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A Cana de Açucar e sua Produção

A cana-de-açúcar é uma planta que pertence ao gênero Saccharum L.. Há pelo menos seis
espécies do gênero, sendo a cana-de-açúcar cultivada um híbrido multiespecífico, recebendo a
designação Saccharum spp. As espécies de cana-de-açúcar são provenientes do Sudeste
Asiático. A planta é a principal matéria-prima para a fabricação do açúcar e álcool (etanol).

É uma planta da família Poaceae, representada pelo milho, sorgo, arroz e muitas outras
gramas. As principais características dessa família são a forma da inflorescência (espiga), o
crescimento do caule em colmos, e as folhas com lâminas de sílica em suas bordas e bainha
aberta.

É uma das culturas agrícolas mais importantes do mundo tropical, gerando centenas de
milhares de empregos diretos. É fonte de renda e desenvolvimento, embora nitidamente
concentradora de renda. Na região de Ribeirão Preto, a principal zona produtora do Brasil,
98.228 pessoas tinham renda inferior a R$ 100 mensais até 2007.

A principal característica da indústria canavieira é a expansão por meio do latifúndio, resultado


da alta concentração de terras nas mãos de poucos proprietários, mormente conseguida
através da incorporação de pequenas propriedades, gerando por sua vez êxodo rural.

Geralmente, as plantações ocupam vastas áreas contíguas, isolando e/ou suprimindo as


poucas reservas de matas restantes, estando muitas vezes ligadas ao desmatamento de
nascentes ou sobre áreas de mananciais. Os problemas com as queimadas, praticadas
anteriormente ao corte para a retirada das folhas secas, são uma constante nas reclamações
de problemas respiratórios nas cidades circundadas por essa monocultura. Ademais, o retorno
social da agroindústria como um todo, é mais pernicioso que benéfico para a maioria da
população.

O setor sucroalcooleiro brasileiro despertou o interesse de diversos países, principalmente pelo


baixo custo de produção de açúcar e álcool. Este último tem sido cada vez mais importado por
nações de primeiro mundo, que visam reduzir a emissão de poluentes na atmosfera e a
dependência de combustíveis fósseis.

No Brasil, a agroindústria da cana-de-açúcar tem adotado políticas de preservação ambiental


que são exemplos mundiais na agricultura, embora nessas políticas não estejam contemplados
os problemas decorrentes da expansão acelerada sobre vastas regiões e o prejuízo decorrente
da substituição da agricultura variada de pequenas propriedades pela monocultura. Já existem
diversas usinas brasileiras que comercializam crédito de carbono, dada a eficiência ambiental.

A cana colhida é processada com a retirada do colmo (caule), que é esmagado, liberando o
caldo que é concentrado por fervura, resultando no mel, a partir do qual o açúcar é cristalizado,
tendo como subproduto o melaço ou mel final. O colmo é às vezes consumido in natura
(mastigado), ou então usado para fazer caldo de cana e rapadura. O caldo também pode ser
utilizado na produção de etanol, através de processo fermentativo, além de bebidas como
cachaça ou rum e outras bebidas alcoólicas, enquanto as fibras, principais componentes do
bagaço, podem ser usadas como matéria prima para produção de energia elétrica, através de
queima e produção de vapor em caldeiras que tocam turbinas, e etanol, através de hidrólise
enzimática ou por outros processos que transformam a celulose em açucares fermentáveis.
Vide Etanol Celulósico).

Praticamente todos os resíduos da agroindústria canavieira são reaproveitados. A torta de filtro,


formada pelo lodo advindo da clarificação do caldo e bagacilho, é muito rica em fósforo e é
utilizada como adubo para a lavoura de cana-de-açúcar. A vinhaça, que é o subproduto da
produção de álcool, contém elevados teores de potássio, água e outros nutrientes, sendo
utilizada para irrigar e fertilizar o campo.

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