalubres em nós mesmos.
Segundo a psicologia buddhista, todos os seres humanos (na verdade todos os seres
vivos compartilham a mesma estrutura, mas com características distintas por força da
natureza de cada espécie) possuem um vínculo perceptivo com aquilo que é chamado
de Alaya Vijnana, ou o "armazém de concepções". Trata-se da fonte básica onde todas
as experiências mentais possíveis estão armazenadas. Ali se encontram os
pensamentos, sentimentos, sensações, formações mentais e a própria consciência.
Neste "armazém", nesta fonte, bebem nossa percepção e discernimento. E para ser
formada, nossa personalidade precisa buscar ali suas características. O Alaya Vijnana é
o potencial humano de todas as formas de ações mentais possíveis, todas as emoções
e sentimentos alcançáveis, todas as estruturas de pensamentos realizáveis, sejam
saudáveis ou insalubres.
O filtro deste fluxo tão grande de potencialidades perceptivas será a Plena Consciência,
entendo-se este termo como o fenômeno que gerencia e aglutina todas as percepções
que passam do limbo potencial do Alaya Vijnana para o fluxo mental intenso do Eu.
Quando perdemos o contato com nossa liberdade interior, criamos uma prisão ilusória
para nossas idéias e opiniões e a energia de consciência torna-se anuviada pelos
padrões de percepção incorretos e distraídos, criando em nossa personalidade hábitos,
vícios de comportamento que são muito perigosos e prejudiciais. Todo este processo
de anuviamento e desvio consciencial provoca um recrudescimento de nossa idéia de
mundo, e fomenta a ilusão de que o mundo é o que nós pensamos que seja e não o
que ele é. Assim, surge a doença do Egoísmo. Sendo egoístas, também começamos a
cair na rede dos exageros passionais.
O predador nasce neste momento. Ele é o agente das nossas atitudes insalubres, que
nos faz sentir menores diante da vida. Ele habita nossos corações e mentes, esperando
o momento de nos dominar. E quando nos defrontamos com um desafio, um gesto,
uma palavra ou uma idéia que de alguma forma estimule os hábitos arraigados em
nossa mente, o predador ataca nossa percepção com uma fúria e velocidade terríveis.
Ele abocanha nosso coração por dentro, e então sentimentos e ações dolorosos saem
do universo potencial do Alaya Vijnana e afloram em nossa personalidade - fazendo
surgir o ódio ou o rancor, a vaidade ou o orgulho, a teimosia ou o fanatismo, a
crueldade ou a ambição, o medo ou a depressão --, corrompendo nossa alma e
devorando nossa energia. Neste momento aflora em nosso comportamento o Predador,
fazendo-nos agir com impaciência, ciúme, vaidade e tudo o mais que sustenta nossa
incapacidade de perceber adequadamente o mundo.
O predador parece muito poderoso. Ele é tão eficiente que, quase sempre, não
percebemos sua aproximação e seu ataque, e apenas descobrimos que ele mais uma
vez devorou nosso discernimento correto quando vemos os rastros do estrago, da
mágoa ou do sofrimento que causamos em nós mesmos e nas pessoas à nossa volta.
Mas às vezes, nem mesmo percebemos isso. Muitos de nós são incapazes de perceber
até mesmo o mal que nos faz os nossos hábitos de comportamento não-saudáveis,
nossa ilusão, nossa loucura perceptiva. E vivemos assim, presas dos sentimentos
insalubres, completamente auto-iludidos, agindo sem compreensão de quem somos e
do que estamos fazendo.
Mas o predador não é todo-poderoso. De fato, ele depende de estímulos, como já disse,
para sair de sua toca nos resquícios de nossa mente alaya. Além disso - o mais
importante -, ele precisa de alimento para existir. E nós o alimentamos com a falta de
esforço na prática de maior atenção, de mais reflexão e investigação meditativa de nós
mesmos. Nós alimentamos nosso lobo interior quando deixamos de ouvir mais as
pessoas, quando criamos uma auto-indulgência tão grande que é capaz de justificar
até mesmos as nossas ações mais mesquinhas, quando não sabemos calar e evitar o
confronto, quando somos tão arrogantes que consideramos nossas opiniões o centro de
tudo que é correto.
Contudo, se tivermos a coragem de todos os dias deixar de alimentar mais um
pouquinho o Lobo, evitando sustentar nossas opiniões inflexivelmente; se soubermos
estimular a humildade de analisar o que estamos fazendo, pensando e dizendo, e
aprendermos a arte da descoberta do que podemos deixar de fazer para diminuir o
sofrimento de todos à nossa volta, evitando os hábitos e palavras agressivos,
orgulhosos ou injustos, então este predador ficará cada dia um pouco mais fraco. Cada
vez mais ele deixará de saltar de sua espreita e nos assaltar com sua fúria ignorante.
Liberte-se de seu predador. Observe meios de prática que podem desestimular os
hábitos arraigados em você, e que são tão prejudiciais. E, por favor, abandone o vício
de apenas procurar o predador nos outros; cada um de nós tem seu caminho, e não
nos cabe a injustiça de sustentar nossos argumentos acusando a doença de
comportamento alheia. Saiba atingir o correto equilíbrio entre o reconhecimento do
predador alheio e o melhor meio de se defender dele. E a melhor forma de nos
defender do lobo que habita os corações dos nossos semelhantes é ter a coragem de
apaziguar o nosso próprio lobo interior. Este é o segredo.
Dentre todos os aspectos potencialmente estimuladores de sua mente, saiba buscar
aqueles que são capazes de curar as suas feridas emocionais e psicológicas. Saiba
praticar a paz. Mesmo diante dos seus medos e de suas frustrações, apesar dos
momentos de solidão e tristeza, saiba que sua alma pode muito mais do que viver
pobremente dominada por orgulhos, ódios, rancores e fracassos. Ela pode viver com
contentamento e força, sem jamais precisar cair nos vícios imaturos que porventura
possam ter se acumulado com o tempo em seu caráter. Podemos usar as maravilhas
do mundo para enfrentar nossos medos.
Somos muito mais do que presas de um predador. Podemos muito mais do que apenas
agir com ignorância e intolerância. Podemos ser livres, serenos e fortes ao mesmo
tempo. A vida é um sonho que pode ser vivido sem pesadelos. Acredite nisso, e confie:
não somos escravos de nossas paixões. O predador pode ser superado, ele pode ser
derrotado. Basta termos a coragem de viver saboreando as belezas da vida com uma
mente simples e dedicada, e não devorando com paixão e impulsividade a nossa
própria liberdade...
RESPOSTA: Que a paz e a luz dos grandes Mestres prevaleça em vossos corações, inspirando-vos á cada dia
no sagrado caminho da evolução, exortando-vos ao dever da caridade e da compaixão entre irmãos! - É
sempre um prazer para nós, do lado de cá, extrair esclarecimentos afim de colaborar na compreensão em favor
dos irmãos que estagiam na vestidura carnal.
Todos aqueles espíritos já emancipados do escafandro carnal, e que já lograram um patamar de consciência
além do homem comum, compreenderam pela experiência que a vida na terra seria impossível sem o auxílio
dos "elementais", chamados de "Espíritos da Natureza". Estas formosas criaturinhas são semelhantes aos
animaizinhos que os humanos tanto afagam na intimidade de seus lares, apegando-se a eles e dando-lhes
proteção e carinho.
Com a diferença de que os seres elementais possuem um trabalho definido junto as Hostes Angélicas, os
Devas e os Senhores dos Elementos.
Os Grandes Seres conhecidos na Teosofia Esoterica como "Deva Rajás" comandam falanges de delicados
elementais, de acordo com a natureza em que eles atuam.
Há na literatura mundial atualmente muitas obras sérias que tratam da questão dos elementais, assim
definimos que os chamados seres elementais são tão reais quanto os homens o são na face da terra,
coexistindo cada um em seu plano.
Poderíamos dizer que os espíritos da natureza são os verdadeiros donos desta terra, porque aqui chegaram
muito antes que a primeira espécie humana manifestasse a sua existência na face do planeta. Eles colaboraram
na formação geológica do planeta, tanto na sua parte interior quanto na atmosfera, dando prestimoso auxílio
aos engenheiros planetários na formação da atmosfera, no magnestismo e nas correntes elétricas oriundas das
forças telúricas; nas formações dos oceânos e das montanhas, das florestas, rios e lagos, ensejando valorosa
contribuição na fauna e na flora onde movimentam-se milhões de espécies desde os protozoários até elevar-se
na hierarquia humana com sua constituição fisiológica irrepreensível, onde cada orgão funciona independente
da vontade humana!
O homem materialista, apegado aos prazeres da terra e aos instintos mais animalizados de sua personalidade
transitória, muitas vezes se queixa do Criador, e em sua ignorância é incapaz de perceber o prestimoso auxílio
que recebe todos os dias graças ao trabalho destas anônimas criaturinhas, que sem esperar recompensa por
parte dos homens, tratam de cumprir a missão que lhes cabe na conjuntura das hierarquias constituídas,
sempre solícitos em atender ao chamado de auxílio, quer seja dos Devas superiores, quer seja dos homens em
seus momentos de desespero e aflição.
A dificuldade que as humanas criaturas possuem de estreitar amizade com os pequeninos seres da natureza,
reside na incapacidade de amar de todo o coração as obras da Criação! Contemplar a cachoeira que chora suas
águas cristalinas, contemplar as montanhas altaneiras e as cordilheiras majestosas, contemplar o nascer do sol
e seu poente recheado de cores crepusculares, contemplar as florestas verdejantes com seus milhões de seres
que proliferam na fauna e na flora, contemplar uma noite estrelada a esmaltar de glória o poder do universo,
em fim, contemplar o semelhante e sua rica constituição de orgãos e nervos como valiosa obra do Grande
Espírito que a tudo vivifica já é um início do esforço necessário para a aproximação com os seres da natureza,
porém mais do que isso é o dever que a caridade e a solidariedade deve imprimir em todos os vossos atos e
pensamentos, na feliz intenção de viverdes neste mundo como verdadeiros irmãos que sois e filhos do mesmo
Pai que vos criou á sua imagem e semelhança!
Não basta amar a natureza e acender incensos, produzir sons mântricos e vos reunir em alguma clareira na
mata para oferecer "maças" e "flores" aos Gnomos, e continuar vos digladiando na arena rasteira do desprezo,
da indiferença e da presunção humana!
Deveis meditar nas palavras do valoroso Caboclo Sete Ventanias quando aventou ao seu médium,
aproveitando o linguajar desta era da informática, que; "Nem toda a banda larga adiantará ao homem no
sentido de melhorar sua existência se sua mente continuar estreita." - Parafraseando meu digno irmão Sete
Ventanias, aproveito o ensejo desta mensagem para confirmar sua feliz tradução filosófica com este
adendo:"De nada adiantará ao homem possuir máquinas de longo alcance e rápida resposta cibernética se o
seu coração continuar estreito."
Além de todo o treinamento espiritual, dedicação e disciplina para a aproximação com os seres elementais, é
necessário o amor ao próximo, o respeito e o desejo sincero de realizar a caridade verdadeira.
Se não for assim, muitas criaturas continuarão a reconhecer nos elementais apenas o fruto de sua imaginação
fértil.
Os seres da natureza chamados de elementais vivem e existem dentro de uma "alma coletiva", e todo o bem
que eles realizam em favor dos humanos contribue para a evolução desta alma coletiva, sendo que depois de
sua morte ( se é que podemos chamar assim por causa da referência humana) eles rapidamente retornam ao
seu plano afim (terra, ar, água, fogo, éter)para continuarem trabalhando e evoluindo dentro de sua hierarquia.
Também são considerados filhos de Deus como tudo que existe no cósmos, pois são criaturinhas geradas
através da poderosa vontade dos Devas Rajás, que por sua vez são representantes do Altíssimo e Co-
Criadores.
Na realidade estes delicados seres auxiliam os homens tanto na vida do dia á dia quanto em suas religiões,
conforme a natureza e a crença dos homens, independentemente trabalham no sentido de ajustar ou reajustar
situações, somente com ordens superiores, pois não podem interferir no carma das criaturas.
Exemplo disto é o auxílio que oferecem as falanges da Umbanda dirigidas por espíritos de Pretos Velhos e
Caboclos, desimpregnando ambientes de energias saturadas de forças deletéreas, e recompondo uma
atmosfera salutar para o desenvolvimento de trabalhos específicos, principalmente na parte da magia.
Colaboram os seres das águas a comando dos falangeiros de Yemanjá, assim como os demais elementais de
acordo com a falange chamada á socorrer na Apometria.
O homem sempre poderá contar com o auxílio destes invisíveis amiguinhos, desde que os faça por merecer,
pois como disse Nosso Mestre; "á cada um de acordo com suas obras!"
Quanto a questão dos elementais virem a se tornar humanos não temos notícias de nossos maiorais, nem
nunca observamos o fenômeno, assim como não observamos confirmar-se a teoria de Darwin, de que o
homem descende do macaco; porém para Deus Nosso Sagrado Pai, se a Sua Poderosa Vontade assim o
quiser...
Paz e Luz á todos os seres!
Premanandâchâryâ.
"OS ELEMENTAIS"
O QUE SÃO ELEMENTAIS ?
Para o célebre alquimista medieval Paracelso, da mesma maneira que a natureza visível é habitada por um
número infinito de seres, a contraparte invisível e espiritual da natureza é habitada por uma hoste de seres
peculiares - aos quais ele deu o nome de elementais e que posteriormente foram chamados espíritos da
natureza.
Elementais são misto de espírito e matéria
Paracelso dividiu essa população dos elementos em quatro grupos distintos: gnomos, ondinas, silfos e
salamandras. Ele pensava que fossem criaturas realmente vivas, muito semelhantes ao ser humano na forma, e
que habitavam seus próprios mundos, invisíveis para nós porque os sentidos subdesenvolvidos dos homens
eram incapazes de funcionar para além das limitações dos elementos mais densos.
De acordo com Paracelso, os elementais não seriam nem criaturas espirituais nem materiais, embora
compostos de uma substância que pode ser chamada de éter. Em suma, esses seres ocupariam um lugar entre
os homens e os espíritos. Por essa razão também não seriam imortais, mas quando morressem simplesmente
se desintegrariam, voltando ao elemento do qual originalmente tinham se individualizado. Segundo ele, os
elementais compostos do éter terrestre são os que vivem menos; os do ar, os que vivem mais. A duração
média de vida fica entre os 300 e os mil anos. Supõe-se que tais criaturas sejam incapazes de desenvolvimento
espiritual, mas algumas delas são de elevado caráter moral.
Para a Escola Teosófica, entretanto, os elementais seguiriam uma escala de evolução até se tornarem anjos.
“Começam no elemento mais próximo do homem até chegar em um nível mais próximo de Deus”, explica
Heloisa Galvez, artista plástica e criadora da loja de produtos esotéricos Alemdalenda, especializada em
elementais.
As civilizações da Grécia, de Roma, do Egito, da China e da Índia acreditavam implicitamente em sátiros,
espíritos e duendes. Elas povoavam o mar com sereias, os rios e as fontes com ninfas, o ar com fadas, o fogo
com lares e penates, a terra com faunos, dríades e hamadríades. Esses espíritos da natureza eram tidos em alta
conta, e a eles eram dedicadas oferendas. Ocasionalemte, dependendo das condições atmosféricas ou da
sensibilidade do devoto, eles se tornam visíveis. Bom número de autoridades é de opinião que muitos dos
deuses cultuados pelos pagãos eram na verdade esses habitantes dos reinos mais sutis da natureza, pois
acreditava-se que muitos desses invisíveis eram de estatura imponente e maneiras majestosas. Os gregos
chamavam alguns desses elementais de daemon, especialmente os das ordens mais altas, e os cultuavam.
De acordo com o angelólogo Eduardo Farias, os elementais seriam uma forma inferior de anjos. “À sua
maneira, eles são anjos também. São chamados anjos da terra, da água, do fogo e do ar, os quatro elementos
sutis que constituem o universo”.
Assim como os anjos das hierarquias mais altas, os elementais canalizam a energia do Criador, a tensão divina
que faz o mundo existir. Assim como vivemos sob a cúpula de luz do anjo da guarda, que representa a tomada
que nos liga ao resto do universo e ao Criador que nos dá existência, os anjos dos elementos retransmitiriam
essa energia divina para um mineral, vegetal ou animal.
Heloisa Galves explica que o elemental sempre se parece e se identifica com aquilo que ele trabalha no meio
físico. “O objetivo deles é passar a energia necessária para tudo que é do mundo físico poder evoluir, e é
assim que eles também evoluem. Quando uma planta cresce, a gente não questiona que poderia existir um ser
mágico ajudando-a a crescer”.
Dona e criadora dos bonequinhos de gnomos e duendes que fizeram a fama do Alemdalenda, Heloisa não tem
nenhuma dúvida sobre a existência dos elementais. No início de sua empresa, ela chegou a ver um
materializando-se por alguns segundos em seu atelier, que depois ela usou como modelo para um de seus
bonequinhos. “Para mim eles existem, mas jamais vou convencer alguém disso. A intuição é o nosso
indicador, se você acha que não existe, não adianta tentar te convencer”, diz ela. Na opinião da artista, a maior
prova da existência deles foi a maneira mágica como as coisas foram acontecendo para ela desde o momento
em que ela modelou o primeiro bonequinho, impulsionando-a a abrir a Alemdalenda, hoje com 30 franquias
espalhadas em todo o país. Até o próprio nome da loja ela diz ter sido “soprado como um presente”. Mais
tarde ela verificou que Alemdalenda é uma palavra com estrutura mágica, semelhante à maior palavra
encantatória do Ocidente, de origem greco-egípcia: o Abracadabra.
Agora, empresária de sucesso, Heloísa ressente-se um pouco de não poder dar tempo para os elementais e
acender o altar que ela dedica a eles. Mas ela acha também que esses rituais só são importantes para
convencer a mente – o nosso grande problema. “É um muro que nos bloqueia”. Ela explica que, como os
elementais trabalham muito com a linguagem dos sinais, ela fica atenta. “Quando acontecem coisas
reincidentes eu me dou conta que eles querem me dar esse toque. Quando eu sigo, eu me dou bem, mas
quando eu não dou ouvidos, você pode ter certeza que eu entrei pelo caminho errado”. Com essa experiência
de conexão com os elementais, Heloísa não entende os céticos. “A fé é aquilo que te dá o elemento, te dá a
semente para o renascimento. Sem fé você deixa de perceber um monte de coisas, você deixa de perceber o
mundo mágico e o que ele pode te ajudar
COMO TRABALHAR COM OS ELEMENTAIS:
A primeira coisa que você deve ter em mente na hora de resolver trabalhar com a magia dos elementais é que
elesw são bem diferentes do que a imagem que a mídia nos passa. Eles são espíritos da natureza que possuem
uma ética completamente diferente do que a nossa, eles não são exclusivamentes bonzinhos nem
exclusivamente mauzinhos, eles são simplesmente espíritos da natureza que podem ou não prestar ajuda a um
ser humano, isso vai depender muito se eles simpatizarem com você. Alguns magos costumavam escravisar
certos elementais para que eles fizessem apenas o que ele mandasse, porém na wicca isso além de anti-ético, é
uma grande falta de respeito. A melhor tática para se conseguir favores dos elementais é conquistar a
confiança deles, e isso é possível de diversas maneiras das quais eu falarei no próximo tópico. O mais
inmportante é que fique bem claro que os elementais possuem vontade própria e ética completamente
diferente que a nossa, eles são capazes de fazer grandes favores a um ser humano, todavia se por um acaso
eles se sentirem ofendidos com alguma atitude sua eles podem cometer verdadeiras atrocidades, portanto para
um trabalho seguro e eficaz com um elemental é de suma importância que você conquiste sua confiança e
saiba como agradá-los, para isso aí vão algumas dicas:
ATRAINDO ELEMENTAIS:
Os elementais, por sua natureza são mais encontrados em áreas onde haja muito verde e muita natureza,
porém como vivemos num mundo industrializado e cheio de concreto fica difícil de se encontrar a presença de
um elemental em área urbana, porém não é impossível isso acontecer, existem vários fatores que podem
ajudar na hora de conquistar a presença de elementais. Os elementais costumam estar perto de pessoas com
grande energia, e para nós bruxos, é bem provável que atraiamos elementais para nossas vidas, para se
descobrir se existe elementais habitando sua casa, é muito simples, coloque uma maçã em um pires qualquer
cantinho de sua casa e deixe. Se depois de um tempo a maçã murchar e secar, é porque há elementais vivendo
com você, mas se ao invés disso, ela apodrecer, daí será necessário que você começe a se esforçar mais para
atraí-los. A primeira coisa que você deve possuir , é o inevitável respeito para com a natureza, respeite, ajude
faça algo por ela, recicle seu lixo, apoie campanhas de persevação traga plantas para sua casa. Os elementais
também gostam muito de música, os da terra gostam mais das músicas irlandesas, animadas, que sirvam para
dançar, enquanto os silfos preferem múiscas mais suaves. As salamandras gostam de músicas com rítmo forte
e as ondinas gostam de músicas com vozes suavez e aveludadas. tenha sempre também em sua casa um
incenso aceso, além de afastar as más vibrações funcionam como um grande imã para a presença de fadas e
silfos. Outra coisa que também agrada muito os elementais é ter pequenas representações deles pela casa.
Deize em cantinhos perto de flores ou plantas ou então deixe como adrono para a casa. Possuir pedras e
cristais também é muito recomendado para conquistar os elementais da terra. Outro enfeite que agrada muito
todods os elementais são os sinos de vento, que atuam como armonizadores de energia através do som. Se
você possui animais soltos em casa como cão e gato, procure colocar um guizo em sua coleira, pois os
animais costumam afugentar os elementais já que os animais percebem sua presença e costumam persegui-los,
com o guizo fica mais fácil dos elementais saberem quando os animais estão por perto. Por fim, se você
percebeu que agora sua casa está sendo habitada por estes incríveis seres, deixe sempre pequenos presentes e
agradinhos à eles, como balas e maçãs, incensos e cristais, e lembre-se sempre que agir com respeito é
fundamental para uma convivência com estes seres!
Prece aos Exus Guardiões: "Pelo galo que cantou, pela lua que clareou, pelo poder do ar que soprou, pelo fogo
que queimou, pelo poder da água que levou, pelo poder da terra que tremeu, pelo Poderes da Coroa da
Encruzilhada. Que as forças magísticas posam girar, e nesse giro Exu possa me ajudar, e livre-me de todo e
qualquer mal, seja do plano físico ou astral. Exu ria, babá Exu, agô sarava suas forças.
Oferendas aos Exus Guardiões: para se fazer uma oferenda aos Exus Guardiões tem que abrir a Coroa da
Encruzilhada.
Abertura da Coroa da Encruzilhada: ao chegar à mata para entregar a oferenda, delimita-se o espaço magístico
ao qual irá trabalhar e faça um grande círculo com água de procedência (cachoeira, fontes, poços, minas, etc),
vá ao ponto central e sarava os 4 cantos, e iniciando pelo ponto cardeal leste acenda 3 velas brancas ou na cor
dos Orixás, e sarava os três Exus responsáveis por esse portal, Exu Marabó, Exu Pinga Fogo e Exu Tiriri,
acendo as velas em e fazendo um círculo com cachaça. Após ir ao ponto cardeal sul e fazer o mesmo
procedimento com os Exus Gira Mundo, Tranca-Rua e Sete Encruzilhada. Em seguida ir ao ponto cardeal
oeste fazendo o mesmo procedimento com os Exus Tranca-Rua, Gira Mundo e Dona Pomba Gira. Finalizando
o ponto cardeal norte com os Exus Pinga Fogo, Marabó e Exu Tiriri. E no centro da encruzilhada será feito
todo o trabalho. Vai derramando a água em forma de ciclo recitando a seguinte oração: "quem versa água
diante de si, em terra úmida pisará". Nesse momento fica-se de frente para o cardeal leste colocando-se a mão
direita no chão e recitando: "Que Exu dei-me seu agô para em seu reino pisar e entrar, e o trabalho que vai se
seguir possa Exu aceitar, e suas forças sobre o trabalho há de firmar. Exu ria, eu te invoco três vezes é como
uma só". O mesmo se faz em todos os pontos cardeais na intenção dos três Exus de cada ponto cardeal, em
seguida pedimos agô a todo povo de Exu. Saúda-se o Exu correspondente ao Orixá do médium dirigente e
antes de tudo isso deixar uma garrafa de marafo e um charuto aceso em louvor aos Exus da mata.
Agora vamos ao trabalho de fato: todo trabalho de Exu independentemente de qual Exu ira preceituar deve
conter alguns elementos básicos indispensáveis: marafo sempre dentro de algum recipiente de barro podendo
ser copo, cumbucas de casca de côco que seria o correto, e no caso ser para a Pomba Gira champagne, vinho
branco ou aniz, charutos sempre em numero de 7 dentro de um alguidar pequeno com as pontas acesas para
fora, pade dos quatros elementos (cachaça, água, mel e azeite de dendê) colocado num alguidar médium, velas
da cor do Orixá ao qual o Exu trabalha sempre em numero de 7, pano na cor cinza em formato redondo de
mais ou menos 1 metro de circuferência com o triângulo vibracional do Exu correspondente, algumas frutas
como abacaxi, manga espada, banana, entre outras. Esses elementos são acrescentados a eles outros elementos
como flores e ervas correspondentes aos Exus.
Ao contrário do que muitos pensam, os triângulos vibracionais são importantíssimos e seguros para os que
iniciam seus trabalhos com desagregação de correntes provenientes das zonas pesadas; o básico de toda Lei de
Pemba dos Exus. São as chaves que dão início a grafia dos Exus. São chaves de abertura, se relacionam com a
escrita do nome sagrado dos Orixás, tem o mesmo significado e expressão, somente que, aplicada à
Kimbanda.
Só se trabalha com Exu no horário da lua, pois sua luz polarizada fixa todas as correntes mentais, sejam boas
ou más. O sol, devido aos seus raios, neutraliza qualquer corrente, seu efeito é vitalizante, através da
neutralização de negativos.
A lua nova: renova, revitaliza, reforma, limpa, purifica e fixa (atração).
A lua crescente: desenvolve, multiplica, cresce, expande e evolui (imantação).
Essas duas luas são consideradas quinzena positiva.
A lua cheia: descarrega, afasta, puxa e leva (desagregação).
A lua minguante: atrasa, bloqueia, impede e desfaz (neutralização)
Essas duas luas são consideradas quinzena negativa.
Na dependência dos trabalhos magísticos a serem realizados, se houver tempo preciso pode-se escolher a lua
devida, caso contrário faz-se na lua que puder, porém no horário mais afim.
Afirmamos que as posições dos vértices dos triângulos são nos devidos cardeais. Para enviar, descarregar e
fazer fluir correntes, aponta-se para os cardeais norte e sul. Para receber, fixar e dinamizar correntes, volte-os
para os cardeais leste e oeste.
Deuses Romanos: Cupido; deus do amor,Diana; deusa da caça muitas vezes relacionada com os ciclos da Lua
• Fortuna; deusa da riqueza e da sorte
• Hera ou Juno; deusa da força vital, deusa dos deuses
• Júpiter; deus dos deuses, senhor do Universo
• Marte, deus da guerra
• Mercúrio, deus mensageiro
• Minerva, deusa da sabedoria
• Neptuno, deus dos mares
• Venus, deusa da beleza e do amor
• Saturno, deus da agricultura
Deuses Indianos:
Brahma - O Deus da Criação
Vishnu - - O Deus de Manutenção
Matsyavataram (Forma de um peixe)
Kurmavataram (Forma de uma tartaruga)
Varahavataram (Forma de um javali)
Narasimhavataram (Forma de um leão liderado homem)
Vamanavataram (Forma de um anão)
Deuses Brasileiros:
ABAÇAÍ - Gênio maléfico que perseguia os jovens guerreiros, tornando-os possessos.
ABEGUAR - Senhor dos Ventos, Deus dos Vôos, primo de Iara.
ACAUÃ - Fada que se transforma em pássaro à noite cujo canto enfeitiça as mulheres.
AÇUTI - Deusa da Escrita.
ALAMOA - Fada aquática da ilha de Fernando de Noronha. Ela é muito bela e de pequena estatura que
aproxima-se dos pescadores nua, chamando-os para que se aproximem.
Quando isso ocorre, transforma-se em um ser cadavérico que causa loucura para quem a vê.
AMANACY- A Mãe da Chuva e das Nuvens.
AMÁN - É um duende que, segundo os índios aguarunas, é muito perigoso para o homem, já que todo aquele
que é encontrado por ele, acaba sendo levado para sua cova profunda no interior da terra.
AMAÚ - Deusa Virgem do ventre que sangra (menstrua).
ANHANGÁ - Deus dos tenebrosos espíritos e dominador dos desertos áridos (infernos).
ANHUM - Deus do Canto e neto de Tupã, tocava Taré.
ARACI - Na mais longínqua e remota antiguidade, Itaquê, o mortal, amou a imortal Deusa Lua Jaci. Dessa
união, nasceu Araci, que ao morrer, foi elevada aos céus por sua mãe, tornando-se a ninfa das manhãs e da
aurora.
ARAPÉ - Deusa da Dança.
ARUANÃ - Deus da Dança e da Alegria, protetor dos Karajás (ou Carajás).
BIAÇÁ - Deusa da Astronomia.
BIRIMODO - Deusa Mãe da Natureza dos índios bororó.
BOITATÁ - Ser encantado pertencente as tradições dos povos indígenas tupi-guarani, habitantes da selva
amazônica. Ele é considerado como um elemental do fogo e do ar.
Pode adotar a forma de uma luz branca que serpenteia no céu, atravessando a selva a grande velocidade.
Gosta de perseguir as pessoas.
BOTO - Deus dos abismos dos mares, que governa os oceanos e habita a sagrada Loca, que é a habitação dos
Deuses marinhos no fundo das águas.
BOTXATONIÃ - Fada encantada do Arco-íris.
CAAPORA - Deus protetor das matas, dos ninhos, dos animais, mas também protegia os lares.
CAALARI - Deusa da Erva Mate que ensinou aos índios guaranis as propriedades energéticas dessa planta.
CARAMURU - Deus que presidia as faíscas dos raios e as ondas revoltas dos grandes oceanos.
Tanto podia ser um bom Deus, como um ser cruel que nesse caso, transformava-se em um perigoso Dragão
das Águas.
CATXERÊ - Deusa das Estrelas.
CATÚ - Deus do Outono.
CAUPÉ - Deusa da Beleza.
CEUCY - Mãe das plantas plantadas e protetora da casa que nasce junto aos roçados.
COROACY - Deusa Solar ou a Mãe do Dia. Ela representa a primeira visão do Sol matinal.
CURUPIRA - Foi enviado para terra por Tupã para proteger os campos e florestas.
CY - A Mãe de Todos, a encarnação da Terra e de todos os ventres grávidos.
DEUSA ARANHA - Deusa tecelã da vida que trouxe nos fios de sua teia os Caiapós do espaço para habitar a
Terra.
GRAÇAÍ - Deusa da Eloqüência.
GUAIPIRA - Deusa da História.
GUANDIRÔ - Deus da Noite, que segundo uma lenda, bebia o sangue dos homens.
GUARACY - Deus Sol.
HAMÃY - Deusa Pataxó protetora dos Animais. Quando uma pessoa transgride suas normas, ela se assegura
que a pessoa se perca na floresta.
IAÇA - Deusa Caiapó que deu origem ao fruto conhecido como açaí.
IAKÁ - Deusa Carajá que deu origem aos botos cor-de-rosa. É equivalente a Deusa esquimó
Sedna.
IAVU-RÊ-CUNHÃ - Duende da Mata dos Kamaiurá.
ICAMIABÁS - Deusas Amazonas Brasileiras.
ICATÚ - Deus que protegia o rio que havia ouro e guardava as minas onde tinha pedras preciosas.
INOCHIUE - Deus do Bem que segundo sua lenda, protegia todas as virgens que viajavam.
ITSUKAMALU - Deusa da Destruição que apresenta na forma de uma canoa de tronco de jatobá que devora
tudo que vê pela frente.
JACY - Deusa-Lua, a poderosa Mãe da Noite e Senhora dos Deuses. Tem duas formas: .
Jacy Omunhã (Lua Nova) e Jacy Icaua (Lua Cheia).
JURURÁ-AÇÚ - Deusa das Chuvas e Orvalho. Conta uma lenda que, por ter libertado o Deus Infernal
Anhangá, tornou-se a única Deusa que podia entrar e sair livremente dos infernos. Mas Tupã castigou-a por
tal ato e fez crescer nas costas dessa Deusa uma espécie de concha e cobriu-lhe o corpo de uma cor amarelada.
Transformou-se assim, na feia e horrível tartaruga que habita as águas dos rios.
JURUPARI - Deus do Ódio e da Vingança que castigava as mulheres que não observassem suas leis.
JURUTI - A Mãe dos rios equivalente a Uiara ou Deusa Iemanjá.
KAPRAN-OK - Deusa -FadaJaboti . Deusa que protege os animais indefesos e as mulheres e que tem a
capacidade de metamorfosear-se em Jabuti.
KATXURÉU - Deusa da Morte dos indígenas, equivalente a Deusa hindu Kali.
KIANUMAKA-MANÃ – Deusa Onça uma forte e poderosa guerreira indígena.
KUPEIRUP - Deusa da Abundância que ensinou os índios a plantar.
MARA- Deusa das Trevas comparada com Circe ou Medéia.
MARI - É a fada-abelha que trouxe ao povo Ikpeng a dádiva do mel.
MULHER ARARA - Deusa Mãe que possui o poder de transformar-se tanto em pássaro como em mulher.
MUTIN- Deus da Primavera.
NAIÁ - Fada que habita a flor da planta conhecida por Vitória-Régia.
NAMI - Deusa da Noite filha da Cobra Grande.
NETE BEKU - Deusa Mãe que ensinou aos Kaninawás sobre o uso dos vegetais.
NHANDECY - Mãe-Terra do início dos tempos, mãe dos gêmeos civilizadores Nhanderiquei, a força do Sol,
e de Tiviry, a força da Lua. Sua morada é na Terra-Sem-Mal.
NHARÁ - Deus do Inverno.
PARANKA - Deusa do Fogo, mãe de Wokya (gênio do urucum), equivalente a Deusa havaiana Pele. Foi ela
que ensinou os índios a fazer o fogo friccionando galhos secos de urucum.
PAPÂNE - Espírito-gênio da Natureza dos índios wairás.
PÉDLERÉ - Deusa da Morte dos índios krahôs.
PEURÊ - Deus do Verão.
PIRARUCÚ - Deus do Mal.
PIRIPIRIOCA - Gênio guardião da planta chamada de priprioca (nome conhecido hoje) que emana um aroma
incomum, amadeirado e picante que é usado na elaboração de sofisticados perfumes.
PO - Deusa do Sono.
PÔLO - Deus do Vento e Mensageiro dos Deuses comparado ao Deus grego Hermes.
RUDÁ - Deus do Amor, encarregado da fertilidade e da reprodução.
SACI - Deus negro das matas que vivia sempre alegre.
SETE ESTRELO - O Deus das Plêiades.
SUMÁ - Deusa da Ira, que envolta em uma manta negra de cipó chumbo, vagava pela terra,
espalhando ódio e discórdia. Era uma Deusa Guerreira que orientava e protegia a
agricultura. Uma lenda bem antiga, afirma ser ela filha legítima de Tupã e Jaci (Deusa-Lua).
TAMBA-TAJÁ- Deus do Amor.
TATAMANHA - Deusa das Labaredas e das faíscas.
TAUVA - Deusa Mãe das Águas que Correm equivalente a Uiara.
TICÊ - Esposa de Anhangá (Deus Infernal).
TIRIRICAS - Deusas da Raiva, do Ódio e da Vingança.
TOLORI - Deus da Tempestade e inimigo das mulheres.
TULUPERÊ - Deusa Serpente de duas cabeças. com chifres e cabelos que fala inúmeras línguas indígenas.
UANANA - Deusa-Lua andrógina dos tucanos.
UALAIMKÍPIA - Deusa-Pássaro da Morte equivalente a Deusa grega Hécate.
UIAPURU - O Deus do amor do mundo alado, o pássaro encantado considerado o orfeu amazônico.
URIHI - Deusa yanomani Mãe Terra protetora de toda a vida existente na floresta amazônica.
URUTANTÃ - Semi-Deus que protegia as estradas e tinha uma voz maravilhosa.
URUTAU - Pássaro feérico amazônica considerado a Mãe da Lua.
VAPUAÇU - Deus dos sonhos amenos e das suaves ilusões.
VITÓRIA RÉGIA - Deusa-fada do reino vegetal.
XUNDARUÁ - Deusa Peixe-Boi padroeira da pesca e dos pescadores.
YAMATÁ - Era filha do jatobá que deflorada por Aluá-Kumã, sangrou e esse sangue coloriu todas as penas
das aves que hoje são vermelhas.
YARA- Deusa-Sereia das águas doces.
YANUBÊRI - Avó ancestral indígena muito poderosa.
YEBÁ BELÓ - A Avó do Universo.
YEBÉ - Deusa das Nuvens das Chuvas dos wairás.
YUSHÃ KURU - Deusa feiticeira ou curandeira que ensinou os xamãs kaxinawás a curar.
ZUMBI - Deus dos ermos, protetor dos assassinos.
Texto pesquisado e desenvolvido por
ROSANE VOLPATTO
Deuses Chineses:
Shangdi (上帝), aparecendo na literatura em aproximadamente 700 a.C, ou antes, (a datação destas
ocorrências depende da data do Shujing). Não há narrativas orientadas no sentido de dar a Shangdi a autoria
da "criação", embora o papel de criador seja uma interpretação possível. Embora Shangdi pareça ter os
atributos de uma "pessoa", referências a ele como o criador não são explicitadas até a Dinastia Han.
Tian (皇天, ou Céu), aparecendo na literatura em cerca de 700 a.C, ou antes (a datação destas ocorrências
depende da data do Shujing). Igualmente, não há um papel de criador para o Céu, embora essa interpretação
seja possível. As qualidades do Céu e de Shangdi parecem se fundir em uma literatura posterior (sendo, por
isso, adorados como uma entidade única ("皇天上帝"), por exemplo, no Templo do Céu em Pequim). A
extensão da distinção (se houver alguma) entre eles é debatida.
Nüwa (女媧), aparecendo na literatura não antes de 350 a.C, diz-se que recriou ou criou a humanidade. Seu
companheiro — irmão e marido — era Fu Xi (伏羲). Estes dois seres às vezes são adorados como os
primeiros antepassados dos seres humanos. Eles são muitas vezes representados como criaturas metade-
serpente, metade-humanas. Nüwa também foi a responsável por consertar o céu depois que Gong Gong
danificou uma das colunas que suportam o céu.
Pan Ku (盤古), aparecendo na literatura não antes de 200 a.C, foi o primeiro ser consciente e criador. No
começo não havia nada além do Caos. Fora desse Caos um ovo foi chocado por 18 mil anos. Quando as forças
do Yin yang igualaram-se, Pan Ku emergiu do ovo e empreendeu a tarefa de criar o mundo. Ele separou o Yin
Yang com um golpe de seu machado. O Yin, mais pesado, afundou e transformou-se na Terra, enquanto o
Yang, mais leve, elevou-se para formar os céus. Pan Ku ficou entre eles e empurrou o céu. Ao fim de 18 mil
anos, Pan Ku descansou. Sua respiração tornou-se o vento, sua voz o trovão, o olho esquerdo o Sol e o direito
a Lua. Seu corpo transformou-se nas montanhas e extremos do mundo, seu sangue formou os rios, seus
músculos as terras férteis, sua barba as estrelas e a Via-Láctea, sua pele os arbustos e as florestas, seus ossos
os minerais preciosos, sua medula diamantes sagrados, seu suor caiu como chuva e as pequenas criaturas em
seu corpo (em algumas versões, pulgas), carregadas pelo vento, tornaram-se os seres humanos sobre todo o
mundo.
Yu Huang (玉皇, ou Imperador de Jade), incluindo representações como Yuanshi Tianzun (元始天尊),
Huangtian Shangdi (皇天上帝), aparece na literatura bem depois do estabelecimento do Taoísmo na China.
Erlang Shen (二郎神) — Erlang Shen é um deus chinês com um terceiro olho na testa que vê a verdade. É
uma divindade beligerante e sempre empunha uma espada de três pontas e mantém seu fiel "Cão Celestial
Sagrado" (啸天犬) ao seu lado, o qual ajuda-o a subjugar espíritos malignos. Sua origem varia, sendo por
vezes tido como segundo filho do Rei Celestial do Norte, Vaishravana. E por vezes como sobrinho do
Imperador de Jade (no conto A Jornada para o Oeste).
Lei Gong (雷公) — Lei Gong é o deus do trovão. Este deus começou sua existência como mortal, mas
encontrou um pessegueiro que vinha dos céus. Quando ele comeu um de seus pêssegos, tornou-se um humano
com asas e logo recebeu uma maça e um martelo que poderia criar trovões. E assim transformou-se no deus
dos trovões.
Nezha (哪吒) — Nezha, também chamado San Taizi (三太子, terceiro príncipe), é o terceiro filho de Li Jing,
general da Dinastia Tang e chefe do exército celeste, encarregado de pôr os espíritos malfeitores que
contrariam as vontades divinas e atormentam os homens no caminho correto. Nezha comanda uma parte do
exército. Diz-se que ele nasceu após três anos de gravidez em uma bola de carne que seu pai, furioso, partiu
com uma espada. Nezha surgiu então totalmente armado. Ele tem a aparência e o temperamento caprichoso de
uma criança. Flutua no ar graças a rodas de fogo sob seus pés, leva o anel cósmico com o qual matou os filhos
do rei dragão e tem em mãos uma lança. Ele pode ter membros e cabeças suplementares. Talvez seja inspirado
no deus védico Nalakuvara.
Guan Yu (關聖帝君) — Guan Yu é o deus das irmandades, das artes marciais e, quando estas ocorrem,
também deus da guerra.
Zhao Gongming (赵公明) — Zhao Gongming, deus da fortuna que monta um tigre.
Bi Gan (比干) — Bi Gan também é um deus da fortuna. É muitas vezes confundido com "Wu Cai Shen" (武
财神) que monta um tigre e usa uma vara de pescar.
Kui Xing (魁星) — Kui Xing deus dos exames e auxiliar do deus da literatura, Wen Chang. Kui Xing era um
feio, mas inteligente, anão que se tornou patrono daqueles prestando os exames imperiais. É retratado sobre
uma tartaruga segurando um pincel de escrever.
Sun Wukong (孫悟空) — Sun Wukong é o deus macaco da lenda Jornada para o Oeste.
Daoji (道濟) — Daoji era um monge budista durante a Dinastia Sung e se tornou um deus devido a suas
práticas em vida.
Matsu (妈祖) — Matsu deusa do Oceano, também conhecida como Rainha do Paraíso (天后). De acordo com
a lenda, ela nasceu em 960 (durante a Dinastia Sung) como a sétima filha de Lîm Goān (林愿) na Ilha
Meizhou, Fujian. Há muitas lendas envolvendo ela e o mar. Ainda que tenha começado a nadar tarde, com 15
anos, logo virou uma ótima nadadora. Usava um vestido vermelho para guiar os barcos de pescadores para a
costa, mesmo durante tempestades. Há pelo menos duas versões envolvendo sua morte. Em uma delas, ela
morreu em 987 com 28 anos, quando escalou uma montanha, subiu aos céus e tornou-se uma deusa. Outra
versão da lenda diz que ela morreu de cansaço após nadar muito em busca de seu pai aos 16 anos. Após sua
morte, as famílias de muitos pescadores e marinheiros começaram a rezar em honra de seus atos de bravura
tentando salvar aqueles ao mar. Sua adoração espalhou-se rapidamente. É representada normalmente usando
um vestido vermelho e sentada em um trono.
Zao Jun (灶君) — Zao Jun é um deus popular da cozinha. É o mais importante de uma miríade de deuses
domésticos chineses (deuses do pátio interno, poços, vãos da porta, entre outros). Acredita-se que anualmente
ele leva um relatório ao Imperador Jade das atividades de cada casa para que sejam recompensadas ou punidas
de acordo com elas.
Tu Di Gong (土地公) — Tu Di Gong é o deus da terra no Taoísmo e nas religiões populares chinesas. As
pessoas recorrem a ele quando desejam boas colheitas, saúde e quando enterram seus entes queridos. Cada
vila da China tem um templo dedicado a ele, mas ele não é um deus todo poderoso, assemelha-se mais a um
burocrata.
Shing Wong (城隍) — Shing Wong é o deus responsável pelo comércio em uma cidade.
Zhong Kui ou Jung Kwa (鍾馗) — Zhong Kui, pessoa mitológica famosa por subjugar demônios. Foi
aprovado nos exames imperiais, mas o imperador não permitiu que ele assumisse sua posição por ser muito
feio. Com raiva, Zhong Kui suicidou-se e foi enterrado por seu amigo. Após tornar-se rei dos espíritos do
inferno, ele voltou para agradecer pela gentileza do amigo.
Long Mu (龍母) - Long Mu é conhecida por ter criado cinco dragões e por isso é também chamada de Mãe
dos Dragões. Long Mu morava com sua família na margem de um rio, aonde lavava roupas e pescava. Certo
dia encontrou um ovo nas margens desse rio do qual nasceram cinco serpentes (ou uma, segunda algumas
versões). Mesmo sendo pobre, Long Mu deu o melhor de sua comida para alimentar as serpentes e elas
ajudavam-na pegando peixes no rio. Com o tempo elas cresceram e tornou-se claro que não eram serpentes,
mas sim dragões. Os chineses acreditam que os dragões têm o poder de controlar o tempo e assim, durante
uma seca, Long Mu pediu a eles que fizessem chover e isso deixou os aldeões satisfeitos, por isso deram-lhe o
nome de "Mãe dos Dragões". A notícia desse feito chegou ao imperador Qin Shihuang que lhe enviou
presentes e solicitou sua presença na capital. Mas ela já estava muito velha e morreu antes de conseguir ir.
Hung Shing (洪聖) — Hung Shin foi um funcionário nomeado para administrar a província de Pun Yue,
presentemente Guangdong. Ele estimulou os estudos de geografia e astronomia e melhorou as condições de
vida da população, em especial dos pescadores. Por isso, após a sua morte, a população construiu vários
templos em honra dele.
Tam Kung — Tam Kung é o deus do mar venerado em Macau e Hong Kong. Diz-se que pode controlar o
tempo e curar doenças de crianças.
Wong Tai Sin (黃大仙) — Wong Tai Sin nasceu Wong Cho Ping (黃初平 Huang Chuping) em 338 na
moderna cidade de Lanxi. Começou a praticar o Taoísmo aos 15 anos e quarenta anos depois podia
transformar pedras em ovelhas.
Meng Po (孟婆) — Meng Po é a deusa do esquecimento. Ela prepara um chá chamado Chá de Cinco Sabores
do Esquecimento, dado para as almas das pessoas que vão reencarnar para esquecerem suas vidas anteriores.
Os Três Augustos e os Cinco Imperadores (三皇五帝) — grupo de soberanos lendários.
Zhu Rong (祝融) — Deus do fogo. Venceu Gong Gong.
Gong Gong (共工) — Deus da água, durante a luta com o deus do fogo, ele partiu o Monte Buzhou, quebrou
o céu, que foi em seguida consertado por Nüwa. É o responsável pelas enchentes. Conta-se que envergonhado
por ter perdido a batalha pelo trono do Paraíso, ele bateu sua cabeça contra o Monte Buzhou (不周山), um dos
pilares do céu. O pilar ficou muito avariado o que levou o céu a inclinar-se para nordeste e a terra para
sudeste, causando grandes enchentes e sofrimento para as pessoas. Nüwa (女媧) cortou a perna de uma
tartaruga gigante e a usou para reparar o estrago, sem consegui-lo de todo e isso explica porque a Lua, o Sol e
as estrelas se movem para nordeste e os rios na China para sudeste.
Chi You (蚩尤) — Deus da guerra. Inventor das armas de metal. Adversário de Huangdi.
Da Yu (大禹) — Da Yu ou Yu o Grande regula o curso dos rios, para controlar as enchentes. Foi o primeiro
imperador da Dinastia Xia e é venerado por ter ensinado o povo da China a controlar as enchentes, tendo
passado sua vida a procura da solução para o problema. Sua perseverança foi tanta que impressionou Shun e
este cedeu-lhe o trono. No local onde morreu durante uma caçada, foi erguido um mausoléu.
Kua Fu — Kua Fu é um gigante que persegue o Sol. Um dia ele decidiu descobrir para onde o Sol ia à noite e
pegá-lo sem nunca conseguir.
Cangjie (倉頡) — Cangjie criou os caracteres chineses.
Houyi (后羿) — Houyi ou apenas Yi é um grande arqueiro, famoso por ter derrubado nove sóis. Conta a
lenda que em tempos antigos, havia dez sóis na terra que se substituíam saindo um a cada dia. Um dia,
cansados de suas rotinas, resolveram sair todos de uma vez e o calor foi tanto que as pedras derretiam, as
pessoas morriam e as plantas secavam. Por isso, o imperador, Yao, implorou ao pai dos sóis, Dijun, que os
controlasse. Os sóis não deram ouvidos a seu pai e por isso ele enviou Houyi para a Terra com um arco
mágico e flechas. Dijun esperava que Houyi apenas assustasse os sóis, mas quando Houyi viu a devastação
causada por aqueles foi tomado por um acesso de fúria e derrubou nove deles, restando apenas o atual. Dijun
por sua vez ficou furioso e baniu Houyi para a Terra para passar o resto de seus dias como um mortal.
Chang'e (嫦娥) — Chang'e é a esposa de Yi e deusa da Lua. Há pelo menos três versões de sua história.
Qi Xi — Qi Xi é a lenda conhecida no Japão como Tanabata. Ela diz que um jovem pastor chamado Niulang
(牛郎, a estrela Altair) viu certa vez sete fadas a banharem-se em um lago. Encorajado por um boi, ele pegou
as roupas delas e esperou. As fadas escolheram a mais jovem e bela dentre elas Zhinü (織女, a estrela Vega)
para pegar as roupas de volta. Ela o faz, mas como Niulang a viu nua, ela precisava concordar em casar-se
come ele. Ela aceita e torna-se uma boa esposa, bem como ele um bom marido. Mas a Deusa do Céu, em
algumas versões a mãe de Zhinü, descobre que um mero mortal casou-se com uma das fadas e fica furiosa.
Tirando a presilha de seu cabelo, a Deusa cria um rio no céu para separá-los para sempre (ou seja, a Via
Láctea que separa Altair de Vega). Mas uma vez por ano, pássaros apiedam-se dos dois e formam uma ponte
no céu (鵲橋, Que Qiao) sobre Deneb na constelação de Cygnus e por isso eles ficam juntos durante uma
noite, a sétima noite do sétimo mês.
Han Ba (旱魃) — Han Ba é uma antiga deusa da seca.
Gao Yao — Gao Yao é o deus da justiça e do julgamento.
Deuses Japoneses:
Amaterasu Há muitos mitos que explicam relações naturais. O Sol e a Lua, irmão e irmã, não têm uma vida
fácil. No seu reino celestial, cuja estrutura é, muito curiosamente, semelhante à do Japão, estão
permanentemente sentados de costas um para o outro, daqui a existência do dia e da noite. É da deusa do Sol,
Amaterasu, que descende a família imperial e de todas as lendas que sobre a deusa se contam, uma das mais
conhecidas é a que se refere ao seu retiro numa caverna.
Susanoo:Susanoo não se limita a ser apenas o deus das tempestades, também lhe chamam "divindade veloz e
impetuosa" ou "o macho impetuoso". Depois do episódio da caverna, foi expulso do reino celestial de
Amaterasu e dirigiu-se para a província de Izumo, na costa da ilha de Honshu banhada pelo mar do Japão.
Daqui, Susanoo atravessou o oceano em direção à Coréia, no continente, onde plantou florestas com os pelos
da sua própria barba, é por isso que esta divindade aparece também relacionada às florestas.
Uke mochi: Assim como o aparecimento das ilhas japonesas, também o aparecimento dos cereais e dos
animais ligados à agricultura e à pesca possui uma origem mítica. Amaterasu enviou à Terra o irmão mais
novo, o deus da Lua, para verificar se a divindade da alimentação, Uke mochi, estava cumprindo o seu dever.
A fim de obsequiar este deus tão importante, Amaterasu e os seus irmãos tinham precedência sobre o resto do
panteão, Uke mochi, ao mesmo tempo que olhava para as planícies, abriu a boca e dela saiu arroz já cozido.
Da mesma maneira, regurgitou peixes e moluscos enquanto fixava o mar e, olhando para as colinas
verdejantes, fez o mesmo com várias espécies de caça. O deus da Lua, Tsuki, não apreciou nada esta maneira
original de servir um banquete e a sua fúria foi tão grande que matou o infeliz Uke mochi. Mas mesmo depois
de morto, o corpo deste continuou a cumprir a sua função; da cabeça emergiram vacas e cavalos, das
sobrancelhas, bichos-de-seda, o milho-miúdo brotou-lhe da testa e do estômago, nasceu uma planta do arroz.
Na mais antiga das duas crônicas xintoístas, Susanoo é apresentado como o deus protagonista desta lenda,
mas na crônica mais recente, o Nihongi, é o deus da Lua quem acaba por matar Uke mochi.
Oh kuni nushi: Susanoo tinha por genro um deus ainda novo, Oh kuni nushi, "o grande senhor das terras",
que, para ter a certeza de casar com a filha de Susanoo, não encontrou método mais eficaz do que o rapto.
Depois de prender o cabelo de Susanoo às vigas da casa e de roubar-lhe o sabre, o arco, as flechas e uma
harpa, o casal fugiu. Ora, Susanoo que, entretanto, estava a dormir, foi acordado pelas cordas da harpa, que
tocavam sozinhas enquanto Oh kuni nushi e a noiva fugiam. Sempre guiado pela música, encontrou-os; mas
parece que ficou muito impressionado com a astúcia dos dois, pois não só autorizou o casamento como lhes
permitiu guardar os tesouros que tinham roubado. Além disso, deu a Oh kuni nushi o governo da província de
Izumo.
Suku na biko, o deus anão:Nas suas novas funções, Oh kuni nushi foi muito ajudado por um deus anão
chamado Suku na biko, "o célebre homem baixinho". Os dois conheceram-se quando este chegou à costa de
Izumo numa pequena jangada. O anão era filho da Divina Deusa das Provisões e muito estimado pelos seus
dotes medicinais. Tornou-se inseparável de Oh kuni nushi; juntos curavam as doenças e cultivavam a terra em
Izumo. Suku na biko morreu quando trepou em um pé de milho miúdo já maduro; o seu peso, junto ao dos
grãos de milho, fez com que a planta se dobrasse e o projetasse em direção ao céu. Mas este deus baixinho
ainda hoje, volta e meia, aparece para guiar as pessoas até às nascentes de água quente, coisa que não é de
espantar, pois sempre foi uma personagem simpática e amável.
Inari, o deus do arroz: Inari, costuma ser representado sob os traços de um homem de barbas, mas parece que
existe um certa confusão acerca do seu sexo, pois também pode aparecer como sendo uma deusa. A raposa é a
mensageira de Inari, que, de resto, também toma, por vezes, a forma desse animal. Inari é o padroeiro dos
alfagemes e, desde tempos mais recentes, de todos os mercadores em geral.
Todos os anos, na primavera, o deus dos campos de arroz desce da sua morada nas montanhas e volta para lá
no outono, fato que pode estar relacionado com a velha crença xintoísta de que as montanhas possuem
espíritos ou deuses.
Foram os deuses Orixás? Todos os deuses são Orixás?
Meditemos profundamente nas Tradições Mundiais, com seus povos e suas crenças, suas histórias, suas
religiões, suas iniciações, pois a verdade está em todos os tempos de acordo com a psicologia das eras.
Paz e Luz!
Gandharananda Shanti.