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ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal EXCELENTISSIMO SENHOR MINISTRO PRESIDENTE DO SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. ‘SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL Coordenadoria de sFogssaneno neal 130673 i i ui na (abi- 4143] AGAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE ANDRE PUCCINELLI, GOVERNADOR DO ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL, conforme documento em anexo e legitimacao dada pelo art. 103, inciso V, da Carta Magna, pelos Procuradores do Estado que esta subscrevem, CNPJ n° 15.412.257.0001-28, vem ajuizar, perante esse C. Supremo Tribunal Federal, AGAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE, com pedido de medida cautelar, nos termos do art. 102, |, "a" e *p’, todos da Constituigio Federal de 1988 cle a Lei n® 9868, de 10.11.1999, pelos fatos e argumentos a seguir expostos. |- CONSIDERAGOES INICIAIS: A presente agao se da em face do § 4° do art. 5°, do § 1° do art. 52, ambos da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, e paragrafo Unico do art. 302 da Lei n° 1 102, de 10 de outubro de 1990, que contrariam frontalmente as disposigdes do art. 37, inciso lle § 2°, o capute § 4° do art. 41, da Carta Magna, com ofensa, ainda, ao § 1° do art. 19 do ADCT da Constituigaéo Federal de 1988. As ww.pge.ms.gov.br (67) 3318. Péging 1)” ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal As normas impugnadas contém o seguinte teor: 1. LEI N° 2.065, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1999 “Art. 6° Os cargos © empregos pilblicos do Plano de Cargos, Empregos e Carreiras do Poder Executive so reunidos nos seguintes grupos ocupacionais: bo § 4° © SERVIDOR PODERA SER DESIGNADO PARA OCUPAR OUTRA FUNGAO QUE INTEGRE A SUA CATEGORIA FUNCIONAL, DESDE QUE FIQUE COMPROVADO QUE ESTA HABILITADO OU CAPACITADO PROFISSIONALMENTE PARA EXERCER AS ATRIBUIGOES DA NOVA FUNCAO.” (NR dada pelo art. 1° da Lei n® 2.599, de 26.12.2002) wo Ast. 52. AOS SERVIDORES INCLUIDOS NO QUADRO SUPLEMENTAR E ESPECIAL, por forga das Leis n? 274, de 26 de outubro de 1981, 661, de 10 de julho de 1986, art. 19 do Ato das Disposigdes Constitucionais Transitérias, da Constituigdo Federal de 1988 © Lei n® 1.012/90, assim como os ocupantes dos cargos de Provimento em confianga de Agente Fazendario, DAP e FungSo de ‘Assessoramento Especializado-FAE CONTINUARAO A PERTENCER AOS RESPECTIVOS QUADROS. § 1° Os servidores referidos no caput deste artigo. TERAO OS MESMOS DIREITOS E VANTAGENS, DEVERES E OBI OES, PREVISTOS NA LEGISLAGAO QUE DISPOE SOBRE O REGIME JURIDICO ESTATUTARIO.” (NR dada pelo art. 14 da Lei n? 2.129 de 02 de agosto de 2000) (g.n) 2) Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990 “Art. 302. © Quadro Provis6rio do Estado, criado pela Lei n° 661, de 10 de junho de 1986, passa a denominar-se Quadro ‘Suplementar. PARAGRAFO UNICO. AOS SERVIDORES DO QUADRO SUPLEMENTAR, BEM COMO OS REMANESCENTES DO QUADRO ESPECIAL, CRIADO PELO ARTIGO 5° DA LEI N° 4.012, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1989, APLICA-SE O REGIME JURIDICO ESTABELECIDO POR ESTE ESTATUTO.” (destacamos) Com a publicagao da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de_1999, foi instituido “novo” Plano de Cargos, Empregos e Carreiras do Parque dos Poderes - bloco 1V ‘Campo Grande - MS BP 79.031-902 (9 ‘Nu pee.me.cov.be (67) 3318-2600 piginn 2 [ ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, e as normas impugnadas foram introduzidas pelo art. 14 da Lei n® 2.129, de 02 de agosto de 2000, com suporte, ainda, no paragrafo unico do art. 302 da Lei n® 1.102, de 10 de outubro de 1990, e pelo art. 1° da Lei n® 2.599, de 26 de dezembro de 2002 O legislador estadual ao instituir 0 “novo” Plano de Cargos, Empregos e Carreiras do Estado de Mato Grosso do Sul nao observou a melhor técnica legislativa, nao deu valor 4 natureza juridica dos institutos do direito administrativo, como Grupo Ocupacional, Categoria Funcional, Cargo PUblico e Atribuigées do Cargo elou Fungao. TRANSFORMOU GRUPOS OCUPACIONAIS EM CATEGORIAS FUNCIONAIS, E CARGOS EM FUNGOES, atribuindo as categorias funcionais as fungdes de acordo com a formagao escolar de nivel superior, médio e fundamental. Tanto & assim, que desejamos esclarecer, desde ja, que ao fazermos mengao a “cargo piiblico” também usamos a expressao “elou fun¢ao" devido a confusao entre os institutos. As normas impugnadas deram ensejo para o administrador publico editar os atos de ENQUADRAMENTO DE SERVIDORES ADMITIDOS DE FORMA PRECARIA, SEM APROVAGAO EM CONCURSO PUBLICO, dos quadros (provisérios) Suplementar e Especial, NO QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL do Estado de Mato Grosso do Sul, outorgando-thes, de forma derivada a investidura em cargo Publico efetivo, com todos direitos deveres e vantagens do regime estatutario. A partir da publicagdo da Lei n® 2.599, de 26 de dezembro de 2002, isto 6, apés dois anos da instituigao do “novo” PCC do Estado de Mato Grosso do Sul, foram criados novos grupos ocupacionais, desdobrados em carreiras, posteriormente classificadas em categorias ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Reintroduziu no ordenamento juridico estadual o instituto da ASCENSAO FUNCIONAL que possibilitou ao administrador pUblico editar atos de REENQUADRAMENTO, TRANSFORMACAO E/OU TRANSPOSIGAO DE CARGOS E/OU FUNGOES PARA NIVEIS MAIS ELEVADOS, INCLUSIVE COM MUDANGA DE ATRIBUICOES. Desta forma sdo duas situagées funcionais cujas normas de fundamentagao esto eivadas de inconstitucionalidade material. ‘A demonstragao da satisfagéo dos requisitos, processuais, bem como da procedéncia do pedido, de sua relevancia juridica e do perigo da demora seré feito no relato a seguir. ll - FUNDAMENTOS DO PEDIDO DE DECLARAGAO DE INCONSTITUCIONALIDADE DAS NORMAS ESTADUAIS: 2.1 NORMAS DE ACESSO A CARGO PUBLICO, DECLARAGAO DE ESTABILIDADE, CONCESSAO DE VANTAGENS E DIREITOS DE SERVIDORES EFETIVOS NO AMBITO DA CONSTITUIGAO FEDERAL: As normas da legisla¢ao estadual ora impugnadas contrariam frontalmente a Carta Magna. O legislador constituinte de 1988 estabeleceu regras especificas acerca da Administragao Publica, em especial a norma do inciso UI do art. 37, que instituiu o sistema de mérito para ingresso no servigo pliblico em decorréncia de aprovag’o em concurso pitblico. ‘Art. 37. A administragao publica direta e indireta de qualquer dos Poderes da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios obedecera aos principios de legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiéncia ©, também, a0 seguinte: (NR dada pela Emenda Constitucional n® 19, de 1998) ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal HO) Il - a investidura em cargo ou emprego publico depende de aprovagao prévia em concurso piiblico de provas ou de provas @ titulos, de acordo com a natureza o a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeagées para cargo em comissio declarado em lei de livre nomeacdo e exonerago; (NR dada pela Emenda Constitucional n® 19, de 1998) (a) § 2° - Ando observancia do disposto nos incisos Ile Ill implicaré a nulidade do ato e a punic¢ao da autoridade responsavel, nos termos da lei.” (destacamos) ‘Apés aprovacao em concurso piiblico e consequente nomeagao, a Carta Magna previu, expressamente, a obrigatoriedade da submissao do servidor ao estagio probatério de 3 (trés) anos para obter a declaragao de estabilidade no servigo publico, conforme o disposto no caput e § 4° do art. 41 da Constituigao Federal. “Ait 41. Sao estaveis apés trés anos de efetivo exercicio os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso pubblico. (Redagdo dada pela Emenda Constitucional n° 19, de 1998) () §4° Como condigao para a aquisiggo da estabilidade, 6 obrigatéria a avaliagéo especial de desempenho por comissdo instituida para esa finalidade.” (Incluido pela Emenda Constitucional n° 19, de 1998) Além destas normas especificas, temos os casos de servidores declarados estaveis no servigo publico em decorréncia da norma do art. 19 do ADCT da CF/88, que deveriam submeter-se ao concurso Pblico nos termos do § 1° do mesmo artigo, para adquirir a qualidade de servidores efetivos. “Art. 19. Os servidores publicos civis da Unido, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municipios, da administracao direta, autérquica e das fundagbes piblicas, em exercicio na data da promulgago da Constituigao, ha pelo menos cinco anos continuados, e que ndo tenham sido admitidos na forma regulada no art. 37, da Constituigo, s8o ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal § 1° - © tempo de servigo dos servidores referidos neste artigo sera contado como titulo quando se submeterom a concurso para fins de efetivacdo, na forma da lei” (g,n) Nem o legislador estadual, nem o administrador publico observaram os ditames constitucionais, pois com fulcro na legislagao estadual impugnada foram ENQUADRADOS no Quadro Permanente de Pessoal do Estado de Mato Grosso do Sul, na data de 18.08.2000, servidores que nao foram aprovados em concurso public especifico, nem no de efetivagao, nem se submeteram ao estagio probatorio, mesmo assim passaram a exercer cargos efetivos, fazendo jus a todos direitos e deveres do regime estatutario. A partir de 27.12.2002 grande nimero de servidores (0s efetivos e os admitidos em carater precario conforme acima explicitado) foram beneficiados com ASCENSAO FUNCIONAL, procedida na forma de ‘TRANSFORMAGAO OU TRANSPOSIGAO DE CARGO E/OU FUNGAO OU REENQUADRAMENTO. E patente a afronta direta aos dispositivos da Constituigao Federal posto que néo se observou a obrigatoriedade de aprovacao prévia em concurso ptiblico de provas ou de provas e titulos; nem a de submissao do servidor ao estagio probatério para fins de declaragao de estabilidade no servigo pubblico; e nem a dos servidores declarados estaveis no servigo publico submeterem-se ao concurso de efetivagao. A doutrina € pacifica no sentido da obrigatoriedade de aprovagéio em concurso pilblico, indispensavel para qualquer investidura a cargo e emprego piiblico, sem excegdes, salvo as previstas na propria Constituigao, 0 que é confirmado pela jurisprudéncia dessa egrégia Corte ‘Suprema. n.° 167.635-3/PA, o eminente No julgamento do Rel. Min. MAURICIO CORREA, assevera: ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal “Forma derivada de investidura em cargo piblico. Inobservéncia ao artigo 37, ll, da Constituigéo Federal. 1.1. O critério do mérito aferivel por concurso publico de provas ou de provas e titulos 6, no atual sistema constitucional, indispensdvel para 0 cargo ou ‘emprego isolado ou de carreira. Para o isolado, em qualquer hipotese; para 0 de carreira, 56 se faré na classe inicial e pelo concurso de provas ou de provas e titulos, no 0 sendo, porém, para os cargos subsequentes que nela se escalonam até seu final, pois, para estes, a investidura se daré pela forma de provimento que 6 a “promogao’. 1.2. Estéo banidas, pois, as formas de investidura antes admitidas - ascenséo e transferéncia, que séo formas de ingresso em carreira diversa daquela para a qual o servidor publico ingressou por concurso. 1.3. O preceito constitucional inserto no art. 37, II, néo permite “aproveitamonto", uma vez que, nesse caso, hé igualmente 0 ingresso em outra carreira, sem 0 concurso pablico exigido.” Portanto, quando o legislador constituinte disciplinou que a investidura em cargos publicos dependeria de aprovagao prévia em concurso piblico, impés o sistema de mérito para o ingresso em cargo piiblico. Alias, foi mais distante, pois baniu a possibilidade de formas derivadas de investidura em cargo pUblico como a ascenséo funcional, para impedir que pudessem ocorrer situagdes de servidores, concursados para determinados cargos de determinadas carreiras, fossem transpostos para cargos de outras carreiras de nivel superior. Delineados 0s limites constitucionais do instituto do concurso pubblico; da vedagao de concessao de direitos e vantagens dos servidores efetivos e estaveis no servigo puiblico para servidores admitidos em carter precario; e a impossibilidade de instituir formas derivadas de investidura em cargo piblico, como a ascensao funcional ou transformagao ou transposigao de cargo sem que o servidor submeta-se a novo concurso piblico especifico, passa-se a destacar a legislagao estadual que reputamos ‘Campo Grande — BS (67) 3318-2600 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal 2.2. LEGISLAGAO ESTADUAL CONSIDERADA INCONSTITUCIONAL As normas constitucionais supramencionadas foram contrariadas frontalmente pelas normas do § 1° do art. 52 da Lei n® 2.065, de 29 de dezembro de 1999, com a redagdo dada pelo art. 14 da Lei n® 2.129, de 02 de agosto de 2000, c/e 0 paragrafo unico do art. 302 da Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990, e pelo § 4° do art. 5° da Lei n® 2.065, de 29 de dezembro de 1999, incluido através do art. 1° da Lei n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002. Assim, vamos relatar os fatos pela ordem cronolégica, isto 6, de acordo com a publicagao das leis que alteraram a Lei n° 2.065/99. 2.2.1, DO ENQUADRAMENTO DE SERVIDORES NAO APROVADOS EM CONCURSO PUBLICO NO QUADRO PERMANENTE DO ESTADO: Inicialmente o legislador estadual disciplinou no art. 52 e paragrafos da Lei n° 2.065/99 sobre a situagao dos servidores incluidos nos Quadros Suplementar e Especial (provisérios - criados em anos anteriores), e a situagao dos ocupantes dos cargos de provimento em comisséo de Agente Fazendario, DAP e Fungao de Assessoramento Especializado-FAE, pois determinou que continuariam a pertencer acs respectivos quadros, assegurando Ihes os mesmos direitos e vantagens, deveres e obrigagées, previstos na legislagéo que dispde sobre o regime juridico estatutario, exceto os direitos inerentes @ condicao de servidor efetivo. A primeira alteragéo da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, se deu no § 1° do art. 52, através do art. 14 da Lei n°? 2.129, de 02 de agosto de 2000, que c/c o paragrafo unico do art. 302 da Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990, e possibilitou o ENQUADRAMENTO DE SERVIDORES NAO APROVADOS EM CONCURSO PUBLICO NO QUADRO PERMANENTE DE PESSOAL, outorgando-Ihes, de forma derivada a investidura em cargo publico efetivo, concedendo-Ihes todos CEP 79.081.902, Pigina 8 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Veja-se, mais uma vez, 0 teor das normas impugnadas: 1) LEI N° 2.065, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1999 Art 62, AOS SERVIDORES INCLUIDOS NO ‘QUADRO SUPLEMENTAR E ESPECIAL, por forga das Leis n° 274, de 26 de outubro de 1981, 661, de 10 de julho de 1986, art. 19 do Ato das Disposigbes Constitucionais Transitorias, da Constituigao Federal de 4988 e Lei n? 1.012/90, assim como os ocupantes dos cargos de provimento em confianga de Agente Fazendario, DAP e Fungao de Assessoramento Especializado-FAE CONTINUARAO A PERTENCER ‘AOS RESPECTIVOS QUADROS. § 1° Os servidores referidos no caput deste artigo TERAO_OS MESMOS DIREITOS E VANTAGENS, DEVERES E OBRIGAGOES, PREVISTOS NA LEGISLACAO QUE DISPOE SOBRE © REGIME JURIDICO ESTATUTARIO.” (NR dada pelo art. 14 da Lei n® 2.129 de 02 de agosto de 2000) (destacamos) 2) LEI N° 1.102, DE 10 DE OUTUBRO DE 1990 “Art. 302. © Quadro Provisério do Estado, criado peta Lei n® 661, de 10 de junho de 1986, passa a denominar-se Quadro ‘Suplementar. PARAGRAFO UNICO. AOS SERVIDORES DO QUADRO SUPLEMENTAR, BEM COMO OS REMANESCENTES DO QUADRO ESPECIAL, CRIADO PELO ARTIGO 5° DA LEI N° 1.012, DE 8 DE DEZEMBRO DE 1989, APLICA-SE O REGIME JURIDICO ESTABELECIDO POR ESTE ESTATUTO." (destacamos) A Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, disciplinou a implantagao do “novo” Plano de Cargos Empregos e Carreiras do Estado de Mato Grosso do Sul através das normas dos artigos 18 a 22 que nao prevé o enquadramento de servidores nao aprovados em concurso ptiblico. Porém apés a alteragao do § 1° do art. 2, introduzida pelo art. 14 da Lei n® 2.129, de 02 de agosto de 2000, c/c o paragrafo unico do art. 302 da Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990, o administrador piblico editou 0 Decreto n? 10.033, de 17 de agosto de 2000, que ao regulamentar o procedimento a ser adotado no enquadramento, classificou argue dos Poderes~bloco V Campo Grande —MS CEP 79.093-002 () few paeua gore (671 3318-2600 Pirie 9 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO servidores admitidos em carater precario e sem aprovagao em concurso publico como componentes da clientela secundaria. Na mesma data da publicaggo do Decreto n° 10.033/2000, isto € em 18.08.2000, foi publicado o ato de enquadramento no quadro permanente de pessoal do plano de cargos, empregos e carreiras do estado de Mato Grosso do Sul, com fundamento nos arts.19 a 23 da Lei n® 2.065, de 29 de dezembro de 1999. Ao procede-se a revisto dos atos de enquadramento constatou-se a inclusdo indevida de servidores nado aprovados em concurso publico no Quadro Permanente de Pessoal, o que contraria frontalmente o inciso II do art. 37 da Constituigao Federal e o § 1° do art. 19 do ADCT. Tudo se deu ao “entendimento” de que aos servidores admitidos em carter precario e sem aprovagao em concurso puiblico foram estendidos todos os direitos do servidor efetivo, previstos no regime estatutario, o que contraria frontalmente as normas constitucionais. Desta forma é possivel afirmar que a norma do § 1° do art. 52 da Lei n® 2.085, com a redagao que Ihe foi dada pelo art. 14 da Lei n® 2.129, de 02 de agosto de 2000, com o paragrafo unico do art. 302 da Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990, sdo maculadas de inconstitucionalidade material, vez que possibilitam a concessdo de vantagens e direitos dos servidores efetivos aqueles integrantes dos quadros de pessoal suplementar, especial, e celetistas, admitidos em carater precdrio, sem aprovagao em concurso piiblico, sem efetividade, nem titularidade de cargo publico. Tal pratica deu ensejo a edigao de atos nulos de pleno direito e contrarios ao art. 37, inciso Ile § 2°, 0 caput e § 4° do art. 41, ambos da CF/88; 0 § 1° do art.19 do ADCT da CF/88 e a SUMULA N° 685 DO STF, cujo enunciado cabe como uma luva na presente questdo. Veja-se: Parque dos Poderes - bloco 1V ‘Campo Grande — MIS ‘CEP 79.031-902 ‘wwmpge.ms.gov.br (67) 318-2600 ‘pagina 10 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal “E inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie a0 servidor investir-se, sem prévia aprovagéo em concurso publico destinado ao seu provimento, em cargo que néo integra a carreira na qual anteriormente foi investido’. Os atos de enquadramento ocorreram ha mais de cito anos, porém somente com a posse da atual administragao foi possivel constatar a dimensao do que efetivamente ocorreu no enquadramento dos servidores no ‘novo" Plano de Cargos, Empregos e Carreiras do Estado de Mato Grosso do Sul, e a inconstitucionalidade das normas que deram oportunidade para a publicagao dos atos de enquadramento eivados de nulidade absoluta, que, segundo a doutrina, jamais se convalidam. E 0 que provam a cépia do ato de enquadramento, publicado no DOE de 18.08.2000 e cépia do Relatorio n° 003/2007, de 29 de novembro de 2007, emitido pela Comissao de Revisdo de Enquadramento da Secretaria de Estado de Satide, cuja relagao demonstra a incluso de servidores, admitidos em cardter precario sob a égide da Lei n° 274/61, no Quadro Permanente de Pessoal do Estado de Mato Grosso do Sul, que jamais se submeteram a concurso ptiblico e nunca foram detentores de efetividade, ou possuiam apenas a estabilidade extraordindria_ ou excepcional prevista no art. 19 do ADTC da Carta Magna. Novamente citamos decisdo prolatada pelo Min. Mauricio Corréa, desse egrégio Supremo Tribunal Federal, que entende que a estabilidade extraordinaria néo assegura aos seus detentores os mesmos direitos que os servidores efetivos, vejam-se: “(..) preenchidas as condig6es insertas no preceito constitucional transit6rio, 0 servidor 6 estavel, mas ndo 6 efetivo e possui somente © direito de permanéncia no servico publico no cargo em que fora admitido, todavia sem incorporacdo na carreira, ndo tendo direito a progressao funcional nela, ou a desfrutar de beneficios que sejam privativos de seus integrates. Néo é titular do cargo que ocupa, nfo integra carreira e goza apenas da estabilidade especial no servico pliblico, que néo se confunde com aquela estabilidade regular Parque dos Poderes — bloco IV Campo Grande - MS ‘CEP 79.031.902, (67) 3318-2600 paging 11 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal disciplinada pelo art. 41 da Constituicao Fe 07/02/97 e RE 231699/CE, DJ 19.12.2002) al.” (RE 167635/PA, DJ A tese ilustre do Min. Mauricio Corréa foi sacramentada nesse egrégio Supremo Tribunal Federal, tanto que a matéria vem sendo repelida por decisées monocraticas como as proferidas no Al n° 350761/CE, Rel. Min. Septlveda Pertence, DJ 13.03.2002, p. 00037, e no RExt 208036/PR, Rel. Min. Néri da Silveira, DJ de 05/04/2002. Quanto a questéo de enquadramento o eminente Min. Gilmar Mendes, relator da ADIN n° 3.442(1)/MT, votou pela inconstitucionalidade de normas semelhantes. Veja-se: EMENTA: Ago Direta de Inconstitucionalidade, 2. Arts, 68, 69 © 70 da Lei n° 8.269/2004, do Estado de Mato Grosso, que permitem o provimento de cargos efetivos por meio de reenquadramento. 3. Violagao ao artigo 37, Il, da Constituicao da Republica, que dispée sobre a exigéncia de concurso publico para a investidura em cargo ‘ou emprego piblico. 4. AgSo Direta de Inconstitucionalidade julgada procedente. Vejamos voto do Exm? Ministro Relator: “(..) A Constituicdo de 1988, ao exigir a prévia aprovagio em concurso publico como a Gnica forma de investidura em cargo ou emprego piiblico, e ndo mais apenas para a primeira investidura como previsto pela ordem constitucional anterior, baniu do ordenamento juridico as formas de provimento derivado, como a ascensao funcional e a transferéncia, que tornam possivel a Investidura de servidores em outros cargos para os quals nao prestaram o espe piiblico. ‘A jurisprudéncia do Supremo Tribunal Federal é pacffica quanto ao tema da indispensabilidade do concurso publico para o provimento de cargos fe empregos piblicos, conforme se depreende do enunciado da Simula/STF n. 685 “E inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie 20 servidor investir-se, sem prévia aprovacéo em concurso publico destinado ao seu provimento, em cargo que néo integra a carreira na qual anteriormente foi investid Parque dos Poderes ~ bloco 1V ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal AA fim de corroborar tal entendimento, mencionem-se alguns juigados mais recentes: AD! 3.190, Pleno, Rel. Min. Sepulveda Pertence, DJ 24.11.2006; ADI 3.061, Pleno, unanime, Rel, Min. Carlos Britto, DJ 96.2006; ADI 3.332, Pleno, undnime, Rel. Min. Eros Grau, DJ 14.10.2005; ADI 3.519, Pleno, unanime, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 30.9.2005. E patente a inconstitucionalidade do dispositivo normativo impugnado: Por afronta ao art. 37, inciso II, da Constituig&o Federal. Os artigos 68, 69 © 70 da Lei n, 8:269/2004 s8o explicitos a0 permitirem o provimento de cargos efetivos por meio d Teenquat “Os atuais servidores da carreira dos Profissionais de Desenvolvimento Econémico @ Social, dos profissionais do Sistema Prisional e dos Profissionais do ‘Sistema Sécio-educativo, que ocupam cargos com perfil da area de ‘saiide, sero enquadrados na carreira Profissionais do Sistema Unico de ‘Sadde" Com estas breves consideragées, diante de exaustiva Jurisprudéncia deste Tribunal acerca do Tema e da patente contrariedade das normas impugnadas @ regra constitucional do concurso piblico, voto pela procedéncia da a¢éo, para que seja declarada a inconstitucionalidade dos artigos 68, 69 e 70 da Lei n° 8.269/2004 do Estado de Mato Grosso.” (ADIN n° 3442-1/MT, Rel. Min. GILMAR MENDES, T. Pleno, du. j. 07.11.2007, DJ 07/12/2007, EMENTARIO N° 2302-1) Os fundamentos expendidos pelos ilustres Ministros dessa e. Corte Suprema nao deixam duvidas sobre a plausibilidade dos argumentos de inconstitucionalidade das normas indicadas nesta agao. A legisiagao estadual ao reconhecer que os servidores originariamente pertencentes aos Quadros Suplementar e Especial (provisorios), admitidos em carater precdrio, sem aprovagao em concurso Pibblico, possuem os mesmos direitos, vantagens e beneficios dos servidores efetivos, deu azo a que fossem enquadrados no Quadro Permanente de Pessoal do Poder Executive de MS, 0 que contraria frontalmente as normas do art. 37, inciso Il, e § 2°, o art. 41 @ § 4°, da Constituigao Federal, 0 § 1° do art. 19 do ADCT da CF/88. Em razo dos argumentos expostos o Estado requer a declaragao de inconstitucionalidade do § 1° do art. 52 da Lei n° 2.065, 3 ‘Parque dos Poderes - bloco IV Campo Grande - MS ‘CEP 79.031.902 www.pee.ms.gov.br (67) 3318-2600 Pégina 13 f ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal 29 de dezembro de 1999, com a redagao dada pelo art. 14 da Lei n° 2128, de 02 de agosto de 2000, ¢ do paragrafo unico do art. 302 da Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990, extinguindo da legislagao estadual a possibilidade de concess4o indiscriminada de todos direitos dos servidores efetivos aqueles admitidos em carater precario, sem aprovagéio em concurso Publico, inclusive o enquadramento no quadro permanente. Relembrando que o enquadramento dos servidores ocorreu na data de 18.08.2000, requer-se que seja dado efeito ex tunc a declaragéo de inconstitucionalidade, deixando explicito seu alcance, inclusive em relagao ao disposto no § 2° do art. 37 da Carta Magna, o que possibilitara que o Estado tome as providéncias necessarias que 0 caso requer na esfera administrativa. 2.2.2. DA ASCENGAO FUNCIONAL - FORMAS DERIVADAS DE INVESTIDURA EM CARGO PUBLICO - REENQUADRAMENTO, TRANSFORMAGAO OU TRANSPOSIGAO PARA CARGOS E/OU FUNGOES MAIS ELEVADOS COM ATRIBUIGOES DIFERENTES: Nao bastando a inconstitucionalidade perpetrada quanto ao enquadramento acima demonstrada, a segunda modificagéo inconstitucional foi o acréscimo do § 4° ao art. 5° da Lei (estadual) n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, através do art. 1° da Lei (estadual) n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002, que possibilitou a efetivagao de verdadeira ASCENSAO FUNCIONAL de servidores para cargos e/ou fungdes mais elevados através dos institutos da transformagéo ou transposigdo de cargos ou reenquadramento, Veja-se novamente o teor do § 4° do art. 5° da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, acrescentado pelo art. 1° da Lei n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002: “Art. 5° Os cargos e empregos publicos do Plano de Cargos, Empregos e Carreiras do Poder Executivo so reunidos nos seguintes grupos ocupacionais: __/4? Parque dos Foderes~bloco IV Campo Grande tM CEP 79.081.908 cod ‘eine ‘Sww.pge.ms.gov.br (67) 3318-26 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal wo § 4° O SERVIDOR PODERA SER DESIGNADO PARA OCUPAR OUTRA FUNGAO QUE INTEGRE A SUA CATEGORIA FUNCIONAL, DESDE QUE FIQUE COMPROVADO QUE ESTA HABILITADO OU CAPACITADO PROFISSIONALMENTE PARA. EXERCER AS ATRIBUICOES DA NOVA FUNCAO.” (NR) A Lei n® 2.085, de 29 de dezembro de 1999, disciplinou nos §§ 1°, 2° e 3° do art. 5°, a forma de enquadramento de acordo com os anexos de | a IX, disp6s que o Grupo Ocupacional Apoio Técnico Operacional seria composto pelas categorias funcionais de: Profissional de Apoio Operacional, Assistente Técnico Operacional, e Agente Técnico Operacional, segundo funges estabelecidas em razio da formagao escolar de nivel superior, médio e fundamental, respectivamente. ‘Apés dois anos da instituig&o do “novo” Plano de Cargos, Empregos e Carreiras do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul, criou novos grupos ocupacionais, desdobrados em carreiras, posteriormente classificadas em categorias funcionais, e disciplinou sobre a criagdo de novas fungées (leia-se cargos). Autorizou no § 4° do art. 5° da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, incluido pelo art. 1° da Lei n® 2.599, de 26 de dezembro de 2002, a designacao de servidores para ocupar outra fungdo (leia-se gargo) que integrasse a sua categoria funcional, desde que comprovado que estivesse habilitado ou capacitado profissionalmente para exercer as atribuicées da nova funcdo, que contraria frontalmente @ art. 37, inciso Il, da Carta Magna. Os atos praticados nao foram de simples designagao para 0 exercicio do cargo e/ou fungao, mas sim de verdadeira investidura derivada em cargo publico. Ao instituir a norma ora impugnada, o legistador REINTRODUZIU NO ORDENAMENTO JURIDICO ESTADUAL, DE FORMA SUB-REPTICIA, O INSTITUTO DA ASCENSAO FUNCIONAL, o que deu Campo Grande - MS CEP 79,031.902 Bb (67) 3318-2600 pagina 18 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal “suporte” para que o administrador publico editasse os atos de REENQUADRAMENTO, TRANSPOSIGAO OU TRANSFORMAGAO DO CARGO PARA CARGOS E/OU FUNGOES MAIS ELEVADAS, bastando para tanto que os servidores comprovassem a CAPACITACAO OU HABILITACAO PROFISSIONAL PARA EXERCER AS ATRIBUICOES DA NOVA FUNGAO. Apés a publicagdo da Lei n? 2,599/2002, foram Publicados inumeros decretos de reestruturacéo ou organizagéo das diferentes carreiras existentes no plano de cargos que, expressamente, autorizaram a alteragao da fun¢ao decorrente do enquadramento, desde que comprovado 0 exercicio de tarefas inerentes a funcdo pretendida e quando fosse 0 caso, a habilitagdo profissional para o seu exercicio. Sao casos comprovados: o de um motorista para quem a lei exigia formagao escolar de 1° grau ou nivel fundamental que foi investido em cargo ou fungao cuja exigéncia de formagao escolar é de 2° grau ou nivel médio; e o de um assistente administrativo, cuja exigéncia, na época de ingresso no servigo publico, era a possuir formagao escolar de nivel médio, que foi enquadrado em cargo de nivel superior. Os fatos supramencionados foram objeto de dendncia perante o Ministério Publico estadual, e o Tribunal de Contas estadual ao averigua-los constatou a veracidade da dentncia, tanto que determinou a realizagao de inspegao extraordinaria. A assertiva é comprovada pela documentagéo em anexo, que desde j4, declaramos, sob as penas da lei, que se tratam de cépias fiéis dos originais que se encontram em poder do administrador publico Foram publicados inémeros atos de pessoal autorizando a transformagdo de cargo e/ou fungao, possibilitando ao servidor exercer fungées de nivel escolar mais elevado e melhor Femunerado, e, até mesmo, a transformagao de_uma funcao de nivel Parque dos Poderes ~ bloco IV ‘Campo Grande - MS ‘CEP 79.031-902 (1! ‘mww.pge.ms.gov.br (67) 3318-2600 pagina 16 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Superior para outra, constituindo tais atos em verdadeira investidura derivada de cargo public, com burla ao principio de mérito para ingresso em cargo publico em decorréncia de aprovagao em concurso puiblico. Outro exemplo é a transformagao de fungao de Profissionais de Apoio Operacional, enquadrados anteriormente como Sani rista, Gestor de Servigos de Saude, Administrador, ou Té 0 de Laboratério, que tiveram os cargos e/ou fungées transformados em Fiscal de Vigilancia Sanitaria, com atribuigdes diferentes (cdpia em anexo). Com as alteragées introduzidas e a realizagéo de Teenquadramento, transformagéo de cargos e/ou fungées nos anos subsequentes, tais atos contém aparéncia de legalidade constitucionalidade que efetivamente nao ocorre. A Lei n? 2.065, de 29 de dezembro de 1999, ao disciplinar 0 enquadramento de servidores efetivos, contém no art, 22, norma de constitucionalidade duvidosa, que dispensa a comprovagao de habilitago escolar para 0 exercicio de cargos e/ou fungées transformados Cujo requisito de ingresso passou a ser de nivel fundamental completo ou médio, porém vetou a pratica em relagao aos cargos de nivel superior. Veja-se a norma dentro de seu contexto: “Art. 19. A mudanga de sistema classificatorio farse-d por transformacao do cargo ocupado pelo servidor, sem mudanca de atribuigbes, em cargo instituldo para o Plano de Cargos, Empregos e Carreiras desde que atendidos os requisitos de exercicio de fungSo, escolaridade, habilitapdo e especializacdo. Art. 20. Teréo seus cargos transformados todos os servidores efetivos em exercicio na data de vigéncia desta Lei e lotados em 6rgaos entidades da administragao direta e indireta do Poder Executivo, conforme as linhas de transposico estabelecidas no anexo XIV desta Lei. Paragrafo Unico. Os ocupantes dos cargos efetivos, em comissao e de fung6es de confianga transformados terao garantido o direito de Q ‘Campo Grande - MS CEP 79.031-902 v % (67) 3318-2600 pagina 17 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal permanecer na fungao correspondente as atribuigdes do cargo que exercam na data de vigéncia desta Lei. ‘Art. 24, As categorias funcionais relacionadas na coluna A do anexo XV desta Lei, ficam transformadas nas fungdes constantes da coluna B deste mesmo anexo e passam a compor as categorias funcionais de Profissional de Apoio Operacional, Assistente Técnico Operacional e Agente Técnico Operacional Art, 22, Nao sera exigido do servidor que tiver seu cargo transformado, o atendimento dos requisitos de escolaridade ou habilitagao diferentes do exigido a época do seu ingresso no servigo piblico, SALVO QUANDO SE TRATAR DE ATRIBUIGOES CORRESPONDENTES AO NIVEL SUPERIOR OU PROFISSAO REGULAMENTADA." (destaque nosso) E claro que o administrador ptblico néo observou as normas supratranscritas, seja em 18.08.2000 quando publicou o ato de enquadramento, seja a partir da incluséo do § 4° ao art. 5° da Lei n° 2.065/99, realizada pelo art. 1° da Lei n® 2.599, de 26 de dezembro de 2002. Tem especial relevo a norma do art. 22, de constitucionalidade duvidosa, que se foi observada por ocasiéo do enquadramento, apés a adigao do § 4° ao art. 5° da Lei 2.065/99, realizada pelo art. 1° da Lei n® 2.599, de 26 de dezembro de 2002, pode-se afirmar, categoricamente, que nao foi observada pelo administrador publico, pois foram publicados os novos quadros de correlagao de atribuig6es e atos de transformagao ou transposig&o de cargos e/ou fungées, inclusive de nivel superior para outra de nivel superior, com outras atribuigées, conforme ja comprovamos. A partir 27 de dezembro de 2002, foi autorizada a transposigao de cargos e/ou fungbes de nivel escolar médio para cargos elou fungées de nivel escolar superior para todo o funcionalismo publico, bastando para tanto a habilitagao obtida por concluséo de curso de nivel superior ou simplesmente capacitagao profissional para o exercicio da nova fung&o, jogando por terra_a_ressalva_constante_no art. 22 supratranscrito, e o ordenamento do inciso Il do art. 37 da CF/88. Parque dos Poderes ~ bloco IV ‘Campo Grande - MS CEP 79.031: www.pge.ms.gov.br (67) 3318-2600 Piging 18: ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Tendo em vista 0 exposto, nao temos diividas em afirmar a plausibilidade da tese de inconstitucionalidade da norma impugnada que autoriza a ascensao funcional através de reenquadramento, transformagéo de cargos efou fungées ou a transposi¢ao de servidores para cargo e/ou fungdo de nivel escolar mais elevado. Mais uma vez busca-se na jurisprudéncia pacifica dessa c. Corte Suprema a comprovagao da inconstitucionalidade das normas impugnadas na presente ago. Veja-se ADIN N° 954/SC - SANTA CATARINA EMENTA: AGAO DIRETA DE INCONSTITUCIONALIDADE. DISPOSITIVOS DAS LEIS COMPLEMENTARES 78/1993 E 90/1993 DO ESTADO DE SANTA CATARINA E DA RESOLUGAO 40/1992 DA ASSEMBLEIA LEGISLATIVA DO ESTADO DE SANTA CATARINA. Inadmissibilidade, a luz da Constituigdo de 1988, de formas derivadas de investidura em cargos publicos. Inconstitucionalidade de normas estaduais que prevéem hipéteses de progressio funcional por acesso, transposicao (em modalidade individual, diversa das excogées admitidas pela jurisprudéncia do STF), enquadramento a partir de estabilidade nao decorrente de investidura por concurso piblico, acesso por selegao interna, transferéncia entre quadros e enquadramento por corregio de disfuncdo relativamente ao nivel de escolaridade do servidor. Ag&o Prejudicada em parte, em decorréncia da revogagao de dispositivos alacados. Agdo procedente na parte restante, para se declarar a inconstitucionalidade do art. 12, caput e § 1°, § 2° e § 3, da Lei Complementar estadual 78/1993 e do inciso Il, § 2° e § 3° do art. 17 da Resolugéo 40/1992 da Assembléia Legislativa do Estado de Santa Catarina.” (ADIN n* 951/SC, Rel. Min. JOAQUIM BARBOSA, Tribunal Pleno, DJ 29/04/2005 PP-00007). (destacamos) Corroboram o entendimento supramencionado os seguintes julgados: ADIN N° 362/AL, Rel. Min. FRANCISCO REZEK, Tribunal Pleno, DJ 04/04/1997, ADIN N° 3.332/MA, Rel. Min. EROS GRAU, Tribunal Pleno, DJ 14/10/2005; ADIN N° 3.190, Tribunal Pleno, Rel. Septilveda Pertence, DJ 24.11.2006, ADIN n° 3.061, Tribunal Pleno, Rel. de- MS CEP 79.091.902 OK Parque dos Pod joco TV ‘Campo Gi www.pee.ma.sov.br (67) 3318-2600 pégina 19 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Px val Min. Carlos Brito, DJ 09.06.2006; ADIN N° 3232, Tribunal Pleno, Rel. Min. Eros Grau, DJ 14.10.2005; ADIN N° 3.519, Tribunal Pleno, Rel. Min. Joaquim Barbosa, DJ 30.09.2005. Portanto, € inquestiondvel que a investidura derivada em cargo ou emprego publico, sem anterior aprovagéio em concurso puiblico especifico, na forma de enquadramento, _reenquadramento, transformagao ou transposigao para cargo e/ou fungao mais elevados so atos nulos de pleno direito, posto que fundamentados em normas inconstitucion: ante a inobservancia do mandamento expresso no art. 37, Il, e § 2%, da CF/88. O que significa, obviamente, que qualquer investidura em cargo e/ou fung&o piblicas procedidas sem a devida aprovagao em concurso puiblico nao existem para o mundo do direito. © mesmo argumento aplica-se a autorizagéo de transposigao de cargo e/ou fungao de nivel escolar médio em cargos e/ou fung6es de nivel escolar superior, ou, ainda, a transposicao de servidor detentor de cargo de nivel superior para ocupar outro cargo de nivel superior para 0 qual nao se submeteu ao devido concurso publico. As normas impugnadas contrariam frontal e diretamente as normas constitucionais que disciplinam que a investidura em cargo ptblico dar-se-4 em decorréncia de aprovagéo em concurso publico, como previsto no art. 37, inciso Il, da Constituigéo Federal e a jurisprudéncia dessa colenda Corte Suprema 6 majoritaria na declaracao de inconstitucionalidade de normas de mesmo teor. Poderiamos alongar nosso arrazoado para incluir os argumentos acerca da contrariedade dos principios da razoabilidade, moralidade, da impessoalidade e da inexisténcia de direito adquirido contra a constituigéo e os efeitos decorrentes de ato ilicito, porém em razao do imperativo da objetividade, limitamo-nos em requerer, com efeito ex tunc, a declaragao de inconstitucionalidade do § 4° do art. 5° da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, incluido pelo art. 1° da Lei estadual n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002. (ey ‘Parque dos Poderes ~ bloco IV Campo Grande MS (cp 79.031,502 ‘www.pge,ms.gov.br 167) 3318-2600 pagina 20 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Ill. CONSIDERAGOES FINAIS E PEDIDO DE MEDIDA CAUTELAR: A autoridade publica ao tomar conhecimento da pratica de atos ilicitos tem o dever de revé-los para restaurar a legalidade e o fiel ‘cumprimento da Carta Magna Confirmam nossa afirmagéo os enunciados das Sumulas n° 473, n° 346 @ n° 685 desse egrégio Supremo Tribunal Federal, raz4o pela qual foi determinada a reviséio dos enquadramentos e instaurou-se os processos administrativos para anular os atos de ENQUADRAMENTO, REENQUADRAMENTO, TRANSFORMAGAO OU TRANSPOSIGAO DE CARGOS E/OU FUNGOES MAIS ELEVADAS, realizados sem a devida aprovagao em concurso piiblico especifico Ante 0 volume de processos administrativos instaurados e, ainda, em vias de instaurago, constatou-se a impossibilidade de revé-los de forma particularizada, pois, na pratica, pudemos constatar que nem sempre seréo concluldos em tempo oportuno, 0 que pode concorrer para que os atos inconstitucionais sejam alcangados pela prescri¢do administrativa, ou que seus beneficiérios apelem para o principio da seguranga juridica. Consignamos que os atos decorrentes da declaragéo de inconstitucionalidade e nulidade dos atos de enquadramento ou Feenquadramento so objeto de acées judiciais e podem provocar nova corrida ao Poder Judi administrativa procuraréo a manutencao de suas situagdes funcionais e por Posto que os servidores alcangados pela acdo mais claros que sejam os fundamentos juridicos apresentados na defesa do Estado, nem sempre as decisées judiciais sio homogéneas, provocando a interposigao de recursos de solugo é demorada justamente pelo excesso de processos judiciais. Veja-se o acérdao no MS 2007.19714-6 do TJMS. Apesar do transcurso do tempo as normas impugnadas continuam_em vigor no ordenamento juridico estadual, tem causado séri eg ee a om re ‘Worw. pge.me.gov.br (67) 3318-2600 pagina 21 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal transtornos & Administragdo Publica, a declaracdo de inconstitucionalidade, dara suporte para que o Estado restabeleca a legalidade, a constitucionalidade e a ordem administrativa no Ambito do Poder Executivo do Estado de Mato Grosso do Sul Neste passo, registramos que grande nimero de atos de reenquadramento, transformagao ou transposigao de cargos e/ou fungbes n&o foram alcangadas pela presctigdo administrativa ou pela decadéncia prevista no art. 54 da Lei n° 9784/1999, porém é urgente que se tome a iniciativa de interrompé-la, possibilitando a efetiva corregéo dos atos contratios ao regramento constitucional, sem causar maiores transtomos administrativos, inclusive evitando uma nova corrida ao Poder Judiciario, o qué ja comegou como provam as cépias de petigao inicial de mandado de seguranga em anexo. Portanto, & plausivel a pretenséo de concesséo de medida cautelar, posto que, ainda, proporcionara condigdes de celeridade na conclusao dos processos judiciais, evitando decisées dos conflitantes no &mbito do Poder Judicidrio, Requer-se, assim, a concesséo de medida cautelar, com efeito ex tunc, com o fito de suspender a eficacia do § 1° do art. 52 da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, com a redagao dada pelo art. 14 da Lei n° 2.129, de 02 de agosto de 2000, do paragrafo-tinico do art. 302 da Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990, e do § 4° do art. 5° da Lei n® 2.065/99 com a redagéo dada pelo art. 1° da Lei n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002. A Constituigao Federal, em seu art. 102, |, “p’, estabelece a possibilidade de concessao de medida cautelar nas ag6es diretas de inconstitucionalidade; para que tal ocorra, necessério se faz a Presenca de dois requisites, a saber: 0 fumus boni iuris e 0 periculum in co mora, Parque Campo Grande - MS ‘CEP 79.081.902 (67) 3318-2600 pagina 22 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessi © Iegistador e 0 administrador publico do Estado de Mato Grosso do Sul, nos anos de 1999 a 2006, foram prédigos em conceder beneficios, vantagens e direitos aos servidores pitblicos admitidos sem aprovagao em concurso piiblico, primeiro enquadrou-os no Quadro Permanente de Pessoal do Poder Executive. Nao satisfeitos inseriram no ordenamento juridico estadual a possibilidade de se efetivar forma derivada de investidura em cargo piblico através dos institutos de reenquadramento, ou de transposi¢ao de cargos, ou transformagao de cargos e/ou fungoes, inclusive com atribuigSes diferentes do cargo anterior. Existe plausibilidade na tese de inconstitucionalidade das normas impugnadas, posto que demonstrada, exaustivamente, a frontal contrariedade da lei local ante a Constitui¢o Federal. No curso da argumentagao desenvolvida demonstrou- se, de forma inequivoca, a presenga do fumus boni iuris. Quanto ao requisito do periculum in mora, além dos argumentos supracitados, este se apresenta em razdo da urgéncia que o Estado tem para interromper a prescrigéo, 0 que possibilitara a identificagéo de casos que ainda nao vieram tona, a instauragdo dos processos de nulidade do ato de enquadramento de servidores nao aprovados em concurso ptiblico, ou de transposigao para cargos e/ou fungées mais elevadas no Ambito do Poder Executive do Estado de Mato Grosso do Sul ¢ respectiva concluséo em tempo oportuno, sem que seja necessario sacrificar outros principios constitucionais (do contraditério & ampla defesa), cuja observancia é obrigatoria no processo administrativo. Portanto, nao é mero expediente retorico o argumento de urgéncia para a concessdo da medida cautelar com vistas a suspensao das normas impugnadas, com efeito ex tune. © eminente Ministro Joaquim Barbosa, apreciando pedido de medida cautelar em caso similar, em mais de uma oportunidade (ADIN N° 3.519-3/RN e MC EM ADIN N° 3434-1/PI), deixou consignado que: dy Parque do loco ‘Campo Grande - MS ‘CEP 79.081.902 ‘wow pee.ms.gov.br (67) 3318-2600 pagina 23 & ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal MC EM ADIN 3434-1/PIAUI "..Apliquei o art. 12 ha um pedido de cautelar. A inconstitucionalidade da norma ¢ flagrante. © Supremo Tribunal Federal firmou sélida jurisprudéncia no sentido de que o art. 37, Il, da Constituigéo Federal rejeita qualquer buria a exigéncia de concurso pubblico. Ha precedentes em que a tOnica € a absoluta impossibilidade de se afastar esse critério de selegdo dos quadros do servigo publico (...), até mesmo restringindo possiveis ampliagbes indevidas de excesses Contidas na propria Constituiggo, a exemplo do disposto no art. 19 do ADCT (cf. Adi 1.808-MC, rel. min. Sydney Sanches, Pleno, j 1°.02.1999) © rigor na interpretagao desse dispositivo constitucional impede inclusive formas de provimento derivado de cargo piblico, por ascenséo interna. Ora, na espécie, trata-se de mero enquadramento de prestadores de servigo que tenham comprovado cinco anos de trabalho, dez na nova versio, Nao ha provas, apenas o reconhecimento de um pretenso fato consumado. Dessa premissa parte a Assembiéia Legislativa ao afirmar nas informag6es que a Administragao no poderia dar outra solugéio a0 problema, pois teria decaldo para a Administragao estadual o direito de fever os atos de contratacao desses prestadores de servigo, nos termos do art. 54 da Lei n® 9.784/1999, ‘Obviamente ndo hd que se falar em decadéncia para que a Administragao reveja seus atos, pois 0 que est em causa no ¢ a legalidade da contratagéo de prestadores de servigo, mas o enquadramento determinado nos termos da norma atacada. Impossivel, em casos como o presente, falar em fato consumado inconstitucional. Ante 0 exposto, e sem maiores dificuldades, concedo a medida cautelar esta ado direta em razdo da inconstitucionalidade do art. 48, caput € Paragrafo Unico, da Lei Complementar 38/2004 do estado do Piaul, tanto ‘na verso original quanto na verso da nova lei.” (MC em ADIN n° 3.434- ‘IPI, Rel. Min. Joaquim Barbosa, T. Pleno, DJ de 28.09.2007, EMENTARIO N° 2291-3), E patente que as normas impugnadas na presente ago guardam similitude em relagéo ao acérdao supra, porém pensamos que a situagao criada no estado é ainda mais grave, vém causando lesdo a ordem administrativa, pois um grande niimero de servidores foram algados & condigao efetivo sem aprovagéo em concurso publico, quando se esté jlustamente procurando o profissionalismo no servigo ptiblico. ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Por outro lado, grande numero de servidores foram beneficiados com a ascenséo funcional através dos institutos de reenquadramento, transformagao de cargo e/ou fungéo ou transposicéo de cargo e/ou fungao, que séo formas derivadas de investidura em cargo Pubblico vedadas na Carta Magna segundo entendimento majoritario desse egrégio Supremo Tribunal Federal Tais fatos comprovam a existéncia do fumus boni iuris € © periculum in mora, consequentemente, autorizam a concesséo de medida cautelar para suspender a eficdcia das normas objurgadas. Isto posto, requer-se a concessdio de medida cautelar, com efeito ex tune, para suspender a eficdcia do § 1° do art. 52 da Lei n® 2.065, de 29 de dezembro de 1999, com a redagao dada pelo art. 14 da Lei n° 2.129, de 02 de agosto de 2000, do paragrafo-tnico do art. 302 da Lei n® 1,102, de 10 de outubro de 1990, e do § 4° do art. 5° da Lei n° 2.065/99, incluido através do art. 1° da Lei n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002. IV. DO PEDIDO: Ante 0 exposto, requer-se a concesséo de medida cautelar para suspender a eficdcia das normas impugnadas, com efeito ex tune, e ao final, ouvidos a d. Assembléia Legislativa do Estado de Mato Grosso do Sul e o eminente Procurador-Geral da Republica, seja declarada a inconstitucionalidade das normas do § 1° do art. 52 da Lei n® 2.065, de 29 de dezembro de 1999, com a redagao dada pelo art. 14 da Lei n° 2.129, de 02 de agosto de 2000, do paragrafo nico do art. 302 da Lei n° 1.102, de 10 de outubro de 1990, e do § 4° do art. 5° da Lei n° 2.065, de 29 de dezembro de 1999, incluido pelo art. 1° da Lei n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002. Requer, ainda, que seja dado efeito ex func a deciséo de declaragao de inconstitucionalidade e ‘seja explicitado o efeito em relagéo a0 ordenamento constante do § 2° do art. 37 da Constituigéo Federal. (i Parque impo Grand (67) 3318-2600 ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL PROCURADORIA-GERAL DO ESTADO Procuradoria de Pessoal Caso essa egrégia Corte Suprema entenda que os atos de enquadramento, publicados em 18 de agosto de 2000, foram aleangados pela prescrigao administrativa, requer-se a fixacdo dos efeitos da declaragao de inconstitucionalidade, com retroagao para alcangar a norma do § 4° do art. 5° da Lei n® 2.065, de 29 de dezembro de 1999, incluido pelo art. 1° da Lei n° 2.599, de 26 de dezembro de 2002. Termos em que pede deferimento. Campo Grande, de setembro de 2008. G André Puccinelli Governador do Estado de Mato cepts 7 ae > _ (arin Oat ‘Sand Calkeh Sis Bais Procuradora do Estado OABI/MS n° 4.303 ‘ampo Grande - MS (67) 3818-2600

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