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Faculdades Integradas Teresa D’Ávila

Curso de Comunicação Social com habilitação em Jornalismo

Ariane Aparecida Fonseca de Souza

Eterna paixão:
100 anos de um amor em preto e branco

Lorena, 2010
ARIANE APARECIDA FONSECA DE SOUZA

ETERNA PAIXÃO:
100 ANOS DE UM AMOR EM PRETO E BRANCO

Projeto Experimental de caráter


profissional, requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em
Comunicação Social, com habilitação
em Jornalismo, apresentado nas
Faculdades Integradas Teresa D’Ávila.

Orientador: Me. Miguel Adilson de


Oliveira Júnior.

LORENA, 2010
S 729d Souza, Ariane Aparecida Fonseca de

Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto e branco.


Lorena: Ariane Fonseca - 2010.
149 f.

Projeto Experimental (Graduação em Comunicação Social


com habilitação em Jornalismo) – Faculdades Integradas
Teresa D’Ávila, 2010.
Orientador: Prof. Me. Miguel Adílson de Oliveira Júnior.

1. Corinthians. 2. Futebol. 3. Documentário.


I. Título II. Autor

CDU 796.072.3
ARIANE APARECIDA FONSECA DE SOUZA

ETERNA PAIXÃO:
100 ANOS DE UM AMOR EM PRETO E BRANCO

Projeto Experimental de caráter


profissional, requisito parcial para a
obtenção do grau de Bacharel em
Comunicação Social, com habilitação
em Jornalismo, apresentado nas
Faculdades Integradas Teresa D’Ávila.

Orientador: Prof. Me. Miguel Adilson


de Oliveira Junior.

BANCA EXAMINADORA

__________________________________________
Profº Mestre Miguel Adilson de Oliveira Junior
Faculdades Integradas Teresa D’Ávila

__________________________________________
Profª Doutora Eliane Freire de Oliveira
Faculdades Integradas Teresa D’Ávila

__________________________________________
Profº Mestre Maurílio do Prado Láua
Faculdades Integradas Teresa D’Ávila

Lorena, 6 de dezembro de 2010.


A minha vó corintiana Emília, que já está no céu, por me ensinar com a vida que
tudo é possível com determinação e coragem.
AGRADECIMENTOS

A Deus e Nossa Senhora Aparecida,


Por me abençoarem, darem forças e nunca me deixarem desistir deste projeto.

A minha família,
Lucinéa, minha mãe; Batista, meu pai; e Pollyana, minha irmã, que sempre me
apoiaram e tiveram paciência comigo durante este ano. Também aos meus avós,
tios e primos que ajudaram como puderam.

A Ednelson Prado,
Meu namorado, que me ajudou muito a concluir este documentário e me deu forças
nas horas mais difíceis. Foi o anjo que Deus e Nossa Senhora enviaram para não
me deixar desistir.

Aos amigos,
Da faculdade e do trabalho, pela compreensão durante este ano e pelo apoio dado.

A Ocimara Pereira,
Amiga da família que por algumas vezes me levou, gentilmente, a São Paulo para
realizar as gravações.

A Celso Unzelte,
Jornalista e historiador que cedeu imagens essenciais sobre o Corinthians que
faziam parte de seu arquivo pessoal para compor esse vídeo.

A Marília Ruiz,
Jornalista e torcedora corintiana, que passou o contato de fontes fundamentais para
este trabalho.

Ao professor Miguel Adílson de Oliveira Junior,


Meu orientador que ajudou a tornar esse sonho realidade.
“Somos do tamanho de nossos sonhos!”
Fernando Pessoa
RESUMO

SOUZA, Ariane Aparecida Fonseca de. Eterna paixão: 100 anos de um amor em
preto e branco. 2010. 149f. Trabalho de Conclusão de Curso (Bacharel em
Comunicação Social, com habilitação em Jornalismo) - Faculdades Integradas
Teresa D’Ávila, Lorena, São Paulo, 2010. [Orientador: Prof. Me. Miguel Adilson de
Oliveira Junior].

Este projeto experimental aborda na forma de documentário os fatos


marcantes do time de futebol Sport Club Corinthians Paulista que, em 2010,
completa cem anos. O objetivo do trabalho é destacar sua história centenária e
enfatizar a presença do torcedor nesta trajetória. O time possui a segunda maior
torcida do Brasil, totalizando cerca de 25 milhões de alvinegros, que empurram o
clube nos jogos, nas decisões e nas horas de tensão. Como ainda há poucos
documentários sobre o time paulista e o jornalismo esportivo carece de trabalhos
neste formato, fez-se necessário aproveitar o ano comemorativo para aprofundar a
história do Corinthians. Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto e branco
resgata, em aproximadamente 1h10, as principais histórias de um século de
acontecimentos mesclando depoimentos de ex-jogadores, jornalistas esportivos,
pesquisadores, torcedores rivais, e, é claro, quem faz a diferença no time: a Fiel
torcida.

Palavras-chave: Centenário, Corinthians, Documentário, Futebol, Torcida.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ................................................................................................. 11
2. TEMA ............................................................................................................... 13
3. JUSTIFICATIVA ............................................................................................... 14
4. OBJETIVOS ..................................................................................................... 15
5. CAPÍTULOS .................................................................................................... 16
5.1 SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA …................................................ 16
5.1.1 Momentos marcantes da história do clube ............................................ 18
5.1.2 Torcida Fiel ............................................................................................ 20
5.2 DOCUMENTÁRIO ......................................................................................... 22
5.2.1 Surgimento do documentário ................................................................ 23
5.2.2 Tipos de documentário .......................................................................... 26
5.3 PRÉ-PRODUÇÃO …...................................................................................... 28
5.3.1 Pesquisa ................................................................................................ 28
5.3.1.2 Análise de similares ................................................................. 29
5.3.2 Escolha das fontes ................................................................................ 30
5.3.2.1 Jogadores ................................................................................ 31
5.3.2.2 Torcedores ............................................................................... 32
5.3.2.3 Fontes especializadas ............................................................. 33
5.3.3 Montagem do pré-roteiro ...................................................................... 34
5.3.4 Burocracia ............................................................................................. 35
5.3.4.1 Direito de imagem …................................................................ 35
5.3.4.2 Contrato de prestação de serviços .......................................... 36
5.3.5 Orçamento …......................................................................................... 36
5.4 PRODUÇÃO .................................................................................................. 38
5.4.1 Contato com os entrevistados ............................................................... 38
5.4.2 Produção das pautas ............................................................................ 39
5.4.3 Gravações ............................................................................................. 39
5.4.3.1 Jogadores ................................................................................ 40
5.4.3.2 Torcedores ............................................................................... 42
5.4.3.3 Fontes especializadas ............................................................. 44
5.4.4 Imagens de arquivo ............................................................................... 45
5.4.1 Fotos ........................................................................................... 46
5.4.2 Vídeos ......................................................................................... 46
5.4.5 Trilha sonora ......................................................................................... 47
5.5 PÓS-PRODUÇÃO ......................................................................................... 49
5.5.1 Decupagem ........................................................................................... 49
5.5.2 Roteiro de edição .................................................................................. 49
5.5.3 Edição e finalização .............................................................................. 51
5.5.4 Escolha do título .................................................................................... 52
5.5.5 Análise do orçamento …........................................................................ 52
6. CONSIDERAÇÕES FINAIS ............................................................................ 54
BIBLIOGRAFIA …................................................................................................ 55
ANEXO A: Direitos de imagem ............................................................................ 57
ANEXO B: Contrato de prestação de serviços .................................................... 58
APÊNDICE A: Pré-roteiro .................................................................................... 63
APÊNDICE B: Roteiro de edição ......................................................................... 81
11

1. INTRODUÇÃO

Corintiana, a ideia de fazer um documentário sobre os 100 anos do


Corinthians, como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), nasceu na autora do
projeto em 2007 - já no primeiro ano de faculdade. O vídeo foi uma forma
desafiadora de exercer a imparcialidade jornalística, item fundamental a todo
repórter. Em 2008, a ideia inicial foi amadurecendo, junto com sucessivas leituras
sobre o formato escolhido e a trajetória do clube do Parque São Jorge. No final de
2009, a proposta foi colocada no papel para ser apresentada à faculdade e ao
orientador.
Além de fonte de consulta para amantes do Corinthians, o documentário é
essencial para o fomento a criação de produtos audiovisuais sobre o esporte –
realidade essa que não é explorada no Brasil. O Corinthians nasceu em setembro de
1910, num bairro operário de São Paulo. Nos primeiros anos, sofreu preconceito
para entrar na liga principal de futebol e teve dificuldades financeiras para se manter.
O torcedor, desde o início do clube, mostrou sua paixão pelo time ajudando-o a
enfrentar esses desafios.
Só contando a história das glórias alvinegras, o documentário se estenderia
para mais de duas horas. Como a proposta é criar algo objetivo e que não seja
cansativo, então, decidiu-se escrever o centenário do Corinthians valorizando a
figura do torcedor e enfatizando os fatos do clube que foram considerados mais
importantes. Na narrativa, dividida em dez blocos, há sete fragmentos da história
que serão explorados com mais intensidade: o nascimento e os primeiros anos do
clube; a época do tabu corintiano – em que o time paulista passou quase 23 anos
sem ganhar títulos importantes; a democracia corintiana; a década vitoriosa de 1990;
o campeonato Mundial, em 2000; a queda para a série B do campeonato Brasileiro,
em 2007; e o tabu com a taça Libertadores da América.
Como a intenção é valorizar o amor do corintiano pelo clube, escolheu-se
como título do documentário Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto e
branco para deixar claro que o personagem principal da narrativa é o torcedor. Por
fim, em aproximadamente 1h10, pode-se conhecer um pouco mais sobre a história
do Corinthians por meio de 24 entrevistados, dentre eles quatro jornalistas – dois
12

corintianos fanáticos; cinco jogadores; 11 alvinegros e quatro torcedores rivais.


Haverá sempre quem tenha um fato marcante que, eventualmente, não esteja
descrito aqui - algo inevitável em uma nação heterogênea. Por isso, a pretensão não
foi escrever a história definitiva do Corinthians, mas um ponto de vista sobre esse
time centenário. O produto não será comercializado, seu objetivo é ser portfólio para
a autora e servir como consulta para os amantes do futebol na internet.
13

2. TEMA

Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto e branco retrata a trajetória


do time de futebol brasileiro que nasceu, literalmente, do povo. Mais especificamente
no dia 1º de setembro de 1910, às 20h30, no Bom Retiro, bairro operário de São
Paulo que contava, principalmente, com imigrantes italianos, portugueses e
espanhóis. À luz de um lampião a gás, o clube foi fundado por Joaquim Ambrósio,
Carlos Silva, Rafael Perrone, Antônio Pereira e Anselmo Correia, na Rua dos
Imigrantes (atual José Paulino), nº 34.
O clube surgiu da inspiração do Corinthian Casuals Football Club, que passou
por São Paulo e Rio de Janeiro na época para disputar amistosos. O nome do
Corinthians, depois de muita discussão, também foi baseado no time inglês, com
apenas o acréscimo de um 's' no final da palavra. Nos primeiros anos de vida, o time
passou por dois tipos de dificuldades: financeira e pouco prestígio. Sem dinheiro
para comprar bola, uniformes e custear o aluguel do campo, os moradores do bairro
fizeram vaquinha para arrecadar fundos. Começa, então, desde 1910 a paixão dos
torcedores pelo clube paulista. Para driblar o preconceito da liga principal de futebol,
que não permitia a entrada do Corinthians na elite, somente o tempo, aliado a boas
campanhas em campo.
Em 1914, com apenas quatro anos de vida, o clube do Bom Retiro conquistou
o seu primeiro triunfo, vencendo o Campeonato Paulista de forma invicta. Depois
disso, foi ganhando espaço no futebol e, hoje, acumula inúmeros títulos. Entre altos
e baixos, nos cem anos de vida, o Corinthians conquistou o I Mundial de Clubes da
Fifa, em 2000; quatro campeonatos Brasileiros, em 1990, 1998, 1999 e 2005; três
Copas do Brasil, em 1995, 2002 e 2009; uma Supercopa do Brasil, em 1991; um
Brasileiro da série B, em 2007; cinco torneios Rio-São Paulo, em 1950, 1953, 1954,
1966 e 2002; e 26 campeonatos Paulistas. Tudo isso apoiado por mais de 25
milhões de alvinegros. E é nesse contexto de glórias e fracassos que surge o
documentário Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto e branco.
14

3. JUSTIFICATIVA

O Sport Club Corinthians Paulista é o time de futebol que mais intriga os


seus adversários. São cerca de 25 milhões de torcedores que acompanham os
lances, torcem, se emocionam e empurram o clube onde quer que ele esteja.
Embora a paixão da 'fiel', nome pelo qual são conhecidos os alvinegros, seja
motivo de discussões e pesquisas, ainda há poucos trabalhos no formato
documentário que resgatem a trajetória do time que afeta a vida de tantos
brasileiros. Sendo assim, é necessário um registro da história do clube,
principalmente pelo fato dele completar um século de história em 2010.
Muito além dos torcedores do Corinthians, o registro da trajetória do time,
que ou é amado ou odiado, é importante para o acervo de trabalhos audiovisuais
do futebol brasileiro. Resgatar as dificuldades, glórias e tropeços do clube que
nasceu do povo torna-se uma referência para o Jornalismo Esportivo.
O país do futebol ainda tem escassez de trabalhos acadêmicos que
explorem a história dos clubes e mesclem passado com presente. Eterna paixão:
100 anos de um amor em preto e branco pretende contribuir para o incentivo à
pesquisa documental no Jornalismo Esportivo, além de ser fonte de conhecimento
para a nação alvinegra que ainda não conhece a fundo a história do time.
Embora o esporte seja criticado por muitos acadêmicos como uma área não
condizente ao jornalismo – a Rede Globo de Televisão é um exemplo, pois dividiu
os núcleos de esporte e jornalismo -, visto a parcialidade e grau de intimidade com
as fontes, o presente documentário visa mostrar que ele pode, sim, ser uma
ramificação desta área tão importante para a sociedade.
Em suma, registrar a história do Sport Club Corinthians Paulista, além de
servir como referência para os torcedores e amantes do futebol, irá contribuir com o
escasso acervo documental em vídeo do esporte brasileiro. A ocasião da
comemoração dos cem anos de vida do time é uma oportunidade para a realização
de tal registro de forma mais abrangente e aprofundada.
15

4. OBJETIVOS

4.1 OBJETIVO GERAL

Produzir um documentário sobre o centenário do Sport Club Corinthians


Paulista, sem fins lucrativos, enfatizando o amor dos torcedores pelo clube. Não há
intenção de divulgar este trabalho posteriormente em redes de televisão, ele serve
apenas como portfólio para a autora e consulta para os amantes do futebol, na
internet.

4.2 OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Revelar os fatos marcantes do clube que tem a segunda maior torcida do


Brasil;
• Mostrar porque a torcida corintiana é chamada de 'fiel';
• Aumentar o acervo documental em vídeo sobre a trajetória do Sport Club
Corinthians Paulista;
• Contribuir com a disseminação do gênero documentário sobre futebol, ainda
escasso no Jornalismo Esportivo;
• Publicar o conteúdo do vídeo no blog www.arianefonseca.com para consulta
dos internautas gratuitamente.
16

5. CAPÍTULOS

5.1 SPORT CLUB CORINTHIANS PAULISTA

O clube paulista nasceu no dia 1 de setembro de 1910, sob a luz de um


lampião, às 20h30, no Bom Retiro - bairro operário de São Paulo que contava,
principalmente, com imigrantes italianos, portugueses e espanhóis. Os cinco
fundadores do time eram pessoas simples que, deslumbradas com o Corinthian
Casuals Football Club, time inglês que passou por São Paulo e Rio de Janeiro na
época para disputar amistosos, decidiram criar um clube de futebol. Joaquim
Ambrósio e Antônio Pereira eram pintores de parede. Raphael Perrone, sapateiro.
Anselmo Corrêa, cocheiro, e Carlos Silva, trabalhador braçal.
De acordo com Unzelte (2010, p. 12), a decisão de criar o clube aconteceu
no dia 31 de agosto de 1910, quando esses cinco operários estiveram no
Velódromo de São Paulo assistindo a vitória por 2 a 0 do Corinthian em cima da
Associação Atlética das Palmeiras. “Entusiasmados com o que viram, eles se
reuniram naquela mesma noite, sob a luz de um lampião, na esquina da Rua dos
Imigrantes para a fundação de um novo time de futebol”.
Segundo a Revista Veja São Paulo – edição especial do centenário do
Corinthians (2010, p. 12) -, foi na noite seguinte, juntando-se a eles outros
moradores do bairro, que oficialmente foi criado o clube. É o dia 1º de setembro a
data oficial considerada da criação do Corinthians.

“Mais oito pessoas contribuíram com 20.000 réis e também foram


consideradas sócias-fundadoras: Alexandre Magnani (fundidor), Miguel
Bataglia (fiscal da Light), Antônio Nunes (alfaiate), César Nunes (pintor de
parede), Salvador Lopomo (macarroneiro), Antonio Vizzone, Emílio Lotito e
Jorge Campbell (esses três viriam a abrir uma confeitaria com Magnani)”
(VEJA SÃO PAULO, 2010, p. 12).

Para decidir o nome do time várias reuniões foram feitas. Entre tantos
nomes sugeridos, como Santos Dumont e Carlos Gomes, acabou vingando Sport
Club Corinthians Paulista – sugestão de Joaquim Ambrósio, em homenagem ao
time inglês que inspirou a criação daquele clube -, com toque final de Miguel
Bataglia – que acabou se tornando o primeiro presidente do clube recém fundado.
17

O mais antigo registro existente sobre a fundação do Corinthians data de 22


de setembro de 1910, dia em que os jornais 'O Estado de S. Paulo' e 'O Comércio
de S. Paulo' publicaram a mesma nota (provavelmente emitida pelo próprio clube).
O começo da nota dizia as seguintes frases: “Com o nome de Sport Club
Corinthians Paulista, fundou-se nesta capital mais uma sociedade sportiva, com o
fim de desenvolver o conhecido e apreciado Sport bretão” (UNZELTE, 2010, p. 12).
Nos primeiros anos de vida, o time passou por dois tipos de dificuldades:
financeira e de pouco prestígio. Unzelte (2010, p. 12) conta em seu livro 'Timão 100
anos, 100 jogos, 100 ídolos' como foi a compra da primeira bola: “6 mil réis custou
a primeira bola corintiana, comprada pelo tesoureiro João da Silva em uma loja da
rua São Caetano, em São Paulo. O dinheiro foi arrecadado com a vizinhança do
bairro do Bom Retiro”. Para driblar o preconceito da liga principal de futebol, que
não permitia a entrada do Corinthians na elite, somente o tempo, aliado a boas
campanhas em campo, puderem resolver.
Em 1913, o Corinthians conseguiu entrar na Liga para disputar o seu
primeiro título Paulista, ficando em quarto lugar. Além da boa campanha, o
campeonato ainda serviu para revelar o seu primeiro grande ídolo: Manuel Nunes,
o Neco - que brilharia no time durante os anos 10 e 20. No ano seguinte, veio o
primeiro título: o campeonato Paulista de 1914, conquistado de forma invicta. Daí
para frente, o Corinthians só cresceu. Em 1916, foi novamente campeão invicto do
Paulista; em 1922, 23 e 24, conquistou seu primeiro tricampeonato; e, em 1928, 29
e 30, repetiu a dose se consagrando mais uma vez tri campeonato estadual. No
final da década de 30, conquistou pela terceira vez um tri: em 1937, 38 e 39, feito
histórico, pois só o Corinthians é três vezes tri campeão Paulista até hoje.
Na década de 1940, as dificuldades começaram a aparecer: o time passou
quase dez anos sem ganhar títulos importantes, somente conquistou o Paulista de
1941. Na década de 1950, entretanto, os anos de ouro voltaram a brilhar. Foi
campeão do ressuscitado Rio-São Paulo, em 1950; campeão Paulista, em 1951 -
quebrando um jejum que já chegava aos dez anos; bi estadual em 1952; campeão
da pequena Taça do Mundo, na Venezuela, em 1953; bi do Rio-São Paulo, em
1953 e 54; e campeão do Torneio Internacional Charles Miller, em 1955. O ano de
18

1954 foi, ainda, o da conquista do IV Centenário da fundação de São Paulo (o time


que ganhasse o campeonato Paulista daquele ano levaria a taça).
Depois desta volta gloriosa, o Corinthians enfrentou o maior jejum de sua
história: passou quase 23 anos sem ganhar títulos importantes. Só voltou a vencer
em 1977, conquistando o campeonato Paulista em cima da Ponte Preta, em uma
final muito disputada. Nesta época, a torcida corintiana cresceu consideravelmente.
Em 1969, durante este tabu, nasceu os Gaviões da Fiel – a maior torcida
organizada do Corinthians e uma das maiores do Brasil. Em 1976, os alvinegros
deram uma demonstração de amor ao time invadindo o Maracanã, no Rio de
Janeiro, para a semifinal do campeonato Brasileiro daquele ano.
Depois de 1977, o Corinthians voltou a ser campeão em 1979, com mais um
título Paulista. Na década de 80, inspirado pela 'democracia corintiana' – na qual os
jogadores participavam nas decisões do clube – o time levantou um bi Paulista, em
1982 e 1983. Em 1988, veio outro título estadual para a galeria do Timão. Na
década de 1990, o Corinthians brilhou novamente, começando o período com o
inédito campeonato Brasileiro. No Paulista, o time foi campeão em 1995, pela
primeira vez com vitória sobre o rival Palmeiras em uma final. Repetiu o feito em
1997, sobre o São Paulo, e em 1999, com direito a embaixadinhas de Edílson no
jogo decisivo, de novo com o Palmeiras. No âmbito nacional, firmou-se de vez,
ganhando sua primeira Copa do Brasil, em 1995, e transformando a então
conquista solitária de 1990 em um tri, com o bicampeonato brasileiro de 1998 e
1999. A tristeza da década foram as duas desclassificações seguidas da Taça
Libertadores da América – único título que o Corinthians ainda não tem.
Na década de 2000, o Corinthians começou conquistando o I Mundial de
Clubes da Fifa, em cima do Vasco, no Rio de Janeiro. Depois, vieram três
Paulistas, em 2001, 2003 e 2009; duas Copas do Brasil, em 2002 e 2009; um
torneio Rio-São Paulo, em 2002; um Brasileiro, em 2005; e um Brasileiro da série
B, em 2007. Foi nesta queda, aliás, que o corintiano demonstrou mais uma vez seu
amor fiel ao clube.

5.1.1 Momentos marcantes da história do clube


19

Como pode-se notar, só contando a história das glórias alvinegras, o


documentário ia se estender para mais de duas horas. Como a proposta é criar algo
objetivo e que não seja cansativo, então, decidiu-se contar a história do clube por
meio de duas perspectivas: primeiro pela visão da autora sobre os fatos marcantes
da história do time paulista e, segundo, enfatizando a figura do torcedor.
Na narrativa, dividida em dez blocos, há sete fragmentos da trajetória
centenária do time paulista que serão explorados com mais intensidade: o
nascimento e os primeiros anos do clube; a época do tabu corintiano – em que o
time paulista passou quase 23 anos sem ganhar títulos importantes; a democracia
corintiana; a década vitoriosa de 1990; o campeonato Mundial, em 2000; a queda
para a série B do campeonato Brasileiro, em 2007; e o tabu com a taça Libertadores
da América.
Escolheu-se enfatizar o nascimento e os primeiros anos para contar as
primeiras dificuldades do clube, mostrar a história da rivalidade dele com o
Palmeiras, que também nasceu na década de 1910, e apresentar como foi a
aquisição do Parque São Jorge – estádio do clube até hoje. Quanto à época do
tabu corintiano, notou-se que era fundamental explicar como foram os quase 23
anos que o time viveu sem a conquista de títulos importantes. Esta é a parte mais
rica do trabalho, com depoimentos de jornalistas, alvinegros e torcedores rivais.
A 'democracia corintiana' também ganhou um pouco de destaque por ser um
movimento criado no Corinthians que, de certa forma, influenciou os brasileiros na
época da Ditadura Militar. As glórias de 1990 ganharam espaço no documentário
por se tratar da década na qual o Corinthians ganhou seu primeiro campeonato
Brasileiro, depois de tantos títulos estaduais.
O Mundial de 2000 é o título mais importante do clube, portanto, não poderia
deixar de ser explorado com mais detalhes. Assim como a queda para a série B do
campeonato Brasileiro que, apesar do momento de tristeza, mostrou a força da fiel
torcida. Por fim, optou-se por dar um enfoque para as derrotas do Corinthians na
Taça Libertadores da América para tentar mostrar aos que virem o produto final o
porquê do clube não conseguir vencer o campeonato, além de enfatizar como os
alvinegros encaram esse tabu.
20

5.1.2 Torcida Fiel

Outro ponto forte no documentário, aliás, o mais importante, é a relação dos


torcedores do Corinthians com o clube. Desde a fundação do time, em 1910, que
os alvinegros demonstram um amor diferente, ajudando no que podem, inclusive,
com a compra da primeira bola por meio de uma vaquinha pela vizinhança do Bom
Retiro, como citou Unzelte (2010, p. 12).
Depois disso, a paixão veio novamente de forma intensa entre 1954 e 1977,
quando o Corinthians ficou quase 23 anos sem vencer e, ainda assim, a torcida fiel
continuou a crescer. Nesta época, ainda, nasceu a maior torcida organizada do
clube, os Gaviões da Fiel, com o objetivo de lutar pelos interesses do time.
Em 1976, aconteceu o ápice deste amor, quando 70 mil corintianos
invadiram o Maracanã para assistir Fluminense e Corinthians, pela semifinal do
campeonato Brasileiro daquele ano. Em seu livro 'Timão 100 anos, 100 jogos, 100
ídolos', Unzelte (2010, p. 107), fala sobre o episódio:

“Foi o maior deslocamento humano em tempos de paz e, provavelmente, o


maior de todos os tempos em função de um evento esportivo. [...] A
maioria chegou em ônibus fretados pelas torcidas organizadas, mas
alguns foram de bicicleta e outros até a pé. Calcula-se que cerca da
metade das 146.043 pessoas presentes naquele dia – até hoje, o maior
público pagante em um jogo do Corinthians – eram corintianos”
(UNZELTE, 2010, p. 107).

O jogo terminou empatado por 1 x 1 e o Timão ganhou nos pênaltis. Apesar


da demonstração de amor da torcida, na final contra o Internacional, no Rio Grande
do Sul, o Corinthians deixou escapar o título. Somente no dia 13 de outubro de
1977, com um gol de Basílio aos 36 minutos do segundo tempo - depois de 22
anos, oito meses e sete dias de jejum - o clube paulista conseguiu ganhar um
campeonato e levou a torcida ao delírio. Na Revista Online – especial 'O mundo do
futebol' (2005, p. 32) - consta o seguinte depoimento sobre o fato histórico:

“Jovens que nunca haviam visto o seu time campeão se abraçavam a


velhos corintianos que viviam de lembranças, de amargas saudades.
Soube-se, depois, que naquela manhã de quinta-feira, na concentração, o
técnico Oswaldo Brandão, chamado de velho mestre, que todos sabiam
ser espiritualista, chamou Basílio de lado e lhe disse: - Eu tive um sonho.
21

Neste sonho, você fez o gol da vitória, o gol do título” (REVISTA ONLINE,
2005, p. 32).

Em 2007, na queda do clube para a série B do campeonato Brasileiro, outra


vez os alvinegros mostraram porque são chamados de fieis. Os torcedores lotaram
todos os jogos e empurraram o time embalados pela canção, criada por eles
mesmos: 'Eu nunca vou te abandonar porque eu te amo'. É claro que houve outros
momentos em que a torcida se destacou, mas, no conteúdo deste documentário,
são essas histórias que vão embalar a narrativa.
22

5.2 DOCUMENTÁRIO

A escolha do formato usado para registrar os cem anos do Sport Club


Corinthians Paulista foi uma das partes mais conflitantes na pré-produção do
projeto, em razão da dúvida em optar pelos gêneros grande reportagem e
documentário. Atualmente, nos estudos da área de telejornalismo, ao buscar
definições para estes métodos de gravação, têm-se uma polêmica. Pode-se afirmar
que a linha divisória entre os dois tipos de produção é tênue, como aponta o artigo
'Documentário e vídeo-reportagem: uma contribuição ao ensino de telejornalismo',
apresentado no 9º Fórum Nacional de Professores de Jornalismo, em 2006, por
Ana Paula Silva Oliveira, Ivete Cardoso do Carmo-Roldão e Rogério Eduardo Bazi.
A bibliografia sobre as diferenças de ambos os formatos é escassa e houve
uma grande dificuldade para encontrar aspectos que ajudassem a definir como o
trabalho seria realizado. Depois de uma vasta pesquisa, optou-se pelo gênero
documentário por este se mostrar o mais apropriado para aprofundar a história do
clube, resgatando a sua memória. Além da característica marcante do caráter
autoral do documentário. Ressalta-se que, de acordo com Ramos (2008, p. 22), um
documentário é sempre o recorte de uma realidade a partir da escolha e ponto de
vista de um indivíduo.

“O documentário é uma narrativa basicamente composta por imagens-


câmera, acompanhada muitas vezes de imagens de animação, carregadas
de ruídos, música e fala, para as quais olhamos, em busca de asserções
sobre o mundo que nos é exterior, seja esse mundo coisa ou pessoa. Em
poucas palavras, documentário é uma narrativa com imagens-câmera, que
estabelece asserções sobre o mundo, na medida que haja um espectador
que receba essa narrativa como asserção sobre o mundo” (RAMOS, 2008,
p. 22).

Ou seja, ao contrário dos filmes de ficção, o documentário se baseia na


realidade, mostrando um mesmo fato por várias perspectivas. Segundo Souza
apud Ramos (2008, p. 22), a proposta de todo documentário é buscar o máximo de
informações sobre um tema, o que, consequentemente, aumenta a duração do
trabalho, diferenciando-o das grandes reportagens. Entretanto, por mais que o
documentário tenha consolidado algumas características, é difícil determinar o que
ele é realmente. O formato é um gênero cinematográfico que pode incorporar
23

características do cinema ou da TV. Isto dependerá, inclusive, de qual será o seu


destino do mesmo: o cinema ou a televisão.
A principal característica do formato é o fato dele ser um discurso pessoal
contando, ou relatando um evento (que pode ser desde uma manifestação política
a uma biografia de uma pessoa), priorizando algumas exigências mínimas de
verossimilhança, literalidade e registro in loco.

5.2.1 Surgimento do documentário

De acordo com Ramos (2008, p. 22), historicamente, o documentário surgiu


nas beiradas da narrativa ficcional, da propaganda e do jornalismo. É um gênero
cinematográfico que teve seu início praticamente ao mesmo tempo em que o
próprio cinema. O difícil é definir a primeira representação de cinema e como ela
sucedeu, pois costuma ser um tema polêmico. Alguns autores gostam de apontar o
dia 28 de dezembro de 1895, quando os irmãos Lumière, inventores do
cinematógrafo, projetaram as primeiras imagens no Salão Indien, em Paris, como a
data oficial de fundação. Rizzo (2004, p. 10) afirma:

“Em 1895 os filmes curtos dos irmãos franceses Auguste e Louis Lumière
registravam cenas cotidianas em diversas regiões do planeta, fundando o
documentário com as célebres imagens de ‘A chegada do trem a estação
de La Ciotat’. […] O documentário ganhou força nas lentes de ferrenhos
opositores da ficção no cinema, entre eles o soviético Dziga Vertov, que na
década de 20 formou o grupo Kinoki, que assinou manifestos em defesa
do “cinema-olho”. Suas ideias deram origem a documentários clássicos
como ‘Câmera-olho’ e ‘Um homem com uma câmera’” (RIZZO, 2004, p.
10).

O termo documentário foi utilizado pela primeira vez nos anos 20 pelo
sociólogo John Grierson, no jornal The New York Sun, ao comentar os filmes de
Robert Flaherty. Nessa publicação, o estudioso definiu o gênero documentário
como o “tratamento criativo da atualidade”. O documentário desenvolveu e
consolidou suas características a partir do movimento documentarista britânico nos
anos 30. Há dois momentos que marcam o documentarismo no mundo: o
documentário clássico e o documentário direto/verdade.
24

O documentário clássico, em resumo, se estrutura a partir de um argumento


desenvolvido por uma narração em off, ilustrado por imagens e exemplificado ou
comprovado por entrevistas ou depoimentos. Uma das características mais
importantes é o recurso da voz over, também chamada voz de Deus, que nada
mais é do que a narração, do início ao fim, que explica, comenta e antecipa cada
plano ou cena, envolvendo todo o filme numa atmosfera de onipresença e suprema
sabedoria. Conforme aponta Ramos (2008, p. 25), também são próprios à narrativa
documentária clássica a “utilização de imagens de arquivo, rara utilização de atores
profissionais, intensidade particular da dimensão da tomada”.
Quanto ao cinema direto (termo americano) e verdade (termo francês), a
definição cruzada de suas faces, que representa um mesmo estilo (o documentário
novo), pode levar a confusões. Sobre isso, Ramos (2008, p. 273) ainda escreve:

“As diferentes tradições terminológicas em torno dos conceitos de direto ou


verdade, utilizadas para designar o novo documentário, são fluídas e
variam de país para país, de autor para autor, de cineasta para cineasta,
de acordo com a variedade linguística, preocupações com contratações
secundárias dos termos e idiossincrasias idiomáticas” (RAMOS, 2008, p.
273).

As primeiras experiências com a nova estilística documentária surgem com a


revolução tecnológica do final dos anos 1950, provocada pelo aparecimento de
novos aparelhos portáteis de gravação de som e imagem – como aponta Ramos
(2008, p. 273), em seu livro 'Mas, afinal... o que é mesmo documentário?'. No
primeiro momento do cinema direto, acredita-se numa posição ética centrada no
recuo do cineasta em seu corpo-a-corpo com o mundo. O sujeito está em uma
posição observativa e não interativa, para utilizarmos a terminologia criada pelo
crítico norte-americano Bill Nichols.
Mas Jean Rouch, ao trazer para o primeiro plano a entrevista e o
depoimento, e também a encenação dramática, inaugura com 'Crônica' uma nova
forma estilística, que terá em seu eixo um modo mais interativo e reflexivo de ação
do “sujeito-da-câmera na tomada”, como gosta de usar Ramos (2008, p. 273). Ao
documentário com estilo participativo no embate com o mundo na tomada,
utilizando entrevistas e com a ação direta do cineasta, deu-se o nome de cinema
verdade.
25

O importante para se saber sobre o documentário novo, também chamado


de contemporâneo, é que, nele, as vozes parecem misturadas na maneira de
postular. A voz do saber, em sua nova forma, perde a exclusividade da modalidade
over. Como afirma Ramos (2008, p. 24), “ainda temos a voz over, mas os
enunciados assertivos são assumidos por entrevistas, depoimentos de
especialistas, diálogos, filmes de arquivo”. O documentário, portanto, se caracteriza
como narrativa que possui vozes diversas que falam do mundo, ou de si. Dentre
outras características, o novo formato busca registrar a realidade tal como ela é,
sem roteiro prévio, baseando-se no improviso. Este estilo possui, ainda, quase a
mesma estrutura que os filmes de ficção, portanto, exige mais recursos financeiros
e uma equipe maior. Como aponta Ramos (2008, p. 280):

“O estilo que define o novo documentário direto é diversificado, o que


afasta qualquer tentativa de defini-lo em fórmulas fechadas. O som direto
tem um parceiro inseparável no coração dos jovens documentaristas dos
anos 1960: uma nova máquina-câmera, móvel, pequena, ágil, leve,
concebida para ser sustentada longe do tripé, a maioria das vezes em 16
mm, dotada de negativos com sensibilidade aguçada à luz, com um novo
e potente zoom (12/120') para tomadas em primeiro plano à distância,
além de lente grande-angular e visores reflex que liberam o olho do
fotógrafo” (RAMOS, 2008, p. 280).

Quando a televisão começou a crescer, houve um fortalecimento do


documentário, já que ele é um formato que se adequou rapidamente ao formato
televisivo. A partir dos anos 80, surgiram nos Estados Unidos e na Europa canais
com programação especializada neste formato. No Brasil, o documentário - do
inicio do falado até o surgimento da geração cinemanovista -, de acordo com
Ramos (2008, p. 320), articula-se basicamente em torno do Instituto Nacional do
Cinema Educativo (Ince) e na figura de nosso principal diretor do final do mudo,
Humberto Mauro. Seu trabalho de documentarista cobre cerca de trinta anos, entre
1936 e 1964, e encontra-se geralmente à sombra do breve sucesso no cinema de
ficção.
Para o documentário Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto e
branco foi escolhido o modelo clássico, por se tratar de uma obra que resgata a
história centenária do Corinthians por meio de depoimentos e imagens de arquivo.
26

A única característica do formato que não foi usada foi a voz over, substituída pelos
intertítulos (como será explicado mais adiante).

5.2.2 Tipos de documentário

A partir de sua postura metodológica diante da realidade abordada, o


documentário pode apresentar características diferenciadas. Chamadas de modos
de representação se classificam em seis categorias, de acordo com Nichols (2005,
p. 20): poético, expositivo, participativo, observativo, reflexivo e performático.
No modo poético, são enfatizadas associações visuais, qualidades tonais ou
rítmicas, passagens descritivas e organização formal. Ele evidencia a subjetividade
e se preocupa com a estética. Em relação à construção do texto, podem-se usar
poemas e trechos de obras literárias.
No modo expositivo, por outro lado, são enfatizados o comentário verbal e
uma lógica argumentativa. É o modo como a maioria das pessoas identifica um
documentário. Ele preocupa-se mais com a defesa de argumentos do que com a
estética e subjetividade. Para isso, um dos recursos utilizados é o casamento
perfeito entre o dito e o mostrado.
No modo observativo, o engajamento direto do cotidiano das pessoas que
representam o tema do cineasta, conforme são observadas por uma câmera
discreta, é valorizado. O documentarista busca captar a realidade tal como
aconteceu. Para isso, evita qualquer tipo de interferência que caracterize
falseamento da realidade. Dessa maneira, há pouca movimentação de câmera,
trilha sonora quase inexistente e não há narração, uma vez que as cenas devem
falar por si mesmas.
O modo participativo é caracterizado pela interação de cineasta e tema. A
filmagem acontece em entrevistas e outras formas de envolvimento ainda mais
direto. Frequentemente são utilizadas imagens de arquivo para examinar questões
históricas. Dessa forma, o documentarista torna-se um sujeito ativo no processo de
gravação, pois aparece em conversa com a equipe e provoca o entrevistado para
que este fale.
27

O modo reflexivo chama a atenção para as hipóteses e convenções que


regem o cinema documentário. Aguça nossa consciência da construção da
realidade feita pelo filme. Nos filmes em que esse modo de representação
prevalece nota-se como é a reação do grupo pesquisado diante da câmera e do
seu realizador.
Por fim, no modo performático, caracteriza-se pela subjetividade e pelo
padrão estético adotado, utilizando as técnicas cinematográficas de maneira livre.
Pertencem a esse modo os filmes de vídeo-arte e cinema experimental e
vanguarda.
O documentário em questão faz parte do modo expositivo. A diretora
entrevista e utiliza imagens de arquivo para argumentar e mostrar seu ponto de
vista, mas há também características fortes do modo participativo. Um
documentário pode ter características de mais de um modo, mas na maioria das
vezes um deles prevalece como o mais importante e visível.
28

5.3 PRÉ-PRODUÇÃO

A pré-produção do documentário Eterna paixão: 100 anos de um amor em


preto e branco foi a parte mais tranquila na elaboração do projeto. Apesar da
dificuldade em definir o formato, grande reportagem ou documentário, a
diversidade de livros contando a história do Corinthians facilitou esta etapa. Foram
utilizadas referências bibliográficas de livros, revistas e artigos científicos, além de
acervo audiovisual para finalizar a primeira etapa do vídeo em questão.

5.3.1 Pesquisa

Rosenthal apud Soares (2009, p. 85) lista quatro fontes de pesquisa:


material impresso, material de arquivo (filmes, fotos, arquivos de som), entrevistas
e pesquisa de campo nas locações de filmagem. Seguindo estas quatro etapas, o
autor ainda afirma que:

“O documentarista deverá ler tudo aquilo que for possível, dentro dos
limites de tempo disponíveis para a produção, referente ao assunto
escolhido; fazer um exaustivo levantamento de material de arquivo, entre
fotos, filmes e arquivos sonoros, buscando garantir permissão para uso
no filme; fazer pré-entrevistas com todas as pessoas que possam estar
envolvidas com o tema; além de visitar os locais de filmagem para se
familiarizar com o espaço físico e com as pessoas que os habitam. (...)
Cabe ao documentarista aprofundar seu conhecimento sobre o assunto
se certificando da quantidade e qualidade de matéria visual e textual
disponível para o filme além da real viabilidade de todas as possíveis
locações” (SOARES, 2009, p. 85).

Com exceção de visitar o local antes da gravação, por questão financeira, a


primeira parte do projeto foi embasada nesta citação. Quanto à pesquisa
bibliográfica sobre o formato, primeiro item pesquisado, as principais obras que
contribuíram para a estruturação do documentário foram 'Introdução ao
Documentário', de Bill Nichols; 'O Documentário de Eduardo Coutinho: televisão,
cinema e vídeo', de Consuelo Lins; 'Mas afinal... O que é mesmo documentário',
de Fernão Pessoa Ramos e 'Roteiro de documentário: da pré-produção à pós-
produção', de Sérgio Puccini Soares. Todas essas obras contribuíram para
29

entender o universo do documentário, visto que a autora nunca tinha trabalhado


com este formato.
Em relação à pesquisa bibliográfica sobre o tema, os livros que mais
contribuíram para a parte da pesquisa foram 'Timão 100 anos, 100 jogos, 100
ídolos' e 'Almanaque do Timão', de Celso Unzelte; 'Corinthians, paixão e glória', de
Juca Kfouri; e 'Corinthians - É preto no branco', de Washington Olivetto. Além das
revistas 'Veja São Paulo', edição especial do centenário; e 'Revista Online', edição
especial 'O mundo do futebol'. Como citado acima, há muito conteúdo sobre a
história do Corinthians no mercado, então, optou-se por resumir da melhorar
maneira possível cem anos em um produto que não fosse cansativo, mas que
também não deixasse de abordar assuntos importantes.

5.3.1.2 Análise de similares

Além da pesquisa em livros, revistas e artigos, também foram analisados


outros documentários para a produção do vídeo em questão. Sobre o Corinthians,
os produtos utilizados foram 'Fiel', dirigido por Andrea Pasquini; '23 anos em 7
segundos – o fim do tabu corintiano', de Di Moretti e Julio Xavier; e 'Todo poderoso',
com direção de Ricardo Aidar e André Garolli. Mas somente as obras referentes a
história do clube não foram suficientes para criar um modelo para Eterna paixão:
100 anos de um amor em preto e branco. Então, foram recorridos a outras
produções do gênero, como 'Nada vai nos separar – Os 100 anos do Sport Club
Internacional', de Saturnino Rocha; 'Pelé eterno', dirigido por Anibal Massaini; e
'Ônibus 174', de José Padilha. A escolha pela análise de documentários com forte
apelo para imagens de arquivo foi proposital, para se ter uma noção de como contar
uma história com este estilo de forma criativa e sem ser cansativo.
Com 'Fiel', filme lançado em 2008 para contar a saga da torcida corintiana
durante 2007 - ano da queda do Corinthians para a série B do campeonato Brasileiro
-, percebeu-se que é preciso tomar cuidado com o excesso de fontes. O vídeo ficou
mais preocupado com o testemunho dos torcedores – que eram muitos - do que em
mostrar imagens deles em campo, apoiando a torcida. E em documentário, a
imagem é muito importante para não tornar a narrativa cansativa. Por outro lado, viu-
30

se que usar os próprios entrevistados para contar a história é mais interessante do


que utilizar o off, também chamado de voz over.
Em '23 anos em 7 segundos – o fim do tabu corintiano', produzido em 2009
para narrar os anos de 1954 a 1977, em que o Corinthians não ganhou nem um
título importante, comprovou-se o que já tinha se constatado com 'Fiel': a pluralidade
de fontes é fundamental. Nem tantos jogadores, nem tantos torcedores, nem tantas
fontes especializadas. O equilíbrio é essencial para o sucesso do produto. E, nisso,
a obra se saiu muito bem, pois soube mesclar estes itens, além de valorizar a
imagem e também vetar o off.
'Todo poderoso', lançado este ano para comemorar o centenário do
Corinthians, também foi muito importante na fase de criação do produto. Ele
conseguiu mostrar como unir cem anos em um vídeo criativo e interessante. O único
problema, que, aliás, foi o mesmo encontrado em 'Nada vai nos separar' foi o tempo
de duração do documentário. Ambos têm mais de 1h40 de vídeo o que, por mais
que o telespectador goste do assunto, acaba se tornando cansativo em dado
momento.
Em 'Pelé eterno', que narra a vida do ex-jogador do Santos, Pelé, também se
pôde ver a importância de mesclar as fontes. O trabalhado mostra a trajetória do
craque por meio de depoimentos de ex-jogadores, amigos e celebridades, além da
exibição de vários de seus gols, principais jogadas e fatos que marcaram sua
carreira. Por fim, com 'Ônibus 174', concluiu-se que não utilizar off, realmente, é um
recurso interessante. O documentário relata o incidente que aconteceu no dia 12 de
junho de 2000, no Rio de Janeiro, que culminou com a morte do sequestrador
Sandro do Nascimento e de uma de suas reféns. Com imagens das emissoras de
televisões e gravações próprias, o diretor José Padilha constrói uma narrativa dupla
que mostra o desenrolar do sequestro e a trajetória pessoal de Sandro intercalados
com depoimentos. O autor conseguiu mesclar o passado com o presente de uma
maneira muito criativa, o que levou a reflexão sobre a importância de também utilizar
da criatividade na hora de produzir o trabalho em questão.

5.3.2 Escolha das fontes


31

A escolha das fontes foi uma parte complicada do projeto, pois eram muitas
possibilidades. Entretanto, tinha-se em mente a consciência de que o vídeo não
poderia se tornar longo e cansativo, logo, o número de depoimentos deveria ser bem
planejado. Na lista inicial, foram sugeridos 80 nomes, entre torcedores, jogadores,
técnicos, o atual presidente, jornalistas e historiadores. Como era inviável cumpri-lá,
este número foi reduzido para 45 já na fase de produção do trabalho. Depois de
muita pesquisa e dificuldade para conseguir o contato de alguns entrevistados
escolhidos, a lista inicial foi novamente reduzida para 24. Esse é o número de
pessoas que contribuíram, com seus testemunhos, para a elaboração de Eterna
paixão: 100 anos de um amor em preto e branco. A mudança de alguns
personagens e a redução do número inicial se deu, principalmente, pela dificuldade
de contato devido a Copa do Mundo, que ocorreu nesse ano.
Não foi possível gravar com Andrés Sanchez, o atual presidente, nem
membros da diretoria e da comissão técnica, como pensando inicialmente, porque o
Corinthians criou um documentário oficial sobre o centenário do clube, o que
dificultou bastante o contato com a Assessoria de Imprensa. Em relação a atletas do
atual elenco, optou-se por não usá-los por acreditar que o trabalho é histórico e há
personagens mais importantes. Então, este projeto é feito com torcedores do time e
rivais, jornalistas, um pesquisador da história do futebol e ex-jogadores.

5.3.2.1 Jogadores

Dentre 1.251 jogadores que já vestiram a camisa alvinegra, escolheu-se cinco


para representar o Corinthians no documentário de acordo com os fragmentos da
história do clube que queria-se enfatizar. José Roberto Basílio, que foi meia-direita
do time de 1975 a 1981, foi escolhido por ser o responsável de tirar o Corinthians
da fila de quase 23 anos sem ganhar títulos importantes. O jogador virou herói da
noite para o dia por ter feito o gol da vitória, na final do Campeonato Paulista, contra
a Ponte Preta, no dia 13 de outubro de 1977. Ele participou de 253 jogos e fez 29
gols durante sua carreira no clube.
Wladimir Rodrigues dos Santos, lateral-esquerdo que jogou de 1972 a 1985
e, depois, em 1987, entrou no projeto por ser o atleta que mais vezes vestiu a
32

camisa alvinegra e, também, para representar o período da democracia corintiana.


Ele é um dos autores da iniciativa, que, em meio à ditadura militar no Brasil,
cobrava mais participação dos jogadores nas decisões referentes ao clube. Ele
participou de 803 jogos, fazendo 34 gols.
Outro ex-jogador escolhido foi José Ferreira Neto, meia-esquerda que jogou
no Corinthians de 1989 a 1993. O atleta foi um dos mais importantes na conquista
do 1° Campeonato Brasileiro do time paulista. Além disso, é um dos jogadores
mais queridos da fiel torcida. Ele participou de 228 jogos, totalizando 80 gols. O
irreverente atacante Claudinei Alexandre Pireis, apelidado de Dinei, também foi
escolhido para o trabalho. O ex-jogador esteve presente em quase todos os títulos
importantes conquistados pelo clube na década de 90 e é o único que participou
dos três primeiros Brasileiros – em 1990, 98 e 99. Ele jogou 117 jogos, fazendo 34
gols.
Por fim, entre os ex-jogadores, também foi escolhido o meia-direita Marcelo
Pereira Surcin, conhecido como Marcelinho Carioca. O ex-atleta conquistou três
campeonatos Paulistas pelo Corinthians (em 1995, 97 e 99), dois Brasileiros (em
1998 e 99), uma Copa do Brasil (em 1995) e o mais importante título da história do
clube: o Campeonato Mundial da Fifa, em 2000. Com 372 jogos e 180 gols, esteve
no time de 1994 a 1997, de 1998 a 2001 e em 2006.

5.3.2.2 Torcedores

Destaque no documentário, a escolha de torcedores corintianos que


representassem a fiel torcida no vídeo não foi uma tarefa fácil. Afinal, são 25
milhões de alvinegros. Como o custo das viagens para são Paulo era alto - devido
à necessidade de levar cinegrafista, combustível, motorista, entre outros -, decidiu-
se procurar pelo Vale do Paraíba ícones fanáticos e que pudessem contribuir para
o projeto. Foi nessa busca que Helena Rodrigues, Guilherme Rocco, José Batista
de Souza, José Mauro de Souza, Carlos de Lima e Carlos Rodrigo foram
encontrados. Todos recheados de amor e com boas histórias sobre o fanatismo
pelo time paulista para contar.
33

Além destes, fecham o grupo de torcedores Luiz Carlos, membro dos


Gaviões da Fiel – maior torcida organizada do Corinthians e uma das maiores do
Brasil -; Paulo Elorza, representante da velha-guarda dos Gaviões da Fiel; e
Moysés Ferreira, torcedor que completou cem anos também em 2010.
Representando os rivais, estão Cláudio Nicolini, torcedor do Santos;
Demetrius Figueiredo, do Palmeiras; Elisandro Bartolomedi, do Internacional; e
Thalita Miranda, do São Paulo – todos são do Vale do Paraíba. Foram escolhidos
apenas estes times para o documentário porque eles fazem parte marcante da
história do clube.

5.3.2.3 Fontes especializadas

Por fim, entre as fontes especializadas estão jornalistas, pesquisadores e


presidentes de órgãos ligados ao clube. A jornalista corintiana Marília Ruiz foi
escolhida por se destacar no cenário do jornalismo esportivo. Formada pela
Universidade de Brasília, já passou pela Folha de S. Paulo, foi colunista do jornal
Lance! e trabalhou nas emissoras de televisão RedeTV, Record, Rede
Bandeirantes e CNT. Atualmente, esta de volta à RedeTV, no programa “Belas na
Rede”, além de manter um blog e ser colunista do Diário do Grande ABC. Participa
do documentário falando da década de 2000.
Outro jornalista que faz parte do trabalho é Milton Neves, que faz sucesso
no rádio e na TV e é considerado uma 'enciclopédia humana' no que se refere à
história do futebol. Ele mantém um projeto inovador, intitulado 'Que fim levou?',
que narra onde estão as celebridades envolvidas com o mundo do futebol que já
não aparecem mais na mídia. Foi escolhido, principalmente, para narrar a época
do tabu corintiano de quase 23 anos sem títulos importantes.
O lendário Orlando Duarte também faz parte do trabalho. Escritor e
jornalista, cobriu 14 Copas do Mundo e dez Olimpíadas. Além disso, já publicou 27
livros sobre o mundo do esporte. Duarte participa dando sua opinião sobre
momentos importantes da história do Corinthians, como a invasão no Maracanã, a
democracia corintiana, a conquista do campeonato Mundial e a queda para a série
B do campeonato Brasileiro.
34

O atual presidente dos Gaviões da Fiel, Eduardo Pontes, participa falando


sobre a criação da torcida organizada e a importância dela nos momentos
decisivos do clube – tanto bons como ruins. O presidente do Comitê de
Preservação da Memória Corinthiana, Ernesto Teixeira, fala sobre os primeiros
anos do time paulista. O projeto comandando por Teixeira resgata a história do
clube por meio de fotos, livros e jornais e revistas antigas. Por fim, e um dos mais
importantes entrevistados, o fanático torcedor corintiano Celso Unzelte foi
escolhido por seu grande conhecimento sobre o clube. Hoje, Unzelte é
considerado um dos principais especialistas em história do futebol. Além de
participar de programas esportivos da ESPN, o jornalista dá aulas na Cásper
Líbero, em São Paulo, e é autor de vários livros, entre eles 'Timão 100 anos, 100
jogos, 100 ídolos', 'Os dez mais do Corinthians', 'Jornalismo Esportivo: Relatos de
uma paixão', 'Flamengo Rei do Rio', 'O grande jogo' e 'Grandes clubes brasileiros'.

5.3.3 Montagem do pré-roteiro

Como o modelo utilizado para a elaboração de Eterna paixão: 100 anos de


um amor em preto e branco é o clássico, criou-se um pré-roteiro, ainda na fase
de pré-produção, a fim de nortear as entrevistas e facilitar a produção do produto
final. Assim como lembra Soares (2009, p. 11), se o documentário contemporâneo
coloca “ênfase em tomadas indeterminadas, realizadas sem planejamento, existe
outra tradição que trabalha decupagem e roteiro, aproximando-se bastante do
filme de ficção”.
Essa ruptura do modelo clássico para o contemporâneo, que aconteceu por
volta de 1960, trouxe à tona um trabalho que valoriza mais o imprevisto, algo que
não é recomendável quando se produz um produto histórico – foco do
documentário em questão. Ainda segundo Soares (2009, p. 16), roteirizar é:

“Recortar, selecionar e estruturar eventos dentro de uma ordem que


necessariamente encontrará seu começo e seu fim. O processo de
seleção se inicia já na escolha do tema, desse pedaço de mundo a ser
investigado e trabalhado na forma de um filme documentário. Continua
com a definição dos personagens e das vozes que darão corpo a essa
investigação. Inclui ainda a escolha de locações e cenários, a definição de
cenas, sequências, até chegar a uma prévia elaboração dos planos de
35

filmagem, dos enquadramentos, do trabalho de câmera e som, dentre


outros detalhes técnicos que podem contribuir para a qualidade do filme.
Ao término deste percurso, o cineasta terá adquirido noção mais precisa
das potencialidades do seu projeto” (SOARES, 2009, p. 16).

Com base nas referências bibliográficas e audiovisuais, e com a maioria das


fontes já definidas (embora, mais tarde, sofressem alterações), o pré-roteiro foi
montado. Para a produção deste pré-roteiro foi utilizado como modelo um edital de
concurso do DOCTV, iniciativa da TV Cultura com o apoio do Governo Federal. O
exemplo foi retirado do livro 'Documentário e roteiro de cinema: da pré-produção à
pós-produção', de Sérgio Puccini Soares (2009, p. 79). No Brasil, uma das
referências para modelos de proposta de filmagem vêm a ser os editais de
concursos.
Na fase de gravação das entrevistas, o roteiro ajudou bastante a manter o
foco, mas, no final, sofreu modificações devido à mudança de algumas fontes e o
acréscimo de informações que os mesmos passaram por meio das entrevistas.
Diferente do filme de ficção, que é engessado, a vantagem do roteiro de
documentário é que ele, realmente, precisa ser aberto, pois trabalha com fatos
reais.

5.3.4 Burocracia

Mesmo sendo um trabalho acadêmico sem fins lucrativos, a autorização de


uso de imagem e som de voz e o contrato de prestação de serviços são
fundamentais para documentar o projeto e evitar problemas futuros. Como a
proposta do documentário em questão é disponibilizar o vídeo na íntegra no
Youtube (para ser exibido no blog www.arianefonseca.com) foi ainda mais
importante solicitar a autorização. Quanto ao contrato de serviço, foi fundamental
pelo fato do trabalho de gravação e edição ter sido realizado por uma empresa
contratada.

5.3.4.1 Direito de imagem


36

Segundo Durval (1988, p. 12), direito à imagem é a projeção da


personalidade física (traços fisionômicos, corpo, atitudes, gestos, sorrisos) ou
moral (aura, fama, reputação) do indivíduo (homens, mulheres, crianças ou bebê)
no mundo exterior. O direito à imagem assumiu uma posição de destaque no
contexto dos direitos da personalidade (aqueles referentes a defesa dos valores
inatos do ser humano), devido ao extraordinário progresso tecnológico dos meios
de comunicação, tanto no desenvolvimento da facilidade de captação da imagem,
quanto a de sua reprodução. Para a elaboração do direito de imagem que foi
utilizado no documentário em questão, usou-se um modelo adaptado com
referências do livro 'Direito à imagem', de Durval (1988, p. 105).
A dificuldade com esta parte do trabalho foi referente a conseguir algumas
autorizações, pois o tempo das entrevistas, no geral, era curto e os entrevistados
não tinham paciência para ler e assinar documentos. Por essa razão, percebe-se
que, em alguns direitos de imagem, não há todas as informações completas,
apenas a assinatura e outras que o mesmo julgou importantes. No entanto, três
fontes – os jogadores Neto e Marcelinho Carioca, além do jornalista Milton Neves
– não aceitaram assinar porque disseram que não haveria problema em divulgar
as suas imagens em meio acadêmico. Quando foram questionados sobre
disponibilizar tal trabalho na internet, também se mostraram favoráveis sem
autorizar no papel.

5.3.4.2 Contrato de prestação de serviços

De acordo com o livro 'As organizações contábeis e o contrato de prestação


de serviços' (2009, p. 10), o contrato de prestação de serviços é a garantia formal
da contratação como prova jurídica para fixar os limites da execução dos serviços
e a cobrança dos honorários profissionais. A prestação de serviços é regulada pelo
Código Civil, nos artigos 593 a 609. Para elaborar o modelo de Eterna paixão:
100 anos de um amor em preto e branco, recorreu-se a um advogado.

5.3.5 Orçamento
37

Ainda durante o período de pré-produção do projeto, como uma estratégia


de planejamento, foi criado o seguinte orçamento para o documentário em
questão:
ATIVIDADE PREÇO
Gravação, edição e arte gráfica R$ 2.000,00
Viagens no Estado de São Paulo com alimentação R$ 2.000,00
HD externo R$ 300,00
Telefone (fixo e celular) R$ 480,00
Encadernação dos projetos escritos e impressões R$ 80,00
Fitas R$ 100,00
Cópia dos DVDs (para a banca e alguns entrevistados) R$ 20,00
Total R$ 4.980,00

OBS.: Os números foram arredondados, pois apenas servem como um esboço do


que acreditava-se que seria gasto.
38

5.4 PRODUÇÃO

As principais dificuldades desta etapa foram financeira e falta de


equipamentos adequados. Apesar de prever o orçamento, muitos imprevistos
aconteceram, principalmente nas viagens a São Paulo, como cancelamento de
entrevistas em cima da hora, estacionamentos caros e dificuldade de encontrar um
carro disponível para levar até as gravações. Quanto aos equipamentos, foi
utilizada a câmera Panasonic HVX 200 das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila,
assim como dois microfones (um boom e uma lapela). Houve problema para
agendar tais equipamentos, visto que neste ano vários alunos produziram projeto
em vídeo como Trabalho de Conclusão de Curso.

5.4.1 Contato com os entrevistados

Quando pensou-se nos entrevistados, a maior preocupação era conseguir o


contato deles. Passada essa etapa, o problema seria convencê-los a,
gratuitamente, ceder uma entrevista para um trabalho acadêmico. Foi, literalmente,
uma “pré-ocupação”, pois não foi uma tarefa difícil graças à web. O ponto negativo
foi o alto custo com telefone fixo e móvel, além de internet.
A primeira fonte contactada foi o pesquisador da história do futebol, Celso
Unzelte. Foi fácil achar o e-mail dele no Google, após rápida pesquisa. Ele
gentilmente respondeu aceitando o convite e marcamos para o dia 2 de março.
Como conter os custos era primordial, logo optou-se por marcar outra gravação
para este mesmo dia. Então, a jornalista Marília Ruiz foi procurada pelo Twitter, já
que seu e-mail não foi encontrado na internet. Ela, também, foi muito solícita e
concordou em gravar no dia 2. Ruiz contribuiu, e muito, para o contato com os
demais entrevistados, passando telefones pessoais de jogadores, dirigentes e
outros jornalistas. Com isso, conseguiu-se marcar com os atletas Neto, Basílio e
Marcelinho Carioca. O contato com Dinei foi feito durante a gravação com o Neto,
após partida beneficente em prol de São Luiz do Paraitinga, em Taubaté (SP); e
com Wladimir por meio da secretaria de Esportes de Caraguatatuba, onde o
mesmo exerce a função de secretário.
39

Os jornalistas Milton Neves e Orlando Duarte também foram facilmente


encontrados na internet. Com o primeiro, o contato foi feito pelo e-mail da
produção do programa 'Terceiro tempo' – no qual ele comanda; e, no segundo,
com a TV Câmara São Paulo, na qual Duarte apresenta um programa de esporte
chamado 'Câmara Esporte Clube'.
Quanto ao presidente dos Gaviões da Fiel, Eduardo Pontes, foi necessário
ligar para a secretaria da sede da escola, que fica no bairro Bom Retiro, em São
Paulo. Marcado a entrevista, mais dois torcedores da torcida organizada - Luiz
Carlos e Paulo Elorza – foram convidados a participar do vídeo.
O presidente do Comitê de Preservação da Memória Corinthiana, Ernesto
Teixeira, foi encontrado também na internet e, por meio do site oficial do projeto,
foi possível marcar a entrevista com ele. Os torcedores fieis e rivais do Vale do
Paraíba (SP) foram encontrados por meio de sugestão de amigos e familiares.
Moysés Ferreira, o torcedor centenário, foi descoberto por meio de uma
reportagem do 'O Estado de S. Paulo'. Após contato com o jornal pelo Twitter,
conseguiu-se o e-mail do jornalista que escreveu a matéria e, posteriormente, o
telefone do filho de Ferreira.

5.4.2 Produção das pautas

As pautas para as entrevistas foram realizadas de forma simultânea, de


acordo com o contato com as fontes. Nenhuma entrevista foi feita sem a pauta. A
pesquisa bibliográfica, as curiosidades vistas em vídeos e pesquisas na internet
ajudaram muito a concluir com eficácia esta etapa. Muitas perguntas foram feitas
em comum para os entrevistados a fim de tornar o vídeo dinâmico.

5.4.3 Gravações

Muitos imprevistos aconteceram nas gravações, desde dificuldade para


encontrar um carro disponível para transportar ao local até sérios problemas em
achar um cenário adequado para realizar a entrevista. Foi a etapa do trabalho que
mais deu dor de cabeça e extrapolou o orçamento.
40

Quanto ao tipo de enquadramento, 90% das entrevistas foram gravadas em


plano médio, todas com o uso do tripé, como aconselha Soares (2009, p. 138), em
'Roteiro de documentário: da pré-produção a pós-produção':

“As opções quanto ao tipo de enquadramento geralmente ficam restritas


às composições em plano médio, primeiro plano e close up, podendo
eventualmente o entrevistado ser mostrado de corpo inteiro. Não há muito
sentido em se filmar toda uma entrevista em grande plano geral, fazendo
com que o entrevistado ocupe um espaço mínimo do quadro. A utilização
ou não de tripé para a câmera vai depender muito do local da entrevista e
da situação em que esta ocorre. Em entrevistas previamente agendadas,
é conveniente a utilização de tripé para uma maior estabilidade da
imagem e menor sacrifício do operador de câmera, especialmente no
caso de entrevistas longas” (SOARES, 2009, p. 138).

Os entrevistados foram convidados a direcionar o olhar para o entrevistador,


que ficou fora de quadro e ao lado do cinegrafista a fim de que, como explica
Soares (2009, p. 140), a presença do entrevistador não traga como consequência
uma divisão de interesse da tela. Em relação ao local das entrevistas, nenhuma foi
gravada em estúdio, como orienta ainda o autor:

“Em um estúdio, cercado de uma parafernália técnica que seja estranha


ao entrevistado, o depoimento pode perder em espontaneidade, tornar-se
mais frio e contido do que em um ambiente de convívio diário, a casa ou o
local de trabalho do entrevistado, por exemplo” (SOARES, 2009, p. 141).

Confira como foram as gravações:

5.4.3.1 Jogadores

Basílio

A gravação com o jogador Basílio estava marcada para ser na sede dos
Gaviões da Fiel. Entretanto, devido ao atraso do atleta para chegar ao
local, ficou inviável realizá-la neste lugar por causa ao barulho (todo
sábado, no período da tarde, os torcedores realizam festas na quadra).
Sendo assim, ele nos levou para um campo de futebol, localizado no
bairro Bom Retiro, no qual posteriormente descobrimos que era onde ele
41

treinava quando era criança. O plano utilizado foi o médio, com foco no
jogador e o campo de fundo. Não foi possível utilizar luz artificial porque
não tinha uma tomada próxima.
Dinei

Como já citado anteriormente, o contato com o Dinei foi feito após o jogo
beneficente em prol de São Luiz do Paraitinga, em Taubaté (SP). Na lista
de fontes inicial, o jogador não tinha sido cotado, mas, visto sua
importância para o clube e o fato dele estar presente na região,
resolvemos incluí-lo um dia antes da gravação. O local não tinha
infraestrutura adequada e, como os jogadores estavam com pressa,
tivemos que gravar com ele dentro do vestiário, sem lapela e luz. O
barulho de fundo e as pessoas caminhando ao redor foram inevitáveis. O
plano utilizado foi o médio, com o vestiário de fundo.
Marcelinho Carioca

A gravação com o Marcelinho Carioca foi uma das mais tranquilas. O


jogador nos atendeu na sede do seu comitê (ele concorreu às eleições
deste ano, como deputado federal). Como no local não tinha nada
relacionado ao Corinthians, gravamos na sala de reunião, com plano
médio, usando a parede de madeira de fundo como cenário.
Neto

A entrevista com Neto foi a mais complicada. Além de esperar mais de


duas horas (já tínhamos entrado em contato com o jogador por telefone
para marcar a gravação), tivemos que aguentar mau humor. Tendo em
vista este contexto, não conseguimos levá-lo para um cenário adequado,
gravamos em plano médio, atrás de uma janela, sem lapela e luz.
Wladimir

Com Wladmir, a entrevista também foi tranquila. Gravamos com o


jogador na sua sala da secretária de Esportes de Caraguatatuba – onde
o mesmo exerce a função de secretário municipal desta área. O plano
42

utilizado foi médio, com um troféu de fundo como cenário.

5.4.3.2 Torcedores

Torcedores fieis
Carlos de Lima

Como grande parte das pessoas de idade, o senhor Carlos de Lima é


sistemático. Não conseguimos convencê-lo a vestir uma camisa do
Corinthians, colocar a lapela, nem gravar na praça que fica em frente a
sua casa. Para não perder a preciosa fonte, precisamos entrevistá-lo na
sala da sua casa, em plano médio, com um sofá marrom de fundo.
Carlos Rodrigo

O plano utilizado na gravação do Carlos é um dos únicos diferentes. Com


uma bandeira da torcida organizada Gaviões da Fiel de Aparecida (SP)
de fundo, optamos pelo plano geral para dar destaque ao objeto. A
entrevista foi tranquila, realizada em sua casa sem grandes problemas.
Guilherme Rocco

A entrevista com Guilherme também foi tranquila e realizada em sua


casa. O plano utilizado foi o médio, com destaque para as bandeiras
espalhadas no sofá e no seu colo – todas usadas durante a invasão
corintiana no Maracanã, da qual participou.
Helena Rodrigues

Cenário adequado foi o que não faltou na entrevista com Helena. A


torcedora fanática nos atendeu na sua casa, que é repleta de objetos do
Corinthians. Gravamos com ela no seu quarto, com plano geral para
enfatizar a cama enfeitada e a cabeceira com fotos dela em jogos de
futebol. Como a lapela não estava disponível na faculdade este dia, foi
necessário utilizar apenas o som do boom.
José Batista
43

O único problema na gravação com José Batista foi a escolha do cenário


adequado. O torcedor nos atendeu em sua casa, que é pequena e não
tinha espaço para os equipamentos. Por fim, tivemos que gravar na sala,
em plano geral e com uma bandeira do Corinthians esticada no sofá de
fundo.
José Mauro

José Mauro é cadeirante e pediu para não mostrar a cadeira de rodas


durante a gravação. A entrevista foi feita na casa de José Batista (os dois
são irmãos), com um cenário de fundo mostrando o desenho do símbolo
do Corinthians pela metade. Não foi possível mostrar toda a figura
porque não conseguimos enquadrá-la no plano geral, atendendo ao
pedido do entrevistado. A parede é laranja, o que alterou a luz do local.
Luiz Carlos e Paulo Elorza

Os dois são membros dos Gaviões da Fiel e, para entrevistá-los, fomos


até a sede da torcida, no Bom Retiro, em São Paulo. Como em toda
quadra de torcida organizada, o local não era referência de estética. A
rua era movimentada e foi impossível encontrar um cenário adequado
dentro da quadra. Foi, então, que descobrimos uma laje desocupada na
casa em frente a quadra. Para entrevistar Paulo, utilizamos o plano
médio, dando foco numa bandeira do Corinthians (a mesma que levamos
em todas as gravações) de fundo. Já com Luiz, para não repetir o
cenário, tivemos que gravar em pé, também em plano médio, tentando
focar no símbolo dos Gaviões de fundo.
Moysés Ferreira

A entrevista com o senhor Moysés foi tranquila, apesar de sua


dificuldade em falar de maneira clara e objetiva. Mas, levando-se em
consideração que Ferreira tem cem anos, o resultado foi muito positivo. A
gravação aconteceu na casa dele, utilizando o plano médio e um abajur
do Corinthians de fundo.
44

Torcedores rivais
Cláudio Nicolini

A gravação com Nicolini, que é jornalista, aconteceu no local do seu


trabalho, logo, não tivemos muitas opções de cenário. Por fim, a
entrevista foi feita na sala de espera, com a redação de fundo, em plano
médio.
Demetrius Figueiredo

A entrevista com Demetrius aconteceu no seu escritório, com um


computador de fundo para mostrar o site do Palmeiras, do qual ele é
colaborador. O local não era o mais adequado, mas, pela falta de opção,
precisou ser este.
Elisandro Bartolomedi

Elisandro é dono de um bar em Lorena (SP) e não tinha disponibilidade


de gravar durante o dia. A entrevista aconteceu no Gol Mania, uma
quadra de futebol society da cidade, em plano médio com o campo de
futebol de fundo.
Thalita Miranda

A gravação com Thalita também foi no Gol Mania, mas durante o dia,
dentro do campo de futebol. A entrevista foi feita em plano médio,
enfatizando a trave do gol de fundo.

5.4.3.3 Fontes especializadas

Celso Unzelte

Celso nos atendeu na sua casa. Como é pesquisador, escolhemos gravar


com ele no seu escritório, recheado de livros e documentos. A gravação foi
feita em plano médio, enfatizando o computador com uma imagem do
Corinthians de fundo.
45

Eduardo Pontes

Com Eduardo aconteceu o mesmo problema da gravação com Luiz Carlos


e Paulo Elorza. Por falta de cenário adequado na quadra dos Gaviões da
Fiel, tivemos que gravar no seu escritório - que era apertado e sem
infraestrutura - em plano mais fechado. Não foi possível utilizar a luz.
Ernesto Teixeira

A entrevista com Ernesto também foi na quadra dos Gaviões da Fiel, logo,
problemática. O barulho de crianças jogando futebol estava muito grande
no local, mas, como era necessário aproveitar para gravar o máximo de
entrevistas – por questões financeiras – decidiu-se fazer assim mesmo.
Marília Ruiz

O cenário utilizado na gravação com a Marília foi um dos melhores.


Conseguimos autorização para entrevistá-la no Memorial do Corinthians. O
plano utilizado foi o médio, enfatizando os troféus que o clube já
conquistou de fundo.
Milton Neves

A entrevista com Milton também foi tranquila, ele nos atendeu em seu
escritório. O plano utilizado foi o médio, enfatizando os quadros que o
jornalista tem na parede, relatando a sua história no jornalismo.
Orlando Duarte

Orlando nos atendeu na recepção do prédio onde mora, em São Paulo.


Gravamos com ele em plano médio, enfatizando o jardim de fundo.

5.4.4 Imagens de arquivo

Conseguir o direito de utilizar as imagens de arquivo, tanto em vídeo como


em foto, não foi uma tarefa fácil. Mesmo sendo um trabalho acadêmico, sem fins
lucrativos, as emissoras de televisão não cederam as imagens gratuitamente. Para
46

as fotos, foi preciso recorrer ao Memorial do Corinthians e a arquivos pessoais de


alguns dos entrevistados.

5.4.4.1 Fotos

Para conseguir fotografias antigas do clube, primeiramente entrou-se em


contato com o Memorial do Corinthians – uma espécie de museu com a história do
time paulista. A diretoria do local permitiu a entrada com uma câmera fotográfica
no museu, mas muitas fotos estavam impressas em tamanho pequeno, o que
dificultou a sua utilização no documentário.
Em entrevista com o pesquisador da história do futebol, Celso Unzelte, foi
explicada a dificuldade com as fotografias e ele cedeu um acervo com mais de 200
imagens do seu arquivo pessoal para uso no trabalho, sem fins lucrativos. O
presidente do Comitê de Preservação da Memória Corintiana, Ernesto Teixeira,
também cedeu algumas imagens da instituição para utilizar no documentário.
Como ainda eram precisas algumas fotos, recorreu-se a imagens da
internet, retiradas dos sites: www.flickr.com/nikefutebol, www.corinthians.com e
www.globoesporte.com. Além disso, em entrevista na sua casa, Moysés Ferreira
também cedeu imagens de seu arquivo pessoal.

5.4.4.2 Vídeos

Quanto às imagens em vídeo, primeiramente, entrou-se em contato com a


TV Cultura, que atualmente detém os direitos do antigo canal 100 (que tem
imagens antigas do futebol no Brasil). Inicialmente, a empresa queria cobrar cerca
de R$ 2 mil por um minuto de imagem, algo inviável para quem está na faculdade
e não tem um patrocinador. Em contato com o diretor de TV da emissora, foi
explicado o projeto e ele conseguiu um desconto de R$ 300 por cinco minutos.
Como resumir cem anos de história em cinco minutos de imagem? Ainda era
pouco para muito dinheiro. Foi então que tentou-se conseguir com a Rede Globo,
que, assim como a TV Cultura, cobrava o mesmo preço por um minuto. Por fim,
47

buscou-se contato com a TV Timão – TV oficial do Corinthians -, que afirmou não


poder ceder suas imagens para nenhum fim.
Com esse problema, recorreu-se a internet para analisar como poderia
conseguir as imagens. Depois de vasta pesquisa, o site DVDs de Futebol
(www.dvdsfutebol.com.br), que vende imagens antigas e atuais de jogos de futebol
de colecionadores de todo o país, tornou-se uma boa opção. Adquiriu-se por cerca
de R$ 90 dois DVDs: “Corinthians campeão de 1954 a 2008” e “Invasão
Corintiana”. A empresa não tem os direitos de imagem das partidas, mas, como o
documentário em questão não será comercializado, ela me afirmou que não
haverá complicações.
Para as demais imagens, recorreu-se aos filmes sobre o Corinthians: 'Fiel',
'23 anos em 7 segundos - O fim do tabu corintiano' e 'Todo poderoso', além do
Youtube. Não foi possível filmar a torcida nos jogos deste ano porque quem detém
os direitos de transmissão também é a Rede Globo. Na partida entre Corinthians e
Flamengo, válida para as oitavas de final da Libertadores deste ano, até
conseguiu-se autorização da emissora e da Associaçăo dos Cronistas Esportivos
do Estado de São Paulo (ACEESP) para gravar imagens da arquibancada, mas, já
no estádio do Pacaembu, a Federação Paulista de Futebol barrou.

5.4.5 Trilha sonora

Assim como livros e revistas, também há muita música no Brasil referente


ao Corinthians e ao futebol em geral. As canções foram escolhidas de acordo com
o que a letra representa em cada época da história centenária do clube. Confira as
utilizados no trabalho:

• Hino do Corinthians em saxofone, guitarra e tango – CD 'Hinos do Timão'


• Hino do Corinthians – Cidade Negra
• Hino do centenário – Tom Zé
• 'Aqui tem um bando de loucos' e 'Timão êo' – CD 'Fiel torcida'
• 'Saudosa Maloca' – Adoniram Barbosa
• 'Corinthians x Palmeiras' – Castanha e Caju
48

• 'Gol de Baltazar' – Elsa Laranjeira


• 'Amor branco e preto' – Rita Lee
• 'Meu coração é corintiano' – Silvio Santos
• 'Corinthians do meu coração' – Toquinho
• 'Epitáfio corintiano' – Faeti
• 'Sou fiel' – Negra Li
• 'Pra não dizer que não falei das flores' – Geraldo Vandré
• 'Uma partida de futebol' - Skank
49

5.5 PÓS-PRODUÇÃO

Depois de muita pesquisa e com as gravações em mãos, chega o momento


mais chato na produção de um documentário (e também o mais importante):
decupar as fitas e montar o roteiro de edição. Reisz apud Soares (2009, p. 177)
comenta o seguinte sobre o processo de pós-produção:

“O que o diretor de documentários perde com a falta de suspense de um


enredo, é compensado pela liberdade de montar os filmes de modo
original e expressivo. Não está preso a uma estrita cronologia de eventos,
imposta por um argumento de estúdio; ao contrário, pode apresentar as
facetas do seu tema e alterar a atmosfera do filme na ordem e no ritmo
que desejar. As imagens com as quais trabalha não são “amarradas” a
uma trilha sonora: o diretor pode fazer experiências com som direto e
comentários sonoros. E o que é mais importante: tem maior liberdade de
interpretação que um diretor de filme de ficção, porque é a interpretação –
a montagem – que dará vida ao seu assunto” (REISZ apud SOARES,
2009, p. 177).

Na pós-produção, a ideia inicial foi aperfeiçoada para que o documentário


se tornasse mais criativo e dinâmico.

5.5.1 Decupagem

Ouvir cerca de 16h de gravação (foram usadas 17 fitas durante as


entrevistas) não foi uma tarefa empolgante, principalmente pelo fato da autora
produzir o trabalho sozinha. Na decupagem, foi utilizado o método de escrever o
assunto e transcrever a deixa inicial e final de cada entrevista, devido ao curto
tempo para entregar o produto para edição. O problema de optar por essa
metodologia foi que, na hora de montar o roteiro de edição, precisou-se consultar
as fitas novamente. O ponto positivo foi decidir fazer a decupagem logo após cada
entrevista, pois isso agilizou o trabalho mais adiante.

5.5.2 Roteiro de edição

Segundo Soares (2009, p. 187):


50

“O roteiro de edição será resultado de uma leitura atenta das imagens e


sons contidos no material bruto. Esse roteiro poderá ou não seguir a
estrutura proposta pelo tratamento escrito na fase de pré-produção, texto
que serviu como mapa para orientar as filmagens e definir os principais
pontos de interesse do documentário. A experiência de filmagem, bem
como contato com o universo abordado, pode subverter noções
preliminares, esboçadas na pré-produção, criando novos focos de
interesse para o filme o que obriga, ao realizador, pensar em uma nova
organização do material que incorpore essas mudanças” (SOARES, 2009,
p. 187).

Foi justamente essa mudança de foco que aconteceu com Eterna paixão:
100 anos de um amor em preto e branco. O pré-roteiro contribuiu muito para a
organização das informações durante as entrevistas, mas não foi utilizado na hora
de montar o produto final que foi para edição. No decorrer do trabalho, percebeu-
se a necessidade de dar mais atenção aos torcedores corintianos e, além disso,
muitos entrevistados foram alterados durante o processo de produção.
A maior dificuldade em escrever este roteiro foi escolher as melhores
declarações para fazer parte do produto, além de organizar o trabalho de uma
maneira que não o deixasse cansativo. Relatar cem anos não é uma tarefa fácil,
ainda mais quando o investimento no projeto é baixo.
Por questão de estética, escolheu-se o modelo de roteiro utilizado na
televisão (com pequenas modificações, de acordo com a necessidade do produto),
na qual as imagens e os efeitos ficam na coluna da esquerda e o texto e o áudio
na coluna da direita. Essa disposição da informação facilitou a visualização geral
do produto.
Como salienta Soares (2009, p. 191), a criação do roteiro de edição é
importante porque define a estrutura do documentário. Segundo ele, as seguintes
perguntas precisam ser respondidas nesta etapa:

“O documentário será montado através de blocos temáticos claramente


divididos?; através da mistura de vozes e entrevistas?; através do
respeito a uma ordem cronológica?; qual será sua abertura?; como será
desenvolvido o tema?; qual será a sua resolução?” (SOARES, 2009,
p.191).

No documentário em questão, escolheu-se dividir o vídeo em dez blocos


para facilitar o entendimento das décadas (tanto para o telespectador quanto para
a autora), visto que em cem anos de história tem-se muita informação. Quanto à
51

escolha da disposição das entrevistas, optou-se por não utilizar o off por entender
que o uso deste recurso é arcaico, como mostra Soares (2009, p. 194):

“Muito em função do fato de estar intimamente associada ao


documentário clássico, a narração em voz over é recurso bastante
combatido por documentaristas contemporâneos. Entre os problemas
suscitados pelo uso de uma voz over está o aspecto de autoridade a ela
relacionada” (SOARES, 2009, p. 194).

Em substituição à narração usou-se os intertítulos, que são úteis como


recurso de síntese de algumas informações do documentário, principalmente
quando utilizada de maneira econômica e bem localizada. O mesmo autor citado
acima (2009, p. 216), acredita que “além de sua função informativa, os intertítulos
servem para pontuar o documentário, marcar um ritmo para o filme e os inícios de
blocos temáticos, além de propiciar a exploração de efeitos estéticos através da
formatação do texto na tela”.
Como a autora é nova na produção de documentários e o produto é
histórico, evitou-se complicar o projeto, optando-se, assim, a contar a história em
ordem cronológica. Mas, para criar um suspense no início da narrativa – como
orienta Soares (2009, p. 193) -, escolheram-se três palavras que, na opinião da
autora, resumem o Corinthians (Glórias, Raça e Amor) para mesclar com imagens
da história do clube que representam essas palavras. Em seguida, aparece uma
frase do primeiro presidente do time, Miguel Bataglia, que vai nortear todo o
trabalho: “O Corinthians é o time do povo, e é o povo quem vai fazer o time”. A
frase foi escolhida para enfatizar a importância do torcedor na história do clube –
assim como pode ser constatado no final do vídeo, que termina com a mesma
citação.

5.5.3 Edição e finalização

Com um roteiro minuciosamente detalhado, ficou mais fácil o trabalho de


edição do produto. O ajuste mais complexo foi referente aos áudios das gravações
que deram problema. Tentou-se diminuir o barulho externo, mas não surtiu muito
efeito. Como explicado anteriormente, a gravação e edição não foram feitas pela
52

autora, mas por uma empresa contratada. Foi necessário cerca de um mês para
que o documentário fosse editado e, mais duas semanas, para os ajustes finais de
acordo com as observações feitas pelos professores durante a segunda avaliação
do Trabalho de Conclusão de Curso.
A principal mudança foi a redução do tempo do vídeo em 10min para torná-
lo mais dinâmico (de 1h20 para 1h10), retirando algumas declarações e artes,
ajustando os intertítulos e diminuindo a duração de algumas trilhas sonoras. O
produto final ficou pronto no dia 26 de outubro.

5.5.4 Escolha do título

Quando realmente decidiu-se fazer um documentário sobre o centenário do


Corinthians, em meados de 2009, foi pensando o nome 'Corinthians, 100 anos' e
'Paixão 100 limite: A história centenária do Sport Club Corinthians Paulista'. Tendo
em vista a mudança de foco do trabalho, enfatizando o torcedor, foi preciso
procurar um título mais atraente. Foi, então, que navegando na internet, a autora
encontrou uma bandeira da torcida Gaviões da Fiel com os seguintes dizeres:
“Eterna paixão”. Assim, nasceu o tema do documentário Eterna paixão: 100 anos
de um amor em preto e branco. O título reflete o sentimento forte que milhões de
alvinegros levam no coração desde 1910.

5.5.5 Análise do orçamento

Após a finalização do produto, a fim de analisar com mais detalhes os


gastos utilizados na produção de Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto
e branco, decidiu-se comparar o orçamento planejado com o custo geral do
documentário. Tinha-se pensando em um investimento de R$ 4.980,00, mas, no
final, esse número aumentou consideravelmente. Isso porque não foi
acrescentando no orçamento os gastos com imprevistos, que sempre acontecem.
Confira a tabela com os custos finais:

ATIVIDADE PREÇO
53

Gravação, edição e arte gráfica R$ 2.000,00


Viagens a Guaratinguetá, Aparecida, Potim, Taubaté, R$ 1.005,85
Caraguatatuba e São Paulo (gasolina e pedágio)
Alimentação R$ 550,30
Estacionamentos R$ 80,00
Impressão e encadernação das duas avaliações R$ 50,00
HD externo de 500 GB R$ 300,00
Telefone (fixo e celular) R$ 745,00
Impressão e encadernação do relatório final R$ 108,00
Fitas R$ 120,00
Cópia de 10 DVDs com a caixa R$ 100,00
Total R$ 5.059,15
54

6. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Por ser um formato aberto que está sempre sujeito a interferências advindas
do ambiente externo – diferente do filme de ficção -, o documentário é um gênero
que exige bastante preparo para sua realização. E essa foi a principal dificuldade
em produzir Eterna paixão: 100 anos de um amor em preto e branco, pois o
tempo era curto e o trabalho denso. Por muitas vezes, teve-se que dividir a leitura
dos livros e artigos com o horário de almoço no trabalho, o intervalo das aulas na
faculdade e até mesmo as longas madrugadas. Tudo isso em aproximadamente
um ano. Realizar um vídeo desta magnitude sozinha – e sem grandes
investimentos – foi o maior desafio já enfrentado pela autora. Hoje, entretanto,
pode-se afirmar que o aprendizado adquirido fez valer a pena todo o esforço.
Ao iniciar um projeto, o documentarista deve ter em mente todas as
possíveis reviravoltas do filme que ocorrem no período de gravação e se preparar
para isso. E essa verdade pôde ser vivida por muitas oportunidades durante a
elaboração deste trabalho: foram entrevistados indisponíveis, problemas com carro
para viagens a São Paulo, falta de dinheiro, ter que diminuir o vídeo depois de
pronto... Mas como ensina Charles Darwin: “Não é o mais forte quem sobrevive,
nem o mais inteligente, mas o que melhor se adapta às mudanças”.
Outro problema enfrentado foi referente a qualidade e a disponibilidade dos
equipamentos das Faculdades Integradas Teresa D'Ávila. Um filme exige certos
detalhes que não foram possíveis de serem realizados por conta da falta de outra
câmera, microfone boom especial para captação de áudio e luz, entre outros.
Tentou-se fazer o melhor com o disponível.
Por fim, foi um ano difícil e cheio de compromissos – afinal, além do
Trabalho de Conclusão de Curso, ainda tinha as atividades da faculdade, o
trabalho, a família. Entretanto, foi um ano muito proveitoso. Saber mais sobre a
história do Corinthians e conhecer torcedores que dão a vida pelo clube foi uma
experiência rica para a vida profissional e pessoal. Com o projeto aprendeu-se que
os sonhos são, sim, possíveis de serem realizados, mas, para isso, é preciso “1%
de inspiração e 99% de transpiração”, como diria Thomas Edison.
55

BIBLIOGRAFIA

AS ORGANIZAÇÕES Contábeis e o Contrato de Prestação de Serviços. 4.


edição. Porto Alegre: CRCRS, 2009.

BERNARD, Sheila Curran. Documentário: Técnicas para uma produção de alto


impacto. São Paulo: Elsevier, 2008.

DURVAL, Hermano. Direito à imagem. São Paulo: Saraiva, 1988.

FIEL. Direção: Andrea Pasquini. Produção: Gustavo Ioschpe. São Paulo: G7


Cinema, 2009, 1 DVD.

KFOURI, Juca. Corinthians, Paixão e Glória. São Paulo: DBA, 1996.

LIMA, Marco Antunes de. Sport Club Corinthians Paulista: a origem da paixão.
Disponível em <http://www.klepsidra.net/klepsidra4/corinthians.html> Acesso em:
28 jun 2009.

LINS, Consuelo. O Documentário de Eduardo Coutinho: televisão, cinema e


vídeo. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 2004.

NADA VAI NOS SEPARAR. Direção: Saturnino Rocha. Produção: Gustavo


Ioschpe. Los Angeles: G7 Cinema, 2009, 1 DVD.

NICHOLS, Bill. Introdução ao Documentário. Trad. Mônica Saddy Martins.


Campinas: Papirus, 2005.

OLIVEIRA, Ana Paula Silva et al. Documentário e vídeo-reportagem: uma


contribuição ao ensino de telejornalismo. In: 9º Fórum Nacional de Professores
de Jornalismo, Campos dos Goytacazes/RJ, 2006. Disponível em:
<http://www.fnpj.org.br/downloads/ana-ivete-rogerio(document)%5B2006%5D.pdf>
Acesso em: 28 jun 2009.

OLIVETTO, Washington; e BEIRÃO, Nirlando. Corinthians - É Preto no Branco.


Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

ÔNIBUS 174. Direção: José Padilha. Produção: José Padilha e Marcos Prado. Rio
de Janeiro: Riofilme, 2002, 1 DVD.

PELÉ ETERNO. Direção: Anibal Massaini. Produção: Aníbal Massaini. São Paulo:
Cinearte / UIP Brasil / Anima Produções, 2004, 1 DVD.

RAMOS, Fernão Pessoa. Mas afinal... O que é mesmo documentário? São


Paulo: Senac/SP, 2008.
56

REVISTA VEJA SÃO PAULO – Edição especial do centenário. São Paulo: Abril, nº
18, ano 43, maio de 2010.

REVISTA ONLINE - O mundo do futebol edição especial 'Corinthians todos os


títulos'. São Paulo: Online Editora, nº 6, ano 2, jan. de 2006.

SOARES, Sérgio Puccinni. Roteiro de documentário: Da pré-produção à pós-


produção. Campinas: Papirus, 2009.

TODO PODEROSO: O FILME. Direção: Ricardo Aidar e André Garolli. Produção:


Celso Unzelte. São Paulo: Canal Azul, 2010, 1 DVD.

UNZELTE, Celso Dario. Timão 100 anos, 100 jogos, 100 ídolos. São Paulo:
Gutenberg, 2009.

______. Almanaque do Timão. São Paulo: Abril Multimídia, 2000.

23 ANOS EM 7 SEGUNDOS. Direção: Di Moretti e Julio Xavier. Produção: Ricardo


Aidar. São Paulo: Fox Film do Brasil, 2009, 1 DVD.
57

ANEXO A: Direito de imagem

Eu, abaixo assinado e identificado, autorizo o uso de minha imagem e som da


minha voz por mim revelados em depoimento pessoal concedido e, além de todo e
qualquer material entre fotos e documentos por mim apresentados, para compor o
documentário, sem fins comerciais, sobre o centenário do Sport Club Corinthians
Paulista, produzido como Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), do curso de
Jornalismo das Faculdades Integradas Teresa D’Ávila.
A presente autorização abrange os usos acima indicados via internet (sites,
YouTube e outros) sem qualquer ônus a Ariane Aparecida Fonseca de Souza,
portador do RG nº 44.875.106-9, inscrito no CPF sob nº 360.840.908-42,
responsável pelo projeto, que poderá utilizá-los.
Por esta ser a expressão da minha vontade declaro que autorizo o uso acima
descrito sem que nada haja a ser reclamado a título de direitos conexos a minha
imagem ou som de voz, ou a qualquer outro, e assino a presente autorização.

Lorena, ____ de __________ de 2010.

___________________________________________
Assinatura do entrevistado

Nome:

Endereço:

RG Nº:

CPF Nº:

Telefone para contato:


58

ANEXO B: Contrato de prestação de serviço

IDENTIFICAÇÃO DAS PARTES CONTRATANTES

CONTRATANTE: Ariane Aparecida Fonseca de Souza, brasileira, solteira, produtora


de conteúdo de site, inscrita no RG nº 44.875.106-9 e no CPF nº 360.840.908-42,
residente e domiciliado na Rua Manoel Machado, nº 355, bairro Centro, em
Lavrinhas, SP;

CONTRATADO: Wesley Mendes Soares, brasileiro, solteiro, supervisor técnico,


inscrito no RG nº 35.210.979 SSP/SP e no CPF nº 294.402.418-37, residente e
domiciliado na Rua Benjamin Arantes, nº 430, bairro Jardim Paraíba, em Aparecida
(SP);

As partes acima identificadas têm, entre si, justo e acertado, o presente contrato de
prestação de serviços, que se regerá pelas cláusulas seguintes e pelas condições
de preço, forma e termo de pagamento descritas no presente.

DO OBJETO DO CONTRATO

Cláusula 1ª. É objeto do presente contrato a prestação do serviço de filmagem,


criação de arte e edição de vídeo para o documentário Corinthians, 100 anos de
história, desenvolvido como Trabalho de Conclusão de Curso da faculdade de
Comunicação Social com habilitação em Jornalismo da CONTRATANTE.

Cláusula 2ª. Em todas as gravações o CONTRATADO precisa levar os seguintes


equipamentos: câmera Panasonic HVX 200 e dois microfones (um boom e uma
lapela). Sendo ainda que a responsabilidade com baterias e o bom funcionamento
de tais equipamentos são do CONTRATADO. Caso este item não seja cumprido,
afetando a qualidade do trabalho, será descontado do valor total da filmagem a
porcentagem referente a gravidade do item não respeitado. O único equipamento de
responsabilidade da CONTRANTE é a aquisição de fitas MINI DV para que seja
possível a gravação do documentário.
59

Cláusula 3ª. Quando o CONTRATADO não puder participar das filmagens, por
questões pessoais ou profissionais, precisa providenciar outro cinegrafista para
acompanhar a CONTRATANTE, contanto que a última o avise com antecedência
sobre a gravação.

Cláusula 4ª. Nas gravações que durarem mais de seis horas é de responsabilidade
da CONTRATANTE fornecer alimentação ao CONTRATADO ou ao cinegrafista que
estiver no seu lugar, caso não possa comparecer na mesma por motivos pessoais
ou profissionais.

Cláusula 5ª. Em locais de gravação que seja necessário pagar um taxa, é de


responsabilidade da CONTRATANTE providenciar esses ingressos para o
CONTRATADO.

OBRIGAÇÕES DO CONTRATANTE

Cláusula 6ª. O CONTRATANTE deverá fornecer ao CONTRATADO todas as


informações necessárias à realização do serviço, devendo especificar os detalhes
necessários à perfeita consecução do mesmo e a forma de como ele deve ser
entregue.

Cláusula 7ª. O CONTRATANTE deverá efetuar o pagamento na forma e condições


estabelecidas na cláusula 11ª.

Cláusula 8ª. É dever da CONTRATANTE oferecer ao CONTRATADO a cópia do


presente instrumento, contendo todas as especificidades da prestação de serviço
contratada.

OBRIGAÇÕES DO CONTRATADO

Cláusula 9ª. O CONTRATADO deverá fornecer Nota Fiscal de Serviços, referente


ao(s) pagamento(s) efetuado(s) pelo CONTRATANTE.

Cláusula 10ª. É dever do CONTRATADO cumprir todos os itens expressos neste


contrato de prestação de serviços.
60

DO PREÇO E DAS CONDIÇÕES DE PAGAMENTO

Cláusula 11ª. O presente serviço será remunerado pela quantia de R$ 2.000,00 (dois
mil reais), referente aos serviços efetivamente prestados, devendo ser pago em
dinheiro. A CONTRATANTE pagará o valor em três parcelas, sendo: R$ 500,00
(quinhentos reais) em março; R$ 500,00 (quinhentos reais) em julho; e R$ 1.000,00
(mil reais) em novembro. O valor acima mencionado compreende a filmagem,
criação de arte e edição do documentário, mais a disponibilização de cinco cópias
originais do produto por parte do CONTRATADO a CONTRATANTE com o DVD
finalizado e capa colorida em todas as cópias.

DO INADIMPLEMENTO, DO DESCUMPRIMENTO E DA MULTA

Cláusula 12ª. Em caso de inadimplemento por parte do CONTRATANTE quanto ao


pagamento do serviço prestado, deverá incidir sobre o valor do presente
instrumento, multa pecuniária de 2%, juros de mora de 1% ao mês e correção
monetária.

Parágrafo único. Em caso de cobrança judicial, devem ser acrescidas custas


processuais e 20% de honorários advocatícios.

Cláusula 13ª. No caso de não haver o cumprimento de qualquer uma das cláusulas,
a parte que não cumpriu deverá pagar uma multa de 10% do valor do contrato para
a outra parte.

DA RESCISÃO IMOTIVADA

Cláusula 14ª. Poderá o presente instrumento ser rescindido por qualquer uma das
partes, em qualquer momento, sem que haja qualquer tipo de motivo relevante, não
obstante a outra parte deverá ser avisada previamente por escrito, no prazo de 10
(dez) dias.

Cláusula 15ª. Caso o CONTRATANTE já tenha realizado o pagamento pelo serviço,


e mesmo assim, requisite a rescisão imotivada do presente contrato, terá o valor da
quantia paga devolvido, reduzindo-se 2% de taxas administrativas.
61

Cláusula 16ª. Caso seja o CONTRATADO quem requeira a rescisão imotivada,


deverá devolver a quantia que se refere aos serviços por ele não prestados ao
CONTRATANTE, acrescentado de 2% de taxas administrativas.

DO PRAZO

Cláusula 17ª. O CONTRATADO assume o compromisso de realizar o serviço dentro


do prazo de oito meses, de acordo com a forma estabelecida no presente contrato.
O produto finalizado feito pelo CONTRATADO precisa ser entregue a
CONTRATANTE na primeira quinzena de outubro de 2010, assim como as cópias.

DAS CONDIÇÕES GERAIS

Cláusula 18ª. Fica compactuado entre as partes a total inexistência de vínculo


trabalhista entre as partes contratantes, excluindo as obrigações previdenciárias e
os encargos sociais, não havendo entre CONTRATADO e CONTRATANTE qualquer
tipo de relação de subordinação.

Cláusula 19ª. Salvo com a expressa autorização do CONTRATANTE, não pode o


CONTRATADO transferir ou subcontratar os serviços previstos neste instrumento,
sob o risco de ocorrer a rescisão imediata.

DO FORO

Cláusula 20ª. Para dirimir quaisquer controvérsias oriundas do presente


CONTRATO, as partes elegem o foro da comarca de Lorena.

Por estarem assim justos e contratados, firmam o presente instrumento, em duas


vias de igual teor, juntamente com 2 (duas) testemunhas.

Lorena, 24 de maio de 2010.

_________________________________

Ariane Aparecida Fonseca de Souza


62

________________________________

Wesley Mendes Soares

_________________________________

Testemunha 1

R.G.

_________________________________

Testemunha 2

R.G.
63

APÊNDICE A: Pré-roteiro

Título do projeto: Corinthians, 100 anos de história Formato: Documentário


Diretor: Ariane Fonseca Roteirista: Ariane Fonseca
Operador de áudio: Wesley Soares Editor: Fábio Machado
Cinegrafista: Wesley Soares Duração: 1h20min

1. Proposta do documentário

A proposta audiovisual do documentário é resgatar a história centenária do


Corinthians por meio de entrevistas, imagens de arquivo e de campo, e documentos
históricos. O formato escolhido para apresentar a ideia é o documentário
contemporâneo, que não usa a voz over (também chamada voz de Deus), mas, sim,
de vários depoimentos para montar a estrutura narrativa.
O trabalho pretende ainda explorar a paixão dos torcedores do time para
trazer emoção ao vídeo, mostrando as loucuras que eles já fizeram por causa do
amor ao Corinthians. As entrevistas contarão ainda com a participação de ex-
jogadores, comissão técnica e profissionais de comunicação que acompanharam a
evolução do time nos seus cem anos de vida. Serão explorados histórias
engraçadas e de bastidores para dar ritmo ao trabalho.
A proposta é que sejam usados os gritos da torcida e as canções, feitas por
grandes nomes da música brasileira em homenagem ao clube, para compor a trilha
sonora. Quanto a arte gráfica, o intuito é usar o logo oficial feito para comemorar o
centenário do clube. Outra proposta do trabalho é solicitar que os entrevistados que
são torcedores e ex-jogadores usem blusas em preto e branco, assim como o atual
elenco a camisa oficial do clube. A ideia é comunicar, de todas as formas possíveis,
o que significa os cem anos do time.
Para criar esta proposta de trabalho, foram analisados vários documentários,
para os quais destacam-se: 'Nada vai nos separar' (sobre os cem anos do
Internacional); 'Fiel' (sobre a queda do Corinthians para a série B do campeonato
Brasileiro, em 2008); e '23 anos em 7 segundos – O fim do tabu corintiano' (sobre o
jejum de quase 23 anos sem títulos Paulistas do Corinthians). Além dos livros:
'Almanaque Timão' e 'Corinthians 100 anos, 100 jogos e 100 ídolos', de Celso
64

Unzelte; 'Corinthians paixão e glória', de Juca Kfouri; 'Mas afinal... o que é mesmo
documentário', de Fernão Ramos; e Roteiro de documentário: da pré-produção a
pós-produção', de Sérgio Puccini Soares.

2. Descrição dos objetos

2.1. Personagens
Como já mencionado, para a produção do documentário dos cem anos do
Corinthians, serão entrevistados membros do atual elenco, ex-jogadores, repórteres
esportivos, comissão técnica, dirigentes, e, é claro, quem faz a diferença no clube: a
torcida. Segue abaixo a proposta de entrevistados (a lista está estruturada por
especialização):

ENTREVISTADOS
JORNALISTAS:
Milton Neves
Juca Kfouri
Marília Ruiz
JOGADORES DO CORINTHIANS:
Rivelino
Meia-esquerda do Corinthians de 1965 a 1974
Basílio
Meia-direita do Corinthians de 1975 a 1981
Sócrates
Meia-direita do Corinthians de 1978 a 1984 e autor da democracia corintiana
Ronaldo
Goleiro do Corinthians de 1988 a 1998
Neto
Meia-esquerda do Corinthians de 1989 a 1993
Dinei
Atacante do Corinthians de 1990 a 1992 e de 1998 a 2001
Marcelinho Carioca
65

Meia-direita do Corinthians de 1994 a 1997; 1998 a 2001 e 2006


Felipe
Goleiro do Corinthians desde 2007
FUNCIONÁRIOS DO CORINTHIANS:
Andrés Sanchez
Presidente do Corinthians
Mano Menezes
Técnico do Corinthians desde dezembro de 2007
Tânia Piciocchi
Funcionária do Corinthians há 40 anos
TORCEDORES DO CORINTHIANS:
Eduardo Pontes
Presidente da Gaviões da Fiel
José Luiz
Neto de Raphael Perrone (um dos cinco fundadores do Corinthians)
Washington Olivetto
Publicitário, autor do termo 'Democracia Corintiana'
Moysés José Ferreira
Elenita Silva
Carlos de Lima
José Luiz (Zé Louquinho)
Guilherme Rocco Leite
José Batista de Souza
José Mauro Pinto de Souza
Jorge Luiz Rodrigues
Carlos Rodrigo Wendling
Heloísa Helena Leite
PESQUISADOR DA HISTÓRIA DO FUTEBOL:
Celso Unzelte
REPRESENTANTES DE OUTROS TIMES:
Pelé
Atacante do Santos de 1956 a 1974
66

Marcos
Goleiro do Palmeiras desde 1992
Maurílio de Souza
Torcedor do Santos
Cláudio Ferreira
Torcedor do Palmeiras
Renata Fan
Torcedora do Internacional
Daniel Machado
Torcedor do São Paulo

2.2. Imagens de arquivo


Para a captação de imagens em vídeo pretende-se utilizar outros
documentários sobre o assunto, com os devidos créditos, além de imagens de
emissoras de televisão cedidas gratuitamente para o trabalho. Quanto aos
documentos históricos impressos, serão recorridos a jornais já em circulação na
época, como 'A Gazeta Esportiva' e 'O Estado de S. Paulo'; e a arquivos pessoais
dos entrevistados; sem contar documentos disponibilizados no Memorial do
Corinthians.

2.3. Imagens de campo


Além das entrevistas pessoais, as imagens de campo serão captadas durante
a participação do clube na Libertadores da América de 2010 – única competição
importante que o clube ainda não conseguiu alcançar o título. Pretende-se gravar a
torcida, os jogadores em atuação e a abertura do documentário, que será uma
imagem panorâmica do Pacaembu, local considerado o estádio do clube.

3. Justificativa para as estratégias de abordagem

3.1. Entrevistas
O modelo utilizado para a elaboração do documentário é o formato clássico,
mas sem usar a voz em over, aproveitando, desta forma, os vários depoimentos dos
entrevistados para formar a estrutura narrativa. Sendo assim, não haverão
67

narrações em off no trabalho. As entrevistas vão ser no estilo ping-pong, sendo que
para algumas fontes serão feitas os mesmos questionamentos a fim de evitar que,
na falta de uma que está no planejamento, o trabalho seja prejudicado. A ideia é
explorar ao máximo os fatos curiosos e emocionantes da história pelos personagens
para causar empatia no telespectador.

3.2. Enquadramentos
Os enquadramentos utilizados no documentário para as entrevistas serão o
plano médio e close. Os equipamentos utilizados são uma câmera Panasonic HVX
200 e dois microfones (um boom e uma lapela). A ideia é fazer alusão as cores
oficiais do clube, além de trazer dinamicidade ao vídeo, intercalando imagens
coloridas com preto e branco. Para as imagens de arquivo e de campo, o plano
preferencial será o geral.

3.3. Trilha sonora


Os gritos de torcida são algo marcante na história do Corinthians. Para cada
época do time, os apaixonados pelo clube criaram canções que representassem os
momentos que estavam sendo vividos. A proposta é pesquisar esses gritos, por
década, e utilizar no decorrer do filme respeitando a ordem cronológica. Outra ideia
é usar músicas feitas por cantores consagrados, como Toquinho, que
homenagearam o clube. Também é provável que se use canções típicas do começo
da década de 1910 para começar o documentário.

4. Sugestão de estrutura

Segue abaixo uma proposta de pré-roteiro para a elaboração do


documentário, com as entrevistas e imagens desejadas para o projeto. Os títulos em
negrito e em caixa alta não serão utilizados na edição do vídeo, só foram usados
nesta oportunidade para ficar mais fácil de visualizar a ideia geral.

IMAGEM ENTREVISTA
ABERTURA
68

Começa o vídeo numa tela preta, com


o barulho da torcida. Entra em fusão a
imagem do estádio cheio, plano de
cima para o centro. O foco da imagem
é um zoom para o gramado.

Imagem que represente. Entrevistado 1 fala o que é o Corinthians.

Imagem que represente. Entrevistado 2 fala o que é o Corinthians.

Imagem que represente. Entrevistado 3 fala o que é o Corinthians.

Paralisa a imagem na torcida e


aparece o nome do documentário.

NASCIMENTO

Trilha sonora com uma música da


época. Aparece na tela imagens do
bairro Bom Retiro em 1910.
O neto de Raphael Perrone (um dos
fundadores do Corinthians), José Luiz, fala
Imagens dos cinco operários. sobre o nascimento do clube, em 1910,
fundado por cinco trabalhadores.

José Luiz relata as dificuldades da época,


segundo o seu avô: quem foi o primeiro
presidente, como foi comprado a primeira
bola...
Imagens da primeira bola e de Miguel
Bataglia.

PRIMEIROS TÍTULOS

O jornalista e historiador Celso Unzelte fala


Imagem do time que venceu o sobre o primeiro título do clube,
campeonato. conquistado de forma invicta em 1914.

Imagem da matéria do dia 16 de


novembro de 1914, do jornal Estado
de S. Paulo, sobre o primeiro título.
Celso fala sobre o bi-campeonato em 1916
Imagem da taça de 1916 e do time (também invicto) e do surgimento de Neco,
69

que disputou. o primeiro ídolo do clube campeão.

Imagens de Neco.
Celso fala sobre o tri do Torneio Início do
Campeonato Paulista (1919, 1920 e 1921)
e a primeira vitória do Corinthians em jogos
de campeonato para o arquirrival
Palmeiras, em 1919.

ANOS 20 – SEIS TÍTULOS, DOIS TRI

Torcedor que acompanhou o clube no inicio


fala sobre os seis campeonatos Paulistas
conquistados na década de 20, dos dez
disputados, sendo dois tri: 1922/23/24 e
1928/29/30.
Imagens das taças paulistas.
Celso fala que foram três tri-campeonatos,
algo inédito no futebol brasileiro.

Torcedor fala sobre os craques que


surgiram na época, como os zagueiros Del
Debbio e Grané; os atacantes Gambarotta,
Imagem dos craques que ele Gambinha, Rato e De Maria; e o goleiro
mencionar. Tuffy.

Celso fala também que no campeonato de


1922 o Corinthians conquistou o título de
Campeão do Centenário da Independência
Imagem da taça de 22. – algo que só em 2022 outro time poderá
tentar tirar do Timão.
Imagem dos jogadores que a
conquistaram.
Celso fala ainda que foi na década de 20
(comprado em 26 e reinaugurado em 28)
que o Corinthians comprou o Parque São
Jorge. O primeiro estádio foi o campo da
Ponte Grande (inaugurado em janeiro de
18).
Imagens antigas do Parque São
Jorge.

MAIS UM TRI CAMPEONATO

Torcedor fala sobre o começo difícil dos


70

anos 30 com a perda de grandes


jogadores, resultando em más colocações
no campeonato e em goleadas dos
adversários.

Celso fala sobre a perda do título Paulista


para o rival Palmeiras em 36, mas da
gloriosa recuperação com o tricampeonato
em 1937/38/39 e do surgimento de mais
Imagem das taças de 37, 38 e 39. um grande ídolo: Teleco (média melhor que
a de Pelé).
Imagem de Teleco.

DIFICULDADES DA DÉCADA DE 40

Torcedor fala sobre o título Paulista de 41 –


primeiro título estadual no Pacaembu,
inaugurado em 1940.
Imagem do time, com narração do
título pelo rádio.
Celso fala sobre os vice-campeonatos
Paulistas de 42 (perdeu para o Palmeiras),
43 (perdeu para o São Paulo), 45 (perdeu
para o São Paulo), 46 (ganhou 18 de 20
jogos, mas perdeu para o São Paulo) e 47
(perdeu para o Palmeiras).

Torcedor fala sobre o aparecimento de


Imagens dos craques. grandes craques - como o zagueiro
Domingos da Guia (44), Cláudio
Cristhóvam e Baltazar (45), e Cabeção e
Luizinho (49) -, mas o título não vinha.
Fala que foram quase dez anos de jejum
no Paulista, quebrado apenas em 51.

Celso fala sobre os outros troféus na


época, como a Quinela de Ouro e as 4
Taças Cidade de São Paulo.

DE 50 A 54 – ANOS DE OURO

Milton Neves fala sobre o bom começo da


década de 50, ganhando o ressuscitado
Rio-São Paulo em cima do Botafogo.
71

Juca Kfouri fala sobre o campeonato


paulista de 1951 com o ataque dos 100
gols, depois de 10 anos sem vitória no
Paulista.
Imagem mostra final do campeonato
de 51, com narração de rádio da final.
Juca Kfouri fala sobre o bi-campeonato em
52.

Milton Neves fala sobre a pequena Taça do


Mundo na Venezuela (53) e dos bi do Rio-
São Paulo (53 e 54).

Torcedor fala sobre a máquina de títulos do


Corinthians que ganhou praticamente tudo
no começo da década de 50.
Imagem dos craques que fizeram
parte das várias conquistas do
começo da década.
Juca Kfouri fala da vitória no campeonato
Paulista de 54, que rendeu ainda o título do
IV Centenário da Fundação de São Paulo.
Imagem da taça do IV Centenário da
Fundação de São Paulo.
Milton Neves fala sobre o Torneio
Internacional Charles Miller (55), um dos
poucos títulos importantes conquistados
até 77 – e das duas Taça dos Invictos (56 e
57).

55 a 77 – QUASE 23 ANOS SEM


TÍTULOS PAULISTAS

Juca Kfouri fala sobre o Campeonato


Paulista de 57 (que o Corinthians liderou de
ponta a ponta, na fase de classificação,
sem perder nenhum jogo; mas na reta final
perdeu para o Santos e São Paulo, ficando
em terceiro lugar).
Imagem do jogo, com narração de
rádio.
Juca Kfouri fala do aparecimento, em 59,
do presidente Vicente Mateus, fundamental
para reanimar o clube.
72

Imagem de Vicente Mateus falando


sobre o seu amor pelo Corinthians.
Milton Neves fala sobre a péssima
campanha na década de 60, na qual o
Corinthians não ganhou nenhum título
importante (a não ser o Rio-São Paulo de
66, dividido com mais três equipes). Em 61,
foi apelidado de “Faz-me rir”.

Juca Kfouri fala que não foram apenas


coisas ruins que aconteceram neste tempo
de jejum, que trouxe o grande ídolo
Rivelino (65) e os vice-campeonatos
paulistas em 62, 66 e 68.

Rivelino fala sobre a sua participação no


Corinthians de 65 a 74, saindo da equipe
de base.
Imagem de Rivelino jogando.
Milton Neves fala sobre o apelido de Timão
Imagem do jornal 'A gazeta esportiva', – que surgiu em 66, com a contratação de
do dia 2 de março de 1966, com a Ditão, Nair e Mané.
manchete “Vocês vão ver como é
Ditão, Nair e Mané”.

Imagem dos craques jogando.


Milton Neves fala sobre a vitória do
Corinthians sobre o Santos, em
campeonatos paulistas, no dia 6 de março
de 68 – quebrando um tabu que já durava
11 anos. Gols de Paulo Borges e Flávio no
time de Pelé.
Imagem do gol que deu a vitória ao
Timão.
Pelé fala sobre esse período de jejum
corintiano, ofuscado pelo futebol menino do
Santos da Vila Belmiro.

Torcedor do Santos fala sobre a rivalidade


dos dois times nesta época difícil para os
corintianos.

Presidente da Gaviões da Fiel fala sobre o


surgimento da maior torcida organizada do
clube e do Brasil (69) e da persistência da
73

fiel em empurrar o time mesmo com o


jejum de títulos.
Imagem da torcida nos jogos da
época.
Juca Kfouri fala sobre a conquista do
Torneio do Povo (71), a boa campanha nos
Campeonatos Brasileiros de 71 (primeiro
da história) e 72 e a triste campanha do
campeonato paulista de 74, perdido na final
para o arquirrival Palmeiras.
Imagens do jogo contra o Palmeiras.
Rivelino fala sobre sua saída do
Corinthians em 74, depois da derrota nesse
jogo com o Palmeiras.

Torcedor fala sobre a invasão de cerca de


Imagem dos torcedores chegando no 70 mil corintianos no Maracanã para a
Rio de Janeiro. semi-final do Campeonato Brasileiro de 76
(no dia 5 de dezembro), que ganhou do
Fluminense, mas depois perdeu para o
Internacional.
Imagem do gol que deu a vitória ao
Corinthians e do delírio da torcida.
Milton Neves fala sobre a tristeza dos
corintianos com a perda em 76, mas da
alegria de voltar a uma final do Paulista em
77, que acabaria com o jejum.
Imagem da torcida no estádio em 77,
aguardando ansiosa para a final.
Basílio fala sobre o gol que fez aos 36
minutos do segundo tempo, que deu o
título ao Corinthians e acabou com o jejum
de quase 23 anos sem títulos paulistas.
Imagem do gol.
Torcedor que nunca tinha visto o time
campeão paulista relata a emoção que
sentiu no momento.

NOVOS E BONS TEMPOS – DE 78 A 89

Torcedor fala sobre a chegada, em 78, de


Imagens dos reforços. grandes reforços: Amaral, Biro-Biro e
Sócrates. E do título Paulista em 79.
Imagem do título Paulista de 79.
Washington Olivetto fala sobre o começo
74

ruim na década de 80, que culminou num


movimento chamado democracia corintiana
– termo criado por ele, que é publicitário.
Imagens da democracia corintiana.
Sócrates fala sobre a democracia
corintiana e de seus resultados: o bi-
campeonato paulista de 82 e 83.
Imagens do bi de 83.
Sócrates fala sobre o fim do movimento em
84, e de sua saída do clube no mesmo ano
(comprado pela Fiorentina, da Itália).
Imagens de Sócrates em campo.
Torcedor fala sobre a seleção corintiana
(vários jogadores com passagem pela
seleção brasileira) montada em 85, mas
que não deu resultados voltando a
contenção de custos no ano seguinte.

Ronaldo fala sobre o título Paulista de 88,


ano que ninguém acreditava no Corinthians
e que Viola se tornou craque.
Imagem do gol de Viola que deu título
ao Timão.

FELIZES ANOS 90

Washington Olivetto fala sobre o ótimo


começo do Corinthians na década de 90,
com o título de campeão brasileiro.
Imagem do time levantando a taça de
campeão brasileiro.
Neto fala sobre sua importante participação
no título, com os lindos gols de falta.
Imagem de Neto em partidas pelo
Corinthians.
Dinei fala sobre sua participação no
primeiro Brasileiro do clube.

Neto fala sobre as frustrações do time na


Libertadores de 91, quando saiu nas
oitavas-de-final contra o Boca Júnior, da
Argentina.

Ronaldo fala sobre as duas perdas


seguidas de título do Corinthians para o
75

Palmeiras ( Paulista em 93 e Brasileiro em


94).
Imagem do Palmeiras levantando o
título Brasileiro de 94.
Washington Olivetto fala sobre o título
Paulista de 95, vencido em cima do
Palmeiras para lavar a alma do corintiano.
Imagem do Corinthians levantando a
taça contra o rival Palmeiras.
Washington Olivetto fala do título, naquele
ano ainda, na Copa do Brasil, já com o
craque Marcelinho.

Ronaldo fala sobre a inédita conquista do


Torneio Ramón de Carranza, na Espanha.
Imagem do título na Espanha.
Neto fala sobre seu retorno em 96 e seu
último título no Corinthians, o Paulista de
97. Além do susto de quase cair para a
segunda divisão do Brasileiro naquele ano.

Marcelinho Carioca fala sobre o bi-


campeonato brasileiro de 98 e 99,
alcançado com belas jogadas.
Imagem da final de 99 no Brasileiro,
com a tarja de bi-campeão.
Marcelinho Carioca fala também sobre o
título Paulista de 99.

Torcedor fala sobre a alegria dos títulos,


mas da tristeza em sair da tão sonhada
Libertadores nas quartas-de-final para o
rival Palmeiras.

CORINTHIANS CAMPEÃO DO MUNDO

Washington Olivetto fala sobre a


participação do Corinthians no I
Campeonato Mundial de Clubes da Fifa.
Imagem do time levantando a taça de
campeão.
Torcedor fala sobre a expectativa de
ganhar um título importante e internacional
como este.
76

Marcelinho Carioca fala sobre a conquista


do time.

Washington Olivetto fala sobre a polêmica


que gerou este título, considerado por
outros torcedores como armação para o
Corinthians vencer.

2000 A 2006: TEMPO DE GLÓRIAS E


DOR

Marcelinho Carioca fala sobre o pênalti que


perdeu e tirou o Corinthians do sonho da
Libertadores de 2000 pela segunda vez.
Imagem do pênalti que Marcos
defendeu.
Marcos narra como foi defender este
pênalti.

Torcedor fala da raiva do rival Palmeiras,


que sempre tira o Corinthians de grandes
conquistas. Mas da alegria de vencer mais
um Paulista, em 2001 – o 24 da história.

Torcedor do Palmeiras fala sobre a


rivalidade do clube na década de 1990.

Marília Ruiz fala sobre a chegada de


Parreira, em 2002, que trouxe junto o Rio-
São Paulo e a Copa do Brasil daquele ano.
Imagem da vitória na Copa do Brasil.
Torcedor fala que a alegria só não foi
completa porque perdeu o Brasileiro para o
Santos de Robinho.

Marília Ruiz fala sobre a conquista de mais


um título Paulista em 2003 e de mais uma
perda na Libertadores, desclassificado nas
quartas-de-final pelo River Plate.

Juca Kfouri fala sobre a quase queda do


maior campeão paulista para a série A2 –
Imagens da chegada da MSI no salvo pelo rival São Paulo. E da chegada
Corinthians. da polêmica parceria com a MSI no final de
2004.
77

Manchete nos jornais sobre a parceria


milionária do Corinthians.

Marília Ruiz fala sobre o time dos galáticos


que o Corinthians montou para a
temporada de 2005, que contava com
Marcelo Mattos, Mascherano, Carlos
Alberto, Roger, Carlitos Tevez e Nilmar.
Imagem dos craques.
Torcedor fala sobre a vitória no Brasileiro
daquele ano – o tetracampeonato.
Imagem da vitória em 2005.
Juca Kfouri fala sobre a máfia do apito, que
sujou o Brasileiro de 2005 e sobre a
polêmica de que o verdadeiro campeão
seria o Internacional.
Áudio de Dualib dizendo que o título
foi roubado.
Torcedor do Internacional comenta o
campeonato e o título corintiano.

Marília Ruiz fala sobre o inicio da crise em


2006, com a perda mais uma vez da
Libertadores nas oitavas-de-final para o
River Plate e, meses depois, do fim da
parceria com a MSI e os galáticos.

Juca Kfouri fala sobre os problemas fora de


campo na diretoria do Corinthians, com a
renúncia do presidente Alberto Dualib.
Imagem da saída de Alberto Dualib.

2007: O ANO DA QUEDA

Marília Ruiz fala sobre a desastrosa


participação do clube no Brasileiro de 2007,
com os problemas internos, que culminou
na queda para a série B.
Imagem do árbitro apitando o final da
partida e dos jogadores chorando.
Presidente da Gaviões fala sobre o apoio
incondicional que a torcida deu, mesmo na
queda.
Imagem da torcida cantando “Eu
nunca vou te abandonar porque eu te
78

amo”.
Juca Kfouri fala sobre a contratação de
Mano Menezes, que já tinha sido campeão
da série B com o Grêmio, para comandar o
elenco sem grandes nomes, mas de raça.
E da chegada de Andrés Sanchez, o novo
presidente que garante transparência.
Imagem da apresentação de Andrés
Sanchez.
Andrés Sanchez fala sobre o desafio de
administrar o clube em sua fase mais difícil.

Marília Ruiz fala sobre a participação do


time naquele ano na Copa do Brasil,
ficando em vice após perder para o Sport e
adia o sonho da Libertadores mais uma
vez.
Imagem do jogo final contra o Sport.
Felipe fala sobre a incrível vitória do clube
na série B e a fantástica participação da
Fiel, que deu show nos jogos.
Imagem da torcida no estádio
cantando “Aqui tem um bando de
louco”.
Torcedor que acompanhou todos os jogos
fala do apoio ao time mesmo naquele
momento difícil – aguentando a zoação dos
torcedores dos times rivais.

Felipe fala sobre a vitória antecipada do


Corinthians, que sagrou-se campeão na
Imagem do time levantando a taça. 34ª rodada (4 antes do normal) após uma
vitória por 2 x 0 sobre o Criciúma, em
Imagem da torcida cantando “Eu Santa Catarina.
voltei”.

2009 e 2010: ANO DOS CRAQUES

Mano Menezes fala sobre a volta do


Corinthians para a elite do campeonato
Brasileiro e das contratações de 2009.

Andrés Sanchez fala sobre os títulos


Paulista de 2009 (mais uma vez invicto) e
79

da Copa do Brasil, que abre as portas para


disputar a Libertadores no ano do
Imagem da apresentação de Ronaldo. centenário.

Mano Menezes fala sobre o singelo 10


lugar no Brasileiro daquele ano, mas das
fortes contratações para as comemorações
do centenário, com destaque para o
Imagem da vitória na Copa do Brasil. consagrado Roberto Carlos.

[…] 1

Imagem da apresentação de Roberto


Carlos.

5. Plano de produção

2009 2010
Atividades J J A S O N D J F M A M J J A S O N
Pesquisa sobre o x x x x X x x x
tema e formato
Pesquisa sobre as x x x x x x
fontes a serem
entrevistadas
Montagem do pré- x x
roteiro
Montagem das x x
pautas para os
entrevistados
Primeira avaliação x
Segunda avaliação x
Decoupagem x x x x
Contato com as x x x x x x
fontes escolhidas
1
O restante do pré-roteiro ainda não foi definido porque o resultado da Libertadores da América será
fundamental para finalizar a edição do projeto. Se o Corinthians ganhar o campeonato, o vídeo vai começar,
depois da abertura, com imagens do título e terminar com ele.
80

Gravações com as x x x x x
fontes
Coleta de dados x x x x x
documentais e
imagens com as
emissoras de TV
Análise do material x
gravado e roteiro de
edição
Escolha das trilhas x x x
sonoras e das
imagens usadas
Edição x x x
Revisão do produto x
Finalização do x
produto
Pesquisas e x x x x X x x x x x x x x x x x x
montagem do projeto
escrito
Revisão do projeto x x
escrito
Entrega do projeto e x
do produto
Banca final x

6. Orçamento

ATIVIDADE PREÇO
Gravação, edição e arte gráfica R$ 2.000,00
Viagens no Estado de São Paulo com alimentação R$ 2.000,00
HD externo R$ 300,00
Telefone (fixo e celular) R$ 480,00
Encadernação do projeto escrito e impressões R$ 80,00
81

Fitas R$ 100,00
Cópia dos DVDs (para a banca e alguns entrevistados) R$ 20,00
Total R$ 4.980,00

APÊNDICE B: Roteiro de edição

Título do projeto: Eterna paixão Formato: Documentário


Diretor: Ariane Fonseca Roteirista: Ariane Fonseca
Produção: Ariane Fonseca Editor: Fábio Machado
Cinegrafista: Wesley Soares Duração: 1h20min

IMAGEM/EFEITOS TEXTO/ÁUDIO
1. ABERTURA

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Abre BG: Trilha Hino do Corinthians – Tango


tela preta na qual aparece a
82

seguinte frase em branco,


centralizado, de forma gradativa (o
“100 anos de” em letra menor):

Texto:

100 anos de
GLÓRIAS

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, entram as seguintes
imagens em sequência. Escolher
as melhores partes de cada para
fazer uma mixagem rápida,
mostrando os momentos mais
marcantes de cada ano (deixar a
última imagem com o áudio
original). Deixar duas bordas pretas
(em cima e em baixo) para diminuir
tela com a imagem. Cerca de 20”.

• Quebra do tabu de 1968


Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 2)
Time code: 03:52 a 04:09

• Título Brasileiro de 1990


Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 5)
Time code: 22:49 a 23:09

• Título Mundial de 2000


Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 7)
Time code: 15:26 a 15:56
SONORA 1/ HELENA RODRIGUES:
Fita: 9 DI: “Todas as emoções (...)
Time code: 00h08m28s00 a DF: e que o Corinthians dá”.
00h08m55s30

GC:
Helena Rodrigues
Torcedora fiel

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Abre


uma tela branca na qual aparece a
seguinte frase em preto,
83

centralizado, de forma gradativa (o


“100 anos de” em letra menor):

Texto:

100 anos de
RAÇA

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, entram as seguintes
imagens em sequência. Escolher
as melhores partes de cada para
fazer uma mixagem rápida,
mostrando os momentos mais
marcantes de cada ano (deixar a
última imagem com o áudio
original). Deixar duas bordas pretas
(em cima e em baixo) para diminuir
tela com a imagem. Cerca de 20”.

• Gol do Tevez contra o


Palmeiras
Fita: Pasta ‘Abertura’
Time code: 00:05 a 00:19

• Gol do J. Wagner contra o


São Paulo
Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 8)
Time code: 23:25 a 23:35

• Gol do Basílio em 1977


Fita: DVD ‘23 anos em 7 segundos’
Time code: 01:19:08 a 01:19:26
SONORA 2/ WLADIMIR:
Fita: 10 DI: “A pior coisa para mim era ficar fora
Time code: 00h07m28s00 a de jogo (...)
00h08m00s30 DF: e acabava seguindo o jogo”.
Obs.: Problemas no áudio.

GC:
Wladimir dos Santos
Lateral-esquerdo de 1972 a 1987

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Aparece novamente a tela preta na
qual aparece a seguinte frase em
84

branco, centralizado, de forma


gradativa (o “100 anos de” em letra
menor):

Texto:

100 anos de
PAIXÃO

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, entram as seguintes
imagens em sequência. Escolher
as melhores partes de cada para
fazer uma mixagem rápida,
mostrando os momentos mais
marcantes de cada ano (deixar a
última imagem com o áudio
original). Deixar duas bordas pretas
(em cima e em baixo) para diminuir
tela com a imagem. Cerca de 20”.

• Invasão em 76
Fita: DVD “Invasão corintiana”
(faixa 1 – especial torcida)
Time code: 21:02 a 21:19

• Torcida chorando a queda


Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 9)
Time code: 01:38 a 01:55

• Torcida cantando “Eu nunca


vou te abandonar porque eu
te amo”
Fita: DVD ‘Fiel’
Time code: 01:17:57 a 01:18:27 SONORA 3/ ERNESTO TEIXEIRA:
DI: “Sabe, eu nasci corintiano, podes
Fita: 8 crer eu não me engano (...)
Time code: 00h02m41s00 a DF: a gente nasce corintiano”.
00h03m01s30
Obs.: Problemas no áudio e na
imagem.

GC:
Ernesto Teixeira
Presidente do Comitê de
Preservação da Memória
85

Corinthiana BG: Trilha “Aqui tem um bando de


louco”
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra
animação com o título do
documentário. Ver a abertura do
especial do Sportv no DVD
‘Corinthians campeão de 1954 a
2008’ (take 9 – 00:12 a 00:20), pois
será neste estilo.

Texto:

Eterna paixão
100 anos de um amor em preto e
branco

2. PRIMEIROS 10 ANOS

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de máquina de escrever para


Aparece arte mostrando uma foto o texto e trilha lenta
do Miguel Bataglia no canto
esquerdo com a seguinte frase:

Texto:

“O Corinthians será o time do povo,


e o povo é quem vai fazer o time”.
Miguel Bataglia, primeiro presidente
do clube

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha Hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1910), logo em
seguida o ano 1910 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Texto:

Um nascimento glorioso

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Na BG: Trilha de ‘Saudosa Maloca’ e efeito


sequência, entram fotografias do de máquina de escrever para a frase
bairro Bom Retiro (devagar),
presentes na pasta 1. Aparece a
seguinte frase no canto esquerdo
da tela:
86

Texto:

Bom Retiro, local onde tudo


começou

Fita: 8 SONORA 4/ ERNESTO TEIXEIRA:


Time code: 00h03m17s29 a DI: “O Corinthians nasceu da inspiração
00h03m56s01 de um grupo (...)
Obs.: Problemas no áudio e na DF: esse time de futebol”.
imagem.

GC:
Ernesto Teixeira
Presidente do Comitê de
Preservação da Memória
Corinthiana

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Durante a sonora de Ernesto,
intercalar no momento que ele fala
as fotografias da pasta 2. Usar as
seguintes legendas:

Texto:

Família Bataglia, do fundador do


clube

Jornal “O Commercio de São


Paulo”, de 22 de setembro de 1910,
anunciando o nascimento do
Corinthians

Corinthian Football Club, time


inglês que inspirou a criação do
Timão
SONORA 5/ CELSO UNZELTE:
Fita: 1 DI: “Anselmo Corrêa (...)
Time code: 0h16m59s20 a DF: era ele que escalava o time”.
0h17m47s30

GC:
Celso Unzelte
Jornalista e pesquisador da história
do futebol

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Durante a sonora de Celso,
87

intercalar no momento em que ele


cita, as fotografias da pasta 3. Usar
as seguintes legendas:

Texto:

Fundadores do Corinthians

Símbolo de fundação do clube

Time de 1913
BG: Trilha lenta
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo
em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

O primeiro presidente do clube foi


Miguel Bataglia. É dele, aliás, a
sugestão do nome Sport Club
Corinthians Paulista. Entre os
craques da década, destaques para
Amílcar e Neco.
BG: Efeito de câmera fotográfica e trilha
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo de ‘Saudosa Maloca’
em seguida, entram as fotografias
da pasta 4, com as seguintes
legendas:

Texto:

Miguel Bataglia
Primeiro presidente do Corinthians

Amílcar
Centroavante de 1913 a 1923

Neco
Ponta-esquerda e centroavante de
1913 a 1930
SONORA 6/ CELSO UNZELTE:
Fita: 1 DI: “Dinheiro foi à primeira dificuldade
Time code: 0h24m09s12 a do Corinthians (...)
0h26m34s26 DF: Entrada no futebol Paulista”.

SEQUÊNCIAS DE IMAGENS:
88

Durante a fala aparecem as


fotografias da pasta 5, com as
seguintes legendas:

Texto:

A bola foi comprada por 6 mil réis

O primeiro uniforme do Corinthians


era creme, com gola e punhos
pretos, e calções brancos

Registro de jogo mais antigo do


Corinthians, em 1913
BG: Trilha lenta
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo
em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

O campeonato Paulista de 1914 é o


primeiro título do Corinthians. Dois
anos depois, o clube se consagra
campeão mais uma vez, de forma
invicta.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Em
seguida, entra imagens dos títulos
de 1914 e 1916 (usar o BG
original).

Fita: DVD ‘Corinthians campeão de


1954 a 2008’ (11 - extra)
Time code: 00:02 a 00:14
BG: Trilha lenta
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo
em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

A maior rivalidade corintiana


também nasce na década de 1910.
Até hoje, o clássico Corinthians e
Palmeiras mexe com o coração dos
89

torcedores.
SONORA 7/ CELSO UNZELTE:
Fita: 1 DI: “No início era o Corinthians, fundado
Time code: 0h48m13s00 a em 1910 (...)
0h49m16s30 DF: a esse novo clube, que era o
Palestra Itália”.
SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
imagens da pasta 6, com as
seguintes legendas:

Texto:

Carteira social do Palestra Itália de


1915

Time do Palestra em 1920

Jogo entre Corinthians e Palestra


em 1920
SONORA 8/ DEMETRIUS:
Fita: 6 DI: “Pode tá um super time de um lado
Time code: 00h00m36s00 a e um time medíocre (...)
00h00m54s30 DF: o que é um Palmeiras e
Obs.: Problema de quebra de time Corinthians”.
code.

GC:
Demetrius Figueiredo
Torcedor do Palmeiras
BG: Trilha de Caju e Castanha -
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Corinthians x Palmeiras
Quando ele terminar, fazer uma
montagem com as duas torcidas.
Cerca de 17’.

• Torcida do Palmeiras
Fita: Pasta ‘Abertura’
Time code: a partir de 01:08

• Torcida do Corinthians
Fita: Pasta ‘Abertura’
Time code: a partir de 00:24

3. ANOS 20

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha Hino do Corinthians em
90

cronologia no centro da tela (vem sax


de 2010 até 1920), logo em
seguida o ano 1920 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

A década da vitória: seis títulos,


dois tri

Fita: 8 SONORA 9/ ERNESTO TEIXEIRA:


Time code: 00h04m26s00 a DI: “Nos anos 20, nós tivemos dois (...)
00h04m41s20 DF: por essas conquistas”.
Obs.: Problemas no áudio e na
imagem.

GC:
Ernesto Teixeira
Presidente do Comitê de
Preservação da Memória
Corinthiana

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Quando ele terminar, entram
imagens sobre os títulos dessa
década (usar o BG original).

Fita: DVD ‘Corinthians campeão de


1954 a 2008’ (11 - extra)
Time code: 00:28 a 01:35

Fita: 1 SONORA 10/ CELSO UNZELTE:


Time code: 0h40m14s00 a DI: “Tuffi, Grané e Del Debbio (...)
0h41m08s30 DF: Com um verdadeiro timaço”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem as
imagens da pasta 7, com as
seguintes legendas:

Texto:

Tuffy
Goleiro de 1928 a 1931

Grané
Lateral-direito de 1924 a 1932

Del Debbio
Lateral-esquerdo de 1922 a 1931,
91

em 1937 e 1939

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Em 1926, o Corinthians compra o


Parque São Jorge – o estádio do
clube até hoje. O primeiro local
onde o time manda suas partidas é
o campo da Ponte Grande.

Fita: 1 SONORA 11/ CELSO UNZELTE:


Time code: 0h46m12s00 a DI: “Tinha essa necessidade de um
0h46m48s30 campo maior e próprio (...)
DF: Primeiras arquibancadas de
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: madeira do Parque São Jorge”.
Enquanto ele fala, entram
fotografias da pasta 8, com as
seguintes legendas:

Texto:

Ponte Grande foi o primeiro campo


oficial do Corinthians

Torcida corintiana nos anos 20

Parque São Jorge atualmente

Fita: 7 SONORA 12/ MOYSÉS FERREIRA:


Time code: 00h06m48s00 a DI: “Quando tinha jogo no Parque São
00h07m25s30 Jorge (...)
DF: tinha que desembolsar tudo do
GC: bolso”.
Moysés Ferreira
Torcedor fiel centenário

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
fotografias da pasta 9, com as
seguintes legendas:

Texto:
92

Moysés era cobrador de bonde na


década de 20

Bonde que Moysés trabalhava

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Quando ele terminar, entram
imagens do Parque São Jorge.

Fita: Pasta ‘Anos 20’


Time code: 00:01 a 00:07

Fita: 7 SONORA 13/ MOYSÉS FERREIRA:


Time code: 00h08m02s00 a DI: “Quanto mais prejuízo me dava (...)
00h08m08s30 DF: mais eu ficava gostando do
Corinthians”.

4. ANOS 30

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha Hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1930), logo em
seguida o ano 1930 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Texto:

Depois de um começo ruim, mais


um tri para a história

Fita: 2 SONORA 14/ CELSO UNZELTE:


Time code: 0h06m35s28 a DI: “Começa a melhorar no final de
0h07m06s00 1934 (...)
DF: a média dele é comparável com a
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: do Pelé”.
Enquanto ele fala, aparecem
imagens da pasta 10, com as
seguintes legendas:

Texto:

Teleco
Centroavante de 1934 a 1944

Jornal “A Gazeta”, de 21 de outubro


de 1935. Destaque para Teleco no
jogo Vasco e Corinthians
93

Jogo entre Corinthians e Santos,


em 1939

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, aparecem imagens
dos títulos de 37, 38 e 39 (usar o
BG original).

Fita: DVD ‘Corinthians campeão de


1954 a 2008’ (11 - extra)
Time code: 01:37 a 02:10

5. ANOS 40

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha Hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1940), logo em
seguida o ano 1940 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Uma década difícil

Fita: 2 SONORA 15/ CELSO UNZELTE:


Time code: 0h11m45s00 a DI: “A década de 40 está para o
0h12m37s30 corintiano (...)
DF: O próprio Domingos da Guia para o
GC: Corinthians”.
Celso Unzelte
Jornalista e pesquisador da história
do futebol

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, usar as imagens
da pasta 11, com as seguintes
legendas:

Texto:

Time do começo da década de 40

Domingos da Guia
Zagueiro-central de 1944 a 1948

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
94

centralizado, aparece:

Texto:

O único título do Corinthians na


década é o Paulista de 1941.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Entram imagens do título (usar o
BG original).

Fita: DVD ‘Corinthians campeão de


1954 a 2008’ (11 - extra)
Time code: 02:12 a 02:18

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha “Gol de Baltazar”


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

As melhores conquistas da época


são as contratações de Cláudio
Christóvam e Baltazar, em 45, e
Luizinho, em 49. Os três mudam a
cara do time paulista.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Depois, entram imagens dos
jogadores presentes na pasta 12,
com as seguintes legendas:

Texto:

Cláudio Christóvam
Ponta-direita de 1945 a 1957
É o maior artilheiro da história do
clube, com 306 gols

Baltazar
Centroavante de 1945 a 1957
Craque com os gols de cabeça

Luizinho
Meia-direita de 1948 a 1960 e de
1964 a 1967
Amado pela torcida, recebeu o
95

apelido de “pequeno polegar”

5. ANOS 50

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha Hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1950), logo em
seguida o ano 1950 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Os anos de ouro

Fita: 4 SONORA 16/ ORLANDO DUARTE:


Time code: 00h16m23s11 a DI: “O Corinthians teve uma década que
00h17m00s30 se pode (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: o campeonato para o Corinthians
não foi fácil”.
GC:
Orlando Duarte
Jornalista

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Depois que ele termina de falar,
entram as imagens dos títulos (usar
o BG original).

Fita: DVD “Corinthians campeão de


1954 a 2008” (11 - extra)
Time code: 02:32 a 04:23

Fita: 8 SONORA 17/ PAULO ELORZA:


Time code: 00h26m54s00 a DI: “Eu tinha 13 anos, o estádio estava
00h27m45s30 lotado (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: foi um jogo eletrizante”.

GC:
Paulo Elorza
Membro da velha-guarda dos
Gaviões da Fiel

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
fotografias da pasta 14.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
96

centralizado, aparece:

Texto:

Em 1955, começa um das fases


mais difíceis da história corintiana:
o tabu de quase 23 anos sem
ganhar títulos importantes.

Fita: 3 SONORA 18/ MILTON NEVES:


Time code: 00h03m40s00 a DI: “Depois de 54, só foi campeão em
00h03m50s30 77 (...)
DF: foi a que mais cresceu no Brasil”.
GC:
Milton Neves
Jornalista

Fita: 6 SONORA 19/ CLAUDIO NICOLINI:


Time code: 00h02m27s00 a DI: “Muitas vezes o Corinthians
00h02m43s30 montava grandes esquadrões (...)
Obs.: Problema de quebra de time DF: mesmo no Pacaembu que é
code. considerado a casa do Corinthians”.

GC:
Claudio Nicolini
Torcedor do Santos

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Em 1957, começa um novo tabu.


Na época do jejum, para piorar a
situação do clube, o Corinthians
fica 11 anos sem vencer o Santos,
de Pelé, em campeonatos
Paulistas. A salvação do final da
década é a contratação do
presidente Vicente Matheus, em
1959.
SONORA 20/ ORLANDO DUARTE:
Fita: 4 DI: “O Vicente Matheus, que muita
Time code: 00h21m36s00 a gente gostava de (...)
00h21m51s00 DF: para salvar o Corinthians”.
Obs.: Problemas no áudio.
97

GC:
Orlando Duarte
Jornalista
BG: Trilha lenta
SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, intercalar
algumas imagens da pasta 15.
Deixar algumas imagens para
quando ele terminar de falar.

6. ANOS 60

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha Hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1960), logo em
seguida o ano 1960 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

10 anos, nenhum título importante

Fita: 3 SONORA 21/ MILTON NEVES:


Time code: 00h12m47s00 a DI: “Esse desespero que o Corinthians
00h13m08s30 tinha de quebrar tabu (...)
DF: em 64, foi 7x 4”.
GC:
Milton Neves
Jornalista

Fita: 8 SONORA 22/ PAULO ELORZA:


Time code: 00h21m08s29 a DI: “Era um desgosto violento pelo
00h21m26s30 resultado (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: mais amor a gente tinha pelo
Corinthians”.
GC:
Paulo Elorza
Membro da velha-guarda dos
Gaviões da Fiel

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Trilha ‘Doutor eu não me engano’


Quando ele terminar, mostra a
torcida nesta época.

Fita: DVD “Corinthians campeão de


1954 a 2008” (faixa 3)
Time code: 05:00 a 05:15
98

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Apesar do sofrimento, a década de


1960 tem seu aspecto positivo. A
primeira surpresa vem em 1965,
com a contratação do craque
Rivelino.

Fita: 4 SONORA 23/ ORLANDO DUARTE:


Time code: 00h22m58s00 a DI: “Era o reizinho do parque (...)
00h23m16s00 DF: foi um erro o Corinthians negociá-
Obs.: Problemas no áudio. lo”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparece imagem
de Rivelino jogando.

Fita: DVD “Todo poderoso: o filme”


Time code: 00:50:33 a 00:50:45

Legenda:
Rivelino
Meia-esquerda de 1965 a 1974

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Mas a maior surpresa mesmo,


neste período de escassez de
títulos, vem em 1968. No dia 6 de
março, o Corinthians quebra um
tabu de quase 11 anos sem vencer
o Santos em campeonatos
Paulistas. Os gols de Paulo Borges
e Flávio dão a alegria de volta ao
corintiano.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Trilha “Amor branco e preto” – Rita


Entram as imagens dos gols, com Lee
99

as seguintes legendas:

Texto:

Gol de Paulo Borges

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 2)
Time code: 03:15 a 03:30

Gol de Flávio que deu a vitória ao


Corinthians

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 2)
Time code: 03:52 a 04:09

Fita: 6 SONORA 24/ CLAÚDIO NICOLINI:


Time code: 00h03m41s00 a DI: “Foi um jogo do campeonato
00h04m28s15 Paulista no meio de semana (...)
Obs.: Problema de quebra de time DF: conseguirem vencer o Santos de
code. Pelé”.

GC:
Cláudio Nicolini
Torcedor do Santos

Fita: 3 SONORA 25/ MILTON NEVES:


Time code: 00h11m07s00 a DI: “Terminou o jogo, o Pacaembu tinha
00h11m57s30 89, 90 mil pessoas (...)
DF: Rivelino é o novo Pelé”.
GC:
Milton Neves
Jornalista

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, entram as
imagens do final do jogo.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 2)
Time code: 04:20 a 04:45

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:
100

Texto:

Em 1969, nasce um novo presente


para o clube: os Gaviões da Fiel.
Hoje, eles são considerados a
maior torcida organizada do Brasil.

Fita: 5 SONORA 26/ EDUARDO PONTES:


Time code: 00h00m16s00 a DI: “A Gaviões da Fiel nasceu em 1969
00h00m57s30 (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: para mudar esse contexto da
ditadura que tinha lá”.
GC:
Eduardo Pontes
Atual presidente dos Gaviões da
Fiel

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Depois que ele terminar, entra
imagem da torcida cantando.

Fita: DVD ‘Fiel’


Time code: 01:17:57 a 01:18:27

Fita: 7 SONORA 27/ THALITA MIRANDA:


Time code: 00h07m47s00 a DI: “O principal do Corinthians é a
00h07m56s30 torcida (...)
DF: ajuda o time, empurra o time”.
GC:
Thalita Miranda
Torcedora do São Paulo

Fita: 5 SONORA 28/ EDUARDO PONTES:


Time code: 00h01m19s00 a DI: “Eles escolheram gaviões porque
00h01m31s30 gaviões era uma ave (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: de índios guerreiros”.

7. ANOS 70

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha do hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1970), logo em
seguida o ano 1970 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Texto:
101

A volta da alegria

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Trilha lenta


Aparece tela preta com o seguinte
texto em branco, centralizado:

Texto:

Os anos 1970 começam com o pé


direito para o Corinthians. Nessa
época, surgem craques que vão
fazer toda a diferença no time.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de máquina fotográfica para


Entram as imagens da pasta 16, a mudança de fotos e trilha animada
com as seguintes legendas:

Texto:

Zé Maria
Lateral-direito de 1970 a 1983

Vaguinho
Ponta-direita de 1971 a 1981

Wladimir
Lateral-esquerdo de 1972 a 1987

Basílio
Meia-direita de 1975 a 1981

Geraldão
Centroavante de 1975 a 1981

Palhinha
Ponta de lança de 1977 a 1980

Amaral
Zagueiro de 1978 a 1981

Sócrates
Meia-direita de 1978 a 1984

Biro-Biro
Volante de 1978 a 1988

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


102

em seguida, uma tela preta com o


seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Em 1971 e 72, o clube faz boa


campanha no Campeonato
Brasileiro, recém criado. Em 74,
chega à final do Paulista, mas
perde para o Palmeiras. O ápice da
alegria alvinegra vem em 76, com a
invasão corintiana ao Maracanã,
valendo vaga para a final do
Brasileiro daquele ano.

Fita: 4 SONORA 29/ ORLANDO DUARTE:


Time code: 00h23m25s00 a DI: “Se há um caso que me emociona
00h23m33s30 na vida (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: foi essa invasão do Corinthians”.

GC:
Orlando Duarte
Jornalista

Fita: 12 SONORA 30/ CARLOS DE LIMA:


Time code: 0h36m11s00 a DI: “Eu fui de carona (...)
0h36m53s30 DF: Foi invasão mesmo”.

GC:
Carlos de Lima
Torcedor fiel

Fita: 11 SONORA 31/ GUILHERME ROCCO:


Time code: 0h01m00s00 a DI: “Segundo dados da imprensa (...)
0h01m23s30 DF: anti-Fluminense, anti-pó-de-arroz”.

GC:
Guilherme Rocco
Torcedor fiel

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Trilha “Corinthians do meu


Enquanto ele fala, aparecem coração”
imagens da pasta 17.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Depois que ele termina, fazer uma
edição das melhores imagens
103

abaixo da torcida chegando no Rio


de Janeiro. Cerca de 20’.

Fita: DVD “Invasão corintiana”


(faixa 1 – especial torcida)
Time code: 12:49 a 12:53
Time code: 13:21 a 13:28
Time code: 16:04 a 16:09
Time code: 16:57 a 17:09
Time code: 17:17 a 17:22
Time code: 19:11 a 19:20
Time code: 19:41 a 19:47

Fita: 10 SONORA 32/ WLADIMIR:


Time code: 00h10m45s00 a DI: “Eu vi um momento só parecido com
00h11m08s30 esse (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: lá no Hotel esperando a gente”.

GC:
Wladimir dos Santos
Lateral-esquerdo de 1972 a 1987

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, entra imagem da
torcida dentro do estádio.

Fita: DVD “Invasão corintiana”


(faixa 1 – especial torcida)
Time code: 21:02 a 21:19

Fita: 11 SONORA 33/ GUILHERME ROCCO:


Time code: 0h05m00s00 a DI: “Foi semifinal, é lógico que o
0h05m44s30 Fluminense começou (...)
DF: mas foi uma chuva”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra BG: Trilha de suspense


imagem da hora dos pênaltis.

Fita: DVD “Invasão corintiana”


(faixa 2 – compacto do jogo)
Time code: 43:24 a 43:44

Fita: 11 SONORA 34/ GUILHERME ROCCO:


Time code: 00h06m21s00 a DI: “Pênalti é pênalti né, loteria. O
00h06m31s30 Tobias pegou (...)
DF: que foi campeão do Mundo pela
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: seleção Brasileira”.
104

Enquanto ele fala, entram imagens


da última defesa do Tobias. Deixar
o momento que o locutor diz que o
Corinthians foi para a final por
último (usar o áudio original).

• Defesa do Tobias
Fita: DVD “Invasão corintiana”
(faixa 2 – compacto do jogo)
Time code: 45:19 a 45:24

• Final do jogo
Fita: DVD “Invasão corintiana”
(faixa 2 – compacto do jogo)
Time code: 48:17 a 48:34
BG: Trilha lenta
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo
em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Depois da invasão ao Maracanã, o


Corinthians viaja para o Sul a fim
de tentar quebrar o tabu de títulos,
que perdurava desde 1955. Mas
ainda não é desta vez que o time
traz a alegria de volta para o
torcedor.
SONORA 35/ ELISANDRO:
DI: “Na final de 76, o Corinthians foi
Fita: 7
para o Beira-Rio (...)
Time code: 00h01m10s00 a
DF: e o Internacional se tornou
00h01m31s30
campeão Brasileiro de 76”.
Obs.: Problemas na cor (escuro).

GC:
Elisandro Bortolamedi
Torcedor do Internacional

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra


imagem do primeiro gol do
Internacional (áudio original).

Fita: DVD “Invasão corintiana”


(faixa 3 – compacto da final)
Time code: 10:52 a 11:09
SONORA 36/ WLADIMIR:
105

Fita: 10 DI: “Nós ficamos em um hotel, no centro


Time code: 00h14m03s06 a da cidade, em Porto Alegre (...)
00h14m45s20 DF: tem que ganhar o campeonato
Obs.: Problemas no áudio. dentro de campo”.

GC:
Wladimir dos Santos
Lateral-esquerdo de 1972 a 1987

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

O grito de “É campeão!” da torcida


corintiana vem no ano seguinte,
exatamente depois de 22 anos, oito
meses e sete dias de jejum, com o
título do campeonato Paulista de
1977.
SONORA 37/ ERNESTO TEIXEIRA:
Fita: 8 DI: “A final foram três partidas (...)
Time code: 00h09m14s29 a DF: gol da redenção”.
00h10m12s00
Obs.: Problemas no áudio e na
imagem.

GC:
Ernesto Teixeira
Presidente do Comitê de
Preservação da Memória
Corinthiana

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra


imagem depois do gol do Basílio
(com áudio original).

Fita: DVD ’23 anos em 7 segundos’


Time code: 01:11:20 a 01:11:57
SONORA 38/ CELSO UNZELTE:
Fita: 1 DI: “Foi uma Copa do Mundo (...)
Time code: 00h09m13s00 a DF: em preto e branco”.
00h09m16s30

GC:
Celso Unzelte
106

Jornalista e pesquisador da história


do futebol

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Mostra torcida antes do jogo.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 3)
Time code: 20:04 a 20:15
SONORA 39/ HELENA RODRIGUES:
Fita: 9 DI: “Foi a coisa mais linda que você
Time code: 00h17m44s00 a pode imaginar (…)
00h17m52s30 DF: São Paulo parou, mas parou”.

GC:
Helena Rodrigues
Torcedora fiel
SONORA 40/ BASÍLIO:
Fita: 5 DI: “O nosso time de 77 era um time
Time code: 00h23m16s00 a muito experiente (...)
00h23m54s30 DF: todo mundo sabia que aquela era a
Obs.: Problemas no áudio. hora”.

GC:
João Roberto Basílio
Meia-direita de 1975 a 1981

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

O fim do tabu corintiano estava


escrito. Na noite antes da final com
a Ponte Preta, o técnico Oswaldo
Brandão – que era cardecista –
sonha que a vitória viria pelos pés
de Basílio.
SONORA 41/ BASÍLIO:
Fita: 5 DI: “Ele pela manhã, como eu e o Zé
Time code: 00h21m02s00 a Maria estávamos (…)
00h21m25s30 DF: e isso acabou se confirmando à
Obs.: Problemas no áudio. noite”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, aparece a imagem de
107

Basílio fazendo o gol. Deixa áudio


do Basílio narrando o gol. Se
precisar, colocar a imagem em
câmera lenta.

• Imagem do gol
Fita: DVD ‘23 anos em 7 segundos’
Time code: 01:19:08 a 01:19:51

• Áudio do Basílio
Fita: 5
Time code: 00h25m26s00 a
00h26m07s30
SONORA 42/ JOSÉ BATISTA:
DI: “Eu sou de 62, 77 foi a primeira vez
Fita: 7
que eu vi o meu time ser campeão (...)
Time code: 00h23m11s00 a
DF: nunca vai ser igual esse título de
00h23m49s30
77, foi incrível”.
GC:
José Batista de Souza
Torcedor fiel
BG: Trilha “Corinthians do meu
coração”
SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
imagens da pasta 18.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Em
seguida, mostra comemoração da
torcida depois do fim da partida.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 3)
Time code: 22:14 a 22:50

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Livre da responsabilidade de
quebrar um tabu, depois de 1977, o
Corinthians começa a jogar mais
bonito, principalmente por causa da
chegada de Amaral, Biro-Biro e
Sócrates. Mas título mesmo, neste
final de década, só o Paulista de
108

1979.
SONORA 43/ WLADIMIR:
Fita: 10 DI: “Esse ai, eu diria que foi mamão
Time code: 00h30m18s00 a com açúcar (...)
00h30m54s25 DF: era um time melhor do que da
Obs.: Problemas no áudio. Ponte, na verdade”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, entram imagens
da final do Paulista. Deixar o
locutor dizendo que o Corinthians é
campeão para depois que ele
terminar de falar.

• Imagem da final
Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 4)
Time code: 01:44 a 02:06

• Clube levantando a taça


Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 4)
Time code: 02:52 a 03:05

8. ANOS 80

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha do hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1980), logo em
seguida o ano 1980 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Texto:

Um Corinthians democrático

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra BG: Trilha lenta


tela preta com letra escrita em
branco, centralizada, com o
seguinte texto:

Texto:

Como o Brasil sonhava, o


Corinthians passa a viver tempos
de liberdade a partir de 1982.
Comandado por Sócrates, Wladimir
109

e Casagrande, o clube cria a


chamada “democracia corintiana”,
que dura até 1984. Em campo,
essa mudança de filosofia reflete
em um bi campeonato Paulista
depois de 30 anos.

Fita: 8 SONORA 44/ ERNESTO TEIXEIRA:


Time code: 00h13m51s00 a DI: “O Corinthians tem uma relação com
00h14m38s26 essa coisa da democracia (...)
Obs.: Problemas no áudio e DF: a situação política do país”.
imagem.

GC:
Ernesto Teixeira
Presidente do Comitê de
Preservação da Memória
Corinthiana

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
imagens da pasta 20.

Fita: 10 SONORA 45/ WLADIMIR:


Time code: 00h42m31s00 a DI: “Um dos motivos que nos levaram a
00h43m06s30 dar ênfase (...)
Obs.: Problemas no áudio. DF: e isso a gente conseguiu passar”.

GC:
Wladimir dos Santos
Lateral-esquerdo de 1972 a 1987

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de câmera fotográfica e trilha


Depois que ele terminar, entram “Pra não dizer que não falei das flores”
imagens da pasta 21, com as – Geraldo Vandré
seguintes legendas:

Texto:

O Brasil lutava contra a ditadura


militar

Movimento das “Diretas, já” no país

Os jogadores mudaram o uniforme


para pedir democracia

Faixa incentivando a democracia


110

era levada em todos os jogos


SONORA 46/ WLADIMIR:
Fita: 10 DI: “A diretoria, para contratar um
Time code: 00h36m20s00 a jogador (...)
00h36m43s30 DF: é individualista, só pensa nele”.
Obs.: Problemas no áudio.

SONORA 47/ ERNESTO TEIXEIRA:


Fita: 8 DI: “Tudo que se faz na vida, está
Time code: 00h15m15s00 a relacionado (...)
00h15m43s30 DF: teria sido tri-campeão no Paulista”.
Obs.: Problemas no áudio e na
imagem.

BG: Hino do Corinthians – Cidade


SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Negra
Entram imagens das finais de 82 e
83, com as seguintes legendas:

Texto:

1982
O Corinthians vence o São Paulo
na final por 3 a 1

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 4)
Time code: 05:27 a 05:49

1983
Novamente em cima do São Paulo,
o Corinthians ganha o 19 º título
estadual de sua história

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 4)
Time code: 10:24 a 10:31 BG: Trilha lenta

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Depois do fim da democracia, o


Corinthians só volta a ganhar um
título em 1988. Desacreditado pela
111

mídia e pelos rivais, o Timão


surpreende e vence “à moda de
Viola”. BG: Hino do Corinthians – Cidade
Negra
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra
imagens do gol de Viola, já na
prorrogação, e o locutor dizendo
que o Corinthians é novamente
campeão.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 4)
Time code: 11:15 a 11:35

9. ANOS 90

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha do hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 1990), logo em
seguida o ano 1990 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Texto:

Corinthians dono do Brasil

Fita: 12 SONORA 48/ DINEI:


Time code: 0h00m50s00 a DI: “O primeiro Brasileiro em 90 (…)
0h01m08s30 DF: Deve muito ao Neto, ao Ronaldo,
Obs.: Problemas no áudio. Márcio, Tupãzinho (...)

GC:
Dinei Pires
Centroavante de 1990 a 1992 e de
1998 a 2000

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Assim BG: Efeito de câmera fotográfica


que ele terminar, aparecem as
imagens da pasta 22, com as
seguintes legendas:

Texto:

Neto
Meia-esquerda de 1989 a 1993 e
de 1996 a 1997
112

Ronaldo
Goleiro de 1988 a 1998

Tupãzinho
Meia-direita de 1990 a 1996

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra


imagem do começo do jogo da final
(deixar o áudio original do locutor,
até o momento em que ele diz que
o Corinthians pode ganhar seu
primeiro Brasileiro).

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 5)
Time code: 01:30 a 01:48

Fita: 12 SONORA 49/ NETO:


Time code: 0h05m17s00 a DI: “Eu fui bastante efetivo (…)
0h05m44s30 DF: Todo mundo ganhou, isso que foi
importante para todos nós”.
GC:
José Ferreira Neto
Meia-esquerda de 1989 a 1993 e
de 1996 a 1997

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Depois que ele terminar, entra a
imagem do gol do título (áudio
original).

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 5)
Time code: 11:21 a 11:42

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Depois de 1990, o Corinthians


vence somente em 1995,
levantando a taça da Copa do
Brasil e mais uma vez o Paulista.
No campeonato nacional, destaque
para o novo craque da fiel:
113

Marcelinho Carioca, o jogador que


mais títulos conquistou nesses 100
anos de Timão.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de jornal


Entram fotografias da pasta 23,
com as seguintes legendas:

Texto:

Campeão do Paulista de 1995

Campeão da Copa do Brasil de


1995

Fita: 6 SONORA 50/ MARCELINHO:


Time code: 00h06m01s00 a DI: “Foi uma competição de tiro curto,
00h06m19s30 muito difícil (...)
Obs.: Problemas na cor e quebra DF: Zé Elias, Bernardo, Silvinho”.
de time code.

GC:
Marcelinho Carioca
Meia-atacante de 1994 a 1997, de
1998 a 2001 e em 2006

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Entram imagens do título de 95
(com o áudio original).

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 6)
Time code: 00:58 a 01:23

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Embalado pela boa fase, o Timão


fecha com chave de ouro a década
levantando a taça de campeão
Paulista, em 1997 e 1999; e o
tricampeonato Brasileiro, em 1998
e 1999.
114

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de jornal


Entram fotografias da pasta 24,
com as seguintes legendas:

Campeão do Paulista de 1997

Campeão do Brasileiro de 1998

Campeão do Paulista de 1999

Campeão do Brasileiro de 1999

Fita: 6 SONORA 51/ MARCELINHO:


Time code: 00h07m01s00 a DI: “Eu tinha já conquistado um título
00h07m34s00 Brasileiro (...)
Obs.: Problemas na cor e quebra DF: foi um êxtase total”.
de time code.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Entram imagens da final com o
Cruzeiro (áudio original no
começo).

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 6)
Time code: 13:04 a 13:47
SONORA 52/ DINEI:
Fita: 12 DI: “98 foi o meu ano, fui o melhor
Time code: 0h01m35s00 a jogador do Corinthians (…)
0h01m58s00 DF: Para mim, individual, foi meu
Obs.: Problemas no áudio. melhor ano no Corinthians”.

GC:
Dinei Pires
Centroavante de 1990 a 1992 e de
1998 a 2000

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
imagens dele jogando.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 6)
Time code: 12:30 a 12:48

Fita: 12 SONORA 53/ DINEI:


Time code: 0h01m58s00 a DI: “Em 99 eu já estava mais
0h02m14s30 preguiçoso (…)
115

Obs.: Problemas no áudio. DF: O Corinthians tem quatro estrelas,


eu participei de três”.

Fita: 6 SONORA 54/ MARCELINHO:


Time code: 00h07m35s00 a DI: “Ai a gente já tinha um time
00h08m05s30 entrosado (...)
Obs.: Problemas na cor e quebra DF: é muito gostoso ser campeão pelo
de time code. Corinthians”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
imagens da final de 99. Deixar as
últimas para depois que ele
terminar.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 6)
Time code: 22:07 a 22:47

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo BG: Trilha lenta


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Em 1999 e 2000, o Corinthians


chega bem perto de ganhar o único
título que nunca conquistou: a
Libertadores da América. Mas nas
duas oportunidades é
desclassificado pelo rival
Palmeiras.
SONORA 55/ MARCELINHO:
Fita: 6 DI: “Nós perdemos duas vezes nos
Time code: 00h10m26s00 a pênaltis (...)
00h11m03s30 DF: nós perdemos por questão de
Obs.: Problemas na cor e quebra detalhe”.
de time code.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Depois que ele terminar, aparecem
as imagens do pênalti perdido em
2000 (áudio original).

Fita: Pasta “Anos 90”


Time code: 02:23 a 02:45
116

Legenda:
Palmeiras x Corinthians
Marcelinho Carioca erra pênalti e
Timão é desclassificado da
Libertadores de 2000
SONORA 56/ DEMETRIUS:
Fita: 6 DI: “Qual foi o maior título que o
Time code: 00h04m57s00 a palmeirense já teve?
00h05m22s30 DF: em troca daquelas duas
Obs.: Problema na quebra de time eliminações do Corinthians, você pode
code. ter certeza”.

GC:
Demetrius Figueiredo
Torcedor do Palmeiras

10. ANOS 2000

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Efeito de mudança de número para


Aparece arte animada com uma a arte e trilha do hino do Corinthians em
cronologia no centro da tela (vem sax
de 2010 até 2000), logo em
seguida o ano 2000 sobe para a
parte de cima e aparece a frase:

Corinthians dono do mundo

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Hino do Corinthians - Guitarra


Entram imagens do Corinthians
levantando a taça de campeão do
Mundo.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 7)
Time code: 16:34 a 16:52

Fita: 11 SONORA 57/ DIGUINHO:


Time code: 0h16m55s00 a DI: “Foi lá que nasceu o grito nosso (...)
0h17m16s30 DF: e uns 25 mil nosso”.

GC:
Carlos Rodrigo Wendling
Torcedor fiel

Fita: 6 SONORA 58/ MARCELINHO:


Time code: 00h08m46s00 a DI: “Quando nós chegamos no
00h09m07s30 Maracanã e vimos (...)
117

Obs.: Problemas na cor e quebra DF: se superar e vencer”.


de time code.

Fita: 11 SONORA 59/ DIGUINHO:


Time code: 0h18m27s14 a DI: “O jogo foi zero a zero (...)
0h20m12s13 DF: rezou até chegar o horário dos
pênaltis”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Trilha de suspense


Entram imagens dos jogadores se
preparando para cobrar os pênaltis.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 7)
Time code: 07:53 a 08:11

Fita: 11 SONORA 60/ DIGUINHO:


Time code: 00h19m15s00 a DI: “Ed é da fiel. O Edmundo foi lá (...)
0h19m39s30 DF: aquele bandeirão baixando de
novo, em cima”.
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra
imagens do Edmundo perdendo o
pênalti e a torcida comemorando.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 7)
Time code: 15:26 a 15:56

Fita: 7 SONORA 61/ THALITA:


Time code: 00h09m19s00 a DI: “Para ganhar um Mundial de peso
00h09m40s00 (...)
DF: você um campeonato Mundial em
GC: outro estado?”
Thalita Miranda
Torcedora do São Paulo

Fita: 6 SONORA 62/ DEMETRIUS:


Time code: 00h09m53s00 a DI: “O único jogo que o Corinthians
00h10m12s30 venceu foi um que (…)
Obs.: Problemas na quebra de time DF: a gente vê como um torneio de
code. verão”.

GC:
Demetrius Figueiredo
Torcedor do Palmeiras

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


118

em seguida, uma tela preta com o


seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Depois de conquistar o Mundo, o


Corinthians embala uma sequência
de títulos para a alegria do
torcedor. É campeão Paulista, em
2001; campeão do Rio-São Paulo e
da Copa do Brasil, em 2002; e
novamente campeão Paulista, em
2003.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Trilha “Epitáfio corintiano”


Entram imagens do título Paulista
de 2001; do Rio-São Paulo e da
Copa do Brasil, em 2002; e do
Paulista de 2003, com as seguintes
legendas:

Texto:

Campeão Paulista de 2001

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 8)
Time code: 00:42 a 00:49

Campeão do Torneio Rio-São


Paulo, em 2002

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 8)
Time code: 16:21 a 16:41

Campeão da Copa do Brasil, em


2002

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 8)
Time code: 19:27 a 19:37

Campeão Paulista de 2003

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 8)
119

Time code: 26:46 a 26:54

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Como nem tudo é perfeito, os


problemas voltam a surgir no
Parque São Jorge no final de 2004.
O Corinthians assina uma polêmica
parceria com a MSI para a
temporada de 2005 e começa uma
história que vai, futuramente, trazer
uma das maiores tristezas para o
torcedor corintiano.

Fita: 2 SONORA 63/ MARÍLIA RUIZ:


Time code: 0h40m47s00 a DI: “Desde o começo ela foi muito
0h41m47s30 conturbada (…)
DF: Uma hora sabia-se que ia dar
GC: errado, e deu muito errado”.
Marília Ruiz
Jornalista

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: BG: Trilha “Timão êo”


Depois, entra uma animação
(aparece a foto, depois o nome –
um por vez) com a imagem dos
“Galácticos”. As fotos estão na
pasta 25. Usar a seguinte frase no
topo da animação, com as
seguintes legendas:

Texto:

Os galácticos de 2005

Carlos Alberto
Meia de 2005 a 2006

Carlitos Tevez
Atacante de 2005 a 2006

Marcelo Mattos
Volante de 2005 a 2006
120

Mascherano
Volante de 2005 a 2006

Nilmar
Atacante de 2005 a 2007

Roger
Meia de 2005 a 2007

Fita: 2 SONORA 64/ MARÍLIA RUIZ:


Time code: 0h41m53s00 a DI: “A polêmica do campeonato de 2005
0h42m08s30 certamente foi a anulação das partidas
(…)
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra DF: que depois se sagrou campeão
imagens do Corinthians levantando Brasileiro”.
a taça de campeão de 2005.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 8)
Time code: 34:13 a 34:39

Fita: 6 SONORA 65/ CLÁUDIO NICOLINI:


Time code: 00h08m36s00 a DI: “O título de 2005... pergunta para o
00h08m51s30 colorado! (...)
Obs.: Problemas na quebra de time DF: garfado, literalmente, roubado”.
code.

GC:
Cláudio Nicolini
Torcedor do Santos

Fita: 7 SONORA 66/ ELISANDRO:


Time code: 00h01m43s00 a DI: “Foi roubado, porque Fábio Costa
00h02m09s30 fez um pênalti (...)
Obs.: Problemas na cor (escuro). DF: dois títulos, um para o Corinthians e
outro para o Internacional”.
GC:
Elisandro Bortolamedi
Torcedor do Internacional

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:
121

Em 2006, a parceria com a MSI é


desfeita, a diretoria do Corinthians
se perde, o time dos galácticos é
desmontado e o clube passa o ano
sem títulos. Em 2007, fora de
campo, os Gaviões da Fiel criam o
movimento “Fora, Dualib” para tirar
o presidente do poder, depois de
um mandato de 14 anos.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra BG: Efeito de câmera fotográfica


imagens da pasta 26, com a
seguinte legenda:

Texto:

Mais uma vez, os Gaviões mostram


que não apenas torcem, mas lutam
pelos direitos do clube

Fita: 5 SONORA 67/ EDUARDO PONTES:


Time code: 00h12m10s00 a DI: “A gente precisou se mobilizar (...)
00h12m52s30 DF: vaidades deste Alberto Dualib”.
Obs.: Problemas no áudio.

GC:
Eduardo Pontes
Atual presidente dos Gaviões da
Fiel

Fita: 2 SONORA 68/ MARÍLIA RUIZ:


Time code: 0h45m56s00 a DI: “Eu avalio a presidência do Alberto
0h46m17s10 Dualib no Corinthians como um câncer
(…)
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo DF: O erro dele na frente do Corinthians
em seguida, uma tela preta com o foi muito grave”.
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Com a diretoria perdida e o clube


sem grandes jogadores, no dia 2 de
dezembro de 2007 o Corinthians
vive um dos momentos mais
difíceis de sua vida: a queda para a
série B do campeonato Brasileiro,
após empate com o Grêmio, em
122

Porto Alegre.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Aparecem as imagens da queda do
clube para a série B (áudio
original).

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 9)
Time code: 00:21 a 01:17
SONORA 69/ LUIZ CARLOS:
Fita: 8 DI: “Foi um jogo turbulento, num estádio
Time code: 00h36m41s00 a lotado (...)
00h37m12s30 DF: não ia ser brincadeira, não ia ser
Obs.: Problemas no áudio. fácil”.

GC:
Luiz Carlos Pereira
Torcedor fiel
SONORA 70/ DIGUINHO:
Fita: 11 DI: “A hora que ele apitou o final deu
Time code: 0h37m48s00 a aquela dor (...)
0h38m21s30 DF: eu comecei a pular e a gritar”.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparece a
torcida chorando.

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 9)
Time code: 01:18 a 01:36
SONORA 71/ MARÍLIA RUIZ:
Fita: 2 DI: “A participação do Corinthians no
Time code: 0h46m27s00 a Brasileiro de 2007 (…)
0h47m56s30 DF: de fato o Corinthians era um dos
piores”.
GC:
Marília Ruiz
Jornalista
SONORA 72/ DEMETRIUS:
Fita: 6 DI: “Nós passamos aproximadamente 5
Time code: 00h12m57s00 anos ouvindo os corintianos (...)
a00h13m27s30 DF: comemorei muito, gritei muito, soltei
Obs.: Problemas na quebra de time foguete, fiz a festa”.
code.

GC:
Demetrius Figueiredo
123

Torcedor do Palmeiras
BG: Trilha “Sou fiel” – Negra Li
SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Entram imagens da Fiel chorando.
E, logo em seguida, cantando “Eu
nunca vou te abandonar porque eu
te amo”.

• Torcida chorando
Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 9)
Time code: 01:38 a 01:55

• Torcida cantando
Fita: DVD ‘Fiel’
Time code: 01:17:57 a 01:18:27
BG: Trilha lenta
SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo
em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Apesar da tristeza, o Corinthians


levanta a cabeça, em 2008, e
investe em importantes
personagens que ajudam o clube a
passar pela série B com facilidade.
A torcida, mais uma vez, prova
porque é chamada de “fiel”.
BG: Trilha “Aqui tem um bando de
SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
loucos”
Aparece animação (a mesma
usada para os “galácticos”) com os
nomes que fizeram a diferença em
2008. Usar imagens da pasta 27.
No topo da animação, escrever a
seguinte frase, com as legendas:

Texto:

Os personagens da ascensão

Andrés Sanchez
Presidente desde o final de 2007

Mano Menezes
124

Técnico de 2008 a 2010

Felipe
Goleiro de 2007 a 2010

André Santos
Lateral-esquerdo de 2008 a 2009

Dentinho
Atacante desde 2007

William
Zagueiro desde 2008

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Aparece a torcida cantando “O
coringão voltou”.

Fita: DVD “Fiel”


Time code: 01:23:45 a 01:24:08
SONORA 73/ MARCELINHO:
Fita: 6 DI: “Eu vinha de um clube de massa
Time code: 00h13m01s00 a que era o Flamengo (...)
00h13m48s00 DF: pude vivenciar no sistema de
Obs.: Problemas na cor e quebra futebol”.
de time code.

GC:
Marcelinho Carioca
Meia-atacante de 1994 a 1997, de
1998 a 2001 e em 2006

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

A volta para a série A se concretiza


em partida contra o Ceará, no
Pacaembu. O grito de “É
campeão!” vem na 34ª rodada,
após uma vitória por 2 x 0 sobre o
Criciúma, em Santa Catarina.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Entra


imagem do árbitro apitando o fim
125

da partida – deixar áudio original


(mesclar as duas imagens).

Fita: DVD Corinthians campeão de


54 a 2008 (take 9)
Time code: 45:15 a 45:23
Time code: 49:13 a 49:36 SONORA 74/ LUIZ CARLOS:
DI: “Foi o prêmio dado. Pronto, nós
Fita: 8 erramos (...)
Time code: 00h40m43s00 a DF: estamos devolvendo a vocês a
00h40m52s30 felicidade”.
Obs.: Problemas no áudio.

GC:
Luiz Carlos Pereira
Torcedor fiel SONORA 75/ ORLANDO DUARTE:
DI: “A passagem por lá dá um pouco de
Fita: 4 humildade (...)
Time code: 00h34m22s14 a DF: qualquer um, a qualquer momento”.
00h34m45s20
Obs.: Problemas no áudio.

GC:
Orlando Duarte
Jornalista

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Entram imagens da torcida no
estádio e dos jogadores enquanto
Toquinho declama um poema
(intercalar imagens). Quando
terminar, entra torcida cantando “O
coringão voltou”:

• Imagens da torcida
Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 9)
Time code: 03:20 a 03:45

• Imagens de jogos
Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 9)
Time code: 05:41 a 05:44
Time code: 06:07 a 06:10
Time code: 07:23 a 07:32
Time code: 10:51 a 11:00
Time code: 13:50 a 13:57
Time code: 17:54 a 18:03
126

• Áudio Toquinho
Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 9)
Time code: 01:57 a 03:06

Legenda:
Poema do cantor e compositor
Toquinho, feito a pedido do
programa Globo Esporte, para a
volta do Corinthians a série A do
campeonato Brasileiro

• Torcida cantando
Fita: DVD Corinthians campeão de
54 a 2008 (take 9)
BG: Trilha lenta
Time code: 03:07 a 03:19

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

Em 2009, com o orgulho


recuperado, o Corinthians contrata
Ronaldo Fenômeno e embala dois
títulos: mais um Paulista e a Copa
do Brasil, que dá direito ao clube de
participar da Libertadores da
BG: Efeito de jornal
América no ano do centenário.

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Entram imagens dos dois títulos,
presentes na pasta 28, com as
seguintes legendas:

Texto:

26º título Paulista do Corinthians


SONORA 76/ MILTON NEVES:
Tri-campeão da Copa do Brasil
DI: “Mesmo com o Ronaldo em fim de
carreira (...)
Fita: 3
DF: continua muito forte”.
Time code: 00h17m07s12 a
00h17m24s08
127

GC:
Milton Neves
Jornalista

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, aparecem
imagens do Ronaldo.

Fita: Pasta “Anos 2000”


Time code: 00:05 a 00:16 BG: Trilha lenta

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Logo


em seguida, uma tela preta com o
seguinte texto em branco,
centralizado, aparece:

Texto:

O ano do centenário começa com a


contratação de mais um jogador de
peso: Roberto Carlos. O sonho é
montar um time de “galácticos”,
como o de 2005, para ganhar a tão
sonhada Libertadores. Mas ainda
não é desta vez. SONORA 77/ DEMETRIUS:
DI: “O melhor planejamento do
Fita: 6 Palmeiras esse ano (...)
Time code: 00h15m22s00 a DF: para poder dar os pêsames, né”.
00h15m41s30
Obs.: Problemas de quebra de time
code.

GC:
Demetrius Figueiredo
Torcedor do Palmeiras

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Enquanto ele fala, entram imagens
da partida.

Fita: Pasta “Anos 2000”


Time code: 00:15 a 00:29

Legenda:
Corinthians 2 x 1 Flamengo
Mesmo com o resultado positivo, o
Timão é desclassificado da
Libertadores mais uma vez SONORA 78/ BATISTA:
128

DI: “O Corinthians não consegue ganhar


Fita: 7 a Libertadores porque (...)
Time code: 00h27m39s00 a DF: ai sim o título vai vir naturalmente”.
00h28m07s30

GC:
José Batista de Souza
Torcedor fiel

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Quando ele terminar, entram
imagens do juiz apitando o final da
partida e a torcida cantando.

Fita: Pasta “Anos 2000”


Time code: 05:15 a 05:45 BG: Trilha “Sou fiel” – Negra Li

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Aparece uma tela preta por poucos
segundos e entram imagens da
torcida corintiana.

Fita: DVD “Fiel”


Time code: 01:25:42 a 01:26:25

SEQUÊNCIA DE IMAGENS:
Aparece tela preta com as
seguintes frases escritas em
branco, seguida das imagens:

Texto:

Em 100 anos de história, passaram


pelo Corinthians 1.251 jogadores

Fita: 4
Time code: 00h14m51s00 a
00h15m26s30

Comandados por 29 presidentes

Fita: 4
Time code: 00h12m52s00 a
00h13m40s30

Sempre apoiados por mais de 25


milhões de torcedores SONORA 79/ HELENA RODRIGUES:
DI: “O Corinthians é (…)
129

Fita: 9 DF: minha razão de viver”.


Time code: 00h00m30s00 a
00h00m37s30

GC:
Helena Rodrigues
Torcedora fiel SONORA 80/ CALOS DE LIMA:
DI: “O globo terrestre é redondo (...)
Fita: 12 DF: É a alegria do povo”.
Time code: 0h46m15s00 a
0h46m48s30

GC:
Carlos de Lima
Torcedor fiel

Texto:

Miguel Bataglia, o primeiro


presidente do clube, estava certo: o
Corinthians é o time do povo, e é o
povo quem escreve a história do
Corinthians.

11. ENCERRAMENTO

SEQUÊNCIA DE IMAGENS: Sobe BG: Trilha “Hino do centenário” – Tom


a ficha técnica, centralizada, com o Zé
fundo preto e o texto escrito em
branco. Na parte superior da tela,
fazer uma montagem com as fotos
da pasta 29 para mostrar os
bastidores das gravações.

Pesquisa, roteiro, produção e


direção
Ariane Fonseca

Imagens e edição
Supimpa produções

Agradecimentos
Ednelson Prado
José Batista de Souza
Lucinéa Fonseca de Souza
Pollyana Fonseca de Souza
Adriano Fonseca
Luciano Fonseca
130

Miguel Júnior
Ocimara Pereira
Celso Unzelte
Marília Ruiz
Jorge Rodrigues

Crédito das fotografias


Arquivo Celso Unzelte
Arquivo pessoal Moysés Ferreira
Comitê de Preservação da
Memória Corinthiana
Memorial Corinthians
www.flickr.com/nikefutebol
www.corinthians.com
www.globoesporte.com

Crédito das imagens de jogos


Canal 100
Documentário ‘Corinthians
campeão de 1954 a 2008’
Documentário ‘A invasão corintiana’
Filme ‘Fiel’
Filme ‘23 anos em 7 segundos: o
fim do tabu corintiano’
Filme “Todo poderoso”
Rede Globo de Televisão
TV Bandeirantes
TV Cultura
Youtube

Crédito das trilhas


Hino do Corinthians em saxofone,
guitarra e tango – CD ‘Hinos do
Timão’
Hino do Corinthians – Cidade
Negra
Hino do centenário – Tom Zé
‘Aqui tem um bando de loucos’ e
‘Timão êo’ – CD ‘Fiel torcida’
‘Saudosa Maloca’ – Adoniram
Barbosa
‘Corinthians x Palmeiras’ –
Castanha e Caju
‘Gol de Baltazar’ – Elsa Laranjeira
‘Amor branco e preto’ – Rita Lee
‘Meu coração é corintiano’ – Silvio
Santos
‘Corinthians do meu coração’ –
131

Toquinho
‘Epitáfio corintiano’ – Faeti
‘Sou fiel’ – Negra Li
‘Pra não dizer que não falei das
flores’ – Geraldo Vandré

Entrevistados

Jornalistas
Celso Unzelte
Marília Ruiz
Milton Neves
Orlando Duarte

Jogadores
Basílio
Dinei
Marcelinho Carioca
Neto
Wladimir

Torcedores fieis
Carlos de Lima
Carlos Rodrigo
Eduardo Pontes
Ernesto Teixeira
Guilherme Rocco
Helena Rodrigues
José Batista
José Mauro
Luiz Carlos
Moysés Ferreira
Paulo Elorza

Torcedores rivais
Cláudio Nicolini
Demetrius Figueiredo
Elisandro Bartolomedi
Thalita Miranda

Documentário realizado como


Trabalho de Conclusão de Curso
da faculdade de Jornalismo

FATEA - 2010

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