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Esse questionamento, nos últimos tempos e naqueles contextos, tem levado, por um
lado, a considerar-se a compostagem como, simplesmente, um processo de
tratamento preliminar dos Resíduos Sólidos, anterior à sua disposição final em
aterros sanitários, como estratégia para redução da carga orgânica dos efluentes
líquidos desses aterros; e, por outro lado, a restringir-se à fonte de matéria-prima
para a produção de "composto orgânico" para uso agrícola aos restos de podas e
outros resíduos orgânicos "limpos" (recolhidos em separado nos locais em que são
gerados, tais como mercados, supermercados, atacadistas de frutas e verduras),
etc), de forma a impedir, ou minimizar, seu contacto com contaminantes químicos
e/ou biológicos.
Graduando do curso de Engenharia Ambiental da Universidade FUMEC, dezembro/2004.
Entretanto, a qualidade intrínseca do composto orgânico produzido nessas
condições é fortemente comprometida pelo fato de apresentar-se misturado a cacos
de vidro e resíduos metálicos perfuro-cortantes, cuja separação implicaria em
relativamente sofisticados e onerosos procedimentos, incompatíveis com o preço
alcançado no mercado por esse produto.
Portanto, e muito embora nossa legislação ambiental ainda não tenha adotado para
com o controle da qualidade do processo de compostagem o rigor vigente em países
economicamente mais desenvolvidos, a própria realidade de mercado tem induzido
a que esse muito importante tipo de tratamento se restrinja a resíduos orgânicos
"limpos", manejados em separado de resíduos "contaminantes" desde sua origem.
Bibliografia
FIORE, F.A. Apostila de Gestão de Resíduos Sólidos. Belo Horizonte: 2003. 3 – 30p.