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SURRELISMO 1924
ART DÉCO 1925
ARTE CONCRETA 1930
A Pintura Construtivista
O artista plástico se libertou da tela e passou a utilizar materiais diversos para desenvolver
suas abstrações. O pintor não se sentia compromissado em criar o real, o tradicional.
Influenciados pela ciência, pintores exploraram as diversas formas da geometria, buscando
relações óticas e de várias dimensões. Destaca-se o pintor russo Kasimir Malevich (1878-
1935)
A Escultura Construtivista
O Construtivismo - detalhes
• Movimento das artes plásticas, do cinema e do teatro que ocorre basicamente na Rússia,
entre os anos de 1913 e 1920, com importante papel no apoio à Revolução Russa de
1917. Defende a arte funcional, que deve atender às necessidades do povo.
• O termo Construtivismo surgiu em 1921 em debates sobre o propósito da arte estimulada
pelo "Manifesto Realístico".
• Apesar da rejeição das pinturas convencionais de cavalete e a idéia de arte pela arte a
favor de desenhos utilitários destinados à produção em massa, a abstração construtivista
encontra suas raízes na arte não utilitária.
• Em 1912 Picasso criou a sua primeira construção - um pedaço de metal e arame no
formato de um violão, onde as formas angulares das pinturas e colagens transformaram-se
em três dimensões.
Picasso – Violão - 1912
• Quando Vladimir Tatlin volta a Moscou depois de visitar Picasso em Paris em 1913,
começou a construir contra-relevos: construções abstratas de metal industrializado,
arame, madeira, plástico e vidro.
• Para Tatlin os contra-relevos ficavam numa zona intermediária entre a pintura e a
escultura porque fugiam da estabilidade dos pedestais ou das paredes, ficando muitas
vezes suspensos por arames estendidos de diversas maneiras no encontro de duas
paredes. Era dado muito mais ênfase ao espaço do que à matéria, e isso o fazia
revolucionário.
• O construtivismo marcou o fim de uma era brilhante. Em 1925, o Comitê Central do Partido
Comunista saiu contra a abstração; em 1932 todos os grupos culturais foram dispersos, e
em 1934 um novo estilo de propaganda do realismo social se tornou a única abordagem
artística oficial da União Soviética
O Surrealismo
Principais características:
• Artistas principais: Os espanhóis Salvador Dali e Joan Miró, o belga René Magritte e os
alemães Max Ernst e Meret Oppenheim.
Notas:
Ao encontrar suas fontes no subconsciente, o surrealismo procurava criar uma arte que
simbolizasse o potencial oculto.
Joan Miró - Personagem diante do Sol – 1968. Acrílico sobre Tela – 1,73m x 2,59m
Max ERNST
Napoleão no Deserto, 1941
Oleo sobre tela – 46,3 x 38,1 cm
The Museum of Modern Art, New York
A Grande Família
René Magritte
René Magritte
Le modèle rouge (Os sapatos
vermelhos): 1935, oleo s/ tela, 74 x 50 cm
Joan Miro
Mulher
1967
ART DÉCO – 1920 – 1930
Características visuais:
No Brasil:
• A variante Marajoara: A influência indígena no Brasil foi introduzida por Edgar Vianna, por
inspiração nas cerâmicas marajoaras trazidas do Pará por expedições exploratórias. No
Brasil, a Art Déco influenciou linhas e formas até os Anos 50, marcando presença na
arquitetura, nos objetos decorativos e utilitários, no design de automóveis e na moda em
geral, incluindo roupas, sapatos e jóias.
• O movimento influencia ainda na escultura brasileira alguns grandes nomes, como por
exemplo, Vitor Brecheret (1894-1955), Uma obra de Brecheret fortemente marcada pelo
Art Déco é o Monumento às Bandeiras, na capital paulista.
• Embora auto definindo-se como um estilo internacional, o Art Déco ao ser introduzido no
Brasil, assim como o modernismo, aqui encontrou uma forte corrente intelectual
nacionalista, que buscava desde o final do século XIX uma expressão própria para a
cultura brasileira.
São Paulo dispõe de um rico acervo Déco dos anos 30 até o final dos anos 40, quando o
estilo é definitivamente substituído pelo modernismo. Ao contrário da Europa e dos Estados
Unidos, que assistiram a uma paralisação da construção civil durante 15 anos, provocada
primeiro pela Depressão e depois pela Guerra, em São Paulo a recuperação econômica foi
mais célere, permitindo um maior florescimento deste estilo, que coexistiu com os últimos
exemplares da arte eclética e os primeiros prédios em estilo moderno.
Os últimos exemplos de arquitetura Déco em São Paulo datam do final dos anos 40, em
geral, obras que haviam sido paralisadas durante a guerra. No fim da década, o movimento
modernista se consolida definitivamente e varre do mapa o Art Déco e o ecletismo.
Na Av. São João, esquina com Rua Ana Cintra, há um
elegante prédio de apartamentos em estilo Art Déco.
Infelizmente, o revestimento não é mais o original - os
prédios Déco de São Paulo eram quase todos
pintados com tinta misturada a pó de mica, o que lhes
conferia um feérico efeito cintilante.
Contudo, a recuperação desse revestimento é obra
extremamente artesanal e dispendiosa, e os donos
dos imóveis preferem pintá-los com tinta comum, por
razões de economia.
Natalia
GONTCHAROVA
A Espanhola
1920
óleo sobre tela
Coleção
Particular
Sonia Delaunay - Ritmo colorido
óleo sobre tela - 80cm x 60cm
Amedeo Modigliani
Nu adormecido no travesseiro branco
óleo sobre tela, 60x92cm, 1917
Esculturas em granito
Vitor Brecheret - Santa Ceia - 1935 Cabeça de Cristo - entre 1919 e 1920
Acervo MAC/USP
Pietà Luta de Índios Kalapalo, 1951
bronze, 85,0 x 185,0 x 31,0 cm – Acervo MAC/USP
• A Moda finalmente volta a florescer com o fim das restrições impostas pela guerra.
• Nessa época o busto deixa de se destacar e começa o estilo "a la garçon" (menino),
com os seios apertados pelos "corseletes alisadores", e a cintura desaparece,
transferindo a atenção para os quadris, e novo ideal agora é o andrógino.
• As moças assumem aparência de rapazes e as curvas são abandonadas.
• O corte de cabelo é curto para equilibrar pequenos chapéus e casquetes. Coco Chanel
era "a gênia" da moda.
• Para o dia se usava uma produção discreta, mas à noite vestidos longos recebiam
peles, plumas, bordados, flores e lantejoulas.
• Em 1925 surgiu a saia curta, que horrorizou os conservadores, a revolução das saias
curtas, estava sujeito a multas e prisão a quem andasse nas ruas com elas acima de 8cm
do tornozelo.
São Paulo é uma festa. Intelectuais, influenciados por Di Cavalcanti organizam um evento:
a Semana de Arte Moderna.
As mulheres agitam os vestidos curtos, de cintura baixa e muitas franjas, ao som do
Charleston. As mãos se cruzam e descruzam sobre as meias coloridas de seda, ou balançam
os longos colares de cristal. No alto do braço, pulseiras tipo escrava, de marfim ou serpentes
de ouro. Ondulam as plumas e os leques. O ambiente é povoado pela sedução consciente
dos gestos, conquista definitiva da estética feminina desses anos 20.
O perfil feminino também é cortado nas linhas retas do cabelo à la garçon e o chapéu-
touca, ou simplesmente "toque" protege as cabeças femininas mais modernas.
Os cabelos antes longos e encaracolados, durante os anos de guerra tornaram-se mais
curtos por razões práticas. A coloração com Henna era popular e muito mais segura que a
coloração química da época. Pouco a pouco os cabelos foram assumindo cortes cada vez
mais radicais. Primeiro à altura do queixo; logo a seguir na altura da boca e, posteriormente,
na altura das orelhas, em um corte bem masculino. Um verdadeiro escândalo.
broche brincos
• O termo Arte Concreta é usado por Theo van Doesburg (1883-1931), que participa do
grupo e revista com o mesmo nome, fundados em 1930 em Paris.
• 2º) A obra de arte deve ser inteiramente concebida e formada pelo espírito antes de
sua execução [..];
• 3º) O quadro deve ser inteiramente construído com elementos puramente plásticos, isto
é, planos e cores. Um elemento pictural só significa a 'si próprio' e, conseqüentemente
o quadro não tem outra significação que 'ele mesmo';
• 4º) A construção do quadro, assim como seus elementos, deve ser simples e
controlável visualmente;
Assim, a Arte Concreta (ou Concretismo), busca abandonar qualquer aspecto nacional ou
regional e se afasta inteiramente da representação da natureza.
Recusa o sensualismo e a arte como expressão de sentimentos.
A Arte Concreta, sem implicar uma arte figurativa, nasce também como oposição à Arte
Abstrata, que pode trazer vestígios simbólicos devido à sua origem na abstração da
representação do mundo. Linha, ponto, cor e plano não figuram nada e são o que há de
mais concreto numa pintura.
Segundo Van Doesburg, um nu feminino, uma árvore ou uma natureza-morta pintadas não
são elementos concretos, mas abstrações. O que há de concreto numa pintura são os seus
elementos formais. Entretanto, Wassily Kandinsky (1866-1914), publica em 1938 um artigo
intitulado “Arte Concreta” para definir a pintura abstrata e não-figurativa.
A Arte Concreta é herdeira das pesquisas do grupo De Stijl [O Estilo], 1917/1928, de Piet
Mondrian (1872-1944) e Van Doesburg, que busca a pureza e o rigor formal na ordem
harmônica do universo. Além disso, parte de ideais da Bauhaus (1919-1933) nos quais a
racionalidade deve estar presente em todos os âmbitos sociais e as conquistas da arte
democratizadas pela indústria.
Max Bill (1908-1994), nos anos 50, com a Escola Superior da Forma, em Ulm, Alemanha,
tenta levar adiante esse projeto. Para o artista suíço - um dos principais responsáveis pela
divulgação da arte concreta na América Latina - a matemática é o meio mais eficiente para o
conhecimento da realidade objetiva e uma obra plástica deve ser ordenada pela geometria e
pela clareza da forma.
Max Bill
Composição -1972 - 59,8 cm x 60 cm Múltiplo - 1969 - 29 x 29 x 29 cm
Tomás Maldonado
Sem Título – 1945 Desenvolvimento do Triângulo - 1951
Têmpera s/cartão - 79 x 60 cm.
Coleção particular, Buenos Aires
• A pop art legitima a citação, ou seja, o uso de imagens já produzidas por outros artistas
ou pela própria indústria cultural. Os principais nomes são Wesley Duke Lee (1931-),
Rubens Gerchman (1942-), autor da serigrafia Lindonéia, a Gioconda do Subúrbio, e
Cláudio Tozzi (1944-), de O Bandido da Luz Vermelha.
• Após a II Guerra Mundial (1939-1945), a América Latina passa por um forte surto
desenvolvimentista e industrial.
• No Brasil, são fundados os Museus de Arte Moderna do Rio de Janeiro e de São Paulo, o
Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand - Masp e a Bienal de São Paulo.
• Em 1950, Max Bill realiza exposição no MASP e, no ano seguinte, sua escultura Unidade
Tripartida (1948/1949) ganha o primeiro prêmio na 1ª Bienal Internacional de São Paulo, o
que muito influencia os caminhos da arte feita por aqui.
Max Bill - UNIDADE TRIPARTIDA, 1948/49 AÇO INOXIDÁVEL, 114,0 cm x 88,3 cm x 98,2 cm
Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo
• Em 1952, forma-se o grupo de pintores concretos de São Paulo, liderados por
Waldemar Cordeiro (1925-1973) - pesquisas com linhas horizontais e verticais; criação do
Art Club de São Paulo, dedicado ao experimentalismo, bem como os experimentos iniciais
de Abraham Palatnick com a luz e a cor; de Mary Vieira com volumes; de Geraldo de
Barros com "fotoformas". O grupo, integrado por Anatol Wladyslaw (1913), Lothar
Charoux (1912-1987), Féjer (1923-1989), Geraldo de Barros (1923-1998), Leopoldo Haar,
Luiz Sacilotto (1924-2003), lançam polêmico manifesto, sob o título "Ruptura", em que diz
que a arte é "um meio de conhecimento deduzível de conceitos", e reafirma seu conteúdo
objetivo. No mesmo ano, 1952, realiza exposição no MAM/SP.
Movimento, 1951
Têmpera s/ tela - 90,1 cm x 95,3 cm
Aquisição MAC-USP, 1966
nasce
morre nasce
remorre renasce
re
desnasce
desmorre desnasce
nascemorrenasce
morrenasce
morre
se
Décio Pignatari
Cloaca
• O crítico Mário Pedrosa (1900-1981) - que em 1949 havia escrito tese pioneira sobre a
relação entre arte e psicologia da Gestalt, que muito alimentou os artistas concretos -
publica artigo sobre a exposição e observa a diferença entre paulistas, que seriam
mais teóricos e dogmáticos, e cariocas, intuitivos e empíricos.